O templo grego surgiu da evolução do mégaron micénico. Estes
edifícios destinavam-se à morada dos deuses, pelo que a tipologia arquitectónica adoptada para albergar as divindades era o da sala mais nobre dos palácios onde os reis celebravam cerimónias religiosas. O templo grego era, como toda a construção, susceptível a desastres naturais ou artificiais. Quando umacatástrofe destruía um templo, era construído outro por cima, adaptado ao estilo mais apropriado à época dereconstrução. O templo desenvolveu-se, então, através da alteração progressiva domégaron micénico. Deste último, foi mantida a Cella — sala da divindade — e uma antecâmara que o precedia — o pronaus. Tudo o resto sofreu alterações:a primeira sala, o protyron, deixou de se usar... Há, portanto, variados tipos de templo: in Antis, composto por uma base de pedra, duas salas — o Pronaus e a Cella — e com duas colunas in Antis à porta do templo; Tetraestilo, que recua o pronaus e adiciona colunas tanto na frentecomo na traseira do templo; Períptero, que adiciona as colunas a todo o perímetro do templo, sendoque as salas interiores ficam no centro. Aparece uma nova sala, um corredor,que leva do pronaus à cella. No entanto, há uma tipologia que é considerada normal: três salas, duas exteriores e uma interior — a cella —, sendo que as exteriores são opostas relativamente à interior, colunas a rodear todo o templo e duas colunas in Antis na entrada das salas exteriores.