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CAPITULO VI - Defesas maníacas

INTOLERÁVEIS as repetidas experiências de depressão e mesmo desespero, com as quais


a criança se defronta quando sente que arruinou completa e irremediavelmente sua mãe e o
seio; contra esse estado, o ego usa todas as defesas ao seu dispor. Estas defesas são de duas
categorias: a reparação e as defesas maníacas. Quando a criancinha pode lidar com as
angústias depressivas, mobilizando desejos reparadores, essas angústias conduzem a
ulterior crescimento do ego.
Não quer isto dizer que o aparecimento de defesas maníacas constitua em si mesmo um
fenômeno patológico; são defesas que têm papel importante e positivo a desempenhar no
desenvolvimento. A resolução da depressão por meio de reparação é um processo lento;
longo tempo é necessário ao ego a fim de adquirir força suficiente para sentir confiança em
suas capacidades reparadoras. A dor, muitas vêzes, só pode ser vencida por defesas
maníacas, que protegem o ego de desespêro total; quando a dor e a ameaça diminuem,
podem as defesas maníacas ceder gradualmente lugar a reparação. Quando, entretanto, as
defesas maníacas são excessivamente fortes, estabelecem-se círculos viciosos e formam-se
pontos de fixação, que interferem com o desenvolvimento futuro.
A organização das defesas maníacas, na posição depressiva, inclui mecanismos já em
evidência na posição esquizo-paranóide: cisão, idealização, identificação projetiva,
negação, etc. O
(25) Discutir-se-á no próximo capitulo se se deve considerar a reparação um mecanismo de
defesa. -
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que distingue o uso posterior destas defesas é que, já então, são altamente organizadas, de
acôrdo com o estado de maior integração do ego, e se dirigem especificamente contra a
experiência de angústia depressiva e culpa. Esta experiência de pende do fato de que o ego
alcançou uma nova relação com a realidade. A criança descobre a sua dependência da mãe e
o seu senso de prezá-la, e, juntamente com essa dependência, des cobre a sua ambivalência
e experimenta intensos sentimentos de mêdo de perda, luto, anseio doloroso [ e culpa, na
relação com seu objeto, externo e interno.
Ê contra tôda esta experiência que se dirige a organização da defesa maníaca. Já que a
posição depressiva se liga à expe riência de depender do objeto, as defesas maníacas se
dirigem contra quaisquer sentimentos de dependência, os quais são então obviados,
negados, ou invertidos. Já que as àngústias de pressivas se ligam à ambivalência, a criança
se defende contra esta por uma renovação da cisão do objeto e do ego. E já que a
experiência depressiva se liga à percepção de um mundo interno, contendo um objeto
interno altamente prezado, que pode ser danificado pelos próprios impulsos, as defesas
manfa cas serão usadas contra qualquer experiência de ter um mundo interno ou de nêle
conter quaisquer objetos prezados, e contra qualquer aspecto da relação entre o self e o
objeto, que ameace conter dependência, ambivalência e culpa.
As defesas maníacas são, tècnicamente, de extrema impor tância, visto que se dirigem
primàriamente contra a expe riência da realidade psíquica, isto é, Contra todo o alvo do
processo analítico, na medida em que êsse alvo é trazer insight e plena experiência da
realidade psíquica. A negação da reali dade psíquica pode-se manter pelo redespertar e pelo
refôrço da onipotência, sobretudo do contrôle onipotente do objeto.
A relação maníaca com os objetos se caracteriza pela tríade de sentimentos — contrôle,
triunfo, desprêzo. Éstes sentimentos se relacionam diretamente com os sentimentos
depressivos de depender do objeto e de prezá-lo, mêdo de perda e culpa, e são defensivos
contra êles. O contrôle éj _mo sjejieg a dependência e de não a rec r entanto de comp o
objeto a preencher uma necessidade de depend uma vez que um objeto inteiramente
controlado é, afé ponto, um objeto com o qual se pode contar. O triunfo é uma nega ção dos
sentimentos depressivos de prezar e de se importar;
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liga-se à onipotência e tem dois importantes aspectos. O pri meiro se liga ao ataque
primário feito ao objeto, na posição depressiva, e ao triunfo experimentado em derrotar êsse
objeto, especi’almente quando o ataque foi fortemente determinado por inveja.
