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Disciplina

Electricidade e Electrónica

Magnetismo e Electromagnetismo

50 Horas
ÍNDICE

Introdução ........................................................................................................................................................... 3

Planificação \ Objectivos ..................................................................................................................................... 4

Orientações ................................................................................................................ Erro! Marcador não definido.

TEXTOS DE APOIO ................................................................................................ Erro! Marcador não definido.

1. Magnetismo..................................................................................................................................................... 5
1.1- Ímans ........................................................................................................................................................ 5
1.2 - Campo magnético ................................................................................................................................... 6
1.3 - Magnetização........................................................................................................................................... 7
1.4 - Desmagnetização..................................................................................................................................... 7
1.5 - Campo magnético criado por uma corrente........................................................................................... 7
1.6 - Bobinas.................................................................................................................................................... 8
1.7 - Electroíman.............................................................................................................................................. 9
1.8 - Indução numa bobina ............................................................................................................................. 9
1.9 - Fluxo através de uma bobina .................................................................................................................10
1.10- Exercícios ...............................................................................................................................................10
2. Força electromagnética..................................................................................................................................10
2.1- Forças entre campos magnéticos e correntes ..........................................................................................10
2.2- Direcção e sentido da força electromagnética .........................................................................................11
2.3- Lei de Ampere..........................................................................................................................................12
2.4- Forças entre condutores ..........................................................................................................................12
2.5- Aplicações ................................................................................................................................................12
2.6- Exercícios .................................................................................................................................................13
3. - Indução electromagnética.............................................................................................................................13
3.1- Correntes induzidas .................................................................................................................................13
3.2- Lei de Faraday .........................................................................................................................................13
3.3- Lei de Lenz...............................................................................................................................................14
3.4- Correntes de Focault ...............................................................................................................................14
3.5 Transformadores ......................................................................................................................................14
3.6 Exercícios ..................................................................................................................................................15
4. Força atractiva...............................................................................................................................................15
4.1 Definição ...................................................................................................................................................15
4.2 Classificação ..............................................................................................................................................15
4.3- Força atractiva de um electroíman..........................................................................................................16
4.4- Aplicações ................................................................................................................................................16
4.5- Exercícios .................................................................................................................................................16
5. Histerese.........................................................................................................................................................17
5.1 Traçado do ciclo de histerese ....................................................................................................................17
5.2- Explicação para o fenómeno de histerese ................................................................................................18
5.3- Inconvenientes da histerese .....................................................................................................................18
5.4- Aplicações ................................................................................................................................................19
6. Exercícios Resolvidos ..................................................................................................................................20

Conclusão ...........................................................................................................................................................22

Bibliografia / Referências ...................................................................................................................................23

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Introdução

Ao iniciares este módulo vais confrontar-te com questões que certamente já


colocaste a ti próprio sobre magnetização, ou circuitos magnéticos.
Poderás agora compreender o funcionamento de aparelhos em que o seu
funcionamento é baseado nas leis do electromagnetismo, nomeadamente os
motores, os transformadores, as campainhas, etc.

Para melhorar a forma de aprendizagem de todos estes conceitos, vais estar


em contacto com os aparelhos do laboratório, que deverás utilizar de forma
adequada, pois são instrumentos frágeis.

Bom Trabalho

O Professor

Filipe Santos

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Planificação \ Objectivos
Objectivos Gerais:
Pretende-se que o formando conheça os principais efeitos magnéticos da corrente eléctrica, suas grandezas e
principais aplicações.

Objectivos Específicos:
No final do módulo o formando deverá ser capaz de:

• Identificar e explicar o espectro magnético de um íman permanente;


• Definir Campo magnético e fluxo magnético;
• Enunciar e aplicar a lei de Ampere e lei de Lenz;
• Descrever o ciclo de magnetização e o fenómeno de histerese;
• Explicar o princípio de funcionamento do transformador;
• Determinar o sentido do fluxo magnético atendendo ao sentido da corrente;
• Calcular forças desenvolvidas pelo efeito electromagnético;
• Construir um electroíman baseado nos conceitos teóricos apreendidos.
Âmbito dos conteúdos:
• Campos magnéticos criados pela corrente eléctrica;
• As forças electromagnéticas;
• A indução electromagnética;
• Lei de Ampere e Lei de Lenz;
• Ciclo de magnetização e histerese;
• Electroímanes;
• Introdução aos transformadores.

