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Grandes Construções

Hidroelétrica Itaipu

Nome: Usina Hidroelétrica Itaipu


Binacional
Coordenadas: 25°24'29.31"S 54°35'
Capacidade: 14 000 MW
Barragem
- Altura 196 m
- Extensão 7,919 m
Área alagada: 1350 km2
Localização: Foz do Iguaçu - Brasil
Hernandarias Paraguai
Rio: Paraná
Período de construção: 1975-1982
Inauguração: 5 de maio de 1984
(31 anos)
Proprietário: República Federativa do
Brasil e República do Paraguai

A Usina Hidrelétrica de Itaipu (em espanhol: Itaipú, em guarani: Itaipu) é uma


usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o
Paraguai. A barragem foi construída pelos dois países entre 1975 a 1982, período em
que ambos eram governados por ditaduras militares. O nome Itaipu foi tirado de uma
ilha que existia perto do local de construção. No idioma tupi-guarani, o termo significa
"pedra na qual a água faz barulho", através da junção dos termos itá (pedra), 'y (água) e
pu (barulho).
A Itaipu Binacional, operadora da usina, é a líder mundial em produção de
energia limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,3 bilhões de MWh desde o início
de sua operação. A Hidrelétrica das Três Gargantas, na China, que produziu cerca de
800 milhões de MWh desde o início de sua operação, com uma potência instalada 60%
maior do que a de Itaipu (22.500 MW contra 14.000 MW). Em termos de recorde anual
de produção de energia, a usina de Itaipu ocupa o segundo lugar, atrás somente de Três
Gargantas, que produziu, em 2014, 98,8 milhões de MWh, o que equivale a 0,2% a mais
do que o recorde anterior de Itaipu (98,6 milhões de MWh no ano de 2013).

O seu lago possui uma área de 1 350 quilômetros quadrados, indo de Foz do
Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150
quilômetros ao norte. Possuindo vinte unidades geradoras de setecentos megawatts
cada, Itaipu tem uma potência de geração de 14 000 megawatts. É um empreendimento
binacional administrada por Brasil e Paraguai no rio Paraná na seção de fronteira entre
os dois países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade. A capacidade instalada de
geração da usina é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada e
projeto hidráulico de 118 m. No ano de 2013, a usina quebrou o seu próprio recorde de
produção de 2012, com 98.630.035 megawatts-hora (MWh).
A Usina de Itaipu fazia parte da lista oficial de candidatas para as Sete
maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics,
dos Estados Unidos, mas não ganhou o título.

Antecedentes

A Usina de Itaipu foi resultado de intensas negociações entre os dois países


durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores
do Brasil, Juracy Magalhães e do Paraguai, Sapena Pastor, assinaram a "Ata do Iguaçu",
uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos
hídricos dos dois países, no trecho do Rio Paraná "desde e inclusive o Salto de Sete
Quedas até a foz do Rio Iguaçu". O Tratado que deu origem à usina foi assinado em
1973.
Os termos do tratado, que expira em 2023, têm sido objeto de descontentamento
generalizado por parte do Paraguai. O governo do presidente Fernando Lugo prometeu
renegociar os termos do tratado com o Brasil, que permaneceu por muito tempo hostil a
qualquer tipo de renegociação.
Em julho de 2009, houve uma renegociação do Tratado de Itaipu, pela qual o
Brasil aceitou passar a pagar o triplo do que pagava ao Paraguai pelo direito de uso da
eletricidade produzida por Itaipu. O direito de uso é um excedente ao preço da energia
que é pago diretamente ao governo paraguaio, ou seja não pode ser deduzido da dívida
assumida pelo Paraguai. No total, entretanto o preço total da energia subiu de US$
45,31 por MWh para US$ 50,93 por MWh. Por esse acordo também, o Brasil passou a
permitir que o excedente da energia paraguaia seja vendido diretamente às empresas
brasileiras, se assim preferirem os paraguaios.
O acordo de Lula com Fernando Lugo do Paraguay permite que a energia de
outras fontes (não de Itaipu) possa ser vendida a terceiros. Esta alteração no TRATADO
DE ITAIPU não ocorreu. Não está inclusa nas notas reversais. Vale ressaltar também
que durante décadas, pelos termos do acordo, o Brasil pagou pelo Mwh um valor
bastante inferior ao preço de mercado, como contrapartida pelos gastos na construção da
barragem e instalação da usina. (Conforme publicado pelo Diário ABC do Paraguay en
26 de julho de 2013 sob o título Itaipú a favor de Brasil, encontra de Paraguay). "A lei
federal brasileira 5899 de 5 de julho de 1973 obrigou a que as empresas brasileiras de
distribuição da região sul e sudeste comprassem partes da potência de ITAIPU destinada
ao Brasil, proporcionais a seus mercados próprios, ainda a preços superiores. A compra
era portanto compulsória, independente da necessidade ou do preço. No ano de 1995,
por exemplo, 10 anos depois do inicio da comercialização da energia de Itaipu o
presidente da Companhia Paranaense de eletricidade - Copel - reclamava que o custo da
energia de ITAIPU era cinquenta por cento superior ao custo de geração própria da
empresa."
Esta situação perdurou por muitos anos. Em curtos espaços de tempo, quando a
valorização da moeda brasileira foi excessiva, Itaipu apresentava tarifas competitivas
em relação à produção interna brasileira.