Secundàriamente, o sentimento de triunfo é aumentado como parte das defesas maníacas,
porque mantém afastados aquêles sentimentos depressivos que, caso contrário, surgiriam,
tais como ansiar dolorosamente [ pelo objeto, desejá-lo e dêle sentir falta. O desprêzo pelo
objeto é de nôvo uma negação direta de prezar o objeto, o que é tão importante na posição
depressiva, e age como defesa contra a experiência de perda e de culpa. Um objeto de
desprêzo não é digno de culpa, e o desprêzo experimentado em relação a tal objeto se
transforma em justificação de novos ataques.
Gostaria de ilustrar o funcionamento das defesas maníacas contra a experiência de
dependência e ameaça de perda, com material apresentado por um paciente logo antes de
férias ana líticas. Éle temia que eu terminasse prematuramente seu tra tamento e que as
férias fôssem prelúdio do término. Referia-se freqüentemente, em suas associações, à sua
história de alimen tação insatisfatória e ao fato de que sua mãe o amamentara ao seio
sõmente por um ou dois dias. Defendia-se contra a sua angústia com defesas maníacas.
Homem de negócios, de meia idade, em geral tinha sucesso em seu trabalho, mas nesta
época conseguira fazer com particular êxito vários negócios. Tinha phantasias de se
aposentar e viver no estrangeiro, onde eu o visi taria durante as férias e êle me receberia e
me proporcionaria tôda espécie de divertimentos. Logo depois de mencionar esta phantasia,
contou o sonho seguinte.
Ia a um bar e no caminho se encontrou com Miss X, com quem tivera, muitos anos atrás,
um breve caso amoroso. Miss X, que parecia maltratada e muito mal de vida, mostrou
óbvia vontade de retomar com êle o caso antigo. Sentiu-se em baraçado e um pouco
culpado, mas também ligeiramente tenta do; teve uma espécie de sentimento sexual
compulsivo, que experimentava muitas vêzes em relação a mulheres que achava muito
infelizes ou sem atrativos.
Suas associações levaram-no primeiro de volta à mocidade. Era então subgerente de uma
das lojas de uma grande emprêsa, sentia-se muito seguro de si mesmo e feliz de dirigir os
outros,
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especialmente môças, e tinha um sentimento de poder. Era muito promíscuo, sentindo que
caixeiras eram vítimas naturais de jovens administradores. Miss X trabalhava no departa
mento de laticínios, e êle achava as môças dêsse departamento especialmente atraentes.
Usavam um bonito uniforme, que lhes dava aparência muito pura e proibitiva, e êle tinha
um especial sentimento de triunfo quando conseguia levá-las para a cama. Lembrava-se de
tudo isto com grande desconfôrto e angústia, porque seu comportamento sexual se alterara
completamente durante a análise e êle agora se criticava pelo seu passado pro míscuo. Miss
X o fazia sentir-se particularmente culpado, por que êle a tratara pior do que a maioria.
Dormira com ela apenas uma ou duas vêzes e descartara-se dela.
Interpretei que as môças que trabalhavam na leiteria repre sentavam a mãe que amamentava
ao seio, que o alimentara sô mente uma ou duas vêzes, e a sua relação com Miss X como a
sua retaliação contra sua mãe. Como o bar no sonho era o bar na esquina da rua em que eu
morava, interpretei que Miss X era também eu própria, na transferência, e liguei o sonho
com sua phantasia de se encontrar comigo e me receber no estran geiro. Atrás do desejo de
me receber e me proporcionar diverti mentos, estava o desejo, não só de inverter a situação
de depen dência — eu me tornar pobre e desfavorecida e querer renovar meu conhecimento
com êle — como também de obter vingança. O paciente riu s e disse que via porque Miss X
estava associada em sua mente com Miss Y, outra môça com quem tivera igualmente um
curto caso amoroso, em outro pe ríodo de sua vida. Ao contrário de outras môças
namoradas suas, tôdas geralmente altas e atraentes, estas duas eram baixi nhas e tinham
seios enormes, combinação que as fazia parecer quase ridículas. Pensou que, para êle, elas
talvez nada mais fôssem do que uma vagina ligada a seios.
