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OUSE

PRA
GERAL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL

M ate r i a l d i sp o n i b i l i z a d o n o cu rs o :
P G M - C U R I T I B A O B J E T I VA
1. INTRODUÇÃO

Tendo em vista que o último concurso da PGM-Curitiba (2015) foi realizado pela
mesma banca que elaborará as provas do atual concurso, vale a pena analisar o perfil da prova
objetiva de Direito Processual Civil do último concurso.

A prova objetiva do concurso de 2015, aplicada ainda sob a vigência do CPC de 1973,
trouxe doze questões de Direito Processual Civil, abordando os seguintes temas:

1) Ação e jurisdição;
2) Capacidade processual;
3) Competência;
4) Litisconsórcio e intervenção de terceiros;
5) Tutela provisória;
6) Atos e prazos processuais;
7) Comunicação dos atos processuais (citação, intimação etc.);
8) Sentença e coisa julgada;
9) Recursos e processos nos tribunais;
10) Cumprimento de sentença e processo de execução;
11) Procedimento cautelar;
12) Procedimentos especiais.

A prova de 2015 foi predominantemente legalista, apresentando questões baseadas


diretamente nas normas Código de Processo Civil de 1973, cobrando, em alguns casos,
conhecimento doutrinário.

Comparando-se ambos os editais (o de 2015 e o de 2019), verifica-se que o conteúdo


programático de Direito Processual Civil é praticamente o mesmo. As novidades trazidas pelo
edital de 2019 são apenas as seguintes:

1) Carga dinâmica do ônus da prova;


2) Incidente de Assunção de Competência e Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas.

Além das duas novidades supracitadas, cumpre ser salientado que no item 31 do
conteúdo programático, diferentemente do edital do concurso anterior, há apenas previsão
genérica dos “procedimentos especiais”, sem qualquer especificação de quais os procedimentos
especiais podem ser cobrados. Assim, o edital abre margem para a cobrança de qualquer um
dos procedimentos especiais previstos no CPC/2015.

Conclui-se, portanto, que há grandes chances da prova de Direito Processual Civil


repetir o perfil da prova passada: predominância de questões que cobrem conhecimento das

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normas do CPC. Nesse contexto, é de suma importância, para uma completa preparação do
candidato, que este estabeleça como meta de estudo a leitura do Código de Processo Civil de
2015.

Ademais, também é recomendada a leitura das principais leis específicas que


podem ser cobradas com base no edital: Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009), Lei
do Mandado de Injunção (Lei 13.300/2016), Lei do Habeas-Data (Lei 9.507/1997), Lei da Ação
Popular (Lei 4.717/1965), Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985), parte processual da Lei de
Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/1980) e Lei dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei 12.153/2009).

Destaca-se, ainda, que o item 35 do conteúdo programático de Direito Processual


Civil prevê o seguinte: “Meios alternativos de solução de conflito. Conciliação, mediação e
arbitragem. Aplicação no âmbito da Fazenda Pública”. Com base em tal item, podem ser cobradas
a Lei da Arbitragem (Lei 9.307/1996) e a Lei da Mediação (Lei 13.140/2015). Em relação a estas
leis, recomenda-se, principalmente, o estudo dos dispositivos relacionados à Administração
Pública:

1) Lei da Arbitragem: Art. 1º, §§ 1º e 2º, e art. 2º, § 3º;


2) Lei da Mediação: Artigos 32, 33, 34 e 43.

Não obstante a prova de processo civil do concurso anterior não tenha apresentado
nenhuma questão envolvendo entendimentos jurisprudenciais, o estudo de súmulas e
informativos não pode ser negligenciado pelo candidato.

Deve ser levado em consideração que na prova passada houve cobrança de


jusrisprudência em outras disciplinas. Assim, o candidato deve estar preparado para eventual
cobrança de jurisprudência nas questões de processo civil.

Em relação ao estudo da doutrina, assim como foi exposto nos comentários das
questões de processo civil da primeira rodada deste curso, a leitura dos enunciados do Fórum
Permanente de Processualistas Civis e das Jornadas de Processo Civil são de grande valia para
se saber como a doutrina majoritária vem interpretando o Novo Código de Processo Civil. Para
facilitar o estudo de tais enunciados, o presente trabalho apresenta uma seleção dos principais
enunciados divididos por assunto.

Assim, em resumo, o candidato deve preparar o seu estudo da seguinte forma: dar
prioridade para a leitura do CPC/2015, entendendo suas principais peculiaridades em relação
ao código anterior; ler, na medida da disponibilidade de tempo de estudo do candidato, as leis
específicas indicadas acima; por fim, revisar os informativos e súmulas relacionados à matéria
e ler a seleção de enunciados doutrinários abaixo expostos.

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O presente material complementar está dividido em duas partes principais:

- Principais enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis e das Jornadas


de Processo Civil divididos por assunto;

- Apêndice de leis municipais, tratando das seguintes leis locais: Lei 10.235/2001; Lei
7.671/1991; e Decreto 196/2018.

2. PRINCIPAIS ENUNCIADOS DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS CIVIS E DAS


JORNADAS DE PROCESSO CIVIL DIVIDIDOS POR ASSUNTO

Conforme já destaquei anteriormente, os enunciados do Fórum Permanente de


Processualistas Civis (FPPC) e das Jornadas de Processo Civil (JPC) são de grande relevância
para a compreensão do entendimento que vem prevalecendo na doutrina acerca dos institutos
do Novo CPC.

Dessa forma, com o intuito de facilitar o estudo de tais enunciados, apresento uma
seleção dos enunciados mais importantes, devidamente divididos por temas:

2.1. Normas fundamentais de Processo Civil:

Enunciado 376 do FPPC - A vedação do comportamento contraditório


aplica-se ao órgão jurisdicional.

Enunciado 377 do FPPC - A boa-fé objetiva impede que o julgador


profira, sem motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma
questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em
processos distintos.

2.2 Competência:

Enunciado 238 do FPPC - (art. 64, caput e §4º) O aproveitamento dos


efeitos de decisão proferida por juízo incompetente aplica-se tanto à
competência absoluta quanto à relativa.

Enunciado 668 do FPPC – A convenção de arbitragem e a cláusula


de eleição de foro para os atos que necessitem da participação do
Poder Judiciário não se excluem, ainda que inseridas em um mesmo
instrumento contratual.

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2.3. Gratuidade de justiça:

Enunciado 623 do FPPC – O deferimento de gratuidade de justiça não


afasta a imposição de multas processuais, mas apenas dispensa sua
exigência como condição para interposição de recursos.

2.4. Honorários advocatícios:

Enunciado 10 da I JPC - O benefício do § 4º do art. 90 do CPC aplica-se


apenas à fase de conhecimento.

Enunciado 118 da II JPC - É cabível a fixação de honorários advocatícios


na ação de produção antecipada de provas na hipótese de resistência da
parte requerida na produção da prova.

2.5. Prazos:

Enunciado 19 da I JPC - O prazo em dias úteis previsto no art. 219 do CPC


aplica-se também aos procedimentos regidos pelas Leis n. 9.099/1995,
10.259/2001 e 12.153/2009.

Enunciado 20 da I JPC - Aplica-se o art. 219 do CPC na contagem do prazo


para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da Lei n.
6.830/1980.

Enunciado 21 da I JPC - A suspensão dos prazos processuais prevista no


caput do art. 220 do CPC estende-se ao Ministério Público, à Defensoria
Pública e à Advocacia Pública.

2.6. Litisconsórcio e intervenção de terceiros:

Enunciado 10 do FPPC - Em caso de desmembramento do litisconsórcio


multitudinário, a interrupção da prescrição retroagirá à data de
propositura da demanda original.

Enunciado 118 do FPPC - O litisconsorte unitário ativo, uma vez


convocado, pode optar por ingressar no processo na condição de
litisconsorte do autor ou de assistente do réu.

Enunciado 122 do FPPC - Vencido o denunciante na ação principal e não


tendo havido resistência à denunciação da lide, não cabe a condenação
do denunciado nas verbas de sucumbência.

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Enunciado 127 do FPPC - A representatividade adequada exigida do
amicus curiae não pressupõe a concordância unânime daqueles a quem
representa.

Enunciado 247 do FPPC - Aplica-se o incidente de desconsideração da


personalidade jurídica no processo falimentar.

Enunciado 248 do FPPC - Quando a desconsideração da personalidade


jurídica for requerida na petição inicial, incumbe ao sócio ou a
pessoa jurídica, na contestação, impugnar não somente a própria
desconsideração, mas também os demais pontos da causa.

Enunciado 249 do FPPC - A intervenção do amicus curiae é cabível no


mandado de segurança.

Enunciado 388 do FPPC - O assistente simples pode requerer a


intervenção de amicus curiae.

Enunciado 391 do FPPC - O amicus curiae pode recorrer da decisão que


julgar recursos repetitivos.

Enunciado 487 do FPPC - No mandado de segurança, havendo substituição


processual, o substituído poderá ser assistente litisconsorcial do
impetrante que o substituiu.

Enunciado 12 da I JPC - É cabível a intervenção de amicus curiae (art. 138


do CPC) no procedimento do Mandado de Injunção (Lei n. 13.300/2016).

Enunciado 110 da II JPC - A instauração do incidente de desconsideração


da personalidade jurídica não suspenderá a tramitação do processo
de execução e do cumprimento de sentença em face dos executados
originários.

2.7. Negócio jurídico processual:

Enunciado 18 do FPPC - Há indício de vulnerabilidade quando a parte


celebra acordo de procedimento sem assistência técnico-jurídica.

Enunciado 19 do FPPC - São admissíveis os seguintes negócios


processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de
ampliação de prazos das partes de qualquer natureza, acordo de rateio de
despesas processuais, dispensa consensual de assistente técnico, acordo

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para retirar o efeito suspensivo de recurso14, acordo para não promover
execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial
prévia obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da
audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de
exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista
no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de
disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial, sem prejuízo
de medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas;
previsão de meios alternativos de comunicação das partes entre si;
acordo de produção antecipada de prova; a escolha consensual de
depositário-administrador no caso do art. 866; convenção que permita
a presença da parte contrária no decorrer da colheita de depoimento
pessoal.