Início da obra

Em 1970, o consórcio formado pelas empresas PNC e ELC Electroconsult (da


Itália) venceu a concorrência internacional para a realização dos estudos de viabilidade
e para a elaboração do projeto da obra. O início do trabalho se deu em fevereiro de
1971. Em 26 de abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu,
instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países.
Em 17 de maio de 1974, foi criada a entidade binacional Itaipu, para gerenciar a
construção da usina. O início efetivo das obras ocorreu em janeiro do ano seguinte. Um
consórcio de construtoras, liderado pela Mendes Júnior, executou o projeto.
Para a construção, foram usados 40 000 trabalhadores diretos. Para o material,
foram usados 12.570.000m³ cúbico de concreto (o equivalente a 210 estádios Jornalista
Mário Filho e uma quantidade de ferro equivalente a 380 Torres Eiffel).
Comparando a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Eurotúnel (que liga
França e Reino Unido sob o Canal da Mancha) foram utilizados 15 vezes mais a
quantidade de concreto e o volume de escavações foi 8,5 vezes maior.
Em uma operação denominada Mymba Kuera (que em guarani quer dizer "pega-
bicho"), durante a formação do reservatório, equipes do setor ambiental de Itaipu
esforçaram-se em percorrer a maior parte da área que seria alagada para salvar centenas
de exemplares de espécies de animais da região.

Acordo Tripartite

No dia 14 de outubro de 1978, foi aberto o canal de desvio do Rio Paraná, que
permitiu secar um trecho do leito original do rio para ali ser construída a barragem
principal, em concreto. Outro marco importante, na área diplomática, foi a assinatura do
Acordo Tripartite entre Brasil, Paraguai e Argentina, em 19 de outubro de 1979, para
aproveitamento dos recursos hidráulicos no trecho do Rio Paraná desde as Sete Quedas
até a foz do Rio da Prata. Este acordo estabeleceu os níveis do rio e as variações
permitidas para os diferentes empreendimentos hidrelétricos na bacia comum aos três
países. À época, quando os três países eram governados por ditaduras militares, havia o
temor que o Brasil em um eventual conflito com a Argentina, abrisse completamente as
comportas de Itaipu, aumentando os níveis de água do Rio da Prata e inundando a
cidade de Buenos Aires.
Entretanto, caso houvesse o rompimento da represa de Itaipu, na verdade boa
parte da água seria absorvida pela profunda calha do Rio Paraná poucos quilômetros
depois da barragem e a Argentina está protegida pela represa da Usina de Yacyretá,
localizada 400km abaixo de Itaipu.
Inauguração e expansão

