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ANDREW JUMPER
SÃO PAULO
2016
CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO
ANDREW JUMPER
São Paulo
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................1
1 O PURITANISMO E A ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER ................................2
1.1 O MOVIMENTO PURITANO....................................................................................2
1.2 A ASSEMBLÉIA DE WESTMINSTER E A CONFISSÃO DE FÉ ...........................3
1.3 A CONTROVÉRSIA DA ADORAÇÃO .....................................................................5
2 DO CULTO RELIGIOSO............................................................................................6
3 JEREMIAH BURROUGHS ........................................................................................8
4 GEORGE GILLESPIE ..............................................................................................11
4.1 PURITANISMO ESCOCÊS ......................................................................................11
4.2 GILLESPIE E SUA DISPUTA CONTRA AS CERIMÔNIAS PAPISTAS ..............12
5 JOHN OWEN .............................................................................................................16
CONCLUSÃO................................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................21
"1
INTRODUÇÃO
O termo “puritano” surgiu por volta dos anos de 1560, no início do reinado da
rainha inglesa Elizabete I, como uma palavra satírica e ofensiva para com aqueles que
estavam insatisfeitos com a religião oficial da Inglaterra1, e que, por isso, desejavam
“purificar” a Igreja inglesa 2. Como bem afirma Packer, o puritanismo foi,
essencialmente, “um movimento em prol da reforma eclesiástica, da renovação pastoral
e do evangelismo, bem como em prol do avivamento espiritual”3.
Este movimento preocupado com Deus e com a piedade cristã tem em suas
raízes no movimento iniciado por John Wycliffe, o primeiro tradutor da Bíblia para o
inglês, passou pela entrada das ideias de Lutero na Inglaterra, os esforços de William
Tyndale em levar a Escritura ao povo, as fortes repressões dos monarcas, viagens para
escapar das perseguições e continuou até o final do século XVII4. O alvo dos puritanos
era “completar aquilo que fôra iniciado pela Reforma inglesa: terminar de reformar a
adoração anglicana”5, principalmente em seu culto, teologia e forma de governo6. “Para
1 Cf. PACKER, J. I. Entre os gigantes de Deus. São José dos Campos: Editora Fiel, 1996, p. 17.
2
NOLL, M. A. Puritanismo. In: ELWELL, Walter A. (ed.). Enciclopédia Histórico-Teológica
da Igreja Cristã. Volume 3. São Paulo: Vida Nova, 2009, pp. 208-209.
3 PACKER, J. I. Op cit., p. 25.
4
Cf. Ibid., pp. 24-25.
5 Ibid., p. 25
6
Cf. MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão,
2008, p. 187.
"3
eles, uma igreja mais pura significava uma igreja mais bíblica”7. O principal meio para
se conseguir isso era a pregação da Palavra e o ensino do evangelho.
Ao contrário do que muitos imaginam, os puritanos não eram pessoas de mentes
fechadas, fanáticos religiosos ou extremistas sociais, mas como Packer coloca, eram
“cidadãos de cultura, pessoas de princípio, decididas e disciplinadas, excepcionais nas
virtudes domésticas, e sem grandes defeitos, exceto a tendência de usar muitas palavras
ao dizer qualquer coisa importante, a Deus ou ao homem”8. De acordo com ele, os
puritanos exemplificaram a maturidade9. Tanto que no seu conjunto, as obras dos
puritanos compõem a mais extensa biblioteca de teologia sacra e prática que o
protestantismo possui10.
7 Ibid.
8
PACKER, J. I. Op cit., p. 18.
9 Cf. Ibid.
10
NOLL, M. A. Op cit., p. 211.
"4
11Cf. GONZÁLEZ, Justo L. História Ilustrada do Cristianismo: a era dos reformadores até a
era inconclusa. Volume 2. São Paulo: Vida Nova: 2011, p. 386.
12
Ibid., p. 386. Minha tradução.
"5
A diferença real entre as reformas luterana e calvinista com relação ao culto podem
ser resumidas como segue: Lutero aceitaria o que não fosse especificamente
condenado pelas Escrituras; enquanto Calvino aceitaria somente o que fosse
ordenado por Deus nas Escrituras16.
2 DO CULTO RELIGIOSO
21 Cf. Ibid.
22
Cf. HODGE, A. A. A Confissão de Fé de Westminster Comentada. Recife: Os Puritanos,
2013, p. 374.
23 Cf. A Confissão de Fé de Westminster. Op cit., 21.4.
24
Cf. Ibid., 21.5.
25 Cf. Ibid., 21.6.
26
Ibid.