Tarefas/Actividades:

• Aulas práticas para familiarização no uso dos componentes electrónicos passivos;


• Montagem de circuitos para análise e verificação das principais leis do magnetismo.
• Experiências com electroímanes e transformadores.

Tarefas/Actividades:
• Construção de um Electroíman
• Análise da constituição e funcionamento de: Electroválvulas, relés, contactores, transformadores.

Recursos:

Textos de apoio; Fichas de trabalho; Esquemas eléctricos; Equipamentos de medida existentes em laboratório

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1. Magnetismo
A palavra magnetismo deriva de Magnesia, cidade da Ásia Menor, onde foi encontrado, há
muitos anos, um mineral de ferro (magnetite) que tinha a propriedade de atrair o ferro.

1.1- Ímans

Chamamos magneto ou íman ao corpo que possui a propriedade de atrair ferro, níquel ou
cobalto. Estes materiais são normalmente designados por metais ferromagnéticos.
A magnetite, também chamada pedra íman, é um íman natural, pois existe na natureza já
com a propriedade de atrair materiais ferromagnéticos. Por ser um material muito frágil e
quebradiço não tem grande utilidade prática, para além de não ter grande força atractiva. Assim
foram criados ímans artificiais, a partir de ligas como o aço duro, alnico, ticonal, etc. Com estes
materiais podemos assim construir ímans com as mais diversas formas e com forças de atracção
bastante elevadas.
As formas mais habituais dos ímans são: barras quadradas, rectangulares ou redondas
(fig1); em forma de ferradura (fig2) ou em losango (fig3) normalmente para construção de
agulhas magnéticas.

Figura 1 Figura 2

Figura 3

Se deitarmos limalha de ferro sobre um íman, verificamos que essa limalha é atraída pelas
extremidades, como mostram as figuras 1 e 2.

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As zonas onde se verifica maior quantidade de limalha, chamamos pólos magnéticos do
íman, sendo a zona intermédia neutra por não atrair nada.
Se colocarmos um íman na proximidade de uma agulha magnética ( bússola), verificamos
que esta roda num sentido ou noutro, fenómeno a que se chama atracção ou repulsão. Temos
portanto dois pólos nas extremidades de um íman aos quais chamamos pólo norte e pólo sul,
verificando-se pela experiência que o pólo norte atrai o pólo sul e reciprocamente. Se os pólos
forem iguais então dizemos que se repelem. Podemos determinar o polo norte de qualquer íman
aproximando-o de uma bússola, verificando se a ponta que indica o norte se afasta ou se
aproxima.

1.2 - Campo magnético

Chama-se campo magnético de um íman ao espaço à volta do íman, onde se faz sentir a
sua influência.
Colocando um íman debaixo de uma folha de papel e, de seguida espalhando limalha de
ferro muito fina, podemos visualizar o campo magnético e a respectiva orientação. Chamamos
espectro magnético ao conjunto das linhas de força entre o pólo norte e sul, sendo que as linhas
de força são identificadas pela orientação das partículas de limalha. Convencionou-se entretanto
que as linhas de força saem do pólo norte para o pólo sul e, ao conjunto destas chamamos fluxo
magnético.
O fluxo é representado pela letra grega φ ( lê-se fi) e a sua unidade no S.I. é o weber, que
tem por símbolo Wb. Assim, chamamos ao fluxo por unidade de secção de um íman indução,
que se representa pela letra B e a sua unidade é o Tesla (T).
A relação entre o fluxo e a indução é dada pela expressão:
Φ
B=
S
com B em tesla (T);
φ em Wb;
S em m2

O fluxo magnético é medido por um aparelho adequado que se denomina de Fluxímetro.


