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“T” foi condenado por apropriação indébita previdenciária, ao cumprimento da pena de dois anos de reclusão e
multa, aplicada a suspensão condicional da pena, com a condição de prestar serviços à comunidade e não exercer
atividade gerencial ou diretiva durante o período de prova e, como efeito da condenação, a perda do cargo
diretivo na empresa onde trabalha. Por lapso do anterior defensor, não foi interposta apelação e a sentença
transitou em julgado. Promova a medida cabível para sanar as falhas da decisão condenatória.
REVISÃO CRIMINAL 2
Comarca, data.
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Advogado
1 Em razão do tipo penal envolvido, atente-se que a sentença atacada foi proferida por juiz federal, logo, a
revisão criminal deve ser proposta ao Tribunal Regional Federal da sua área de atuação.
2 A revisão criminal é ação de impugnação, promovida contra decisão condenatória, com trânsito em julgado,
nas hipóteses do art. 621 do Código de Processo Penal. Busca rescindir a coisa julgada, quando esta é
nitidamente ofensiva a texto legal ou quando dissociada das provas dos autos.
3 No caso presente, basta apresentar ao tribunal cópia da sentença condenatória, sem necessidade de se
produzir qualquer prova, pois a discussão é somente de direito. Se prova inédita surgisse, demonstrando a
inocência do réu, por exemplo, seria necessária a promoção da justificação, antes de se ingressar com a
revisão criminal.
4 Bis in idem significa “duas vezes a mesma coisa”, isto é, duas punições pela mesma causa, o que ofende o
princípio da legalidade.
5 Toda vez que se usar a palavra sursis, por não fazer parte da língua portuguesa, deve-se colocar em itálico ou
entre aspas.
6 In malam partem significa “em prejuízo da parte”, no caso, o réu. A analogia, em direito penal, só pode ser
usada, excepcionalmente, in bonam partem, ou seja, em favor do acusado.
7 Se reconhecido o erro judiciário, a indenização será liquidada no juízo cível, respondendo, no caso
apresentado, a União, já que a condenação advém de Vara da Justiça Federal (art. 630, § 1.º, CPP).
8 O Ministério Público funciona, na revisão criminal, como fiscal da lei, oferecendo parecer pela procedência ou
improcedência. Alguns autores o situam como polo passivo da demanda, com o que não podemos concordar,
pois sua função não é defender a decisão condenatória, nem contestar o pedido, mas apenas opinar em
qualquer sentido.