Sei sulla pagina 1di 18

Primeiro Concílio de Niceia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Primeiro Concílio de Niceia foi um concílio de Primeiro Concílio de Niceia


bispos cristãos, reunidos na cidade de Niceia da Bitínia
(atual İznik, província de Bursa, Turquia) pelo Imperador
Romano Constantino I em 325. Constantino I organizou o
concílio nos moldes do senado romano e o presidiu, mas
não votou oficialmente.

Este concílio ecumênico foi a primeira tentativa de


alcançar um consenso na Igreja através de uma assembléia
representando toda a cristandade. Ósio, bispo de Córdoba,
provavelmente um legado papal, pode ter presidido suas
deliberações.[5][6]
Afresco do século XVI representando o Primeiro
Seus principais feitos foram a resolução da questão Concílio de Niceia.
cristológica da natureza divina de Jesus e sua relação com Data 20 de maio de 325 - 19 de junho de 325
Deus Pai;[3] a construção da primeira parte do Credo Aceite por
Niceno; a fixação da data da Páscoa[7] e a promulgação da Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
lei canônica em sua primeira forma.[4][8]
Igreja Assíria do Oriente
Concílio Concílio de Jerusalém
anterior
Índice Concílio Primeiro Concílio de Constantinopla
seguinte
Visão geral
Convocado Imperador Constantino I
Características e propósitos por
Participantes Presidido Ósio de Córdoba (e Imperador
Agenda e procedimentos
por Constantino I)[1]
Controvérsia ariana Afluência 318 (número tradicional)
Argumentos a favor do arianismo 250–318 (estimativas)
Argumentos contra o arianismo
Resultado do debate Tópicos de Arianismo, controvérsia da Páscoa,
discussão ordenação de eunucos, proibição de se
Credo Niceno
ajoelhar aos domingos e da Páscoa ao
Cálculo da Páscoa Pentecostes, batismo de heréticos,
estatuto dos prisioneiros na
Cisma meleciano perseguição de Licínio, cisma
Promulgação da lei canônica meleciano, diversos outros assuntos.[2]
Efeitos do concílio Documentos Credo Niceno,[3] vinte cânones[4] e uma
Função de Constantino epístola sinodal.[2]
Equívocos Todos os Concílios Ecuménicos Católicos
Cânone bíblico Portal do Cristianismo
Trindade
Questões disputadas
Função do bispo de Roma
Celebração litúrgica
Ver também
Referências
Bibliografia
Fontes primárias
Fontes secundárias

Visão geral
O Primeiro Concílio de Niceia foi o primeiro concílio ecumênico da Igreja.[9] Seus feitos resultaram em um dos primeiros
símbolos da fé e doutrina cristã, chamado de Credo Niceno. Com a criação deste credo, estabeleceu-se um precedente para
os concílios locais e regionais subsequentes (Sínodos), realizados pelos bispos, para criar declarações de crença e cânones
da ortodoxia doutrinária — com a intenção de definir a unidade das crenças para toda a cristandade.

Derivado do grego koiné (em grego: οἰκουμένη; transl.:  , "o habitado"), "ecumênico" significa "no mundo todo;
de âmbito geral, universal". O termo, de modo geral, foi usado para se referir à Terra conhecida e habitada,[10] o que
naquele momento da história se referia em grande parte ao Império Romano. Os primeiros usos do termo aplicados a um
concílio são em "Vida de Constantino", escrito por Eusébio de Cesareia[11] em torno de 338, no qual ele afirma que "ele
convocou um concílio ecumênico" (em grego: σύνοδον οἰκουμενικὴν συνεκρότει; transl.: 
),[12] e numa carta ao Papa Dâmaso I e aos bispos latinos do Primeiro Concílio de Constantinopla em 382.[13]

Um dos propósitos do concílio foi resolver as divergências que surgiram dentro da Igreja de Alexandria sobre a natureza de
Jesus e sua relação com o Pai. Discussões sobre a origem do Filho envolveram dois posicionamentos: se ele não teve
começo e foi gerado pelo Pai a partir de seu próprio ser ou se teve começo e foi criado do nada.[14] Alexandre e Atanásio,
ambos de Alexandria, tomaram a primeira posição e o popular presbítero Ário, de quem vem o termo arianismo, tomou a
segunda. O concílio decidiu, esmagadoramente, contra os arianos. De aproximadamente 318 participantes, todos, com
exceção de dois, concordaram em assinar o credo e estes dois, juntamente com Ário, foram banidos para a Ilíria.[9][15]

Outro resultado do concílio foi um acordo sobre quando celebrar a Páscoa, a mais importante festa do calendário
eclesiástico, decretado em uma epístola à Igreja de Alexandria na qual se diz:

Nós também lhe enviamos as boas novas do acordo relativo à sagrada Páscoa, isto é,
“ em resposta às suas orações, esta questão também foi resolvida. Todos os irmãos do
Oriente que até o momento seguiram a prática judaica, a partir de agora, observarão o

costume dos romanos e de vocês e de todos nós que, desde os tempos antigos,
mantivemos a Páscoa juntamente com vocês.[16]
Historicamente significativo como o primeiro esforço para alcançar um consenso na Igreja através de uma assembléia
representando toda a cristandade, o concílio foi a primeira ocasião em que os aspectos técnicos da cristologia foram
discutidos.[17] Por meio dele, estabeleceu-se um precedente para os concílios gerais posteriores adotarem credos e
cânones. Este concílio é, geralmente, considerado o início do período dos primeiros sete concílios ecumênicos da história
do cristianismo.

Características e propósitos
O Primeiro Concílio de Niceia foi convocado pelo Imperador Constantino, o Grande, em consequência das recomendações
de um sínodo liderado por Ósio de Córdoba no tempo pascal de 325. Este sínodo havia sido encarregado de investigar o
problema causado pela controvérsia ariana no leste grego do mundo greco-romano.[18] Para a maioria dos bispos, os
ensinamentos de Ário eram heréticos e perigosos para a salvação das almas.[19] No verão de 325, os bispos de todas as
províncias foram convocados a Niceia, um lugar razoavelmente acessível a muitos representantes, particularmente os da
Ásia Menor, Geórgia, Armênia, Síria, Palestina, Egito, Grécia e Trácia.

Este foi o primeiro concílio geral na história da Igreja convocado por Constantino I. No Concílio de Niceia, "a Igreja deu
seu primeiro grande passo para definir a doutrina revelada, de forma mais precisa, em resposta a um desafio de uma
teologia herética."[20]

Participantes
Constantino convidou todos os 1  800 bispos da igreja cristã dentro do
Império Romano (cerca de 1 000 no leste e 800 no oeste), mas apenas um
número menor e desconhecido compareceu. Eusébio de Cesareia calculou
mais de 250,[21] Atanásio de Alexandria contou 318,[12] e Eustácio de
Antioquia estimou aproximadamente 270[22] (todos os três estavam
presentes no concílio). Mais tarde, Sócrates de Constantinopla registrou
mais de 300,[23] e Evágrio,[24] Hilário de Poitiers,[25] Jerônimo,[26]
Dionísio Exíguo[27] e Rufino de Aquileia[28] registraram 318. O número
318 é preservado nas liturgias da Igreja Ortodoxa.[29]

Representantes vieram de todas as regiões do Império Romano, incluindo


a Britânia.[30] Os bispos participantes receberam gratuitamente viagens
de suas sedes episcopais para o concílio, bem como alojamentos e viagens
de retorno. Esses bispos não viajaram sozinhos, cada um tinha permissão
para trazer consigo dois presbíteros e três diáconos, de modo que o
número total de participantes poderia ser estimado em torno de 1  800.
Eusébio fala de uma quantidade de acompanhantes quase inumerável,
Ícone ortodoxo representando o Primeiro
composta de padres, diáconos e acólitos. Um manuscrito siríaco lista os Concílio de Niceia.
nomes dos bispos orientais, registrando vinte e dois da Cele-Síria,
dezenove da Palestina, dez da Fenícia, seis da Arábia etc., apesar da
distinção entre bispos e presbíteros ainda não ter se formado completamente nessa época.[31][32]

Os bispos orientais formaram a grande maioria, entre eles, dois patriarcas ocuparam lugares de destaque: Alexandre de
Alexandria e Eustácio de Antioquia. Muitos dos padres reunidos — por exemplo, Pafúncio de Tebas, Potamão de Heracleia
e Paulo de Neocesareia — haviam se apresentado como confessores da fé, chegando ao concílio com as marcas de
perseguição em seus rostos. Essa posição é defendida por Timothy Barnes, um estudioso da patrística, em seu livro
"Constantino e Eusébio".[33] Historicamente, a influência desses confessores martirizados tem sido vista como essencial,
mas pesquisas recentes colocaram isso em dúvida.[28]

Outros participantes notáveis foram Eusébio de Nicomédia; Eusébio de Cesareia, considerado o pai da história da Igreja;
circunstâncias sugerem a participação de Nicolau de Mira (sua vida foi a semente para as lendas sobre o Papai Noel);
Macário de Jerusalém, futuramente um fiel defensor de Atanásio; Aristácio I da Armênia (filho de São Gregório, o
Iluminador); Leôncio de Cesareia; Jacó de Nísibis, um antigo eremita; Hípio de Gangra; Protógenes de Sárdica; Melício de
Sebastópolis; Aquiles de Lárissa (considerado o "Atanásio da Tessália")[34] e Espiridão, o Taumaturgo, que ganhava a vida
como pastor, mesmo sendo bispo.[35] De lugares estrangeiros participaram João, bispo da Pérsia e da Índia; Teófilo, bispo
dos godos e Estratófilo, bispo de Bichvinta, na Geórgia.

