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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO

AULA 8
Especificações de materiais e serviços. Controle tecnológico de
concreto. Ensaios técnicos. Tipos e finalidades. Moldagem e cura de
corpos de prova cilíndricos ou prismáticos, ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos, amostragem de concreto fresco,
determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone.

Olá pessoal!

Chegamos à nossa aula 8. Na aula de hoje falaremos das características dos


principais materiais e serviços relacionados à execução de obras.

Embora não esteja explicitamente previsto no edital, abordarei nesta aula


algumas patologias comuns em obras e que são cobradas com frequência pelo
CESPE. Como a ocorrência de determinadas patologias em obras, tais como
fissuras, desagregação de material, corrosão de armaduras, manchas, etc., está
associada ao uso de materiais e técnicas impróprios, acho conveniente estudá-las
nesta aula de especificações de materiais e serviços.

Aproveito para lembrar que estou à disposição dos alunos no Fórum de Dúvidas
e para informar que as redações estão sendo corrigidas e enviadas aos alunos.

Então, vamos à aula!

Marcelo Ribeiro.

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Primeiramente vejamos alguns conceitos fundamentais para a compreensão


dos tópicos dessa aula:

Controle tecnológico de concreto.

Qual é o objetivo do controle tecnológico?

O controle tecnológico deve comprovar que os materiais empregados na


elaboração do concreto atendem aos requisitos exigidos nas normas respectivas.
A principal norma é a NBR 12654/92 – Controle tecnológico de materiais
componentes do concreto.

O controle tecnológico é igual para todas as obras?

Não. O programa de controle tecnológico deve ser elaborado em função do grau


de responsabilidade da estrutura, das condições agressivas existentes no local da
obra, do conhecimento prévio das características dos materiais disponíveis para a
execução das obras e outras condições estabelecidas pelos responsáveis por este
controle.

Ao término da obra deve ser elaborado um relatório das análises e resultados


obtidos, encerrando com um parecer conclusivo da qualidade dos materiais
constituintes do concreto, emitido pelo responsável pelo controle.

Nota: Este relatório deve fazer parte dos documentos de aceitação da obra.

O concreto

O concreto é um material da construção civil composto por uma mistura de


cimento Portland, areia, pedra e água, além de outros materiais eventuais, os
aditivos e as adições.

Historicamente, os romanos foram os primeiros a usar uma versão deste material


conhecida por pozolana. No entanto, o material só veio a ser desenvolvido e
pesquisado no século XIX.

Quando armado com ferragens passivas, recebe o nome de concreto armado, e


quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto protendido.

O cimento Portland

Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras


calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma
mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas
construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor
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no mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse nome por
apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da
ilha britânica de Portland.

O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes,


aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. Na forma de concreto,
torna-se uma pedra artificial, que pode ganhar formas e volumes, de acordo com
as necessidades de cada obra. Graças a essas características, o concreto é o
segundo material mais consumido pela humanidade, superado apenas pela água.

NBR 12654/92 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto

Esta norma fixa as condições exigíveis para realização do controle tecnológico


dos materiais componentes do concreto.

Tal norma não inclui recomendações para o caso de aplicações especiais de


concreto, tais como concreto-massa, concreto de pavimentação, concretos leves,
concretos sujeitos à ação de meios agressivos e outros.

Vamos destacar alguns pontos importantes da NBR 12654/92:

Etapas de execução do concreto

a) Caracterização dos materiais componentes;

b) Estudo de dosagem do concreto;

c) Ajuste e comprovação do traço de concreto;

d) Preparo do concreto.

Aceitação do concreto

a) Provisória

• Aceitação do concreto fresco;

• Verificação da conformidade do concreto, de acordo com as


especificações para o estado fresco.

b) Definitiva

• Verificação do atendimento a todos os requisitos especificados para o


concreto endurecido.

Caracterização do concreto

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Devem ser feitas algumas definições prévias de todas as características e


propriedades do concreto:

a) Definições dadas pelo projeto estrutural

• Fck e idade de controle;

• Fck para as etapas construtivas, tais como: retirada de cimbramento,


aplicação de protensão no manuseio de pré-moldados;

• Especificação dos requisitos correspondentes à durabilidade da estrutura e


de propriedades especiais do concreto (fresco/endurecido).

b) Definições dadas pelo construtor

• Escolha do local de preparo do concreto: será feito no canteiro de obras ou


fornecido por empresa de serviço de concretagem.

Ensaios técnicos. tipos e finalidades

Os ensaios técnicos são divididos em três grupos: Ensaios sobre os constituintes


do concreto; Ensaios sobre o concreto fresco e Ensaios sobre o concreto
endurecido.

1. Os ensaios sobre os constituintes do concreto

Antes da fabricação do concreto, a fornecedora deverá fazer alguns ensaios de


qualificação dos materiais constituintes.

O cimento Portland comum é um aglomerante simples, obtido a partir do


clínquer. O principal constituinte do cimento portland é o clínquer portland,
material sintetizado, resultante da calcinação a aproximadamente 1450°C de uma
mistura de calcário e argila e eventuais corretivos químicos de natureza silicosa,
aluminosa ou ferrífera, empregados de modo a garantir as reações da mistura
dentro dos limites específicos. O cimento comum (clinquer + gesso) não é muito
produzido. O cimento do tipo composto CP-II corresponde a mais de 60% da
produção de cimento.

Em todos os tipos de cimento, o gesso é utilizado em pequena quantidade, cerca


de 3% (é a única adição presente no CP-I), e está presente em todos os tipos de
cimento.

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Tem a função de retardar a pega (evitando que a reação seja muito rápida na
hidratação do cimento).

Atenção! Cuidado para não confundir o gesso colocado na fabricação do cimento


com adições de gesso ao concreto. Adicionar gesso ao concreto é prejudicial.

Ensaios de qualificação do cimento Portand

Antes de ser iniciado o fornecimento, devem ser realizados ensaios do cimento


Portland em função dos requisitos e da localização da obra.

As amostras dependem da forma de entrega do cimento, que poderá ser em sacos,


contêiner ou a granel.

Ensaios que devem ser realizados no cimento:

a) finura: NBR 11579;

b) área específica (exceto nos cimentos tipos CP III e CP IV);

c) tempos de início e fim de pega;

d) expansibilidade a quente;

e) resistência à compressão nas idades especificadas para cada tipo de


cimento: NBR 7215;

f) perda ao fogo;

g) resíduo insolúvel (exceto cimento CP IV);

h) trióxido de enxofre - SO3;

i) óxido de magnésio - MgO (exceto cimento CP III);

j) anidrido carbônico - CO2.

Ensaios de qualificação dos agregados

É importante perceber que, independentemente de ser miúdo ou graúdo


(graduação dos agregados), devem ser realizados os seguintes ensaios para sua
qualificação:

a) determinação da composição granulométrica (determina a porcentagem


de cada diâmetro);

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b) determinação da massa unitária em estado solto (massa/volume solto);

c) determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;

d) determinação do teor de materiais pulverulentos (percentual de pó);

e) determinação do teor de partículas leves;

f) determinação do teor de cloretos e sulfatos solúveis em água.

Devem ainda ser realizados os seguintes ensaios nos agregados miúdos


(areia):

a) determinação de impurezas orgânicas húmicas;

b) ensaio de qualidade do agregado;

c) determinação do inchamento;

d) determinação da massa específica na condição “saturada superfície


seca” (primeiro deixa o material absorver água);

e) determinação da absorção de água.

Devem ainda ser realizados os seguintes ensaios nos agregados graúdos


(brita):

a) determinação da massa específica na condição saturada - superfície


seca;

b) determinação da absorção de água;

c) determinação da massa unitária compactada seca;

d) determinação do índice de forma pelo método do paquímetro;

e) determinação da abrasão “Los Angeles”.

2. Os ensaios sobre o concreto fresco

A NBR 6484 estabelece que no concreto fresco devem ser realizados os


seguintes ensaios:

a) consistência (estudaremos este caso ao longo dessa aula);

b) tempos de pega;
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c) massa específica;

d) teor de ar incorporado;

e) exsudação;

f) perda de abatimento.

3. Os ensaios sobre o concreto endurecido

No concreto endurecido devem ser realizados os seguintes ensaios:

a) massa específica;

b) resistência à compressão axial;

c) resistência à tração por compressão diametral;

d) resistência à tração na flexão;

e) variações de comprimento;

Nota: Os corpos-de-prova para o ensaio de variações de comprimento devem ser


prismáticos, nas dimensões de 100 mm x 100 mm x 285 mm, com comprimento
efetivo de medida de 250 mm, moldados conforme a NBR 5738:2008, curados
durante 14 dias em câmara úmida e, posteriormente, 14 dias ao ar, ocasião em
que deve ser determinada a variação de comprimento.

Resistência à compressão axial

Nesse ensaio aplica-se uma carga a um corpo de prova cilíndrico. O valor da


resistência de ruptura à compressão é dado pela carga dividida pela área do
cilindro (pressão suportada pelo cilindro).

A resistência à compressão axial é de longe o ensaio mais usado para o controle


do concreto, tanto pela facilidade de execução e baixo custo quanto pela sua
importância na segurança das estruturas.

Ilustração do teste de resistência à compressão axial:

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Resistência à tração por compressão diametral

A norma vigente para este teste é a NBR 7222/2010 - Concreto e argamassa —


Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de
prova cilíndricos.

É importante saber que o ensaio brasileiro de compressão diametral para


determinação indireta da resistência à tração (RT) foi desenvolvido pelo
Professor Lobo Carneiro (Carneiro, 1943) e ganhou popularidade em todo o
mundo, devido à facilidade e rapidez da execução. Esse ensaio também é
conhecido como “Ensaio Brasileiro, “Brazilian Test” e “Ensaio Lobo Carneiro”.

A aplicação de duas forças concentradas e diametralmente opostas de


compressão em um cilindro gera, ao longo do diâmetro solicitado, tensões de
tração uniformes perpendiculares a este diâmetro.

Veja que o corpo de prova é o mesmo que pode ser utilizado no ensaio de
compressão, só que aqui é colocado “deitado”. O corpo-de-prova é colocado
sobre o prato da máquina de compressão.

Entre os pratos e o corpo-de-prova em ensaio são utilizadas duas tiras de chapa


dura de fibra de madeira.

Ilustração referente ao Ensaio Brasileiro:

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Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos (NBR


5738/2008)

Vejamos o que esta norma prescreve:

Definição importante:

Dimensão básica dos corpos-de-prova (d): Medida expressa em milímetros,


utilizada como referência para os corpos-de-prova, sendo empregada a dimensão
do diâmetro no caso de corpos-de-prova cilíndricos e a dimensão da menor aresta
para os corpos-de-prova prismáticos.

Aparelhagem:

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Veja em corte e planta o molde cilíndrico:

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Molde prismático:

Preparação dos moldes:

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Após a moldagem dos corpos de prova, devem-se adensar os corpos de


prova, de acordo com os seguintes procedimentos:

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Os seguintes cuidados com a cura devem ser obedecidos:

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É importante saber como fazer a preparação das bases dos corpos-de-prova


cilíndricos:

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1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) No concreto ciclópico, as pedras-de-mão são dispostas em
camadas e convenientemente afastadas, de modo a serem envolvidas pela
massa.

O termo “ciclópico” teve origem na Grécia antiga, onde foram erguidos fortes
com blocos de pedra gigantes – colocados uns sobre os outros, sem argamassa. O
emprego de grandes rochas reduzia o número de juntas e, consequentemente, os
pontos fracos da alvenaria. Os gregos acreditavam que somente criaturas místicas
conhecidas como ciclópicos, seres gigantes de um olho só, poderiam ser fortes o
suficiente para manipular grandes blocos.

Atualmente, esta técnica ainda é utilizada, porém o tamanho das rochas foi
reduzido e o concreto adicionado na composição. As aplicações do concreto
ciclópico são diversas, sendo normalmente usado em fundações, muros de
arrimo, barragens e outras estruturas.

Basicamente, trata-se de um concreto convencional com a adição de pedra de


mão, também conhecida como matacão ou pedra marroada. Esta é uma rocha
bruta de granulometria variada com grande dimensão (geralmente acima de 10
cm) obtida na primeira britagem.

O método construtivo e o controle tecnológico são similares ao processo


convencional, porém não é usual o emprego da armadura na estrutura. Após a
montagem da fôrma, o concreto é lançado em camadas de 50 centímetros e então
vibrado. A pedra limpa e saturada de água é incorporada à massa manualmente e
posicionada a uma distância aproximada de 15 centímetros entre elas.

A pedra de mão não é considerada na dosagem do concreto e é colocada


separadamente para não danificar as lâminas internas (facas) do caminhão
betoneira. Esta rocha deve ter o mesmo padrão de qualidade da brita utilizada na
dosagem.

A resistência à compressão do concreto, a proporção entre concreto/pedra de mão


e o recobrimento da rocha devem atender às especificações determinadas pelo
engenheiro responsável da obra ou pelo órgão contratante.

Apesar de ter um método de execução simples, o emprego do concreto ciclópico


é recomendado em peças de grandes dimensões e com maquinário específico.
Em pequenas obras, pode gerar problemas de recebimento, armazenamento e
transporte interno da sendo utilizado que unicamente na concretagem das
bases de tubulões.

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Foto de uma pedra de mão:

Gabarito: Item CERTO.

2. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Para a especificação e


execução do serviço referente à argamassa de revestimento, é necessário
conhecer o desempenho de algumas de suas propriedades, tanto no estado
fresco como endurecido. Nesse contexto, afirma-se que:

a) na determinação da massa específica absoluta, não são considerados os


vazios existentes no volume de argamassa.

Para que os revestimentos de argamassa possam cumprir adequadamente as suas


funções, eles precisam apresentar um conjunto de propriedades específicas, que
são relativas à argamassa nos estados fresco e endurecido.

O entendimento dessas propriedades e dos fatores que influenciam a sua


obtenção permite prever o comportamento do revestimento nas diferentes
situações de uso.
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As principais propriedades da argamassa no estado fresco, que resultam nas


propriedades do estado endurecido, estão apresentadas na figura abaixo:

Propriedades da Argamassa no Estado Fresco

Massa específica e teor de ar incorporado: A massa específica diz respeito à


relação entre a massa da argamassa e o seu volume e pode ser absoluta ou
relativa.

Na determinação da massa específica absoluta, não são considerados os vazios


existentes no volume de argamassa. Já na relativa, também chamada massa
unitária, consideram-se os vazios. A massa específica é imprescindível na
dosagem das argamassas, para a conversão do traço em massa para traço em
volume, que são comumente empregados na produção das argamassas em obra.

O teor de ar é a quantidade de ar existente em certo volume de argamassa. À


medida que cresce o teor de ar, a massa específica relativa da argamassa diminui.

Essas duas propriedades vão interferir em outras propriedades da argamassa no


estado fresco, como a trabalhabilidade. Uma argamassa com menor massa
específica e maior teor de ar, apresenta melhor trabalhabilidade.

O teor de ar da argamassa pode ser aumentado através dos aditivos


incorporadores de ar. Mas o uso desses aditivos deve ser muito criterioso, pois
pode interferir negativamente nas demais propriedades da argamassa. Um
aumento do teor de ar incorporado pode prejudicar a resistência mecânica e a
aderência da argamassa, por exemplo.

Trabalhabilidade: É uma propriedade de avaliação qualitativa. Uma argamassa é


considerada trabalhável quando:

• deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;

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• mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser


lançada;

• distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base;

• não endurece rapidamente quando aplicada.

Alguns aspectos interferem nessa propriedade como as características dos


materiais constituintes da argamassa e o seu proporcionamento. A presença da
cal e de aditivos incorporadores de ar, por exemplo, melhoram essa propriedade
até um determinado limite.

Retenção de água: Representa a capacidade de a argamassa reter a água de


amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação. A retenção permite
que as reações de endurecimento da argamassa se tornem mais gradativas,
promovendo a adequada hidratação do cimento e consequente ganho de
resistência. A rápida perda de água compromete a aderência, a capacidade de
absorver deformações, a resistência mecânica e, com isso, a durabilidade e a
estanqueidade do revestimento e da vedação ficam comprometidas.

Da mesma forma que a trabalhabilidade, os fatores influentes na retenção de água


são as características e proporcionamento dos materiais constituintes da
argamassa. A presença da cal e de aditivos pode melhorar essa propriedade.

Aderência inicial: A aderência inicial depende: das outras propriedades da


argamassa no estado fresco; das características da base de aplicação, como a
porosidade, rugosidade, condições de limpeza; da superfície de contato efetivo
entre a argamassa e a base.

Para se obter uma adequada aderência inicial, a argamassa deve apresentar a


trabalhabilidade e retenção de água adequadas à sucção da base e às condições de
exposição. Deve, também, ser comprimida após a sua aplicação, para promover o
maior contato com a base. Além disso, a base deve estar limpa, com rugosidade
adequada e sem oleosidade.

Caso essas condições não sejam atendidas, pode haver problema com a
aderência, como a perda de aderência em função da entrada rápida da pasta nos
poros da base, por exemplo. Isso acontece devido à sucção da base ser maior que
a retenção de água da argamassa, causando a descontinuidade da camada de
argamassa sobre a base.

Retração na secagem: Ocorre em função da evaporação da água de amassamento


da argamassa e, também, pelas reações de hidratação e carbonatação dos
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aglomerantes. A retração pode acabar causando a formação de fissuras no


revestimento.

As fissuras podem ser prejudiciais ou não prejudiciais (microfissuras). As


fissuras prejudiciais permitem a percolação da água pelo revestimento já no
estado endurecido, comprometendo a sua estanqueidade à água.

Os fatores que influenciam essa propriedade são: as características e o


proporcionamento dos materiais constituintes da argamassa; a espessura e o
intervalo de aplicação das camadas; o respeito ao tempo de sarrafeamento e
desempeno.

As argamassas com um alto teor de cimento, denominadas “fortes”, são mais


sujeitas às tensões que causarão o aparecimento de fissuras prejudiciais durante a
secagem, além das trincas e possíveis descolamentos da argamassa já no estado
endurecido. Já as argamassas mais “fracas”, são menos sujeitas ao aparecimento
das fissuras prejudiciais.

Com relação à espessura, as camadas de argamassa que são aplicadas em


espessuras maiores, superiores a 25 mm, estão mais sujeitas a sofrerem retração
na secagem e apresentarem fissuras. No caso do intervalo de aplicação entre duas
camadas do revestimento de argamassa, é recomendado que sejam aguardados 7
dias, no mínimo, pois nesse período a retração da argamassa já é grande, da
ordem de 60% a 80% do valor total.

O tempo de sarrafeamento e desempeno significa o período de tempo necessário


para a argamassa perder parte da água de amassamento e chegar a uma umidade
adequada para iniciar essas operações de acabamento superficial da camada de
argamassa. Caso essas operações sejam feitas com a argamassa muito úmida
podem ser formadas as fissuras e até mesmo ocorrer o descolamento da
argamassa em regiões da superfície já revestida.

Propriedades da Argamassa no Estado Endurecido

As propriedades da argamassa no estado endurecido equivalem às propriedades


do próprio revestimento.

Aderência: É a propriedade do revestimento manter-se fixo ao substrato, através


da resistência às tensões normais e tangenciais que surgem na interface base-
revestimento. É resultante da resistência de aderência à tração, da resistência de
aderência ao cisalhamento e da extensão de aderência da argamassa.

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A aderência depende: das propriedades da argamassa no estado fresco; dos


procedimentos de execução do revestimento; da natureza e características da base
e da sua limpeza superficial.

Capacidade de absorver deformações: É a propriedade do revestimento quando


estiver sob tensão, mas sofrendo deformação sem ruptura ou através de fissuras
não prejudiciais. As fissuras são decorrentes do alívio de tensões originadas pelas
deformações da base.

As deformações podem ser de grande ou de pequena amplitude. O revestimento


só tem a responsabilidade de absorver as deformações de pequena amplitude que
ocorrem em função da ação da umidade ou da temperatura e não as de grande
amplitude, provenientes de outros fatores, como recalques estruturais, por
exemplo.

A capacidade de absorver deformações depende:

• do módulo de deformação da argamassa - quanto menor for o módulo de


deformação (menor teor de cimento), maior a capacidade de absorver
deformações;

• da espessura das camadas - espessuras maiores contribuem para melhorar


essa propriedade; entretanto, deve-se tomar cuidado para não se ter
espessuras excessivas que poderão comprometer a aderência;

• das juntas de trabalho do revestimento - as juntas delimitam panos com


dimensões menores, compatíveis com as deformações, contribuindo para a
obtenção de um revestimento sem fissuras prejudiciais;

• da técnica de execução - a compressão após a aplicação da argamassa e,


também, a compressão durante o acabamento superficial, iniciado no
momento correto, vão contribuir para o não aparecimento de fissuras.

O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete a aderência, a


estanqueidade, o acabamento superficial e a durabilidade do revestimento.

Resistência mecânica: Propriedade dos revestimentos suportarem as ações


mecânicas de diferentes naturezas, devidas à abrasão superficial, ao impacto e à
contração termo-higroscópica

Depende do consumo e natureza dos agregados e aglomerantes da argamassa


empregada e da técnica de execução que busca a compactação da argamassa
durante a sua aplicação e acabamento.

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A resistência mecânica aumenta com a redução da proporção de agregado na


argamassa e varia inversamente com a relação água/cimento da argamassa.

Permeabilidade: A permeabilidade está relacionada à passagem de água pela


camada de revestimento, constituída de argamassa, que é um material poroso e
permite a percolação da água tanto no estado líquido como de vapor. É uma
propriedade bastante relacionada ao conjunto base-revestimento.

O revestimento deve ser estanque à água, impedindo a sua percolação. Mas, é


recomendável que o revestimento seja permeável ao vapor para favorecer a
secagem de umidade de infiltração (como a água da chuva, por exemplo) ou
decorrente da ação direta do vapor de água, principalmente nos banheiros.

Quando existem fissuras no revestimento, o caminho para percolação da água é


direto até a base e, com isso, a estanqueidade da vedação fica comprometida.

Essa propriedade depende: da natureza da base; da composição e dosagem da


argamassa; da técnica de execução; da espessura da camada de revestimento e do
acabamento final.

Durabilidade: É uma propriedade do período de uso do revestimento, resultante


das propriedades do revestimento no estado endurecido e que reflete o
desempenho do revestimento frente as ações do meio externo ao longo do tempo.