Considerámos na expressão anterior que a superfície em causa é perpendicular às linhas de
força, o que por vezes não acontece. Assim, no caso geral, consideramos para efeitos de cálculo,
o ângulo formado entre a superfície e as linhas de força, pelo que a expressão toma a forma geral
seguinte:
φ = BScosα

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onde α é o ângulo formado pela superfície em causa e as linhas de força do fluxo a considerar.

1.3 - Magnetização

Se dividirmos um íman ao meio, verificamos que cada das partes constitui outro íman, pois
apresenta um pólo norte e um pólo sul. Tal facto deve-se à orientação molecular do material
magnetizado. Se um material não estiver magnetizado, as suas moléculas não têm orientação
definida. Magnetizar um material é de uma forma resumida, orientar as suas moléculas num
dado sentido.
A magnetização consegue-se submetendo o corpo à acção de um campo magnético forte.
Este pode ser produzido por ímans ou por corrente eléctrica como veremos mais tarde. Os
materiais mais fáceis de magnetizar são o ferro e o aço macio, no entanto, perdem rapidamente
as propriedades adquiridas.
O aço duro, o alnico e o ticonal, são de difícil magnetização, mas mantêm as propriedades
ao longo do tempo.

1.4 - Desmagnetização

O processo mais utilizado para desmagnetizar rapidamente um íman consiste em aquecer o


material até uma certa temperatura, chamado ponto de Currie. Esta temperatura difere de
material para material, referimos como exemplo o ferro que é de cerca de 700º C.
Outro processo, consiste em submeter o íman a um campo magnético alternado,
diminuindo de intensidade progressivamente.

1.5 - Campo magnético criado por uma corrente

A passagem da corrente eléctrica através de um condutor, provoca um desvio da agulha


magnética quando esta é colocada paralelamente ao condutor. Esta experiência, prova que a
passagem da corrente cria um campo magnético em torno do condutor. Se considerarmos um
plano perpendicular ao condutor rectilíneo (fig 4), as linhas de força situadas nesse plano são
circunferências concêntricas e têm um sentido que é dado pela regra do saca-rolhas: “o saca-
rolhas caminha no sentido da corrente e roda no sentido das linhas de força”.

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Figura 4

1.6 - Bobinas

Enrolando um condutor e dando-lhe a forma de circunferência, construímos aquilo a que


se chama uma espira. Se fizermos circular uma corrente por essa espira, verificamos que por
aplicação da regra do saca-rolhas, as linhas de força têm todas o mesmo sentido na zona interior
da espira.
Se agruparmos um certo número de espiras, construímos uma bobina. Fazendo circular um
corrente através da bobina, verificamos que as linhas de força se orientam tal como num íman
(fig5).

Figura 5

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1.7 - Electroíman

Se introduzirmos um núcleo de ferro no interior de uma bobina (fig6), construindo assim


um electroíman, verificamos que o conjunto adquire propriedades magnéticas muito mais
importantes do que se esta não tiver núcleo. Note-se que as propriedades magnéticas do
electroíman só existem enquanto houver corrente a circular, ficando no entanto o núcleo
ligeiramente magnetizado ao longo do tempo; a este fenómeno dá-se o nome de magnetismo
remanescente.

Figura 6

1.8 - Indução numa bobina

A experiência demonstra que a indução numa bobina depende directamente do número de


espiras, da corrente que a atravessa e inversamente do seu comprimento.
Assim, a indução pode ser calculada pela expressão,

NI
B = 4π10-7.

em que: B- indução no centro da bobina em Tesla (T)
N- número de espiras
 - comprimento da bobina em metros
Se a bobina tiver um comprimento inferior ao raio, designa-se por bobina curta e a
indução calcula-se pela expressão seguinte:

NI
B= 4π10-7. , em que r é o raio interior da bobina.
2r

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1.9 - Fluxo através de uma bobina

Se considerarmos uma bobina com N espiras, sabemos que cada espira é atravessada por
um fluxo, que é gerado pelo campo magnético e depende da secção da bobina, tal como acontece
num íman. Assim, temos que,
φ = N B S cosα
em que: S é a secção da bobina em m2 ;
N é o número de espiras;
B é o campo magnético;
α é o ângulo formado entre a bobina e a superfície a considerar.