As províncias de língua latina enviaram pelo menos cinco representantes: Marco de Calábria, da Itália; Ceciliano de
Cartago, da África; Ósio de Córdoba, da Hispânia; Nicásio de Dijon, da Gália; e Dômno de Estridão, da região do
Danúbio.[34]

Atanásio de Alexandria, um jovem diácono e companheiro do bispo Alexandre de Alexandria, estava entre os assistentes.
Atanásio, possivelmente, passou a maior parte da sua vida lutando contra o arianismo. Alexandre de Constantinopla, então
presbítero, também estava presente como representante de seu bispo idoso.[34]

Os partidários de Ário incluíam Segundo de Ptolemais, Teono de Marmárica, Zéfrio e Dates, todos vindos da Pentápole
líbia. Outros adeptos incluíam Eusébio de Nicomédia, Paulino de Tiro, Átio de Lida, Menofanto de Éfeso e Teógnis de
Niceia.[34][36]

"Resplandecente em púrpura e ouro, Constantino fez uma entrada cerimonial na abertura do concílio, provavelmente no
início de junho, mas respeitosamente estabeleceu os bispos à sua frente."[5] Como Eusébio descreveu, Constantino
"passou pelo meio do assembléia, como algum mensageiro celestial de Deus, vestido em vestes que brilhavam como se
fossem raios de luz, refletindo o brilho radiante de um manto de púrpura, e adornado com o esplendor brilhante de ouro
e pedras preciosas."[37] O imperador esteve presente como superintendente e presidente, mas não deu nenhum voto
oficial. Constantino organizou o concílio nos moldes do senado romano. Ósio de Córdoba, possivelmente, presidiu as
deliberações, provavelmente, como um representante pessoal do papa.[5] Eusébio de Nicomédia provavelmente proferiu o
discurso de boas vindas.[5][38]

O papa Silvestre I, que exercia seu pontificado na época, não compareceu ao concílio. Nos primeiros concílios, os papas
não participavam e costumavam enviar representantes seus, entretanto, é importante ressaltar que as sedes patriarcais
sempre eram consultadas na resolução das grandes questões. Silvestre I foi informado da condenação de Ário, ocorrida no
Sínodo de Alexandria (320 a 321), e para o Concílio de Niceia enviou dois presbíteros romanos como representantes, Vito e
Vicente. Uma fonte da influência do Bispo de Roma é que as assinaturas dos três clérigos — Ósio, Vito e Vicente — estão
sempre em primeiro lugar, bem como a citação de seus nomes pelos historiadores do concílio, o que seria estranho se eles
não fossem representantes do papa, dado que o concílio se deu no Oriente e os três clérigos eram ocidentais.

Agenda e procedimentos
A agenda do concílio incluiu:

1. A questão ariana sobre a relação entre Deus, o Pai, e Deus, o Filho, não apenas em sua forma encarnada, como
Jesus, mas também em sua forma anterior a criação do mundo.
2. A data de celebração da Páscoa.
3. O cisma meleciano.
4. Vários assuntos de disciplina da Igreja que resultaram em vinte cânones:

1. Estrutura organizacional da Igreja.


2. Padrões de dignidade e adequação de comportamentos e antecedentes para o clero.
3. Reconciliação dos lapsis, com estabelecimento de normas para arrependimento e penitência pública.
4. Readmissão à Igreja de hereges e cismáticos, incluindo questões sobre quando a reordenação e o rebatismo
seriam necessários.
5. Prática litúrgica, incluindo questões sobre o lugar dos diáconos e a prática da oração durante a liturgia.[39]
O concílio foi formalmente aberto em 20 de maio, na estrutura central do
palácio imperial em Niceia, com discussões preliminares da questão
ariana. O imperador Constantino chegou quase um mês depois em 14 de
junho.[40] Nestas discussões, algumas figuras dominantes foram Ário e
seus vários adeptos. "Cerca de 22 bispos do concílio, liderados por
Eusébio de Nicomédia, vieram como partidários de Ário, mas quando
algumas das passagens mais chocantes de seus escritos foram lidas, elas
eram quase universalmente vistas como blasfêmias."[5] Os bispos
Teógnis de Niceia e Máris de Calcedônia estavam entre os primeiros
apoiadores de Ário.

Eusébio de Cesareia chamou a atenção para o credo batismal de sua


própria diocese em Cesareia, na Palestina, como uma forma de
reconciliação. A maioria dos bispos concordou. Por algum tempo, os
estudiosos pensaram que o Credo Niceno original foi baseado nesta
declaração de Eusébio. Hoje, a maioria dos estudiosos acreditam que o
Credo é derivado do credo batismal de Jerusalém, como Hans Lietzmann
Constantino, o Grande, convocou os
propôs. bispos da igreja cristã para Niceia
(mosaico localizado na Basílica de Santa
Os bispos ortodoxos conquistaram a aprovação de cada uma de suas Sofia, Istambul, antiga Constantinopla).
propostas sobre o Credo. Depois de estar em sessão por um mês inteiro, o
concílio promulgou em 19 de junho o Credo Niceno original. Esta
profissão de fé foi adotada por todos os bispos, "exceto dois da Líbia, que tinham sido intimamente associados à Ário
desde o início".[20] Nenhum registro histórico explícito de suas discordâncias foi preservado e as assinaturas desses bispos
estão simplesmente ausentes do Credo. As sessões continuaram a tratar de assuntos menores até 25 de agosto.[40]

Controvérsia ariana
A controvérsia ariana surgiu em Alexandria quando o recém-reinstaurado presbítero Ário começou a difundir visões
doutrinárias contrárias às de seu bispo, Alexandre de Alexandria.[41] As questões disputadas centraram-se na natureza e
no relacionamento de Deus (o Pai) e do Filho de Deus (Jesus). Os desacordos surgiram de ideias diferentes sobre a
divindade e o que significava para Jesus ser o Filho de Deus. Alexandre sustentava que o Filho era divino, exatamente no
mesmo sentido que o Pai é, co-eterno com o Pai, do contrário ele não poderia ser um Filho verdadeiro.[14][42]

Ário enfatizou a supremacia e singularidade de Deus Pai, significando que o Pai é todo-poderoso e infinito, e que, portanto,
a divindade do Pai deve ser maior que a do Filho. Ário ensinou que o Filho teve um começo, e que ele não possuía nem a
eternidade nem a verdadeira divindade do Pai, mas foi feito "Deus" somente pela permissão e poder do Pai, e que o Filho
era o primeiro e a mais perfeita das criaturas de Deus.[14][42]

As discussões e debates arianos no concílio estenderam-se de 20 de maio a 19 de junho de 325.[42] De acordo com relatos
lendários, o debate tornou-se tão acalorado que, a certa altura, Ário foi atingido no rosto por Nicolau de Mira, que mais
tarde seria canonizado.[43] Este relato é quase certamente apócrifo, já que o próprio Ário não estaria presente na câmara
do concílio devido ao fato de que ele não era um bispo.[44]

Grande parte do debate dependia da diferença entre ser "nascido" ou "criado" e ser "gerado". Os arianos viram isso,
essencialmente, como o mesmo, ao contrário dos seguidores de Alexandre. O significado exato de muitas das palavras
usadas nos debates em Niceia ainda não estavam claras o suficiente para os falantes de outras línguas. Palavras gregas
como "essência" (ousia), "substância" (hypostasis), "natureza" (physis), "pessoa" (prosopon), traziam uma variedade de
significados extraídos de filósofos pré-cristão e que implicaram em mal-
entendidos até que foram finalmente esclarecidos. A palavra homoousia,
em particular, foi inicialmente desprezada por muitos bispos por causa de
suas associações com os hereges gnósticos (que a usavam em sua
teologia), e porque suas heresias haviam sido condenadas no Sínodo de
Antioquia em 264-268.

