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COLÉGIO SOMATÓRIO

3° ANO DO ENSINO MÉDIO


AMANDA PENA
BRUNA MELO
FELIPE PAMPLONA
JULIANA ANDRADE
LUANA CARDOSO
MARCELA CARVALHO
RAQUEL SANTOS

GENDER IDENTITY
SEXUAL INTOLERANCE: VIOLENCE AGAINST MARGINALIZED GROUPS:
LGBT'S

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BELÉM-PA
2018

AMANDA PENA
BRUNA MELO
FELIPE PAMPLONA
JULIANA ANDRADE
LUANA CARDOSO
MARCELA CARVALHO
RAQUEL SANTOS

GENDER IDENTITY
SEXUAL INTOLERANCE: VIOLENCE AGAINST MARGINALIZED GROUPS:
LGBT'S

Trabalho apresentado à disciplina de Língua Inglesa do Colégio


Somatório como requisito parcial para a 2° avaliação bimestral do
curso ensino médio 3° ano, orientado pelo professor Esp. Hijo
Amorim.

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BELÉM-PA
2018
Introduction

O trabalho a seguir abordará sobre a identidade de gênero, tendo como subtema a


intolerância sexual com foco na violência contra os grupos marginalizados LGBT’s. Para um
melhor entendimento, é necessário saber que lésbicas e gays são pessoas que sentem atração
por pessoas do mesmo sexo, já os bissexuais são indivíduos que se sentem atraídos por dois
ou mais gêneros. Os transgêneros são pessoas cujo o gênero designado ao nascimento é
diferente do gênero que o mesmo escolhe.
Há discursos na atualidade que precisam ser adotados, com destaque ao movimento
LGBT que defende a tolerância da orientação sexual e a identidade de gênero.
Entender a causa significa compreender a formação subjetiva, social, cultural e familiar de
cada indivíduo e, não apenas essa formação, mas também a construção biológica de cada um.
Além disso, entender que há problemas que o público LGBT tem que lidar diariamente, tais
como o preconceito, a intolerância e a discriminação sofrida por eles, que vêm de indivíduos
portadores de conceitos morais que definem o que deve ser tratado como “normal” e
“anormal”, conceitos esses que precisam ser reformados, segundo alguns filósofos. Além
disso, os ataques sofridos por seres provenientes do âmbito religioso também serão abordados
no trabalho.
Os LGBT’s, desde muito tempo, foram vistos à margem da sociedade, tudo isso
girando em torno da intolerância sofrida por eles e, como fator importante tem-se os governos
presidenciais, que foram fundamentais para amenizar essa “mazela”. Diante dos diversos
direitos que os mesmos conseguiram, muitos ainda não reivindicados, como por exemplo a
criminalização da homofobia, ações na educação e políticas públicas. Em consequência da
negligência do Estado, a cada 25 horas um LGBT morre. Para que chegue nesse nível, a
violência é pré-estabelecida de diversas formas, como por exemplo, psicológicos, físicos e
sexuais. Diante dessa violência, uma das formas de resistência tem sido propagada na
indústria musical brasileira, no qual o movimento LGBT vêm ganhando espaço, sendo
representada por artistas, como por exemplo Liniker e Jhoony Hooker, que possuem músicas
politizadas fazendo crítica à intolerância sofrida por esse grupo, desde a década de 70 com as
políticas de repressão da ditadura militar.

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GENDER IDENTITY AND ITS INITIAL CONCEPTS

Dentre os assuntos mais discutidos socialmente, é eminente que o movimento LGBT


(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) é um dos mais falados. Ademais, não apenas o
movimento, mas também o que ele defende: A tolerância e o respeito acerca da identidade de
gênero e a orientação sexual da sociedade. Contudo, é preciso ter a compreensão do que se
trata e como é conceituado cada um desses pontos defendidos por essa coletividade.

Em primeiro plano, deve-se ficar entendido que identidade de gênero e orientação


sexual são “mãos distintas de uma mesma rodovia”. O psicólogo norte americano Robert
Stoller, em 1968, faz a primeira definição e distinção entre esses dois conceitos a partir de
experimentos feitos em crianças: “Inter sexo”, chamadas biologicamente como hermafroditas
ou também como tendo genitais escondidos. Eventualmente, Stoller percebeu que as crianças
foram educadas a manter os padrões estabelecidos pelos seus pais ao nascimento e, mesmo
depois de descobrirem que sofreram uma intervenção cirúrgica por terem duas genitais,
ausentes ou duplicadas, continuaram mantendo os comportamentos que foram educados.
Assim, Robert chegou a ideia de que “É mais fácil mudar o sexo de uma pessoa do que o seu
gênero” e, desse pensamento surgiu os conceitos de identidade de gênero e orientação sexual.

Posteriormente, ficou concluído que sexo é referente aos aspectos anatômicos,


morfológicos e fisiológicos (genitália, cromossomos sexuais, hormônios) da espécie humana.
Além disso, conclui-se também que a categoria sexo é definida por aspectos biológicos:
quando falamos em sexo, estamos nos referindo a sexo feminino e sexo masculino, ou a
fêmeas e machos. Ademais, fica definido que orientação sexual está diretamente ligado a
esses preceitos; a atração por um sexo diferente (heterossexual), a atração por um sexo igual
(homossexual), a atração por ambos os sexos (bissexual) ou a atração por nenhum sexo (não
binário sexual).

Por outro lado, a identidade de gênero é um pressuposto social, ou seja, a maneira


que o sujeito se vê mediante a sociedade. Assim, a partir dessa determinação subjetiva, o
indivíduo começa a exercer papéis sociais de gênero, como roupas, maneira de agir e cabelo

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diferente do convencional. Sendo assim, as classificações bases para definição de identidade
de gênero são:

•Transgênero: é o indivíduo que se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi
atribuído no nascimento. Por exemplo: uma pessoa que nasce com características masculinas
(do ponto de vista biológico), mas que se sente do gênero feminino; ou o indivíduo que
possui características físicas femininas, mas que se identifica como um homem.