"8
3 JEREMIAH BURROUGHS
Jeremiah Burroughs (c. 1600-1646) foi um puritano inglês, pastor zeloso e fiel e
escritor prolífico. Quase todos os seus livros são compilações de sermões, uma
característica comum entre os puritanos.
O ministério de Burroughs deu-se em quatro períodos27. Primeiramente, como
assistente de Edmund Calamy, de cerca de 1627 a 1631. Nesse período, os dois se
opuseram fortemente ao “Book of Sports”, que regulamentava a prática da dança, do
arco e flecha, o esporte de saltos e outros jogos como recreações legítimas no dia do
Senhor28. Num segundo momento, foi reitor da igreja de Tivetshall, Norfolk, de 1631 a
1636, quando foi expulso e despojado, por recusar-se a ler o “Book of Sports” durante
os serviços litúrgicos. Viveu um período na Holanda, de 1638 a 1640. E, por fim, de
1640 até sua morte em 1646, viveu em Londres, onde conquistou reconhecimento como
pregador e líder puritano. Pastoreou duas das maiores congregações de Londres:
Stepney e St. Giles, Cripplegate. Sua fama era tão grande, que alguns o chamavam de “a
estrela da manhã de Stepney”29.
Como membro da Assembleia de Westminster, acompanhou o grupo dos
independentes. Burroughs tornou-se um exemplo de moderação, tanto que Richard
Baxter escreveu: “Se todos os episcopais fossem como o arcebispo Ussher, todos os
presbiterianos como Stephen Marshall e todos os independentes como Jeremiah
Burroughs, as rupturas da Igreja logo seriam sanadas”30.
A obra em que Jeremiah Burroughs apresenta mais detalhadamente seu
pensamento a respeito do culto é “Gospel Worship”. Trata-se de uma série de sermões
no texto de Levítico 10.331, que narra a conversa de Moisés com Arão, após Nadabe e
27
Cf. BEEKE, Joel; PEDERSON, Randall J. Paixão pela pureza. São Paulo: PES –
Publicações Evangélicas Selecionadas, 2010, p. 189.
28 Cf. Ibid.
29
Ibid., p. 190.
30 Ibid.
31
“E falou Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor disse: Mostrarei a minha santidade naqueles
que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo”. Cf. Bíblia Sagrada. Traduzida
em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2008, Levítico 10.3.
"9
Abiú terem sido consumidos por Des por terem oferecido fogo estranho ao Senhor.
Muitos outros puritanos fizeram uso deste texto para tratar o tema da culto e da
adoração a Deus.
Burroughs inicia destacando a importância de se entender a santidade de Deus
para uma correta adoração. Ele elencou três pontos principais no versículo32.
Primeiramente, que na adoração, há uma aproximação de Deus. Em segundo lugar,
quando nos aproximamos de Deus, deve ser para santificar o seu nome. Em terceiro, se
não santificarmos o nome de Deus quando nos aproximamos dele, então Deus
santificará o seu próprio nome sobre nós. Ele coloca como atos específicos de adoração
a recepção da Palavra na pregação, a oração e os sacramentos 33.
Demonstrou forte oposição ao modelo que vigorava na Igreja da Inglaterra:
Ele insistiu que, quando algo é elevado a um fim religioso para ser usado na
adoração, ao contrário de sua própria natureza, esse uso torna-se supersticioso. Ele dá
como exemplo o uso da sobrepeliz pelos bispos, dizendo que é uma instituição humana
não prescrita por Deus e, portanto, superstição35 . Adorar a Deus de acordo com
mandamento de homens é coisa vã36. Deus insiste até mesmo nas coisas pequenas,
mesmo que os homens pensem não fazer diferença entre fazer o que foi prescrito ou
alterar um pouco a determinação37.
Quanto mais nos atemos à instituição de Cristo, e não misturamos nada que venha
de nós mesmos, mais glória, beleza, e excelência aparecerão nas ordenanças de
Jesus Cristo. Mas quando alguém mistura alguma de suas próprias invenções,
embora o faça com boas intenções, e pense estar acrescentando maior brilho ao
sacramento, a verdade é que aquilo que ele pensa ser maior brilho, reverência ou
honra, na verdade tira o brilho e a glória do sacramento. As instituições de Cristo
são gloriosas quando não existe nenhuma mistura que lhes tenha sido
acrescentada41.
Ele tratou do assunto da adoração como algo que deve ser feito com muita
preparação, entendimento, sinceridade, humildade, piedade e temor. Não é aceitável
apenas entender corretamente, mas é preciso pôr em prático tudo aquilo que se crê. As
disposições interiores precisam corresponder às expressões exteriores, senão não passa
de falsidade de coração42.
