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INTRODUÇÃO

A oxidação de combustíveis metabólicos é essencial para a vida. Em organismos


superiores, os combustíveis como os carboidratos e os lipídios são metabolizados para
dióxido de carbono e água, gerando a “moeda” metabólica central, trifosfato de
adenosina (ATP). A maior parte da energia metabólica é suprida por reações de
oxidação-redução (redox) na mitocôndria.(LEHNINGER

Localizado na mitocôndria, o ciclo do ácido tricarboxílico (TCA), também conhecido


como ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico, é uma via comum do metabolismo para
todos os combustíveis. Ele retira oxidativamente elétrons de gorduras, dos carboidratos
e proteínas, produzindo a maioria das coenzimas reduzidas que são utilizadas para gerar
o trifosfato de adenosina (ATP) na cadeia transportadora de elétrons. Embora o ciclo do
TCA não utilize oxigénio em nenhuma das reações, ele necessita do metabolismo
oxidativo na mitocôndria para a reoxidação das coenzimas reduzidas. O ciclo do TCA
possui duas funções principais: produção de energia e biossíntese. (BAYNE

A fosforilação oxidativa é a culminação do metabolismo produtor de energia em


organismos aeróbios. Todos os passos oxidativos na degradação de carboidratos,
gorduras e aminoácidos convergem para esse estágio final da respiração celular, onde a
energia da oxidação governa a síntese de ATP. A fotofosforilação é a maneira pela qual
os organismos fotossintéticos capturam a energia do sol – a fonte, em última análise, da
energia na biosfera – e a utilizam para produzir ATP. Juntas, a fosforilação oxidativa e a
fotofosforilação são responsáveis pela maior parte do ATP sintetizado na maioria dos
organismos, na maior parte do tempo. Em eucariotos, a fosforilação oxidativa ocorre
nas mitocôndrias.(LEHNINGER, 6a ed. Pg.731).
PRODUÇÃO DE ENERGIA E OUTROS PERCURSORES

Segundo LEHNINGER, a Bioenergética é o estudo quantitativo das transduções


energéticas que ocorrem em células vivas – mudança de uma forma de energia a outra –
bem como da natureza e da função dos processos químicos envolvidos nessas
transduções.

Em muitos organismos, o processo central de conservação de energia é a oxidação


gradual da glicose em CO2, de forma que parte da energia de oxidação é conservada no
ATP à medida que os electrões passam para o O2.

Os processos físicos e químicos realizados pelas células vivas envolvem a extracção, a


canalização e o consumo de energia. Os mamíferos empregam energia química extraída
das moléculas de nutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos não-esteróides) para
realizar suas funções. Os processos químicos celulares são organizados em forma de
uma rede de reacções enzimáticas interligadas, nas quais, as biomoléculas são
quebradas e sintetizadas com a geração e gasto de energia, respectivamente. Estão
relacionadas com:

 A energia liberada nos processos de quebra de moléculas nutrientes orgânicos é


conservada na forma de ATP (trifosfato de adenosina) e NADPH (nicotinamida
adenina dinucleotídeo fosfato).
 Biossíntese de macromoléculas a partir de precursores mais simples (unidades
monoméricas). Ácidos nucléicos, proteínas, lipídeos e polissacarídeos são
sintetizados a partir de nucleotídios, aminoácidos, ácidos graxos e
monossacarídios, respectivamente.

VIAS METABÓLICAS

Conforme os princípios termodinâmicos, o metabolismo é dividido em duas partes:

1. Anabolismo. São os processos biossintéticos a partir de moléculas precursoras


simples e pequenas. As vias anabólicas são processos endogénicos e redutivos
que necessitam de fornecimento de energia.
2. Catabolismo. São os processos de degradação das moléculas orgânicas
nutrientes e dos constituintes celulares que são convertidos em produtos mais
simples com a liberação de energia. As vias catabólicas são processos
exergônicos e oxidativos.

Relação entre Catabolismo e anabolismo. Fonte: MOTTA, 2005, pg.105

O catabolismo ocorre em três estágios:

1. Primeiro estágio: as moléculas nutrientes complexas (proteínas, carboidratos


e lipídeos não-esteróides) são quebradas em unidades menores: aminoácidos,
monossacarídeos e ácidos graxos mais glicerol, respectivamente.
2. Segundo estágio: os produtos do primeiro estágio são transformados em
unidades simples como a acetil-CoA (acetil coenzima A) que exerce papel
central no metabolismo.
3. Terceiro estágio: a acetil-CoA é oxidada no ciclo do ácido cítrico a CO2
enquanto as coenzimas NAD+ e FAD são reduzidas por quatro pares de
electrões para formar três NADH e um FADH2. As coenzimas reduzidas
transferem seus electrões para o O2 através da cadeia mitocondrial
transportadora de electrões, produzindo H2O e ATP em um processo
denominado fosforilação oxidativa.
Visão geral do Catabolismo. Fonte: MOTTA, 2005, pg. 107

