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Índice

Introdução ............................................................................................................................................... 3
1. Métodos e Critérios de Avaliação de Investimento de Capital ........................................................... 4
1.1 Conceitos........................................................................................................................................... 4
1.2. Métodos de Selecção de Alternativas .............................................................................................. 5
1.2.1. Método de Valor Presente Liquido (VPL) .................................................................................... 6
1.2.2. VPL com taxas de descontos variáveis. ........................................................................................ 7
1.2.3. Payback ......................................................................................................................................... 8
1.2.3.1. Payback simples (PBS) .............................................................................................................. 8
1.2.3.2. Payback descontado ................................................................................................................. 10
1.2.4. Método da taxa interna de Retorno (TIR) ................................................................................... 11
1.2.4.1. Relação entre VAL e TIR ........................................................................................................ 14
1.3. Conclusão....................................................................................................................................... 16
1.4. Bibliografia .................................................................................................................................... 17
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Introdução
O presente trabalho, convêm abordar sobre a análise de Investimentos. Numa situação em
que os investidores/empreendedores pretendem aplicar o seu capital num determinado
investimento ideal, primeiramente, a que se fazer uma análise sobre o estudo de viabilidade
do mesmo para determinar se o investimento é viável ou devemos investir em outro
investimento. Este processo de análise de investimento, é feito partir de alguns métodos
fundamentais tais como: Valor Presente/Actual Liquido (VPL) e Taxa Interna de
Rendibilidade (TIR). Ao longo do trabalho, vamos explicar como cada um dos métodos
funciona e qual é a sua importância.

O trabalho tem como Objectivo Geral, Explanar sobre Analise de Investimento; E para
alcançar o Objectivo Geral do trabalho, ele leva os seguintes Objectivos Específicos:
Descrever o Funcionamento de cada um dos métodos, VLP e TIR; Caracterizar e Indicar
exemplos práticos.

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi à de consulta bibliográfica, que
constitui na leitura, críticas e analises das informações das informações de várias obras que
estão devidamente citados dentro do trabalho e na bibliografia.
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1. Métodos e Critérios de Avaliação de Investimento de Capital


1.1 Conceitos

Etapas de processo de avaliação, métodos de análise e selecção de alternativas de


investimento

Orçamento de capital é o nome dado ao processo de decisões de procura e aquisição de


activos de longo prazo. Com esse fim, existem várias técnicas, métodos, convenções e
critérios decisórios que são comummente utilizados na análise e no processo decisório.
(SAMANEZ, 1999:265).

SAMANEZ (1999), defende que São cinco (5) as principais etapas do processo de avaliação
de um projecto de investimento ou valoração de um activo real, a saber:

 Estimativa dos fluxos de caixa incrementais, depois de imposto, esperados para o


projecto.
 Avaliação do risco do projecto e determinação de taxa de desconto (custo de
oportunidade de capital) para o desconto dos fluxos de caixas incrementais futuros
esperado.
 Calculo dos indicadores económicos, especialmente o valor presente líquido (VPL).
 Reconhecimento das limitações do modelo, estimativa, valoração e incorporação na
análise dos intangíveis associados ao projecto.
 Tomada de decisões.

Segundo SAMANEZ (1999), os projectos de investimento podem ser classificados de


acordo com:
 Seu horizonte económico (por exemplo, projecto de curto e longo prazo).
 Sua a natureza (por exemplo, projectos tácticos – substituição de equipamentos –
e projectos estratégicos – projectos de expansão).
 Os tipos de incerteza envolvidos (incerteza técnica, incerteza económica/ de
mercado, incerteza estratégica) e ocorre principalmente (no custo, na receita, nos
imposto).
 Sua dependência em relação a outros projectos (por exemplo, projectos
independentes e projectos mutuamente exclusivos).
5

De acordo com a finalidade do projecto:


 De reposição (substituição de um equipamento velho por um novo).
 De redução de custo (substituição de um equipamento menos eficiente por um
mais eficiente).
 Ambientais (projecto de melhoramento das condições ambientais).
 De colecta de informação (P&D aplicada, exploração de petróleo, teste piloto de
mercado etc.).
 De expansão (projecto que aumentam a produção de bens e serviços).