Alguns fatores prejudicam a durabilidade do revestimento, tais como: a


fissuração do revestimento; a espessura excessiva; a cultura e proliferação de
microorganismos; a qualidade das argamassas; a falta de manutenção.

Logo, a questão está correta porque na determinação da massa específica


absoluta, não são considerados os vazios existentes no volume de argamassa.

Gabarito: Item CERTO.

b) à medida que cresce o teor de ar incorporado em uma argamassa, a sua


massa específica relativa aumenta.

Como vimos na letra “a”, à medida que cresce o teor de ar, a massa específica
relativa da argamassa diminui. Logo, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

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c) quanto menor for o módulo de deformação, menor é a capacidade da


argamassa de absorver deformação.

A questão está errada porque quanto menor for o módulo de deformação (menor
teor de cimento), maior será a capacidade da argamassa de absorver
deformações.

Gabarito: Item ERRADO.

d) o tempo de sarrafeamento e desempeno é o tempo necessário para a


argamassa adquirir parte da água de amassamento.

Como vimos, o tempo de sarrafeamento e desempeno significa o período de


tempo necessário para a argamassa perder parte da água de amassamento e
chegar a uma umidade adequada para iniciar essas operações de acabamento
superficial da camada de argamassa. Assim, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

e) a resistência mecânica diminui com a redução da proporção de agregados


na argamassa.

A questão está errada porque a resistência mecânica da argamassa aumenta com a


redução da proporção de agregado na argamassa e varia inversamente com a
relação água/cimento da argamassa.

Gabarito: Item ERRADO.

3. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Aceleradores são substâncias


que, adicionadas ao concreto, diminuem o tempo de início de pega,
desenvolvendo mais rapidamente as resistências iniciais. Considerando-se os
conceitos a seguir, assinale a opção correta.

a) O cloreto de cálcio é recomendado em concreto de elementos estruturais


protendidos.

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Atenção! É muito importante que saibamos alguns aspectos relacionados ao


Cloreto de Cálcio porque este elemento está intimamente ligado à durabilidade
das estruturas de concreto armado e é frequentemente cobrado em provas.

Um dos principais fatores que comprometem a durabilidade das estruturas de


concreto armado é a corrosão da armadura e o cloreto de cálcio é uma de suas
causas.

Este é um problema crítico, que pode comprometer severamente a segurança e a


capacidade de serviço das estruturas. Os principais fatores que provocam a
corrosão são o meio ambiente em que a estrutura está inserida e o cobrimento
inadequado de concreto.

Este cobrimento é responsável tanto pela proteção física (barreira), como pela
proteção química da armadura, quando este propicia um meio alcalino elevado
com a consequente passivação da mesma.

A NBR 6118/2003 estabelece o seguinte com relação à qualidade do concreto de


cobrimento:

“7.4.1 Atendidas as demais condições estabelecidas nesta seção, a durabilidade


das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da
espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.

7.4.2 Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente


ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os
parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta destes e devido à existência de
uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à
compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos
mínimos expressos na tabela 7.1”.

Tabela (7.1) com a correspondência entre classe de agressividade do ambiente e


qualidade do concreto:

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7.4.4 Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição


em estruturas de concreto armado ou protendido.

Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o


ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica.

Basicamente, são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as


armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente
dita.

Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com
formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente lento à
temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das superfícies
metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na atmosfera.

Este fenômeno ocorre, preponderantemente, durante a fabricação de fios e barras


de aço. Contudo, este não é o fenômeno principal de corrosão nas estruturas
convencionais de concreto.

Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza


preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão
acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios
ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no concreto.
Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem as armaduras
antes de seu emprego, quando ainda armazenadas no canteiro. É o tipo de
corrosão que o engenheiro civil deve conhecer e com a qual deve se preocupar. É
melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de iniciado o
processo.

Corrosão em meio aquoso


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O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a maioria


das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido (U.R. > 60%).

Esta corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de


corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem.

O papel do cobrimento de concreto

Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza e
desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção
baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através de
proteção física e proteção química.

Proteção física

Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade, sem


"ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por
impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos.

Esses agentes podem estar contidos na atmosfera, em águas residuais, águas do


mar, águas industriais, dejetos orgânicos etc. Não deve, tampouco, conter agentes
ou elementos agressivos internos, eventualmente utilizados no seu preparo por
absoluto desconhecimento dos responsáveis, sob pena de perder, ou nem mesmo
alcançar, essa capacidade física de proteção contra a ação do meio ambiente.

Proteção química

Em ambiente altamente alcalino, é formada uma capa ou película protetora de


caráter passivo. A alcalinidade do concreto deriva das reações de hidratação dos
silicatos de cálcio (C3 S e C2S) que liberam certa porcentagem de Ca(OH)2,
podendo atingir cerca de 25% (~100 kg/m3 de concreto) da massa total de
compostos hidratados presentes na pasta Essa base forte (Ca(OH)2 ) dissolve-se
em água e preenche os poros e capilares do concreto, conferindo-lhe um caráter
alcalino. O hidróxido de cálcio tem um pH da ordem de 12,6 (à temperatura
ambiente) que proporciona uma passivação do aço.

Sintomas

Nas regiões em que o concreto não é adequado, ou não recobre, ou recobre


deficientemente a armadura, a corrosão torna-se progressiva com a conseqüente
formação de óxihidróxidos de ferro, que passam a ocupar volumes de 3 a 10
vezes superiores ao volume original do aço da armadura, podendo causar
pressões de expansão superiores a 15 MPa (150 kgf/cm2).

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Essas tensões provocam, inicialmente, a fissuração do concreto na direção


paralela à armadura corroída, o que favorece a carbonatação e a penetração de
CO2 e agentes agressivos, podendo causar o lascamento do concreto.

Nos componentes estruturais, onde o concreto pode sofrer tração e fissuras, tais
como lajes e vigas, o risco de corrosão é mais acentuado do que em painéis e
componentes que trabalhem predominantemente à compressão.

Elementos Agressivos Incorporados ao Concreto

É usual, na maioria das vezes por desconhecimento dos técnicos envolvidos, a in-
corporação de elementos agressivos durante o próprio preparo do concreto.

O agente agressivo mais comum é o cloreto ( íon Cl¯ ) que pode ser adicionado
involuntariamente ao concreto, a partir de aditivos aceleradores de
endurecimento, agregados e águas contaminadas ou até a partir de tratamentos de
limpeza (como, por exemplo, o ácido muriático).

A grande maioria dos aditivos aceleradores de pega e endurecimento tem na sua


composição cloreto de cálcio (CaCl2 ). Esse sal dissolve, liberando ânions Cl¯
que podem destruir a película passivadora proporcionada pelo meio alcalino, e
acelerar permanentemente a corrosão.

Na realidade, o problema de corrosão é bastante complexo, envolvendo uma série


de outros fatores que fazem com que ora ocorra corrosão e ora não ocorra, para
teores iguais de cloretos.

Finalmente, os cloretos podem ser incorporados ao concreto, involuntariamente,


através de tratamentos superficiais de limpeza com ácido muriático, que nada
mais é do que um ácido clorídrico comercial. É comum esse tipo de aconteci-
mento, pois a maioria das recomendações de fabricantes de pastilhas e pisos
aconselham limpeza com ácidos. Sempre que houver risco de impregnação dessa
solução na estrutura de concreto - e quase sempre o há - deve-se estudar outra
forma de limpeza ou prever, por ocasião do projeto e execução, o concreto e o
cobrimento de armadura mais adequados.

Embora não muito comum, o que também pode acarretar problemas, é o emprego
de agregados com concreções ferruginosas, na maioria decorrentes de rochas em
alteração. Agregados contendo piritas (sulfeto de ferro (FeS2) encontrado em
granitos, gnaisses, rochas sedimentares e certas areias), goetita (óxido de ferro
hidratado encontrado em concreções lateríticas), marcasita, pirrotita e concreções
ferruginosas podem dar compostos expansivos e solúveis ao oxidarem-se. Isso

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acarreta vazios no concreto que contribuem para o aumento da permeabilidade e


redução da proteção física do cobrimento.

De modo geral, todos os elementos que, ao serem incorporados ao concreto,


contribuem para o aumento de sua permeabilidade poderão ser considerados
agressivos à armadura. Entre esses se pode citar: teor elevado de matéria
orgânica presente no agregado, teor elevado de materiais pulverulentos, teor
elevado de torrões de argila, matérias carbonosas, sulfetos e enxofre,
eventualmente presentes em excesso nas adições de escória.

Influência do Meio Ambiente

Entre os principais tipos de meios ambientes caracterizados através de tipos de


atmosfera, onde se localiza a estrutura de concreto, pode-se ter as atmosferas
rural, urbana, marinha, industrial e viciada, como se descreve a seguir.

• Atmosfera rural: Considera-se as regiões ao ar livre, à grande distância das


fontes poluidoras de ar, que se caracteriza por um baixo teor de poluentes.
Tal atmosfera tem fraca ação agressiva às armaduras imersas em concreto,
sendo bastante lento o processo de redução da proteção química
proporcionada pelo cobrimento de concreto.

• Atmosfera urbana: Considera-se as regiões ao ar livre, dentro de centros


populacionais maiores. Essas atmosferas de cidade contêm, normalmente,
impurezas em forma de óxidos de enxofre (S02 ), fuligem ácida e outros
agentes agressivos, tais como C02 , NOx, H2 S, SO4 etc.

• Atmosfera marinha: Considera-se as regiões ao ar livre, sobre o mar e


perto da costa. A atmosfera marinha contém cloretos de sódio e de
magnésio, quer em forma de cristais, quer em forma de gotículas de água
salgada. Essa atmosfera pode também conter sulfatos. Esses elementos são
extremamente agressivos e contribuem para a aceleração do processo de
corrosão das armaduras embebidas em concreto, mesmo quando em
pequenas proporções. Como referência, pode-se dizer que a velocidade de
corrosão em atmosfera marinha pode ser da ordem de 30 a 40 vezes
superior à que ocorre em atmosfera rural (pura). Daí o fato de processos
construtivos apresentarem-se adequados para obras localizadas no interior
- quando uma eventual corrosão só será notável após 8 anos - enquanto
que em regiões litorâneas não se mostram convenientes, apresentando
sinais acentuados de corrosão em apenas 2 a 3 meses, algumas vezes antes
mesmo de concluídas as obras.

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• Atmosfera industrial: Considera-se as regiões ao ar livre em zonas


industriais contaminadas por gases e cinzas. Atmosferas industriais podem
acelerar de 60 a 80 vezes mais o processo de corrosão, quando
comparadas a situações equivalentes em atmosferas rurais (puras).

• Atmosfera viciada: Considera-se as regiões em locais fechados com baixa


taxa de renovação de ar. Nestes locais pode haver uma intensificação da
concentração e até geração de gases agressivos às armaduras de concreto.
O exemplo mais significativo é a ação do ácido sulfúrico, gerado em
coletores e interceptadores de esgoto, a partir da presença de sulfetos
(S¯¯). À medida que o esgoto flui pela rede coletora, a concentração de
oxigênio dissolvido gradualmente diminui, devido a uma demanda que é
maior que o fornecimento. Em algum ponto do sistema, o oxigênio é
exaurido e os sulfetos aparecem.

A corrosão das armaduras no concreto armado é um fenômeno que só ocorre


quando as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento de concreto
são insuficientes.

Essa insuficiência, como visto, pode ser acarretada por agentes com origem em
diferentes fontes, sendo sempre necessário identificá-las, a fim de que se possa
lograr uma proteção efetiva e duradoura.

Cabe ressaltar que o fenômeno da corrosão de armaduras é mais frequente do que


qualquer outro fenômeno de degradação das estruturas de concreto armado,
comprometendo-as tanto do ponto de vista estético, quanto do ponto de vista de
segurança e sendo sempre dispendioso o seu reparo ou recuperação.

A fiel observância dos cobrimentos mínimos, da qualidade do concreto e da


uniformidade de execução podem evitar esse problema.

De qualquer forma, sendo um fenômeno expansivo, na maioria dos casos torna-


se visível a tempo, possibilitando a tomada rápida de medidas de recuperação e
proteção.

Em razão do exposto, a questão está errada porque o cloreto de cálcio não é


recomendado em nenhum tipo de concreto estrutural, sendo utilizado apenas em
concretos não armados.

Gabarito: Item ERRADO.

b) O cloreto de cálcio tem pouco efeito sobre o tempo de pega do cimento.


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Na linguagem de obra, dizer que o "concreto está dando pega" significa dizer que
o concreto começou a perder a plasticidade, tornando mais difícil a sua aplicação.

Em outras palavras, o processo de pega é a mudança de estado das misturas que


contem cimento e água (pastas, argamassas e concretos), de uma condição de
maleabilidade, até deixarem de se deformar a ação de pequenos esforços.

“Início de pega” é o intervalo de tempo existente entre a adição de água ao


cimento e o começo da reação.

Conforme este tempo de “início”, o cimento tem as seguintes classificações:

• Pega rápida: menor do que 30 minutos;

• Pega semi-rápida: entre 30 e 60 minutos;

• Pega normal; mais do que 60 minutos.

O tempo de “fim de pega” também é contado a partir da adição da água ao


cimento, levando em média de 5 a 10 horas para os cimentos normais.

Como vimos, a grande maioria dos aditivos aceleradores de pega e


endurecimento tem na sua composição cloreto de cálcio (CaCl2 ). Esse sal
dissolve, liberando ânions Cl¯ que podem destruir a película passivadora
proporcionada pelo meio alcalino, e acelerar permanentemente a corrosão.

Os aceleradores mais eficazes são feitos à base de cloreto de cálcio.

Estes aditivos facilitam a dissolução da cal e da sílica, nos silicatos, e da alumina,


nos aluminatos.

Existem ainda aceleradores à base de formiato de cálcio, trietanolamina e vários


outros sais, que agem com muito menos eficiência sobre a hidratação do C3S.

Assim, a questão está errada porque o cloreto de cálcio é o mais eficiente aditivo
para obter a redução do tempo de pega do cimento.

Gabarito: Item ERRADO.

Importante: O gabarito dessa questão foi considerado pela ESAF como sendo a
letra B. Assim, a ESAF considerou a letra B como certa e a letra C como errada.
Contudo, não existe margem para interpretação diversa da que expus na aula.
Devido a esta divergência, tomei especial cuidado em buscar a eventual fonte
utilizada pela ESAF para afirmar que o cloreto de cálcio tem pouco efeito sobre
o tempo de pega do cimento e que a presença de um estabilizador não retarda a
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hidratação ou endurecimento do concreto, contudo após extensa pesquisa não


encontrei ninguém que afirme isso.

c) A presença de um estabilizador retarda a hidratação ou endurecimento


do concreto.

Pessoal, essa questão trata de um tipo específico de aditivo, o Aditivo


Estabilizador de Hidratação – AEH.

Há determinados imprevistos que podem impossibilitar a utilização do concreto


fresco na obra, como a quebra de caminhão betoneira ou da bomba de concreto,
falta de energia elétrica na obra, problema nas formas ou ferragens, etc.

Nestes casos, para evitar a sua perda, é possível utilizar o AEH para estabilizar a
hidratação e prolongar o seu tempo de aplicação. É importante ressaltar que esta
propriedade é alcançada somente nos casos em que o concreto não iniciou a
pega.

O período do concreto estabilizado varia de acordo com o tipo do cimento, teor


do aditivo em relação ao consumo do aglomerante ou a composição química do
estabilizador. Para reativar a pega, basta misturar um novo concreto, um aditivo
acelerador ou ainda aguardar o término do efeito do estabilizador calculado na
dosagem do aditivo e a hidratação voltará a prosseguir normalmente.

Estes aditivos, chamados estabilizadores ou inibidores de hidratação, podem ser


considerados uma espécie de “super-retardadores”, com capacidade de retardo
controlado de algumas horas até dias.

Porém, há um conceito básico que os diferem entre si. Alguns retardadores,


quando utilizados em grandes dosagens – cerca de 1% da massa do cimento -,
podem causar efeito contrário, ou seja, acelerar a pega.

Já o AEH poderá ter a quantidade aumentada de acordo com o tempo de


estabilização necessário. Alguns fabricantes indicam dosagem de 0,2 a 2,5%
sobre o consumo do cimento.

Assim, a questão está certa porque a presença de um estabilizador retarda a


hidratação ou endurecimento do concreto.

Gabarito: Item CERTO.

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d) A trietanolamina é mais eficaz que o cloreto de cálcio como acelerador.

A questão está errada porque a trietanolamina, assim como o formiato de cálcio,


é muito menos eficiente como acelerador de pega do que o cloreto de cálcio.

Gabarito: Item ERRADO.

e) Aceleradores de pega ultra-rápidos não devem ser utilizados para


selamento de vazamentos de água.

A questão está errada porque os aceleradores de pega ultra-rápidos são


costumeiramente utilizados para selar vazamentos/infiltrações de água.

Em casos em que a água jorra constantemente e o tempo para aplicação é muito


curto recomenda-se a utilização de aditivos aceleradores de pega ultra-rápidos.

Este tipo de produto é indicado para tamponamento de infiltrações de água sob


pressão em subsolos, poços de elevadores, cortinas, galerias e outras estruturas
submetidas a infiltração por lençol freático.

Gabarito: Item ERRADO.

4. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia


Civil/2004) A corrosão de armaduras em estruturas de concreto é um dos
principais mecanismos de deterioração que afetam a sua durabilidade.
Sobre a corrosão em armaduras, é incorreto afirmar que:

a) o processo de corrosão estabelece uma expansão local no concreto,


originando o surgimento de tensões de tração no material e sua fissuração.

Atenção! Essa questão é ilustrativa para novamente percebermos como uma


mesma banca utiliza questões muito parecidas ao longo dos anos. Percebam que
esta questão cobra os mesmos conhecimentos cobrados na questão anterior.

Conforme vimos na questão 3, nas regiões em que o concreto não é adequado, ou


não recobre, ou recobre deficientemente a armadura, a corrosão torna-se
progressiva com a conseqüente formação de óxihidróxidos de ferro, que passam
a ocupar volumes de 3 a 10 vezes superiores ao volume original do aço da
armadura, podendo causar pressões de expansão superiores a 15 MPa (150
kgf/cm2).
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Gabarito: Item CERTO.

b) as estruturas expostas ao ambiente marítimo são altamente propensas a


apresentarem problemas de corrosão, principalmente aquelas
permanentemente submersas em água salgada.

Em algumas estruturas, tais como obras marítimas, a incidência de corrosão pode


ser mais importante que a própria ação da água de mar sobre o concreto.

Conclui-se que a deterioração dos pilares e colunas em águas de mar deve-se,


principalmente, à corrosão das armaduras.

A fiel observância dos cobrimentos mínimos, da qualidade do concreto e da


uniformidade de execução pode evitar esse problema.

Assim, a questão está errada porque embora as estruturas expostas ao ambiente


marítimo sejam altamente propensas a apresentarem problemas de corrosão, isto
se deve aos elementos presentes na atmosfera marinha (no ar) e não em função
do contato com a água salgada.

Tanto é assim que inclusive as estruturas localizadas apenas perto da costa, sem
contato com água marítima, sofrem com este problema.

Gabarito: Item ERRADO.

c) com relação ao concreto armado, o processo de corrosão eletroquímica é


muito mais relevante que o de oxidação.

Pessoal, conforme já comentamos na questão 3, basicamente, são dois os


processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para
concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita.

Ainda, a oxidação não é o fenômeno principal de corrosão nas estruturas


convencionais.

Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza


preponderantemente eletroquímica.

Gabarito: Item CERTO.

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d) a presença do hidróxido de cálcio liberado na hidratação do cimento


Portland é extremamente importante para a proteção das armaduras contra
a corrosão.

Em ambiente altamente alcalino, é formada uma capa ou película protetora de


caráter passivo. A alcalinidade do concreto deriva das reações de hidratação dos
silicatos de cálcio (C3 S e C2S) que liberam certa porcentagem de Ca(OH)2,
podendo atingir cerca de 25% (~100 kg/m3 de concreto) da massa total de
compostos hidratados presentes na pasta Essa base forte (Ca(OH)2 ) dissolve-se
em água e preenche os poros e capilares do concreto, conferindo-lhe um caráter
alcalino. O hidróxido de cálcio tem um pH da ordem de 12,6 (à temperatura
ambiente) que proporciona uma passivação do aço.

A questão está correta porque a presença do hidróxido de cálcio liberado na


hidratação do cimento Portland constitui a proteção química do concreto armado
à armadura.

Gabarito: Item CERTO.

e) a redução da permeabilidade a gases e água do concreto possibilita a


redução da ação dos mecanismos de corrosão.

A questão está correta por que a redução da permeabilidade a gases e água do


concreto constitui a proteção física do concreto armado à armadura.

Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade, sem


"ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por
impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos.

Gabarito: Item CERTO.

5. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No caso de verificação


de existência de fissuras na parede provocadas por ataque de sulfatos,
recomendam-se a remoção do revestimento, a eliminação do acesso da
umidade à parede, a secagem da superfície e a aplicação de novo
revestimento constituído por cal, areia e cimento resistente a sulfatos.

O aluminato tricálcico, um constituinte normal dos cimentos, pode reagir com


sulfatos em solução formando um composto denominado sulfoaluminato
tricálcico ou etringita, sendo que esta reação é acompanhada de grande expansão.
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Portanto, para que a reação ocorra, é necessária a presença de cimento, de água e


de sulfatos solúveis; por esse motivo a utilização conjunta de cimento e gesso é
potencialmente perigosa.

Assim, a questão está certa porque no caso de verificação de existência de


fissuras na parede provocadas por ataque de sulfatos, a remoção do revestimento,
a eliminação do acesso da umidade à parede (para evitar os sulfatos em solução),
a secagem da superfície e a aplicação de novo revestimento constituído por cal,
areia e cimento resistente a sulfatos são medidas eficientes para solucionar o
problema.

Gabarito: Item CERTO.

6. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia


Civil/2004) Com relação a aditivos utilizados para a modificação das
propriedades de concretos e argamassas, é incorreto afirmar que:

a) os aditivos incorporadores de ar melhoram a trabalhabilidade e reduzem


as resistências mecânicas de concretos e argamassas.

Os aditivos incorporadores de ar são produtos cuja função principal é produzir


um concreto com um número elevado de microbolhas de ar, estáveis, separadas
entre si e distribuídas uniformemente.

