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HOME OFFICE COMO ESTRATÉGIA DE

MAXIMIZAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA NO


TRABALHO

Janderson Flávio Silva Ferreira1


Erineuda do Amaral Soares2

Resumo

As organizações que utilizam sistemas de comunicação à distância para descentralizar sua


mão-de-obra e aumento de sua produtividade veem no home office alternativas para
maximizar a eficiência da força de trabalho. Neste ínterim, a pesquisa busca como objetivo
geral analisar e compreender a medida de implantação de um sistema de “teletrabalho” quanto
a sua funcionalidade e capacidade produtiva em longo prazo, e como objetivos específicos se
esta medida agrega valor à redução de custos, motivação laboral, aumento da produtividade e
eficiência operacional contínua, bem como saber se existe prospecção do modelo como
medida de redução de custos e qualidade de vida no trabalho. A pesquisa teve como
metodologia um estudo de caso, onde se aplicou um questionário semiestruturado para
levantamento de dados qualitativos. A partir disto, é possível observar resultados como um
crescimento expressivo na implantação do sistema em instituições que visam o aumento da
produção em escala, satisfação dos empregados, e redução dos custos estruturais.

Palavras-chave: Teletrabalho, produtividade, qualidade de vida no trabalho.

Abstract

Organizations that use remote communication systems to decentralize their workforce and
increase their productivity see alternatives in home office to maximize workforce efficiency.
In the meantime, the research seeks as a general objective to analyze and understand the
measure of implementation of a system of "telecommuting" as to its functionality and
productive capacity in the long term, and as specific objectives if this measure adds value to
the reduction of costs, labor motivation , increasing productivity and continuous operational
efficiency, as well as knowing if there is a prospect of the model as a measure of cost
reduction and quality of life at work. The research had as methodology a case study, where a
semi-structured questionnaire was applied to collect qualitative data. From this, it is possible
to observe results as an expressive growth in the implantation of the system in institutions that
aim to increase production scale, employee satisfaction, and reduce structural costs.

Keywords: Home office, productivity, quality of life at work.

1 Pós-graduação em Administração de Pessoas. Centro Universitário Leonardo Da Vinci


(UNIASSELVI). jandersonferrer@gmail.com
2
Mestra em Gestão Educacional. Universidade Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
soareserineuda6@gmailcom
INTRODUÇÃO

A dinâmica do mercado tem proporcionado cada vez mais um ambiente turbulento e


para sobreviverem neste, as organizações traçam alternativas viáveis para os seus negócios,
estruturas organizacionais e formas de trabalho. As modificações no ambiente corporativo
provocam, portanto, a necessidade de constantes alterações na forma de gestão das empresas.
A tecnologia reduziu o tempo necessário para a produção de bens, obrigando as organizações
a realizarem ajustes para sobreviverem em busca de maior flexibilidade. O avanço
tecnológico e o aumento da competitividade exigem destas uma permanente adaptação a esse
ambiente desafiador (GAION e col., 2008).

Por isso, quando surgem novas variáveis ambientais, a empresa deve está preparada
para a tomada de decisões oportunas, pois, dada à sua complexidade, mudam os rumos da
organização. Nesse contexto, Gaion e col. (2008), menciona que surgem organizações que
buscam a competitividade e novos mercados utilizando modernos sistemas de comunicação à
distância para descentralizar sua força de trabalho.

Em meio a estes pressupostos identifica-se uma modalidade de otimização do trabalho


com o intuito de adequar a prestação de serviços às necessidades do mercado e ampliar o
crescimento satisfatório do setor empresarial chamado home office, que nada mais é que uma
forma de trabalho à distância, que segundo Boonen (2002), apresenta-se como uma alternativa
de flexibilizar o trabalho, pois, favorece a minimização dos custos decorrentes do
enxugamento da infraestrutura empresarial, responde aos imperativos da competitividade e
contribui como resposta à crise econômica mundial. Além disso, o trabalho na própria
residência pode aumentar consideravelmente a produtividade e a elevação da autoestima,
devido à evolução da informática, das telecomunicações e do convívio direto com o lar
habitual.