De acordo com o tipo de projecto:


 De substituição (substituição de um equipamento velho por um novo).
 De redução de custo (substituição de um equipamento menos eficiente por um
mais eficiente).
 De expansão (projecto que aumentam a produção de bens e serviços).

1.2. Métodos de Selecção de Alternativas: Valor Presente Líquido, Pay-back Descontado


e Taxa Interna de Retorno.

Segundo JOBIM (2014:33),” Projecto é um conjunto de informações que permitem avaliar a


decisão de alocar recursos (ou não) para a produção de bens e serviços que satisfaçam
determinada procura.”

O valor de um projecto é baseado em sua capacidade de gerar fluxos de caixa futuros seja, na
capacidade de gerar renda económica, assim sendo, as alternativas de investimento podem ser
comparadas somente se as consequências monetárias forem um ponto comum no tempo e,
como a operação de um investimento ou financiamento tem medidas em um ponto
característico um espaçamento de fluxos de caixa ao longo de tempo, os critérios de avaliação
económica devem considerar actualização ou desconto dos fluxos. Entre o método que
desconta os fluxos de caixa, dois são os mais conhecidos e utilizados: o valor presente
Liquido (VPL) e o da taxa Interna de Retorno (TIR). Algumas vezes, e necessário termos
uma ideia do tempo de recuperação do investimento; neste caso, o método do pay-back
descontado nos auxilia. Os critérios de selecção que não actualizam fluxos de caixa, como,
por exemplo, o método do retorno sobre o investimento (ROI), aplicam conceitos
contabilísticos que, mesmo considerando a vantagem da simplicidade do seu uso, não
6

apropriados para medir renda económica gerada por um projecto de investimento


(SAMANEZ, 1999:266).

1.2.1. Método de Valor Presente Liquido (VPL)


O método de valor presente Liquido (VPL) tem como finalidade valorar em termos de valor
presente o impacto dos eventos futuros associados a um projecto ou alternativa de
investimento, ou seja, mede o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projecto ao
longo da sua vida útil. Não existindo restrição do capital, argumenta-se que esse critério leva
a escolha óptima, pois maximiza o valor da empresa (SAMANEZ, 1999:267). A seguinte
expressão define o VPL:

𝐹𝐶
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼 + ∑𝑛𝑡=1 (1+𝐾)
𝑡
𝑡
Critério de decisão: se VPL> 0 → Projecto

economicamente viável.

Ou:

𝐹𝐶 𝐹𝐶
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼 + ∑𝑛𝑖=1 (1+𝐾)
𝑇
𝑡 =
∑𝑛𝑡=0 𝑡
(1+𝐾)𝑡

F𝐶𝑡 representa o fluxo de caixa no t-ésimo período, I é o investimento inicial, K que é o custo
do capital e Σ símbolo, somatório, indica que deve ser ser realizada a soma da data 1 até a
data n dos fluxos de caixa descontado no período inicial. A regra decisória a ser seguida ao se
aplicar o VPL é: empreenda o projecto de investimento de capital se o VPL for positivo.

O objectivo de VPL e encontrar projectos ou alternativas de investimento que valham mais


para os patrocinadores do que custam – projectos que tenham VPL positivo. Seu cálculo
reflecte as preferências entre o consumo presente e consumo futuro e a incerteza associada
aos fluxos de caixa futuros. O processo por meio do qual os fluxos de caixa são ajustados a
esses factores chama-se desconto, e a magnitude desses factores e reflectida na taxa de
desconto usada (custo do capital). O processo de desconto converte os fluxos de caixa futuros
em valores presentes, pois fluxos de época diferentes não podem ser comparados nem
agregados enquanto não forem colocados em uma mesma época (SAMANEZ, 1999:267).

Podemos inferir como regra de decisão para utilização do VPL o seguinte (DAMODARAN,
2003:248):
7

Se o VPL> 0, o projecto deve ser aceite.


Se o VPL = 0, é indiferente ou não o projecto, já que não há lucro económico, apenas os
capitais foram remunerados e o lucro é somente contabilístico.
Se o VPL <0, o projecto não deve ser aceite.