•Cisgênero: indivíduo que se identifica com o seu "gênero de nascença". Por exemplo: um
indivíduo que possui características biológicas típicas do gênero masculino e que se identifica
(socialmente e psicologicamente) como um homem. Desta forma, pode-se dizer que se trata
de um homem cisgênero.

•Não binário: é a classificação que caracteriza a mistura entre masculino e feminino, ou a


total indiferença entre ambos. Os indivíduos não-binários ultrapassam os papéis sociais que
são atribuídos aos gêneros, criando uma terceira identidade que foge do padrão "homem-
mulher".

Diferente da sexualidade da pessoa, identidade de gênero e orientação sexual são


dimensões diferentes e que não se confundem. Pessoas transexuais podem ser heterossexuais,
lésbicas, gays ou bissexuais, tanto quanto as pessoas cisgênero. Assim, diferentemente dos
papéis sociais de gênero, que não são biologicamente determinados, mas sim construtos
culturais e históricos, a identidade de gênero "remete à constituição do sentimento individual
de identidade".

Portanto, a identidade, resumidamente, se trata de uma formação cultural, social e


familiar do indivíduo. Sendo assim, define o comportamento dele durante a formação e
discorrimento da sua vida. Já a orientação, por sua vez, se trata de um preceito biológico do
qual o sujeito se atrai, sendo o sexo masculino ou feminino. Contudo, a formação de atração
pelo sexo igual vem sido tratado como um mistério para todos. O que justifica,
cientificamente, essa diferença? A resposta se encontra na formação do indivíduo antes
mesmo dele nascer.

1. A teoria do 36º cromossomo


A partir do dado estimado por cientistas dentro da área da genética, existe uma grande
possibilidade de pessoas da mesma família ter tendência para serem homossexuais. Isso
levou os cientistas a acreditarem que existe uma causa genética para justificar a atração

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desses indivíduos por pessoas do mesmo sexo, considerando que essa “atração” são
consequências de um conjunto de hormônios e estímulos sexuais dentro do subconsciente do
ser humano.

Porém, foram feitos estudos em gêmeos que em tese teriam uma construção genética
quase semelhante, além de uma formação social igual, visto que são da mesma família. De
acordo com tal explicação, se um irmão era gay, seu irmão devia ser geneticamente idêntico,
mas isso não aconteceu.

Outra vertente da mesma teoria é de que a formação de indivíduos que possuem essa
atração por pessoas do mesmo sexo se dá a partir da tendência hormonal que todo ser humano
recebe no período de gestação. Em resumo, os fetos (especificamente, o cérebro) do sexo
masculino (cromossomos XY sexuais) expostos a menos testosterona eram gays, e que os do
feminino (XX) expostos a mais testosterona tendiam a resultar em lésbicas.

Além disso, existe também a teoria que funciona basicamente como a junção das duas
vertentes anteriores. Usando como base a epigenética, a ideia de exposição do cérebro à
testosterona, mas avalia a variabilidade epigenética em embriões diferentes.

Dentro da epigenética, entende-se que durante a formação do novo ser humano, ele
recebe do pai e da mãe todas as instruções genéticas para formação do corpo como olhos, pés,
cérebro, pênis e vagina; é a ativação correta de cada um desses fatores que determina a um
óvulo fertilizado que gera um ser humano (que irá produz sangue, dedos, coração,
unha). Com isso, descobriram que um grupo dessas instruções, que regulam a sensibilidade
para receber testosterona, podem ser herdadas.

Dessa forma, se acontecer de um humano do sexo masculino herdar na sua formação


uma sensibilidade menor para receber testosterona, existe uma grande possibilidade d’ele se
formar gay. Já um feto do sexo feminino ter uma sensibilidade maior para receber
testosterona, há uma grande estimativa d’ela se formar lésbica de acordo com um dos autores
da tese Sergey Gavrilets.

Portanto, de acordo com a teoria, existe uma formação muito mais extensa do que
apenas a social e cultural para que um indivíduo opte para uma opção sexual e identidade
gênero diferente do convencional. Porém apesar do conhecimento adquirido acerca do
assunto, continuam existindo exclusões para com o público que possuem essas diferenças.

2. Os problemas enfrentados pelos LGBT ’s

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Quando o assunto é o público LGBT, há diversas causas e problemáticas que ecoam
na sociedade; dentre essas problemáticas as que consideravelmente se destacam são as
dificuldades dessa coletividade em lidar com o preconceito, a intolerância e a discriminação.
Que não apenas assolam essa população, mas também outros grupos sociais, o que revela que
o problema não está nessas pessoas em específico, e sim na forma com que a sociedade lida
com elas. Mostrando assim, uma coletividade dominada por um pensamento originado de um
senso de moral fraco utilizado para excluir uma taxa da sociedade por conta de suas
diferenças sexuais.

Sob essa perspectiva, é inevitável que haja nesse corpo social a “externalização” ou
não de uma violência que se dirija diretamente à comunidade LGBT. Essa violência tem a
possibilidade de ser separada em 4 “graus de exclusão”, sendo eles:

•Grau 1: Ligado diretamente ao direito individual do sujeito de decidir o que é bom ou


ruim para si mesmo, contudo, há uma aversão do mesmo quanto à diferença de outro
indivíduo. Não apresenta atitudes necessariamente violentas.

•Grau 2: Neste ponto, o sujeito considera as diferenças entre ele e outro ser como
anormais, assim levando ele além de uma simples aversão; o indivíduo tem alta tendência a
separar o diferente da sua normalidade, colocando sobre ele barreiras para relação social.

•Grau 3: Aversão ao um nível muito alto, que leva o indivíduo além da exclusão; a
violência passa a ser direcionada para atingir diretamente a moral de outra pessoa. O grau 3 já
é considerado pelo Art. 147 como crime a liberdade individual.

•Grau 4: Violência explícita contra alguém; “externalização” de raiva e repudia contra


um indivíduo, levando à agressão física, moral e psicológica. E em alguns casos, a morte.
Considerado um crime grave para o código penal, pautado no Art. 129.

A priori, é necessário que se tenha uma ciência total a respeito da definição, diferença
e o grau de intensidade entre preconceito, intolerância e discriminação. Para que então, possa-
se entender como esses conceitos se aplicam ao público LGBT e de que forma eles são
afetados.