Enunciado 20 do FPPC - Não são admissíveis os seguintes negócios


bilaterais, dentre outros: acordo para modificação da competência
absoluta, acordo para supressão da primeira instância, acordo para
afastar motivos de impedimento do juiz, acordo para criação de novas
espécies recursais, acordo para ampliação das hipóteses de cabimento
de recursos.

Enunciado 21 do FPPC - São admissíveis os seguintes negócios, dentre


outros: acordo para realização de sustentação oral, acordo para
ampliação do tempo de sustentação oral, julgamento antecipado
do mérito convencional, convenção sobre prova, redução de prazos
processuais.

Enunciado 115 do FPPC - O negócio jurídico celebrado nos termos do art.


190 obriga herdeiros e sucessores.

Enunciado 133 do FPPC - Salvo nos casos expressamente previstos em


lei, os negócios processuais do art. 190 não dependem de homologação
judicial.

Enunciado 135 do FPPC - A indisponibilidade do direito material não


impede, por si só, a celebração de negócio jurídico processual.

Enunciado 252 do FPPC - O descumprimento de uma convenção processual


válida é matéria cujo conhecimento depende de requerimento.

Enunciado 253 do FPPC - O Ministério Público pode celebrar negócio


processual quando atua como parte.

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Enunciado 256 do FPPC - A Fazenda Pública pode celebrar negócio
jurídico processual.

Enunciado 258 do FPPC - As partes podem convencionar sobre seus ônus,


poderes, faculdades e deveres processuais, ainda que essa convenção
não importe ajustes às especificidades da causa.

Enunciado 262 do FPPC - É admissível negócio processual para dispensar


caução no cumprimento provisório de sentença.

Enunciado 292 do FPPC - As partes não podem estabelecer, em convenção


processual, a vedação da participação do amicus curiae.

Enunciado 402 do FPPC - A eficácia dos negócios processuais para quem


deles não fez parte depende de sua anuência, quando lhe puder causar
prejuízo.

Enunciado 409 do FPPC - A convenção processual é autônoma em relação


ao negócio em que estiver inserta, de tal sorte que a invalidade deste
não implica necessariamente a invalidade da convenção processual.

Enunciado 491 do FPPC - É possível negócio jurídico processual que


estipule mudanças no procedimento das intervenções de terceiros,
observada a necessidade de anuência do terceiro quando lhe puder
causar prejuízo.

Enunciado 494 do FPPC - (art. 191) A admissibilidade de autocomposição


não é requisito para o calendário processual.

Enunciado 579 do FPPC - Admite-se o negócio processual que estabeleça


a contagem dos prazos processuais dos negociantes em dias corridos.

Enunciado 16 da I JPC - As disposições previstas nos arts. 190 e 191 do


CPC poderão aplicar-se aos procedimentos previstos nas leis que tratam
dos juizados especiais, desde que não ofendam os princípios e regras
previstos nas Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009.

Enunciado 17 da I JPC - A Fazenda Pública pode celebrar convenção


processual, nos termos do art. 190 do CPC.

Enunciado 112 da II JPC - A intervenção do Ministério Público como fiscal


da ordem jurídica não inviabiliza a celebração de negócios processuais.

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Enunciado 114 da II JPC - Os entes despersonalizados podem celebrar
negócios jurídicos processuais.

2.8. Tutela provisória:

Enunciado 30 do FPPC - O juiz deve justificar a postergação da análise


liminar da tutela provisória sempre que estabelecer a necessidade de
contraditório prévio.

Enunciado 31 do FPPC - O poder geral de cautela está mantido no CPC.

Enunciado 32 do FPPC - Além da hipótese prevista no art. 304, é possível


a estabilização expressamente negociada da tutela antecipada de
urgência antecedente.

Enunciado 34 do FPPC - Considera-se abusiva a defesa da Administração


Pública, sempre que contrariar entendimento coincidente com orientação
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público,
consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa, salvo
se demonstrar a existência de distinção ou da necessidade de superação
do entendimento.

Enunciado 35 do FPPC - As vedações à concessão de tutela provisória


contra a Fazenda Pública limitam-se às tutelas de urgência.

Enunciado 381 do FPPC - É cabível réplica no procedimento de tutela


cautelar requerida em caráter antecedente.

Enunciado 420 do FPPC - Não cabe estabilização de tutela cautelar.

Enunciado 421 do FPPC - Não cabe estabilização de tutela antecipada


em ação rescisória.

Enunciado 501 do FPPC - A tutela antecipada concedida em caráter


antecedente não se estabilizará quando for interposto recurso pelo
assistente simples, salvo se houver manifestação expressa do réu em
sentido contrário.

Enunciado 504 do FPPC - Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida


em caráter antecedente, se a sentença for de procedência do pedido
principal, e o direito objeto do pedido foi definitivamente efetivado e
satisfeito.

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Enunciado 42 da I JPC - É cabível a concessão de tutela provisória de
urgência em incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

Enunciado 43 da I JPC - Não ocorre a estabilização da tutela antecipada


requerida em caráter antecedente, quando deferida em ação rescisória.

Enunciado 47 da I JPC - A probabilidade do direito constitui requisito


para concessão da tutela da evidência fundada em abuso do direito de
defesa ou em manifesto propósito protelatório da parte contrária.

Enunciado 48 da I JPC - É admissível a tutela provisória da evidência,


prevista no art. 311, II, do CPC, também em casos de tese firmada em
repercussão geral ou em súmulas dos tribunais superiores.

Enunciado 49 da I JPC - A tutela da evidência pode ser concedida em


mandado de segurança.

Enunciado 130 da II JPC - É possível a estabilização de tutela antecipada


antecedente em face da Fazenda Pública.

Enunciado 135 da II JPC - É admissível a concessão de tutela da evidência


fundada em tese firmada em incidente de assunção de competência.

2.9. Petição inicial:

Enunciado 281 do FPPC - A indicação do dispositivo legal não é requisito


da petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão julgador.

Enunciado 282 do FPPC - Para julgar com base em enquadramento


normativo diverso daquele invocado pelas partes, ao juiz cabe observar
o dever de consulta, previsto no art. 10.

Enunciado 289 do FPPC - Se houver conexão entre pedidos cumulados,


a incompetência relativa não impedirá a cumulação, em razão da
modificação legal da competência.

Enunciado 296 do FPPC - (arts. 338 e 339) Quando conhecer liminarmente


e de ofício a ilegitimidade passiva, o juiz facultará ao autor a alteração
da petição inicial, para substituição do réu, nos termos dos arts. 339 e
340, sem ônus sucumbenciais.

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Enunciado 109 da II JPC - Na hipótese de cumulação alternativa, acolhido
integralmente um dos pedidos, a sucumbência deve ser suportada pelo
réu.

2.10. Resposta do réu:

Enunciado 42 do FPPC - (art. 339) O dispositivo aplica-se mesmo a


procedimentos especiais que não admitem intervenção de terceiros,
bem como aos juizados especiais cíveis, pois se trata de mecanismo
saneador, que excepciona a estabilização do processo.

Enunciado 46 do FPPC - A reconvenção pode veicular pedido de


declaração de usucapião, ampliando subjetivamente o processo, desde
que se observem os arts. 259, I, e 328, § 1º, II. Ampliação do Enunciado
237 da Súmula do STF.

Enunciado 629 do FPPC – Se o réu reconvier contra o autor e terceiro,


o prazo de contestação à reconvenção, para ambos, iniciar-se-á após a
citação do terceiro.

Enunciado 120 da II JPC – Deve o juiz determinar a emenda também na


reconvenção, possibilitando ao reconvinte, a fim de evitar a sua rejeição
prematura, corrigir defeitos e/ou irregularidades.

Enunciado 124 da II JPC – Não há preclusão consumativa do direito de


apresentar contestação, se o réu se manifesta, antes da data da audiência
de conciliação ou de mediação, quanto à incompetência do juízo.

2.11. Saneamento:

Enunciado 298 do FPPC - (art. 357, §3º) A audiência de saneamento e


organização do processo em cooperação com as partes poderá ocorrer
independentemente de a causa ser complexa.

Enunciado 427 do FPPC - A proposta de saneamento consensual feita


pelas partes pode agregar questões de fato até então não deduzidas.

Enunciado 29 da I JPC - A estabilidade do saneamento não impede a


produção de outras provas, cuja necessidade se origine de circunstâncias
ou fatos apurados na instrução.

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2.12. Fase de instrução probatória. Provas:

Enunciado 300 do FPPC - (arts. 357, §7º) O juiz poderá ampliar ou


restringir o número de testemunhas a depender da complexidade da
causa e dos fatos individualmente considerados.

Enunciado 301 do FPPC - Aplicam-se ao processo civil, por analogia, as


exceções previstas nos §§1º e 2º do art. 157 do Código de Processo Penal,
afastando a ilicitude da prova.

Enunciado 514 do FPPC - O juiz não poderá revogar a decisão que


determinou a produção de prova de ofício sem que consulte as partes a
respeito.

Enunciado 584 do FPPC - É possível que um litisconsorte requeira o


depoimento pessoal do outro.

Enunciado 633 do FPPC – Admite-se a produção antecipada de prova


proposta pelos legitimados ao ajuizamento das ações coletivas,
inclusive para facilitar a autocomposição ou permitir a decisão sobre o
ajuizamento ou não da demanda.

Enunciado 636 do FPPC – As conversas registradas por aplicativos


de mensagens instantâneas e redes sociais podem ser admitidas no
processo como prova, independentemente de ata notarial.

Enunciado 677 do FPPC – (art. 357, § 7º) É possível a ampliação do


número de testemunhas, em razão da complexidade da causa e dos
fatos individualmente considerados.