Estes aditivos surgiram para atender a necessidade dos países onde há inverno
rigoroso, com congelamento das estruturas, de obter um concreto com
estabilidade frente à ação do ciclo gelo-degelo. A utilização de aditivo
incorporador de ar em nosso país justifica-se em razão de seus efeitos
secundários sobre o concreto, quais sejam: melhoria na trabalhabilidade e
aumento da coesão do concreto fresco, além da diminuição da massa específica.

Ainda, o ar incorporado incrementa diminui a segregação e exsudação (migração


de água livre para a superfície do concreto).

Uma vez que os aditivos incorporadores de ar, como o nome já diz, incorporam
ar ao concreto ou à argamassa, o resultado é um concreto/argamassa menos
denso (menor massa específica) e consequentemente com menor resistência
mecânica.

Gabarito: Item CERTO.

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b) o cloreto de cálcio não deve ser empregado como aditivo acelerador em


estruturas com aço protendido.

Importante! Pessoal, temos novamente uma questão que demonstra como uma
mesma banca cobra o mesmo assunto em diferentes provas. Essa questão é
idêntica à questão 3, letra “a”, da aula, que vem a ser da prova da CGU de 2008.

Conforme comentamos na questão 3, letra “a”, a questão está errada porque o


cloreto de cálcio não é recomendado em nenhum tipo de concreto estrutural,
sendo utilizado apenas em concretos não armados.

A NBR 6118:2003 veda o emprego de aditivos com cloreto, nos seguintes


termos:

“7.4.4 Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição em


estruturas de concreto armado ou protendido.”

Gabarito: Item CERTO.

c) os aditivos plastificantes permitem a redução da relação água/cimento,


acarretando o aumento da resistência e da permeabilidade dos concretos e
argamassas.

Os aditivos plastificantes para adição em argamassas e concretos permitem a


redução da quantidade de água necessária na mistura, melhorando com isso todas
as propriedades do concreto e sua trabalhabilidade, reduzindo a permeabilidade
do concreto.

Ainda, existem os aditivos superplastificantes ou superfluidificantes. Estes


proporcionam a obtenção de concreto e argamassas auto-adensáveis e com alta
fluidez, e podem reduzir em até 25 % a água de amassamento, resultando em
maiores resistências e menor permeabilidade de concretos e argamassas.

A questão está errada porque os aditivos plastificantes e superplastificantes


resultam no aumento da resistência e na diminuição da permeabilidade dos
concretos e argamassas.

Gabarito: Item ERRADO.

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d) um dos problemas no uso de aditivos superfluidificantes é a rápida perda


da consistência fluída inicial estabelecida para o concreto.

Uma das limitações à difusão dos superfluidificantes é representada pela perda da


consistência inicial do concreto fluido com aditivo superfluidificante. Tal fato é
marcante quando se necessita transportar o concreto por longa distância,
particularmente em climas quentes. Já numa instalação de pré-fabricação pode-se
até tirar vantagem desta perda de consistência, no caso do concreto ser curado a
vapor, porque permite uma cura mais breve.

Gabarito: Item CERTO.

e) o uso de aditivos retardadores permite a realização de concretagens em


dias com temperatura elevada.

Os aditivos retardadores de pega atuam sobre os elementos que desenvolvem a


pega e o calor de hidratação nos cristais de cimento, o Aluminato Tricálcico e o
Silicato Tricálcico. Os retardadores irão inibir o desenvolvimento da pega por
algum tempo, que vai depender da dosagem de aditivo utilizada. Ao mesmo
tempo auxiliam no controle do calor de hidratação.

Eles não deixam o calor de hidratação chegar a altas temperaturas, uma das
principais causas de fissuras e futuras impermeabilidades, quedas de resistência e
baixas na durabilidade. Com o retardo do início de pega, o calor de hidratação irá
distribuir-se por possuir maior espaço de tempo até o final da pega.

Os retardadores de pega proporcionam ao concreto, melhores condições de


concretagem, sendo recomendados quando o concreto é usinado e deve-se
deslocar em grandes distâncias ou quando em dias muito quentes, para o controle
do calor de hidratação.

Ainda, o aditivo proporciona melhoria na trabalhabilidade e melhora a aderência


do concreto a armadura.

Gabarito: Item CERTO.

7. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Considerando-se três tipos


de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à
compressão: por amostragem total (caso a), por controle estatístico por

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amostragem parcial (caso b) e por controle estatístico por amostragem


parcial excepcional (caso c), assinale a opção incorreta.

a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem 100 %,


onde todas as betonadas são inspecionadas.

O objetivo principal do controle de qualidade do concreto, no aspecto de


resistência à compressão, é determinar o fck (resistência característica do
concreto à compressão) de um concreto produzido in situ ou fornecido por uma
central dosadora, de forma a verificar a segurança da estrutura.

A homogeneidade do concreto é influenciada pela variabilidade dos agregados,


cimento e aditivos usados, pois cada um contribuirá para a variação na resistência
do concreto.

A temperatura do concreto fresco interfere na quantidade de água necessária à


absorção da consistência adequada e, consequentemente, contribui para a
variação de resistência.

Nos termos da NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland - Preparo,


controle e recebimento – Procedimento, existem três tipos de controle da
resistência do concreto:

• Controle estatístico do concreto por amostragem parcial;

• Controle do concreto por amostragem total;

• Controle do concreto em casos excepcionais.

A amostragem total consiste em realizar ensaios de todo lote (ou betonada) de


concreto utilizado na obra. A amostragem estatística realiza ensaios de parte dos
lotes (ou betonadas) de concreto utilizados na obra e extrapola o resultado obtido
para todo o concreto utilizado.

O controle é realizado mediante ensaios de resistência nos quais os corpos-de-


prova indicam mais a resistência potencial do que a real de uma estrutura.

Para serem significativas, as conclusões sobre resistência do concreto devem se


basear numa amostragem de ensaios, da qual se possam estimar com razoável
precisão as características do concreto. Ensaios insuficientes resultarão em
conclusões não muito confiáveis.

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As amostras deverão ser coletadas aleatoriamente. Cada exemplar é constituído


por dois corpos-de-prova, moldados de acordo com a NBR 5738, para cada idade
de rompimento, moldados no mesmo ato.

Define-se como resistência do exemplar a maior dos dois resultados de


resistência à compressão dos corpos-de-prova, ensaiados de acordo com a NBR
5739.

Algumas definições importantes da NBR 12655:

FCK - Resistência característica do concreto à compressão: É o valor de


referência que adota o projetista como base de cálculo. Está associada a um nível
de confiança de 95%. Chama-se também resistência característica especificada
ou de projeto.

FCK ef.- Resistência característica real ou efetiva do concreto à compressão:


Correspondente ao concreto de uma região homogênea da estrutura, é o valor que
tem uma probabilidade de 0,95 de ser igualado à resistência de um corpo-de-
prova cilíndrico tomado aleatoriamente dentro da região. Essa resistência
característica real é um valor impossível de ser conhecido, pois seria necessário
ensaiar todo o concreto da região considerada.

FCK.est - Resistência característica estimada do concreto à compressão:


Correspondente ao concreto de um lote que supõe homogêneo. É o valor obtido
ao ensaiar alguns corpos-de-prova cilíndricos e aplicar aos resultados obtidos
uma fórmula matemática. Resulta uma estimativa, feita a partir de uma
amostragem, e não uma certeza absoluta do valor da resistência característica real
do concreto do lote em exame.

A questão está correta porque a amostragem total é o mais recomendável devido


tratar-se de amostragem 100 %, onde todas as betonadas são inspecionadas.
Contudo, é importante fazermos a ressalva de que em obras de maior vulto, com
grandes volumes de concreto, é necessário fazer a análise econômica do controle
por amostragem total, podendo optar pela amostragem estatística.

Gabarito: Item CERTO.

b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência obtido


diretamente na amostra.

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Como na amostragem total são realizados ensaios de todos os lotes (ou


betonadas) de concreto utilizados na obra, o valor de resistência obtido dos
ensaios é considerado como o valor representativo da amostra.

Gabarito: Item CERTO.

c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos que


aumentam a grandeza do valor obtido.

Como na amostragem estatística não são realizados ensaios de todos os lotes (ou
betonadas) de concreto utilizados na obra, o valor de resistência obtido dos
ensaios é multiplicado por um redutor (amostrador estatístico) de forma a obter a
resistência representativa da amostra.

Quanto maior a representatividade da amostra utilizada, menor será o redutor a


ser aplicado no resultado obtido nos ensaios.

Gabarito: Item ERRADO.

d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume a ser


produzido.

O tamanho da amostra utilizada na amostragem estatística é função do volume de


concreto a ser utilizado. Quanto maior o volume, maior a amostra necessária.

Gabarito: Item CERTO.

e) No caso c, uma amostra de material ruim pode levar a que todo o lote seja
mal avaliado.

Pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no máximo 10 m3 e


amostrá-los com número de exemplares entre 2 e 5. Nestes casos, denominados
excepcionais, o valor estimado da resistência característica é dado por uma
fórmula matemática que multiplica o valor obtido nos ensaios por um redutor,
que vai de 0,75 a 0,91, a depender da condição de preparo do concreto e do
número de exemplares.

Gabarito: Item CERTO.

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8. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia


Civil/2004) Considerando-se as principais propriedades térmicas dos vidros
– a transmissão luminosa – TL, o coeficiente de sombreamento CS, a
absorção de energia Abs, a reflexão luminosa RL e o fator solar FS –,
assinalar a opção incorreta.

a) Quanto menor o CS, mais calor penetra no ambiente através do vidro.

O conhecimento das propriedades térmicas e lumínicas de materiais transparentes


ou translúcidos, como vidros e policarbonatos, é importante na solução de
problemas relacionados ao conforto em ambientes construídos. As principais
informações necessárias são a porcentagem de radiação solar ou de luz que
atravessa um determinado componente, como a placa de vidro de uma janela,
além da quantidade de calor irradiado pela sua superfície.

O coeficiente de sombreamento - CS é a razão do ganho de calor (energia) solar


através de um determinado vidro para o ganho de calor solar do vidro padrão (um
vidro monolítico incolor de 3 mm), sob circunstâncias idênticas. É o índice mais
conhecido e geralmente aceito, tanto pela indústria como na construção civil
como referência comparativa entre vidros.

A questão está errada porque quanto menor o CS, menos calor penetra no
ambiente através do vidro.

Gabarito: Item ERRADO.

b) Quanto maior o TL, mais luminosidade passa pelo vidro.

Você sabe a diferença entre transparência e transmissão luminosa?

Luminosidade é a capacidade que algo tem de deixar passar a luz. A transmissão


luminosa é um fator que objetos não-opacos têm. Apesar de variável, todos os
objetos que não são opacos possuem certo fator de transmissão luminosa.

Transparência é a qualidade de um objeto transparente, ou seja, um objeto não


opaco e não fosco. Um objeto transparente permite a clara distinção de objetos
ou pessoas através de sua espessura.

A questão está correta porque quanto maior o TL, mais luminosidade passa pelo
vidro.

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Gabarito: Item CERTO.

c) Quanto maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.

A absorção de energia - Abs (Absortividade) representa a fração da radiação


solar total, incidente na normal que é absorvida pelo vidro. Dessa forma, quanto
maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.

Gabarito: Item CERTO.

d) Quanto maior a RL, menos luminosidade passa pelo vidro.

A reflexão luminosa (refletividade) é a parcela da radiação solar total, incidente


na direção normal, que é refletida pelo vidro.

Sua representação é dada pela porcentagem de energia solar que um vidro reflete
para dentro ou para fora de uma edificação. O número varia de 0 a 100%.

Quanto maior o número da refletividade externa, menos energia penetra no


interior do ambiente; quanto maior o número da refletividade interna, mais
energia solar é mantida dentro do cômodo.

Gabarito: Item CERTO.

e) Quanto menor o FS, mais o vidro funciona como um filtro para o calor.

O fator solar – FS (ou Fator de Ganho de Calor por Insolação – FGCI) representa
a transmissividade total (fator solar, ou seja, a soma das parcelas de transmissão
direta pelo vidro mais a parcela da energia absorvida e reirradiada para o
interior).

O Fator Solar depende da posição do sol e das condições exteriores, tais como a
convecção natural favorecida (ou não) pelo vento. Para o cálculo do Fator Solar
considera-se:

• O sol a 30° acima do horizonte, em plano perpendicular à fachada;

• Temperatura interior ambiente igual à temperatura exterior;

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• Coeficiente de condutância térmica superficial (exterior: 23W/m2°C e


interior: 8W/m2°C).

O Fator Solar é a característica espectrofotométrica normalmente indicada pelos


fabricantes dos componentes transparentes/translúcidos, uma vez que tal variável
permite o cálculo do ganho de calor total.

Assim, a questão está certa porque quanto menor o FS, menor será o ganho de
calor do interior, o que significa que o vidro está funcionando como um bom
filtro para o calor.

Gabarito: Item CERTO.

No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil,


podem-se utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem técnica; os
de ordem econômica; e os de ordem estética. Embora todos esses critérios
sejam importantes, o fato de aqueles de ordem técnica estarem intimamente
relacionados com a segurança e a funcionalidade da obra exige que eles
mereçam considerável destaque nessa seleção. Sobre os critérios técnicos
relativos aos materiais de construção, julgue os itens que se seguem.

9. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) A


massa específica real dos agregados é definida como a massa da unidade de
volume do material, considerando, inclusive, o volume de vazios.

Pessoal, é importante que saibamos os índices físicos, que são relações entre
volume e peso das fases (sólida, líquida e gasosa) dos agregados. Estes índices
são utilizados na definição de propriedades físicas dos agregados. Os índices
mais cobrados em provas são os que constam dos manuais do DNIT, de forma
que é importante termos o conhecimento dos índices físicos apresentados na
figura a seguir:

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De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, temos o seguinte:

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Assim, percebe-se que a massa específica real dos grãos do solo não considera o
volume de vazios do solo, mas somente o volume dos grãos, estando errada a
questão.

Gabarito: Item ERRADO.

10. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) A cal


hidráulica é um produto apropriado para construções sob a água.

Pessoal, primeiramente veremos alguns conceitos sobre aglomerantes hidráulicos


e não hidráulicos.

Os cimentos hidráulicos são definidos como os aglomerantes que não só


endurecem através de reações com a água, como também formam um produto
resistente à água. Os aglomerantes derivados da calcinação da gipsita, ou de
carbonatos como a rocha calcária, são não-hidráulicos porque seus produtos de
hidratação não resistem à água. As argamassas de cal usadas em estruturas
antigas construídas pelos gregos e romanos foram tornadas hidráulicas por adição
de materiais pozolâmicos, os quais reagiram com a cal para produzir um produto
cimentante resistente à água.

Comparado aos aglomerantes gesso e cal, o cimento Portland e suas várias


modificações são os principais cimentos usados hoje em dia para a produção de
concreto estrutural. Isto porque o cimento Portland é verdadeiramente hidráulico,
não necessitando de adição de materiais pozolâmicos para desenvolver as
propriedades de resistência à água (MEHTA, 1994).

Cal

Cal é o nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de


rochas calcárias, que se apresentam sob diversas variedades, com características
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resultantes da natureza da matéria-prima empregada e do processamento


conduzido.

A calcinação da rocha calcária pura resulta na produção de óxido de cálcio puro.


Nas rochas calcárias naturais, é comum a associação do carbonato de cálcio com
o carbonato de magnésio, que não constitui impureza propriamente dita, mas
altera algumas propriedades da cal. A sílica, os óxidos de ferro e de alumínio são
as impurezas que acompanham os carbonatos, em maior ou menor grau, na
constituição das rochas calcárias.
Observa-se que na fabricação da cal estas impurezas podem alterar bastante as
propriedades da cal produzida.

Cal virgem

A cal virgem (viva) não é ainda o aglomerante utilizado em construção. O óxido


deve ser hidratado, transformando-se em hidróxido, que é o constituinte básico
do aglomerante cal. A operação de hidratação recebe o nome de extinção (reação
fortemente exotérmica), e o hidróxido resultante denomina-se cal extinta.

Cal extinta

A cal extinta (hidratada) é utilizada em mistura com água e areia, em proporções


apropriadas na elaboração de argamassas. Estas têm consistência mais ou menos
plástica, e endurecem por recombinação do hidróxido com o gás carbônico
presente na atmosfera, reconstituindo o carbonato original, cujos cristais ligam-se
de maneira permanente aos grãos de agregado utilizado. Esse endurecimento se
processa com lentidão e ocorre, evidentemente de fora para dentro, exigindo uma
certa porosidade que permita, de um lado, a evaporação da água em excesso e, de
outro, a penetração do gás carbônico do ar atmosférico. Devido a este processo,
este aglomerante é chamado freqüentemente de cal aérea. A cal aérea não
endurece debaixo da água e depois de endurecida dissolve-se lentamente debaixo
da água.

Cal Pozolânica

Os romanos descobriram que, misturando uma cinza vulcânica encontrada nas


proximidades do Vesúvio, chamada pozolana, com cal hidratada (que entra em
proporção variável, de 25 a 45%), obtinham um aglomerante que endurecia sob a
água. Esse material, atualmente encontra-se em desuso. Sua reação de
endurecimento se dá por processo químico e produz um material resistente sob a
água.

Cal Hidráulica
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O nome cal hidráulica é aplicado a uma família de aglomerante de composição


variada, obtidos pela calcinação de rochas calcárias que, natural ou
artificialmente, contenham uma porção apreciável de materiais argilosos. O
produto goza da propriedade de endurecer sob a água, embora, pela quantidade
de hidróxido de cálcio que contém, sofra também ação de endurecimento pela
carbonatação proveniente da fixação de CO2 do ar.

A cal hidráulica é fabricada por processos semelhante ao da fabricação da cal


comum. A matéria-prima é calcinada em fornos e o produto obtido
subseqüentemente extinto. Apesar de endurecer sob a água (reação de hidratação)
e resistir quando imerso, não é um produto apropriado para construções sob a
água, pois sua pega é muito lenta.

Assim, a questão está errada porque embora a cal hidráulica resista à água, ela
não é indicada para construções sob a água por causa de sua pega ser muito lenta.

Gabarito: Item ERRADO.

11. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009) A cal viva, na


elaboração de argamassas, é utilizada em mistura com água e areia, em
proporções apropriadas.

Como vimos, a cal extinta (hidratada) é utilizada em mistura com água e areia,
em proporções apropriadas na elaboração de argamassas.

Não se utiliza a cal virgem (viva) na elaboração de argamassas, razão pela qual a
questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

12. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) O


clínquer, produto básico para a obtenção do cimento Portland, é produzido
a partir da fusão incipiente de uma mistura de calcário e argila.

Atenção! É muito comum em provas a cobrança de conhecimentos acerca do


clínquer.

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Os clínqueres são nódulos de 5 a 25 mm de diâmetro de um material sinterizado,


produzido quando uma mistura de matérias-primas de composição pré-
determinada é aquecida a altas temperaturas.

O cimento Portland é um aglomerante hidráulico produzido pela moagem do


clínquer, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos,
usualmente com uma ou mais formas de sulfato de cálcio com um produto de
adição.

No Brasil, o principal constituinte do cimento Portland é o clínquer portland,


material sintetizado, resultante da calcinação a aproximadamente 1450°C de uma
mistura de calcário e argila e eventuais corretivos químicos de natureza silicosa,
aluminosa ou ferrífera, empregados de modo a garantir as reações da mistura
dentro de limites específicos. O cimento comum (clínquer + gesso) não é muito
produzido. Os cimentos compostos (CP-II) representam mais de 70% da
produção.

Ilustração do processo de fabricação de cimento:

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Dessa forma, a questão está correta porque apresenta a precisa definição de


clínquer.

Gabarito: Item CERTO.

13. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008)


Calor de hidratação é a energia aplicada mecanicamente durante a mistura
do concreto, que permite a hidratação do cimento por meio da água de
mistura.

O cimento Portland anidro não aglomera areia e agregado graúdo; ele só adquire
a propriedade adesiva quando misturado à água. Isto acontece porque a reação
química do cimento com a água, comumente chamada de hidratação do cimento,
gera produtos que possuem características de pega e endurecimento.

Calor de hidratação

Os compostos do cimento Portland são produtos de reações a alta temperatura


que não estão em equilíbrio e por isso estão em um estado de energia elevada.
Quando um cimento é hidratado, os compostos reagem com a água para atingir
estados estáveis de baixa energia, e o processo é acompanhado pela liberação de
energia na forma de calor. Em outras palavras, as reações de hidratação dos
compostos do cimento Portland são exotérmicas.

O significado do calor de hidratação do cimento em tecnologia de concreto é


múltiplo. O calor de hidratação pode muitas vezes ser um problema (por
exemplo, em estruturas de concreto massa), e outras tantas vezes um auxílio (por
exemplo, em concretagem durante o inverno quando a temperatura ambiente
pode ser muito baixa para fornecer energia de ativação para as reações de
hidratação).

Assim, a questão está errada porque o calor de hidratação não é a energia


aplicada mecanicamente durante a mistura do concreto, mas sim a energia
liberada em forma de calor como resultado da hidratação do cimento.

Gabarito: Item ERRADO.

14. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) Nas


obras em concreto que ficam em contato com a água do mar, deve ser
utilizado como aglomerante o cimento Portland comum, com alta resistência
inicial.
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Pessoal, o material mais cobrado pelo CESPE e pela ESAF em provas é o


cimento. Como existem vários tipos e consequentes aplicações, faremos uma
breve exposição acerca do cimento.

O que significam as siglas do tipo de cimento?

Os diferentes tipos de cimentos normalizados são designados pela sigla e pela


classe de resistência.

A sigla corresponde ao prefixo CP acrescido de algarismos romanos I a V, sendo


as classes de resistências indicadas pelos números 25, 32 e 40. Estas apontam os
valores mínimos de resistência à compressão (expressos em megapascal - MPa),
garantidos pelos fabricantes, após 28 dias de cura.

O mercado nacional dispõe de 8 opções, que atendem com igual desempenho aos
mais variados tipos de obras.

O cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e


propriedades, aos 11 tipos básicos de cimento Portland disponíveis no mercado
brasileiro. São eles:

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1. Cimento Portland Comum (CP I)

• CP I – Cimento Portland Comum

• CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição

2. Cimento Portland Composto (CP II)

• CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória

• CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana

• CP II-F – Cimento Portland Composto com Fíler

3. Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)

4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV)

5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)

6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)

7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)

8. Cimento Portland Branco (CPB)

Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de


cálcio, material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e
calcário, acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também em
função de propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca etc.
O próprio Cimento Portland Comum (CP I) pode conter adição (CP I-S), neste
caso, de 1% a 5% de material pozolânico, escória ou fíler calcário e o restante de
clínquer. O Cimento Portland Composto (CP II- E, CP II-Z e CP II-F) tem
adições de escória, pozolana e fíler, respectivamente, mas em proporções um
pouco maiores que no CP I-S. Já o Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) e o
Cimento Portland Pozolânico (CP IV) contam com proporções maiores de
adições: escória, de 35% a 70% (CP III), e pozolana de 15% a 50% (CP IV).

Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)

Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado


como retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de
concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas
subterrâneas. O Cimento Portland comum é usado em serviços de construção em
geral, quando não são exigidas propriedades especiais do cimento. Também é
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oferecido ao mercado o Cimento Portland Comum com Adições CP I-S, com 5%


de material pozolânico em massa, recomendado para construções em geral, com
as mesmas características.

Cimento Portland CP II (NBR 11578)

O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor


do que o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais
indicado em lançamentos maciços de concreto, onde o grande volume da
concretagem e a superfície relativamente pequena reduzem a capacidade de
resfriamento da massa. Este cimento também apresenta melhor resistência ao
ataque dos sulfatos contidos no solo. Recomendado para obras correntes de
engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e
protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. Veja as
recomendações de cada tipo de CP II:

Cimento Portland CP II-Z (com adição de material pozolânico): Empregado em


obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. E para produção de
argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e
artefatos de cimento. O concreto feito com este produto é mais impermeável e
por isso mais durável.

Cimento Portland Composto CP II-E (com adição de escória granulada de alto-


forno): Composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento
portland com adições (alto-forno e pozolânico). Este cimento combina com bons
resultados o baixo calor de hidratação com o aumento de resistência do Cimento
Portland Comum. Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento
de calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos.

Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de material carbonático - fíler):


Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de
assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado,
protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos pré-moldados e
artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre
outros.

Cimento Portland de Alto Forno CP III (com escória - NBR 5735)

Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de


hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-
agregado, além de ser resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter aplicação
geral em argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, de

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concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro e outras. Mas é


particularmente vantajoso em obras de concreto-massa, tais como barragens,
peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes
agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e
efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou
obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos.

Cimento Portland CP IV (com pozolana - NBR 5736)

Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e


protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. É especialmente
indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. O
concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais durável,
apresentando resistência mecânica à compressão superior à do concreto feito com
Cimento Portland Comum, a idades avançadas. Apresenta características
particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande volume de concreto
devido ao baixo calor de hidratação.

Cimento Portland CP V ARI - (Alta Resistência Inicial - NBR 5733)

Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de


idade e de 53 MPa aos 28 dias, que superam em muito os valores normativos de
14 MPa, 24 MPa e 34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, o CP V ARI é
recomendado no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de
cimento em indústrias de médio e pequeno porte, como fábricas de blocos para
alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes,
elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados. Pode ser utilizado no
preparo de concreto e argamassa em obras desde as pequenas construções até as
edificações de maior porte, e em todas as aplicações que necessitem de
resistência inicial elevada e desforma rápida. O desenvolvimento dessa
propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e
argila na produção do clínquer, e pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao
reagir com a água o CP V ARI adquire elevadas resistências, com maior
velocidade.

Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5737)

O CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de


esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos.
Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto desempenho,
obras de recuperação estrutural e industriais, concretos projetado, armado e
protendido, elementos pré-moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos,
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argamassa armada, argamassas e concretos submetidos ao ataque de meios


agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões
litorâneas, subterrâneas e marítimas. De acordo com a norma NBR 5737, cinco
tipos básicos de cimento - CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI - podem ser
resistentes aos sulfatos, desde que se enquadrem em pelo menos uma das
seguintes condições:

• Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições


carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente;

• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória


granulada de alto-forno, em massa;

• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material


pozolânico, em massa;

• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa


duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos.

Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) - (NBR 13116)

O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e


classes de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III-32 (BC) é o Cimento
Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua
composição. Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o
desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o
aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido
durante a hidratação do cimento.

Cimento Portland Branco (CPB) - (NBR 12989)

O Cimento Portland Branco se diferencia por sua coloração, e está classificado


em dois subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em concretos
brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares
às dos demais tipos de cimento. Já o não estrutural não tem indicações de classe e
é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicações não
estruturais. Pode ser utilizado nas mesmas aplicações do cimento cinza. A cor
branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e
manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e
moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. O
índice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos projetos
arquitetônicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de escolha
de cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos.
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Ilustração de adições ao cimento:

O concreto quando em contato com a água do mar, formam-se sulfatos de cálcio


por reação do sulfato de magnésio da água do mar com o Ca(OH)2 do cimento
(formação de sal de Candelot).

Em face do exposto, a questão está errada porque para a aplicação nas obras em
concreto que ficam em contato com a água do mar recomenda-se a utilização de
cimentos pozolânicos e de escória de alto forno (menor calor de hidratação e
fissuram menos).

Gabarito: Item ERRADO.

15. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) Para


estancamento ou eliminação de vazamentos em caixas de água de concreto,
recomenda-se usar cimento portland de pega lenta.

Deve-se notar que o cimento Portland CP V ARI é de endurecimento rápido (alta


resistência inicial), mas não de pega rápida porque os tempos de início e de final
de pega do cimento são geralmente parecidos com os do cimento Portland do tipo
I.

Para aplicações tais como reparos de emergência em juntas com vazamento e


concreto jateado, são necessários cimentos hidráulicos que não apenas sejam de

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endurecimento rápido, mas de pega rápida. Essa necessidade é geralmente


satisfeita pela utilização de misturas de cimento Portland e gesso ou cimento
Portland e cimento de aluminato de cálcio, os quais fornecem tempos de pega tão
baixos quanto 10 minutos.

A durabilidade e a resistência última dos produtos endurecidos são bastante


baixas. Existem no mercado produtos aditivos aceleradores de pega, o que
proporciona uma pega muito rápida (3 a 5 minutos) e podem ser usados nesses
casos.

Se for necessário, existem ainda os aceleradores de pega ultrarrápidos, que são


costumeiramente utilizados para selar vazamentos/infiltrações de água, cuja pega
ocorre em segundos (15 a 30).

Os cimentos de pega normal iniciam a pega 1 hora após o contato com a água.

Assim, a questão está errada porque para estancamento ou eliminação de


vazamentos deve ser utilizado um cimento de pega rápida e não de pega lenta.

Gabarito: Item ERRADO.

16. (CESPE/TCE-TO/Analista de Controle Externo – Engenharia


Civil/2008) Os cimentos tipo Portland para utilização em construções civis
são diferenciados por códigos específicos. A denominação CP-I é atribuída
ao cimento Portland

a) comum.

b) comum com adição.

c) composto com escória.

d) composto com pozolana.

e) composto com fíler.

Como já vimos, o cimento Portland CP-I é o cimento Portland Comum.

Gabarito: Letra “a”.

17. (CESPE/TRE-GO/Engenharia Civil/2008) Obtido por meio da


calcinação de uma mistura de calcário, argilas e gipsita, o cimento Portland
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é o elemento ativo na confecção de diversas mesclas, de pastas e do concreto.


Considerando-se as características dos cimentos padronizados utilizados na
construção civil, é correto afirmar que o cimento:

a) Portland branco é resultante da calcinação de uma mistura de calcita,


caolim e areia branca e pode ser utilizado em pré-moldados e para a
fabricação de ladrilhos hidráulicos.

Atenção! Pessoal, o CESPE e a ESAF cobram MUITO em prova o


conhecimento do cimento Portland Branco. Há questões de todo tipo, desde
afirmações de que o cimento Portland Branco não é tecnicamente um cimento
(afirmação errada) até questões que abordam aplicações específicas, como a
fabricação de ladrilhos hidráulicos. Dessa forma, devemos ter bem claro o
conceito de cimento branco e, por conseqüência, dos cimentos coloridos (que
estão sendo bastante utilizados no Brasil).

Como vimos, o cimento Portland Branco se diferencia por sua coloração, e está
classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. A cor branca é obtida a
partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em
condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do
produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. O cimento
branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser
associado a pigmentos coloridos.

Os ladrilhos hidráulicos são feitos basicamente de cimento branco e agregados.


Por isso, as peças são porosas, requerendo proteção em sua superfície. Essa
proteção normalmente é feita com resinas e impermeabilizantes.

Dessa forma, a questão está correta porque dentre as diversas aplicações do


cimento branco, temos a fabricação de pré-moldados e de ladrilhos hidráulicos.

Gabarito: Item CERTO.

b) aluminoso apresenta pega e endurecimento lentos e é recomendado para


obras em contato com a água do mar.

Um tipo especial de cimento é o cimento aluminoso (que não é Portland). Ele é


um cimento refratário ao calor, utilizado para fazer concreto refratário para
construção de fornos, caldeiras, churrasqueiras, lareiras, etc.

Cimento Aluminoso
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Os cimentos aluminosos são ligantes hidráulicos, cujo componente principal é o


aluminato de cálcio. Estes cimentos são fabricados a partir de misturas de
calcários com bauxitos ou com alumina, de forma a se obter cimentos com teores
de óxido de alumínio na faixa de 40% a 80%.

Estes produtos podem ser obtidos por dois processos, fusão ou sinterização:

• No processo de fusão as matérias-primas são moídas, dosadas e levadas ao


forno para fusão. O material fundido é descarregado em lingoteiras e
resfriado;

• No processo de sinterização as matérias-primas são secas, dosadas e


moídas em moinho de bolas até uma granulometria próxima ao do
cimento. Em seguida este pó é pelotizado, calcinado em fornos rotativos e
resfriado, obtendo-se o clínquer.

O clínquer de ambos os processos é britado e moído até a granulometria


desejada, obtendo-se dessa forma o cimento.

Aplicações: Os cimentos aluminosos são semelhantes aos cimentos Portland


usados na construção civil, em cuja composição predomina o silicato de cálcio.
No entanto, para suportar as condições a que são submetidas as construções
refratárias nos processos industriais somente os cimentos aluminosos são
adequados. Estes são sempre utilizados em mistura com agregados refratários
para obtenção dos concretos refratários.

A questão está errada porque, como já vimos, o cimento indicado para estruturas
em contato com a água do mar deve ser pozolânico ou de escoria de alto forno
(menor calor de hidratação e fissuram menos).

Gabarito: Item ERRADO.

c) pozolâmico é um aglomerante hidráulico de clínquer Portland, gipsita e


pozolana, não sendo indicado para a construção de estruturas maciças de
concreto.

A questão está errada porque o cimento Portland CP-IV é especialmente indicado


para a construção de estruturas maciças de concreto uma vez que apresenta
características particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande
volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação.

Gabarito: Item ERRADO.


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d) de alto forno é um aglomerante hidráulico constituído de clínquer


Portland, gipsita e escória granulada de autoforno, sendo indicado como
constituinte de pastas e caldas de injeção de bainhas de cabos de protensão.

Assim como ocorreu com os aditivos, o aperfeiçoamento da manipulação das


adições - escórias, pozolanas e fíleres - induziu evoluções no uso do concreto,
acompanhando demandas da construção, como necessidade por durabilidade,
menor exigência de mão de obra e redução do impacto ambiental.

Hoje os cimentos modificados têm aplicações e desempenho comparáveis aos


dos cimentos Portland convencionais, mas há casos em que eles podem agregar
vantagens.

Com os cimentos de alto-forno e pozolânicos, ganhos podem decorrer da maior


estabilidade, durabilidade e impermeabilidade conferida ao concreto, bem como
ao calor de hidratação mais baixo. Outras características que podem ser
aproveitadas são a maior resistência ao ataque por sulfatos, a maior resistência à
compressão em idades mais avançadas, a maior resistência à tração e à flexão e
uma melhor ou igual durabilidade.

O emprego dos cimentos com escórias de alto-forno e pozolânicos, contudo, deve


ser cauteloso em pré-moldados com cura normal. Da mesma forma recomenda-se
evitar as concretagens com esses cimentos em ambientes muito secos ou em
temperaturas baixas. "Por conter sulfetos provenientes da escória, o cimento
Portland de alto-forno precisa ser evitado em caldas de injeção para bainhas de
protensão, embora no concreto protendido ou armado não haja restrições de uso.
Também deve ser evitado seu uso em argamassa de assentamento de pisos e
azulejos para não provocar manchas no revestimento" (BATTAGIN).

Assim, a questão está errada porque os cimentos Portland de alto-forno e com


adição de pozolanas não devem ser utilizados para pastas e caldas de injeção de
bainhas de cabos de protensão.

Gabarito: Item ERRADO.

Na execução de peças estruturais de concreto armado, os materiais


utilizados devem ser cuidadosamente selecionados, a fim de não
comprometer a principal função dessas peças. Acerca dos materiais que
constituem o concreto armado, julgue os itens a seguir.
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18. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) Como agregado graúdo pode-se


utilizar brita proveniente da desagregação de rochas graníticas e seixo
rolado.

Primeiramente, vamos conceituar os agregados.

Agregado

Pode ser definido como um material granular, sem forma e volume definidos, de
atividade química praticamente nula (inerte) e propriedades adequadas para uso
em obras de engenharia. Essas propriedades devem ser conhecidas e serão
caracterizadas nesse item. Classificação dos agregados segundo a dimensão das
partículas:

• Agregado graúdo: seixo rolado, brita (esses fragmentos são retidos na


peneira com abertura de 4,8 mm).

• Agregado miúdo: pó de pedra, areia (esses fragmentos passam na peneira


com 4,8 mm de abertura).

A aplicação desses materiais é variada podendo ser citado o uso em lastro de vias
férreas, bases para calçamento (lastro), adicionadas aos solos ou materiais
betuminosos para construir os pavimentos, na confecção de argamassas e
concretos, etc.

Britas

Provêm da desagregação das rochas em britadores e que após passar em peneiras


selecionadoras são classificadas de acordo com sua dimensão média, variável de
4,8 a 76 mm. Classifica-se em brita número zero, um, dois, três e quatro. São
normalmente utilizadas para a confecção de concretos, podendo ser obtidas de
pedras graníticas ou calcárias.

Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente menor preço. Para


concreto armado a escolha da granulometria baseia-se no fato de que o tamanho
da brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça a concretar. As mais
utilizadas são as britas número 1 e 2. As britas podem ser utilizadas também
soltas sobre pátios de estacionamento e também como isolante térmico em
pequenos terraços.

Cascalho ou pedra de mão, são os agregado de maiores dimensões sendo retidos


na peneira 76 mm (pode chegar até a 250 mm). Utilizados normalmente na
confecção de concreto ciclópico e calçamentos.

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Tabela com a classificação das britas:

Seixo rolado

Encontrado em leitos de rios deve ser lavado para se utilizá-lo em concretos. O


concreto feito com esse material apresenta boa resistência, inferior, porém, ao
feito com brita.

Dessa forma, o item está correto porque descreve com exatidão o agregado
graúdo tipo brita.

Gabarito: Item CERTO.

19. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) No preparo da massa de concreto,


deve-se dar preferência à utilização e areia de rio (lavada) de grão grande e
angulosa.

A questão está correta porque no preparo de concreto utilizamos areia lavada


grossa, nos termos abaixo:

Areia

Obtida da desagregação de rochas apresentando-se com grãos de tamanhos


variados. Pode ser classificada, pela granulometria, em areia grossa, média e fina.
Deve ser sempre isenta de sais, óleos, graxas, materiais orgânicos, barro, detritos
e outros. Podem ser usadas as de rio e ou do solo (barranco). Não devem ser
usadas a areia de praia (por conter sal) e a areia com matéria orgânica, que
provocam trincas nas argamassas e prejudicam a ação química do cimento.

As areias são usadas em concretos e argamassas.

Areias para concreto: Utiliza-se nesse caso a areia de rio (lavada), principalmente
para o concreto armado, com as seguintes características: grãos grandes e
angulosos (areia grossa); limpa; esfregada na mão deve ser sonora e não fazer
poeira e nem sujar a mão. Observar também a umidade, pois quanto maior a
umidade destas, menor será o seu peso específico.
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Areia para alvenaria: Na primeira camada do revestimento de paredes (emboço)


usa-se a areia média. Para o revestimento final chamado reboco ou massa fina,
areia fina. Aceita pequena porcentagem de argila (terra) para o assentamento de
tijolos em alvenarias e no emboço.

É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma


categoria. Essa desigualdade é conveniente, contribuindo para obtenção de
melhores resultados em seu emprego, pois diminui a existência de vazios na
massa, e para a diminuição do volume dos aglomerantes (cimento, cal) na
mistura, que são materiais de maior custo.

Gabarito: Item CERTO.

20. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em


Edificações/2008) Quanto ao aço utilizado em peças de concreto armado,
julgue os itens a seguir.

I) As barras de aço estocadas em uma obra devem ser separadas segundo


seu diâmetro, a fim de evitar problemas na identificação da bitola.

Os aços para as armaduras devem ser estocados de forma a manterem inalteradas


suas características geométricas e suas propriedades, desde o recebimento na
obra até seu posicionamento final na estrutura.

Cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha utilizado na obra deve
ser claramente identificado logo após seu recebimento, de modo que não ocorra
troca involuntária quando de seu posicionamento na estrutura.

Para os aços recebidos cortados e dobrados, valem as mesmas prescrições para as


diferentes posições.

A estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com qualquer tipo de
contaminante (solo, óleos, graxas, entre outros). (NBR 14931:2004)

Gabarito: Item CERTO.

II) Os fios e as barras de aço são normalmente cortados com talhadeiras,


tesourões e máquinas de corte manuais ou mecânicas.

A questão está correta porque descreve os equipamentos utilizados em obras para


o corte de fios e barras de aço para armaduras.
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No concreto armado utilizam-se apenas as armaduras passivas, definidas como as


armaduras que não sejam usadas para produzir forças de protensão, isto é, que
não sejam previamente alongadas. Nos projetos de estruturas de concreto armado
deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480:2007 com o valor
característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-
60; as seções transversais nominais devem ser as estabelecidas na ABNT NBR
7480:2007. As letras CA significam concreto armado, seguindo-se os números
que indicam o limite de escoamento em kgf/mm2 = kN/cm2. As armaduras
podem ser constituídas de barras, fios e telas de aço.

Barras e fios

Conforme o processo de fabricação e diagrama tensão-deformação, as barras e


fios são divididos nas Classes A e B; os aços Classe A são laminados a quente,
em geral com escoamento definido, caracterizado por patamar no diagrama
tensão-deformação, e os aços Classe B são encruados por deformação a frio e
sem patamar de escoamento. O limite de escoamento é definido como a tensão
que produz, no descarregamento, uma deformação unitária permanente de 0,2%.

As barras e fios podem ser lisos ou providos de saliências ou mossas; para cada
categoria de aço, o coeficiente de conformação superficial mínimo, determinado
através de ensaios de acordo com a ABNT NBR 7477:1982, deve atender ao
indicado na ABNT NBR 7480:2007.

A configuração e a geometria das saliências ou mossas devem atender, também,


ao que é especificado nas seções 9 e 23 da ABNT NBR 6118:2007, desde que
existam solicitações cíclicas importantes.

Gabarito: Item CERTO.

III) O posicionamento do estoque de aço dentro de um canteiro de obra é


indiferente, visto que o tempo de transporte interno na obra pode ser
contornado com a formação de uma equipe de serventes especialmente para
a realização deste serviço.

Pessoal, essa questão nós podemos responder apenas com base no senso comum.

Em regra, nada é localizado dentro do canteiro de obra aleatoriamente. Sempre se


procura definir a localização dos elementos de forma a aperfeiçoar os processos
de trabalho a serem executados.

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Assim, a questão está errada porque o estoque de aço dentro do canteiro deve ser
posicionado em local que garanta a adequada disposição do material, garantindo
sua conservação e permitindo seu transporte da forma mais eficiente possível.

Gabarito: Item ERRADO.

IV) O desenvolvimento de corrosão durante a estocagem de aço em obras


não oferece grandes problemas, uma vez que o material corroído melhora a
aderência entre o aço e o concreto.

Nos termos da NBR 14931:2004, a superfície da armadura deve estar livre de


ferrugem e substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o aço, o
concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que apresentem
produtos destacáveis na sua superfície em função de processo de corrosão devem
passar por limpeza superficial antes do lançamento do concreto.

Após limpeza deve ser feita uma avaliação das condições da armadura, em
especial de eventuais reduções de seção.

Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em ambientes de


agressividade fraca a moderada, por períodos de até três meses, sem produtos
destacáveis e sem redução de seção, podem ser empregadas em estruturas de
concreto.

Dessa forma, a questão está errada porque a corrosão pode impossibilitar a


utilização do aço, a depender da sua intensidade.

Gabarito: Item ERRADO.

V) A armadura de arranque é opcional nos pilares, pois a transferência de


esforços entre pilares pode ser feita garantindo-se uma boa concretagem.

Tecnicamente o enunciado da questão possui um equívoco. Nos termos da NBR


6118:2003 denomina-se arranque apenas a armadura que faz a ligação entre o
pilar e a fundação (sapata, bloco, tubulão, etc.). A ligação entre os pilares (de um
pavimento para o outro, por exemplo) não é denominada arranque, tratando-se de
uma emenda, em geral por traspasse.

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Contudo, a questão está errada porque as emendas de pilares devem


obrigatoriamente garantir a continuidade da armadura do pilar, por qualquer
método previsto em norma (traspasse, luva rosqueada, solda).

Gabarito: Item ERRADO.

Estão certos apenas os itens:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e V.

d) III e IV.

e) IV e V.

Gabarito da questão: Letra “a”.

21. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006) Um dos


testes de recebimento de aço estrutural consiste em verificar se estão
marcados nas barras e fios o nome do fabricante, a categoria e o diâmetro
do material.

Como vimos, cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha utilizado
na obra deve ser claramente identificado logo após seu recebimento, de modo
que não ocorra troca involuntária quando de seu posicionamento na estrutura.