2.1 Definições de preconceito, intolerância e discriminação.

O preconceito ou juízo pré-concebido, pode ser chamado de “grau de exclusão 1”


originado etimologicamente do latim com a junção de “pré” que significa “antes”, e

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“conceptus”, “resumo”, derivado do cognato ‘’concipere’’ que significa “conceber”. Que
encaixa perfeitamente à leitura feita na língua portuguesa, de uma ideia pré-concebida a
respeito de algo. Ou seja, atribuir a algo uma concepção pré-definida sem ter total
conhecimento a respeito, gerando assim conflitos, que se analisado, se tornam banais.

A princípio, o preconceito é caracterizado por problema na personalidade, o indivíduo


que possui esse problema geralmente tem atribuído a si verdades absolutas que devem ser
defendidas e respeitadas, sendo elas concedidas por ele mesmo sem a cogitação de olhar por
um lado diferente ou fazer uma análise lógica da situação. Geralmente essas ideias são
construídas no processo de formação de um indivíduo na maioria das vezes em âmbito
familiar.

A intolerância, que pode ser classificada como “grau de exclusão 2”, por sua vez, é
definida por um complexo social que vai além da personalidade. Para o intolerante, o
indivíduo que possui diferenças não deve ser aceito socialmente devido a não conseguir
aceitar as diferenças entre ele e o ser em questão. Dessa forma, a ideia de alguém que não
consegue “engolir” outro sujeito por ter “a falta” de algo que ajude essa digestão, remete
perfeitamente o contexto social do intolerante em si; a falta de ensinamentos que instruam o
sujeito desde o início da sua formação social a ter respeito para com as diferenças, ou ainda
mais, a indução de muitos familiares a não possuir esse respeito agrava a situação e cria
agentes sociais que não compactuam com diferenças, gerando assim conflitos que por sua vez
vão impedir o processamento e conclusão de qualquer atividade que venha ter a necessidade
de ser exercida.

Outrora, a discriminação apresenta níveis muito mais intensos de exclusão, podendo


estar classificada entre “grau de exclusão 2” e “grau de exclusão 3”, mostra uma repulsão
total acerca das distinções. O ser passa a interferir e prejudicar a pessoa diferente em seu
contexto social, cultural ou até mesmo econômico e político. Realizando assim, um processo
de separação total do indivíduo para com os outros que não possuem essa diferença.

Portanto, a discriminação se caracteriza principalmente pela separação do que o


indivíduo considera “normal” e “anormal”, violando assim, o artigo 7° dos direitos humanos,
uma vez que ele afirma que “todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.". A discriminação pode ocorrer em diversos âmbitos sociais, tais como:

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trabalho (colocar o indivíduo em cargos mais baixos por conta da sua diferença), familiar
(uma não aceitação da família quanto a essas diferenças e um posicionamento de descriminar
o sujeito diferente), etc.

Sob essa perspectiva, a discriminação é originada em um preconceito, e por isso estes


dois conceitos, apesar de estarem relacionados, são distintos. O preconceito não pressupõe o
ato de tratar diferentemente uma pessoa, pode simplesmente fazer parte de uma estrutura
mental. A discriminação é fruto desse preconceito, a concretização dessa forma de
pensamento.

Eventualmente, chegamos à conclusão de que apesar de distintos, todos esses


conceitos caminham de mãos dadas e têm relações entre si. Mostrando assim, a origem deles
vem de um único ponto de partida: a moral do que é considerado ’normal’ e ’anormal’ para o
ser humano.

2.2 A moral para Friedrich Nietzsche

Considerando o preconceito, a discriminação e a intolerância como conceitos morais


estabelecidos para determinar o que é “normal” ou não para o ser humano. Pode-se assim,
considerar que está definido para a sociedade um senso de moral que precisa ser
reconsiderado e mudado, para que assim, as massas populacionais possam agir minimamente
com tolerância entre si.

Sob essa perspectiva, colocar a moral como algo que possui a necessidade de ser
mudado, remete muito bem a ideia do filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche, que por sua vez,
defendia ideias que criticavam totalmente o senso de moral da sociedade como um todo,
julgando-a como fracas e limitantes para o ser humano. Os conceitos morais, para Nietzsche,
impedem um desenvolvimento por inteiro da sociedade.

Antes de tudo, há necessidade de entender que a filosofia central de Nietzsche é a


“afirmação de vida”, que envolve levantar indagações a respeito de qualquer doutrina que
drene uma expansiva de energias, ou seja, que envolva muitas pessoas, não importando o
quanto essa doutrina seja predominante na sociedade. Dessa maneira, é levantado o
questionamento sobre o como o filósofo se comportaria a respeito das dificuldades que o
grupo LGBT sofre constantemente.

O posicionamento do filósofo quanto ao movimento LGBT é indefinido, tendo em


vista que ele viveu durante o século 19, antes da iniciação da iniciação oficial do movimento.

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Contudo, Nietzsche deixa claro suas concepções a respeito dos valores morais, concepções
essas que atacam diretamente a sociedade que é impõem esses conceitos morais como certos,
fazendo assim com que o homem (indivíduo) seja amarrado à sua própria formação do que é
“normal” e “anormal” segundo a sociedade em que ele atua.

Ademais, Nietzsche também considera os valores morais como precedentes de uma


formação que partiu de conceitos religiosos e ataca diretamente a moral por conta desses
valores e conceitos. Mas é importante ressaltar, que muitos não consideram a filosofia dele
como um exemplo a não ser seguido, pelos motivos d’ele atacar a religião diretamente.
Porém não apenas conceitos morais atacam os LGBT’s, mas a religião é um grande atuante
para a discriminação dessa coletividade.

2.3 Os ideais religiosos X Movimento LGBT

É numerosa a quantidade de situações em que o público LBGT se vê em situações de


conflito com o meio religioso cristão por conta da intolerância desse meio para com esse
público, usando como argumentos, princípios descritos no seu livro sagrado para condenar a
atitude e comportamento diferenciado da coletividade LGBT. Contudo, na construção
histórica e cultural da coletânea de livros “a bíblia” existem muitos conceitos a serem
considerados e interpretados antes de usar qualquer citação lá presente.