2.13. Sentença e coisa julgada:

Enunciado 7 do FPPC - O pedido, quando omitido em decisão judicial


transitada em julgado, pode ser objeto de ação autônoma.

Enunciado 165 do FPPC - (art. 503, §§1º e 2º) A análise de questão


prejudicial incidental, desde que preencha os pressupostos dos
parágrafos do art. 503, está sujeita à coisa julgada, independentemente
de provocação específica para o seu reconhecimento.

Enunciado 437 do FPPC - A coisa julgada sobre a questão prejudicial


incidental se limita à existência, inexistência ou modo de ser de situação
jurídica, e à autenticidade ou falsidade de documento.

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Enunciado 438 do FPPC - (art. 503, §1º) É desnecessário que a resolução
expressa da questão prejudicial incidental esteja no dispositivo da
decisão para ter aptidão de fazer coisa julgada.

Enunciado 515 do FPPC - Aplica-se o disposto no art. 489, §1°, também


em relação às questões fáticas da demanda.

Enunciado 27 da I JPC - Não é necessário o anúncio prévio do julgamento


do pedido nas situações do art. 355 do CPC.

Enunciado 36 da I JPC - O disposto no art. 506 do CPC não permite que se


incluam, dentre os beneficiados pela coisa julgada, litigantes de outras
demandas em que se discuta a mesma tese jurídica.

Enunciado 59 da I JPC - Não é exigível identidade absoluta entre


casos para a aplicação de um precedente, seja ele vinculante ou não,
bastando que ambos possam compartilhar os mesmos fundamentos
determinantes.

Enunciado 126 da II JPC - O juiz pode resolver parcialmente o mérito,


em relação à matéria não afetada para julgamento, nos processos
suspensos em razão de recursos repetitivos, repercussão geral, incidente
de resolução de demandas repetitivas ou incidente de assunção de
competência.

2.14. Execução e cumprimento de sentença:

Enunciado 58 do FPPC - As decisões de inconstitucionalidade a que se


referem os art. 525, §§ 12 e 13 e art. 535 §§ 5º e 6º devem ser proferidas
pelo plenário do STF.

Enunciado 193 do FPPC - Não justifica o adiamento do leilão, nem é


causa de nulidade da arrematação, a falta de fixação, pelo juiz, do preço
mínimo para a arrematação.

Enunciado 196 do FPPC - (art. 921, § 4º; enunciado 150 da súmula do


STF). O prazo da prescrição intercorrente é o mesmo da ação.

Enunciado 310 do FPPC - (art. 495) Não é título constitutivo de hipoteca


judiciária a decisão judicial que condena à entrega de coisa distinta de
dinheiro.

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Enunciado 547 do FPPC - O efeito suspensivo dos embargos à execução
pode ser parcial, limitando-se ao impedimento ou à suspensão de um
único ou de apenas alguns atos executivos.

Enunciado 642 do FPPC – A decisão do juiz que reconhecer o direito a


indenização, decorrente de indevida averbação prevista no art. 828
ou do não cancelamento das averbações excessivas, é apta a ensejar a
liquidação e o posterior cumprimento da sentença, sem necessidade de
propositura de ação de conhecimento.

Enunciado 644 do FPPC – A ação autônoma referida no § 4º do art. 903


com base na alegação de preço vil não pode invalidar a arrematação.

Enunciado 85 da I JPC - Na execução de título extrajudicial ou judicial


(art. 515, § 1º, do CPC) é cabível a citação postal.

Enunciado 104 da I JPC - O fornecimento de certidão para fins de


averbação premonitória (art. 799, IX, do CPC) independe de prévio
despacho ou autorização do juiz.

Enunciado 105 da I JPC - As hipóteses de penhora do art. 833, § 2º, do


CPC aplicam-se ao cumprimento da sentença ou à execução de título
extrajudicial relativo a honorários advocatícios, em razão de sua
natureza alimentar.

Enunciado 136 da II JPC - A caução exigível em cumprimento provisório


de sentença poderá ser dispensada se o julgado a ser cumprido estiver
em consonância com tese firmada em incidente de assunção de
competência.

Enunciado 146 da II JPC - O prazo de 3 (três) dias previsto pelo art. 528
do CPC conta-se em dias úteis e na forma dos incisos do art. 231 do CPC,
não se aplicando seu § 3º.

Enunciado 149 da II JPC - A falta de averbação da pendência de processo


ou da existência de hipoteca judiciária ou de constrição judicial sobre
bem no registro de imóveis não impede que o exequente comprove a
má-fé do terceiro que tenha adquirido a propriedade ou qualquer outro
direito real sobre o bem.

Enunciado 152 da II JPC - O pacto de impenhorabilidade (arts. 190, 200 e


833, I) produz efeitos entre as partes, não alcançando terceiros.

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2.15. Processos nos tribunais:

Enunciado 170 do FPPC - (art. 927, caput) As decisões e precedentes


previstos nos incisos do caput do art. 927 são vinculantes aos órgãos
jurisdicionais a eles submetidos.

Enunciado 320 do FPPC - Os tribunais poderão sinalizar aos


jurisdicionados sobre a possibilidade de mudança de entendimento da
corte, com a eventual superação ou a criação de exceções ao precedente
para casos futuros.

Enunciado 340 do FPPC - (art. 972) Observadas as regras de distribuição,


o relator pode delegar a colheita de provas para juízo distinto do que
proferiu a decisão rescindenda.

Enunciado 364 do FPPC - (art. 1.036, §1º). O sobrestamento da causa em


primeira instância não ocorrerá caso se mostre necessária a produção
de provas para efeito de distinção de precedentes.

Enunciado 597 do FPPC - (arts. 941, caput; 943) Ainda que o resultado
do julgamento seja unânime, é obrigatória a inclusão no acórdão dos
fundamentos empregados por todos os julgadores para dar base à
decisão.

Enunciado 615 do FPPC - (arts. 1036; 1037) Na escolha dos casos


paradigmas, devem ser preferidas, como representativas da controvérsia,
demandas coletivas às individuais, observados os requisitos do art.
1.036, especialmente do respectivo §6º.

Enunciado 653 do FPPC – (art. 941) Divergindo os julgadores quanto às


razões de decidir, mas convergindo na conclusão, caberá ao magistrado
que primeiro deduziu o fundamento determinante vencedor redigir o
acórdão.

Enunciado 664 do FPPC – O Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal


de origem tem competência para homologar acordo celebrado antes da
publicação da decisão de admissão do recurso especial ou extraordinário.

Enunciado 681 do FPPC – (arts. 937, VIII; 1.015, I e X e parágrafo único;


919, §1º; 525, §6º) Cabe sustentação oral no julgamento do agravo de
instrumento interposto contra decisão que versa sobre efeito suspensivo
em embargos à execução ou em impugnação ao cumprimento de
sentença.

15
Enunciado 682 do FPPC – É assegurado o direito à sustentação oral para
o colegiado ampliado pela aplicação da técnica do art. 942, ainda que
não tenha sido realizada perante o órgão originário.

Enunciado 61 da I JPC – Deve ser franqueado às partes sustentar


oralmente as suas razões, na forma e pelo prazo previsto no art. 937,
caput, do CPC, no agravo de instrumento que impugne decisão de
resolução parcial de mérito (art. 356, § 5º, do CPC).

Enunciado 62 da I JPC – Aplica-se a técnica prevista no art. 942 do CPC


no julgamento de recurso de apelação interposto em mandado de
segurança.

2.16. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Incidente de Assunção de


Competência:

Enunciado 87 do FPPC - A instauração do incidente de resolução de


demandas repetitivas não pressupõe a existência de grande quantidade
de processos versando sobre a mesma questão, mas preponderantemente
o risco de quebra da isonomia e de ofensa à segurança jurídica.

Enunciado 88 do FPPC - Não existe limitação de matérias de direito


passíveis de gerar a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas e, por isso, não é admissível qualquer interpretação que, por
tal fundamento, restrinja seu cabimento.

Enunciado 89 do FPPC - Cabe ao órgão colegiado realizar o juízo de


admissibilidade do incidente de resolução de demandas repetitivas,
sendo vedada a decisão monocrática.

Enunciado 92 do FPPC - (art. 982, I; Art. 313, IV) A suspensão de processos


prevista neste dispositivo é consequência da admissão do incidente de
resolução de demandas repetitivas e não depende da demonstração dos
requisitos para a tutela de urgência.

Enunciado 94 do FPPC - A parte que tiver o seu processo suspenso


nos termos do inciso I do art. 982 poderá interpor recurso especial ou
extraordinário contra o acórdão que julgar o incidente de resolução de
demandas repetitivas.

16
Enunciado 205 do FPPC - Havendo cumulação de pedidos simples, a
aplicação do art. 982, I e §3º, poderá provocar apenas a suspensão
parcial do processo, não impedindo o prosseguimento em relação ao
pedido não abrangido pela tese a ser firmada no incidente de resolução
de demandas repetitivas.

Enunciado 334 do FPPC - Por força da expressão “sem repetição em


múltiplos processos”, não cabe o incidente de assunção de competência
quando couber julgamento de casos repetitivos.

Enunciado 343 do FPPC - O incidente de resolução de demandas


repetitivas compete a tribunal de justiça ou tribunal regional.

Enunciado 344 do FPPC - (art. 978, parágrafo único) A instauração do


incidente pressupõe a existência de processo pendente no respectivo
tribunal.

Enunciado 345 do FPPC - O incidente de resolução de demandas


repetitivas e o julgamento dos recursos extraordinários e especiais
repetitivos formam um microssistema de solução de casos repetitivos,
cujas normas de regência se complementam reciprocamente e devem
ser interpretadas conjuntamente.

Enunciado 467 do FPPC - (arts. 947, 179, 976, §2º, 982, III, 983, caput,
984, II, “a”) O Ministério Público deve ser obrigatoriamente intimado no
incidente de assunção de competência.