Argumentos a favor do arianismo


Segundo relatos encontrados, o presbítero Ário defendeu a supremacia de
Deus, o Pai, e sustentou que o Filho de Deus foi criado com um ato da
vontade do Pai. A premissa era que o Filho foi a primeira criatura de Deus,
antes de todas as eras, teve um começo e somente o Pai não teve começo.
A argumentação era que tudo o mais foi criado por meio do Filho, desse
modo, somente o Filho foi criado diretamente por Deus. Ário acreditava
que o Filho de Deus era capaz de ter livre arbítrio do certo e errado; que
"se Ele fosse um filho, no sentido mais verdadeiro, devia ter vindo depois
do Pai, e obviamente houve um tempo quando Ele não existia, e Constantino I e a queima dos livros
portanto, era um ser finito";[45] e que Ele estava sob a autoridade e arianos, ilustração de um compêndio do
grandeza de Deus, o Pai. Ário insistiu que a divindade do Pai era maior norte da Itália sobre o direito canônico.
que a do Filho. Os arianos recorreram às escrituras, citando afirmações
bíblicas como «o Pai é maior do que eu» (João 14:28) e também que o Filho é
«primogênito de toda a criação» (Colossenses 1:15).

Argumentos contra o arianismo


A visão oposta originou-se da ideia de que gerar o Filho é, em si mesmo, a natureza
do Pai, que é eterno. O Pai sempre foi um Pai e tanto o Pai como o Filho sempre
existiram juntos, eternamente e consubstancialmente.[46] O argumento contra os
arianos afirmavam que o Logos (o "Verbo") era "eternamente gerado", portanto,
sem começo. Os adversários de Ário acreditavam que seguir a visão ariana destruía
a unidade da divindade e tornava o Filho desigual ao Pai e insistiram que tal visão
transgredia as escrituras, que afirmam que «Eu e o Pai somos um» (João 10:30) e
«o Verbo era Deus» (João 1:1). Eles declararam, como fez Atanásio,[47] que o Filho
não teve começo, mas teve uma "derivação eterna" do Pai e, portanto, era co- O Concílio de Niceia, com Ário
eterno com ele e igual a Deus em todos os aspectos.[48] descrito como derrotado pelo
concílio, deitado sob os pés do
Imperador Constantino I.
Resultado do debate
O concílio declarou que o Filho era verdadeiro Deus, co-eterno com o Pai e gerado de sua mesma substância,
argumentando que tal doutrina codificava melhor a apresentação bíblica do Filho, assim como a crença cristã tradicional
sobre ele transmitida pelos apóstolos. Essa crença foi expressa pelos bispos no Credo de Niceia, que formou a base do que
é conhecido atualmente como Credo Niceno-Constantinopolitano.[49]

Credo Niceno
Um dos projetos empreendidos pelo concílio foi a criação de um Credo,
uma declaração de um resumo da fé cristã. Vários credos já existiam;
muitos credos eram aceitáveis para os membros do concílio, inclusive
Ário. Desde os primórdios, vários credos serviram como meio de
identificação para os cristãos, como meio de inclusão e reconhecimento,
especialmente no batismo.

Em Roma, por exemplo, o Credo dos Apóstolos era popular,


especialmente para o uso na Quaresma e na época da Páscoa. No Concílio
de Niceia, um credo específico foi usado para definir claramente a fé da
Igreja, incluir aqueles que a professavam e excluir aqueles que não a
professavam. Elementos distintivos do Credo Niceno, talvez pela mão de
Ósio de Córdoba, foram acrescentados, alguns especificamente para
combater o ponto de vista ariano.[14][50] Jesus Cristo é descrito como:

1. "Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus", o que proclama


sua divindade.
2. "Gerado, não criado", o que afirma que ele não é uma mera criatura,
trazida à existência a partir do nada. Ícone representando o Imperador
3. "De uma só substância com o Pai", o que afirma que, embora seja Constantino e os bispos do Primeiro
"Deus verdadeiro" e Deus Pai também seja "Deus verdadeiro", eles
Concílio de Nicéia (325) segurando o
são um único ser, de acordo com o que é encontrado em João 10:30.
O termo grego homoousios (que significa consubstancial, isto é, "da Credo Niceno-Constantinopolitano de
mesma substância") é atribuído por Eusébio a Constantino que, 381.
nesse ponto particular, pode ter escolhido exercer sua autoridade.
Tais questões levantadas seriam seriamente controvertidas no futuro. No final do credo veio uma lista de anátemas,
concebida para repudiar explicitamente as alegações dos arianos:

1. A visão de que "houve um momento em que Ele [o Filho] não existiu" foi rejeitada para manter a co-eternidade do
Filho com o Pai.
2. A opinião de que ele era "mutável ou sujeito a mudanças" foi rejeitada para sustentar que o Filho, tal como o Pai,
estava além de qualquer forma de fraqueza ou corruptibilidade e, o mais importante, que Ele não poderia abandonar
a perfeição moral absoluta.
Assim, em vez de um credo batismal aceitável tanto para os arianos quanto para seus oponentes, o concílio promulgou um
que era claramente contrário ao arianismo e incompatível com o núcleo distintivo de suas crenças. O texto desta profissão
de fé é preservado em uma carta de Eusébio para Atanásio, para sua congregação e outros lugares. Embora fossem os mais
anti-arianos, aqueles que defendiam o termo consubstancialidade, a homoousia (traduzida como "da mesma substância",
que havia sido condenado no Sínodos de Antioquia em 264-268, estavam em minoria. O credo foi aceito pelo concílio
como uma expressão da fé comum dos bispos e da antiga fé de toda a Igreja.

O bispo Ósio de Córdoba, um dos defensores do termo consubstancialidade, ajudou o concílio a entrar em um consenso.
Na época, ele era o confidente do imperador em todos os assuntos da Igreja. Ósio esteve à frente das listas de bispos, e
Atanásio atribui a ele a formulação real do credo. Grandes líderes como Eustácio de Antioquia, Alexandre de Alexandria,
Atanásio e Marcelo de Ancira, todos aderiram à posição da consubstancialidade.

Apesar de sua simpatia por Ário, Eusébio de Cesareia aderiu às decisões do concílio, aceitando todo o credo. O número
inicial de bispos que apoiavam Ário era pequeno. Após um mês de discussão, em 19 de junho, restavam apenas dois: Teono
de Marmárica, na Líbia, e Segundo de Ptolemaida. Máris de Calcedônia, que inicialmente apoiou o arianismo, concordou
com todo o credo. Da mesma forma, Eusébio de Nicomédia e Teógnis de Niceia também concordaram, exceto por certas
declarações.
O imperador então determinou que todos que se recusassem a endossar o credo seriam exilados. Ário, Teono e Segundo
recusaram-se a aderir ao credo e foram exilados na Ilíria, além de serem excomungados. As obras de Ário foram
condenadas a serem confiscadas e consignadas às chamas,[9] enquanto seus partidários foram considerados "inimigos do
cristianismo".[51] No entanto, a controvérsia continuou em várias partes do império.[52]

O Credo foi alterado para uma nova versão pelo Primeiro Concílio de Constantinopla em 381, o chamado Credo Niceno-
Constantinopolitano.

Cálculo da Páscoa
A festa da Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica e à festa dos pães ázimos, pois os cristãos acreditam que a crucificação
e a ressurreição de Jesus ocorreram no tempo dessas observâncias. Já no pontificado do papa Sisto I, alguns cristãos
colocaram a Páscoa em um domingo no mês lunar de nissan. Para determinar qual mês lunar deveria ser designado como
nissan, os cristãos confiavam na comunidade judaica. No final do terceiro século, alguns cristãos começaram a expressar
insatisfação com o que consideravam ser o estado desordenado do calendário judaico. Eles argumentaram que os judeus
contemporâneos estavam identificando incorretamente o mês de nissan, escolhendo um mês cujo décimo quarto dia caía
antes do equinócio da primavera.[53]

Os cristãos, argumentavam alguns pensadores, deveriam abandonar o costume de confiar nos judeus e fazer seus próprios
cálculos para determinar qual mês deveria ser denominado nissan, definindo a Páscoa dentro desse sistema independente,
um nissan cristão, que sempre determinaria a data depois do equinócio. Eles justificaram essa ruptura com a tradição
argumentando que era, de fato, o calendário judaico contemporâneo que rompera com a tradição ao ignorar o equinócio e
que nos tempos antigos o décimo quarto dia de nissan nunca havia precedido o equinócio.[54] Outros achavam que a
prática costumeira de confiar no calendário judaico deveria continuar, mesmo se os cálculos judaicos estivessem errados
do ponto de vista cristão.[55]

A controvérsia entre aqueles que defendiam os cálculos independentes e aqueles que defendiam a confiança contínua no
calendário judaico, conhecido como quartodecimanos, foi formalmente resolvida pelo concílio, que endossou o
procedimento independente que esteve em uso por algum tempo em Roma e Alexandria. A Páscoa deveria ser um domingo
em um mês lunar escolhido de acordo com critérios cristãos — com efeito, um nissan cristão — e não no mês de nissan
definido pelos judeus.[7] Aqueles que defendiam a confiança contínua no calendário judaico foram convidados a aderir à
posição majoritária. Que eles não o fizeram imediatamente é revelado pela existência de sermões,[56] cânones,[57] e
tratados[58] escritos contra essa prática no final do século IV.