Dentre as citações, as mais usadas para condenar a atitude dos LGBT está: Levítico
18:22, que diz: “Não se deite com homem como quem se deita com uma mulher; é
repugnante”. Essa citação é de longe a mais usada, se trata de uma forma direta e sem
precedentes para atacar os homossexuais. Porém, também se trata de uma citação totalmente
descontextualizada historicamente e socialmente. O livro de levítico foi escrito em suma por
sacerdotes da época, que por sua vez, tinham o dever de manter o povo “santificado” e
andando conforme as doutrinas e as leis religiosas. Dessa forma, era necessário que sacerdote
protegesse essas doutrinas e evitasse que o povo praticasse doutrinas sagradas para os deuses
chamados por eles de “deuses pagãos”. Contudo, as práticas homossexuais, coincidentemente
eram rituais praticados entre os povos que tinham fé nos deuses pagãos. Portanto, era
necessária que o sacerdote bloqueasse esse tipo de prática incluindo a condenação dela na lei
de Moises, lei essa, que tempos depois se tornou obsoleta entre o povo judeu e israelita por
conta dos ensinamentos de Jesus, o nazareno, e as missões de Paulo de tarso.

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WHAT IS THE LGBT SIGLA?

A palavra “Lésbica” é originada da cidade de Lesbos, capital de uma ilha Grega, onde
há mais de 2.600 anos nasceu e viveu a mais famosa poetisa grega, uma mulher chamada de
Safo, que era uma revolucionária destemida e que fundou a escola para mulheres, na qual
ensinava não apenas poesia e música, mas também a emancipação social da mulher. Em seus
versos, Safo falava do amor entre mulheres e da paixão por suas companheiras. Logo, a
palavra lésbica passou a se referir à mulheres que amam mulheres.

A palavra “gay” é de origem inglesa e deriva do verbete francês “gai” que significa
“alegre”. Com o passar do tempo essa palavra começou a ser utilizada de outras formas. Por
volta do século XVII, “gay” começou a ser um sinônimo de “imoralidade”. A definição do
verbete no dicionário Oxford da época era “Viciado em prazeres e diversão. Muitas vezes,
eufemisticamente: Da vida solta e imoral”. Depois de algum tempo, no século XIX, a palavra
era usada para se referir a prostitutas e, quando se referia a homens, indicava alguém que já
tinha feito sexo com muitas mulheres – olha só que curioso. Na mesma época, “gay” era
sinônimo também para “fazer sexo”. Entre 1920 e 1930 a palavra era utilizada para se referir
à homens que mantinha relações sexuais com outros homens. Em 1955 a palavra era utilizada
para especificar a relação entre homossexuais homens. Por volta de 1920, as mulheres
homossexuais eram chamadas apenas de “lésbicas”, não de “gays”, como é mais comum hoje
em dia. Antigamente, dizer que uma mulher era gay era o mesmo que afirmar que ela era
prostituta. A partir dos anos 1950 a palavra “gay” vem sendo utilizada para definir
principalmente homens homossexuais.

Bissexuais são pessoas que têm interesse, sentimental e sexual, por ambos os sexos.
Bissexualidade é um processo de autoconhecimento e autoaceitação, no qual a pessoa
consegue entender que é possível sentir atração por ambos os sexos e que isso não é um
desvio de comportamento, como é dito popularmente. Há um mito de que pessoas bissexuais
sentem igual atração por ambos os sexos, porém isso vai depender de cada pessoa, do
momento em que ela se encontra e, obviamente, de quem são os focos de seu interesse
sexual. Pode haver a prevalência de algum sexo ou a ambissexualidade. Há quem goste de
dizer que o bissexual não se sente atraído pelo sexo, mas por pessoas.

Transgênero (trans) é o indivíduo que se identifica com um gênero diferente daquele


que corresponde ao seu sexo atribuído no momento do nascimento.

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Por exemplo, se determinado indivíduo nascesse com um pênis, logo, ele deveria se
comportar e gostar de todas as coisas relacionadas ao gênero masculino (homem), sendo que,
as características que qualificam o gênero como masculino são rodeadas de estereótipos,
como jogar futebol, brincar de carros, não usar vestidos, etc. Uma pessoa transgênero é
aquela que mesmo nascendo com um pênis, por exemplo, não se identifica com o gênero
masculino, mas com um diferente daquele que é convencionalmente associado às pessoas
com este tipo de sexo biológico. Normalmente, a transgeneridade se manifesta ainda durante
os primeiros anos de vida do indivíduo. Um dos sinais que ajuda a identificar uma criança
transgênero são os seus interesses pessoais em relação aos signos que são associados ao
feminino e ao masculino. Por exemplo, um menino que gosta de usar vestidos, pode ser (ou
não) um sinal de transgeneridade.

A identidade de gênero não está obrigatoriamente relacionada com a orientação


sexual. Ou seja, um homem transgênero (mulher que se identifica com o gênero masculino),
pode ser homossexual (caso sinta atração por homens) ou heterossexual (caso sinta atração
por mulheres).

A série especial “Quem Sou Eu?”, apresentada no Fantástico e comandada por


Renata Ceribelli, conta as histórias de transgêneros em fases distintas (criança, adolescente e
vida adulta), ressaltando a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Para
ajudar a esclarecer o assunto, a série traça um paralelo com a história de "Alice no País das
Maravilhas", de Lewis Carroll. Mas a Alice de “Quem Sou Eu?” parte em uma jornada de
autoconhecimento e representa todas as pessoas que sentem que nasceram no corpo errado e
estão em busca de sua identidade.

WHAT IS LGBT MOVEMENT AND THE STORY OF THE SAME

O movimento tal qual é representado pela sigla LGBT (ou LGBTTT) que refere--se a
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, consiste na luta dos
diferentes tipos de orientações sexuais pelos seus direitos, lutam principalmente contra a
homofobia, a discriminação, a qualquer tipo de preconceito, um dos principais objetivos é
obter os direitos iguais independente da orientação sexual de cada pessoa.