Enunciado 468 do FPPC - O incidente de assunção de competência


aplica-se em qualquer tribunal.

Enunciado 469 do FPPC - (Art. 947). A “grande repercussão social”,


pressuposto para a instauração do incidente de assunção de competência,
abrange, dentre outras, repercussão jurídica, econômica ou política.

Enunciado 556 do FPPC - (art. 981) - É irrecorrível a decisão do órgão


colegiado que, em sede de juízo de admissibilidade, rejeita a instauração
do incidente de resolução de demandas repetitivas, salvo o cabimento
dos embargos de declaração.

Enunciado 604 do FPPC - (arts. 976, §1º; 987) É cabível recurso especial
ou extraordinário ainda que tenha ocorrido a desistência ou abandono
da causa que deu origem ao incidente.

17
Enunciado 606 do FPPC - Deve haver congruência entre a questão objeto
da decisão que admite o incidente de resolução de demandas repetitivas
e a decisão final que fixa a tese.

Enunciado 607 do FPPC - (arts. 986; 926) A decisão em recursos especial


ou extraordinário repetitivos e a edição de enunciado de súmula pelo STJ
ou STF obrigam os tribunais de segunda instância a rever suas decisões
em incidente de resolução de demandas repetitivas, incidente de
assunção de competência e enunciados de súmula em sentido diverso,
nos termos do art. 986.

Enunciado 651 do FPPC – É admissível sustentação oral na sessão de


julgamento designada para o juízo de admissibilidade do incidente de
resolução de demandas repetitivas ou do incidente de assunção de
competência, sendo legitimados os mesmos sujeitos indicados nos arts.
984 e 947, §1º.

Enunciado 65 da I JPC – A desistência do recurso pela parte não impede


a análise da questão objeto do incidente de assunção de competência.

Enunciado 140 da II JPC – A suspensão de processos pendentes,


individuais ou coletivos, que tramitam no Estado ou na região prevista
no art. 982, I, do CPC não é decorrência automática e necessária da
admissão do IRDR, competindo ao relator ou ao colegiado decidir acerca
da sua conveniência.

Enunciado 141 da II JPC – É possível a conversão de Incidente de Assunção


de Competência em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas,
se demonstrada a efetiva repetição de processos em que se discute a
mesma questão de direito.

2.17. Ação rescisória:

Enunciado 554 do FPPC - (art. 966, inc. IV) Na ação rescisória fundada
em violação ao efeito positivo da coisa julgada, haverá o rejulgamento
da causa após a desconstituição da decisão rescindenda.

Enunciado 555 do FPPC - (art. 966, §2º) Nos casos em que tanto a decisão
de inadmissibilidade do recurso quanto a decisão recorrida apresentem
vícios rescisórios, ambas serão rescindíveis, ainda que proferidas por
órgãos jurisdicionais diversos.

18
Enunciado 602 do FPPC - A prova nova apta a embasar ação rescisória
pode ser produzida ou documentada por meio do procedimento de
produção antecipada de provas.

Enunciado 603 do FPPC - (art. 968, II) Não se converterá em multa o


depósito inicial efetuado pelo autor, caso a extinção da ação rescisória
se dê por decisão do relator transitada em julgado.

Enunciado 656 do FPPC – A expressão “prova nova” do inciso VII do art.


966 do CPC/2015 engloba todas as provas típicas e atípicas.

2.18. Reclamação:

Enunciado 661 do FPPC – É cabível a fixação de honorários advocatícios


na reclamação, atendidos os critérios legais.

Enunciado 685 do FPPC – Cabe reclamação, por usurpação de


competência do Tribunal Superior, contra decisão do tribunal local que
não admite agravo em recurso especial ou em recurso extraordinário.

Enunciado 64 da I JPC - Ao despachar a reclamação, deferida a suspensão


do ato impugnado, o relator pode conceder tutela provisória satisfativa
correspondente à decisão originária cuja autoridade foi violada.

2.19. Recursos:

Enunciado 23 do FPPC - Fica superado o enunciado 418 da súmula do


STJ após a entrada em vigor do CPC (“É inadmissível o recurso especial
interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração,
sem posterior ratificação”).

Enunciado 29 do FPPC - É agravável o pronunciamento judicial que


postergar a análise do pedido de tutela provisória ou condicionar sua
apreciação ao pagamento de custas ou a qualquer outra exigência.

Enunciado 83 do FPPC - Fica superado o enunciado 115 da súmula do


STJ após a entrada em vigor do CPC (“Na instância especial é inexistente
recurso interposto por advogado sem procuração nos autos”).

Enunciado 84 do FPPC - (art. 935) A ausência de publicação da pauta gera


nulidade do acórdão que decidiu o recurso, ainda que não haja previsão
de sustentação oral, ressalvada, apenas, a hipótese do §1º do art. 1.024,
na qual a publicação da pauta é dispensável.

19
Enunciado 102 do FPPC - O pedido subsidiário (art. 326) não apreciado
pelo juiz – que acolheu o pedido principal – é devolvido ao tribunal com
a apelação interposta pelo réu.

Enunciado 102 do FPPC - O princípio da fungibilidade recursal é


compatível com o CPC e alcança todos os recursos, sendo aplicável de
ofício.

Enunciado 218 do FPPC - A inexistência de efeito suspensivo dos


embargos de declaração não autoriza o cumprimento provisório da
sentença nos casos em que a apelação tenha efeito suspensivo.

Enunciado 234 do FPPC - (arts. 1.068, 506, 1.005, parágrafo único) A


decisão de improcedência na ação proposta pelo credor beneficia todos
os devedores solidários, mesmo os que não foram partes no processo,
exceto se fundada em defesa pessoal.

Enunciado 242 do FPPC - Os honorários de sucumbência recursal são


devidos em decisão unipessoal ou colegiada.

Enunciado 293 do FPPC - Se considerar intempestiva a apelação


contra sentença que indefere a petição inicial ou julga liminarmente
improcedente o pedido, não pode o juízo a quo retratar-se.

Enunciado 360 do FPPC - A não oposição de embargos de declaração em


caso de erro material na decisão não impede sua correção a qualquer
tempo.

Enunciado 550 do FPPC - A inexistência de repercussão geral da questão


constitucional discutida no recurso extraordinário é vício insanável, não
se aplicando o dever de prevenção de que trata o parágrafo único do art.
932, sem prejuízo do disposto no art. 1.033.

Enunciado 551 do FPPC - Cabe ao relator, antes de não conhecer do


recurso por intempestividade, conceder o prazo de cinco dias úteis para
que o recorrente prove qualquer causa de prorrogação, suspensão ou
interrupção do prazo recursal a justificar a tempestividade do recurso.

Enunciado 559 do FPPC - O efeito suspensivo ope legis do recurso


de apelação não obsta a eficácia das decisões interlocutórias nele
impugnadas.

20
Enunciado 598 do FPPC - Cabem embargos de declaração para suprir a
omissão do acórdão que, embora convergente na conclusão, deixe de
declarar os fundamentos divergentes.

Enunciado 8 da I JPC - Não cabe majoração de honorários advocatícios


em agravo de instrumento, salvo se interposto contra decisão
interlocutória que tenha fixado honorários na origem, respeitados os
limites estabelecidos no art. 85, §§ 2º, 3º e 8º, do CPC.

Enunciado 67 da I JPC - Há interesse recursal no pleito da parte para


impugnar a multa do art. 334, § 8º, do CPC por meio de apelação, embora
tenha sido vitoriosa na demanda.

Enunciado 68 da I JPC - A intempestividade da apelação desautoriza o


órgão a quo a proferir juízo positivo de retratação.

Enunciado 69 da I JPC - A hipótese do art. 1.015, parágrafo único, do CPC


abrange os processos concursais, de falência e recuperação.

Enunciado 70 da I JPC - É agravável o pronunciamento judicial que


postergar a análise de pedido de tutela provisória ou condicioná-la a
qualquer exigência.

Enunciado 72 da I JPC - É admissível a interposição de agravo de


instrumento tanto para a decisão interlocutória que rejeita a inversão
do ônus da prova, como para a que a defere.

Enunciado 73 da I JPC - Para efeito de não conhecimento do agravo de


instrumento por força da regra prevista no § 3º do art. 1.018 do CPC, deve
o juiz, previamente, atender ao art. 932, parágrafo único, e art. 1.017, §
3º, do CPC, intimando o agravante para sanar o vício ou complementar
a documentação exigível.

Enunciado 75 da I JPC - Cabem embargos declaratórios contra decisão


que não admite recurso especial ou extraordinário, no tribunal de
origem ou no tribunal superior, com a consequente interrupção do prazo
recursal.

Enunciado 76 da I JPC - É considerada omissa, para efeitos do cabimento


dos embargos de declaração, a decisão que, na superação de precedente,
não se manifesta sobre a modulação de efeitos.

21
Enunciado 77 da I JPC - Para impugnar decisão que obsta trânsito a
recurso excepcional e que contenha simultaneamente fundamento
relacionado à sistemática dos recursos repetitivos ou da repercussão
geral (art. 1.030, I, do CPC) e fundamento relacionado à análise dos
pressupostos de admissibilidade recursais (art. 1.030, V, do CPC), a parte
sucumbente deve interpor, simultaneamente, agravo interno (art. 1.021
do CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos recursos repetitivos
ou repercussão geral e agravo em recurso especial/extraordinário (art.
1.042 do CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos fundamentos de
inadmissão por ausência dos pressupostos recursais.

Enunciado 134 da II JPC - A apelação contra a sentença que julga


improcedentes os embargos ao mandado monitório não é dotada de
efeito suspensivo automático (art. 702, § 4º, e 1.012, § 1º, V, CPC).

Enunciado 137 da II JPC - Se o recurso do qual se originou a decisão


embargada comportou a aplicação da técnica do art. 942 do CPC, os
declaratórios eventualmente opostos serão julgados com a composição
ampliada.