Essas duas regras, independência do calendário judaico e uniformidade universal, eram as únicas regras para a Páscoa
explicitamente estabelecidas pelo concílio. Nenhum detalhe para o cálculo foi especificado; estes foram trabalhados na
prática, um processo que levou séculos e gerou uma série de controvérsias (ver também cálculo da Páscoa). O concílio
aparentemente não determinou que a Páscoa deve cair no domingo, por exemplo.[59]

O concílio também não decretou que a Páscoa nunca deveria coincidir com décimo quarto dia de nissan (o primeiro dia
dos pães sem fermento, agora comumente chamado de "Páscoa") do calendário hebraico. Ao endossar a mudança para
cálculos independentes, o concílio separou o cálculo da Páscoa de toda dependência, positiva ou negativa, do calendário
judaico. A alegação de que a Páscoa deve sempre seguir o décimo quarto dia de nissan no calendário hebraico, não foi
formulada até depois de alguns séculos. Naquela época, o acúmulo de erros no calendário juliano solar e lunar havia feito
com que a Páscoa sempre estivesse próxima ao décimo quarto dia de nissan do calendário hebraico.[60]

Cisma meleciano
A supressão do cisma meleciano foi outro assunto importante que antecedeu o Concílio de Niceia. Foi decidido que
Melécio deveria permanecer em sua própria cidade, Licópolis no Egito, mas sem exercer autoridade ou o poder de ordenar
novos membros para o clero; ele foi proibido de entrar nos arredores da cidade ou de se dirigir para outra diocese com o
propósito de ordenar seus súditos. Melécio reteve seu título episcopal, mas os clérigos ordenados por ele deviam receber
novamente a imposição das mãos, o que de fato invalidou as ordenações realizadas por Melécio. O clero ordenado por
Melécio foi recebeu ordens de dar precedência àqueles ordenados por Alexandre e de não realizarem nenhuma ação sem o
consentimento do bispo Alexandre.[61]

No caso da morte de um bispo não-meleciano ou eclesiástico, a sé episcopal desocupada poderia ser entregue a um
meleciano, desde que ele fosse digno e a eleição popular fosse ratificada por Alexandre. Quanto ao próprio Melécio, os
direitos e prerrogativas episcopais lhe foram retirados. Essas medidas brandas, no entanto, foram em vão; os melecianos
juntaram-se aos arianos e causaram mais discórdia do que nunca, estando entre os piores inimigos de Atanásio. Os
melecianos finalmente acabaram extintos em meados do século V.

Promulgação da lei canônica


O concílio promulgou vinte novas leis da Igreja, chamadas cânones (embora o número exato esteja sujeito a debate), isto é,
regras imutáveis de disciplina. Os vinte, como listados pelos "Padres Nicenos e Pós-Nicenos",[62] são os seguintes:

1. Proibição da auto-castração.
2. Estabelecimento de um período mínimo de estudo para os catecúmenos (pessoas que
estudam para receber o batismo).
3. Proibição da presença de uma mulher mais jovem na casa de um clérigo, que poderia
colocá-lo sob suspeita de prática do casamento espiritual (onde um homem e uma mulher
castos vivem juntos, como irmão e irmã).
4. Ordenação de um bispo na presença de pelo menos três bispos provinciais e com
confirmação do bispo metropolitano.[9]
5. Provisão de dois sínodos provinciais a serem realizados anualmente.
6. Confirmação de antigos costumes, dando jurisdição sobre grandes regiões aos bispos de
Alexandria, Roma e Antioquia.
7. Reconhecimento dos direitos honorários da sé de Jerusalém.
8. Provisões sobre os novacianistas.
9–14. Provisão de processo leve contra os lapsi durante a perseguição sob o imperador Licínio.
15–16. Proibição da remoção de sacerdotes das localidades para as quais foram ordenados.
17. Proibição de usura entre os clérigos.
18. Precedência de bispos e presbíteros antes dos diáconos em receber a Eucaristia (santa
comunhão).
19. Declaração da nulidade do batismo realizado pelos hereges seguidores de Paulo de
Samósata.
20. Proibição de ajoelhar aos domingos e durante o Pentecostes (os cinquenta dias que se
iniciam na Páscoa). De pé era a postura normativa para a oração neste momento, como ainda
é entre os cristãos orientais. Ajoelhar-se era considerado mais apropriado para a oração
penitencial, distinto da natureza festiva do tempo pascal e de sua lembrança em todos os
domingos. O cânone em si foi projetado apenas para garantir uniformidade de prática nos
horários designados.

Concluindo a reunião em 25 de julho de 325, os padres do concílio comemoraram o vigésimo aniversário do imperador.
Em seu discurso de despedida, Constantino informou ao público como ele era avesso à controvérsia dogmática; ele queria
que a Igreja vivesse em harmonia e paz. Em uma carta circular, ele anunciou a unidade de prática realizada por toda a
Igreja na data da celebração da Páscoa cristã.
Efeitos do concílio
Os efeitos a longo prazo do Concílio de Niceia foram significativos. Pela primeira vez, representantes de muitos dos bispos
da Igreja se reuniram para concordar com uma declaração doutrinária. Também pela primeira vez, o imperador
desempenhou um papel, chamando os bispos sob sua autoridade e usando o poder do estado para dar o efeito às ordens do
concílio.

Em curto prazo, no entanto, o concílio não resolveu completamente os problemas que foi convocado para discutir e um
período de conflito e agitação continuou por algum tempo. O próprio Constantino foi sucedido por dois imperadores
arianos no Império Romano do Oriente: seu filho, Constâncio II, e Valente. Este não conseguiu resolver as questões
eclesiásticas notáveis e, sem sucesso, confrontou Basílio de Cesareia sobre o Credo Niceno.[63]

Os poderes pagãos dentro do império procuraram se manter e, às vezes, restabelecer o paganismo na sede do imperador
(ver Arbogasto e Juliano, "o Apóstata"). Arianos e melecianos logo recuperaram quase todos os direitos que haviam
perdido e, consequentemente, o arianismo continuou a se espalhar e a ser um assunto de debate dentro da Igreja durante o
restante do século IV. Quase imediatamente, Eusébio de Nicomédia, bispo ariano e primo de Constantino I, usou sua
influência na corte para obter o auxílio que Constantino oferecia aos bispos nicenos e proto-ortodoxos para os arianos.[64]

Eustácio de Antioquia foi deposto e exilado em 330. Atanásio, que sucedeu Alexandre como bispo de Alexandria, foi
deposto pelo Primeiro Sínodo de Tiro em 335 e Marcelo de Ancira o seguiu em 336. O próprio Ário retornou a
Constantinopla para ser readmitido na Igreja, mas morreu pouco antes de ser recebido. Constantino morreu no ano
seguinte, depois de finalmente receber o batismo do arcebispo Eusébio de Nicomédia, e "com sua morte na primeira
rodada da batalha depois que o Concílio de Niceia foi encerrado".[64]

Função de Constantino
O cristianismo era ilegal no Império Romano até que os imperadores Constantino e Licínio concordaram, em 313, em
legalizá-lo através do chamado "Édito de Milão". No entanto, o cristianismo niceno não se tornou a religião do estado do
Império Romano até o Édito de Tessalônica em 380. Nesse meio tempo, o paganismo permaneceu legal e presente nos
assuntos públicos. As moedas cunhadas por Constantino e por outros motivos oficiais, até o Concílio de Niceia, ainda
afiliavam-no ao culto pagão do Sol Invicto. Inicialmente, Constantino encorajou a construção de novos templos pagãos[65]
e tolerou sacrifícios tradicionais.[66] Mais tarde em seu reinado, ele deu ordens para a pilhagem e a demolição dos templos
romanos.[67][68][69]