Aí pensou que serem elas tão pequenas devia significar que representavam uma priminha,
vários anos mais môça do que êle, com a qual tivera brincadeiras sexuais na infância.
Interpretei que êle atribuía, em sua phantasia, o seio de sua mãe à menina, protegendo-se
assim contra uma experiência de dependência, com a ameaça de perda que ela implicava.
Atri buindo os seios à menina, êle podia possuí-los, controlá-los, puni-los, triunfar dêles, e
podia usá-los, sem jamais ter de expe rimentar a sua dependência dêles.
Neste material, pode-se ver como as defesas maníacas do paciente o protegem contra a
depressão. ÊIe se defronta com a perspectiva de separação, na qual podia experimentar a
extensão de sua dependência, ambivalência e perda. Lida com isto phantasiando que, na
pessoa de sua priminha, o protótipo de todos os seus objetos sexuais posteriores, êle possui
o seio. Amor, dependência e culpa são completamente negados, e lida com êles por meio de
desvalorização e Cisão. A priminha é cm dida em muitas môças sem importâncias que pode
possuir e das quais se pode descartar à vontade.
O triunfo, como característica principal de um sistema de defesas maníacas, surge no
material seguinte, apresentado por outro paciente, que era também personalidade maníaca
típica.
Bem cedo em sua análise, contou dois sonhos. No pri meiro, encontrava-se em algum lugar
de um deserto, olhando pessoas, armadas com facas de açougueiro, que cortavam e co
miam carne. Não podia ver exatamente o que estavam co mendo; viu, porém, que havia
muitos cadáveres espalhados em volta e suspeitou que estivessem na realidade comendo
carne humana. Em um segundo sonho, na mesma noite, estava sentado à mesa do patrão, no
escritório. Sentia-se diferente — estava grande, gordo e pesado, como se tivesse feito uma
gran de refeição.
O paciente fêz uma ligação entre os dois sonhos e viu que êle próprio devia ser o comedor
de carne humana. Comera cer tamente o patrão, que representava seu pai, e era por isso que
estava sentado na sua cadeira, sentindo-se tão inusitadamente grande e pesado. Ëstes
sonhos ilustram o sentido do que Freud chamou de “festim maníaco”. O objeto é devorado,
com êle se identificando o ego, e em relação ao objeto nenhu ma perda ou culpa é
experimentada. No primeiro sonho, o modo de lidar com a culpa foi claramente a projeção.
Alguns dias depois, o paciente contou um sonho que ilustra tanto as defesas maníacas como
a situação depressiva subjacente. Para compreensão dêste sonho é importante saber que o
paciente tivera uma primeira infância infeliz. Na idade de dezoito meses, sua mãe o
trouxera do Continente para Londres, deixando lá seu pai. Na análise, um amplo material
mostrava que êle experimentara esta separação como a morte de seu pai. Logo que
chegaram a Londres, sua mãe tivera de
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se hospitalizar, defrontando-se êle assim, em sucessão rápida, com a perda do pai e da mãe.
Antes de relatar o sonho, começou a rir, tendo a maior dificuldade em controlar
suficientemente o riso para poder contar o que sonhara. Disse que tinha tido um sonho tão
ter rivelmente engraçado, durante a noite, que rira no sonho, rira ao acordar e ria agora
quando pensava nêle. O sonho fôra o seguinte: Estava numa barbearia. Na cadeira do
barbeiro estava um homem chamado Joe sendo barbeado por um ma caco. O macaco era de
côr muito escura e usava óculos — era impagável ! Sentia-se muito bem disposto para com
o macaco:
“Era um tal encanto de macaquinho !“ Disse-lhe, porém, que tinha em casa um gatinho que
sabia barbear muitíssimo melhor. Receava tê-lo magoado e sentiu-se pesaroso com isso,
porque o macaco era simpático e êle não tinha a intenção de ser desa gradável. Numa parte
posterior do sonho, entrou na sala de espera do barbeiro e viu uma longa fila, na qual dois
homens reclamavam e se queixavam em voz alta, dizendo que os barbei ros neste país não
eram nem de longe tão bons quanto os do Continente. Diziam que na Europa não havia filas
e que lá trabalhavam mais ràpidamente.