A pesquisa proposta traz contribuição para as organizações discutirem planos de ação


para a melhoria dos processos pela compreensão do setor empresarial e da economia no que
relaciona a implantação do sistema home office e assim mensurar não somente as vantagens,
mas também as dificuldades que podem comprometer os resultados organizacionais.

A influência nas decisões tomadas para implantação de um sistema de “teletrabalho”


apoiam a redução de custos, a qualidade de vida no trabalho e o aumento da produtividade ou
podem colocar em risco a continuidade dos processos? Neste ínterim, a pesquisa busca como
objetivo geral analisar e compreender a medida de implantação de um sistema de
“teletrabalho” quanto a sua funcionalidade e capacidade produtiva em longo prazo, e como
objetivos específicos se esta medida agrega valor à redução de custos, motivação laboral,
aumento da produtividade e eficiência operacional contínua.

2 NOVOS TEMPOS PARA A ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO, COMPREENSÃO


E DISSEMINAÇÃO DO MODELO HOME OFFICE

A nova era de austeridade imposta às empresas em mais um ano de desafios na


economia abre brechas no mercado de trabalho, estimulando modelos de atuação dos
profissionais de várias áreas que combinam jornadas mais flexíveis e ambiente muitas vezes

2
propício a aumento da produtividade, a exemplo do sistema home office. As vantagens da
prática já difundida nos Estados Unidos e na China têm levado os próprios empreendedores
do negócio a testar o estilo de trabalhar de parceiros e prestadores de serviços (VIEIRA,
2015). Para isso, segundo Lima (2012), importa saber das restrições e delimitações das leis
trabalhistas e se a conformidade da lei tem por objetivo de equiparar os efeitos jurídicos da
subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida em meios
pessoais e diretos, tratando ligeiramente do tema abordado pela Doutrina e Jurisprudência
nacionais no tocante à instituição do sistema home office.

Em uma década de grande salto tecnológico, a automação, a robótica e a


microeletrônica invadiram o universo fabril e aprimoraram a atual administração, inserindo-se
e desenvolvendo-se nas relações de trabalho e de produção do capital. O fordismo3 e o
taylorismo4 já não são únicos e mesclam-se com outros processos produtivos: neofordismo5,
neotaylorismo6 e pós-fordismo7, decorrentes das experiências da Terceira Itália e do Vale do
Silício nos Estados Unidos. O que norteia novos processos de trabalho, onde o sistema
produtivo e a ciência do trabalho são compreendidas pela flexibilização da produção, pela
especialização flexível, pela reestruturação do trabalho, por novos padrões de busca de
produtividade e novas formas de adequação da produção à lógica do mercado (ANTUNES,
2011).

Em torno dessa flexibilização, Mello (1999) desmitifica o sistema home office como o
processo de levar as atividades de trabalho aos empregados em vez de levar os empregados à
organização para realizá-lo. Conceitua, ainda, que o trabalho à distância é uma forma de
substituição parcial ou total de idas e vindas diárias à organização, por tecnologia de
telecomunicações, com auxílio de computadores e outros equipamentos móveis.

Com a introdução da telemática, a expansão das formas de flexibilização e


precarização do trabalho, o avanço da “horizontalização” do capital produtivo e a necessidade
de atender a um mercado mais crítico, o trabalho em domicílio vem presenciando formas de
expansão em várias partes do mundo. Os seus efeitos dizem respeito à maior flexibilidade dos
processos de produção e a diminuição dos custos (ANTUNES, 2013).

Para Nilles (1997), Kugelmass (1996) e Mello (1999), a implantação do sistema home
office altera significativamente a forma como a empresa organiza suas funções, controles e
dinâmica organizacional, assim como produz alterações na cultura corporativa do indivíduo
no seu sistema de auto-regulação e na sua sociabilidade. Entendem que essa nova relação de
trabalho produz benefícios recíprocos. Enquanto isso, Castells (1999) acredita na importância
da flexibilidade dos processos de produção como se fosse uma saída para a organização
dentro do competitivo mercado global.