O movimento pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais nasce


no Brasil no ano de 1970 em meio a ditadura militar, de princípio faziam parte apenas

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homens homossexuais. Após os primeiros anos, as lésbicas se tornaram membros oficiais do
grupo. Já os travestis e, logo depois os transexuais apenas nos anos de 1990 começaram a
participar de forma mais completa. É apenas no início dos anos 2000 que os bissexuais
passaram a ser mais vistos no movimento, começou então a luta pelos direitos do movimento
do atual LGBT, pois o termo foi oficialmente alterado de GLS que é a sigla para gays,
lésbicas e simpatizantes para LGBT em uma Conferência Nacional, realizada em Brasília, no
ano de 2008. Para o fortalecimento do movimento, foi de suma importância publicações
alternativas de LGBT’s, o relatório frequentemente denunciava a violência contra os
LGBT’s, no qual destacaram-se os jornais “Lampião da esquina” e “ChanacomChana”. O
Lampião da Esquina foi fundado em 1978 e era abertamente homossexual, no entanto era
lugar de outras abordagens como por exemplo, as questões sociais. Em 1981, fundou-se o
“ChanacomChana” por um grupo de lésbicas, que era comercializado em um bar chamado
“Ferro’s Bar”, visitado frequentemente por lésbicas, mas, os donos do local não aprovavam a
venda e no ano de 1983 expulsaram as mulheres de lá. No entanto, no dia 19 de agosto de
1983 ocorreu uma reunião de lésbicas, feministas e ativistas do movimento no mesmo bar
como forma de protesto, que resultou na liberação do jornal, esse dia ficou conhecido como o
“Stonewall brasileiro” e, por causa dele, no dia 19 de agosto comemora-se o Dia do Orgulho
Lésbico no estado de São Paulo.

Um grande golpe atingiu a comunidade LGBT na época na década de 80, pois no


mundo todo uma porcentagem significativa da comunidade foi atingida por uma epidemia de
HIV, na qual matou muitos LGBTs assim alterou-se significativamente as organizações
políticas do movimento. Com a epidemia, essa síndrome trouxe um estigma para a
comunidade, agora vista como portadora e transmissora de uma doença incurável, à época
chamada de “câncer gay”.

No Brasil e no mundo essas são as principais pautas, apesar de que é difícil afirmar
por exato quais as principais, pois cada país tem o seu contexto político-social e não há
unanimidade nem mesmo dentro do movimento.

Principais pautas:

• Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;

• Fim da criminalização da homossexualidade (e consequentemente das punições previstas


pelas leis que criminalizam a prática);

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• Reconhecimento da identidade de gênero (que inclui a questão do nome social);

• Despatologização das identidades trans; fim da “cura gay”;

• Casamento civil igualitário;

• Permissão de adoção para casais homoafetivos;

• Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política;

• Leis e políticas públicas que garantam o fim da discriminação em lugares públicos, como
escolas e empresas; fim da estereotipação da comunidade LGBT na mídia (jornais e
entretenimento), assim como real representatividade nela.

FORMS OF AGGRESSION

As formas de agressões contra os LGBT’s são diversas, isso é perceptível desde a


discriminação velada à escancarada. Dessa forma, os indivíduos que praticam violência
contra esse grupo são tachados de homofóbicos (discriminação pela orientação sexual/
identidade de gênero), revelando atos de violências físicas e verbais. Além desses tipos de
injúrias, existe a homofobia internalizada, essa na qual o agente é a própria vítima.
A chamada homofobia internalizada nada mais é que uma agressão feita pela própria
vítima contra si mesmo, com pensamentos negativos sobre si, provida de sua orientação
sexual ou identidade de gênero, podendo se categorizar como uma não aceitação. Essa
homofobia internalizada é fomentada ao longo de sua vida a partir de preconceitos providos
da sociedade, e em um determinado momento se internaliza ao ponto de a vítima se reprimir
mentalmente com pensamentos automáticos de rejeição e difamação, como por exemplo: de
ser uma pessoa que não merece viver.

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FIGURA 1: Distribuição das violações, por tipo, 2013
Fonte: Departamento de Ouvidoria dos Direitos Humanos

O gráfico acima mostra os principais tipos de violências, entre elas existem as sutis,
que tem por objetivo humilhar a vítima, sem essa se dar conta, ou ter dificuldade para
perceber tal injúria, como por exemplo: gestos e mímicas obscenos; a falta de cordialidade e
antipatia no convívio social; a insinuação, a ironia ou o sarcasmo; a descrença no que a
vítima diz, entre outros. Já as escancaradas têm por finalidade atingir diretamente o
indivíduo, indo de agressões verbais ao homicídio.
Em um recente caso, voltou à tona o termo “cura gay”, no qual acreditam que isso é
um problema psicológico e por isso, convém fazer tratamento psicológico para se curar. Essa
“onda” de cura gay é um grande exemplo de tortura sofrida pelos LGBT’s, sendo
desacreditados de sua orientação, os causando autonegação e conflito por serem tachados de
doentes. A sociedade testa os limites psicológicos dos LGBT’s a todo o tempo, os fazendo
acreditar que eles são os errados e merecem isso, vê-se isso em casos extremos de violência,
que ao invés de culpar o agressor, responsabilizam a vítima. Segundo a psicóloga e sexóloga
Bárbara Menezes, vítimas dessa violência relatam que desenvolvem depressão, síndrome do
pânico e até tentativas de suicídio.
A discriminação contra esse grupo pode se encontrar em vários âmbitos e modos,
como por exemplo, a omissão por parte das empresas prestadoras de serviços, no qual impede
o acesso dessa minoria a serviços de qualidade e coloca indivíduos em risco de serem
tratados de forma desrespeitosa e abusiva em ambientes que deveriam preservar seu bem-
estar. Outra forma, é impedir o sujeito de usufruir de coisas que para outros são livres, a
exemplo, o banheiro. A categoria que mais é penalizada nesse quesito é o caso dos
transsexuais, trangêneros, interssexes, entre outros, aqueles no qual, é perceptível o jeito,