As primeiras associações do paciente se referiam aos dois homens que se queixavam. O
primeiro era um autor de comé dias, que escrevia farsas terrivelmente engraçadas; neste
ponto, interrompeu-se o paciente para rir de nôvo, lembrando-se dessas farsas tão
engraçadas. Êste escritor sofria de depressões periódi cas muito fortes, mas isso não tinha
muita importância porque sempre que elas ocorriam êle fazia um pouco de E. C. T. e ficava
logo “inteiramente bom”, O outro homem que recla mava era um cirurgião, um
ginecologista, contra o qual o pa ciente tinha sido prevenido por um amigo, que o
descrevera como “um verdadeiro açougueiro”. O próprio paciente fêz ligação entre esta
associação e o sonho anterior, no qual vira pessoas com facas de açougueiro.
Papai Joe era um amigo da família, que tomara conta dêle por algum tempo, depois que
chegaram do Continente, durante a doença da mãe. Papai joe já morrera, e o paciente
contou que sempre se sentira vagamente culpado, porque, embora achasse que êsse homem
tivesse tomado conta dêle bem e com bondade, nunca se mantivera em contato com êle ou
o visitara depois de crescer; e Papai joe era velho e doente.
Éle associou o macaco comigo e o gatinho [ com sua namorada, chamada Kitty, que muitas
vêzes competia co migo, dando-lhe suas próprias interpretações. Sentiu-se õbvia mente
muito inconfortável ao me associar com o macaco, asse gurando-me, de um modo
extremamente condescendente, que não era um ataque a mim êle me representar pelo
macaco, pois era realmente um macaquinho tão simpático.
A fila na barbearia e as redamações se associavam, em sua mente, às comparações que êle
muitas vêzes fazia entre a análise fácil e rápida, praticada segundo êle no Continente, e as
enormes listas de espera e a longa tarefa da análise feita aqui. Interrompeu-se então s na
noite anterior, safra para um passeio no East End2O, e ouvira sereias à distân cia; e tôdas as
vêzes que ouvia sereias, êle se sentia terr’ivel mente triste e comovido — não sabia porquê.
Apresentei as principais associações do sonho, sem qual. quer tentativa de mostrar a
interação entre as associações do paciente e os comentários da analista. Com êsse material
quero mostrar as principais angústias expressas e os mecanismos de defesa usados. A
situação subjacente era que Papai Joe já mor rera, e tôda a piada, tôda a graça do sonho,
prendia-se a essa situação. A barbearia representava uma situação interna, na qual o
paciente sentia que continha um pai morto, que êle ne gligenciara e abandonara. A análise
era o processo pelo qual eu, como pai externo, tentava trazer o pai interno morto e o mundo
interno do paciente de volta à vida. Essa análise era ridicularizada no sonho — era uma
ridícula piada tentar e trazer de volta à vida um morto, fazendo-lhe a barba. A analista era
representada por um ridículo macaquinho que tentava reviver um morto barbeando-o, e
que, mesmo nessa ocupação fútil, era inferior ao gatinho. Tôda a situação de depressão e
culpa em relação ao objeto morto interno era completamente negada; como também o era
sua dependência do pai-analista externo. Esta dependência era na realidade enorme, uma
vez que era de sua analista que o paciente dependia para se salvar de sua deses perada
situação interna. Esta situação de dependência era ne gada e invertida pelo paciente,
fazendo o macaco pequeno, ridículo e ciumento do gatinho.
(26) Parte de Londres, contígua à zona do pôrto. — Nota da tra dutora.