A identificação requer a conferência do fabricante, da categoria, do diâmetro do


material, da quantidade, e da identificação das peças quando se tratar de aço
cortado e dobrado, estando correta a questão.

Gabarito: Item CERTO.

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22. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em


Edificações/2008) A figura acima representa um diagrama tensão-
deformação de um aço submetido à tração. Com base nessa figura, julgue os
itens seguintes.

I) No trecho 0-1, tem-se tensões diretamente proporcionais às deformações.

O trecho 0-1 é uma reta, garantindo proporcionalidade entre tensão e


deformação, estando correta a questão.

Caracteriza-se a resistência do aço pela sua resistência máxima à tração. O valor


de tensão considerado como limite de resistência é o da Tensão de Escoamento
ou Limite de Escoamento.

Chama-se de escoamento o fenômeno observado em alguns metais, nos quais


ocorre acréscimo de deformação sem acréscimo de tensão. A tensão de
escoamento pode ser real ou convencional, conforme apresentam as figuras mais
abaixo.

Ocorre tensão de escoamento real quando no gráfico tensão versus deformação


temos patamar de escoamento. O patamar de escoamento define a tensão de
escoamento real.

Ocorre tensão de escoamento convencional quando a tensão de escoamento é


definida, convencionalmente, como uma tensão que corresponde a uma
deformação residual de 0,2% (2 mm/m).

Os aços podem ser divididos conforme o processo de fabricação, ou seja:

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Aços Tipo A

• Fabricados pelo processo de laminação a quente sem posterior deformação


a frio, ou por laminação a quente com encruamento a frio;

• Apresentam em seu gráfico de tensão x deformação um patamar de


escoamento;

• São denominados barras de aço.

Aços Tipo B

• Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior


deformação a frio (trefilação, estiramento ou processo equivalente);

• Não apresentam em seu gráfico tensão x deformação um patamar de


escoamento;

• São denominados fios de aço.

Ilustrações dos diagramas tensão versus deformação dos Aços Tipo A e B:

Nos diagramas acima é perceptível a principal diferença entre os aços Tipo A e


Tipo B, que é o patamar de escoamento característico do Tipo A.

II) O patamar de escoamento desse aço é representado pelo trecho 2-3, pois,
quando ocorre o escoamento, o aço sofre ganho de tensão devido à
plastificação.

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A questão está errada porque o patamar de escoamento é representado pelo


trecho 1-2.

III) O ponto 1 pode ser denominado como o limite elástico do aço.

O ponto 1 é o limite elástico (ou limite de escoamento) do aço.

IV) O limite de resistência do aço é dado pelo ponto 4.

A questão está errada porque o limite de resistência é dado pelo ponto 1.

V) A ruptura por tração do aço ocorre no ponto 3.

O ponto 4 representa o ponto de ruptura.

A quantidade de itens certos é igual a:

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

Gabarito: Letra B.

Julgue os itens a seguir acerca de aglomerantes utilizados em obras civis.

23. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009) O ponto de fulgor


de um cimento asfáltico representa a temperatura crítica acima da qual é
necessário tomar precauções especiais para afastar o perigo de incêndio
durante o seu aquecimento e manipulação.

Pessoal, vejamos alguns aspectos sobre o ponto de fulgor.

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Ponto de fulgor ou ponto de inflamação é a menor temperatura na qual um


combustível liberta vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura
inflamável por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor não é suficiente
para que a combustão seja mantida.

Por mistura inflamável, para a obtenção do ponto de fulgor, entenda-se a


quantidade de gás ou vapor misturada com o ar atmosférico suficiente para
iniciar uma inflamação em contacto com uma fonte de calor (isto é, a queima
abrupta do gás ou vapor), sem que haja a combustão do combustível emitente.

Outro detalhe verificado é que, ao retirar-se a fonte de calor, acaba a inflamação


(queima) da mistura.

Trata-se de um dado importante para classificação dos produtos combustíveis,


em especial no que se refere à segurança, aos riscos de transporte, armazenagem
e manuseamento.

Nestes termos, a questão está correta.

Gabarito: Item CERTO.

24. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) Um


dos ensaios usuais para se determinar a resistência dos tijolos cerâmicos à
compressão utiliza, como corpo de prova, tijolos cortados ao meio e unidos,
pela face maior, com pasta de cimento.

Você sabe a diferença entre tijolo cerâmico e bloco cerâmico?

Nos termos da NBR 07170:1983, temos as seguintes definições:

Tijolo maciço: tijolo que possui todas as faces plenas de material, podendo
apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área.

O tijolo maciço cerâmico é fabricado com argila, conformado por extrusão ou


prensagem, queimado à temperatura que permita ao produto final atender às
condições determinadas nesta Norma. Deve trazer a identificação do fabricante
sem que prejudique seu uso.

Nos termos da NBR 07171:1992, temos as seguintes definições:

Bloco cerâmico: componente de alvenaria que possui furos prismáticos e/ou


cilíndricos perpendiculares às faces que os contém.
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O bloco cerâmico é fabricado basicamente com argila, conformado por extrusão


e queimado a uma temperatura que permita ao produto final atender às condições
determinadas nesta Norma.

O ensaio para verificação da resistência à compressão do tijolo maciço cerâmico


é especificado pela NBR 6460/83, e a questão está de acordo com o
procedimento previsto, estando correta.

Gabarito: Item CERTO.

25. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008)


Tintas e vernizes a óleo são aqueles cujo veículo permanente é constituído de
óleo de linhaça, cru ou cozido, e que secam por oxidação.

A forma mais comum de combater a deterioração dos materiais é proteger as


superfícies com a aplicação de uma película resistente que impede a ação dos
agentes de destruição ou corrosão. Essa película pode ser obtida pela aplicação
de tintas, vernizes, lacas ou esmaltes.

Tinta é a dispersão de um ou mais pigmentos em um veículo (resina) que quando


aplicada em uma camada adequada forma um filme opaco e aderente no
substrato; portanto, é uma composição líquida pigmentada que se converte em
película sólida quando aplicada.

A tinta tem a função básica de proteger e embelezar as superfícies contra a ação


do sol, chuva, maresia e diversos outros agentes. Atualmente são fabricadas
tintas com as mais diversas finalidades: tintas luminescentes, tintas que inibem o
ataque de fungos, bactérias, algas e outros organismos, tintas resistentes ao calor,
à prova de fogo, etc.

Vernizes, lacas e esmaltes

Vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em um veículo


(óleo secativo, solvente volátil), soluções que são convertidas em uma película
útil transparente ou translúcida. Existem dois tipos: à base de óleo ou à base de
solventes.

Lacas são compostas de um veículo volátil, uma resina sintética, um


plastificante, cargas e, ocasionalmente um corante.

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Esmaltes são obtidos adicionando-se pigmentos aos vernizes ou às lacas,


resultando daí uma verdadeira tinta caracterizadas pela capacidade de formar um
filme excepcionalmente liso.

Com a variedade de resinas sintéticas existentes atualmente e as modificações


que se podem introduzir com os diversos tipos de óleos, os vernizes e as lacas
podem ser preparados para atender às mais variadas finalidades.

As tintas a óleo utilizam óleo de linhaça cru ou cozido e secam por oxidação, isto
quer dizer que ela seca por absorção de oxigênio da atmosfera e vai endurecendo
de fora para dentro. Dessa forma, a questão está correta. Ainda, saiba que pode
ser utilizado óleo de papoula no lugar do óleo de linhaça.

Gabarito: Item CERTO.

26. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) Os


vidros de segurança aramados têm poder antichamas superior a 30 minutos.

O vidro é um dos mais antigos materiais de construção. Os romanos já o


empregavam como janela, conforme se vê nas ruínas de Pompéia. O vidro calco-
sódico, o mais usado no mundo, é um complexo químico composto
aproximadamente por 70% de Sílica, 15% de óxido de sódio, 10% de óxido de
cálcio e 5% de outros óxidos.

Segundo a NBR 7210, o vidro é chamado de segurança quando sua tecnologia de


fabricação ou sua montagem permite reduzir a probabilidade dos acidentes por
choques, por deformação ou por incêndio.

Os vidros de segurança são os de resistência mecânica e características de


segurança superiores à dos vidros comuns; são indicados para áreas de maior
risco de acidentes (portas de vidro, laterais de vidro que possam ser confundidas
com portas, janelas baixas, sacadas, envidraçamento nos banheiros e piscinas,
clarabóias e envidraçamento em grandes alturas).

A diferença fundamental entre o vidro de segurança e os vidros comuns é que ao


ser fraturado, o vidro de segurança produz fragmentos menos suscetíveis de
causar ferimentos graves do que o vidro comum.

Vidro de Segurança: Aquele que, ao fraturar, produz fragmentos menos


suscetíveis de causar ferimentos graves do que o vidro recozido (comum) em
iguais condições.

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Tipos de vidros de segurança:

• Tipo temperado: lâmina de vidro exposta a intensa variação de


temperatura visando redução de tensões internas;

• Tipo laminado: lâminas de vidro intercaladas com resina polivinil butiral


(PVB);

• Tipo aramado: malha metálica colocada na massa de vidro.

O vidro temperado tem esse nome por analogia ao aço temperado; ambos têm sua
resistência aumentada pela têmpera, um processo que consiste em aquecer o
material a uma temperatura crítica e depois resfriá-lo.

O vidro laminado consiste em duas ou mais lâminas de vidro fortemente


interligadas, sob calor e pressão, por uma ou mais camadas de polivinil butiral -
pvb, ou outra resina plástica.

Obs.: os vidros temperados e laminados não devem ser cortados nas obras,
necessitando ser especificados exatamente nas dimensões que ocorrem nas obras.

O vidro aramado é um produto translúcido, incolor ou colorido, com elevado


nível de segurança. Em sua massa é incorporada uma malha metálica (tela 1/2" e
1"), que evita que os fragmentos desprendam-se em casos de quebras. Possui
ainda resistência anti-chamas, retardando a propagação do fogo em incêndios (62
minutos), e boa atenuação acústica (de 28 a 31 dB). Seu Coeficiente de
Transmissão Térmica é de k=5,7 w/m2.°C).

No Brasil, o vidro aramado só é produzido na espessura de 7 mm, limitando-se


portanto seu uso às respectivas condições de segurança. Segundo a NBR
10.636:1989 - Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da
resistência ao fogo, os vidros antechamas devem resistir ao fogo por um período
superior a 30 minutos. Assim, a questão está correta.

Foto de um vidro aramado:

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Gabarito: Item CERTO.

27. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006) Para a especificação de vidros nas


várias etapas de uma edificação, é necessário conhecer os seus tipos,
principais propriedades e usos. Neste contexto, assinale a opção incorreta.

a) Os vidros impressos gravados e esmaltados são em geral empregados em


painéis decorativos, janelas, portas, divisórias e boxes de banheiro.

Vejamos primeiramente algumas definições:

Vidro Impresso: Obtido pelo transbordamento da massa fundida sobre cilindros


de laminação gravados com motivos ornamentais, deixando-se entre eles a
espessura desejada. É utilizado para locais onde se necessita privacidade sem
perda de luminosidade.

Vidros Esmaltados: Produzidos através da aplicação de esmaltes vitrificáveis em


cores lisas ou decoradas, fundido durante o processo de têmpera sobre a
superfície do vidro, permanecendo inalterável e irremovível. É utilizado
normalmente em cobertura de lajes, painéis decorativos, etc.

A questão está correta porque os vidros impressos gravados e esmaltados são em


geral empregados em painéis decorativos, janelas, portas, divisórias, boxes de
banheiro, vitrines, etc.

Gabarito: Item CERTO.

b) Há obrigatoriedade de vidros de segurança em sacadas, vidraças e


vitrines, sendo exceção as claraboias e telhados.
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Segundo a NBR 7199:1989 - Projeto, execução e aplicações de vidros na


construção civil, é necessário utilizar vidro de segurança nas seguintes situações:

• Balaustradas, parapeitos e sacadas;

• Vidraças não verticais sobre passagens;

• Claraboias e telhados;

• Vitrines;

• Vidraças exteriores sem proteção adequada até 0,1 m do piso (pavimentos


térreos) e até 0,9 m do piso (demais pavimentos).

Assim, a questão está errada porque as claraboias e telhados são casos previstos
pela NBR 7199:1989 para utilização de vidros de segurança.

Gabarito: Item ERRADO.

c) Os vidros de segurança laminados são excelentes filtros de raios


ultravioleta.

O vidro de segurança laminado é constituído de duas ou mais lâminas de vidro


interligadas sob calor e pressão por uma ou mais camadas de polivinil butiral
(PVB) ou outra resina plástica resistente e flexível.

Em caso de quebra, os fragmentos ficam aderidos ao PVB. O PVB tem grande


elasticidade e mesmo muito deformado, os fragmentos mantém-se aderidos.

Além da segurança, o vidro laminado possui excelentes propriedades como filtro


de raios ultravioleta e isolante acústico (a película de PVB serve como
amortecimento para ondas acústicas).

Ainda, os vidros laminados múltiplos dão origem aos conhecidos vidros a prova
de balas.

Uma particularidade do vidro laminado é que sua colocação e manutenção devem


ser mais cuidadosas e detalhadas que para vidro comum, sob risco de danificar a
camada de PVB.

Gabarito: Item CERTO.

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d) Os vidros de segurança temperados são recomendados em locais sujeitos


a impacto, choques térmicos ou utilização sob condições adversas, que
requeiram resistência mecânica.

O vidro temperado é o vidro que passou por tratamento térmico (têmpera) ou


químico para modificar suas características como a dureza e resistência
mecânica.

O vidro temperado é mais rígido, tem maior resistência térmica e se estilhaça em


pequenos fragmentos quando é danificado.

Suas características torna-o menos susceptível a causar ferimentos graves ao se


estilhaçar mostrando grande utilidade quando a segurança é uma questão a ser
considerada. Por sua grande resistência e baixa probabilidade de ferimentos ele é
utilizado nas maiorias das aplicações em que possa ocorrer sua quebra por
manuseio ou contato humano.

Têmpera: Aquecimento a altas temperaturas com posterior resfriamento rápido.


O objetivo é criar pré-tensões que aumentam a resistência à compressão inicial
do material.

Devido às ações induzidas internas no vidro, quando o vidro temperado recebe


um choque, rompe-se por completo, em pequenos fragmentos não pontiagudos.

Visualmente, podem-se observar pequenas distorções em vidros temperados


quando expostos a luz polarizada que não representam defeitos.

Existe ainda a têmpera química, que tem o mesmo objetivo que a têmpera
térmica, mas o processo é diferente. O processo é caro e, além disso, não produz
fragmentos regulares como na têmpera térmica quando fraturado.

Gabarito: Item CERTO.

e) A principal característica do vidro aramado é a sua resistência ao fogo,


sendo considerado um material anti-chama.

O vidro aramado é um produto translúcido, incolor ou colorido, com elevado


nível de segurança.

Em sua massa é incorporada uma malha metálica (tela 1/2" e 1"), que evita que
os fragmentos desprendam-se em casos de quebras.

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Possui ainda resistência anti-chamas, retardando a propagação do fogo em


incêndios (até 60 minutos), e boa atenuação acústica (em torno de 28 a 31 dB).

Gabarito: Item CERTO.

28. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) O vidro U-


glas é recomendado quando se deseja transmissão luminosa de maneira
difusa (translucidez).

U-glas é um vidro impresso, translúcido, com seção em forma de U.

De uma rigidez elevada e auto-portante, U-Glas pode ser montado a alturas


elevadas. U-Glas utiliza-se em qualquer tipo de construção em que seja exigido
um elevado nível de iluminação (fábricas, garagens, hangares, etc.).

Ao contrário das peças de vidros convencionais, dispensa o uso de caixilharia.

Foto de uma aplicação de U-Glas:

Gabarito: Item CERTO.

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Com relação a aglomerantes que são utilizados em diversas áreas da


construção civil, julgue os itens subsequentes.

29. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) O tempo de pega de


uma pasta de cimento é determinado por meio do ensaio de slump.

Atenção! Pessoal, o ensaio mais cobrado em provas é o ensaio de slump.


Devido à importância desse ensaio para o concurso e mesmo para a prática da
engenharia de edificações, vamos nos estender um pouquinho no comentário.

Ensaio de Slump ou Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone.

O Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do


material, permitindo que se controle a uniformidade do concreto. A principal
função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e convincente para se
controlar a uniformidade da produção do concreto em diferentes betonadas.
Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto trabalhável, a constância do
abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade.

Ilustração de um ensaio de slump:

Aparelhagem

Molde:

Ilustração do molde e da haste (medidas em mm):

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Molde para o corpo-de-prova de ensaio, feito de metal não facilmente atacável


pela pasta de cimento, com espessura igual ou superior a 1,5 mm. O molde pode
ser confeccionado com ou sem costura, porém seu interior deve ser liso e livre de
protuberâncias criadas por rebites, parafusos, soldas e dobraduras. O molde deve
ter a forma de um tronco de cone oco, com as seguintes dimensões internas:

• Diâmetro interno da base inferior: 200 mm ± 2 mm;

• Diâmetro interno da base superior: 100 mm ± 2 mm;

• Altura: 300 mm ± 2 mm.

As bases superior e inferior devem ser abertas e paralelas entre si, formando
ângulos retos com o eixo do cone. O molde deve ser provido, em sua parte
superior, de duas alças, posicionadas a dois terços de sua altura, e ter aletas em
sua parte inferior para mantê-lo estável.

Haste de compactação

De seção circular, reta, feita de aço ou outro metal adequado, com diâmetro de 16
mm ± 1 mm, comprimento de 600 mm ± 2 mm e extremidades arredondadas.

Placa de base
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Para apoio do molde: deve ser metálica, plana, quadrada ou retangular, com lados
de dimensão não inferior a 500 mm e espessura igual ou superior a 3 mm.

Concha

Deve ser confeccionada em aço ou outro material rígido e não absorvente. O


formato da concha não deve permitir a segregação do concreto durante a
operação de moldagem.

Régua metálica

Deve ser de aço ou outro metal adequado, graduada em milímetros, com


comprimento de 300 mm ± 2 mm e espessura de 3 mm ± 1 mm. Não se aceita o
emprego de materiais absorventes e quimicamente reativos com os componentes
do concreto.

Complemento tronco-cônico do molde

Deve ser feito de metal não facilmente atacável pela pasta de cimento, adaptável
à base superior do molde.

Ilustração do complemento tronco-cônico metálico de enchimento, adaptável à


base superior do molde:

Procedimento

1. Limpar e umedecer internamente o molde, e colocá-lo sobre a placa de


base, igualmente limpa e umedecida.
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2. O operador deve posicionar-se com os pés sobre as aletas do molde, de


forma a mantê-lo estável, e enchê-lo de concreto em três camadas, cada
uma com aproximadamente um terço da altura do molde, até preenchê-lo
totalmente. Nota: a placa de base deve ser colocada sobre uma superfície
rígida, plana, horizontal e livre de vibrações.

3. Compactar cada camada com 25 golpes da haste de compactação,


distribuindo uniformemente os golpes sobre a seção de cada camada.
Nota: para a compactação da camada inferior, é necessário inclinar
levemente a haste e efetuar cerca da metade dos golpes em forma de
espiral até o centro.

4. Compactar a camada inferior através de toda a sua espessura.

5. Compactar a segunda camada e a camada superior, cada uma através de


toda a sua espessura, de forma que a haste apenas atinja a camada inferior
subjacente sem penetrá-la.

6. No preenchimento e na compactação da camada superior, acumular o


concreto sobre o molde antes de iniciar o adensamento. Se durante a
operação de compactação, a superfície do concreto ficar abaixo da borda
do molde, adicionar mais concreto para manter um excesso sobre a
superfície do molde durante toda a operação de compactação da camada
superior. Nota: para facilitar a operação de adensamento da última camada
de concreto, pode ser utilizado um complemento auxiliar tronco-cônico.

7. Após o adensamento, retirar o complemento tronco-cônico e remover o


excesso de concreto com auxílio de uma colher de pedreiro e da própria
haste de compactação, que deve respaldar a superfície do concreto,
deslizando sobre os bordos do molde.

8. Limpar a placa de base e retirar o molde do concreto, levantando-o


cuidadosamente na direção vertical. A operação de retirar o molde deve
ser realizada em 5 s a 10 s, com um movimento constante para cima, sem
submeter o concreto a movimentos de torção lateral.

9. A operação completa, desde o início de preenchimento do molde com


concreto até sua retirada, deve ser realizada sem interrupções e completar-
se em um intervalo de 150 s. Nota: a duração total do ensaio deve ser de
no máximo 5 min., desde a coleta da amostra até o desmolde (final do
ensaio).

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10. Imediatamente após a retirada do molde, medir o abatimento do concreto,


determinando a diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do
corpo-de-prova, que corresponde à altura média do corpo-de-prova
desmoldado, aproximando aos 5 mm mais próximos.

11. Caso ocorra um desmoronamento ou deslizamento da massa do concreto


ao realizar o desmolde e esse evento impeça a medição do assentamento, o
ensaio deve ser desconsiderado e deve ser realizada nova determinação
sobre outra porção de concreto da amostra.

12. Caso nos dois ensaios consecutivos definidos em 11 ocorra um


desmoronamento ou deslizamento, o concreto não é necessariamente
plástico e coeso para aplicação do ensaio de abatimento.

Expressão do resultado

O abatimento do corpo-de-prova deve ser expresso em milímetros, com


aproximação de 5 mm, determinado como descrito em 10.

Gabarito: Item ERRADO.

Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da


consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual,
observando-se as condições do concreto fresco, é possível criar condições
para o melhor controle do produto final na estrutura da edificação. Com
relação a esse teste, julgue os próximos itens.

30. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) O ensaio de


abatimento é utilizado para se determinar a trabalhabilidade do concreto
analisado.

A questão está correta porque, conforme vimos na questão anterior, o Ensaio de


Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do material,
permitindo que se controle a uniformidade do concreto.

A principal função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e


convincente para se controlar a uniformidade da produção do concreto em
diferentes betonadas. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto
trabalhável, a constância do abatimento indicará a uniformidade da
trabalhabilidade.

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Gabarito: Item CERTO.

31. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) No teste, a


ocorrência de abatimento por cisalhamento caracteriza um concreto com
alta coesão.

A questão está errada porque, como já vimos, caso ocorra um desmoronamento


ou deslizamento da massa do concreto ao realizar o desmolde e esse evento
impeça a medição do assentamento, o ensaio de slump deve ser desconsiderado e
deve ser realizada nova determinação sobre outra porção de concreto da amostra.