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diferentemente daqueles de orientação sexual, que se não falarem se são lésbicas, gays ou
outros, passam despercebidos.
Não se pode negligenciar o caso mais extremo de violência sofridas pelos LGBT’s: a
física, cujo são mais evidenciadas pelo fato de deixar marcas aparentes, diferente da
psicológica e a discriminação. É importante ressaltar, na parte de violência física a falta de
uma lei específica para culpabilizar e taxar corretamente de ataque homofóbico, pois, já que
esse grupo não tem essa lei que os ampare, os casos de homofobia são enquadrados nos casos
comuns, sendo difícil analisar a fundo os casos de homofobia no Brasil. Estudos mostram que
dá para diferenciar um caso “normal” de violência de um homofóbico, profissionais
experientes nessas áreas esclarecem que os crimes que envolvem discriminação de gênero
têm características próprias, pois deixam marcas de ódio e grande rastro de sangue. Nos
corpos das vítimas há mutilações que evidenciam tortura e, na maioria das vezes, são
utilizadas armas brancas, pauladas e asfixia.

FIGURA: 2, local de violação, 2013


Fonte: Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos

Em geral, essas agressões ocorrem em locais de convívio por parte da vítima. Convém
analisar, portanto, os locais mais propícios a acontecer e seus respectivos impactos. A
família, por exemplo, é a maior guardiã dos padrões da sociedade, sempre controlando e
persuadindo jeitos e pensamentos que não vão de acordo com o “normal” e a partir do
momento que se percebe que o indivíduo está fugindo de seu controle, as violações começam
a surgir, partindo primeiro de privações para enfim, se não conseguir o que querem, expulsam
o indivíduo do núcleo familiar.

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A discriminação no âmbito familiar é sem dúvida dolorosa e camuflada, sendo talvez,
um dos piores, por partir de pessoas com vínculos tão próximos e que deveriam ser o porto
seguro e lhe assegurar uma certa proteção. Quando os conflitos dentro da família ficam
incontroláveis, ocorre o seguinte fator: o LGBT sai de casa, ora porque a própria vítima
resolve sair de casa, ora porque a família expulsa. Esse ato, consequentemente, acarreta
enormes dificuldades para a vida do LGBT, que agora está à mercê das ruas e não possui
mais o mínimo conforto que antes possuía, mesmo em um ambiente conflituoso. Já sem um
lugar para se acomodar-se, fica passível de agressões homofóbicas de pessoas desconhecidas
que passam, e sem meio para se manter, tem uma grande probabilidade de este começar a se
prostituir para sobreviver. Na rua, no qual os maiores índices de violência pertencem, é o
local mais hostil para um LGBT, as violências sutis como o olhar de reprovação e nojo, a
repentinamente dormir com medo de não acordar no outro dia é enorme.
O grupo LGBT comparado ao restante da sociedade possui grandes dificuldades em se
afirmar socialmente, percebendo lacunas desde a sua escolarização ao mercado de trabalho.
Quando o indivíduo LGBT se expõem e assume sua identidade (sexual/gênero), o primeiro
obstáculo a esbarrar é a sua própria família, que, dependendo de seu posicionamento, pode
ajudar esse indivíduo a se afirmar, ou ajudá-lo a decair de vez.
Ao ir para o ambiente escolar, em sua maioria, sofrerá algum tipo de violência, essa
no qual, impedirá ou dificultará ao máximo a sua conclusão de ensino educacional. Em efeito
dominó, a essa dificuldade de concluir o ensino, outro empecilho surge: o ingresso do
indivíduo no mercado de trabalho. A inclusão do grupo LGBT no mercado é deficiente, para
saber o porquê é necessário perceber que a sua formação ao longo de sua vida foi preenchida
com diferentes lacunas desencadeados justamente por diversas violências sofridas. Em
poucas exceções, se a pessoa é aceita no mercado, normalmente por indicação de uma pessoa
com influência, essa tende a sofrer uma exclusão profissional, um demérito e suas chances de
alavancar no seu ramo é minimizada.
Um dos fatores motivadores dessa violência é o chamado heterossexismo, no qual
pode se explicar por uma concepção da sexualidade hétero como a normal, natural, eles usam
a justificativa baseada na biologia animal na qual essa seria um instinto natural do ser
humano. Em contrapartida, tudo aquilo que não é o padrão da natureza, hétero, seria o
anormal, esse pequeno conjunto seriam reprimidos, como inferiores aos hétero. Além
também do binarismo de gênero que define que as pessoas são unicamente homem ou
mulher, e em efeito, exclui todas as possibilidades existentes como sentir que pertence a
ambos gêneros. Cabe ressaltar que, Simone de Beauvoir acredita que o binarismo de gênero é

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unicamente uma criação sociocultural, definindo coisas para meninos e coisas para meninas
e, que se os valores normativos não fossem repassados para as gerações, essa problemática
envolvendo as “minorias” iriam atenuar.

RIGHTS THAT THEY GAVE

Antropologia é uma ciência que estuda as diferenças entre os povos, de forma


biológica e as chamadas "raças", na qual se sistematiza século XIX. A partir do momento que
essa ciência passa do critério evolucionista e racial, para analisar os diferentes
comportamentos construídos dentro de uma determinada sociedade, pelas diferenças e
particularidades, sobre um raciocínio social e histórico, surge uma nova teoria: Antropologia
Cultural. Segundo Gilberto Velho, antropólogo:

“O estudo de todos os tipos possíveis de grupos e situações socioculturais,


obviamente vai estar lidando o tempo todo com indivíduos."