Enunciado 144 da II JPC - No caso de apelação, o deferimento de tutela


provisória em sentença retira-lhe o efeito suspensivo referente ao
capítulo atingido pela tutela.

Enunciado 145 da II JPC - O recurso cabível contra a decisão que julga a


liquidação de sentença é o Agravo de Instrumento.

2.20. Procedimentos especiais:

Enunciado 178 do FPPC - O valor da causa nas ações fundadas em


posse, tais como as ações possessórias, os embargos de terceiro e a
oposição, deve considerar a expressão econômica da posse, que não
obrigatoriamente coincide com o valor da propriedade.

Enunciado 446 do FPPC - Cabe ação monitória mesmo quando o autor


for portador de título executivo extrajudicial.

Enunciado 101 da I JPC - É admissível ação monitória, ainda que o autor


detenha título executivo extrajudicial.

Enunciado 132 da II JPC - O prazo para apresentação de embargos de


terceiro tem natureza processual e deve ser contado em dias úteis.

22
Enunciado 133 da II JPC - É admissível a formulação de reconvenção em
resposta aos embargos de terceiro, inclusive para o propósito de veicular
pedido típico de ação pauliana, nas hipóteses de fraude contra credores.

2.21. Fazenda Pública:

Enunciado 383 do FPPC - (art. 75, §4º) As autarquias e fundações de direito


público estaduais e distritais também poderão ajustar compromisso
recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor
de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas
procuradorias.

Enunciado 384 do FPPC - (art. 85, §19) A lei regulamentadora não


poderá suprimir a titularidade e o direito à percepção dos honorários de
sucumbência dos advogados públicos.

Enunciado 401 do FPPC - Para fins de contagem de prazo da Fazenda


Pública nos processos que tramitam em autos eletrônicos, não se
considera como intimação pessoal a publicação pelo Diário da Justiça
Eletrônico.

Enunciado 416 do FPPC - A contagem do prazo processual em dias úteis


prevista no art. 219 aplica-se aos Juizados Especiais Cíveis, Federais e da
Fazenda Pública.

Enunciado 432 do FPPC - (art. 496, §1º) A interposição de apelação


parcial não impede a remessa necessária.

Enunciado 439 do FPPC - (art. 503, §§ 1º e 2º) Nas causas contra a Fazenda
Pública, além do preenchimento dos pressupostos previstos no art. 503,
§§ 1º e 2º, a coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental depende
de remessa necessária, quando for o caso.

Enunciado 488 do FPPC - No mandado de segurança, havendo equivocada


indicação da autoridade coatora, o impetrante deve ser intimado para
emendar a petição inicial e, caso haja alteração de competência, o juiz
remeterá os autos ao juízo competente.

Enunciado 578 do FPPC - Em razão da previsão especial do § 1º do art.


183, estabelecendo a intimação pessoal da Fazenda Pública por carga,
remessa ou meio eletrônico, a ela não se aplica o disposto no § 1º do art.
269.

23
Enunciado 582 do FPPC - Cabe estabilização da tutela antecipada
antecedente contra a Fazenda Pública.

Enunciado 622 do FPPC – A execução prevista no § 4º do art. 95 também


está sujeita à dilação suspensiva de exigibilidade prevista no § 3º do art.
98.

Enunciado 9 da I JPC - Aplica-se o art. 90, § 4º, do CPC ao reconhecimento


da procedência do pedido feito pela Fazenda Pública nas ações relativas
às prestações de fazer e de não fazer.

Enunciado 24 da I JPC - Havendo a Fazenda Pública publicizado ampla


e previamente as hipóteses em que está autorizada a transigir, pode o
juiz dispensar a realização da audiência de mediação e conciliação, com
base no art. 334, § 4º, II, do CPC, quando o direito discutido na ação não
se enquadrar em tais situações.

Enunciado 123 da II JPC - Aplica-se o art. 339 do CPC à autoridade


coatora indicada na inicial do mandado de segurança e à pessoa jurídica
que compõe o polo passivo.

Enunciado 158 da II JPC - A sentença de rejeição dos embargos à execução


opostos pela Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária.

2.22. Normas de direito intertemporal:

Enunciado 267 do FPPC - Os prazos processuais iniciados antes da


vigência do CPC serão integralmente regulados pelo regime revogado.

Enunciado 268 do FPPC - A regra de contagem de prazos em dias úteis só


se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código.

Enunciado 308 do FPPC - Aplica-se o art. 489, § 1º, a todos os processos


pendentes de decisão ao tempo da entrada em vigor do CPC, ainda que
conclusos os autos antes da sua vigência.

Enunciado 356 do FPPC - Aplica-se a regra do art. 1.010, § 3º, às apelações


pendentes de admissibilidade ao tempo da entrada em vigor do CPC,
de modo que o exame da admissibilidade destes recursos competirá ao
Tribunal de 2º grau.

24
Enunciado 366 do FPPC - O protesto genérico por provas, realizado na
petição inicial ou na contestação ofertada antes da vigência do CPC, não
implica requerimento de prova para fins do art. 1047.

Enunciado 367 do FPPC - Para fins de interpretação do art. 1.054, entende-


se como início do processo a data do protocolo da petição inicial.

Enunciado 530 do FPPC - Após a entrada em vigor do CPC-2015, o juiz


deve intimar o executado para apresentar impugnação ao cumprimento
de sentença, em quinze dias, ainda que sem depósito, penhora ou
caução, caso tenha transcorrido o prazo para cumprimento espontâneo
da obrigação na vigência do CPC-1973 e não tenha àquele tempo
garantido o juízo.

Enunciado 4 da I JPC – entrada em vigor de acordo ou tratado


internacional que estabeleça dispensa da caução prevista no art. 83,
§ 1o, inc. I do CPC/2015, implica na liberação da caução previamente
imposta.

2.23. Mediação, conciliação e arbitragem:

Enunciado 164 do FPPC - A sentença arbitral contra a Fazenda Pública


não está sujeita à remessa necessária.

Enunciado 572 do FPPC - A Administração Pública direta ou indireta


pode submeter-se a uma arbitragem ad hoc ou institucional.

Enunciado 617 do FPPC – A mediação e a conciliação são compatíveis


com o processo judicial de improbidade administrativa.

Enunciado 618 do FPPC – A conciliação e a mediação são compatíveis


com o processo de recuperação judicial.

Enunciado 639 do FPPC – O juiz poderá, excepcionalmente, dispensar a


audiência de mediação ou conciliação nas ações em que uma das partes
estiver amparada por medida protetiva.

Enunciado 26 da I JPC - A multa do § 8º do art. 334 do CPC não incide no


caso de não comparecimento do réu intimado por edital.

25
3. APÊNDICE DE LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

O conteúdo programático de Direito Processual Civil apresenta apenas uma lei


municipal, qual seja, a Lei Municipal nº 10.235/2001 (item 36 do conteúdo), que regulamenta,
no âmbito do Município de Curitiba, as obrigações de pequeno valor.

Portanto, a supracitada lei será a primeira a ser tratada no presente apêndice, por
meio de uma seleção de seus principais dispositivos.

Em seguida, trataremos de duas leis previstas no programa de Direito Administrativo:


Lei Municipal nº 7.671/1991 (trata da reorganização administrativa do Poder Executivo) e Decreto
Municipal nº 196/2018 (regulamenta o art. 5º, § 6º, da Lei 7.347/1985 no âmbito do Município de
Curitiba).

3.1. Lei Municipal nº 10.235/2001:

A Lei Municipal nº 10.235/2001 versa sobre a definição, para o Município de Curitiba,


de obrigação de pequeno valor, para fins de emissão de Requisição de Pequeno Valor (RPV),
conforme previsto no art. 100, § 3º, da Constituição Federal e art. 87 do ADCT.

Vejamos os principais dispositivos da Lei nº 10.235/2001:

Art. 1º. Ficam definidos em R$ 5.181,00 (cinco mil, cento e oitenta e


um reais) os débitos da administração direta, autarquias e fundações
do Município de Curitiba, oriundos de sentença judicial transitada em
julgado, a que alude o § 3º do artigo 100 da Constituição Federal, com a
redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 14 de setembro de
2000.
§ 1º. Os débitos referidos no “caput”, individualizados por ação judicial,
deverão atender o limite estabelecido na data em que os respectivos
cálculos se tornarem incontroversos.
§ 2º. É vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor total da
obrigação prevista neste artigo, seja ela controversa ou incontroversa,
ressalvadas as hipóteses de aplicação do art. 23, da Lei Federal nº 8.906,
de 04 de julho de 1994, reconhecidas em juízo.
§ 3º. É vedada a expedição de precatório suplementar ou complementar
do valor pago na forma do “caput”.
§ 4º. É facultado à parte exequente renunciar ao crédito, no que exceder
ao valor estabelecido no “caput”, para que possa optar pelo pagamento
do valor na forma desta lei.
§ 5º. O pagamento sem precatório, na forma prevista neste artigo,
implica quitação total do crédito exequendo.

26
Art. 2º. O pagamento será efetuado no Juízo da execução, a requerimento
da parte credora, no prazo de 90 (noventa) dias, contado do recebimento
da requisição pela Procuradoria-Geral do Município.
§ 1º. O requerimento será instruído com certidão expedida pelo Cartório
ou Secretaria do órgão judiciário, comprobatória do trânsito em
julgado do processo de conhecimento, da demonstração da liquidez e
exigibilidade da obrigação.
§ 2º. Na hipótese do § 4º do art. 1º, o requerimento também será instruído
com a renúncia expressa ao excedente do pequeno valor apurado na
data do pagamento.

Art. 3º. Constatada a regularidade formal e material da requisição, a


Procuradoria-Geral do Município a remeterá à Secretaria Municipal de
Finanças ou entidade devedora para que efetive o pagamento.

Art. 5º. O valor estabelecido nesta lei poderá ser anualmente revisto pelo
Poder Executivo Municipal, que o fará publicar em Diário Oficial.

