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RESSURREIÇÃO GERAL
Os mortos em Cristo ressuscitarão em glória

J. I. Packer

Teologia concisa; síntese dos fundamentos históricos da fé cristã (São Paulo: Cultura
Cristã, 1999), pp. 232-234.

“Mas alguém dirá: ‘Como ressuscitarão os mortos? E em que corpo vêm?’ Insensatos! O
que semeias não nasce, se primeiro não morrer; e, quando semeias, não semeias o corpo
que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente... Pois assim
também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na
incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita
em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual”. (I Co 15.35-37, 42-44)

Jesus foi o primeiro a levantar-se dentre os mortos (At. 26.23), e, quando retornar a este
mundo, Ele levantará seus servos para a ressurreição da vida como a sua própria (I Co.
15.20-23; Fp. 3.20,21). Ele ressuscitará, na verdade, toda a raça humana; aqueles que não
pertencem a Ele por meio da fé, ressuscitarão para o juízo (Jo. 5.29). Os cristãos que
estiverem vivos quando Ele vier passarão por uma transformação maravilhosa (I Co. 15.50-
54), enquanto os cristãos que já tiverem morrido antes desse evento experimentarão uma
gloriosa recorporificação (isto é, receberão um corpo glorificado – II Co. 5.1-5).

Haverá continuidade entre o corpo mortal e o imortal, como houve no caso de Jesus, pois
Ele foi assunto ao céu com o corpo que teve ao morrer. Paulo compara a relação entre a
semente e a planta que cresce dela (I Co. 15.35-44), uma espécie de continuidade, devemos
notar, permite grandes diferenças entre o ponto inicial (a semente) e o produto final. Paulo
diz ainda que haverá em cada caso um contraste de qualidade. Nossos corpos presentes,
como o de Adão, são naturais e terrenos, sujeitos a toda sorte de fraqueza e deterioração, até
que finalmente perecem. Porém, nossos corpos ressuscitados, como o de Cristo, serão
espirituais (criados, habitados e sustentados pelo Espírito Santo) e pertencerão à eterna,
imperecível, imortal e celestial ordem de coisas (I Co. 15.45-54).

Contudo, como o Jesus ressurreto foi reconhecido por seus discípulos a despeito da
mudança operada nele pela ressurreição, e como os recorporificados Moisés e Elias foram
reconhecidos na Transfiguração (Mt. 17.3,4), e ainda como os santos judeus
recorporificados que se levantaram dos túmulos em seguida à ressurreição de Jesus (Mt.
27.52,53), assim também os cristãos ressurretos serão reconhecidos uns pelos outros, e
jubilosos encontros são esperados além deste mundo com os crentes que amamos e depois
perdemos pela morte. Isto é implícito em I Tessalonicenses 4.13-18, que foi escrito porque
as pessoas que estavam vivas em Cristo temiam que tivessem perdido aqueles que tinham
morrido em Cristo; Paulo escreveu-lhes, como havia feito acerca da volta de Cristo, para
confortá-los e animá-los, porquanto certamente veriam de novo seus amados cristãos.

Como o sincero amor e humildade de Jesus são o modelo segundo o qual Deus está
conformando nosso caráter regenerado, assim também seu corpo glorificado, a forma atual
do corpo através do qual Ele expressou perfeitamente estas qualidades quando estava na
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terra, é o modelo para o refazimento de nossos corpos (Fp. 3.21). Os corpos que os cristãos
têm agora são, na melhor das hipóteses, instrumentos insuficientes para expressar os
desejos e propósitos dos corações regenerados, e muitas das fraquezas com as quais os
santos lutam – timidez, temperamento agressivo, luxúria, depressão, frieza nos
relacionamentos, e outras – estão intimamente ligadas à nossa constituição e sua projeção
em nosso comportamento. Os corpos que se tornam nossos na ressurreição geral serão
corpos que harmonizam com nosso caráter aperfeiçoado e se revelarão instrumentos
perfeitos para santa auto-expressão por toda a eternidade.

A glorificação (assim chamada porque é uma manifestação de Deus em nossas vidas, II Co.
3.18) é o nome escriturístico para o completamento de Deus naquilo que Ele começou
quando nos regenerou, a saber, nossa reconstrução moral e espiritual, de modo a ser perfeita
e permanentemente conformada a Cristo. A glorificação é uma obra de poder transformador
pelo qual Deus finalmente nos torna criaturas sem pecado em corpos imortais. A idéia de
nosso estado final glorificado inclui: (a) conhecimento perfeito da graça, mediante a
extensão ilimitada de nossas faculdades de compreensão (I Co. 13.12); (b) perfeita alegria
de contemplar o Pai e o Filho e estar com Eles; (c) perfeita adoração e serviço a Deus por
meio de uma natureza perfeitamente integrada e um coração tornado perfeitamente livre
para o amor e a obediência; (d) perfeito livramento de tudo quanto foi experimentado como
pecaminoso, mau, debilitante e frustrante; (e) perfeita realização de todos os desejos dos
quais estamos cônscios (não desejos sexuais, Mt. 22.30; ou fome e sede, Ap. 7.16; ou
desejo de dormir, Ap. 22.5; mas sim desejos por mais comunhão com Deu); (f) perfeito
completamento de tudo quanto era bom e valioso na vida deste mundo, mas que teve de ser
deixado incompleto porque o desejo ultrapassou a capacidade de nossa realização; e (g)
crescimento pessoal incessante na abrangência de todas essas coisas perfeitas.

Paulo termina sua análise em Romanos 8.30 da ação pela qual Deus salva seus eleitos
usando um significativo tempo passado dos verbos: "... aos que justificou, a esses também
glorificou." A glorificação era nos dias de Paulo, e ainda é, futura para todas as pessoas, à
exceção do próprio Jesus, porém a glorificação é aqui e agora um ponto fixado no plano
soberano de Deus, ela é já tão boa como se já fosse feita. O uso do tempo passado tem o
propósito de fazer-nos cientes de que é absolutamente impossível que nossa glorificação
não aconteça. Tal é a segurança e certeza da esperança cristã.

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