CICLO DE ÁCIDOS TRICARBOXÍLICOS

O ciclo do ácido cítrico também chamado de ciclo de Krebs ou


ciclo dos ácidos tricarboxílicos) é uma série de oito reacções sucessivas que
oxidam completamente substratos orgânicos, como carboidratos, ácidos
graxos e aminoácidos para formar CO2, H2O e coenzimas reduzidas NADH e FADH2.
(MOTTA, pg.191, 2005).

Oxidação do Piruvato a acetil˗CoA e C2O.

O Piruvato presente na matriz mitocondrial é convertido em CO2 e um fragmento de


dois carbonos, a acetil˗CoA em reacção de descarboxilação oxidativa.

A reacção é catalisada pelo complexo da piruvato-desidrogenase constituído por três


enzimas distintas: a piruvato-desidrogenase (E1), a diidrolipoil-transacetilase (E2) e a
diidrolipoi-desidrogenase (E3) associadas de modo não-covalente e cinco diferentes
coenzimas. O complexo está localizado exclusivamente na mitocôndria das células
eucarióticas.

Fig1. Reacção da oxidação do Piruvato a acetil˗CoA. Fonte: MOTTA, pg. 193, 2005.

A combinação de desidrogenarão e descarboxilação do Piruvato ao grupo acetil da


acetil˗CoA requer a acção sequencial de três enzimas diferentes e cinco coenzimas
diferentes ou grupos prostéticos – pirofosfato de tiamina (TPP, de thiamine
pyrophosphate), dinucleotídeo de flavina-adenina (FAD, de flavin adenine
dinucleotide), coenzima A (CoA, algumas vezes denominada CoA-SH, para enfatizar a
função do grupo ¬SH), dinucleotídeo de nicotinamida-adenina (NAD, de
nicotinamide adenine dinucleotide) e lipoato. (LENIHNGER, 6a ed. pg.635)

Reacções do ciclo do ácido cítrico

A oxidação de acetil˗CoA é realizada pelo ciclo do ácido cítrico em oito reacções


sucessivas onde entra o grupo acetila (dois carbonos) e saem duas moléculas de CO2.
Reacções do ciclo de Krebs. Fonte: LENHNGER, 6a ed.

O ciclo do ácido cítrico tem oito etapas:

1. Formação do citrato: primeira reacção do ciclo é a condensação de acetil-CoA e


oxaloacetato para a formação do citrato e CoA livre, em reacção irreversível
catalisada pela citrato-sintase.
2. Formação de isocitrato via cis-aconitato. A enzima aconitase (mais
formalmente, aconitato-hidratase) catalisa a transformação reversível do citrato
a isocitrato, pela formação intermediária do ácido tricarboxílicos cis-aconitato,
o qual normalmente não se dissocia do sítio activo.

3. Descarboxilação oxidativa do isocitrato para formar α-cetoglutarato, o primeiro


NADH e CO2.

4. Oxidação e descarboxilação do α-cetoglutarato para formar succinil-CoA, o


segundo NADH e CO2.

Oxidação e Descarboxilação do a-cetoglutarato. Fonte: LEHNINGER, 6ª ed. Pg. 640

5. Clivagem da succinil-CoA com formação de GTP. A succinil-CoA-sintetase


(succinato-tiocinase) hidrolisa a ligação tioéster de “alta energia” da succinil-
CoA para formar succinato.
6. Oxidação do succinato para formar fumarato e FADH2. O succinato é
oxidado a fumarato pela succinato-desidrogenase. Essa enzima necessita de
flavina adenina dinucleotídeo (FAD) ligada covalentemente.

Formação do fumarato a partir do succinato. Fonte: MOTTA, 2005, pg. 194


7. Hidratação da liga dupla do fumarato para formar malato e o terceiro NADH.

Formação do malato. Fonte: MOTTA, 2005, pg. 193

8. Oxidação do malato a oxaloacetato. A reação final do ciclo é catalisada pela


malato-desidrogenase com a formação de oxaloacetato e NADH.