O reservatório da usina começou a ser formado em 13 de outubro de 1982[19] ,


quando foram concluídas as obras da barragem e as comportas do canal de desvio foram
fechadas. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do
vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, devido às chuvas fortes e enchentes que
ocorreram na época. Em 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira unidade
geradora de Itaipu. As 20 unidades geradoras foram sendo instaladas ao ritmo de duas a
três por ano.
As duas últimas das 20 unidades geradoras projetadas entraram em operação
entre setembro de 2006 e março de 2007, elevando a capacidade instalada de Itaipu para
14.000 MW, concluindo a execução da obra. Este aumento da capacidade permite que
18 unidades geradoras permaneçam gerando energia o tempo todo, enquanto duas
permanecem em manutenção.
A potência nominal de cada unidade geradora (turbina e gerador) é de 700 MW.
No entanto, devido ao fato de a queda bruta real ser um pouco maior do que a queda
bruta projetada, a potência disponível em cada unidade geradora é de aproximadamente
750 MW na maior parte do tempo, aumentando a capacidade de geração de energia da
usina.
Para efeito de comparação, a vazão média das Cataratas do Iguaçu teria
capacidade para alimentar pouco mais de duas unidades geradoras. A Itaipu produz uma
média de 90 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano. Com o aumento da capacidade
e em condições favoráveis do rio Paraná (chuvas em níveis normais em toda a bacia) a
geração poderá chegar a 100 milhões de MWh em um ano.

Blecaute de 2009

Um grande blecaute de energia elétrica afetou 30% do território brasileiro e


grande parte do Paraguai na noite de terça-feira, 10 de novembro de 2009. É
considerado um dos maiores apagões ocorridos no Brasil, podendo ter a mesma
grandeza ou ser até maior que o blecaute de 11 de março de 1999.
O início do blecaute se deu às 22 horas e 13 minutos em uma subestação de
energia elétrica de Furnas, localizada no município de Ivaiporã, no Paraná, devido a
problemas em três linhas de transmissão nos estados de São Paulo e Paraná, impedindo
que a energia gerada pela usina de Itaipu pudesse ser transmitida para os consumidores
brasileiros. O blecaute afetou vários municípios de 18 estados.

Construção
O curso do rio Paraná, sétimo maior do mundo foi deslocado, com 50 milhões de
toneladas de terra e rocha. A sua construção envolveu o trabalho direto de 40 mil
pessoas e foi construída no final dos anos 70 pela Andrade Gutierrez.
Geração e barragem

O comprimento total da barragem é 7919 metros. A elevação da crista é de 225


metros. A barragem de Itaipu é constituída basicamente por seis seções: barragem
lateral direita, barragem principal, estrutura de desvio, barragem de terra direita,
barragem de enrocamento e barragem de terra esquerda.
A vazão máxima do vertedouro de Itaipu é de 62,2 mil metros cúbicos de água
por segundo, o que corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A
vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada)
corresponde aproximadamente à vazão média das Cataratas do Iguaçu (cerca de 1500
metros cúbicos de água por segundo).
O Brasil teria que queimar 536 mil barris de petróleo por dia para gerar em
usinas termelétricas a potência de Itaipu.
A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio
de 65 andares.

Barragem
A barragem, de 7919 metros, é feita de concreto, enrocamento e terra.

Unidades geradoras
Existem 20 unidades geradoras, sendo dez na frequência da rede elétrica paraguaia (50
Hz) e dez na frequência da rede elétrica brasileira (60 Hz).
As unidades de 50 Hz têm potência nominal de 823,6 MVA, fator de potência de 0,85 e
peso de 3.343 toneladas.
As unidades de 60 Hz têm potência nominal de 737,0 MVA, fator de potência de 0,95 e
peso de 3.242 toneladas.
Todas as unidades têm tensão nominal de 18 kV.
As turbinas são do tipo francis, com potência nominal de 715 MW e vazão nominal de
690 metros cúbicos por segundo.

Subestação
A subestação da usina é blindada em gás de hexafluoreto de enxofre (SF6), que permite
uma grande compactação do projeto. Para cada grupo gerador existe um banco de
transformadores monofásicos, elevando a tensão de 18 kV para 500 kV.