Exemplo 1
Uma empresa estuda a possibilidade de reformar uma máquina. A reforma esta orçada em
200.000,00 e dará uma sobrevida de cinco anos ao equipamento, proporcionado uma
diminuição nos custos operacionais da ordem de 75.000,00 ao ano. Considerando um custo
de capital de 15% a.a. e usando o método do VPL e da TIR, analisar a viabilidade económica
da reforma do equipamento.

 A variação pelo método do VPL

75.000,00 75.000,00 75.000,00 75.000,00 75.000,00


𝑉𝑃𝐿 = −200.000,00 + + + + +
(1,15) (1,15)2 (1,15)3 (1,15)4 (1,15)5

= −200.000,00 + 65.217,39 + 56.710,78 + 49,313,72 + 42.881,49 +


37.288,26 = 51.411,63 > 0 Logo, como é positivo, aceitamos o investimento.

1.2.2. VPL com taxas de descontos variáveis.

Segundo DAMODARAN (2003:254)

O VPL, ao incorporar uma taxa de desconto que corresponde ao custo de


oportunidade do capital, é uma medida de risco do projecto. Como o período de
análise de um projecto normalmente se estende por alguns anos, a percepção por risco
por parte do investidor/empreendedor pode mudar com o passar do tempo. Portanto,
também pode mudar a taxa de desconto a ser utilizada para calcular o VPL.

Exemplo 2

Um empresário está a preparar um novo projecto no qual pretende investir inicialmente por
2.000.000,00. Os fluxos de caixa estimados do projecto, para os próximos 4 anos são os
seguintes:

CAPITAIS
ANOS
1 150.000,00
8

2 300.000,00
3 450.000,00
4 520.000,00

Entretanto, perante as incertezas por que passa a economia, este empresário não pretende
utilizar apenas uma taxa de desconto, mas quatro, da seguinte forma:

Ano 1 – 8,0 % ao ano;

Ano 2 – 10,0% ao ano;

Ano 3 – 12,0 ao ano;

Ano 4 – 13,5% ao ano.

Com base nessas informações, calculemos o VPL deste projecto. Primeiramente, a expressão
geral do VPL deve agora ser alterada para:

𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶𝑛


𝑉𝑃𝐿 = −𝐼0 + + +⋯+
(1 + 𝑘1 ) (1 + 𝑘1 )(1 + 𝑘2 ) (1 + 𝑘1 )(1 + 𝑘2 )(1 + 𝑘𝑛 )

Onde 𝑘1 , 𝑘2 …,𝑘𝑛 São as diferentes taxas de desconto por período.

150.000 300.000 450.000


𝑉𝑃𝐿 = −2.000.000 + + +
(1,08) (1,08)(1.10) (1,08)(1.10)(1,12)
520.000
+ = 948.683,57.
(1,08)(1.10)(1,12)(1,135)

Como VPL é negativo, o empresário não devera aceita-lo

1.2.3. Payback
Segundo DAMODARAN (2003:240) “Os métodos de payback procuram determinar o tempo
de recuperação do investimento Inicial 𝐼0 . Há dois métodos de payback”:

1.2.3.1. Payback simples (PBS)


Através deste método, somamos algebricamente 𝐼0 com os restantes fluxos até que o saldo se
torne nulo ou positivo.
9

Exemplo3

Suponha que os fluxos de caixa de um projecto tenham sido estimados como seguem (valores
anuais):

35000 35000 60000 70000 75000 78000 82000 90000

1 2 3 4 5 6 7 8
200.000,00

Na data zero, são desembolsados 200.000,00 e espera receber, nos anos de 1 a 8, os valores
mostrados no fluxo acima. Um empresário pode se perguntar:“Em quanto tempo recupero
este capital de 200.000,00?” Adoptando-se o PBS, basta somar algebricamente o desembolso
𝐼0 com as entradas FC, até o saldo de tornar zero como se mostra de seguida:

PERÍODO FLUXO SALDO DOS


CAPITAIS
0 - 200.000,00 - 200.000,00
1 35.000,00 - 165.000,00
2 35.000,00 -130.000,00
3 60.000,00 -70.000,00
4 70.000,00 0,00
5 75.000,00
6 78.000,00
7 82.000,00
8 90.000,00
Figura: análise de viabilidade pelo PBS

Ou seja, PBS= - 200.000,00 – 35.000 – 35.000 – 60.000 – 70.000 = 0. Generalizando este


resultado, o modelo PBS é:

𝑃𝐵𝑆 = ∑ 𝐹𝐶𝑡 = 0
𝑡=0

No nosso exemplo, o PBS = 4 anos. O critério de aceitação de um projecto por este método é
comparar o PBS com o prazo máximo de recuperação do investimento (PMRI) definido pelo
empresário e/ou elaborado pelo projecto. Se o investidor interessado neste projecto tem como
regra só aceitar projectos que se pague, até 5 anos, este seria um candidato a ser escolhido.
Por tanto, como regra geral:

Se PBS ≤ PMRI ⟹ aceita-se o projecto.


10

Se PBS> PMRI ⟹ rejeita-se o projecto.

1.2.3.2. Payback descontado


O conceito de PBD é o mesmo que do PBS só que, agora, é considerada uma taxa de
desconto correspondente ao custo do capital. Retomemos o exemplo anterior para entender o
conceito de PBD, considerando a taxa de desconto ou custo de capital de 12% ao ano.

PERÍODO FLUXO VP DOS SALDOS DOS


CAPITAIS CAPITAIS
ACTUALIZADOS
0 - 200.000,00 - 200.000,00 - 200.000,00
1 35.000,00 31.250,00 -168,750.00
2 35.000,00 27.901,00 - 140.848,00
3 60.000,00 42.706,81 - 98.141.40
4 70.000,00 44.486.27 -53.655,13
5 75.000,00 42.557,01 - 11.098,12
6 78.000,00 39.517,23 28.419,11
7 82.000,00 37.092,64
8 90.000,00 36.349,49
Figura, análise de viabilidade pelo PBD do exemplo 3:

Nas duas primeiras colunas, foram repetidos os anos e os capitais do exemplo 1. Na terceira
coluna, estes foram descontados à data zero à taxa de 12% utilizando se a função financeira
VP. Na quarta e ultima coluna, somou-se algebricamente o investimento inicial de –
200.000,00, com os valores actuais de cada capital. Assim, - 168.750,00 = -200.000,00 +
31.250,00 e assim por diante. Com a introdução de uma taxa que representa o custo do capital
para este investimento inicial de 200.000,00 só é recuperado entre o ano 5 e 6 (mas
precisamente em 5,28 anos), enquanto antes isso era conseguido até 4 ano. Se o investidor
mantivesse o seu critério de decisão de só aceitar projectos com prazos de recuperação do
investimento em até 5 anos, agora este projecto seria um candidato a rejeição.

 Incluindo o custo de capital, a fórmula fica:


𝑛
𝐹𝐶1
𝑃𝐵𝑆 = ∑ =0
(1 + 𝐾)𝑡
𝑡=0

Embora com a inclusão de uma taxa de desconto a análise do período de payback melhore,
uma vez que os capitais são comparados e avaliados numa mesma data, o problema de só
levar em consideração os capitais até à data de recuperação do investimento inicial acaba por
distorcer o objectivo do projecto central de avaliação de projectos: estimar o seu lucro, e
rendibilidade. Para esclarecer este ponto, vejamos o seguinte exemplo:
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Seja um projecto com os seguintes fluxos estimados, e com a taxa de desconto de 12% ao
ano.

PERÍODO FLUXO VP DOS SALDOS DOS


CAPITAIS CAPITAIS
ACTUALIZADOS
0 - 200.000,00 - 200.000,00 - 200.000,00
1 40.000,00 35.714,00 -164,286.00
2 60.000,00 47.832,00 - 116.454,00
3 60.000,00 42.707,00 - 73.1747.00
4 70.000,00 44.486.00 - 29.261,00
5 75.000,00 42.557,00 13.296,00
6 78.000,00 39.517,00 52.813,00
7 82.000,00 37.092,00 89.906,00
8 90.000,00 36.349,00 12.6255,00

Adoptando-se PBD como critério de aceitação de projectos, se o prazo máximo de aceitação


do investimento for de 3 anos, esse projecto será recusado, já que a recuperação do
investimento ocorre entre o 4º e 0 5º ano.