1.10- Exercícios

1.10.1- Calcula o fluxo magnético através da superfície de uma espira rectangular de 20x30
cm, sabendo que ela está submetida a uma indução uniforme de 0.5T, nas situações
seguintes:
a) As linhas de força são perpendiculares à superfície
b) As linhas de força fazem um ângulo de 40º com a normal à superfície
c) As linhas de força são paralelas à superfície

1.10.2- O pólo Norte de um íman recto emite um fluxo magnético de 0.2Wb. Sabendo que
a secção recta do íman é de 8 cm2, calcula o valor da indução do íman.

2. Força electromagnética

2.1- Forças entre campos magnéticos e correntes

Como já sabemos, uma corrente provoca à sua volta um campo magnético. Portanto,
quando estão em presença campos magnéticos e correntes, produzem-se forças de atracção ou de
repulsão.
Se fizermos passar uma corrente por um condutor que pode deslocar-se e se encontra
submetido à acção de um campo magnético, verificamos então, que esse condutor se desloca
com um sentido que é dado pela regra da mão esquerda (fig1). “Entrando o fluxo pela palma da
mão e saindo a corrente pelas pontas dos dedos, o polegar indica o sentido do deslocamento do
condutor”.

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Figura 1

A força que actua sobre o condutor é directamente proporcional à corrente que o atravessa,
ao campo magnético e ao comprimento do condutor.

F=BI
Em que: F, é a força em Kg;
 , é o comprimento do condutor em metros.

De uma forma geral, temos que,


F = B I  cosα
Onde α é o angulo formado com o vector campo magnético e o vector corrente.
Podemos concluir que: “duas correntes do mesmo sentido atraem-se” e “duas correntes de
sentido contrário repelem-se”.

2.2- Direcção e sentido da força electromagnética

A direcção da força F é perpendicular ao plano definido pelos vectores campo e corrente,


ou seja perpendicular a cada um deles.
Para determinarmos o sentido da força, recorremos à regra dos três dedos da mão direita
(fig2).

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2.3- Lei de Ampere

A força atractiva ou repulsiva entre dois condutores, é proporcional ao produto da


intensidade das correntes.

Foi a partir deste efeito entre correntes ou efeitos electrodinâmicos que definimos o ampere
– é a intensidade de uma corrente constante, mantida com o mesmo sentido em dois condutores
rectilíneos, de comprimento infinito, secção desprezível, paralelos e colocados no vazio à
distância de um metro, que produziria uma atracção de 2/107N por metro de comprimento dos
condutores.

2.4- Forças entre condutores

Como já vimos, uma corrente ao passar num condutor, cria um campo magnético que gera
uma força (ver 2.1). Assim, se tivermos dois condutores dispostos como se representa na figura
3, segundo a lei de Laplace, cada um deles fica submetido a uma força, F = B.I.  .senα, sendo
que as duas forças se relacionam pela expressão seguinte:


F = 4π.10-7.(I 1. I 2 ).
2π r

2.5- Aplicações

Como exemplos de aplicações, temos o motor linear, que provoca um deslocamento de um


carro móvel sobre um plano, contrariamente ao motor rotativo que provoca rotação em torno de
eixo.

Temos ainda o caso do sopro magnético que consiste em evitar o arco eléctrico em
contactos (ex contactor). Assim, se fizermos o corte na presença de um campo magnético,
criamos uma força F que alonga o arco eléctrico enfraquecendo-o, evitando assim a destruição
dos contactos.