Para Terribili Filho (2006), Costa (2007), Oliveira (2014) e Costa (2015), os recursos
3 Conjunto das teorias sobre administração industrial, criadas pelo industrial e fabricante de
automóveis, Henry Ford (1863-1947).
4 Sistema de organização do trabalho concebido pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow

Taylor (1856-1915).
5 Combinação do Fordismo com as novas tecnologias e os emergentes processos de trabalho.
6 Modelo de produção baseado nos princípios de produção em massa e adaptado à nova era de

automatização de processos produtivos.


7 Constitui-se numa série de inovações tecnológicas e produtivas quanto à organização do trabalho.

3
contabilizados como custo pela empresa não são os únicos custos envolvidos para a
sociedade. Existem custos sociais na forma externalizada, no que se refere aos problemas
sociais: a prática do home office é capaz de contribuir para melhorar o fluxo do trânsito,
diminuir a poluição e o número de acidentes, permitir a inclusão de minorias no mercado de
trabalho e a revitalização econômica de regiões fora dos grandes eixos de produção. Nesse
âmbito, não se discutem desvantagens do trabalho à distância, apenas algumas críticas que
podem surgir quanto à sua eficácia. Já no nível organizacional, a literatura aponta como
vantagens do home office, entre outras: corte de despesas com espaço no escritório, redução
do absenteísmo, atração e retenção de talentos e maior produtividade do trabalhador. As
desvantagens apontadas para a empresa referem-se, de maneira geral, à dificuldade de
gerenciar os “teletrabalhadores” e as questões de custo de implantação e manutenção da
metodologia de “teletrabalho”. Oliveira (2014), entende que inovação é a incorporação de
conhecimento novo a realidade de uma organização, de forma a aumentar seu potencial de
resultados por meio de mudanças e formas de gerenciamento pelo sistema integrado de gestão
que pode ser associado ao home office na intenção de reduzir custos estruturais e elevar a
produtividade. As organizações são entidades econômicas, assim, a inovação que se busca é
aquela que gere lucro econômico, aumentando o seu valor.

No tocante aos sistemas integrados de gestão, Giacomazi (2005) define variáveis para
atribuição de valor a utilização do home office. O investimento em tecnologia da informação é
realizado à medida que as decisões geradas com seu apoio sejam melhores. E investe-se em
controladoria porque, com a assistência desta e os controles gerenciais significativamente
otimizados pela sua atuação, a organização terá maior resultado econômico e redução de
riscos. De forma geral, investe-se em tecnologia à medida que torne a organização mais
lucrativa. A união das tecnologias com um bom profissional define o sucesso do home office e
expande a influência do sistema como um novo modelo de trabalho que possui grandes
vantagens ao modelo convencional. Apesar deste tipo de modelo ainda está em fase de
adaptação e testes, porém podem-se mostrar resultados significantes para algumas
modalidades empresariais, enquanto que para alguns setores este ainda não é indicado, afirma
Mota (2012).

2.1 A EXPLORAÇÃO DO MODELO HOME OFFICE NO BRASIL

No Brasil, o número de micro e pequenas empresas que começam seus negócios em


casa tem sido cada vez maior, mas isto não implica dizer que o sistema home office esteja
instituído como forma de gestão. Até porque, são vários os motivos que levam
empreendedores a optar pelo escritório em casa, como busca pela qualidade de vida, dividir
melhor o tempo com atividades profissionais e atenção à família, permanecer com uma
empresa enxuta ou somente testar a viabilidade de um novo projeto (MELO, 2016). Por outro
lado, muitas empresas, como do segmento de informática, tem funcionários que vão
eventualmente à organização, pois trabalham em casa e suas atividades são controladas
através do cumprimento de metas e produtividade. Paralelamente, instituições bancárias como
as Centrais do Banco do Brasil no Estado de São Paulo e Distrito Federal encontram no
sistema home office uma estratégia de minimização de custos e retenção de talentos (NETO,
2015). Já no âmbito público de acordo com Araújo (2016), a Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
2723/15, do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), que autoriza os órgãos públicos federais a
instituir o sistema de home office, quando os resultados puderem ser efetivamente

4
mensuráveis. A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania, apesar de já ser praticada em diversos órgãos e
entidades.