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A primeira parte do sonho mostra a negação do amor, luto e culpa, em relação à figura
interna, e da dependência, em relação à externa. Na parte seguinte do sonho, que se refere à
fila, outras defesas estão representadas, especialmente cisão e identificação projetiva. Os
dois homens que reclamavam e se queixavam representam partes destacadas e projetadas da
própria personalidade do paciente. O cirurgião-açougueiro representa a fúria assassina do
paciente em relação a seu pai, que se tornara clara nos sonhos anteriores; também, sendo
um ginecologista, êle introduz as angústias do paciente a respeito de sua mãe, que se
tornaram nítidas em sessões posteriores. O segundo homem, associado com o escritor
cômico, representa a profunda depressão do paciente, bem como suas negações ma níacas.
Na verdade, o paciente achou seu sonho tão engraçado quanto as farsas do escritor. As duas
partes de sua personalida de, a que odeia e a deprimida, são projetadas e destacadas uma da
outra; mesmo na forma projetada, o paciente não pode permitir um elo entre o ódio e
assassínio do pai, e a resul tante depressão. Êle nega também a depressão do escritor; êste
fica “inteiramente bom”. Entretanto, na última parte do sonho, a negação se enfraquece, já
que os homens reclamam de ter de esperar; atrás da denegrição, dos ataques e da crítica, há
uma admissão parcial da dependência do paciente, sua raiva por ter de esperar pela análise
de uma sessão para outra e o seu persistente ressentimento por ter tido de esperar por uma
vaga. Foi enquanto o paciente fazia suas associações a esta parte do sonho que êle si se
lembrou de ter ouvido sereias. Quando interpretei o conteúdo depressivo do sonho e as
defesas maníacas, seu humor mudou completamente; êle se recordou do som das sereias e
as associou com as sereias que deve ter ouvido durante sua primeira viagem e a separação
de seu pai, que êle experimentara como uma morte. Foi então que notou as referências no
sonho ao Continente.
No fim da sessão, lembrou-se de repente de não ter contado que na noite anterior isto é, a
noite do sonho — seu pai, s doente, fôra hospitalizado para uma operação que o paciente
temia não pudesse êle sobreviver. Tornou-se abundantemente claro que a piada do sonho
era uma piada a respeito da morte de seu pai, e o sonho todo um modo maníaco de lidar
com a depressão e a angústia subjacentes.
Éste sonho ilustra alguns dos perigos envolvidos nas defe sas maníacas. A integração que o
paciente tinha ôbviamente conseguido, na posição depressiva, havia sido rompida pela
cisão de seu objeto e de seu ego. Tinha-se êle empobrecido com mecanismos projetivos. A
relação de objeto inteiro estava ameaçada, a figura do “macaco” era inumana — uma regres
são parcial à relação de objeto parcial. Para manter a negação de sua angústia depressiva e
de sua culpa, êle tinha também de negar sua preocupação com o objeto, e isto levava a reno
vação do ataque contra o objeto, triunfando de seu pai e atacando-o de nôvo com desprêzo
e ridículo.
O material apresentado mostra que a constante necessi dade de renovar o ataque ao objeto
original de amor e depen dência põe em movimento o círculo vicioso tão característico das
defesas maníacas. O objeto é originalmente atacado de forma ambivalente, na posição
depressiva. Quando culpa e perda, nesta situação, não podem ser suportadas, entram em
ação as defesas maníacas. O objeto é tratado então com des prêzo, contrôle e triunfo. As
atividades reparadoras não podem ser levadas a efeito e os ataques, sempre renovados,
aumentam tanto a destruição do objeto como sua retaliação vingativa, aprofundando assim
as angústias depressivas e tornando cada vez mais persecutória e sem esperança a situação
depressiva subjacente.
Algumas vêzes, pode ser parcialmente preservada alguma preocupação com o objeto e
mecanismos maníacos podem também ser usados de forma reparadora, apresentando a repa
ração maníaca ‘im problema próprio de natureza muito especial.
BIBLIOGRAFIA
Joan RivIEnz: “A Contribution to the Analysis of the Negative Therapeutic Reaction”, 1. J.
P., vol. 17 (1936).
Joan RIvIERE: “Magical Regeneration by Dancing”, 1.1. P., vol. 11 (1930).
H. ROSENFELD: On Drug Addiction”, 1. J. P., vol. 41 (1960).
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