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2.6- Exercícios

2.6.1- Um condutor rectilíneo, com 30cm de comprimento, percorrido por uma corrente de
8A, encontra-se sob a influência de um campo magnético uniforme de 0.8T. Calcula a força
electromagnética que se exerce sobre o condutor, quando as linhas de força:
a) São perpendiculares ao condutor
b) Fazem um ângulo de 40º com o condutor
c) São paralelas ao condutor

2.6.2- Duas barras condutoras paralelas, com 4m de comprimento, encontram-se à


distância de 8cm. Calcula a intensidade de corrente que as percorre, sabendo que a força
exercida entre elas é de 0.5N.

3. - Indução electromagnética

3.1- Correntes induzidas

Se ligarmos os terminais de uma bobina com núcleo de ar aos terminais de um


galvanómetro de zero ao centro, e se movimentarmos um íman no seu interior, verificamos que a
agulha do aparelho se move em ambos os sentidos, querendo isto dizer que há passagem de
corrente. Este fenómeno é designado por indução electromagnética: o íman é chamado o
indutor e a bobina, induzido. Dizemos então que há uma corrente induzida na bobina em
circuito fechado com o galvanómetro, quando submetida à acção de um campo magnético
variável. Se a bobina está em circuito aberto, dizemos que é induzida uma força electromotriz
(fig1)

3.2- Lei de Faraday

Induz-se uma f.e.m. nos condutores que estão submetidos a variações de fluxo; se esses
condutores fazem parte de um circuito eléctrico fechado aparece uma corrente induzida. Há
corrente enquanto houver variação de fluxo.
Por outro lado, dizemos ainda que a f.e.m. induzida é tanto maior quanto maior for a
variação de fluxo a que a bobina está submetida.

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3.3- Lei de Lenz

O sentido da corrente induzida pode ser facilmente obtido pela regra da mão direita (Fig2).
“ O sentido da corrente induzida é tal que os efeitos que ela produz se opõem à causa que
lhe deu origem “.

3.4- Correntes de Focault

Como nos condutores, também no interior das massas metálicas se induzem correntes,
quando se encontram sob a influência de campos magnéticos variáveis.
Por exemplo, num circuito de um electroíman excitado por uma corrente variável, induz-se
uma f.m.e. sendo o núcleo como que uma espira fechada e de forte secção, isto é, um circuito de
muito pequena resistência, induz-se nele uma corrente muito intensa que produz grande
aquecimento.
Para atenuar estas correntes, de que resultam grandes perdas de energia, folheamos os
núcleos das bobinas de forma a reduzir a secção. Criam-se então chapas de fina espessura que,
depois de isoladas com verniz, são apertadas umas contra as outras.
Há no entanto algumas vantagens, nomeadamente o aquecimento por indução e a soldadura
electromagnética.

3.5 Transformadores

Um transformador é uma máquina estática que funciona com base na indução


electromagnética. Assim, o fluxo criado pela passagem de corrente no primário, induz uma
corrente no secundário que, pela lei de Lenz, se opõe à causa que lhe deu origem.
Já sabemos que o fluxo depende do número de espiras, o que nos dá uma ideia sobre o
funcionamento básico de um transformador.
Dizemos então que N1 está para N2 assim como E1 está para E2, ou em linguagem
matemática:

N1 U 1
=
N2 U2

A esta expressão chamamos razão de transformação.

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3.6 Exercícios

3.6.1- Calcula o número de espiras no primário de um transformador, sabendo que


U 1= 240V U 2 = 24V e N 2 =300

3.6.2- Calcula a tensão no enrolamento secundário de um transformador, cujo o número de


espiras é igual a 1000, sabendo que o primário está ligado ao sector e que tem 1000 espiras. Que
tipo de transformador é este? Para que servirá?

4. Força atractiva

4.1 Definição

Um electroíman é, por definição, um dispositivo constituído por um núcleo


ferromagnético, à volta do qual existe um enrolamento percorrido por uma corrente. A função de
um electroíman é de atrair substâncias ferromagnéticas, as quais têm o nome de armaduras,
sendo por isso caracterizado pela sua força atractiva.

4.2 Classificação

O electroíman pode assumir as mais diversas formas, de acordo com as respectivas


aplicações. Assim, existem os de núcleo recto, em forma de U, em forma de culatra, de armadura
basculante, etc. As figuras 1, 2 e 3 ilustram alguns tipos.

