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Hidroelétrica Itaipu
O seu lago possui uma área de 1 350 quilômetros quadrados, indo de Foz do
Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150
quilômetros ao norte. Possuindo vinte unidades geradoras de setecentos megawatts
cada, Itaipu tem uma potência de geração de 14 000 megawatts. É um empreendimento
binacional administrada por Brasil e Paraguai no rio Paraná na seção de fronteira entre
os dois países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade. A capacidade instalada de
geração da usina é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada e
projeto hidráulico de 118 m. No ano de 2013, a usina quebrou o seu próprio recorde de
produção de 2012, com 98.630.035 megawatts-hora (MWh).
A Usina de Itaipu fazia parte da lista oficial de candidatas para as Sete
maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics,
dos Estados Unidos, mas não ganhou o título.
Antecedentes
Início da obra
Acordo Tripartite
No dia 14 de outubro de 1978, foi aberto o canal de desvio do Rio Paraná, que
permitiu secar um trecho do leito original do rio para ali ser construída a barragem
principal, em concreto. Outro marco importante, na área diplomática, foi a assinatura do
Acordo Tripartite entre Brasil, Paraguai e Argentina, em 19 de outubro de 1979, para
aproveitamento dos recursos hidráulicos no trecho do Rio Paraná desde as Sete Quedas
até a foz do Rio da Prata. Este acordo estabeleceu os níveis do rio e as variações
permitidas para os diferentes empreendimentos hidrelétricos na bacia comum aos três
países. À época, quando os três países eram governados por ditaduras militares, havia o
temor que o Brasil em um eventual conflito com a Argentina, abrisse completamente as
comportas de Itaipu, aumentando os níveis de água do Rio da Prata e inundando a
cidade de Buenos Aires.
Entretanto, caso houvesse o rompimento da represa de Itaipu, na verdade boa
parte da água seria absorvida pela profunda calha do Rio Paraná poucos quilômetros
depois da barragem e a Argentina está protegida pela represa da Usina de Yacyretá,
localizada 400km abaixo de Itaipu.
Inauguração e expansão
Blecaute de 2009
Construção
O curso do rio Paraná, sétimo maior do mundo foi deslocado, com 50 milhões de
toneladas de terra e rocha. A sua construção envolveu o trabalho direto de 40 mil
pessoas e foi construída no final dos anos 70 pela Andrade Gutierrez.
Geração e barragem
Barragem
A barragem, de 7919 metros, é feita de concreto, enrocamento e terra.
Unidades geradoras
Existem 20 unidades geradoras, sendo dez na frequência da rede elétrica paraguaia (50
Hz) e dez na frequência da rede elétrica brasileira (60 Hz).
As unidades de 50 Hz têm potência nominal de 823,6 MVA, fator de potência de 0,85 e
peso de 3.343 toneladas.
As unidades de 60 Hz têm potência nominal de 737,0 MVA, fator de potência de 0,95 e
peso de 3.242 toneladas.
Todas as unidades têm tensão nominal de 18 kV.
As turbinas são do tipo francis, com potência nominal de 715 MW e vazão nominal de
690 metros cúbicos por segundo.
Subestação
A subestação da usina é blindada em gás de hexafluoreto de enxofre (SF6), que permite
uma grande compactação do projeto. Para cada grupo gerador existe um banco de
transformadores monofásicos, elevando a tensão de 18 kV para 500 kV.
Vazão
A vazão máxima do vertedouro de Itaipu é de 62,2 mil metros cúbicos de água por
segundo, o que corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu[30] .
A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada),
corresponde aproximadamente à vazão média das Cataratas do Iguaçu (cerca de 1500
m³ por segundo).
Desempenho
Em 31 anos de operação, a Itaipu Binacional é líder mundial em produção de
energia limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,3 bilhões de MWh[3] . Com 20
unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece cerca de 17% da
energia consumida no Brasil e 75% no Paraguai. Em 2014, Itaipu produziu um total de
87.795.393 de Megawatts-hora (87,8 milhões de MWh). Sua maior produção anual foi
estabelecida em 2013, com 98.630.035 de MWh. O recorde anterior ocorreu em 2012,
com a geração de 98.287.128 de MWh[2] .