38
Ibid., p. 191.
39 Ibid., p. 375.
40
Ibid., p. 330.
41 Ibid., p. 332.
42
Ibid., p. 370.
"11
4 GEORGE GILLESPIE
43
Ian Murray, In: BEEKE, Joel; PEDERSON, Randall. Op cit., p. 768.
44CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3 ed.
São Paulo: Vida Nova, 2008, p. 308.
45
Cf. Ibid., p. 308.
46 BEEKE, Joel; PEDERSON, Randall. Op cit., p. 769.
47
Ibid., p. 769.
"12
48
Ibid.
49 Cf. BEEKE; PEDERSON. Op cit., p. 826.
50
Cf. Ibid.
51 Cf. Ibid., p. 827.
52
Cf. Ibid., pp. 827-828.
"13
Ele havia estudado tão acuradamente todos os pontos que ainda seriam trazidos à
nossa assembleia, e seu método de debate público era tão pronto, tão seguro e tão
sólido, que, apesar de haver na diversificada assembleia homens verdadeiramente
excelentes, em meu pobre juízo, não há ninguém que fale mais racionalmente e que
vá ao ponto com mais precisão do que esse bravo jovem tem feito53 .
A Igreja da Escócia foi abençoada com uma reforma mais gloriosa e perfeita do
que qualquer uma das igrejas dos nossos vizinhos. […] Mas, agora, ai! Mesmo essa
igreja, a qual foi outrora uma bênção na terra, está profundamente corrompida, e se
desviou rapidamente do caminho (Ex 32.8). Tanto que essa é a contenda do Senhor
contra a Escócia: Eu mesmo te plantei como vide excelente, de semente mais pura;
como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava? (Jr
2.21)58.
53 Ibid., p. 828.
54
Cf. Ibid., p. 829.
55 Cf. Ibid., p. 830.
56
Ibid., p. 831.
Roy Middleton, In: GILLESPIE, George. A Dispute Against the English Popish Ceremonies.
57
Ele afirma que este era um dia temido, em que as doutrinas papistas, que nunca
foram completamente expurgadas da Inglaterra e Irlanda estavam sendo aderidas em seu
país. De fato, ele trata com muito temor no coração, afirmando que se tratava de uma
ocasião de lastimável apostasia, a mutação que estava acontecendo com a noiva de
Cristo naqueles domínios59. Os elementos que o preocupavam e que colocavam a causa
da reforma escocesa em perigo eram, por exemplo, as cerimônias de ajoelhar-se no ato
do recebimento da Ceia do Senhor, o sinal da cruz no Batismo, o sistema de governo
episcopal, o uso de sobrepeliz, a celebração de dias sagrados, entre outras coisas que
carregavam o nome de indiferentes, mas não passavam de espetáculos vãos e sombras
que escondiam e obscureciam a substância da religião, sufocando e suprimindo a
verdadeira piedade60.
Gillespie foi muito claro ao tratar que aquilo que fazia parte da adoração a Deus
no culto público precisava ser prescrito nas Escrituras Sagradas61. Apenas as
circunstâncias, que não carregam nada de sagrado nelas, sendo de infinitas
possibilidades e não sendo prescritas na Bíblia62, podiam ser determinadas de acordo
com o bom senso dos homens63. Assim como era feito nas sinagogas, o horário para o
servição público divino, o tempo de duração, a ordem dos elementos e o tempo da
exposição da Lei, cânticos, orações, catequização, excomunhão, censuras, absolvição,
etc., os cristãos também podiam ordenar essas coisas, e essas apenas, como entenderem
mais apropriado, desde que proporcionasse mais edificação aos comungantes64.
A grande questão que ele procurou defender em sua obra foi que os homens não
têm o poder de sobrecarregar outros com ordenanças que não foram prescritas65.
“Concernente a adoração a Deus, eles precisam ter suas consciências livres de qualquer
jugo de tradições humanas, desde que esse é o domínio somente de Deus de prescrever
59
Ibid., pp. 5-6.
60 Ibid., p. 6.
61
Ibid., pp. 16, 265.
62 Ibid., p. 265.
63
Ibid., p. 16.
64 Cf. Ibid., pp. 267-268.
65
Ibid., p. 16.
"15
assuntos pertencente à religião”66. Ele questionou se algum sínodo ou igreja deveria ter
mais autoridade do que o sínodo dos apóstolos 67.