Uma pesquisa feita em 2014 pela SAP Consultoria8 constatou que 36% das empresas
brasileiras adotam práticas de home office – 75,12% delas localizadas no Estado de São Paulo.
A pesquisa Home Office Brasil edição 2016, também realizada pela SAP Consultoria, feita
com 325 empresas de diferentes segmentos e portes, de diversas regiões do país apontou que
68% das empresas em estudo são praticantes de teletrabalho no Brasil. E os principais ganhos
obtidos com a implantação da prática, identificados pelas empresas, foram produtividade
(54%), aumento da satisfação e engajamento de colaboradores (85%). Enquanto isso, em uma
nova pesquisa apurada pela edição 2018 constatou que 80% das empresas adeptas ao Sistema
Home Office estão localizadas na Região Sudeste do país, 15% na Região Sul, 4% Nordeste,
2% Centro-oeste e 1% na Região Norte, tendo maior aceitação pelas empresas de TI/Telecom
(16%), serviços (16%) e metalúrgica (10%).

METODOLOGIA

O presente estudo desenvolveu-se com base em um estudo de caso. Yin (2005) define
estudo de caso como sendo uma pesquisa empírica, que investiga um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto real.

A coleta de dados deu-se em uma única fase em um período de 30 dias, onde se


aplicou um questionário semiestruturado com 15 questões ao Gerente de Relacionamentos de
uma instituição bancária em São Paulo, que implantou o sistema home office em sua gestão, a
fim de identificar e responder a viabilidade do sistema de trabalho à distância quanto a sua
capacidade de eficiência operacional. Nesta fase realizou-se um levantamento sobre a tomada
de decisão para implantação do projeto-piloto do sistema home office, bem como buscou-se
coletar informações com o Gerente sobre as variáveis qualitativas, que se deu pelo repasse das
informações por meio de correio eletrônico.

A finalidade da pesquisa é “resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a


utilização de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 14).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com o objetivo de compreender as principais vantagens da implantação de um modelo


de “teletrabalho”, tomando como base o projeto-piloto de home office de uma instituição
bancária de São Paulo, as informações levantadas neste artigo – agrupadas por segmentos de
estudo: Gestão Produtiva; Gestão de Custos; e, Gestão de Pessoas – visam responder se há
uma relevante maximização da eficiência operacional e consequentemente de sua capacidade
produtiva.

O entrevistado explanou que na gestão produtiva enfatizam-se melhorias contínuas na


qualidade da prestação de serviços e expansão da produtividade, e que o aumento da produção
é observado por escala. Pois, há uma redução de produtividade inicialmente quando os
8 SAP Consultores Associados – Pesquisa Home Office Brasil, dados extraídos do sítio eletrônico:
[http://sapconsultoria.com.br/homeoffice/], com acesso em 11 de dezembro de 2018.
5
funcionários passam a experimentar o modelo de trabalho até conseguirem se adaptarem ao
sistema e conciliar as atividades de casa paralelamente às quais foi contratado. Mas, isso
também depende do perfil do profissional. Se para aqueles que dependem de supervisão para
atingir os objetivos determinados, trabalhar em home office pode contribuir para a perda de
foco e diminuição da produtividade, mas de maneira geral a produtividade aumenta, pois
trabalhar em casa é um anseio da maioria dos profissionais e, produzindo mais, o modelo
tende a ser validado pela empresa. Por não haver uma expressiva pressão corporativa tão
presente nas centrais e agências bancárias, o “teletrabalhador” gerencia suas atividades com
mais tranquilidade, evitando a procrastinação e o acúmulo de tarefas. O aumento da
potencialidade produtiva é percebido a um ritmo de adesão dos funcionários ao sistema.

Em relação à gestão de custos, o entrevistado explanou que no sistema de trabalho


home office há uma redução de custos considerável, tanto para a empresa quanto para o
funcionário. Para a empresa não há o custeio das despesas de transporte do funcionário, de
locação e manutenção do espaço físico do trabalho (iluminação, ar condicionado, etc.).
Todavia, as ferramentas para o desenvolvimento do trabalho e os gastos com energia, internet
e manutenção de softwares e equipamentos devem ser custeados pela empresa, pois é um
custo necessário à produção laboral. Trata-se de custo para a prestação do trabalho, além de
serem equipamentos que garantam o sigilo das informações manipuladas pelo funcionário.
Para o “teletrabalhador” não há a despesa de estacionamento, para os que se deslocam com
veículo próprio, e de alimentação e vestuário, visto que o padrão de vestimenta em home
office não precisa ser o mesmo do trabalho tradicional.