Oxidação do malato a oxaloacetato. Fonte: LEHNINGER, 6ª ed. pg. 643

REGULAÇÃO DO CICLO DE ÁCIDOS TRICARBOXÍLICOS

A velocidade global do ciclo do ácido cítrico é controlada ela taxa de conversão do


piruvato a acetil-CoA e pelo fluxo pelas enzimas citrato-sintase, isocitrato
desidrogenase e a-cetoglutarato-desidrogenase. Esses fluxos são determinados pelas
concentrações dos substratos e dos produtos: os produtos finais ATP e NADH são
inibidores, e os substratos NAD1 e ADP são estimuladores.
A produção de acetil-CoA para o ciclo do ácido cítrico pelo complexo da PDH é inibida
alostericamente pelos metabólitos que sinalizam a suficiência de energia metabólica
(ATP, acetil-CoA, NADH e ácidos graxos), sendo estimulada pelos metabólitos que
indicam um suprimento de energia reduzido (AMP, NAD1, CoA).
Os complexos formados por enzimas em sequência em uma via possibilitam a
canalização do substrato entre essas enzimas.

Regulação do ciclo de Krebs. Fonte: LEHNINGER, 6ª ed. Pg. 650


FOSFORILACAO OXIDATIVA

A fosforilação oxidativa é o processo no qual a energia gerada pela cadeia mitocondrial


transportadora de electrões (CMTE) é conservada na forma de ATP. O processo é
responsável pela maioria do ATP sintetizado em organismos aeróbicos. O fluxo de
electrões pela CMTE, desde o par NADH/NAD+ até o par O2/H2O, libera energia livre
que é acoplada ao transporte de protões por meio de uma membrana impermeável ao
próton, e é conservada como um potencial electroquímico de membrana. O fluxo
transembrana de protões fornece energia livre para a síntese de ATP por meio da ATP
sintase a partir de ADP e Pi.

ADP + Pi + H+ ATP + H2O.

Síntese de ATP

O acoplamento entre o transporte de elétrons e a síntese de ATP é obtido pelo gradiente


eletroquímico. A síntese do ATP na mitocôndria é catalisada pelo complexo ATP
sintase (ATP-sintase bombeadora de prótons, FoF1 ATP-sintase, complexo V)
encontrada na membrana mitocondrial interna. É uma enzima multiprotéica composta
por duas subunidades distintas: o F1 e o Fo. O componente F1 (fator de acoplamento I)
é uma proteína periférica de membrana solúvel em água e formada por cinco diferentes
subunidades polipeptídicas na proporção (α3, β3, γ, δ e ε). O componente Fo é um
complexo proteico integral de membrana com oito diferentes tipos de subunidades e é
insolúvel em água.

A formação e a liberação de ATP ocorre em três etapas:

1. Uma molécula de ADP e uma molécula de Pi ligam-se ao sítio O (aberto).


2. A passagem de prótons para o interior através da membrana mitocondrial interna
causa mudanças na conformação dos sítios catalíticos. A conformação aberta
(O) – contendo ADP e Pi recentemente ligado – torna-se um sítio frouxo (L). O
sítio frouxo, já preenchido com ADP e Pi, torna-se um sítio firme (T). O sítio T
contendo ATP converte-se em sítio O (aberto).
3. O ATP é liberado do sítio aberto; o ADP e Pi, condensan-se para formar ATP no
sítio firme (T).

Espécies reactivas de oxigénio são geradas durante a fosforilação oxidativa


Diversas etapas na via de redução do oxigénio em mitocôndria têm o potencial de
produzir radicais livres altamente reactivos, que podem danificar as células. A passagem
de elétrons de QH2 ao complexo III e a passagem de elétrons dos complexos I e II ao
QH2 envolvem o radical •Q2 como intermediário. O •Q2 pode, com baixa
probabilidade, passar um electrão ao O2 na reacção.

O radical livre superóxido assim gerado é altamente reativo; sua formação também leva
à produção do radical livre hidroxila, •OH, ainda mais reativo

A formação de ERO é favorecida quando duas condições são satisfeitas: (a) as


mitocôndrias não estão produzindo ATP (por falta de ADP ou de O2) e, portanto, têm
grande força próton-motriz e elevada razão QH2/Q e (b) e há uma alta razão
NADH/NAD1 na matriz. Nessas situações, a mitocôndria está sob estresse oxidativo –
há mais elétrons disponíveis para entrar na cadeia respiratória do que aquele número
que pode imediatamente atravessar até o oxigênio. Para impedir o dano oxidativo
induzido pelo •O2˗, as células têm diversas formas da enzima superóxido-dismutase,
que catalisa a reação:

O peróxido de hidrogénio (H2O2) assim gerado torna-se inofensivo pela acção da


glutationa-peroxidase. A glutationa redutase recicla a glutationa oxidada em sua forma
reduzida, usando elétrons do NADPH gerado pela nicotinamida nucleotídeo-
transidrogenase (na mitocôndria) ou pela via das pentoses-fosfato (no citosol; ver Figura
14-21). A glutationa reduzida também serve para manter os grupos sulfidril das
proteínas em seu estado reduzido, impedindo alguns dos efeitos deletérios do estresse
oxidativo. A nicotinamida-nucleotídeo-transidrogenase é crucial nesse processo: ela
produz o NADPH, essencial para a actividade da glutationa-redutase.

