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Paper do texto: Tempo, espaço e apropriação social do território: rumo a fragmentação

na mundialização?

Autor: Daniel Hiernaux Nícolas

Referencia: Nicolas, D. H. 1994 'Tempo, espaço e apropriação social do território: rumo


à fragmentação na mundialização?'. Em M. Santos; M. A. A. de Souza e M. L. Silveira
(orgs.), Territorialização, globalização e fragmentação. São Paulo, Hucitec, pp. 85-101.

O autor Daniel Nicolas inicialmente traz concepções a respeito do das novas


articulações entre o espaço e tempo, devido às transformações atuais da economia e
obviamente da tecnologia. A simultaneidade espaço-tempo permite que eventos
interligados ocorram em diferentes partes da terra, o tempo e o espaço segundo o autor é
a capacidade dos sujeitos sociais de usar o espaço e a medida que a sociedade se
transforma. Devido às transformações da economia mundial na fase atual do
desenvolvimento capitalista vemos novas formas de espaço-temporais, resultando em
novas formas de apropriação do espaço por grupos sociais, medidas pelos produtos
tecnológicos. Três formas são citadas no texto afim de demonstrar a apropriação do
espaço por sociedades, que são três formas básicas de espaço temporais: o espaço tempo
circular, um espaço tempo linerar, o espaço tempo do fordismo e por fim o espaço
tempo da simultaneidade.

O espaço-tempo circular pode ser conceituado em espaço circular e tempo circular onde
este modelo de circunferência obedece as formas de apropriação do tempo e do espaço
das sociedades tradicionais, onde temos a repetição a partir da apropriação imutável ou
de transformação lenta e na adaptação do modelo tecnológico as condições do espaço e
cada espaço é revestido de espaços passados, o texto traz o exemplo das “pirâmides-pré
hispânicas”, onde nessa sociedade o espaço é tempo através de camadas sucessivas de
tempo sobreposto.

O espaço-tempo linear o tempo linear é a visão da cultura ocidental, neste caso a


apropriação de espaço procura evitar a presença das camadas anteriores de tempo e
espaço, porém o mesmo se recupera a impõe regras para a apropriação, esta relação com
o espaço acaba por não respeitar os tempos próprios da natureza e sim impõe tempos
societários a espaços permanentemente construídos, essa é uma visão que Nícolas
chama de desenvolvimentista que implica na possibilidade de avançar no controle do
espaço e no controle do tempo não com o intuito de melhorar a permanência, mas sim
acelerar a apropriação do espaço.

O espaço e tempo no fordismo é um momento particular da cultura ocidental e a sua


relação de suas sociedades com o tempo e o espaço. A acumulação como meta de uma
sociedade se constitui como elemento essencial para o desenvolvimento dos países, logo
a lógica fordista não escapa a essa visão, pois se precisa avançar sobre o espaço e
conquista-lo e expandir-se sobre o tempo construindo territórios e colonizando. O
modelo fordista impôs um pacto social baseado em uma repartição do excedente
material e um uso diferenciado do espaço-tempo. O maior exemplo disso é o turismo
em massa onde o fordismo soube conceder o tempo (férias) e espaços (prais, montanhas
e etc) aos atores que o texto chama de passivos em troca de sua aceitação do modelo
global do funcionamento do sistema sócio temporal espacial do mesmo fordismo. Desta
forma se emerge uma lógica desenvolvimentista do espaço, com uma concepção
fragmentada e linear do tempo.

A mudança no espaço temporal do pós fordismo no qual vai além de uma visão
econômica e deve ser vista como uma alteração nas orientações das sociedades atuais
em relação a sua visão tempo e espaço, onde temos uma lógica de simultaneidade do
espaço, e isso permite a internacionalização transformar para uma mundialização, neste
contexto o espaço pode ser produzido através de um ponto único e a simultaneidade é a
regra de funcionamento crucial do conceito espaço e tempo associados a tais processos.

Por fim o autor tece uma análise a respeito da mundialização, fragmentação e a ruptura
de coesão, onde centra o ponto principal as novas formas territoriais nas quais podemos
identificar uma fragmentação e uma diminuição ou desaparecimento de uma unidade
nacional que não se pode ser apenas lidas como um resultado de um processo de
transnacionalização, esta seria a ultima fase do fordismo e assim corresponderia a
ultima expansão dos mercados e a reestruturação territorial na qual se podem expressar
as novas articulações espaço-tempo, essa expansão resulta na formação de blocos e
resulta na obrigatória redução da coesão nacional em favor da macrologia territorial. A
mundialização então se mostrará como uma articulação diferencial e fragmentada e será
coesa e lógica se vermos de uma escala mundial. A compreensão global do sistema-
mundo em uma perspectiva geográfica tem sido menos trabalhada que as lógicas
parciais de processos particulares e por vezes caindo em generalizações excessivas. Esse
reconhecimento de lógicas espaço tempo em locais reduzidos põe segundo o autor os
geógrafos diante de uma necessidade de reformular noções tradicionais de território,
espaço social e espaço nação.

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