1.2.4. Método da taxa interna de Retorno (TIR)

A TIR é a taxa de retorno esperada do projecto de investimento. O método da TIR não tem
como finalidade a avaliação da rentabilidade absoluta a um determinado custo de capital
(processo de actualização), como o VPL, mas ao, contrario, seu objectivo é encontrar uma
taxa intrínseca de rendimento. Matematicamente, a TIR é uma taxa hipotética de desconto
que anula o VPL (SAMANEZ, 1999:270).

Suponha o seguinte fluxo de caixa de um projecto de investimento

Datas Capitais
0 - 1000,00
1 250,00
2 300,00
3 350,00
4 400,00

E admita que queremos observar o comportamento do VPL à medida que variamos a taxa de
desconto.

Na tabela abaixo, na primeira coluna, supomos um conjunto de taxas de desconto que variam
de 0% a 14%.
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Taxas de desconto VPL


0% 300,00
5% 141,63
10% 11,37
12% -34,30
14% -76,79

Repare que, quando a taxa muda de 10% para 12$, o VPL torna-se negativo. Por tanto, deve
existir uma taxa entre 10% e 12% que anula o VPL deste fluxo de caixa. No caso Presente,
ela existe (10,48%), e o seu nome é a Taxa Interna de Retorno (TIR). De acordo com
DAMODARAN (2003:258) “a taxa Interna de Retorno é a taxa que anula o VPL de um fluxo
de caixa”.

A expressão matemática da TIR é a seguinte:

𝑛
𝐹𝐶𝑡
𝑉𝑃𝐿 = ∑ =0
(1 + 𝑟 ∗)𝑡
𝑡=0

Onde r* é a TIR.

A TIR é a incógnita da equação acima, pois são conhecidas todos os fluxos de caixa do
projecto, e a não ser através do uso de calculadoras financeiras ou tabelas electrónicas, esta
taxa só pode ser obtida por tentativa e erro.

Para usar a TIR como método de avaliação de um projecto de investimento, necessitamos,


além dos fluxos de caixa do projecto, de uma taxa de desconto (taxa mínima de atractividade)
para comparação com a TIR. Com a regra de decisão temos o seguinte:

Se a TIR ≥ TMA ⇒ Aceitamos o Projecto

Se a TIR <TMA ⇒ Rejeitamos o Projecto

Exemplo 4:

O fluxo de caixa de um projecto apresenta os seguintes capitais:

Datas Capitais
0 -10.000,00
1 2.000,00
2 3.500,00
3 3.500,00
4 6.000,00
5 4.200,00
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Admitindo um custo de capital de 10% ao ano, verificar a viabilidade do projecto.


Primeiramente, vamos avaliar este projecto pelo VPL.

Utilizando a função VPL do Excel e adoptando os procedimentos já conhecidos sobre a


função, obtemos um VPL de 4.046,30. Como este VPL é positivo, devemos aceitar o
projecto.

Como o VPL é positivo à taxa de 10%, isto significa que a TIR é maior do que esta taxa.
Portanto, vamos arbitrar algumas taxas de desconto, a partir da taxa de 10%, e verificar o
comportamento do VPL. A tabela a baixo mostra-nos isso:

Taxas de desconto VPL


10% 4.046,30
15% 2.205,60
20% 704,09
25% -534,14

O VPL torna-se negativo entre 20% e 25%. Podemos partir agora desse conhecimento e
estreita um pouco mais essa distância, arbitrado agora taxas entre 20% e 23%, por exemplo:

Taxas de desconto VPL


20% 704,09
21% 437,42
22% 180,73
23% -66,47

Pelo resultado obtido acima, a TIR é maior do que 22% e menor do que 23% Vamos testar o
VPL para uma taxa de 22,5%. Ao fazê-lo, obtemos um VPL (22,5%) =55.97, que positivo.
Portanto, a TIR maior do que 22,5% e menor do que 23%. Experimentos 22,7%, Esta taxa
dá-nos UM VPL (22,7%) = 6,72, ainda positivo, mas bastante mais próximo a zero do que
22,5%. Experimentos, para finalizar, um intervalo entre 22,71% e 22,73. É o que se fará na
tabela seguinte:

Taxas de desconto VPL


22,70% 6,72
22,71% 4,24
22,72% 1,81
22,73% -0,61
14

Portanto, a TIR estará entre 22,72% e22,73%.