A função de Constantino em relação a Niceia era o de supremo líder civil e autoridade no império. Como imperador, a
responsabilidade de manter a ordem civil era dele, e ele procurou que a Igreja se mantivesse unida e em paz. Quando foi
informado pela primeira vez sobre os distúrbios em Alexandria devido às disputas arianas, ele ficou "muito perturbado" e
repreendeu Ário e o bispo Alexandre por terem originado a perturbação e por terem permitido que ela se tornasse
pública.[70] Consciente também da diversidade de opinião em relação à celebração da Páscoa e na esperança de resolver
ambas as questões, ele enviou o bispo Ósio de Córdoba (Hispânia) para formar um concílio da Igreja local e "reconciliar
aqueles que estavam divididos".[70] Quando essa embaixada falhou, ele procurou convocar um concílio em Niceia,
convidando "os homens mais eminentes das igrejas de todos os países".[71]

Constantino ajudou na montagem do concílio, organizando as despesas de viagem dos bispos, bem como a hospedagem
em Niceia, para que fossem cobertas com fundos públicos.[72] Ele também forneceu e mobiliou um grande salão no palácio
como um local para discussão, para que os participantes fossem tratados com dignidade.[72] Ao dirigir-se à abertura do
concílio, ele "exortou os bispos a unanimidade e concórdia" e pediu-lhes que seguissem as sagradas escrituras: "Deixe,
então, toda disputa contenciosa ser descartada; e procuremos na palavra divinamente inspirada a solução das questões
em discussão."[72]

Então, o debate sobre Ário e a doutrina da Igreja começou. "O imperador deu atenção paciente aos discursos de ambas as
partes" e deferiu a decisão aos bispos.[73] Este foi o início da prática de usar o poder secular para estabelecer a ortodoxia
doutrinária no seio do cristianismo, um exemplo seguido por todos os imperadores cristãos posteriores, que levou a um
círculo de violência e resistência cristã expressa em termos de martírio.[74]

Equívocos

Cânone bíblico
Não há registro de qualquer discussão sobre o cânone bíblico no concílio.[75] O desenvolvimento do cânone da Bíblia levou
séculos e estava quase completo (com exceções conhecidas como "Antilegomena", textos escritos cuja autenticidade ou
valor é contestado) no momento em que o Cânone Muratori foi escrito.[76]

Em 331, Constantino comissionou cinquenta Bíblias para a Igreja de Constantinopla, mas pouco se sabe sobre isso (na
verdade, não é sequer certo se seu pedido foi para cinquenta cópias do Antigo e Novo Testamentos, apenas o Novo
Testamento ou apenas os Evangelhos). Alguns estudiosos acreditam que esse pedido forneceu motivação para as listas de
cânones. No "Comentário de Tobias e Judite", escrito por Jerônimo,[77] ele afirma que o Livro de Judite foi "determinado
pelo Concílio de Niceia como tendo sido contado entre o livros das escrituras sagradas", o que alguns utilizaram para
sugerir que o Concílio de Niceia teria discutido quais documentos estavam enumerados entre as escrituras sagradas, mas a
frase provavelmente significa simplesmente que o concílio usou Judite em suas deliberações sobre outros assuntos e que,
por isso, ele deve ser considerado canônico.

A principal fonte da ideia de que o cânone da Bíblia foi determinado no Concílio de Niceia parece ser Voltaire, que
popularizou uma história em que o cânone foi determinado após orarem sobre todos os livros concorrentes colocados em
um altar durante o concílio. A fonte original desta "anedota fictícia" é o "Synodicon Vetus",[78] um relato pseudo-histórico
dos primeiros concílios da Igreja de 887 DC:[79]

Os livros canônicos e apócrifos distinguiram-se da seguinte maneira: na casa de Deus,


“ os livros foram colocados no altar sagrado; então o concílio pediu ao Senhor em
oração que as obras inspiradas fossem encontradas em cima e — como de fato

aconteceu — as falsas abaixo.[80]

Trindade
O Concílio de Niceia tratou, principalmente, da questão da divindade de Cristo. Mais de um século antes, o termo
"trindade" (em grego: Τριάς; em latim: trinitas) foi usado nos escritos de Orígenes (185-254) e Tertuliano (160-220), e
uma noção geral de um "divino em três", em algum sentido, foi expresso nos escritos do segundo século de Policarpo,
Inácio e Justino. Em Niceia, questões relativas ao Espírito Santo foram deixadas, em grande parte, sem solução e assim
permaneceram pelo menos até que o relacionamento entre o Pai e o Filho ter sido resolvido por volta do ano 362.[81]
Assim, a doutrina em uma forma mais completa foi formulada no Concílio de Constantinopla em 360,[82] e uma forma
final foi formulada em 381, primariamente trabalhada por Gregório de Nissa.[83]

Questões disputadas
Função do bispo de Roma
Os católicos romanos afirmam que a ideia da divindade de Cristo foi finalmente confirmada pelo Bispo de Roma e que foi
essa confirmação que deu ao concílio sua influência e autoridade. Em apoio a isso, eles citam a posição dos primeiros pais
da Igreja e sua expressão da necessidade de todas as igrejas concordarem com Roma (ver Irineu de Lyon, "Contra
Heresias").

No entanto, protestantes e ortodoxos orientais não acreditam que o concílio tenha visto o bispo de Roma como o chefe
jurisdicional da cristandade, ou alguém que tenha autoridade sobre outros bispos presentes no concílio. Para sustentar
essa hipótese, eles citam o cânone 6, no qual o bispo romano pode ser visto simplesmente como um dos vários líderes
influentes, mas não aquele que tem jurisdição sobre bispos de outras regiões.[84]

De acordo com o teólogo protestante Philip Schaff, "os pais nicenos passaram este cânon não como algo novo, mas
apenas como confirmação de uma relação existente com base na tradição da Igreja; e isso, com especial referência a
Alexandria, por causa dos problemas existentes lá; Roma foi nomeada apenas para ilustração; e Antioquia, junto com
todas as outras eparquias ou províncias receberam seus direitos admitidos. Os bispados de Alexandria, Roma e
Antioquia foram colocados substancialmente em pé de igualdade." Assim, de acordo com Schaff, o bispo de Alexandria
deveria ter jurisdição sobre as províncias do Egito, da Líbia e da Pentápole, assim como o bispo de Roma tinha autoridade
"com referência à sua própria diocese".[85]

Mas de acordo com o James F. Loughlin, há uma interpretação católica romana alternativa. Envolve cinco argumentos
diferentes "extraídos respectivamente da estrutura gramatical da sentença, da seqüência lógica das idéias, da analogia
católica, da comparação com o processo de formação do Patriarcado Bizantino e da autoridade dos antigos",[86] em
favor de uma compreensão alternativa do cânone. De acordo com essa interpretação, o cânone mostra o papel que o bispo
de Roma tinha quando ele, por sua autoridade, confirmou a jurisdição dos outros patriarcas — uma interpretação que está
de acordo com a compreensão católica romana do papa. Assim, o bispo de Alexandria presidiu o Egito, a Líbia e a
Pentápole,[9] enquanto o bispo de Antioquia "gozava de autoridade semelhante em toda a grande diocese de Oriens [do
Oriente]", e tudo pela autoridade do bispo de Roma. Para Loughlin, essa era a única razão possível para invocar o costume
de um bispo romano em um assunto relacionado aos dois bispos metropolitanos de Alexandria e Antioquia.[86]

No entanto, interpretações protestantes e católicas romanas têm, historicamente, presumido que alguns ou todos os bispos
identificados no cânone estavam presidindo suas próprias dioceses na época do concílio — o bispo de Roma sobre a
Diocese da Itália, como Schaff sugeriu, o bispo de Antioquia sobre a Diocese do Oriente, como Loughlin sugeriu, e do bispo
de Alexandria sobre a Diocese do Egito, como sugerido por Karl Josef von Hefele. Segundo Hefele, o concílio havia
designado para Alexandria "toda a diocese civil do Egito",[87] entretanto, essas suposições já foram provadas como falsas.
Na época do concílio, a Diocese do Egito ainda não existia, então o concílio não poderia atribuí-la a Alexandria. Antioquia e
Alexandria estavam ambas localizadas dentro da diocese civil do Oriente, Antioquia sendo a principal metrópole, mas
nenhuma administrava o todo. Da mesma forma, Roma e Milão estavam ambas localizadas na diocese civil da Itália, sendo
Milão a principal metrópole,[88][89], ainda que não administrasse o todo.