Figura 1 Figura 2 Figura 3

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4.3- Força atractiva de um electroíman

A passagem da corrente nas bobinas, como já foi referido, provoca um campo magnético
cujas linhas de força têm o sentido indicado, de acordo com a regra de saca-rolhas.
A força atractiva de um electroíman pode ser medida com um dinamómetro, sendo
considerada igual à força que seria necessária aplicar-lhe para separar do núcleo a armadura que
tivesse sido atraída.
Esta força pode ser calculada pela expressão,

F = 4.105.B2.S

Em que a força é representada em Newton, pelo que, se quisermos e Kg, basta dividir este
valor por 10 ( 1Kg = 9.8N), e S é a secção do núcleo em m2.
Note-se que se o electroíman for em forma de U, a força total será a soma das duas forças
nos extremos.

4.4- Aplicações

Os electroímanes encontram-se quase em todos os mecanismos eléctricos, desde


contactores, electroválvulas, campainhas etc.
Uma das aplicações mais gigantescas é na separação de metais ferrosos dos não ferrosos,
como é o caso das indústrias de reciclagem metálica.

4.5- Exercícios

4.5.1- Calcula a força que um electroíman exerce sobre uma armadura, sabendo que a
secção do núcleo é de 50mm2, o fluxo é de 10mWb por espira e a bobina tem 1000 espiras.
4.5.2- Um electroíman tem uma bobina com 5000 espiras e é percorrido por uma corrente
de 10A. Sabendo que mede 20cm de comprimento e o núcleo tem 80mm2, calcula a força que
ele exerce.

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5. Histerese

5.1 Traçado do ciclo de histerese

Consideremos o circuito eléctrico da figura seguinte:

Figura 1 (ensaio em laboratório)

Comecemos o ensaio por aumentar o valor da tensão gradualmente, registando os valores


da corrente e do fluxo através de aparelhagem adequada.
Quando notarmos que o fluxo já não aumenta mais, dizemos que o núcleo atingiu a
saturação magnética. Diminuindo agora a corrente até esta se anular, verificamos que ainda
temos indução, pelo que dizemos que o núcleo adquiriu magnetismo remanescente.
Se invertermos as polaridades da fonte de tensão, e repetirmos todo o processo, podemos
construir um gráfico do género do que se apresenta na figura.

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Figura 2 (ciclo de histerese)

A esta construção gráfica, chamamos curva de histerese ou ciclo de histerese.

5.2- Explicação para o fenómeno de histerese

Quando um material ferromagnético é sujeito a um campo magnético alternado, os


domínios magnéticos sofrem uma variação periódica de orientação, o que requer dispêndio de
energia. A energia dispendida é proporcional à área do ciclo de histerese.

5.3- Inconvenientes da histerese

O grande inconveniente da histerese nos materiais ferromagnéticos consiste na libertação


de calor, que ela provoca, e consequente perda de energia. Este inconveniente atinge proporções
consideráveis quando, particularmente quando se trata de corrente alternada.

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5.4- Aplicações

Apesar de ser um inconveniente, a histerese tem algumas aplicações, tais como:

Construção de ímanes permanentes artificiais;


Construção de pólos magnéticos em máquinas eléctricas;
Construção de memórias para computadores.

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6. Exercícios Resolvidos

6.1 – Calcula o fluxo magnético através de uma espira circular com 20cm de diâmetro,
sabendo que ela está submetida a uma indução uniforme de 1T.
a) Quando está perpendicular à superfície
b) Quando está paralela com a superfície
Resolução:
a) Primeiro determinamos a secção da espira que, como já se sabe é πr2 ! Então, como
r = d/2, vem que S = πd2/4, pelo que substituindo nos dá uma secção de,
S = π0.22/4 = 0.03142 m2
Aplicamos então a expressão que define o fluxo, φ = NBScosα, que, neste caso, se
simplifica dado que N = 1 e α = 90º, pelo que φ = 0 Wb.

b) A situação mantém-se igual à anterior, só que desta vez, α = 0º, pelo que cosα = 1,
concluímos então que, φ = 0.03142 x 1 x 1 = 0.03142 Wb.