3.2. Lei Municipal nº 7.671/1991:

A Lei Municipal nº 7.671/1991 trata da reorganização administrativa do Poder


Executivo no Município de Curitiba.

Destaco, a seguir, os principais dispositivos da mencionada lei:

Art. 1º. Para desenvolver as suas atividades legais e constitucionais, a


Prefeitura de Curitiba disporá de unidades organizacionais próprias
da administração direta e de entidades da administração indireta,
integradas segundo setores de atividades relativos às metas e objetivos,
que devem, conjuntamente buscar atingir.
§1º O Poder Executivo será exercido pelo Prefeito Municipal.
§2º Auxiliarão diretamente o Prefeito Municipal, no exercício do
Poder Executivo, o dirigente principal de cada uma das entidades
da Administração Indireta, os Secretários Municipais, e a estes, os
Superintendentes das Secretarias Municipais, nos termos desta Lei.
§ 3º A Administração Direta compreende o exercício das atividades de
administração pública municipal executado diretamente pelas unidades
administrativas, a saber:
I - Unidades de deliberação, consulta e orientação ao Prefeito Municipal,
nas suas atividades administrativas.
II - Unidades de assessoramento e apoio direto ao Prefeito, para o
desempenho de funções auxiliares, coordenação e controle de assuntos

27
e programas inter-secretarias.
III - Secretarias Municipais de natureza meio e fim, órgãos de primeiro
nível hierárquico, para o planejamento, comando, coordenação,
fiscalização, execução, controle e orientação normativa da ação do
Poder Executivo.

Art. 3º. Além das Secretarias referidas no artigo anterior, o Prefeito


Municipal poderá instalar, mediante decreto, até 6 (seis) Secretarias
Municipais de Natureza Extraordinária, para tratar de assuntos ou
programas de importância ou duração transitória. (Redação dada pela
Lei nº 12192/2007).
Parágrafo Único. O ato de instalação da Secretaria de Natureza
Extraordinária indicará a duração estimada da missão a ser cumprida, os
meios administrativos a serem usados e, conforme o caso, as unidades
administrativas que devam temporariamente ser vinculadas ao novo
órgão.

Art. 4º. (...).


§ 2º Os servidores indicados para exercer funções gratificadas não
poderão ter resultado de avaliação de desempenho menor que 90%
(noventa por cento) e nem punição disciplinar com penalidade igual
ou mais grave que a de repreensão, no último ano anterior à respectiva
designação.
§ 3º Os servidores em exercício de funções gratificadas que obtiverem
resultado de avaliação de desempenho menor que o percentual
estabelecido no parágrafo anterior e punição disciplinar igual ou mais
grave que a de repreensão serão dispensados automaticamente e
somente poderão ser designados para o exercício de qualquer função
gratificada após decorrido o lapso de um ano.

Art. 6º Os órgãos de Administração Direta e Indireta estarão vinculados


ao Prefeito Municipal.

Art. 12. O Prefeito Municipal fixará por decreto a composição, atribuições


e forma de funcionamento dos órgãos colegiados de consulta, orientação
e deliberação, observada a legislação pertinente.

Art. 16. Será de competência da Procuradoria-Geral do Município, no


âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional do Município:
a) a consultoria e o assessoramento jurídico, bem como a representação
e defesa judicial, em qualquer foro ou instância;
b) a análise jurídica preliminar e lavratura de todos os acordos, contratos

28
e convênios; sem exceção;
c) proceder, com exclusividade, à cobrança da dívida ativa judicial;
d) a instauração e processamento de sindicâncias e processos
administrativos disciplinares;
e) o exercício das atividades concernentes ao sistema de assessoramento
jurídico;
f) a emissão de pareceres jurídicos sobre questões que lhe forem
submetidas;
g) exercer o controle de legalidade de atos administrativos;
h) o julgamento, em primeira instância, das impugnações ao lançamento
de tributos municipais. (Redação dada pela Lei nº 11875/2006).

Art. 17. Será de competência da Secretaria Municipal de Finanças o


planejamento operacional e a execução da política econômica, tributária
e financeira do Município, bem como as relações com os contribuintes;
o assessoramento às unidades do Município em assuntos de finanças; a
gestão da Legislação tributária e financeira do Município; a inscrição e
cadastramento dos contribuintes bem como a orientação dos mesmos;
o lançamento, a arrecadação e a fiscalização dos tributos devidos ao
município; a guarda e movimentação de valores; a elaboração, execução
e acompanhamento no Plano Plurianual, Das Diretrizes Orçamentárias
e Orçamento Anual, observadas as diretrizes fixadas pelo Instituto
de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba para as rubricas de
investimento, encaminhamento mensal ao Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano de Curitiba da realização financeira do Plano de
Obras, para o acompanhamento das metas físicas; a programação de
desembolso financeiro; o empenho, a liquidação e o pagamento das
despesas, a elaboração de balancetes, demonstrativos e balanços, bem
como a publicação dos informativos financeiros determinados pela
Constituição Federal; a prestação anual de contas e o cumprimento
das exigências do controle externo; os registros e controles contábeis;
a análise, controle e acompanhamento dos custos dos programas e
atividades dos órgãos da Administração; a análise da conveniência da
criação e extinção de fundos especiais; o controle e a fiscalização da sua
gestão; a supervisão dos investimentos públicos, bem como o controle
dos investimentos e da capacidade de endividamento do Município;
contratação de auditoria externa, quando necessário, para análise das
contas municipais, a realização das atividades relativas à controladoria,
compreendendo a análise, o acompanhamento e o monitoramento dos
instrumentos legais que gerem obrigações financeiras para o Município
e de seus resultados; a auditoria sobre a gestão dos recursos públicos
financeiros sob a responsabilidade de órgãos públicos e privados,

29
abrangendo os sistemas contábil, financeiro e orçamentário e outras
atividades correlatas.

Art. 22. Será de competência da Secretaria Municipal da Saúde o


planejamento operacional e a execução da política de saúde do
Município, através da implementação do Sistema Municipal de Saúde e
do desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde da população com a realização integrada de atividades assistenciais
e preventivas; da vigilância epidemiológica, sanitária e nutricional
de orientação alimentar e de saúde do trabalhador; da prestação de
serviços médicos e ambulatoriais de urgência e de emergência; da
promoção de campanhas de esclarecimento, objetivando a preservação
da saúde da população; da implantação e fiscalização das posturas
municipais relativas à higiene e à saúde pública; do controle de vetores
de doenças e desratização; da apreensão de animais; da participação na
formulação da política de proteção do meio ambiente; da articulação
com outros órgãos municipais, demais níveis de governo e entidades da
iniciativa privada para o desenvolvimento de programas conjuntos, a
regulamentação, normatização e a fiscalização dos produtos de origem
animal que sejam comercializados no Município; a promoção do registro
dos estabelecimentos que produzam matéria-prima, manipulem,
beneficiem, transformem, industrializem, preparem, acondicionem,
embalem produtos de origem animal; a promoção dos registros dos
produtos de origem animal e outras atividades correlatas.

Art. 25. Será de competência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente


o planejamento operacional, a formulação e a execução da política de
preservação e proteção ambiental do Município; o desenvolvimento de
pesquisas referentes à fauna e à flora; a administração, manutenção
e preservação do zoológico; o levantamento e cadastramento das
áreas verdes; a fiscalização das reservas naturais urbanas; o combate
permanente à poluição ambiental; execução de projetos paisagísticos e
de serviços de jardinagem e arborização; a administração, construção,
manutenção e conservação de parques, praças e áreas de lazer; a definição
da política de limpeza urbana, através do gerenciamento e fiscalização
da coleta, reciclagem e disposição do lixo, por administração direta ou
através de terceiros; a manutenção e controle operacional da frota de
veículos pesados, máquinas e equipamentos sob sua responsabilidade;
a administração e manutenção de cemitérios e serviços funerários e
outras atividades correlatas. (Redação dada pela Lei nº 8240/1993).

30
Art. 26. Será de competência da Secretaria Municipal do Urbanismo o
planejamento operacional, a execução, a implementação e fiscalização
da legislação relativa ao uso e parcelamento do solo, a loteamentos e ao
código de obras e posturas municipais; o exame e fiscalização de projetos
de obras e edificações; a expedição de atos de autorização, permissão
ou concessão de uso e parcelamento do solo ou de uso de equipamentos
públicos; o fornecimento e controle da numeração predial; a identificação
e emplacamento dos logradouros públicos; a atualização do sistema
cartográfico municipal; a repressão às construções e aos loteamentos
clandestinos, bem como ao comércio irregular; o combate às várias
formas de poluição sonora e visual e outras atividades correlatas.
Parágrafo Único. Fica instituído o Conselho Municipal de Urbanismo,
CMU, órgão de natureza consultiva e de julgamento, cujas atribuições
serão definidas por decreto regulamentar na forma do Art. 72, IV e V da
lei Orgânica do Município de Curitiba.

Art. 27. Será de competência da Secretaria Municipal de Obras Públicas:


- O planejamento operacional e a execução, por adjudicação dos outros
órgãos de governo, por administração direta ou através de terceiros,
das obras públicas e próprios municipais, abrangendo construções,
reformas e reparos, a abertura de vias públicas e rodovias municipais;
- A execução de obras de pavimentação, construção civil, drenagem e
calçamento; a execução e manutenção de obras de preservação de
fundos de vales;
- O desenvolvimento de projetos, execução e manutenção de obras
e serviços de abastecimento de água tratada, coleta, tratamento e
destinação final de efluentes líquidos, diretamente ou por concessão ou
permissão;
- E elaboração de projetos e fiscalização da preservação do sistema
natural de drenagem, fundos de vale e proteção de mananciais de
abastecimento de água; a proposição de legislação específica a sua área
de atuação;
- A emissão de pareceres técnicos na área de sua competência para
subsidiar a concessão de alvarás;
- O controle e execução dos serviços de sinalização urbana e de trânsito
e iluminação pública;
- A manutenção e controle operacional da frota de máquinas e
equipamentos pesados sob sua responsabilidade e outras atividades
correlatas.