Em referência á gestão de pessoas, o entrevistado explanou que o “teletrabalhador” só


poderá exercer o trabalho na sua residência, em área certificada pelo Sesmt (Serviço
Especializado em Engenharia da Segurança e em Medicina do Trabalho). Os funcionários
participantes passam por processo de seleção, assim como os gestores são treinados para
implantarem com qualidade a nova dinâmica de relacionamento com a sua equipe. O contrato
de trabalho prevê a prestação de trabalho em troca do salário. Onde esse trabalho será
prestado (se em casa ou na própria empresa) é irrelevante para fins de contrato. O controle das
atividades do funcionário é feito através de plataformas que alimentam programas baseados
em CRM9, bem como em negócios efetivamente realizados. Mesmo trabalhando em casa os
funcionários registram o ponto em uma base eletrônica ao logar suas atividades. Pelo menos
um dia na semana é preciso comparecer a agencia, sempre manter o celular ligado e verificar
os e-mails com constância. Há vantagens e desvantagens ao se trabalhar no sistema home
office. As principais vantagens são: administrar o próprio horário, conviver mais tempo com a
família, maior liberdade para definir o processo de trabalho, menores custos de deslocamento
e alimentação e aproveitamento do tempo “desperdiçado” que seria utilizado no deslocamento
casa – trabalho – casa. E as desvantagens são: tendência a trabalhar mais, pois não há carga
horária formal a cumprir, tendência à confusão entre os papéis de profissional e pai/esposo,
pois em um mesmo ambiente ora tem de atuar como profissional ora se vê envolvido em
problemas familiares do dia a dia.

O Gerente de Relacionamentos enfatizou na entrevista, que numa situação de crise


econômica é importante inovar, redesenhar as estruturas das organizações e diminuir as
distâncias. Porém, não extrapolar o risco existente em ações emergenciais. O resultado que a

9 Customer Relationships Management. Sistema integrado de gestão.


6
instituição bancária obteve desde a implantação em abril de 2015 estima a aprovação da
medida de implantação e expansão do modelo de teletrabalho, cuja projeção é de aumentar o
número de funcionários trabalhando nesse sistema. Até porque o home office traz vantagens
para ambos os lados, sendo que as desvantagens podem ser equacionadas à medida que for se
consolidando a modalidade de trabalho à distância no país.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração e consolidação de um adequado planejamento estratégico com ênfase na


implantação de um sistema home office podem trazer contribuições valiosas ou alterar os seus
resultados. A instituição bancária em estudo adotou essa modalidade de trabalho com o
principal objetivo de diminuir os custos estruturais, porém foi visto que houve também
diminuição considerável em contas fixas. Dentre as vantagens estão: maior qualidade de vida
e aumento da satisfação do trabalho, além do aumento de produtividade, melhor organização
das atividades e redução do absenteísmo.

Desta forma, compreende-se que a implantação de home office envolve avaliações nas
esferas profissional, empresarial e cultural, onde as empresas podem considerar os aspectos de
produtividade, competitividade e de redução de custos como os fatores determinantes para
implantação do sistema, além de treinamento para atuação na modalidade de trabalho à
distância. Nesta pesquisa os objetivos de estudo foram atingidos, haja vista a compreensão de
que o home office é utilizado para a atração e retenção de colaboradores como forma de
gestão descentralizada em busca do aumento de potencial produtivo, expansão da
produtividade e da melhoria contínua nos processos de trabalho, da redução dos gastos
estruturais, além de permitir a otimização dos processos internos em longo prazo.

De acordo com o estudo as empresas que adotam a prática acreditam que a influência
na tomada de decisão para a implantação do home office consiste em perceber os benefícios
desse modelo de trabalho e que esta modalidade eleva o nível de satisfação laboral,
maximização da produtividade e engajamento.

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