Com base nisso, podemos conceituar cultura, como sendo tudo que resulta da criação
humana. De acordo com Max Weber cultura é essencialmente semiótica, ou seja,
representações a partir dos signos, sejam eles: linguagem verbal ou não verbal, desse modo,
busca entender como o ser humano consegue entender as coisas, principalmente o ambiente
em que está inserido.
Em sua análise, cultura é uma "Ciência interpretativa, à procura do significado". Com
base nesses critérios, surge o estudo da identidade, na qual é forjada na atividade da
determinação da diferença, ou seja, quando determina o "ser" - quem eu sou? Logo, identidade
são os símbolos partilhados por um determinado grupo, portanto, é uma relação que se enquadra
entre "semelhantes", ou seja, quando partilhados por um grupo origina-se uma identidade
cultural, que por sua vez dá origem ao significado de nação, o conceito de nação se intensifica a
partir do século XVI, quando são construídos os Estados Nacionais Modernos. Nessa
perspectiva, nação é constituída por um grupo de pessoas que estão ligadas por uma identidade
cultural. Dentre eles: de idiomas, de identidade de gênero, de opção sexual, dos valores, dos
costumes e da religião. Essa "nação" é criada a partir de instituições políticas, dentre as quais um
governo definido por leis. A construção da identidade nas sociedades antigas restringia-se ao
"nós", o que ocasionava uma discriminação com os "diferentes", na qual eram excluídos de
qualquer convivência.

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Diante disso, é perceptível o princípio para qualquer tipo de intolerância, dentro desse
quesito, o grupo LGBT por serem discriminados e estarem à margem da sociedade,
principalmente, por questões de intolerância, reivindicam seus direitos por movimentos sociais,
que consiste em ações de um determinado grupo, com o objetivo de mudanças sociais. Com base
nisso, o grupo LGBT reivindicou e reivindica seus direitos até o dia de hoje, mesmo amparados
institucionalmente pelo artigo 5° da Constituição Federativa do Brasil, que garante que todos os
indivíduos são iguais perante a lei, porém, os LGBT’s buscam uma lei específica.
No mandato do Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) na segunda implantação do
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), que se trata de um conjunto de medidas com
o objetivo de atender as necessidades das minorias, incluindo o grupo LGBT, no qual consistia
no direito da união civil entre homossexuais, entretanto, não conseguiu êxito. Entretanto, no
mandado do Luiz Inácio Lula da Silva os direitos dos LGBT’s se intensificaram, aderindo à
Secretaria de Direitos Humano o status de Ministério, dando mais defesa dos direitos de
lésbicas, gay, bissexuais, travestis e transexuais no País. Houveram diversas conquistas e a pauta
continuou a avançar com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Um símbolo dessa luta foi a
posse de Symmy Larrat na coordenadoria-geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República, sendo a primeira travesti a ocupar o cargo,
somando a 16 conquistas, entre 2003 a 2015, dentre: Criação do programa “Brasil sem
Homofobia”, o programa foi desenvolvido com o objetivo de promover a cidadania e os Direitos
Humanos à população LGBT a partir de equiparação de direitos e do combate à violência e à
discriminação; sanção da Lei Maria da Penha, a lei federal passou a prever expressamente a
união homoafetiva feminina; realização da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e
Direitos Humanos LGBT, considerada um marco histórico; criação do Plano Nacional de
Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT, o Plano Nacional inseriu diversas ações de
valorização LGBT, seja por renda, escolarização, educação, acesso à saúde, identidade de
gênero e prevenção à violência homofóbica; extensão de direito de declaração conjunta para
casais homoafetivos; criação do módulo LGBT no Disque 100, a intenção foi preparar o Disque
Direitos Humanos para receber denúncias de violações de direitos da população LGBT. Dessa
forma, consiste em 2018 os direitos conquistados pelos LGBT’s: Casamento gay, obtendo em
julho de 2011 ocorreu o primeiro casamento homoafetivo, contudo, a discussão ainda está no
Plenário do Senado Federal; adoção por casais homoafetivos, ocorrido em 2005, com adoção de
Theodora por Vasco Pedro da Gama e Júnior de Carvalho, em Catanduva; mudança de nome
civil e social, tanto com comprovação cirúrgica de sexo ou não; eleição de candidatos
homossexuais, em 2006 o estilista Clodovil Hernandez foi eleito o primeiro político gay;

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cirurgia de mudança de sexo e de reprodução assistida feita pelo SUS, O Sistema Único de
Saúde disponibiliza cirurgias de troca de sexo para homens, em 2008 e para mulheres, em 2013;
presença na mídia, o SBT transmitiu o primeiro beijo gay da televisão brasileira, em 2011, na
novela "Amor e Revolução”, posteriormente a rede Globo, em 2014, na novela "Amor à Vida" e
a emissora exibiu, em 2016, a primeira cena de sexo gay em uma emissora aberta, na novela
“Liberdade, Liberdade”; paradas do Orgulho LGBT, segundo os organizadores, o evento é
importante para dar visibilidade e lutar pelos direitos do grupo no país.

RIGHTS THAT THEY WANT

Dentre os diversos direitos reivindicados pelo grupo LGBT (Lésbicas, gays,


bissexuais e transexuais) em seus movimentos, os principais são: a criminalização da
homofobia, ações na educação e políticas públicas que os incluam, afinal, a população LGBT
não quer novos direitos, mas sim, a correta aplicação dos direitos humanos a todos,
indiscriminadamente.
Criminalização da homofobia: O público LGBT acredita que a inexistência de leis
federais específicas que os ampare seja uma das causas substanciais que inibe o combate à
homofobia e transfobia. Até o presente momento, não foi aprovada nenhuma lei, no
Congresso Nacional, que incrimine atos preconceituosos e discriminadores voltados para
esses indivíduos. Logo, o movimento LGBT pressupõe que se houver uma punição mais
severa às práticas de discriminação sexista e homofóbica (de diversas formas e expressões
como piadas, xingamentos, ofensas, distinção de tratamento e violências diversas) tal como
os casos de racismo, essas execuções maldosas diminuiriam substancialmente, à semelhança
do racismo.
· Ações na educação: As ações educacionais que a população LGBT reivindica se trata
do estímulo ao respeito às diferenças, alicerçado em elaborações de materiais didáticos que
problematizam a heteronormatividade, formação inicial e contínua para profissionais da
educação e inserção de temáticas de gênero, sexualidade, cidadania e direitos humanos nos
currículos escolares. O movimento gay quer atingir seus objetivos ocupando espaços na
sociedade e, principalmente, nas instituições de ensino, pois querem moldar o pensamento
das crianças e jovens, desde cedo para torná-los militantes LGBT ou simpatizantes da causa.
Incluir conteúdos sobre orientação sexual e diversidade de gênero nos currículos escolares é
uma das maiores reivindicações para o plano nacional de educação. O grupo quer adoção de