Art. 31. A Procuradoria Geral do Município e as Secretarias Municipais de


Natureza Meio constituem as organizações-base do sistema auxiliares,

31
com capacidade normativa e orientadora centralizada, da qual emanam
COMO UNIDADES executivas, a saber:
I - Núcleo de Assessoramento Jurídico, da Procuradoria Geral do
Município;
II - Núcleos de Assessoramento Financeiro, da Secretaria Municipal de
Finanças;
III - Núcleos Administrativos, da Secretaria Municipal de Administração; e
IV - Núcleo de Recursos Humanos, da Secretaria Municipal de Recursos
Humanos.

Art. 32. Os Núcleos terão atuação no âmbito das unidades da Administração


direta, para assegurar linguagem uniforme, universalização de conceitos
e execução integrada das atividades que representam, em estrita
observância ao disposto neste Título.
§ 1º Os Núcleos estarão sujeitos à orientação normativa, supervisão
técnica, critérios de lotação, de programação funcional e de fiscalização
específica das Secretarias que representam, sem prejuízo da
subordinação de cunho administrativo às Secretarias, cuja estrutura
integram.
§ 2º O pessoal lotado nos Núcleos estará sujeito a remanejamento, nos
termos e periodicidade determinados pelos titulares das respectivas
organizações–base.
§ 3º Um mesmo Núcleo poderá, simultaneamente, atender a mais de
uma Secretaria.
§ 4º Os Núcleos de Assessoramento Jurídico da Procuradoria-Geral
do Município desenvolverão a atuação descrita no caput deste artigo
também para as entidades da Administração autárquica e fundacional
do Município.
§ 5º Enquanto não implantados Núcleos de Assessoramento Jurídico nas
autarquias e fundações municipais, a Procuradoria-Geral do Município
poderá designar Procurador integrante de seu quadro efetivo para
prestar o atendimento pertinente a esse nível funcional.

Art. 33. A Administração Municipal funcionará, sob comando do


Prefeito Municipal, através de coordenações funcionais, representando
agrupamentos de Secretarias e entidades da administração indireta, na
pessoa de seus titulares, a saber:
I - Coordenação de Gabinete, compreendendo o Gabinete do Prefeito; a
Secretaria do Governo Municipal; a Secretaria Municipal de Comunicação
Social; a Procuradoria Geral do Município; a Assessoria do Prefeito e o
Gabinete do Vice-Prefeito.
II - Coordenação dos Meios Administrativos, compreendendo:

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a) Secretaria Municipal de Recursos Humanos;
b) Secretaria Municipal de Finanças;
c) Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba;
d) Instituto Municipal de Administração Pública;
e) Secretaria Municipal de Planejamento e Administração;
f) Secretaria de Informação e Tecnologia.
III - Coordenação Urbanístico-Ambiental, compreendendo a Secretaria
Municipal de Obras Públicas; Secretaria Municipal do meio Ambiente;
Secretaria Municipal do Urbanismo; Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba; URBS - Urbanização de Curitiba S/A e Secretaria
Municipal de Trânsito.
IV - Coordenação Sócio-Econômica, compreendendo a:
a) Secretaria Municipal da Educação;
b) Secretaria Municipal da Saúde;
c) Secretaria Municipal do Abastecimento;
d) Secretaria Municipal do Esporte e Lazer;
e) Secretaria Municipal da Defesa Social;
f) Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos;
g) Fundação Cultural de Curitiba;
h) Fundação de Ação Social;
i) Companhia de Habitação Popular de Curitiba;
j) Companhia de Desenvolvimento de Curitiba;
k) Instituto Municipal de Turismo.
l) Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A.

Art. 42. As estruturas complementares das Secretarias Municipais e


demais órgãos e respectivas atribuições serão estabelecidas por decreto.

Art. 44. O Poder Executivo fica autorizado a fixar o número de funções


gratificadas, conforme o disposto no artigo 4º inciso II, alíneas C e D, inciso
IV, alínea B, inciso V, inciso VI e inciso VII, da presente lei, necessário ao
funcionamento da estrutura organizacional, até o limite de 4% (quatro
por cento) das despesas com pessoal.

3.3. Decreto Municipal nº 196/2018:

A Lei Federal nº 7.347/1985 trata da Ação Civil Pública, dispondo sobre o seu objeto,
legitimados e procedimento.

O § 6º do art. 5º da mencionada lei dispõe que os legitimados para a propositura da


ação, dentre os quais está o Município (art. 5º, inciso III), autarquias e fundações (art. 5º, inciso
IV), podem firmar compromisso de ajustamento de conduta. Vejamos a redação do parágrafo:

33
Art. 5º. (...).
§ 6º Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais,
mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial.

Nesse contexto, o Decreto Municipal nº 196/2018 visa regulamentar a aplicação do §


6º do art. 5º da Lei 7.347/1985 pelo Município de Curitiba.

São os principais dispositivos do Decreto Municipal nº 196/2018:

Art. 1º. Os procedimentos administrativos destinados à tomada de


Compromisso de Ajustamento de Conduta mediante cominações no
Município de Curitiba, para órgãos e entidades da Administração Pública
direta, Autarquias e Fundações Públicas Municipais serão regidos por
este decreto.

Art. 2º. A Administração Pública direta, Autarquias e Fundações do


Município de Curitiba ficam autorizadas a tomar Compromisso de
Ajustamento de Conduta, em caráter excepcional, com pessoas físicas
ou jurídicas de direito público ou privado, em casos de responsabilidade
por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, à ordem
urbanística, ao patrimônio público e social e a qualquer outro interesse
difuso ou coletivo e nos demais casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. O Compromisso de Ajustamento de Conduta formaliza-
se por meio do Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, que tem força
de título executivo extrajudicial.

Art. 3º. O Município poderá tomar Compromisso de Ajustamento de


Conduta de que trata o presente regulamento por intermédio dos
Secretários na Administração Pública direta e dos Presidentes nas
Autarquias e Fundações com a parte compromitente.
§ 1º A assinatura das partes tomadora e compromitente no Termo de
Ajustamento de Conduta não confere a esta direito a concessão de
licenças e outros documentos municipais pertinentes, nem serve como
elemento de prova quanto à quitação das demais obrigações ambientais,
urbanísticas e nos outros casos passíveis de celebração do compromisso.
§ 2º A existência de Termo de Ajustamento de Conduta não impede a
concessão de licenças e demais documentos, desde que presentes todos
os requisitos legais para tais concessões.
§ 3º As sociedades de economia mista e empresas públicas da
Administração Pública Municipal indireta poderão tomar Compromisso

34
de Ajustamento de Conduta, desde que observados os critérios e
procedimentos do presente regulamento.

Art. 4º. Poderão ser fixadas no Termo de Ajustamento de Conduta


obrigações de fazer, não fazer e de indenizar, sem prejuízo daquelas
pertinentes ao cumprimento das exigências legais impostas pelo setor
responsável, além de medidas compensatórias e mitigadoras.
§ 2º Os valores em dinheiro arrecadados, decorrentes da obrigação de
indenizar, deverão ser depositados nos fundos próprios de cada órgão da
Administração Pública direta e indireta ou à conta do tesouro municipal
em caso de ausência de Fundo próprio, sendo seus recursos destinados
à reconstituição dos bens lesados.
§ 3º A imposição das obrigações de fazer, não fazer e indenizar deve ser
motivada.

Art. 5º. Em se tratando de dano ambiental, quando houver a


impossibilidade da reparação integral do prejuízo, deverá constar no
Termo de Ajustamento de Conduta justificativa técnica, especialmente
quanto à adequação da adoção de medidas compensatórias.

Art. 6º. Na aplicação das medidas compensatórias nos casos de danos


ambientais, há que se observar a seguinte ordem de prioridade:
I - substituição por equivalente no local;
II - substituição por equivalente em outro local; e
III - medida compensatória patrimonial ou indenização pecuniária,
observado o disposto no §1º do artigo 4º deste decreto.
Parágrafo único. Não se estabelecerá compensação em outro local
quando se tratar de reparação de dano ambiental em áreas de
preservação permanente, assim definidas em lei.

Art. 7º. A Administração Pública direta e indireta não poderá, no Termo de


Ajustamento de Conduta, dispensar ou renunciar direitos ou obrigações,
limitando-se a ajustar a conduta do compromitente às exigências da lei,
fixando obrigações de fazer, não fazer e indenizar, tais como: (...)

