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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL I
PROFESSOR: SÉRGIO BRUNO DE ARAÚJO REBOUÇAS
ALUNA: KAROLINE MARQUES MATRÍCULA: 397115

Arquivamento do inquérito policial

O inquérito policial pode ser entendido como o procedimento administrativo, persecutório,


informativo e preparatório para a ação penal, ou seja, ele é considerado como pré-processual. Aury
Lopes Jr (2008) compreende que “Inquérito é o ato ou efeito de inquirir, isto é, procurar informações
sobre algo, colher informações acerca de um fato, perquirir”. Presidido pela autoridade policial, o
procedimento visa reunir elementos informativos para contribuir com a formação da opinio delicti do
titular da ação penal.
Existem alguns princípios relacionados ao inquérito policial que merecem destaque, entre eles
estão o princípio do sigilo e da obrigatoriedade. O primeiro deles prevê que a autoridade policial deve
garantir o sigilo indispensável para a elucidação do fato. O princípio da obrigatoriedade se aplica à
autoridade policial, que deve se obrigar a instaurar inquérito policial sempre que souber de crime
apurável através de ação penal pública.
Quanto ao tema central desse trabalho, arquivamento do inquérito policial, é preciso
compreendê-lo como o encerramento das investigações policiais. Em algumas situações, o inquérito
policial não consegue atingir seu objetivo de apuração da infração penal, por exemplo, a delimitação
de autoria ou a comprovação da materialidade do crime Isso se dá somente por decisão de autoridade
judiciária. O juiz é quem determinará o arquivamento de forma motivada se houver pedido do titular
da ação penal pública, ou seja, o Ministério Público.
O Código de Processo Penal é taxativo ao proibir a autoridade policial de arquivar o inquérito,
uma vez que sua função deve se restringir à investigação. O artigo 10, no parágrafo primeiro, do CPP,
determina que a autoridade policial deve elaborar um minucioso relatório do que tiver sido apurado e
enviar os autos ao juiz competente. O artigo 17 ratifica a proibição, pois aduz que “a autoridade policial
não poderá mandar arquivar autos de inquérito”.
O arquivamento de um inquérito policial pode ocorrer com base na justificativa da atipicidade
dos fatos relatados no inquérito, afinal, o fato denunciado precisa estar inserido na norma penal, ou
seja, ser típico. Além disso, mesmo que a conduta seja formalmente típica, se lesar de maneira
desprezível o bem jurídico protegido não se pode falar em tipicidade material. Desse modo, torna-se
indiferente ao Direito Penal e é inviável sequer iniciar a ação persecutória. A partir disso, é possível
compreender que os motivos que, geralmente, estão associados ao arquivamento relacionam-se com
a falta de provas suficientes que justifiquem a propositura da ação penal por parte do Ministério
Público.
Por se tratar de um ato administrativo complexo, o arquivamento do Inquérito Policial
depende de sucessivas manifestações do membro do Ministério Público e, posteriormente, do juiz. De
acordo com o art. 28 do CPP, caso o juiz não concorde com o arquivamento deve remeter os autos ao
Procurador Geral. Nesse caso, o procurador possui três possibilidades. Ele pode, pessoalmente,
oferecer a denúncia. Cabe a ele também a possibilidade de indicar outro promotor para oferecer a
denúncia ou pode insistir no pedido de arquivamento. Nessa última possibilidade, o juiz é obrigado a
arquivar os autos do inquérito policial.

Referências Bibiográficas

Código de Processo Penal. Decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm. Acesso em: 03 jul 2019

LOPES JUNIOR, Aury. Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional. 3 ed. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2008, v.I.

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