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políticas de resguardos contra discriminação e preconceito por causa de suas orientações
sexuais.
· Políticas Públicas: Mesmo depois de múltiplos reconhecimentos da luta dos LGBT's
contra a homofobia e pela anexação social no governo dos três últimos presidentes do país, o
Brasil quase não avançou em políticas públicas voltadas para esse grupo.
Mesmo que os presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e da
presidenta afastada Dilma Rousseff terem avançado na abertura do diálogo com a
comunidade LGBT, essa aproximação não resultou em uma atuação efetiva.
O deputado Jean Wyllys disse durante uma entrevista que:
“Efetivamente pouco se avançou em termos de políticas públicas, porque eram
governos de coalizão, compostos por forças muito conservadoras”.
Além do mais, disse que:
“Nenhuma democracia pode se considerar uma democracia se direitos de gays,
lésbicas e transsexuais não forem observados e promovidos de alguma maneira, se
houver discriminação jurídica, se as leis não protegerem os direitos desses
cidadãos”.
Wyllys deixa claro que, no Brasil, há diversas formas de homofobia:
"Tem muita gente que acha que homofobia só existe quando se mata um
homossexual. A homofobia tem muitas expressões. A mais comum é a homofobia
social, aquela que é praticada por quase todo mundo. Aquela praticada pelo pai ou
pela mãe quando diz que não quer ter um filho gay, que prefere ter um filho
bandido do que ter um filho gay, aquela praticada pelo patrão quando demite o
empregado quando ele assume sua homossexualidade, ou praticado pelas escolas,
por exemplo, em relação aos alunos. E não é porque ela não se expressa como uma
violência dura, ela não ofende, não ofende".

Para Wyllys, que desde o início foi contra o processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, afirma que Michel Temer não progride quando o assunto diz respeito à diversidade
sexual. Como exemplo, Wyllys usa o caso do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, que
mancomunado com a psicóloga Marisa Lobo, defende que os homossexuais precisam de
"cura". Na visão de Jean W., o governo que se encontra em vigor é contra a diversidade
sexual.

LGBT AND ITS REPRESENTATIVENESS IN MUSIC

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A luta pela representatividade LGBT também pode ser vista na arte da música, visto
que diversos artistas homoafetivos estão ganhando espaço na mídia e trazendo consigo uma
maior visibilidade para a causa.
A busca pela representação LGBT na música é vista, fortemente, desde a década de
70. Época em que as políticas exercidas eram de repressão da liberdade, por isso houve uma
vontade maior de expor ideologias contrárias ao governo daquele tempo. Grandes nomes da
Música Popular Brasileira, a favor do movimento de visibilidade LGBT, juntaram-se para
expressar através da arte o seu posicionamento, ainda que existisse a censura. Artistas como
Ney Matogrosso, Chico Buarque e Cássia Eller, por exemplo, cantavam sobre a diversidade.
Dando destaque para a luta dos oprimidos, os cantores incentivaram a fortificação da
desenvoltura de artistas homoafetivos.
A música moderna permite que a discussão da sexualidade seja feita de forma mais
aberta e expressiva, devido às transformações da sociedade e das mídias no decorrer dos
anos. Hoje é possível perceber, com clareza, que o sucesso desse grupo vai além de domínio
artístico, em razão de que as canções possuem as vivências e experiências de uma nova
geração de cantores LGBT's que servem de inspirações para pessoas que sofrem com sua
auto aceitação e intolerância do outro. No entanto, até que essa construção de admissão se
tornasse firme, esses artistas tiveram que engolir uma mídia que restringia a demonstração da
sua orientação sexual, pois o preconceito é grande e para que pudessem atingir um maior
número de pessoas era preciso seguir um "padrão" imposto pela sociedade. Agora, destruindo
um estereótipo forçado, nomes como Liniker e Johnny Hooker, por exemplo, se apropriam de
performances fortes e figurinos andrógenos reforçando as questões sobre representatividade
LGBT, e também de gênero sobre os palcos.

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FIGURA: 3
FONTE:https://thunderblue.com.br/2017/12/26/johnny-hooker-e-liniker-no-lindo-clipe-de-
flutua/
A força desses cantores quebra os padrões e traz à tona o movimento LGBT diante
de músicas politizadas, mostrando que não se trata apenas de emplacar hits, mas sim de
diminuir os casos de intolerância buscando o importante apoio do espectador para a causa. O
efeito do fácil acesso a música para toda a comunidade, permite que os "ignorantes" deixem
de lado o pensamento preconceituoso de que irão ser influenciados de maneira negativa e
aprendem, através dessa arte, a refletir sobre a pluralidade.
Por isso as inclusões desse conjunto diverso nas plataformas digitais se tornam cada vez mais
relevantes para a discussão da intolerância, além de garantir o crescimento pessoal e artístico
através da adesão de novos fãs que se encantam pela qualidade da linguagem musical,
expressões e performance, únicas, transmitidas por eles. Esses elementos, juntos, tornam-se
um símbolo de resistência a repressão.

FINAL CONSIDERATIONS

Ao decorrer do trabalho, foi perceptível a complexidade que envolve o tema LGBT,


sendo possível analisar os principais pontos e esclarecer conceitos antes passíveis de erros
pela parte da sociedade desinformada. Ademais, já com os devidos esclarecimentos, frisamos
o contexto histórico e a importância dos movimentos sociais em busca pelos seus direitos.
Entretanto, sem esquecer de explorar seus direitos já conquistados, associado juntamente às
causas da violência desse meio, sendo esse último o foco de nosso trabalho. Após a
abordagem dos subtemas, mostramos as figuras LGBT´s do ramo da música como forma de
luta e resistência dessas minorias, no entanto, não sendo a única forma. Desse modo, o

23
objetivo do trabalho como um todo seria a conscientização da população e o atendimento de
uma das principais reivindicações desse grupo majoritário, sendo este baseado no Artigo 3 da
Constituição de 1988, no qual é assegurado o bem-estar de todos, sem preconceito de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

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