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Doenças transmitidas por Carne de Baleias

A brucelose está presente na lista de enfermidades 2011 da Organização Mundial para Saúde
Animal - OIE (OIE, 2011). Ela é classificada como doença transmissível considerada de
importância socioeconômica e/ou para a saúde pública e com consequências no comércio
internacional de animais e seus produtos.

"As baleias podem ter uma série de doenças que podem


ser transmitidas aos humanos - como brucelose, que afeta o
sistema respiratório", disse à BBC Mundo Nicholas Higgs, vice-
diretor do Instituto Marinho da Universidade de Plymouth, no
Reino Unido.

As linhagens de Brucella dos mamíferos marinhos foram isoladas e caracterizadas em 1994,


tanto fenotipicamente como por meio de diferentes métodos de tipagem molecular. Isso levou
à classificação das cepas de Brucella dos mamíferos marinhos em duas espécies, que são as B.
ceti e B. pinnipedialis. Essas espécies são definidas por padrões de metabolismo oxidativo e
pela exigência de CO2 para o crescimento, e uma série de subgrupos definida por métodos
complementares de análise molecular (MAQUART et al., 2009). A Brucella isolada de
mamíferos marinhos também é patogênica para os humanos (MATHIAS, 2008).

A espécie Brucella ceti já foi isolada em soro sanguíneo de cetáceos das famílias Phocoenidae
(e.g. boto), Delphinidae (e.g. golfinhos, orcas), Monodontidae (e.g. belugas), Balaenidae (e.g.
baleia franca) e Balaenopteridae (e.g. baleia azul) através da reação em cadeia de polimerase
(do Inglês Polymerase Chain Reaction, PCR), nas quais onze espécies já foram identificadas
como infetadas. A maioria destes isolados de Brucella spp. foram obtidos de cetáceos arrojados
em praias do Oceano Atlântico junto ao continente Europeu e Americano, bem como do
Oceano Pacífico (Nielsen et al., 2001; Foster et al., 2002; Hernández-Mora et al., 2008;
Neimanis et al., 2008; Guzmán-Verri et al., 2012).

A brucelose nos humanos geralmente é confundida com gripe recorrente, sendo observadas
fadiga, cefaléia, dores musculares e sudorese. Algumas das complicações mais frequentes são
tromboflebite, espondilite e artrite periférica. O quadro agudo pode evoluir para toxemia,
trombocitopenia, endocardite e outras complicações, podendo levar à morte (BRASIL, 2006).

Ações e medidas de vigilância sanitária para reprimir a atividade clandestina de abate de


animais para consumo humano devem ser postas em execução, como objetivo de prevenir o
risco potencial de infecção brucélica zoonótica (FREITAS et al., 2001). A inspeção sanitária dos
produtos de origem animal é uma medida de controle importante (BRASIL, 2010b), visto que,
de acordo com o artigo 163 do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal – RIISPOA, Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, devem ser condenadas
as carcaças bovinas com lesões extensas de brucelose e nos casos de lesões localizadas,
encaminham-se as carcaças à esterilização pelo calor depois de removidas e condenadas as
partes atingidas. Ainda conforme este normativo, dá-se o mesmo destino para carcaças de
outras espécies animais acometidas por brucelose (BRASIL, 1952).

A educação em saúde, baseada na comunicação do risco, é fator chave para o controle das
zoonoses.

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