Apesar de gerar menos do que em 2013, Itaipu atingiu em 2014 o melhor índice
de eficiência operacional dos 30 anos, com 99,3%. Na prática, isso significa que a
operação da usina, que tem o objetivo de maximizar a utilização da água (energia
disponível), atendendo as demandas dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio, teve
quase zero de perdas. Ou seja, da água que poderia ser turbinada, quase nada foi vertido
em 2014. Tudo o que chegou de água turbinável foi usado na produção de energia.
Sistema de Transmissão
O sistema de transmissão de Itaipu conecta a três subestações situadas dentro da
Central Hidrelétrica (duas subestações isoladas a gás, uma de 50 Hz e outra de 60 Hz,
instadas dentro da Casa de Máquinas, e uma convencional de 50 Hz na Margem Direita)
com os Sistemas Interconectados paraguaio e brasileiro.
Subestações na Usina
Royalties
Nos 170 quilômetros de extensão, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, o Reservatório
de Itaipu atinge áreas de 16 municípios, dos quais 15 no estado do Paraná e um no Mato
Grosso do Sul. Como compensação, Itaipu paga royalties a esses municípios,
proporcionalmente à área de terra alagada. No Paraguai, os recursos dos royalties são
repassados ao Ministerio de Hacienda, que já recebeu, desde 1985, mais de US$ 4,5
bilhões. No Brasil, o Tesouro Nacional recebeu mais de US$ 4,8 bilhões em royalties,
sendo 45% da compensação repassada aos Estados, 45% aos municípios e 10% para
órgãos federais, de acordo com a Lei dos Royalties, em vigor desde 1991.
Impacto
Reservatórios
Embora seja apenas o sétimo do Brasil em tamanho, o reservatório de Itaipu tem
o maior aproveitamento em relação à área inundada. Para a potência instalada de 14 000
MW, foram alagados 1 350 quilômetros quadrados. Os reservatórios das usinas de
Sobradinho, Tucuruí, Porto Primavera, Balbina, Serra da Mesa e Furnas são maiores do
que o Itaipu, mas todos perdem na relação área inundada/capacidade instalada.
A usina mais potente no Brasil, depois de Itaipu, Tucuruí, tem capacidade
instalada de 8 370 MW, mas houve necessidade de inundar uma área de 2 430
quilômetros quadrados. Itaipu é beneficiada por ser a última usina da Bacia do Rio
Paraná classificada como a fio d’água, isto é, utiliza toda a água que chega ao
reservatório, mantendo uma reserva mínima para garantir a operacionalidade.
Ambiental
Com o fechamento das eclusas da barragem de Itaipu, uma área de 1500
quilômetros quadrados de florestas e terras agriculturáveis foi inundada. A cachoeira de
Sete Quedas, uma das mais fascinantes formações naturais do planeta, desapareceu.
Semanas antes do preenchimento do reservatório, foi realizada uma operação de
salvamento dos animais selvagens, denominada Mymba kuera (que em guarani quer
dizer "pega-bicho"). Equipes de voluntários conseguiram capturar mais de 4.500 bichos,
entre macacos, lagartos, porcos-espinhos, roedores, aranhas, tartarugas e diversas
espécies. Esses animais foram levados para as regiões vizinhas protegidas da água.
Social
Durante a instalação da Itaipu, foi necessária a desapropriação de 42.444 pessoas
onde 38.440 eram trabalhadores e trabalhadoras do campo, o que gerou inúmeros
problemas sociais. Parte dessas famílias viviam às margens do Rio Paraná e foram
desalojadas, a fim de abrir caminho para a represa. Algumas se refugiaram na cidade de
Medianeira, uma cidade não muito longe da confluência dos rios Iguaçu e Paraná.
Algumas dessas famílias vieram, eventualmente, a ser membros de um dos maiores
movimentos sociais do Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Turismo
A grandiosidade da usina contribui para que Foz do Iguaçu seja conhecida no
mundo inteiro como um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil. Desde que
foi aberta à visitação, Itaipu já recebeu mais de 16 milhões de visitantes. Para receber os
visitantes, o Complexo Turístico Itaipu oferece opções de visitas pelas áreas internas e
externas da usina.