Essa questão geográfica relacionada ao Cânone 6 foi destacada pelo escritor protestante Timothy F. Kauffman como uma
correção ao anacronismo criado pela suposição de que cada bispo já estava presidindo uma diocese inteira na época do
concílio.[90] Segundo Kauffman, uma vez que Milão e Roma estavam ambas localizadas na Diocese da Itália, e Antioquia e
Alexandria estavam ambas localizadas dentro da Diocese do Oriente, uma relevante "congruência estrutural" entre Roma e
Alexandria era prontamente aparente para os bispos reunidos: ambas tinham sido consagradas para compartilhar uma
diocese da qual não eram a principal metrópole. A jurisdição de Roma na Itália foi definida em termos de várias províncias
adjacentes da cidade desde o reordenamento do império por Diocleciano em 293, como indica a versão latina mais antiga
do cânone,[91] e o restante das províncias italianas estavam sob a jurisdição de Milão.
Esse arranjo provincial da jurisdição romana e milanesa na Itália, portanto, era um precedente relevante e fornecia uma
solução administrativa para o problema que o concílio enfrentava — a saber, como definir a jurisdição alexandrina e
antioquena dentro da Diocese do Oriente. No cânone 6, o concílio deixou a maior parte da diocese sob a jurisdição de
Antioquia e designou algumas províncias da diocese para Alexandria, "já que o costume é o mesmo para o bispo de
Roma".[92]

Nesse cenário, um relevante precedente romano é invocado, respondendo ao argumento de Loughlin sobre por que o
costume de um bispo em Roma teria qualquer influência sobre uma disputa sobre Alexandria no Oriente e ao mesmo
tempo corrigindo o argumento de Schaff de que o bispo de Roma era invocado a título de ilustração "com referência à sua
própria diocese". O costume do bispo de Roma foi invocado a título de ilustração, não porque ele presidisse a Igreja inteira
ou sobre a Igreja ocidental ou mesmo sobre "sua própria diocese", mas porque ele presidia algumas províncias de uma
diocese que foi administrada de outra maneira a partir de Milão. Com base nesse precedente, o concílio reconheceu a
antiga jurisdição de Alexandria sobre algumas províncias da Diocese do Oriente, uma diocese que era administrada a
partir de Antioquia.

Celebração litúrgica
As Igrejas de Bizâncio celebram os padres do primeiro concílio ecumênico no sétimo domingo da Páscoa (o domingo antes
de Pentecostes).[93] O Sínodo da Igreja Luterana-Missouri celebra o primeiro concílio ecumênico em 12 de junho. A Igreja
Copta celebra a assembléia do primeiro concílio ecumênico, geralmente, em 18 de novembro. A Igreja Armênia celebra os
318 padres do santo concílio de Niceia em 1º de setembro.

Ver também
Concílios ecuménicos
Concílios nacionais, regionais ou plenários
Heresia
História da teologia cristã
História do Cristianismo
Império Romano
Lista de concílios sobre o Arianismo
Reviravolta de Constantino
Segundo Concílio de Niceia

Referências
1. Britannica 2014
2. SEC, pp. 112–114
3. SEC, p. 39
4. SEC, pp. 44–94
5. Carroll 1987, p. 11
6. Vallaud 1995, pp. 234–235,678
7. On the Keeping of Easter
8. Leclercq 1911b
9.  Vários autores (1911). «Nicaea, Council of». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica. A Dictionary of Arts,
Sciences, Literature, and General information (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em
domínio público)
10. Danker 2000, pp. 699-670
11. Vita Constantini, Book 3, Chapter 6
12. Ad Afros Epistola Synodica
13. SEC, pp. 292–294
14. Kelly 1978, Chapter 9
15. Schaff & Schaff 1910, Section 120
16. SEC, p. 114
17. Kieckhefer 1989
18. Carroll 1987, p. 10
19. Ware 1991, p. 28
20. Carroll 1987, p. 12
21. Vita Constantini, iii.7
22. Theodoret, Book 1, Chapter 7
23. Theodoret, Book 1, Chapter 8
24. Theodoret, Book 3, Chapter 31
25. Contra Constantium Augustum Liber
26. Temporum Liber
27. Teres 1984, p. 177
28. Kelhoffer 2011
29. Pentecostarion
30. «Ancient See of York» (http://www.newadvent.org/cathen/15733b.htm). New Advent. 2007. Consultado em 25 de
outubro de 2007
31. Hitti, Philip K. (1951) History of Syria including Lebanon and Palestine. Nova Iorque: The Macmillan Company. p. 363
fn.
32. Cowper, B. H. (1861). Syriac Miscellanies. London:Williams and Norgate. pp. 9-10. Preterist Archive website (https://w
ww.preteristarchive.com/Books/1861_syriac-miscellanies.html) Consultado em 2 de abril de 2018.
33. Barnes 1981, pp. 214–215
34. Atiya 1991
35. Vailhé 1912
36. Fócio, Livro 1, Capítulo 9
37. Vita Constantini, Book 3, Chapter 10
38. Listas originais de participantes podem ser encontradas em Patrum nicaenorum
39. Davis 1983, pp. 63–67
40. «The First Council of Nicaea» (http://www.newadvent.org/cathen/11044a.htm). New Advent. Consultado em 12 de
Outubro de 2017
41. Anatolios 2011, p. 44
42. Davis 1983, pp. 52–54
43. OCA 2014
44. González 1984, p. 164
45. M'Clintock & Strong 1890, p. 45
46. Davis 1983, p. 60
47. On the Incarnation, ch 2, section 9
48. Atanásio de Alexandria – Select treatises of St. Athanasius in controversy with the Arians, Volume 3 (https://books.goo
gle.com/books?id=A7ZaAAAAYAAJ&pg=PA51&lpg=PA51&dq=select+treatises+athanasius+birth+without+a+becomin
g&source=bl&ots=mpj7gECxj9&sig=np6MSGwgZ_1iYNXUFnFcbRujqZA&hl=en&sa=X&ei=lgaAU7iQGNWrsATn74Aw
&ved=0CCkQ6AEwAA#v=onepage&q=select%20treatises%20athanasius%20birth%20without%20a%20becoming&f=
false) Translator and Editor John Henry Newman. Longmans, Green and co., 1920. page 51. Retrieved 24 May 2014.
49. González 1984, p. 165
50. Loyn 1991, p. 240
51. Schaff & Schaff 1910, Section 120.
52. Lutz von Padberg 1998, p. 26
53. Anatolius, Book 7, Chapter 33.
54. Chronicon Paschale.
55. Panarion, Book 3, Chapter 1, Section 10.
56. Chrysostom, p. 47.
57. SEC, p. 594.
58. Panarion, Book 3, Chapter 1.
59. Sozomen, Book 7, Chapter 18.
60. L'Huillier 1996, p. 25.
61. Leclercq 1911a
62. Canons
63. AOC 1968
64. Davis 1983, p. 77
65. Gerberding, R. and J. H. Moran Cruz, Medieval Worlds (Nova Iorque: Houghton Mifflin Company, 2004) p. 28.
66. Peter Brown, The Rise of Christendom 2nd edition (Oxford, Blackwell Publishing, 2003) p. 60.
67. R. MacMullen, "Christianizing The Roman Empire A.D.100-400, Yale University Press, 1984, ISBN 0-300-03642-6
68. "A History of the Church", Philip Hughes, Sheed & Ward, rev ed 1949, vol I chapter 6.[1] (http://www.ewtn.com/library/
CHISTORY/HUGHHIST.TXT)
69. Eusebius Pamphilius and Schaff, Philip (Editor) and McGiffert, Rev. Arthur Cushman, Ph.D. (Translator) NPNF2-01.
Eusebius Pamphilius: Church History, Life of Constantine, Oration in Praise of Constantine (http://www.ccel.org/ccel/sc
haff/npnf201.txt) quote: "he razed to their foundations those of them which had been the chief objects of superstitious
reverence".
70. Sozomen, Book 1, Chapter 16
71. Sozomen, Book 1, Chapter 17
72. Theodoret, Book 1, Chapter 6
73. Sozomen, Book 1, Chapter 20
74. There is no crime for those who have Christ; religious violence in the Roman Empire. Michael Gaddis. University of
California Press 2005. page 340.ISBN 978-0-520-24104-6
75. Ehrman 2004, pp. 15–16, 23, 93
76. McDonald & Sanders 2002, Apendex D2, Note 19
77. Preface to Tobit and Judith
78. Paul T. d' Holbach (1995). Andrew Hunwick, ed. Ecce homo!: An Eighteenth Century Life of Jesus (https://books.googl
e.com/books?id=ZrDnBQAAQBAJ). Berlin, Nova Iorque: Walter de Gruyter & Co. pp. 48–49. ISBN 978-3-11-081141-4
79. A concise summary of the case can be found at [2] (http://www.twcenter.net/forums/showthread.php?223888-The-Cou
ncil-of-Nicea-the-beginnings-of-the-Biblical-Canon-and-some-historical-myths-and-nonsense&p=4408782#post440878
2), or less readable in http://www.tertullian.org/rpearse/nicaea.html .
80. Synodicon Vetus, 35
81. Fairbairn 2009, pp. 46–47
82. Socrates, Book 2, Chapter 41
83. Gregory of Nyssa, The Great Catechism ch. 3 in Schaff, Ante-Nicene, supra, 477 (https://books.google.com/books?id=
AIAXAAAAYAAJ&pg=PA477#v=onepage&q&f=false)
84. Canons, Canon 6
85. Schaff & Schaff 1910, pp. 275–276
86. Loughlin 1880
87. von Hefele, Karl (1855). Conciliengeschichte, v. 1. Freiburg im Breisgau, Baden-Württemberg, Germany: Herder.
p. 373
88. Athanasius of Alexandria. «Historia Arianorum, Part IV, chapter 36» (http://www.newadvent.org/fathers/28154.htm).
Consultado em 22 de junho de 2016
89. Athanasius of Alexandria. «Apologia de Fuga, chapter 4» (http://www.newadvent.org/fathers/2814.htm). Consultado
em 22 de junho de 2016
90. Kauffman, Timothy F. (Maio–Junho de 2016). «Nicæa and the Roman Precedent» (http://trinityfoundation.org/PDF/Th
e%20Trinity%20Review%20334%20Nica%20and%20the%20Roman%20Precedent%20Kauffman.pdf) (PDF). The
Trinity Review (334, 335). Consultado em 22 de junho de 2016
91. Turner, Cuthberthus Hamilton (1899). Ecclesiae Occidentalis monumenta iuris antiquissima, vol. 1. [S.l.]: Oxonii, E
Typographeo Clarendoniano. p. 120
92. First Council of Nicæa. «Canon 6» (http://www.newadvent.org/fathers/3801.htm). The First Council of Nicæa.
Consultado em 22 de junho de 2016
93. https://www.goarch.org/-/sunday-of-the-fathers-of-the-first-ecumenical-council
Bibliografia