Um dos argumentos que ele refutou, foi o de que apenas os judeus não poderiam
modificar nada com relação ao culto, mas que os cristãos, sob a dispensação de Cristo
agora podem:
A igreja cristã não tem mais liberdade para adicionar aos mandamentos de Deus do
que a igreja dos judeus tinha; porque o segundo mandamento é moral e perpétuo, e
proíbe a nós assim como a eles as adições e invenções dos homens na adoração a
Deus68 .
66
Ibid., p. 41. Minha tradução.
67 Ibid., p. 44.
68
Ibid., p. 266. Minha tradução.
"16
5 JOHN OWEN
A invenção arbitrária de qualquer coisa, com ordens para o seu uso necessário e
indispensável no culto público a Deus, como parte da adoração, e o uso de qualquer
coisa inventada ou ordenada nessa adoração, são ilegítimos, e contrários à regra da
Palavra. […] Todo o dever, então, da igreja, concernente ao culto a Deus, parece
repousar na precisa observância do que é apontado e ordenado por Ele80 .
75
Ibid., p. 63.
76 Ibid., p. 57. Minha tradução.
77
Ibid.
78 Ibid., p. 72.
79
Ibid., p. 74.
80OWEN, John. The Works of John Owen - volume XV (Edited by the Rev. William H. Goold).
Edimburgh: T. & T. Clark, 1862, pp. 33, 42. Minha tradução.
81
Ibid., p. 33.
"18
liturgias impostas, que continham homilias e orações escritas, e que deviam ser lidas
todas exatamente como estavam escritas, sob a pena de sanções a quem não o
fizesse82.“É somente sobre a imposição, e necessidade da sua observância pela virtude
da imposição, que nós discutimos”83. Ele entendia que a imposição e uso de tais
liturgias ou formas de palavras públicas são contrárias à regra da Palavra de Deus,
portanto pecaminosas 84. Entendia que a oração com ações de graças, o canto dos
salmos, a pregação da Palavra, a administração dos Sacramentos do Batismo e da Ceia
do Senhor e a disciplina eclesiástica eram as principais instituições a serem observadas
no culto a Deus85.
Para fundamentar o que pensava, Owen citava, assim como outros puritanos,
textos como: Ex 20.4,5; Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6; Jr 7.31; Mt 15.9, 13; Mc 7.7,8; Ap
22.18, os quais deixam claro que Deus não se agrada que sua Palavra seja alterada ou
interpretada como o homem bem desejar. Por isso, “todo o dever, então, da igreja,
concernente ao culto a Deus, parece repousar na precisa observância do que é apontado
e ordenado por Ele”86.
82
Ibid.
83 Ibid., p. 34. Minha tradução
84
Ibid., p. 33.
85 Cf. Ibid., p. 477.
86
Ibid., p. 42. Minha tradução.
"19
CONCLUSÃO
eliminação da confusão e a fim de enfocar o essencial. A regra para o culto era a glória
de Deus e a edificação do povo. De forma coerente, os pregadores fizeram dos sermões
públicos o principal meio para instruir o povo quanto a essas questões.
Apesar de se tratar de um período conturbado, e de não haver plena unanimidade
entre os puritanos em todos os assuntos, tendo-se analisado, de forma panorâmica, o
contexto religioso dos séculos XVI e XVII na Ilha Britânica, e três renomados autores
do puritanismo britânico, é possível perceber que a Confissão de Fé de Westminster
demonstra um consenso reformado quando a doutrina do culto religioso.
"21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEEKE, Joel; PEDERSON, Randall J. Paixão pela pureza. São Paulo: PES –
CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3
ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
DAVIES, Horton. The Worship of the English Puritans. 2nd ed. Morgan, PA: Soli Deo
Gloria Publications, 2003.
GILLESPIE, George. A Dispute Against the English Popish Ceremonies. Dallas, TX:
Naphtali Press, 2013.
HULSE, Erroll. Quem foram os puritanos? e o que eles ensinaram? São Paulo: PES,
2004.
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo
Cristão, 2008.
OWEN, John. The Works of John Owen - volume IX (Edited by the Rev. William H.
Goold). New York, NY: Robert Carter & Brothers, 1851.
__________. The Works of John Owen - volume XV (Edited by the Rev. William H.
Goold). Edimburgh: T. & T. Clark, 1862.
PACKER, J. I. Entre os gigantes de Deus. São José dos Campos: Editora Fiel, 1996.
RYKEN, Leland. Santos no Mundo: os puritanos como realmente eram. São José dos
Campos: Editora Fiel, 2013.