Os desenvolvimentos anteriores foram feitos para mostrar a dificuldade que pode existir para
obter a TIR de um fluxo de caixa. Para ultrapassar esta dificuldade.

Independente do número de decimais que a TIR possa ter, o que é fundamental entender é
que esta é maior do que a taxa de desconto (ou custo do capital ou taxa mínima de
atractividade) e, pela regra de decisão apresentada anteriormente, quando a TIR≥TMA,
aceitamos o projecto.

Então, o projecto é aceite tanto pela TIR quanto pelo VAL. E isto não é uma mera
coincidência. Embora os dois métodos tenham significados diferentes, estão intimamente
relacionados.

1.2.4.1. Relação entre VAL e TIR


Tal como antes, vamos arbitrar algumas taxas de desconto e ver o comportamento do VPL,
relativamente aos capitais do exemplo anterior.

Taxas VPL
0,0000% 9.200,00
10,0000% 4.046,30
15,0000% 2.205,60
20,0000% 704,09
22,7274% 0,00
23,0000% -66,47
24,0000% -304,62
25,0000% -534,14

Enquanto A TMA é menor do que a TIR, o VPL é positivo. Quando a TMA é igual a TIR, o
VPL é nulo. E, quando a TMA é maior do que a TIR, o VPL é negativo, Portanto, podemos
inferir que, para um dado conjunto de capitais, quando calculamos a TIR desses capitais e a
compararmos com a TMA exigida, podemos inferir que, (DAMODARAN, 2003:248):

Se a TIR≥ TMA⇒VAL≥0, o projecto deve ser aceite.

Se a TIR <TMA⇒VAL < 0, o projecto deve ser recusado.

Portanto, quando um projecto é aceite pelo método do VPL, também tem de ser aceire pelo
método da TIR e vice-versa.
15

VPL e TIR complementam-se Enquanto o VAL mede o lucro potencial do projecto, a TIR
mede a sua rendibilidade.

Segundo DAMODARAN (2003:263):

A TIR é uma taxa inerente ao fluxo de caixa de um projecto. Não é uma taxa
especificada exogenamente pelo empreendedor/investidor com a TMA. Está
embutida nas receitas líquidas esperadas pelo projecto. Portanto, é o custo efectivo do
capital para investidor, a sua efectiva rendibilidade, admitindo que as receitas líquidas
sejam reinvestidas à TIR pelo prazo de análise do projecto.

Embora a TIR seja amplamente utilizada, juntamente com o VPL, em avaliação de projectos,
há limitações importantes quanto ao seu uso generalizado.
16

1.3. Conclusão
Após uma breve explanação sobre a Análise de Investimento, Conclui-se que: é de extrema
importância a aplicação dos métodos VPL e TIR, pois elas ilustram antecipadamente qual
será o possível ganho ou lucro futuro e qual será a rendibilidade que esse mesmo projecto
pode proporcionar. Os dois métodos defendem teores diferentes mais, relacionando os dois,
existe um complemento que determina a viabilidade dos projectos.

O método TIR requer um certo experimento de taxas diferentes para anular o VPL, ou seja
requer um processo de ensaios de taxas para determinar o TIR.
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1.4. Bibliografia

DAMODARAN, Aswath, Avaliação de Investimento. Rio de Janeiro, Qualitymark Editora,


2003

JOBIM, Alceu. Matemática Financeira (com Excel) e suas aplicações. Escolar Editora,
Lisboa, 2014.

SAMANEZ, C.P. Matemática Financeira. Aplicações a análise de Investimentos, 3 ed. São


Paulo. Makron Books, 1999.

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