Fontes primárias
Nota: NPNF2 = Schaff, Philip; Wace, Henry (eds.), Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series (http://www.ccel.org/f
athers.html), Christian Classics Ethereal Library, consultado em 23 de julho de 2014

l/schaff/npnf204.ix.ii.html), consultado em 24 de
Eusebius Pamphilius: Church History, Life of fevereiro de 2014
Constantine, Oration in Praise of Constantine (http://ww
w.ccel.org/ccel/schaff/npnf201.iii.html), NPNF2, 1, Jerome: The Principal Works of St. Jerome (http://www.
consultado em 24 de fevereiro de 2014 ccel.org/ccel/schaff/npnf206), NPNF2, 6, consultado em
24 de fevereiro de 2014
Anatolius of Laodicea, «Paschal Canons quoted by
Eusebius», The Ecclesiastical History of Eusebius Jerome, Prefaces to the Books of Tobit and Judith
(http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf201.iii.xii.xxxiii.h (http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf206.vii.iii.xx.htm
tml) l)
Eusebius Pamphilius, The Life of Constantine [Vita The Seven Ecumenical Councils (http://www.ccel.org/cc
Constantini]. (http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf20 el/schaff/npnf214.html), NPNF2, 14
1.iv.vi.html)
The Nicene Creed (http://www.ccel.org/ccel/schaff/n
Socrates and Sozomenus Ecclesiastical Histories (htt pnf214.vii.iii.html), consultado em 24 de fevereiro de
p://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf202.html), NPNF2, 2 2014
Socrates of Constantinople, The Ecclesiastical The Canons of the 318 Holy Fathers Assembled in
History of Socrates Scholasticus (http://www.ccel.or the City of Nice, in Bithynia (http://www.ccel.org/cce
g/ccel/schaff/npnf202.ii.html), consultado em 24 de l/schaff/npnf214.vii.vi.i.html)
fevereiro de 2014 Athanasius of Alexandria, The Synodal Letter (http://
Sozomen, The Ecclesiastical History of Sozomen (h www.ccel.org/ccel/schaff/npnf214.vii.ix.html),
ttp://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf202.iii.html) consultado em 24 de fevereiro de 2014
Constantine the Great, «On the Keeping of Easter
Theodoret, Jerome, Gennadius, and Rufinus: Historical
quoted by Eusebius», The Life of Constantine (htt
Writings (http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf202.iii.htm
p://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf214.vii.x.html)
l), NPNF2, 3, consultado em 24 de fevereiro de 2014
Chronicon Paschale [Paschal Chronicle]
Constantine the Great, «Constantinus Augustus to Pentecostarion (http://www.anastasis.org.uk/FathVes.ht
the Churches quoted by Theodoret», The m), Archdiocese of Thyateira and Great Britain, 3 de
Ecclesiastical History of Theodoret (http://www.ccel. novembro de 2008, consultado em 22 de fevereiro de
org/ccel/schaff/npnf203.iv.viii.i.x.html), consultado 2014, cópia arquivada em |arquivourl= requer
em 24 de fevereiro de 2014
|arquivodata= (ajuda)  (https://web.archive.org/w
Eustathius of Antioch, «A Letter to the African
eb/20160430004400/http://anastasis.org.uk/FathVes.ht
Bishops quoted by Theodoret», The Ecclesiastical
m) |title= e |título= redundantes (ajuda);
History of Theodoret (http://www.ccel.org/ccel/schaf
|access-date= e |acessodata= redundantes
f/npnf203/Page_45.html), consultado em 24 de
(ajuda)
fevereiro de 2014
Chrysostom, John; Harkins, Paul W (trans) (1 de abril
Theodoret of Cyrus, The Ecclesiastical History of
de 2010), Discourses Against Judaizing Christians (http
Theodoret (http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf203.i
s://books.google.com/books?id=JXtTCq7V_0MC),
v.viii.html)
ISBN 978-0-8132-1168-8, The Fathers of the Church,
Athanasius: Select Works and Letters (http://www.ccel.o 68, Catholic University of America Press
rg/ccel/schaff/npnf204.html), NPNF2, 4, consultado em Epiphanius of Salamis; Williams, Frank (trans) (1994),
24 de fevereiro de 2014 The Panarion of Epiphanius of Salamis (https://books.g
Athanasius of Alexandria, De Decretis [Defence of oogle.com/books?id=DAP-uJTfc84C), ISBN 90-04-
the Nicene Definition] (http://www.ccel.org/ccel/scha 09898-4, Leiden: Brill
ff/npnf204.xiv.ii.html), consultado em 24 de fevereiro Hilary of Poitiers, Contra Constantium Augustum Liber
de 2014 [A Book Against the Emperor Constantine]
Athanasius of Alexandria, Ad Afros Epistola Jerome, Temporum Liber [The Book of Times]
Synodica [Synodal Letter to the Bishops of Africa] (h Photios I of Constantinople; Walford, Edward (trans),
ttp://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf204.xxiv.html) Epítole da História Eclesiástica de Filostórgio,
Eusebius Pamphilus, Letter of Eusebius of Cæsarea Compilada por Fócio, Patriarca de Constantinopla (htt
to the people of his Diocese (http://www.ccel.org/cce p://www.tertullian.org/fathers/philostorgius.htm)
Fontes secundárias
ISBN 978-1-56563-522-7, 1, Peabody: Prince Press,
«Heroes of the Fourth Century» (http://www.orthodoxre consultado em 24 de fevereiro de 2014
searchinstitute.org/articles/patrology/heroes_of_4th_ce
Kelhoffer, James A (2011), «The Search for Confessors
ntury_pt2.htm), Antiochian Orthodox Christian
at the Council of Nicaea» (http://uu.diva-portal.org/smas
Archdiocese of North America, Word Magazine: 15–19,
h/get/diva2:385548/FULLTEXT01), Journal of Early
fevereiro de 1968
Christian Studies, ISSN 1086-3184 (https://www.worldc
«Council of Nicaea» (http://www.britannica.com/EBchec at.org/issn/1086-3184), 19 (4): 589–599,
ked/topic/413817/Council-of-Nicaea), Encyclopædia doi:10.1353/earl.2011.0053 (https://dx.doi.org/10.135
Britannica, 2014 3%2Fearl.2011.0053)
Anatolios, Khaled (1 de outubro de 2011), Retrieving Kelly, J N D (29 de março de 1978), Early Christian
Nicaea: The Development and Meaning of Trinitarian Doctrine (https://books.google.com/books?id=cfY-UCyw
Doctrine (https://books.google.com/books?id=O6QOm uD4C), ISBN 978-0-06-064334-8, San Francisco:
QEACAAJ), ISBN 978-0-8010-3132-8, Grand Rapids: HarperCollins, consultado em 24 de fevereiro de 2014
Baker Publishing Group
Kelly, J N D (1981), Early Christian Creeds (https://book
Ayers, Lewis (20 de abril de 2006), Nicaea and Its s.google.com/books?id=UlN2QgAACAAJ), ISBN 978-0-
Legacy (https://books.google.com/books?id=CYbDjXRz 582-49219-6, Harlow: Addison-Wesley Longman
5-0C), ISBN 978-0-19-875505-0, Nova Iorque: Oxford Limited, consultado em 24 de fevereiro de 2014
University Press, consultado em 24 de fevereiro de
Kieckhefer, Richard (1989), «Papacy», in: Strayer,
2014
Joseph Reese, Dictionary of the Middle Ages (https://bo
Atiya, Aziz Suryal (1991), The Coptic Encyclopedia, oks.google.com/books?id=EZEYAAAAIAAJ), ISBN 978-