Vazão
A vazão máxima do vertedouro de Itaipu é de 62,2 mil metros cúbicos de água por
segundo, o que corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu[30] .
A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada),
corresponde aproximadamente à vazão média das Cataratas do Iguaçu (cerca de 1500
m³ por segundo).
Desempenho
Em 31 anos de operação, a Itaipu Binacional é líder mundial em produção de
energia limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,3 bilhões de MWh[3] . Com 20
unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece cerca de 17% da
energia consumida no Brasil e 75% no Paraguai. Em 2014, Itaipu produziu um total de
87.795.393 de Megawatts-hora (87,8 milhões de MWh). Sua maior produção anual foi
estabelecida em 2013, com 98.630.035 de MWh. O recorde anterior ocorreu em 2012,
com a geração de 98.287.128 de MWh[2] .

Apesar de gerar menos do que em 2013, Itaipu atingiu em 2014 o melhor índice
de eficiência operacional dos 30 anos, com 99,3%. Na prática, isso significa que a
operação da usina, que tem o objetivo de maximizar a utilização da água (energia
disponível), atendendo as demandas dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio, teve
quase zero de perdas. Ou seja, da água que poderia ser turbinada, quase nada foi vertido
em 2014. Tudo o que chegou de água turbinável foi usado na produção de energia.

Sistema de Transmissão
O sistema de transmissão de Itaipu conecta a três subestações situadas dentro da
Central Hidrelétrica (duas subestações isoladas a gás, uma de 50 Hz e outra de 60 Hz,
instadas dentro da Casa de Máquinas, e uma convencional de 50 Hz na Margem Direita)
com os Sistemas Interconectados paraguaio e brasileiro.

Subestações na Usina

SE-ITAIPU 60Hz (Subestação de Itaipu 60Hz): 4 linhas de transmissão de 500 kV (com


cerca de 10 km de extensão) transmitem toda a energia do setor de 60 Hz até a SE-Foz
do Iguaçu 60Hz (Subestação de Foz do Iguaçu 60Hz), que eleva a tensão para 765 kV.

SE-ITAIPU 50Hz (Subestação de Itaipu 50Hz): 4 linhas de transmissão de 500 kV (com


cerca de 2 km de extensão) até a SE-MD 500kV (Subestação da Margem Direita
500kV).

SE-MD (Subestação da Margem Direita): 4 linhas de transmissão de 500 kV (com cerca


de 9 km de extensão) transmitem a revenda de energia do Paraguai para o Brasil (até a

SE-Foz do Iguaçu 50Hz - Subestação de Foz do Iguaçu 50Hz). Para o sistema


paraguaio, saem 2 linhas de transmissão de 220kV até ES-ACARAY (Subestação de
Acaray), 2 linhas de transmissão de 220kV até ES-CYO (Subestação de Carayao) e
mais 1 linha de transmissão de 500kV (com cerca de 300km) até ES-Villa Hayes
(Subestação de Villa Hayes, em Assunção, capital do país).
Interligação com Sistema Brasileiro

O escoamento da energia de Itaipu para o sistema interligado brasileiro, a partir


da subestação de Foz do Iguaçu no Paraná, é realizado por Furnas e Copel. A energia
em 50 Hz utiliza o sistema de corrente contínua de Furnas (Elo CC) e a energia em 60
Hz utiliza o sistema de 765 kV de Furnas e o sistema de 525 kV da Copel. E o ONS
(Operador Nacional do Sistema) é o responsável pela coordenação e controle da
operação da transmissão.

SE-Foz do Iguaçu 50Hz: O pátio de corrente contínua (Corrente contínua em alta


tensão), que recebe a energia em 50 Hz. Devido à incompatibilidade entre as
frequências e as vantagens da transmissão em grandes distâncias, a energia é convertida
através de circuitos retificadores para ±600 kV e transmitida por duas linhas até Ibiúna
(São Paulo). Em Ibiúna, a energia é convertida para 60 Hz, interligando-se ao sistema
do Sudeste.

