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receitas próprias da Previdência Social, mas, para além disto, existem as receitas advindas dos
impostos destinados ao fundo da seguridade social, a exemplo do Cofins – Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social e a CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Tais
contribuições por fazerem parte do fundo da seguridade social englobam a Previdência Social
e, portanto, devem ser tidos como fontes de receitas.
Destarte, os meios de receitas no atual sistema previdenciário pátrio é um dos mais complexos
e avançados do mundo. Contudo, sua falha consiste em estabelecer uma política arrecadatória
baseada em grande parte no trabalhador, seja direta ou indiretamente, favorecendo uma
baixa arrecadação dos blocos de empresas e empregadores. Isto gera um desequilíbrio na
esfera arrecadatória do sistema.
Destaca que todos os pontos apontados pelo governo são condizentes, mas há um outro
aspecto (ponto de vista) que precisa ser analisado. É necessário vislumbrar que o sistema está
desequilibrado principalmente por uma má utilização das receitas, bem como por uma série de
isenções destinadas às empresas. A título de exemplo, no ano de 2015 as renúncias fiscais
marcaram mais de 40 bilhões de reais que deixaram de ser arrecadados pela Previdência
Social. Outro mecanismo que favoreceu as empresas foi a desoneração na folha que, também
no ano de 2015, geraram um prejuízo de 25 bilhões de reais para a previdência.
Inobstante, tivemos, até o ano de 2015, a DRU - “a Desvinculação de Receitas da União, criada
em 2000, é um mecanismo orçamentário do governo federal que lhe permite usar livremente
20% das receitas de impostos e contribuições federais” (ARVATE; BIDERMAN, 2005, p. 317).
Deste modo, permitiu que parte das receitas do sistema de Seguridade Social fossem utilizados
em outros campos, a exemplo dos pagamentos dos juros da dívida pública. A DRU, no tempo
em que ficou ativa, causou sérios prejuízos às receitas sociais. No atual cenário há a PEC
87/2015 para estender a utilização da DRU até 2023 e com um aumento de 20% para 30% na
utilização das receitas advindas das contribuições sociais e econômicas.
GARCIA, Edgardo Camilo. Dívidas com bancos – manual do endividado. 1. ed. Rio de Janeiro:
Autografia, 2017. Ebook.
BIDERMAN, Ciro; ARVATE, Paulo. Economia do setor público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005.