6.2 – Um electroíman recto, tem uma secção de 8cm2. A indução no pólo N é de 0.8T.
Calcula a força atractiva deste electroíman.
Resolução:
B2S 0.8 2 × 8 ×10 −4
F= = = 203.7 N = 20.8 Kgf
2µ 0 2 × 4π ×10 −7
Sendo 1 Kgf igual a 9.8N.

6.3 – Duas barras condutoras, com 3 metros de comprimento, encontram-se a uma


distância de 7cm.
a) Calcula a força electromagnética que se exerce entre elas, se a corrente que as
percorre for de 100 A.
b) Calcula a mesma força em caso de curto-circuito, sabendo que a corrente é de 5KA!
c) Diz se a força exercida é atractiva ou repulsiva, se:
1- a corrente tiver o mesmo sentido

2- a corrente tiver sentido contrário

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Resolução:

a) F = 4πx10-7xI 1 I 2 
4π ×10 −7 ×100 2 × 3 = 0.086N (distância em metros, 7cm =
=
2πd 2π × 0.07
0.07m)

b) F = 4πx10-7xI 1 I 2 
4π ×10 −7 × (5 ×10 3 ) 2 × 3 214.3N
= =
2πd 2π × 0.07

d) 1- A força é repulsiva, pois as correntes têm sentidos contrários


2- A força é atractiva pois, as correntes não têm o mesmo sentido

6.4 – Na figura abaixo ilustrada encontra-se um electroíman em U, com núcleo de ferro


macio. Sabe-se que r 1 = 40mm e r 2 = 60mm. As restantes medidas estão indicadas na
figura e estão todas em milímetros. Supondo que a força atractiva é de 280N, calcula:
a) A indução nos pólos do núcleo
b) O número de espiras necessárias para
1. I = 0.4A
2. I = 1.3A

Resolução:
a) A secção S passa agora a ser dupla, uma vez que o núcleo é em U. Assim, vem
S = 20.(r 2 -r 1 ).2 = 800.10-6 m2
Como F = 4.105.B2.S, vem que

F
B= que substituindo, dá 0.94T
4π ×10 5 × S
c) Sendo, Fm a força magneto-motriz (F m= NI) ou ainda F m = H  , e ainda o raio médio de
2πrm
(40+60)/2, o que nos dá um comprimento médio de  = + 40 + 40 + 100 =
2
0.337m, conclui-se que: 1. N=Fm /I = 463.4 espiras
2. N=F m/I = 142.6 espiras

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Conclusão
O electromagnetismo é dos capítulos mais complexos da electricidade. Este
módulo foi apenas uma pequena introdução às leis fundamentais que te irão ser
úteis em estudos posteriores, quer ao nível de outros módulos, quer ao nível da tua
vida profissional. O princípio de funcionamento das máquinas eléctricas, assenta
em tudo o que foi dito neste manual, pelo que se torna muito importante a
aprendizagem destes conteúdos. Podes aprofundar conhecimentos consultando
toda a bibliografia e referências indicadas no final do manual.
Por fim, e é bastante importante, podes realizar pequenas experiências,
utilizando os conhecimentos adquiridos.

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Bibliografia / Referências

Neste tópico estão patentes alguns manuais que te poderão ajudar, quando
iniciares ou aprofundares os conhecimentos nestas matérias

Morais, Simões, ELEMENTOS DE ELECTRICIDADE, Porto editora

Matias, José Vagos, ELECTRICIDADE 10º ANO Vol.2, DIDÁCTICA EDITORA

Manuais dos módulos de Electricidade

INTERNET

Basta utilizares um motor de busca (por exemplo o Altavista, com escolha do


idioma em português) e consultares sites sobre estas matérias.

Ou então:

http://cgslemon.no.sapo.pt/

http://ecientificocultural.com/indice.htm

http://www.revistaeletricidade.com.br/

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