SE-Foz do Iguaçu 60Hz: O pátio de corrente alternada, que recebe a energia em 60 Hz e


eleva para 765 kV, saindo três linhas de transmissão. É o nível de tensão mais elevado
existente no Brasil. As linhas seguem para as subestações de Ivaiporã (Paraná) e Itaberá
(São Paulo), até chegarem à subestação Tijuco Preto que fica localizada no distrito de
Quatinga em Mogi das Cruzes (São Paulo).

Interligação com Sistema Paraguaio

O escoamento da energia de Itaipu para o Paraguai é feito nas tensões de 500 kV


e 220 kV a partir da subestação da Margem Direita para as subestações de Acaray,
Carayao e Villa Hayes[36] .

Royalties
Nos 170 quilômetros de extensão, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, o Reservatório
de Itaipu atinge áreas de 16 municípios, dos quais 15 no estado do Paraná e um no Mato
Grosso do Sul. Como compensação, Itaipu paga royalties a esses municípios,
proporcionalmente à área de terra alagada. No Paraguai, os recursos dos royalties são
repassados ao Ministerio de Hacienda, que já recebeu, desde 1985, mais de US$ 4,5
bilhões. No Brasil, o Tesouro Nacional recebeu mais de US$ 4,8 bilhões em royalties,
sendo 45% da compensação repassada aos Estados, 45% aos municípios e 10% para
órgãos federais, de acordo com a Lei dos Royalties, em vigor desde 1991.

Impacto

Reservatórios
Embora seja apenas o sétimo do Brasil em tamanho, o reservatório de Itaipu tem
o maior aproveitamento em relação à área inundada. Para a potência instalada de 14 000
MW, foram alagados 1 350 quilômetros quadrados. Os reservatórios das usinas de
Sobradinho, Tucuruí, Porto Primavera, Balbina, Serra da Mesa e Furnas são maiores do
que o Itaipu, mas todos perdem na relação área inundada/capacidade instalada.
A usina mais potente no Brasil, depois de Itaipu, Tucuruí, tem capacidade
instalada de 8 370 MW, mas houve necessidade de inundar uma área de 2 430
quilômetros quadrados. Itaipu é beneficiada por ser a última usina da Bacia do Rio
Paraná classificada como a fio d’água, isto é, utiliza toda a água que chega ao
reservatório, mantendo uma reserva mínima para garantir a operacionalidade.
Ambiental
Com o fechamento das eclusas da barragem de Itaipu, uma área de 1500
quilômetros quadrados de florestas e terras agriculturáveis foi inundada. A cachoeira de
Sete Quedas, uma das mais fascinantes formações naturais do planeta, desapareceu.
Semanas antes do preenchimento do reservatório, foi realizada uma operação de
salvamento dos animais selvagens, denominada Mymba kuera (que em guarani quer
dizer "pega-bicho"). Equipes de voluntários conseguiram capturar mais de 4.500 bichos,
entre macacos, lagartos, porcos-espinhos, roedores, aranhas, tartarugas e diversas
espécies. Esses animais foram levados para as regiões vizinhas protegidas da água.

Social
Durante a instalação da Itaipu, foi necessária a desapropriação de 42.444 pessoas
onde 38.440 eram trabalhadores e trabalhadoras do campo, o que gerou inúmeros
problemas sociais. Parte dessas famílias viviam às margens do Rio Paraná e foram
desalojadas, a fim de abrir caminho para a represa. Algumas se refugiaram na cidade de
Medianeira, uma cidade não muito longe da confluência dos rios Iguaçu e Paraná.
Algumas dessas famílias vieram, eventualmente, a ser membros de um dos maiores
movimentos sociais do Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Turismo
A grandiosidade da usina contribui para que Foz do Iguaçu seja conhecida no
mundo inteiro como um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil. Desde que
foi aberta à visitação, Itaipu já recebeu mais de 16 milhões de visitantes. Para receber os
visitantes, o Complexo Turístico Itaipu oferece opções de visitas pelas áreas internas e
externas da usina.

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