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Resenha do artigo científico “A criança e a Psicanálise: o ‘lugar’ dos pais no atendimento

infantil”.

O presente artigo disserta a respeito do lugar dos pais dentro de uma análise infantil. De
acordo com a autora, que perpassou por diversos teóricos da psicanálise, como Françoise Dolto,
Maud Mannonni, Melanie Klein e Anna Freud, cada um destes teve um visão diferente acerca dos
pais dentro de um processo analítico das crianças.
Como forma de contextualização, Priszkulnik (1995) relata que o primeiro caso de análise
de uma criança se deu com Sigmund Freud, sendo esta análise registrada no artigo intitulado
“Análise de uma fobia em um menino de cinco anos” publicado em 1909. Nele, vemos como a
análise do pequeno Hans se dá por meio da ajuda que seu pai recebe de Freud, sendo uma análise
não convencional, no que diz respeito aos moldes da psicanálise da época.
A partir desse relato de Freud, aparecerão duas outras autoras que dissertam e tentam dar à
psicanálise maneira de se adequar ao público infantil, inexplorado na época. São elas Anna Freud,
filha de Sigmundo Freud, e Melanie Klein. Teremos então duas psicanálises de crianças: uma
centrada no trabalho pedagógico, tendo como principais trabalhos a parte consciente e a parte do
ego infantil (Anna Freud) e outra centrada nos jogos, na brincadeira e no inconsciente infantil,
sendo feita e analisada a partir de diversas interpretações do analista a partir do jogo da criança
(Melanie Klein). Estas duas autoras se tornam rivais dentro do contexto psicanalítico da época,
sendo seus seguidores muitas vezes divididos e tendo diversas disputas entre si.
No contexto psicanalítico francês surgirá Françoise Dolto, sendo reconhecida pelo seu
fantástico trabalho clínico com crianças. Dolto recebeu influência de Jacques Lacan, e seu método
analítico se centra na escuta do inconsciente infantil, além de receber os pais dentro do cenário
analítico. Também se utilizava frequentemente de desenhos e outras técnicas para dar a
possibilidade do inconsciente emergir.
Existirá ainda outra teórica importante, Maud Mannonni. Esta estudou com Françoise
Dolto, e tinha como perspectiva de tratamento o campo da linguagem, mesmo que a criança não
fale.
Para a maioria desses teóricos, o contato com os pais da criança é de suma importância,
pois, por mais que estes não apareçam no setting analítico, estarão sempre nos discursos que as
crianças trazem para a análise.

PRISZKULNIK, L. A criança e a psicanálise: o"lugar” dos pais no atendimento infantil. Psicologia


USP, v. 6, n. 2, p. 95-102, 1 jan. 1995.

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