Regulação da fosforilação oxidativa

A velocidade do transporte de elétrons e da fosforilação oxidativa são controlados


estritamente pelas necessidades energéticas da célula. O controle pelo ADP é ilustrado
pelo fato que a mitocôndria só oxida o NADH e o FADH2 quando houver
disponibilidade de ADP e Pi como substratos para a fosforilação Os elétrons não fluem
pela CMTE até o oxigênio, a menos que o ADP seja simultaneamente fosforilado a
ATP. A velocidade da fosforilação oxidativa é limitada pelo quociente de ação das
massas [ATP]/[ADP][Pi]. Ou seja, a ATPsintase é inibida em altas concentrações de
ATP e activada quando as concentrações de ADP e Pi estão elevadas. A ATP-sintase é
inibida por altas concentrações de ATP e activada por teores de ADP e Pi elevados. As
quantidades relativas de ATP e ADP intramitocondrial são controladas por duas
proteínas transportadoras presentes na membrana interna: o translocador de ADP-ATP e
o carregador de fosfato. O translocador de ADP-ATP é uma proteína dimérica
responsável pela troca 1:1 do ATP intramitocondrial pelo ADP citoplasmático. Como o
ATP possui uma carga negativa a mais que o ADP, o transporte do ATP para o exterior
e do ADP para o interior da mitocôndria são favorecidas. O transporte de H2PO4- junto
com um próton é mediada pela fosfato-translocase, também conhecida como H2PO4-
/H+ simporte (movem solutos através da membrana na mesma direcção). O transporte
de 4 prótons para o interior é necessário para a síntese de cada molécula de ATP; 3 para
dirigir o rotor ATP-sintase e 1 para dirigir o transporte do fosfato para o interior.
CONCLUSÃO

Os organismos aeróbicos empregam o oxigênio para gerar energia a partir de


combustíveis metabólicos por vias bioquímicas: ciclo do ácido cítrico, cadeia
mitocondrial transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa. O ciclo do ácido cítrico
é uma série de oito reações sucessivas que oxidam completamente substratos orgânicos,
como carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos para formar CO2, H2O e coenzimas
reduzidas NADH e FADH2. O piruvato, o produto da via glicolítica, é convertido a
acetil−CoA, o substrato para o ciclo do ácido cítrico. Os grupos acetila entram no ciclo
do ácido cítrico como acetil−CoA produzidos a partir do piruvato por meio do
complexo multienzimático da piruvato−desidrogenase que contêm três enzimas e cinco
coenzimas.

A maioria das reações que captam ou liberam energia são reações de oxidação-redução.
Nessas reações, os elétrons são transferidos entre o doador de elétrons (agente redutor) e
o aceptor de elétrons (agente oxidante). Em algumas reações, somente os elétrons são
transferidos; em outras, tanto os elétrons como os prótons são transferidos. A tendência
de um par redox conjungado em perder um elétron é chamado potencial redox. Os
elétrons fluem espontaneamente do par redox eletronegativo para o mais positivo. Nas
reações redox favoráveis o ∆E°′ é positivo e ∆G°′ é negativo. O oxigênio é empregado
pelos organismos aeróbicos como aceptor terminal de elétrons na geração de energia.
Várias propriedades físicas e químicas o tornam capaz desse papel. Além de sua
disponibilidade, o oxigênio difunde facilmente através das membranas celulares e
facilmente aceita elétrons. As moléculas de NADH e FADH2 produzidas na glicólise,
β-oxidação dos ácidos graxos, oxidação de alguns aminoácidos e ciclo do ácido cítrico
geram energia na cadeia mitocondrial transportadora de elétrons.

A fosforilação oxidativa é o mecanismo no qual o transporte de elétrons está acoplado


para a síntese de ATP. De acordo com a teoria quimiosmótica, a criação de um
gradiente de prótons que acompanha o transporte de elétrons está acoplado a síntese de
ATP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. COX, Michael & NELSON, David, Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6a


ed. Brasil, Guanabara Koogan, 2013.
2. MOTTA, Valter, Bioquímica Básica, s/ed, s/v, Ganabara Koogan, Brasil, 2005.
3. BAYNE, John, Bioquimica medica, 3ª ed. Guanabara Koogan, 2005.
4. PAMELA, Champe, bioquímica ilustrada, 3ª ed. Guanabara Koogan, 2006.

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