Caso novamente ocorra um desmoronamento ou deslizamento (abatimento por


cisalhamento), o concreto não é necessariamente plástico e coeso para aplicação
do ensaio de abatimento.

Gabarito: Item ERRADO.

Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da


consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual,
observando-se as condições do concreto fresco, é possível criar condições
para o melhor controle do produto final na estrutura da edificação. Com
relação a esse teste, julgue o próximo item.

32. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Tratando-se de


concreto dosado em central, o teste deve ser feito imediatamente após a sua
produção, ou seja, antes de qualquer processo de transporte do material
para a utilização na obra.

A questão está errada porque o ensaio de abatimento deve ser realizado após a
chegada do caminhão betoneira à obra, quando é feita a conferência e correção,
se necessária, da dosagem de água.

Com a chegada do caminhão na obra, antes do descarregamento, deve-se


verificar todas as características especificadas no pedido e consequentemente no
documento de entrega do concreto, que deve conter informações como:
volume do concreto; abatimento (slump test); resistência característica do
concreto à compressão (fck) ou o consumo de cimento; aditivo, quando utilizado.

Antes da descarga do caminhão deve-se avaliar se a quantidade de água existente


no concreto está compatível com as especificações, não havendo falta ou excesso
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de água. A falta de água dificulta a aplicação do concreto, criando "nichos" de


concretagem, e o excesso de água, embora facilite sua aplicação, diminui
consideravelmente sua resistência. Esta avaliação é feita por meio de um ensaio
simples, denominado ensaio de abatimento do concreto (slump test).

As regras para a reposição de água perdida por evaporação são especificadas pela
norma técnica brasileira NBR 7212 - Execução de concreto dosado em central-
Procedimento. De uma forma geral, a adição de água permitida não deve
ultrapassar a medida do abatimento solicitada pela obra e especificada no
documento de entrega do concreto.

Gabarito: Item ERRADO.

33. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) O cimento Sorel é


formado por oxicloretos e, quando utilizado, resulta em um componente
especialmente duro e resistente à abrasão.

Pessoal, as bancas examinadoras têm cobrado cada vez mais tipos específicos de
cimento, como Sorel, Branco, Colorido, Aluminoso. Assim, vamos falar um
pouco sobre o cimento Sorel.

Cimento de Sorel, que possui o nome de seu inventor, Frenchman Stanislas


Sorel, é um cimento hidráulico resultado da mistura de óxido de magnésio e
cloreto de magnésio. Este material, que é chamado também do “cimento
magnésia,” é combinado geralmente com materiais de enchimento tais como a
areia ou a brita. Pode-se utilizar como ainda o óxido de zinco com cloreto de
zinco em vez dos compostos de magnésio.

Esse material é composto de um cloreto-hicróxido de magnésio com


propriedades cimentícias e foi largamente empregado na primeira metade do
século para a fabricação de pisos para vagões ferroviários. É um material
bastante prático, mas que tem características higroscópicas, absorvendo água da
atmosfera, caso não tenha a sua superfície protegida por meio de resina
impermeabilizante. O cimento de Sorel possui grande resistência mecânica,
superando em até seis vezes a resistência à compressão do cimento Portland e
apresenta ainda grande resistência à abrasão.

Os produtos da reação desse material com a água incluem o ácido clorídrico, de


poder bastante corrosivo frente ao próprio hidróxido-cloreto de magnésio e
também frente a eventuais materiais estruturais, como a armação de ferro que
deve existir sob o cimento.
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Por estas razões seu uso em estruturas não é recomendado e a questão está
correta.

Gabarito: Item CERTO.

34. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) As telhas de cimento amianto são de fácil instalação, mas
comparativamente a outras opções, não apresentam bom isolamento
térmico.

Telhas de cimento amianto ou fibro cimento são pastas de cimento amianto em


dosagens especiais prensadas em formas específicas de acordo com variados
modelos.

Constituem coberturas mais leves que as de barro exigindo estrutura mais leve e
esbelta. Seus perfis são bastante variados sendo os mais comuns os ondulados e
os trapezoidais. Essas telhas para sua fixação exigem algumas peças, dentre elas:
parafusos com arruelas de chumbo, de 110 mm, 150 e 200 mm; diversos tipos de
ganchos chatos para a fixação em madeira, concreto e estrutura metálica; e
ganchos com rosca e pino com rosca.

Tabela apresentando as características dos principais tipos de telhas:

Tipo Vantagens Desvantagens

Sanduíche e isopor Ótimo isolamento Custo elevado


térmico

Sapé Bom isolamento térmico Risco de incêndio e


e menor custo abrigo de insetos

Madeirit Material resistente Custo elevado

Telha de barro Bom isolamento térmico Dificuldade de limpeza

Telha de cimento Praticidade Mau isolamento térmico


amianto

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Telha de chapa zincada Boa durabilidade e baixo Mau isolamento térmico


custo e acústico

Alumínio simples Boa refletividade Sujeita a danos por


granizo e ventos

Assim, a questão está correta porque as telhas de cimento amianto são de fácil
instalação (praticidade) e não apresentam bom isolamento térmico.

Gabarito: Item CERTO.

35. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008)


Com relação a madeiras empregadas na construção civil, a retratibilidade é
a perda de resistência à compressão pelo corte inadequado da peça em
relação ao sentido das fibras.

A retratibilidade da madeira é o fenômeno relacionado à variação dimensional da


madeira, em função da troca de umidade do material com o meio que o envolve,
até que seja atingida uma condição de equilíbrio, chamada de umidade de
equilíbrio higroscópico.

As variações nas dimensões nas peças de madeira começam a ocorrer quando se


perde ou se ganha umidade abaixo do ponto de saturação das fibras, que, de
modo geral, situa-se ao redor de 28 a 30% de umidade. A variação dimensional
da madeira diz respeito às contrações e ao inchamento da madeira.

As características de retração da madeira são bastante diferentes entre as


espécies, dependendo do modo de condução da secagem e do próprio
comportamento da madeira, o que leva ocasionalmente a alterações da forma e à
formação de fendas e empenos. Precauções especiais devem ser tomadas nas
situações em que se exige a estabilidade da madeira. Em edificações, pisos,
esquadrias, portas e móveis em geral, podem ocorrer sérios prejuízos, chegando,
mesmo, a inviabilizar o produto final se não se faz a correta secagem até a
umidade de equilíbrio das condições de uso.

Dessa forma, a questão está errada porque a retratibilidade da madeira não é a


perda de resistência, mas sim a variação de volume da madeira.

Gabarito: Item ERRADO.

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36. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) A madeira não apresenta retração, para variações de umidade
abaixo da umidade correspondente ao ponto de saturação das suas fibras.

Retratibilidade é a propriedade da madeira de alterar suas dimensões e o volume


quando seu teor de umidade varia entre o estado anidro e o estado de saturação
(impregnação) dos tecidos celulósicos.

Abaixo do ponto de saturação, o inchamento e a retração são proporcionais à


umidade, de forma que a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

37. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) Nas madeiras


utilizadas em estruturas, a resistência à compressão na direção
perpendicular às fibras é menor que a resistência à compressão na direção
paralela às fibras.

As árvores produtoras de madeira de construção são do tipo exogênico, que


crescem pela adição de camadas externas, sob a casca. A seção transversal de um
tronco de árvore possui as seguintes camadas:

Casca: proteção externa da árvore, formada por uma camada externa morta, de
espessura variável com a idade e as espécies, e uma fina camada interna, de
tecido vivo e macio, que conduz o alimento preparado nas folhas para as partes
em crescimento.

Alburno: camada formada por células vivas que conduzem a seiva das raízes para
as folhas.

Cerne: com o crescimento, as células vivas do alburno tornam-se inativas e


constituem o cerne, de coloração mais escura, passando a ter apenas função de
sustentar o tronco.

Medula: tecido macio em torno do qual se verifica o primeiro crescimento da


madeira, nos ramos novos.

As madeiras de construção devem ser retiradas de preferência do cerne, a


madeira do alburno é mais higroscópica que a do cerne, sendo mais sensível do
que esta última à decomposição por fungos, mas aceita melhor a penetração por
agentes protetores, como alcatrão e certos sais minerais.

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Os troncos de árvores crescem pela adição de anéis em volta da medula; os anéis


são formados por divisão de células em uma camada microscópica situada sob a
casca, denominada câmbio ou líber, que também produz células da casca.

As células da madeira, denominadas fibras, são como tubos de paredes finas


alinhados na direção axial do tronco e colados entre si. As fibras tem a função de
conduzir a seiva por tensão superficial e capilaridade através dos canais formados
pelas cadeias de células.

A madeira apresenta 3 (três) direções principais longitudinal (axial), radial e


tangencial.

Ilustração das direções principais da madeira:

Para o dimensionamento importam as propriedades nas direções das fibras


principais e na direção perpendicular a elas. A madeira possui elevada resistência
à tração paralela às fibras. Como exemplo de peças solicitadas a este esforço,
podemos citar a linha e o pendural das tesouras de coberturas.

A resistência à compressão paralela às fibras da madeira é elevada. Como


exemplo de peças sujeitas a este esforço, podemos citar os pilares, os montantes e
as empenas das tesouras.

A resistência à tração é superior à resistência à compressão no caso de madeiras


livres de defeitos.

A resistência à compressão perpendicular às fibras da madeira é menor que na


direção paralela às fibras.
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A resistência à tração perpendicular às fibras da madeira é baixa (cerca de 30 a


70 vezes menor que na direção paralela às fibras). Isto se deve à existência de
poucas fibras na direção perpendicular ao eixo da árvore e à conseqüente falta de
travamento das fibras longitudinais. Esta questão é crítica no caso de peças
curvas.

Dessa forma, a questão está correta.

Gabarito: Item CERTO.

Julgue os itens subsequentes, relativos às características dos ladrilhos


cerâmicos empregados nas edificações.

38. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Entre as


características de resistência mecânica dos produtos empregados em áreas
de caldeiras, destaca-se a de resistência ao choque térmico.

Essa questão trata de um assunto que não tem nenhuma relação com os ladrilhos
cerâmicos. A questão se refere a caldeiras, que são, em regra, áreas industriais
nas quais não há emprego de ladrilhos cerâmicos. Na realidade, o enunciado se
refere ao material constituinte da caldeira em si.

Em caldeiras que utilizam como combustível o carvão pulverizado, a maioria dos


problemas verificados em componentes devem-se a abrasão provocada pelo
choque das partículas de carvão em alta velocidade. Esta velocidade pode chegar
a 30m/s em alguns locais das caldeiras. Esse problema seria facilmente resolvido
se não fosse a presença de altas temperaturas e ainda a grande variação da
mesma, podendo essa variação chegar a 600ºC. Essa variação gera um choque
térmico elevado o que reduz a quantidade de materiais que podem ser utilizados.

Assim, a questão está errada porque não são os produtos empregados em áreas de
caldeiras que devem resistir ao choque térmico, mas o produto empregado na
fabricação da própria caldeira. Ainda, o enunciado da questão não tem
pertinência com o comando agrupador do item e nem com a engenharia civil em
si.

Gabarito: Item ERRADO.

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39. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Os ladrilhos


esmaltados devem ter, necessariamente, maior resistência ao impacto do que
os não esmaltados.

Os ladrilhos cerâmicos são moldados pelo método da prensagem a seco,


cuidando-se de preencher bem o molde para obter peças de espessura uniforme e
igualmente prensadas.

As temperaturas de cozimento são altas, de 1250 a 1300 °C, até alcançar um


elevado grau de vitrificação, tornando o material compacto e impermeável.

Os ladrilhos cerâmicos são de belo aspecto, geralmente de cor vermelha,


podendo apresentar-se coloridos com o uso de pigmentos adequados. São
duráveis, resistentes aos ácidos e de elevada resistência ao desgaste. Esta última
propriedade é a mais importante, pois são materiais usados em pisos.

A questão está errada porque os ladrilhos esmaltados têm maior resistência ao


desgaste (ao risco) e não ao impacto do que os ladrilhos sem revestimento de
esmalte.

Gabarito: Item ERRADO.

40. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) Na classificação


de azulejos, nenhuma classe deve apresentar imperfeições estruturais ou de
superfície perceptíveis a olho nu, à distância de um metro e com boa
iluminação.

Produtos cerâmicos são materiais de construção obtidos pela moldagem, secagem


e cozimento de argilas ou misturas de materiais que contém argilas.

Exemplos de produtos cerâmicos para a construção: tijolos, telhas, azulejos,


ladrilhos, lajotas, manilhas, refratárias, etc.

Podemos classificá-los da seguinte forma:

Materiais de Cerâmica Vermelha

- porosos: tijolos, telhas, etc.;

- vidrados ou gresificados: ladrilhos, tijolos especiais, manilhas, etc.

Materiais de Louça

- pó de pedra: azulejos, materiais sanitários, etc.;


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- grés: materiais sanitários, pastilhas e ladrilhos, etc.;

- porcelana: pastilhas e ladrilhos, porcelana elétrica, etc.

Materiais Refratários

- tijolos para fornos, chaminés, etc.

Azulejos

Utilizados como revestimento de paredes, formando superfícies laváveis. Ao


contrário de outros materiais cerâmicos que utilizam a argila comum para a sua
confecção, os azulejos são feitos com faiança (argila branca), recebendo um
tratamento com substâncias a base de silicatos e óxidos que se vitrificam ao
forno. Este tratamento torna a face brilhante e impermeável. As dimensões mais
comuns são de 15 x 15 cm, podendo haver variações para 11 x 11 cm e formas
retangulares. As cores são uniformes (brancos, azuis, rosas, etc.) ou mescladas,
formando

desenhos nos azulejos decorados. Os de cor branca são mais econômicos e


alcançam o mesmo resultado quanto à impermeabilização.

Os azulejos são especificados pela norma NBR 13.818/1997: Placas Cerâmicas


para Revestimento – Especificação e Métodos de Ensaio

Nos estudos a respeito dos azulejos, a classe A não deve apresentar imperfeições
estruturais ou de superfície perceptíveis a olho nu, a distância de um metro e com
boa iluminação.

Com relação às classes B e C, elas também não devem apresentar tais


imperfeições. Todavia, são admitidas imperfeições, ou seja, estas duas classes
podem apresentar imperfeições, excepcionalmente.

Devido ao caráter "excepcional" destas duas classes, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

41. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) A


impermeabilização estrutural de concreto já construído pode ser conseguida
por cristalização de produtos inorgânicos em contato com a água no interior
do concreto.

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Pessoal, uma coisa importante é que temos que entender que não existe um
produto impermeabilizante e sim sistemas de impermeabilização, onde produtos
são utilizados.

Para que uma estrutura seja impermeabilizada é necessário analisar as


interferências, o substrato, qual a sua constituição, se tem fissuras ou não, qual
será a sua utilização, se será submetido a produtos químicos, qual o tráfego sobre
ela, se ela sofrerá com pressão hidrostática (positiva ou negativa), se ela será
exposta às intempéries ou não, entre outras variáveis.

A partir dos questionamentos e análise visual da estrutura é que se pode


determinar o sistema de impermeabilização e quais produtos deverão ser
utilizados. Outra questão muito importante, e que normalmente é subestimada, é
a preparação da superfície para receber o produto impermeabilizante. O sucesso
da impermeabilização também depende, e muito, da preparação da base, bem
como: da mistura do produto, da sua aplicação correta, do intervalo entre
demãos, da sua cura (quando for o caso), da sua proteção, do tratamento
diferenciado das interferências (tubulação incrustada, ralos, encontro entre pisos
e paredes - principalmente quando a parede é de alvenaria – encontro entre pisos
e pilares, juntas de retração, de dilatação e juntas frias, bicheiras, fissuras e
trincas etc.)

A impermeabilização não pode ser pensada apenas como aplicação de um


produto, e sim como um sistema de impermeabilização. Não existe uma fórmula
rígida para impermeabilizar uma estrutura, nem um sistema único de
impermeabilização. O que se deve fazer é exigir referências e atestados dos
produtos que fazem parte do sistema de impermeabilização especificado, por
organizações e institutos nacionais e internacionais com comprovada idoneidade
técnica, bem como, solicitar do fabricante ou representante local a metodologia
de aplicação, para que se possa fazer a fiscalização da obra, e não apenas delegar
ao aplicador que execute a impermeabilização.

Os cristalizantes tradicionais atuam, basicamente, formando uma película com


alta aderência ao substrato e com grande poder impermeabilizante, ou seja,
funcionam como uma barreira impermeável. Eles são produtos que têm grande
utilidade em diversos sistemas de impermeabilização. Contudo, como são
produtos formadores de película, quando agredidos e danificados perdem o efeito
impermeabilizante nestes pontos.

Normalmente são muito eficientes quando aplicados para combater a pressão


hidrostática pelo lado positivo, que é quando a pressão hidrostática atua
diretamente sobre ele. Quando aplicado pelo lado negativo, como é o caso da
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aplicação típica em subsolos, onde a estrutura ficará sujeita a ação do lençol


freático, existem algumas considerações a fazer.

Primeiro, o produto terá sua eficiência ligada diretamente à aderência ao


substrato, com isso a qualidade do concreto é de suma importância para sua
eficiência e segundo, a irregularidade e textura da superfície do concreto podem
contribuir para reduzir a espessura do produto aplicado em alguns pontos,
reduzindo sua eficiência, ao mesmo tempo em, que pode propiciar defeitos na
continuidade do impermeabilizante.

O concreto armado ou protendido impermeabilizado como este sistema, sofrerá


com o efeito secagem e molhagem, devido a variação do nível do lençol freático.

Neste caso a água terá livre acesso para transitar no concreto, visto que, a
impermeabilização é executada pelo lado negativo, possibilitando o surgimento
de células de corrosão na armadura da estrutura, ensejando futuros serviços de
recuperação de estruturas.

Outra possibilidade de falha é encontrada na interface entre peças estruturais, ou


seja, piso/pilares, pisos/parede, juntas serradas, etc. Estes pontos críticos podem
propiciar a descontinuidade da camada impermeabilizante, provocando pontos
falhos no sistema.

Em resumo, os produtos cristalizantes tradicionais têm sua eficiência


impermeável ligada diretamente à continuidade e uniformidade da espessura de
sua película, aderência ao substrato e principalmente a não agressão de sua
camada impermeabilizante.

Os produtos cristalizantes são aditivos ativos que reagem com vários compostos
químicos e com a umidade do concreto, formando cristais insolúveis. Estes
cristais selam fissuras de retração e capilares. Os agentes químicos penetram no
concreto por pressão de osmose, resultando numa impermeabilização e numa
proteção contra agentes químicos, carbonatação e cloretos. Dessa forma, a
questão está correta porque descreve corretamente os impermeabilizantes
cristalizantes.

Gabarito: Item CERTO.

Em relação às características dos materiais de construção utilizados em


obras de engenharia civil, julgue os itens seguintes.

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42. (CESPE/TCE-RN/Inspetor de Controle Externo/ Engenharia Civil/2009)


O saibro, resultante da britagem artificial de cascalho, é muito utilizado
como agregado para concreto.

Saibro

Tem aparência de terra barrosa, basicamente de argila, proveniente da


desagregação de rochas. Pode-se dizer que é um material proveniente de solos
que não sejam muito arenosos e

nem muito argilosos. É utilizado como componente de argamasssas para


alvenaria e revestimentos. Não deve ser utilizado em paredes externas, pois a
ação da chuva e da radiação solar provocam trincas e fissuras na massa.

O saibro pode ser encontrado na natureza, neste caso podemos dizer que o saibro
é a rocha em início de decomposição, ou ser produzido por britagem de cascalho,
neste caso temos o chamado saibro britado. Contudo, em função do alto teor de
argila, o saibro não é utilizado como agregado para concreto, o que torna a
questão errada.

Gabarito: Item ERRADO.

43. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006) A


desvantagem de utilização de blocos silico-calcários é que a alvenaria
apresenta baixo índice de isolação acústica.

Bloco sílico-calcário

Segundo a norma alemã DIN-106 os blocos sílico-calcários são fabricados com


cal, areia fina de natureza quartzosa e água. Os blocos são moldados em prensas
de alta pressão e colocados, para endurecer, em fornos de alta pressão e
temperatura - as autoclaves.

O processo foi patenteado na Alemanha em 1880 e chamado de "Método de


produção de pedra artificial de areia". São produzidos em quase toda a Europa,
na Rússia, Estados Unidos, México e Canadá e outros países. Na Alemanha,
cerca de 70% dos blocos comercializados são sílico-calcários. No Brasil, os
blocos são produzidos desde 1976 e destinados à execução de alvenarias
estruturais. Os blocos podem ser vazados, perfurados e maciços, divididos em
linhas que seguem modulações de 12,5 cm e 20 cm com faixas de resistências à
compressão que variam entre 4,5 e 15 MPa. Devido às características

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diferenciadas de absorção de água e retração recomendam-se valores de


argamassa diferentes para alvenarias estruturais e de vedação.

Pessoal, um material que tem sido cobrado com certa freqüência em provas é o
bloco de concreto celular. Assim, veremos seus principais aspectos.

Bloco de concreto celular

Os blocos de concreto celular autoclavados são produzidos industrialmente e


contêm, na composição, cimento, cal, areia e outros materiais silicosos aos quais
se adiciona um agente expansor. Estes blocos sempre são maciços.

A mistura passa por autoclaves, onde é feita uma cura a vapor sob pressão de 10
atms. Os blocos destinados à vedação devem ter resistência à compressão de 2,5
MPa. Como são mais leves, os blocos apresentam dimensões de até 40 x 60 x 19
cm, mas podem ser facilmente cortados, lixados ou furados.

A leveza do material também proporciona redução nas cargas das fundações.


Outro diferencial desses blocos é o elevado isolamento térmico. A resistência
térmica é cerca de três vezes maior e a resistência ao fogo cerca de duas vezes
maior que a dos blocos de concreto e cerâmicos.

Além dessas características, a precisão dimensional dos blocos possibilita a


aplicação de uma estreita camada de revestimento interno. Cuidados adicionais
devem ser tomados na descarga e manuseio dos blocos, para evitar quebras
resultantes de empilhamento malfeito e armazenagem em locais desnivelados.
Sendo os blocos maiores e mais leves, cuidados particulares devem ser
observados no assentamento e na própria limitação de deformabilidade da
estrutura.