Art. 8º. O requerimento de celebração de Compromisso de Ajustamento


de Conduta poderá ser feito pela parte compromitente ou seu
representante legal, obedecendo ao seguinte:
I - apresentação de requerimento devidamente motivado e instruído;
II - anexação de projeto técnico de reparação, mitigação ou compensação
do dano potencial ou efetivo ao meio ambiente e demais documentos
necessários para identificação do autor e dos danos de que trata o

35
presente regulamento;
III - juntada de todos os documentos necessários referentes ao objeto do
pedido inicial;
IV - autuação e protocolo do pedido.
§ 1º O procedimento obedecerá à seguinte tramitação:
I - instrução do processo administrativo pelo órgão da Administração
Pública direta, Autarquias e Fundações correspondentes à matéria afeta
ao pedido inicial, com a juntada dos documentos necessários;
II - emissão de juízo de admissibilidade do Termo de Ajustamento de
Conduta pela autoridade máxima do Departamento competente onde o
procedimento deverá tramitar, que poderá requerer esclarecimentos de
órgãos técnicos que entender oportunos;
III - indicação de gestor e suplente;
IV - confecção de Minuta do Termo de Ajustamento de Conduta pelo
mesmo órgão ou entidade competente pela análise da matéria;
V - remessa do procedimento ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou
assessoria jurídica correspondente para analisar a possibilidade jurídica
do pedido e a Minuta do Termo de Ajustamento de Conduta, mediante
rubrica;
VI - no caso de existência de pontos divergentes entre a proposta
formulada pelo autor e o entendimento da Administração Pública
Municipal, a parte compromitente ou seu representante legal poderá ser
notificado para esclarecimentos e ajustes necessários;
VII - elaboração definitiva do Termo de Ajustamento de Conduta de
acordo com a Minuta aprovada pelo Núcleo de Assessoramento Jurídico
ou assessoria jurídica, pelo órgão ou entidade competente para análise
da matéria;
VIII - notificação da parte compromitente para assinatura definitiva do
documento;
IX - encaminhamento do Termo de Ajustamento de Conduta para
assinatura do Secretário na Administração Pública direta e do Presidente
nas Autarquias e Fundações;
X - ao Departamento competente para publicação do Termo de
Ajustamento de Conduta no órgão de imprensa oficial mediante Extrato.
§ 2º O requerimento inicial de Termo de Ajustamento de Conduta deverá
conter as informações necessárias à verificação da sua viabilidade
técnica e jurídica, sob pena de indeferimento sumário.
(...)
§ 4º Serão lavradas três vias do Termo de Ajustamento de Conduta,
sendo uma delas entregue à parte compromitente, a segunda deverá
permanecer em arquivo do órgão emissor, e a terceira integrará o
procedimento que a gerou.

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§ 5º O procedimento deverá ser concluído no prazo máximo de noventa
dias, contados da protocolização do requerimento.

Art. 9º. Não caberá recurso do indeferimento do pedido de tomada de


Compromisso de Ajustamento de Conduta formalizado por pessoa física
ou jurídica.

Art. 11. Quando o compromisso a ser tomado envolver mais de um Ente


da Administração Pública direta, Autarquias e Fundações como partes
tomadoras, o procedimento deverá tramitar naquele onde houver a
constatação do fato mais gravoso.

Art. 12. O Termo de Ajustamento de Conduta deverá conter os seguintes


requisitos: (...).
IV - o prazo de vigência do compromisso que, em função da complexidade
das obrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa
dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por
igual período, se houver interesse público devidamente demonstrado;
V - o modo para o cumprimento das obrigações;
VI - previsão de prorrogação e o respectivo prazo nos casos de
superveniência de fato novo ou ocorrência de caso fortuito ou força
maior;
VII - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento
previsto, se for o caso, o cronograma físico de execução e de implantação
das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas;
VIII - a previsão das multas ou sanção administrativa que podem ser
aplicadas à parte compromitente em caso de descumprimento de
cláusulas;
IX - os possíveis casos de rescisão e anulabilidade;
( . . . )
§ 1º O valor das multas de que trata o inciso VIII deverá ser compatível com
o objeto pactuado, não podendo ser superior ao valor do investimento,
devidamente justificado no processo.
§ 2º Deve ser eleito o foro desta capital para dirimir conflitos advindos
do Termo de Ajustamento de Conduta.
§ 3º A tomada de Compromisso de Ajustamento de Conduta não exime
o compromitente do pagamento de multas administrativas lavradas
anteriormente à protocolização do requerimento.

Art. 13. A Administração Pública direta, Autarquias e Fundações deverão


indicar gestor e suplente para fiscalizar o cumprimento das cláusulas
dispostas no Termo de Ajustamento de Conduta.

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§ 2º O gestor e o suplente de gestor deverão tomar ciência expressa do
ato que os designou e manifestar concordância com o encargo recebido.

Art. 15. Poderá ser lavrado aditivo para prorrogação de prazo para
cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta por motivo de caso
fortuito ou de força maior.
§ 1º O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não eram possíveis evitar ou impedir.
§ 2º O aditivo deverá fazer previsão do prazo de vigência que, em função
da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar entre o
mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de
prorrogação por igual período, se houver interesse público devidamente
demonstrado.
§ 5º Do indeferimento de lavratura de aditivo para prorrogação de prazo
para cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta por motivo de
caso fortuito ou de força maior não caberá recurso.

Art. 16. Poderá também ser lavrado aditivo ao Termo de Ajustamento de


Conduta sempre que houver necessidade de inclusão de cláusula não
prevista no documento inicial, considerada como fato novo.
§ 1º Fato novo é aquele que, embora preexistente à tomada do
compromisso, não foi considerado por não ser conhecido, mas que influi
no pacto já firmado entre as partes.
§ 5º Do indeferimento de lavratura de aditivo para prorrogação de
prazo para cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta por
superveniência de fato novo não caberá recurso.

Art. 19. Considera-se o Termo de Ajustamento de Conduta rescindido em


caso de descumprimento de quaisquer das suas cláusulas, ressalvada
ocorrência de caso fortuito e força maior.
§ 1º No caso de descumprimento de cláusula do Termo de Ajustamento
de Conduta, o procedimento obedecerá ao seguinte trâmite:
I - apresentação de relatório circunstanciado pelo gestor a respeito das
cláusulas que foram descumpridas;
II - instrução do processo administrativo pelo Departamento do órgão
correspondente à matéria afeta ao pedido inicial, com a juntada dos
documentos necessários;
III - remessa do procedimento ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou
assessoria jurídica correspondente para analisar as manifestações do
gestor e dos órgãos técnicos, se existentes, para parecer;
IV - no caso do Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica
entender que houve descumprimento de cláusula constante no Termo

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de Ajustamento de Conduta, o procedimento deverá ser remetido
ao Secretário na Administração Pública direta ou ao Presidente das
Autarquias e Fundações para decidir;
V - decidido pelo descumprimento de cláusula constante do Termo
de Ajustamento de Conduta, o procedimento deverá ser remetido ao
Departamento competente para que o gestor notifique o compromitente
para apresentar defesa, se assim entender, no prazo de quinze dias
corridos, visando demonstrar possível cumprimento das cláusulas;
VI - apresentada a defesa no prazo estipulado pela parte compromitente,
esta deverá ser analisada pela autoridade máxima do Departamento do
órgão correspondente;
VII - se comprovado o adimplemento das cláusulas, a autoridade máxima
do Departamento informará no processo, requerendo desconsideração
do pedido de rescisão;
VIII - se comprovado o inadimplemento das cláusulas, a autoridade
máxima do Departamento instruirá o processo, remetendo-o ao Núcleo
de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica para emissão de
parecer;
IX - o Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica poderá
recomendar a remessa do procedimento para a Procuradoria Fiscal,
Judicial ou setor contencioso, a fim de serem adotadas as medidas
pertinentes;
X - o procedimento deverá ser remetido ao Secretário na Administração
Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e Fundações para decidir;
XI - ao gestor para comunicar a parte compromitente da decisão.
§ 2º Da decisão de rescindir o Termo de Ajustamento de Conduta não
caberá recurso.
§ 3º A decisão de rescindir o Termo de Ajustamento de Conduta será
publicada no órgão de imprensa oficial mediante Extrato.

Art. 20. O Termo de Ajustamento de Conduta é anulável pela ocorrência


de vícios do consentimento, assim compreendidos erro, dolo ou coação,
se comprovados judicialmente.
§ 1º É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação
do Compromisso de Ajustamento de Conduta, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro ou dolo, do dia em que se publicou o Termo de Ajustamento
de Conduta no órgão de imprensa oficial.
§ 2º No caso de alegação da existência de vícios do consentimento em
Termo de Ajustamento de Conduta, a sentença judicial transitada em
julgado que reconhecer a existência de erro, dolo ou coação deverá ser
submetida à análise do Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria

39
jurídica para parecer.
§ 3º Reconhecido o ato judicial e seu trânsito em julgado, o Núcleo
de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica deverá remeter o
procedimento ao Secretário na Administração Pública direta ou ao
Presidente das Autarquias e Fundações para determinar a anulação do
Compromisso de Ajustamento de Conduta formalizado.

Art. 21. Poderá ser anulado o Termo de Compromisso de Ajustamento de


Conduta se for constatada sua ilegalidade total ou parcialmente.
§ 1º Identificada, a qualquer tempo, ilegalidade no Termo de Ajustamento
de Conduta ou em alguma de suas cláusulas, o processo deverá ser
remetido ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica
para parecer;
§ 2º Constatada a ilegalidade do Termo de Ajustamento de Conduta ou
de quaisquer de suas cláusulas, o Núcleo de Assessoramento Jurídico
ou assessoria jurídica deverá encaminhar o procedimento ao Secretário
na Administração Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e
Fundações para determinar a anulação do Compromisso de Ajustamento
de Conduta ou de quaisquer de suas cláusulas.

Art. 22. A inexecução total ou parcial do convencionado no Termo de


Ajustamento de Conduta e no aditivo ensejará a execução judicial
das obrigações decorrentes, sem prejuízo da apuração das demais
responsabilidades civil, criminal e administrativas cabíveis, se existentes.
§ 1º Constatada a ocorrência de outras infrações administrativas, o
Município poderá aplicar as sanções cabíveis, independentemente da
formalização do Termo de Ajustamento de Conduta.

Art. 23. Os prazos constantes no Termo de Ajustamento de Conduta não


se suspendem nem interrompem, à exceção da existência de aditivo
ao Termo de Ajustamento de Conduta inicial nos casos expressamente
previstos neste regulamento, onde se estipulará novo prazo para
cumprimento das obrigações ajustadas.

Art. 24. O descumprimento das condições estabelecidas no Termo de


Ajustamento de Conduta atestada pelo gestor implicará:
I - na inscrição do débito em Dívida Ativa visando a cobrança da multa
estabelecida atualizada e encargos legais;
II - na execução do título executivo extrajudicial na esfera civil.

Art. 25. Não poderá ser lavrado Auto de Infração por descumprimento de
cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta.

40
Art. 26. As disposições do presente decreto poderão ser aplicadas aos
Termos de Ajustamento de Conduta celebrados anteriormente à sua
edição, no que couber.

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