Nova Iorque City: Macmillan Publishers 0-684-18278-0, 9, Charles Scribner's Sons, consultado
Barnes, Timothy David (1981), Constantine and em 24 de fevereiro de 2014
Eusebius: , (https://books.google.com/books?id=fX1oA L'Huillier, Peter (janeiro de 1996), The Church of the
AAAMAAJ), ISBN 978-0-674-16530-4, Cambridge: Ancient Councils: The Disciplinary Work of the First
Harvard University Press, consultado em 24 de Four Ecumenical Councils (https://books.google.com/bo
fevereiro de 2014 oks?id=Umse6CFnt3MC), ISBN 978-0-88141-007-5,
Carroll, Warren (1 de março de 1987), The Building of Crestwood: St Vladimir's Seminary Press, consultado
Christendom (https://books.google.com/books?id=5nXY em 24 de fevereiro de 2014
AAAAMAAJ), ISBN 978-0-931888-24-3, Front Royal: Leclercq, Henri (1911), «Meletius of Lycopolis», The
Christendom College Press, consultado em 24 de Catholic Encyclopedia (http://www.newadvent.org/cathe
fevereiro de 2014 n/10164a.htm), 10, Nova Iorque: Robert Appleton
Danker, Frederick William (2000), «οἰκουμένη», A Company, consultado em 19 de fevereiro de 2014
Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Leclercq, Henri (1911), «The First Council of Nicaea»,
Early Christian Literature (https://books.google.com/boo The Catholic Encyclopedia (http://www.newadvent.org/c
ks?id=hd7bZxvlbFsC), ISBN 978-0-226-03933-6 Third athen/11044a.htm), 11, Nova Iorque: Robert Appleton
ed. , Chicago: University of Chicago Press, consultado Company, consultado em 19 de fevereiro de 2014
em 24 de fevereiro de 2014
Loughlin, James F (1880), «The Sixth Nicene Canon
Davis, Leo Donald (1983), The First Seven Ecumenical and the Papacy», The American Catholic Quarterly
Councils (325-787) (https://books.google.com/books?id Review, 5: 220–239
=fMhzlnY0P0QC), ISBN 978-0-8146-5616-7,
Loyn, Henry Royston (1991), The Middle Ages (https://b
Collegeville: Liturgical Press, consultado em 24 de
ooks.google.com/books?id=6YpIPwAACAAJ),
fevereiro de 2014
ISBN 978-0-500-27645-7, Nova Iorque: Thames &
Edwards, Mark (2009). Catholicity and Heresy in the Hudson, consultado em 24 de fevereiro de 2014
Early Church (https://books.google.com/books?id=z9ac
M'Clintock, John; Strong, James (1890), Cyclopaedia of
Tl-jAkAC). [S.l.]: Ashgate
Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature (http
Ehrman, Bart (2004), Truth and Fiction in the Da Vinci s://books.google.com/books?id=1uVOrP2tgG0C), 6,
Code, ISBN 978-1-280-84545-1, Oxford University Harper & Brothers, consultado em 24 de fevereiro de
Press 2014
Fairbairn, Donald (28 de setembro de 2009), Life in the MacMullen, Ramsay (2006), Voting About God in Early
Trinity (https://books.google.com/books?id=13jIWO-6Lg Church Councils (https://books.google.com/books?id=a
YC), ISBN 978-0-8308-3873-8, Downers Grove: mKBmAEACAAJ), ISBN 978-0-300-11596-3, New
InterVarsity Press, consultado em 24 de fevereiro de Haven: Yale University Press, consultado em 24 de
2014 fevereiro de 2014
Gelzer, Heinrich; Hilgenfeld, Henricus; Cuntz, Otto, eds. McDonald, Lee Martin; Sanders, James A, eds. (2002),
(1995), Patrum nicaenorum nomina Latine, Graece, The Canon Debate (https://books.google.com/books?id
Coptice, Syriace, Arabice, Armeniace [The names of =5kfh68uC7ycC), ISBN 978-1-56563-517-3, Peabody:
the Fathers at Nicaea in Latin, in Greek, Coptic, Syriac, Hendrickson Publishers
Arabic, Armenian] 2nd ed. , Stuttgart: Teubner
Newman, Albert Henry (1899), A Manual of Church
González, Justo L (1984), The Story of Christianity (http History (https://books.google.com/books?id=fjEvGE0oG
s://books.google.com/books?id=mN5UPgAACAAJ), VcC), 1, Philadelphia: American Baptist Publication
Society, OCLC 853516 (https://www.worldcat.org/oclc/8 Christian Thought, Minneapolis: Fortress Press,
53516), consultado em 24 de fevereiro de 2014 consultado em 24 de fevereiro de 2014
Newman, John Henry; Williams, Rowan (1 de setembro Schaff, Philip; Schaff, David Schley (1910). History of
de 2001), The Arians of the Fourth Century (https://boo the Christian Church (http://www.ccel.org/ccel/schaff/hc
ks.google.com/books?id=Ex7aAAAAMAAJ), ISBN 978- c3). 3. Nova Iorque: C Scribner's Sons
0-268-02012-5, Notre Dame: University of Notre Dame Tanner, Norman P (1 de maio de 2001), The Councils of
Press, consultado em 24 de fevereiro de 2014 the Church (https://books.google.com/books?id=grXYA
Norris, Richard Alfred (trans) (1980), The Christological AAAMAAJ), ISBN 978-0-8245-1904-9, Nova Iorque:
Controversy (https://books.google.com/books?id=9tCTo Crossroad, consultado em 24 de fevereiro de 2014
md0LcgC), ISBN 978-0-8006-1411-9, Sources of Early Teres, Gustav (outubro de 1984), «Time Computations
Christian Thought, Minneapolis: Fortress Press, and Dionysius Exiguus» (http://articles.adsabs.harvard.
consultado em 24 de fevereiro de 2014 edu/full/1984JHA....15..177T), Journal for the History of
St Nicholas the Wonderworker and Archbishop of Myra Astronomy, 15 (3): 177, Bibcode:1984JHA....15..177T
in Lycia (http://oca.org/saints/lives/2014/12/06/103484-s (http://adsabs.harvard.edu/abs/1984JHA....15..177T),
t-nicholas-the-wonderworker-and-archbishop-of-myra-in consultado em 24 de fevereiro de 2014
-lycia), consultado em 22 de fevereiro de 2014 Vailhé, Siméon (1912), «Tremithus», The Catholic
Lutz von Padberg (1998), Die Christianisierung Europas Encyclopedia (http://www.newadvent.org/cathen/15030
im Mittelalter [The Christianization of Europe in the b.htm), 15, Nova Iorque: Robert Appleton Company,
Middle Ages] (https://books.google.com/books?id=s0HF consultado em 24 de fevereiro de 2014
QAAACAAJ), ISBN 978-3-15-017015-1, P. Reclam, Vallaud, Dominique (1995), Dictionnaire Historique,
consultado em 24 de fevereiro de 2014 Fayard
Rubenstein, Richard E (26 de agosto de 1999), When Ware, Timothy (1991), The Orthodox Church, Penguin
Jesus became God (https://books.google.com/books?id Adult
=ylARAQAAIAAJ), ISBN 978-0-15-100368-6, Nova
Williams, Rowan (1987), Arius (https://books.google.co
Iorque: Harcourt Brace & Co, consultado em 24 de
m/books?id=C_TYAAAAMAAJ), ISBN 978-0-232-
fevereiro de 2014
51692-0, London: Darton, Logman & Todd, consultado
Rusch, William G (trans) (1980), The Trinitarian em 24 de fevereiro de 2014
Controversy (https://books.google.com/books?id=IZ0lrS
i9McYC), ISBN 978-0-8006-1410-2, Sources of Early

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Primeiro_Concílio_de_Niceia&oldid=55720957"

Esta página foi editada pela última vez às 20h15min de 12 de julho de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.

Potrebbero piacerti anche