A questão está errada porque além de bom isolamento térmico, os blocos sílico-
calcários, assim como os blocos de concreto celular, oferecem bom isolamento
acústico.

Gabarito: Item ERRADO.

44. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) Suponha que, na


reforma de uma escola antiga, sejam empregados blocos de concreto celular.
Nessa situação, o material empregado possui vantagens como leveza no
carregamento, boa resistência e fácil manejo, além de os blocos poderem ser
serrados, furados, escarificados e pregados.

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Blocos leves de concreto celular.

O bloco leve de concreto celular foi desenvolvido com o


intuito de aumentar a produtividade, otimizar os recursos
disponíveis e de aumentar a rentabilidade no item
alvenaria.
Os blocos leves podem chegar a serem 75% mais leves
do que o sistema tradicional de alvenaria.

Aumento de área útil

A alvenaria executada em concreto celular proporciona um ganho substancial de


área útil as edificações. Enquanto uma parede de tijolo cerâmico rebocado tem
15cm de espessura a mesma parede em concreto celular tem 8 cm. Sendo assim
há um ganho de 88% de área.

Isolamento térmico e acústico


Já que o ar faz parte da composição do concreto celular (água, cimento, areia e
ar), o produto possui propriedades de isolante térmico e isolante acústico
superiores a alvenaria tradicional.

Economia no custo final da obra


Considerando-se o fato de que na obra convencional a carga é de 1.400 kg/m3, o
alívio de carga é bastante significativo, já que o peso do concreto celular é de 600
kg/m3. Com a adoção do sistema a economia é de 28% no custo das fundações,
22% no total do volume de concreto da superestrutura, 33% de economia no aço
das armaduras, 34% na área de formas de pilares e vigas e 100% de economia em
chapisco e reboco.

Descarga e armazenamento
Os blocos de concreto celular devem ser descarregados e armazenados bem
empilhados (na vertical), em local coberto, seco e ventilado.

Como cortar o bloco de concreto celular


Os blocos podem ser serrados, furados, escarificados (para
passagem de tubulações) e pregados. Utilizam-se as mesmas
ferramentas empregadas em trabalhos com madeiras,
reduzindo-se as perdas.

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Gabarito: Item CERTO.

45. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006) Paredes


de gesso acartonado têm como inconveniente a impossibilidade de
receberem instalações hidráulicas.

Pessoal, vejamos alguns aspectos complementares sobre o dry-wall (gesso


acartonado).

Gesso acartonado

O gesso acartonado é um material produzido industrialmente e com qualidade


controlada, utilizado em todos os tipos de obra.

As paredes de gesso acartonado são também conhecidas como Drywall, que é


uma expressão em inglês que significa “parede seca”, ou seja, que não necessita
de argamassa para sua construção, como ocorre com a alvenaria.

A parede Drywall é composta por uma estrutura rígida formada por perfis de aço,
nos quais são parafusadas as chapas de gesso especiais para esse sistema.

As placas de gesso acartonado substituem alvenarias e argamassas de


revestimento em uma única operação, permitindo a fácil instalação dos dutos de
água, energia e dados. O sistema consiste, basicamente, em uma estrutura interna
que suporta painel de gesso, formando paredes mais ou menos espessas que
podem, inclusive, serem curvas.

Assim, aplicam-se a divisórias ou acabamentos internos, em ambientes diversos,


como cinemas, hospitais, hotéis e banheiros.

Dessa forma, a questão está errada.

Ilustração de uma parede de gesso acartonado (drywall):

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Gabarito: Item ERRADO.

O aparecimento de determinadas patologias nas estruturas de concreto


armado, tais como fissuras, desagregação do material, corrosão de
armaduras etc., está associado a diversas causas, como uso de materiais
impróprios, presença de substâncias indesejadas na massa do concreto,
deficiências nas armaduras, entre outras. Com relação a esse assunto, julgue
os itens a seguir.

46. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008) Em


dias de temperatura ambiente elevada, altas concentrações de cloretos
podem causar, na concretagem, endurecimento excessivamente rápido do
concreto, o que pode comprometer o acabamento da superfície.

Segundo a NBR 14931:2004 - Execução de estruturas de concreto -


Procedimento, quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente
muito quente (acima de 35ºC) e, em especial, quando a umidade relativa do ar for

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baixa (menor que 50%) e a velocidade do vento alta (superior a 30 m/s), devem
ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir
a temperatura da massa de concreto.

Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento, devem ser


tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto.

Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo


responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa se as condições
ambientais foram adversas, com temperatura ambiente superior a 40ºC ou vento
acima de 60 m/s.

O concreto armado é um dos materiais de construção mais utilizados no Brasil,


principalmente para a construção de habitações de múltiplos andares. Uma
grande parte do cimento é consumido em obras habitacionais na região litorânea,
pois a maior concentração populacional do país encontra-se nas proximidades de
seu litoral, região que apresenta uma agressividade para o concreto armado,
principalmente pela ação dos íons cloretos provenientes da atmosfera marinha.

A ação de agentes agressivos no concreto provoca sua degradação, sendo os íons


cloretos um dos principais agentes. A penetração dos íons cloretos no concreto se
dá de diversas maneiras, entre elas pode-se citar uso de aditivos que contenham
cloretos, impurezas nos agregados, o ambiente a que está exposta a estrutura. Os
principais fatores que afetam a penetração de íons cloretos no concreto são os
fatores inerentes ao concreto e os fatores ambientais. Os mecanismos de
transportes dos cloretos são migração, absorção capilar, permeabilidade e
difusão.

Nas estruturas de concreto a cura adequada é condição essencial para obtenção de


um concreto durável conforme as especificações do projeto estrutural. A cura é
realizada por duas razões básicas: hidratar o quanto possível o cimento e reduzir
ao máximo a retração do concreto, fatores intrínsecos à durabilidade. As
características superficiais do concreto são as mais afetadas por uma cura
inadequada, como a permeabilidade, a carbonatação, a ocorrência de fissuração,
etc.

Os cloretos são elementos muito utilizados nos aditivos aceleradores de pega. E,


como já vimos, devem ter seu uso restrito ao concreto não-armado porque os
cloretos atacam a armadura. Os cloretos agem nos cristais do cimento,
principalmente no Silicato de Cálcio, elemento responsável pela resistência da
pasta nos primeiros 28 dias.

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Assim, a questão traz dois elementos que causam a aceleração da pega do


concreto: alta temperatura e alta concentração de cloretos. Como vimos, a pega
acelerada requer maior cuidado com a cura do concreto para evitar a ocorrência
de fissuração por retração na secagem do concreto e para garantir a correta
hidratação do cimento. Dessa forma, a questão está correta.

Gabarito: Item CERTO.

47. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008)


Para se evitar a fissuração superficial do concreto, recomenda-se adicionar
cal livre ou óxido de magnésio à massa de concreto, de forma a reduzir seu
tempo de endurecimento.

Como vimos na questão anterior, para evitar a fissuração do concreto devemos


garantir uma cura adequada. Para tanto, devem ser tomadas providências para
reduzir a perda de água do concreto. Dessa forma, quanto maior o tempo de
endurecimento do concreto, menor será a ocorrência de fissuração.

Como vimos, a cal virgem (também denominada cal viva ou cal ordinária) é o
principal produto da calcinação das rochas carbonatadas cálcicas e cálcio-
magnesianas. O termo cal virgem é o consagrado na literatura brasileira e nas
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, para designar o produto
composto predominantemente por óxido de cálcio e óxido de magnésio,
resultantes da calcinação, à temperatura de 900 a 1200 °C, de calcários, calcários
magnesianos e dolomitos.

A cal virgem é classificada conforme o óxido predominante como indicado a


seguir:

• Cal virgem cálcica: óxido de cálcio entre 100% e 90% dos óxidos totais
presentes;

• Cal virgem magnesiana: Teores intermediários de óxido de cálcio, entre


90% e 65% dos óxidos totais presentes;

• Cal virgem dolomítica: teores de cálcio entre 65% e 58% dos óxidos totais
presentes.

A cal livre, se adicionada ao concreto, absorverá água para sua própria hidratação
(extinção) e ainda liberará calor uma vez que sua hidratação é uma reação

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exotérmica. Ambas estas características são prejudiciais à cura do concreto.


Assim, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

As estruturas de concreto devem ser dimensionadas e executadas de forma a


que se garanta a sua vida útil e funcionalidade. A respeito de patologias e
durabilidade de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.

48. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O óxido de


magnésio, um dos constituintes do cimento, pode ser expansivo quando
estiver na forma de pericálcio e sua expansão pode provocar fissuramentos.

A estabilidade dimensional do concreto (expansão, retração, fissuração) e a


resistência química do concreto (água do mar, salinidade do ar, poluição
atmosférica) estão intimamente ligadas às características físicas e químicas do
cimento (tais como finura, expansibilidade, composição potencial, presença de
cal livre, óxido de magnésio, etc.) e não tanto à sua resistência mecânica.

Expansibilidade de Certos Constituintes do Cimento

Alguns constituintes do cimento podem ser expansivos, o que pode levar a que o
concreto também o seja, ocasionando a fissuração do mesmo e o
desenvolvimento de problemas patológicos na estrutura.

O óxido de magnésio (MgO), um dos constituintes do cimento, poderá ser


expansivo quando estiver na forma de pericálcio (periclásio), que irá se hidratar
de maneira muito lenta após o endurecimento do cimento (e do concreto),
resultando no aumento do volume.

A cal livre é um constituinte normalmente presente no cimento Portland. A


hidratação da cal livre é expansiva, podendo dar lugar à fissuração superficial do
concreto e até mesmo provocar sua debilitação e destruição. A cal liberada pela
hidratação dos silicatos, componentes que têm a maior parcela de
responsabilidade nas resistências mecânicas dos cimentos, é, por sua vez,
atacável por águas puras, ácidas ou carbonatadas.

Pessoal, essa questão teve gabarito preliminar CERTO e no definitivo foi


alterado para ERRADO. Conceitualmente, o assunto tratado está correto,
conforme comentamos. A única razão que eu consigo ver para terem mudado o
gabarito dessa questão é relacionada à redação do enunciado. Talvez tenham
entendido que ao não citar no enunciado que a expansão do óxido de magnésio
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causa fissuração do concreto, estaria errado porque essa expansão não causa
fissuração no cimento endurecido. Como a questão não falou que se tratava de
fissura em concreto, pode ter sido essa linha de argumentação que resultou na
mudança do gabarito.

Gabarito: Ver comentário.

49. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) Em caso de


cobrimentos pouco espessos, altos teores de cloreto de cálcio no concreto
podem acelerar o processo de corrosão das armaduras.

Pessoal, mais uma vez temos uma questão que cobra repetidamente um assunto
já cobrado pela banca. Eu mantive essa questão para reforçar a dica de que é
muito importante conhecermos a aplicação do cloreto de cálcio nas estruturas
de concreto.

A corrosão da armadura é um problema crítico, que pode comprometer


severamente a segurança e a capacidade de serviço das estruturas. Os principais
fatores que provocam a corrosão são o meio ambiente, o qual a estrutura está
inserida e o cobrimento inadequado de concreto.

Este cobrimento é responsável tanto pela proteção física (barreira), como pela
proteção química da armadura, quando este propicia um meio alcalino elevado
com a consequente passivação da mesma.

O nível de agressão dos íons cloreto depende muito da quantidade presente no


meio ambiente ou inserido no concreto. Pode-se tolerar uma certa quantidade de
íons cloreto sem que se tenha risco de corrosão. Entretanto, existe um valor
limite de íons cloreto, para que estes possam romper a película passivadora e
induzir a corrosão das armaduras.

Diante do exposto, a questão está correta.

Gabarito: Item CERTO.

50. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) Águas com elevados


teores de sulfato de cálcio ou de potássio em contato com elementos de
concreto não provocam danos a tais elementos.

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O sulfato de cálcio ou de potássio são sais parcialmente solúveis e muito


solúveis, respectivamente, em água. Águas com elevadores teores destes
elementos provocam danos aos elementos de concreto porque ocorrem reações
dos sulfatos com componentes do cimento, resultando em um aumento do
volume do concreto que provoca sua expansão e desagregação.

Os sulfatos encontram-se presentes em águas que contêm resíduos industriais,


nas águas subterrâneas em geral e na água do mar, sendo que os sulfatos mais
perigosos para o concreto são o amoníaco, (NH4)2SO2, o cálcico, CaSO4, o de
magnésio, MgSO4 e o de sódio, Na2SO4. Dessa forma, a questão está errada.

Com relação aos danos causados às estruturas pela água, temos que uma
patologia muito comum em obras é a eflorescência. A eflorescência é a formação
de depósitos salinos na superfície das alvenarias, concreto ou argamassas, etc.,
como resultado da sua exposição à água de infiltrações ou intempéries.

É considerado um dano, por alterar a aparência do elemento onde se deposita. Há


casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar degradação
profunda. A modificação no aspecto visual é intensa onde há um contraste de cor
entre os sais e o substrato sobre as quais se deposita, por exemplo, a formação
branca do carbonato de cálcio sobre tijolo vermelho.

Quimicamente a eflorescência é constituída principalmente de sais de metais


alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio, solúveis ou
parcialmente solúveis em água). Pela ação da água de chuva ou do solo estes sais
são dissolvidos e migram para a superfície e a evaporação da água resulta na
formação de depósitos salinos.

Fatores que contribuem para a formação de eflorescências

Devem agir em conjunto:

• teor de sais solúveis;

• pressão hidrostática para proporcionar a migração para a superfície;

• presença de água.

Fatores externos que contribuem:

• quantidade de água;

• tempo de contato;

• elevação da temperatura;
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• porosidade dos componentes.

Gabarito: Item ERRADO.

51. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) A viga ilustrada no


desenho abaixo apresenta padrão de fissuração típico causado por
flexocompressão.

A ilustração da questão mostra dois tipos de fissuras.

Na parte inferior da viga temos fissuras decorrentes da falta ou insuficiência de


armadura positiva no meio do vão para combater a flexão.

Na face superior da viga as fissuras indicam o esmagamento do concreto em


função da dimensão insuficiente da seção do meio do vão para resistir à
compressão causada pelo momento positivo.

A combinação destes dois fenômenos causa uma típica fissuração devida à


flexocompressão, estando correta a questão.

Gabarito: Item CERTO.

52. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O desenho a seguir


apresenta a face inferior de uma laje em que o padrão de fissuração
mostrado é devido à flexão por insuficiência de armadura para momentos
positivos.

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A questão está errada porque a figura acima ilustra um caso típico de fissuração
por esmagamento do concreto, por reduzida espessura da laje. As fissuras surgem
na face inferior, por deficiência diante dos momentos negativos.

Caso este mesmo padrão de fissuração fosse observado na face superior, seria
devido à insuficiência de armadura para os momentos negativos.

A fissuração por flexão, devida a insuficiência de armadura para os momentos


positivos é ilustrada abaixo, sendo o caso de surgimento das fissuras na face
inferior.

Gabarito: Item ERRADO.

No Brasil, é comum o uso do concreto armado e da alvenaria na construção


de edificações. A esse respeito, julgue os itens a seguir.

53. CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) Entre os componentes


do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas, estão as alvenarias confinadas
entre viga inferior de apoio e viga superior. Na situação em que a viga
inferior se flexiona mais que a viga superior, normalmente surgem trincas
inclinadas nos cantos inferiores da parede.

Uma das principais causas de fissuras em edificações é a deformação das


estruturas de concreto armado.
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Os componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas e lajes são as


alvenarias. Veja abaixo a formação de bielas de compressão devido à deformação
das vigas.

Figura ilustrando um componente fletido ocasionando a formação de bielas de


compressão em paredes sem aberturas:

Para paredes de vedação sem aberturas de portas e janelas existem três


configurações típicas de trincas:

a) O componente de apoio deforma-se mais que o componente superior,


dando o surgimento de trincas inclinadas nos cantos superiores da parede,
oriundas do carregamento não uniforme da viga superior sobre o painel, já
que existe a tendência de ocorrer maior carregamento junto aos cantos das
paredes. Na parte inferior do painel normalmente surge um trinca
horizontal, quando o comprimento da parede é superior à sua altura,
aparece o efeito de arco e a trinca horizontal desvia-se em direção aos
vértices inferiores do painel.

Ilustração de trincas em paredes de vedação: deformação do suporte maior que a


deformação da viga superior:

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b) O componente de apoio deforma-se menos que o componente superior.


Nesse caso, a parede comporta-se como viga, resultando fissuras
semelhantes ao caso de flexão de vigas de concreto armado.

Ilustração de trincas em parede de vedação: deformação do suporte inferior à


deformação da viga superior:

c) O componente de apoio e o componente superior apresentam deformações


aproximadamente iguais. Nessa circunstância a parede é submetida
principalmente a tensões de cisalhamento. As fissuras iniciam-se nos
vértices inferiores do painel, propagando aproximadamente a 45º,
conforme mostra a figura abaixo.

Ilustração de trincas em parede de vedação: deformação do suporte idêntica à


deformação da viga superior:

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Assim, a questão está errada porque a trinca descrita no enunciado é a do caso


“c” e não do caso “a”, como afirmado na questão.

Nas alvenarias de vedação com presença de aberturas, as fissuras poderão ganhar


configurações diversas, em função da extensão das paredes, da intensidade da
movimentação do tamanho e da posição dessas aberturas.

Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de


compressão em paredes com aberturas (janelas):

Ilustração de configuração típica de fissuras em paredes com aberturas causadas


pela deformação dos componentes estruturais:

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Ilustração de configuração típica de fissuras em paredes estruturais com


aberturas:

Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de


compressão em paredes com aberturas (portas):

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Um caso bastante típico de fissuração provocada pela falta de rigidez estrutural é


aquele que se observa nas regiões em balanço de vigas, problema importante em
edifícios sobre pilotis, onde o balanço é intencionalmente utilizado para alívio
dos momentos positivos.

A deflexão da viga na região em balanço normalmente provoca o aparecimento


de fissuras de cisalhamento na alvenaria e ou destacamentos entre a parede e a
estrutura.

Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de


compressão em região de balanço da viga:

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Ilustração de trincas na alvenaria provocadas por deflexão da região em balanço


da viga:

Outro caso típico de fissuração, em alvenarias estruturais, é aquele provocado


pela excessiva deformação de lajes ancoradas nas paredes, introduzindo nas
paredes esforços de flexão lateral. Sob essa solicitação, desenvolve-se próxima à
base da parede uma trinca horizontal, que se estende praticamente por toda a
parede, como mostra a figura abaixo.

Ilustração de trinca horizontal na base da parede provocada pela deformação


excessiva da laje (rotação da laje):

Gabarito: Item ERRADO.


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As trincas em construções podem ocorrer por diversas razões. Com relação


aos desenhos acima, que ilustram alguns tipos de trincas em construções
civis, julgue os itens subsecutivos.

54. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) O padrão de fissuramento apresentado no desenho III pode ter
sido causado por expansão dos tijolos por absorção de umidade.

O CESPE tem utilizado com certa freqüência recentemente o livro do Ercio


Thomaz como fonte para fazer questões sobre trincas em edifícios.

O desenho III, mostrado na página 38 do livro, mostra o fissuramento vertical da


alvenaria no canto do edifício causado pela expansão dos tijolos por absorção de
umidade. Assim, a questão está correta.

Gabarito: Item CERTO.

55. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) O padrão de trincas apresentado no desenho I pode ter sido
causado por tensões de cisalhamento provocadas por expansão térmica da
laje de cobertura.

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O desenho I, constante da página 25 do livro, ilustra trincas de cisalhamento


provocadas por expansão térmica da laje de cobertura. Assim, a questão está
correta.

Gabarito: Item CERTO.

56. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia


Civil/2010) O padrão de fissuras apresentado no desenho II pode ter sido
causado por recalque da construção advindo da contração do solo por perda
de umidade provocada por vegetação próxima.

O desenho II, constante da página 121 do livro, mostra fissuras na argamassa de


revestimento provenientes do ataque por sulfatos. Logo, a questão está errada.

Abaixo, coloco a ilustração de uma trinca provocada por recalque advindo da


contração do solo devida à retirada de água por vegetação próxima (página 99 do
livro do Ercio Thomaz):

Gabarito: Item ERRADO.

57. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) A desagregação da


camada de concreto que envolve a armadura pode ser uma indicação de
corrosão da armadura.

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O dano ao concreto provocado pela corrosão da armadura pode se dar na forma


de expansão, fissuração, destacamento do cobrimento de concreto e redução da
seção transversal da armadura, podendo ocorrer o colapso estrutural. Dessa
forma, a questão está correta.

A fissuração do concreto provém do aumento de volume dos produtos de


corrosão. Estes aumentos de volume podem ser até 10 vezes superiores ao
volume inicial do aço, podendo causar pressões internas maiores que 15 MPa,
chegando, em alguns casos, até 40 MPa (CÂNOVAS, 1984).

Gabarito: Item CERTO.

58. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) A madeira falquejada é obtida de troncos


por corte com machado.

As madeiras utilizadas na construção podem classificar-se em duas categorias:

Madeiras maciças:

• madeira bruta ou roliça- empregada em forma de tronco,

• servindo para estacas, escoramentos, postes, colunas.

• madeira falquejada- tem as faces laterais aparadas a machado, formando


seções maciças, quadradas ou retangulares, é utilizada em estacas, pontes
e etc.

• madeira serrada- é o produto natural mais utilizado. O tronco é cortado nas


serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando depois
por um período de secagem. Apresenta limitações geométricas tanto em
termos de comprimento quanto em dimensões da seção transversal.

Madeiras industrializadas:

• madeira compensada- é o produto mais antigo, formado pela colagem de


lâminas finas alternadamente ortogonais.

• madeira laminada e colada- é o produto estrutural de madeira de mais


importante nos países da Europa e da América do Norte. A madeira
selecionada é cortada em lâminas, de 15mm a 50mm de espessura, que são
coladas sob pressão, formando grandes vigas.

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• madeira recomposta- sob esta denominação encontram-se produtos na


forma de placas desenvolvidos a partir de resíduos da madeira em flocos,
lamelas ou partículas. Em geral não são consideradas materiais de
construção devido a baixa resistência e durabilidade, sendo muito
utilizadas na indústria de móveis

A questão está correta porque a madeira falquejada é obtida de troncos por corte
com machado, sendo utilizada em estacas, pontes, etc.

Gabarito: Item CERTO.

59. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) A greta, ou venta, é um defeito da


madeira caracterizado por separação entre anéis anuais, provocada por
tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por ações
externas, como flexão devido ao vento.

As peças de madeira podem apresentar defeitos tais como:

Nós: Imperfeições nos pontos onde existiam galhos. Os galhos vivos na época do
abate da árvore produzem nós firmes e os galhos mortos produzem nós soltos,
estes últimos podem cair durante a serragem da peça produzindo furos. Nos nós,
as fibras longitudinais sofrem desvios de direção o que baixa a resistência à
tração.

Fendas: Aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela secagem mais
rápida da superfície. Podem ser evitadas mediante a secagem lenta e uniforme da
madeira.

Gretas ou ventas: Separação entre os anéis anuais, provocada por tensões internas
devidas ao crescimento lateral da árvore, ou por ações externas, como flexão
devida ao vento.

Abaulamento: Encurvamento na direção da largura da peça.

Arqueadura: Encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da


peça.

Fibras reversas: Fibras não paralelas ao eixo da peça, podem ser provocadas por
causas naturais ou serragem. As causas naturais devem-se a proximidade de nós
ou ao crescimento das fibras em forma de espiral. A serragem da peça em plano
inadequado pode produzir peças com fibras inclinadas em relação ao eixo. As
fibras reversas reduzem a resistência da madeira.
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Esmoada ou quina morta: Canto arredondado, formado pela curvatura natural do


tronco. A quina morta significa elevada proporção de alburno.

Como visto, a questão descreve corretamente as gretas ou ventas.

Gabarito: Item CERTO.

60. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Devido às suas precárias propriedades


mecânicas, o ipê-roxo não deve ser utilizado em estruturas de madeira.

As madeiras utilizadas na construção são obtidas de troncos de árvores, dividem-


se em:

Madeiras duras: provenientes de árvores frondosas (dicotiledôneas, que possuem


folhas achatadas e largas), de crescimento lento. Ex: ipê, aroeira,carvalho, etc.

Madeiras macias: provenientes em geral das coníferas (com folhas em forma de


agulhas ou escamas), de crescimento rápido. Ex: pinheiro-do-paraná, pinheiros
europeus, etc.

A questão está errada porque o ipê-roxo (e outros ipês) são madeiras duras, de
amplo uso na construção civil.

Gabarito: Item ERRADO.

61. (CESPE/Banco da Amazônia/Técnico Científico /Engenharia Civil/2007)


A resistência da madeira não é afetada pela temperatura do ambiente.

A NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira, quando se refere à


condição-padrão de referência para as propriedades de resistência e de rigidez da
madeira, traz que: “admite-se como desprezível a influência da temperatura na
faixa usual de utilização de 10°C a 60°C”.

Ainda, nos termos da NBR 7190, a influência da temperatura nas propriedades de


resistência e de rigidez da madeira deve ser considerada apenas quando as peças
estruturais puderem estar submetidas por longos períodos de tempo a
temperaturas fora da faixa usual (10°C a 60°C) de utilização.

Por fim, segundo ensaios publicados na literatura, a resistência mecânica da


madeira serrada quando submetida a uma temperatura constante, de uma hora de
duração, a níveis acima de 80ºC tem um significativo aumento, em torno de 50%

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de seu valor inicial. Contudo, a resistência da madeira sofre uma redução


significativa a temperaturas acima de 180º C.

Dessa forma, como a NBR 7190 especifica que a resistência da madeira apenas
não é afetada pela temperatura do ambiente até determinado limite, sendo que ela
é afetada pela temperatura ambiente acima daquele limite, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

Colegas, chegamos ao final de nossa aula 8.

Aguardo vocês para nosso próximo encontro.

Bons estudos!

Marcelo Ribeiro

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –


Item 68) No concreto ciclópico, as pedras-de-mão são dispostas em camadas e
convenientemente afastadas, de modo a serem envolvidas pela massa.

2. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 16) Para a especificação e


execução do serviço referente à argamassa de revestimento, é necessário
conhecer o desempenho de algumas de suas propriedades, tanto no estado fresco
como endurecido. Nesse contexto, afirma-se que:

a) na determinação da massa específica absoluta, não são considerados os vazios


existentes no volume de argamassa.

b) à medida que cresce o teor de ar incorporado em uma argamassa, a sua massa


específica relativa aumenta.

c) quanto menor for o módulo de deformação, menor é a capacidade da


argamassa de absorver deformação.

d) o tempo de sarrafeamento e desempeno é o tempo necessário para a argamassa


adquirir parte da água de amassamento.

e) a resistência mecânica diminui com a redução da proporção de agregados na


argamassa.

3. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 28) Aceleradores são


substâncias que, adicionadas ao concreto, diminuem o tempo de início de pega,
desenvolvendo mais rapidamente as resistências iniciais. Considerando-se os
conceitos a seguir, assinale a opção correta.

a) O cloreto de cálcio é recomendado em concreto de elementos estruturais


protendidos.

b) O cloreto de cálcio tem pouco efeito sobre o tempo de pega do cimento.

c) A presença de um estabilizador retarda a hidratação ou endurecimento do


concreto.

d) A trietanolamina é mais eficaz que o cloreto de cálcio como acelerador.

e) Aceleradores de pega ultrarrápidos não devem ser utilizados para selamento de


vazamentos de água.

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4. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004


– Item 73) A corrosão de armaduras em estruturas de concreto é um dos
principais mecanismos de deterioração que afetam a sua durabilidade. Sobre a
corrosão em armaduras, é incorreto afirmar que

a) o processo de corrosão estabelece uma expansão local no concreto, originando


o surgimento de tensões de tração no material e sua fissuração.

b) as estruturas expostas ao ambiente marítimo são altamente propensas a


apresentarem problemas de corrosão, principalmente aquelas permanentemente
submersas em água salgada.

c) com relação ao concreto armado, o processo de corrosão eletroquímica é muito


mais relevante que o de oxidação.

d) a presença do hidróxido de cálcio liberado na hidratação do cimento Portland é


extremamente importante para a proteção das armaduras contra a corrosão.

e) a redução da permeabilidade a gases e água do concreto possibilita a redução


da ação dos mecanismos de corrosão.

5. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 70) No caso de


verificação de existência de fissuras na parede provocadas por ataque de sulfatos,
recomendam-se a remoção do revestimento, a eliminação do acesso da umidade à
parede, a secagem da superfície e a aplicação de novo revestimento constituído
por cal, areia e cimento resistente a sulfatos.

6. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004


– Item 57) Com relação a aditivos utilizados para a modificação das propriedades
de concretos e argamassas, é incorreto afirmar que

a) os aditivos incorporadores de ar melhoram a trabalhabilidade e reduzem as


resistências mecânicas de concretos e argamassas.

b) o cloreto de cálcio não deve ser empregado como aditivo acelerador em


estruturas com aço protendido.

c) os aditivos plastificantes permitem a redução da relação água/cimento,


acarretando o aumento da resistência e da permeabilidade dos concretos e
argamassas.

d) um dos problemas no uso de aditivos superfluidificantes é a rápida perda da


consistência fluída inicial estabelecida para o concreto.

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e) o uso de aditivos retardadores permite a realização de concretagens em dias


com temperatura elevada.

7. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 30) Considerando-se três


tipos de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à
compressão: por amostragem total (caso a), por controle estatístico por
amostragem parcial (caso b) e por controle estatístico por amostragem parcial
excepcional (caso c), assinale a opção incorreta.

a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem 100 %, onde


todas as betonadas são inspecionadas.

b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência obtido


diretamente na amostra.

c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos que


aumentam a grandeza do valor obtido.

d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume a ser


produzido.

e) No caso c, uma amostra de material ruim pode levar a que todo o lote seja mal
avaliado.

8. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004


– Item 59) Considerando-se as principais propriedades térmicas dos vidros – a
transmissão luminosa – TL, o coeficiente de sombreamento CS, a absorção de
energia Abs, a reflexão luminosa RL e o fator solar FS –, assinalar a opção
incorreta.

a) Quanto menor o CS, mais calor penetra no ambiente através do vidro.

b) Quanto maior o TL, mais luminosidade passa pelo vidro.

c) Quanto maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.

d) Quanto maior a RL, menos luminosidade passa pelo vidro.

e) Quanto menor o FS, mais o vidro funciona como um filtro para o calor.

No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil, podem-se


utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem técnica; os de ordem
econômica; e os de ordem estética. Embora todos esses critérios sejam
importantes, o fato de aqueles de ordem técnica estarem intimamente
relacionados com a segurança e a funcionalidade da obra exige que eles mereçam
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considerável destaque nessa seleção. Sobre os critérios técnicos relativos aos


materiais de construção, julgue os itens que se seguem.

9. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item 95)


A massa específica real dos agregados é definida como a massa da unidade de
volume do material, considerando, inclusive, o volume de vazios.

10. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 116) A cal


hidráulica é um produto apropriado para construções sob a água.

11. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009 – Item 68) A cal viva,


na elaboração de argamassas, é utilizada em mistura com água e areia, em
proporções apropriadas.

12. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


96) O clínquer, produto básico para a obtenção do cimento Portland, é produzido
a partir da fusão incipiente de uma mistura de calcário e argila.

13. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


97) Calor de hidratação é a energia aplicada mecanicamente durante a mistura do
concreto, que permite a hidratação do cimento por meio da água de mistura.

14. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


98) Nas obras em concreto que ficam em contato com a água do mar, deve ser
utilizado como aglomerante o cimento Portland comum, com alta resistência
inicial.

15. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 117) Para


estancamento ou eliminação de vazamentos em caixas de água de concreto,
recomenda-se usar cimento portland de pega lenta.

16. (CESPE/TCE-TO/Analista de Controle Externo – Engenharia Civil/2008 –


Item 59) Os cimentos tipo Portland para utilização em construções civis são
diferenciados por códigos específicos. A denominação CP-I é atribuída ao
cimento Portland

a) comum.

b) comum com adição.

c) composto com escória.

d) composto com pozolana.

e) composto com fíler.


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17. (CESPE/TRE-GO/Engenharia Civil/2008 – Item 34) Obtido por meio da


calcinação de uma mistura de calcário, argilas e gipsita, o cimento Portland é o
elemento ativo na confecção de diversas mesclas, de pastas e do concreto.
Considerando-se as características dos cimentos padronizados utilizados na
construção civil, é correto afirmar que o cimento:

a) Portland branco é resultante da calcinação de uma mistura de calcita, caolim e


areia branca e pode ser utilizado em pré-moldados e para a fabricação de
ladrilhos hidráulicos.

b) aluminoso apresenta pega e endurecimento lentos e é recomendado para obras


em contato com a água do mar.

c) pozolâmico é um aglomerante hidráulico de clínquer Portland, gipsita e


pozolana, não sendo indicado para a construção de estruturas maciças de
concreto.

d) de alto forno é um aglomerante hidráulico constituído de clínquer Portland,


gipsita e escória granulada de autoforno, sendo indicado como constituinte de
pastas e caldas de injeção de bainhas de cabos de protensão.

Na execução de peças estruturais de concreto armado, os materiais utilizados


devem ser cuidadosamente selecionados, a fim de não comprometer a principal
função dessas peças. Acerca dos materiais que constituem o concreto armado,
julgue os itens a seguir.

18. (CESPE/ANAC/Especialista/2009 - Item 38) Como agregado graúdo pode-se


utilizar brita proveniente da desagregação de rochas graníticas e seixo rolado.

19. (CESPE/ANAC/Especialista/2009 - Item 37) No preparo da massa de


concreto, deve-se dar preferência à utilização e areia de rio (lavada) de grão
grande e angulosa.

20. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em


Edificações/2008 – Item 75) Quanto ao aço utilizado em peças de concreto
armado, julgue os itens a seguir.

I) As barras de aço estocadas em uma obra devem ser separadas segundo seu
diâmetro, a fim de evitar problemas na identificação da bitola.

II) Os fios e as barras de aço são normalmente cortados com talhadeiras,


tesourões e máquinas de corte manuais ou mecânicas.

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III) O posicionamento do estoque de aço dentro de um canteiro de obra é


indiferente, visto que o tempo de transporte interno na obra pode ser contornado
com a formação de uma equipe de serventes especialmente para a realização
deste serviço.

IV) O desenvolvimento de corrosão durante a estocagem de aço em obras não


oferece grandes problemas, uma vez que o material corroído melhora a aderência
entre o aço e o concreto.

V) A armadura de arranque é opcional nos pilares, pois a transferência de


esforços entre pilares pode ser feita garantindo-se uma boa concretagem.

Estão certos apenas os itens:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e V.

d) III e IV.

e) IV e V.

21. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 108)


Um dos testes de recebimento de aço estrutural consiste em verificar se estão
marcados nas barras e fios o nome do fabricante, a categoria e o diâmetro do
material.

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22. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em


Edificações/2008 – Item 77) A figura acima representa um diagrama tensão-
deformação de um aço submetido à tração. Com base nessa figura, julgue os itens
seguintes.

I) No trecho 0-1, tem-se tensões diretamente proporcionais às deformações.

II) O patamar de escoamento desse aço é representado pelo trecho 2-3, pois,
quando ocorre o escoamento, o aço sofre ganho de tensão devido à plastificação.

III) O ponto 1 pode ser denominado como o limite elástico do aço.

IV) O limite de resistência do aço é dado pelo ponto 4.

V) A ruptura por tração do aço ocorre no ponto 3.

A quantidade de itens certos é igual a:

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

Julgue os itens a seguir acerca de aglomerantes utilizados em obras civis.

23. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009 – Item 69) O ponto de


fulgor de um cimento asfáltico representa a temperatura crítica acima da qual é
necessário tomar precauções especiais para afastar o perigo de incêndio durante o
seu aquecimento e manipulação.

24. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


100) Um dos ensaios usuais para se determinar a resistência dos tijolos cerâmicos
à compressão utiliza, como corpo de prova, tijolos cortados ao meio e unidos,
pela face maior, com pasta de cimento.

25. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


101) Tintas e vernizes a óleo são aqueles cujo veículo permanente é constituído
de óleo de linhaça, cru ou cozido, e que secam por oxidação.

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26. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


102) Os vidros de segurança aramados têm poder antichamas superior a 30
minutos.

27. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006 – Item 34) Para a especificação de vidros


nas várias etapas de uma edificação, é necessário conhecer os seus tipos,
principais propriedades e usos. Neste contexto, assinale a opção incorreta.

a) Os vidros impressos gravados e esmaltados são em geral empregados em


painéis decorativos, janelas, portas, divisórias e boxes de banheiro.

b) Há obrigatoriedade de vidros de segurança em sacadas, vidraças e vitrines,


sendo exceção as claraboias e telhados.

c) Os vidros de segurança laminados são excelentes filtros de raios ultravioleta.

d) Os vidros de segurança temperados são recomendados em locais sujeitos a


impacto, choques térmicos ou utilização sob condições adversas, que requeiram
resistência mecânica.

e) A principal característica do vidro aramado é a sua resistência ao fogo, sendo


considerado um material anti-chama.

28. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 119) O


vidro U-glas é recomendado quando se deseja transmissão luminosa de maneira
difusa (translucidez).

Com relação a aglomerantes que são utilizados em diversas áreas da construção


civil, julgue os itens subsequentes.

29. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 58) O tempo de


pega de uma pasta de cimento é determinado por meio do ensaio de slump.

Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da


consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual, observando-
se as condições do concreto fresco, é possível criar condições para o melhor
controle do produto final na estrutura da edificação. Com relação a esse teste,
julgue os próximos itens.

30. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 - Item 167) O ensaio


de abatimento é utilizado para se determinar a trabalhabilidade do concreto
analisado.

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31. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 - Item 168) No teste,


a ocorrência de abatimento por cisalhamento caracteriza um concreto com alta
coesão.

Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da


consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual, observando-
se as condições do concreto fresco, é possível criar condições para o melhor
controle do produto final na estrutura da edificação. Com relação a esse teste,
julgue os próximos itens.

32. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 169)


Tratando-se de concreto dosado em central, o teste deve ser feito imediatamente
após a sua produção, ou seja, antes de qualquer processo de transporte do
material para a utilização na obra.

33. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 61) O cimento


Sorel é formado por oxicloretos e, quando utilizado, resulta em um componente
especialmente duro e resistente à abrasão.

34. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010


– Item 67) As telhas de cimento amianto são de fácil instalação, mas
comparativamente a outras opções, não apresentam bom isolamento térmico.

35. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


99) Com relação a madeiras empregadas na construção civil, a retratibilidade é a
perda de resistência à compressão pelo corte inadequado da peça em relação ao
sentido das fibras.

36. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010


– Item 66) A madeira não apresenta retração, para variações de umidade abaixo
da umidade correspondente ao ponto de saturação das suas fibras.

37. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 76) Nas madeiras


utilizadas em estruturas, a resistência à compressão na direção perpendicular às
fibras é menor que a resistência à compressão na direção paralela às fibras.

Julgue os itens subsequentes, relativos às características dos ladrilhos cerâmicos


empregados nas edificações.

38. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 165) Entre as


características de resistência mecânica dos produtos empregados em áreas de
caldeiras, destaca-se a de resistência ao choque térmico.

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39. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 166) Os


ladrilhos esmaltados devem ter, necessariamente, maior resistência ao impacto do
que os não esmaltados.

40. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007 - Item 197) Na


classificação de azulejos, nenhuma classe deve apresentar imperfeições
estruturais ou de superfície perceptíveis a olho nu, à distância de um metro e com
boa iluminação.

41. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007 - Item 200) A


impermeabilização estrutural de concreto já construído pode ser conseguida por
cristalização de produtos inorgânicos em contato com a água no interior do
concreto.

Em relação às características dos materiais de construção utilizados em obras de


engenharia civil, julgue os itens seguintes.

42. (CESPE/TCE-RN/Inspetor de Controle Externo/ Engenharia Civil/2009 –


Item 51) O saibro, resultante da britagem artificial de cascalho, é muito utilizado
como agregado para concreto.

43. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 101)


A desvantagem de utilização de blocos silico-calcários é que a alvenaria
apresenta baixo índice de isolação acústica.

44. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 62) Suponha que,


na reforma de uma escola antiga, sejam empregados blocos de concreto celular.
Nessa situação, o material empregado possui vantagens como leveza no
carregamento, boa resistência e fácil manejo, além de os blocos poderem ser
serrados, furados, escarificados e pregados.

45. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 103)


Paredes de gesso acartonado têm como inconveniente a impossibilidade de
receberem instalações hidráulicas.

O aparecimento de determinadas patologias nas estruturas de concreto armado,


tais como fissuras, desagregação do material, corrosão de armaduras etc., está
associado a diversas causas, como uso de materiais impróprios, presença de
substâncias indesejadas na massa do concreto, deficiências nas armaduras, entre
outras. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.

46. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


57) Em dias de temperatura ambiente elevada, altas concentrações de cloretos
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podem causar, na concretagem, endurecimento excessivamente rápido do


concreto, o que pode comprometer o acabamento da superfície.

47. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item


58) Para se evitar a fissuração superficial do concreto, recomenda-se adicionar
cal livre ou óxido de magnésio à massa de concreto, de forma a reduzir seu
tempo de endurecimento.

As estruturas de concreto devem ser dimensionadas e executadas de forma a que


se garanta a sua vida útil e funcionalidade. A respeito de patologias e
durabilidade de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.

48. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 51) O óxido de


magnésio, um dos constituintes do cimento, pode ser expansivo quando estiver
na forma de pericálcio e sua expansão pode provocar fissuramentos.

49. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 52) Em caso de


cobrimentos pouco espessos, altos teores de cloreto de cálcio no concreto podem
acelerar o processo de corrosão das armaduras.

50. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 53) Águas com


elevados teores de sulfato de cálcio ou de potássio em contato com elementos de
concreto não provocam danos a tais elementos.

51. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 54) A viga


ilustrada no desenho abaixo apresenta padrão de fissuração típico causado por
flexocompressão.

52. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 55) O desenho a


seguir apresenta a face inferior de uma laje em que o padrão de fissuração
mostrado é devido à flexão por insuficiência de armadura para momentos
positivos.

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No Brasil, é comum o uso do concreto armado e da alvenaria na construção de


edificações. A esse respeito, julgue os itens a seguir.

53. CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 69) Entre os


componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas, estão as alvenarias
confinadas entre viga inferior de apoio e viga superior. Na situação em que a viga
inferior se flexiona mais que a viga superior, normalmente surgem trincas
inclinadas nos cantos inferiores da parede.

As trincas em construções podem ocorrer por diversas razões. Com relação aos
desenhos acima, que ilustram alguns tipos de trincas em construções civis, julgue
os itens subsecutivos.

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54. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010


– Item 78) O padrão de fissuramento apresentado no desenho III pode ter sido
causado por expansão dos tijolos por absorção de umidade.

55. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010


– Item 79) O padrão de trincas apresentado no desenho I pode ter sido causado
por tensões de cisalhamento provocadas por expansão térmica da laje de
cobertura.

56. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010


– Item 80) O padrão de fissuras apresentado no desenho II pode ter sido causado
por recalque da construção advindo da contração do solo por perda de umidade
provocada por vegetação próxima.

57. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 56) A


desagregação da camada de concreto que envolve a armadura pode ser uma
indicação de corrosão da armadura.

58. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 72) A madeira falquejada é obtida de


troncos por corte com machado.

59. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 73) A greta, ou venta, é um defeito da


madeira caracterizado por separação entre anéis anuais, provocada por tensões
internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por ações externas, como
flexão devido ao vento.

60. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 74) Devido às suas precárias


propriedades mecânicas, o ipê-roxo não deve ser utilizado em estruturas de
madeira.

61. (CESPE/Banco da Amazônia/Técnico Científico /Engenharia Civil/2007 –


Item 67) A resistência da madeira não é afetada pela temperatura do ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Libânio M. Pinheiro São


Carlos, maio de 2007.

Técnica das Construções. Edmundo Rodrigues.

O edifício e seu Acabamento. Hélio Alves Azeredo. Prática de Construção Civil

Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Libânio M. Pinheiro São


Carlos, maio de 2007.

Manual de Projetos – SEAP.

SALGADO, Mônica Santos. Apostila para a disciplina Processos Construtivos


III FAU:UFRJ, 2007

A técnica de Edificar – Walid Yazigi.

Materiais de Construção – Eladio G. R. Petrucci.

Trincas em Edifícios – Ercio Thomaz.

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