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TEOLOGIA SISTEMÁTICA - HOMEM 1

INSTITUTO BETEL DE ENSINO SUPERIOR


TEOLOGIA SISTEMÁTICA - HOMEM

CAPITULO I Pág.02
1 Definição de Antropologia
1.1 A Criação do Homem.
1.2 Ainda Definindo Antropologia
1.3 A Razão Divina
1.4 Prova Científica
1.5 O Conceito Histórico
Questionário I Pág.13

CAPÍTULO – II Pág.15
2. O Homem e sua Natureza
2.1 O Corpo Humano
2.2 A Alma Humana
Questionário II Pág.30

CAPÍTULO III Pág.32


3. Espírito Humano
3.2 O Homem e o Tempo
3.3 A Antropologia Cultural
3.4 O Homem e as Concepções Morais
Questionário III Pág.40

CAPÍTULO IV Pág.42
4. Casamento
4.1 A Família
4.2 As Formas de Governo
4.3 A Queda do Homem
4.4 A Salvação do Homem
Questionário IV Pág.47

BÍBLIOGRAFIA Pág.44

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CAPÍTULO – I
1. DEFINIÇÃO DE ANTROPOLOGIA

Etimologicamente, Antropologia significa ciência do homem, ciência que estuda os


homens, suas obras e seu comportamento desde seu aparecimento sobre a Terra.
Essa ciência pode ser examinada
de dois ângulos totalmente
diferentes, a saber, o da filosofia
humana e o mandamento da
Bíblia.
Razão porque a
antropologia meramente humana
distingui-se como ciência que
estuda o homem do ponto de
vista fisico-somático e do ponto
de vista histórico, sua origem e
seus princípios últimos.
Antropologia deriva da
palavra grega anthropos e define
o homem universal e suas formas
de expressão, servindo para
diferenciar os homens dos deuses
e dos animais. Paulo utiliza este
termo em várias ocasiões, a fim de denotar o verdadeiro “eu” do crente ou da pessoa humana.
Somente Deus pode verdadeiramente revelar Deus. Esta revelação de si mesmo, tão
necessária à salvação, encontra-se nas escrituras. Da mesma fonte deriva a opinião de Deus sobre
o homem, que é a opinião verdadeira, pois quem melhor pode conhecer o homem do que o seu
Criador? Nestes dias, quando as falsas filosofias representam de modo errado a natureza humana,
é de grande importância que conheçamos a verdade. Assim melhor poderemos compreender
também as doutrinas sobre o pecado, o juízo e salvação, as quais se baseiam no ponto de vista
bíblico da natureza do homem.

Antropologia, no sentido teológico, despertou grande interesse em decorrência da


atribuição da criação do homem, por Deus. Porém, o homem sempre foi e será objeto de estudo
em todos os períodos da humanidade.
A fonte da origem dos homens é relatada na Bíblia que apresenta esta criação como
sendo algo novo, ou seja, criado, feito do nada.
A revelação de Deus traz a evidência que intelectualmente o homem é igual a Deus, fator
pelo qual, existe a possibilidade de comunicação entre ambos.
O homem discerne através da criação divina (natureza) e compreende através da razão
que é concedida por Deus, que Deus o criou.
O ser humano foi feito a imagem de Deus não no aspecto físico, mas, no aspecto da
imortalidade, moralidade, de raciocínio e domínio de si mesmo.

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1.1. A CRIAÇÃO DO HOMEM

Sobre a criação do homem, o que temos de concreto, é o que a BÍBLIA SAGRADA nos
ensina em Gn 1:26-27, 2:7, 18-25, 3:19; Ec 12:7.
Como podemos ver, em termos materiais, o homem foi criado do pó da Terra, Gn 2:7.
Em termos imateriais, o homem, foi criado à imagem e semelhança de DEUS, Gn 1:26-27, 9:6.
Como ser social DEUS criou o ser humano, com necessidade bem como, com condições de
sociabilidade (não é bom que o homem esteja só), Gn 2:18, já que não foi criado isolado, foi
criado, isto sim, como macho e fêmea, homem e mulher, Gn 1:27, 2:18-25.

Para coroar os sucessivos atos da Criação, Deus cria o homem e a mulher a sua imagem e
semelhança (Gn 1. 26-27). Mas afinal, em que somos semelhantes a Deus?

O Sentido Global da Imagem de Deus em Nós: O que nos faz diferentes dos animais e
nos torna imagem de Deus é a capacidade de ter comunhão com Ele. Só os seres humanos
podem se relacionar com Deus face-a-face, de maneira íntima e pessoal. Podemos destacar três
aspectos de imagem dos seres humanos com seu Criador:

• A IMAGEM MORAL - ao ser criado, o ser humano possuía a santidade, a pureza e o amor de
Deus. Sua verdadeira natureza é ser santo, misericordioso, puro, livre, incorruptível e eterno.

• A IMAGEM NATURAL - isto significa que Deus criou o ser humano com perfeita liberdade
de escolha não só em pequenas questões da vida, mas também naquelas que determinam seu
destino. No estado de inocência ele podia escolher obedecer a Deus ou não, sem qualquer
interferência sobre sua capacidade de escolha (Gn 2:15-17).

• A IMAGEM POLÍTICA - Deus delega poderes aos seres humanos quando ordena o domínio
sobre os habitantes do mar, dos céus e da terra (Gn 1:28) e a incumbência de dar nomes às outras
criaturas (Gn 2:19-20; Sl 8:6-7).

OUTROS ASPECTOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM:

a) Somente o homem recebeu o sopro de Deus (espírito imortal)


b) Foi constituído de moralidade (não depende dos instintos)
c) Tem racionalidade, com capacidade para pensar no abstrato e formar idéias.
d) Liberdade para fazer e viver suas escolhas
e) Consciência do mal e do bem.

AINDA DEFININDO ANTROPOLOGIA

Jean Batiste Lamarck (1744-1829) delineou a teoria da evolução que tenta mostrar as
características físicas adquiridas durante a vida herdada de seus descendentes.

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Através da comparação dos diversos seres vivos que tivessem profundas
semelhanças entre si.
Argumenta que o ser vivo
se modificou através de
sua adaptabilidade ao
meio (seletividade
natural).
A teoria de
evolução de Lamarck
fala-nos da causa e efeito,
onde o ser vivo é
consequência do ambiente
que vive, onde os mais
fortes, isto é, os mais
adaptáveis sobrevivem.
Em parte esta teoria é
válida, porém não ficou
claro sua origem primária,
não explicando assim
como tudo surgiu.

Para Lamarck, vários fatores influenciaram nesta evolução: clima, alimentação,


temperatura, e etc.
Esta idéia foi refutada mais tarde, por se entender que estas mudanças não são
transmissíveis.
A idéia da evolução foi amadurecida pelo inglês Charles Darwin que defendeu a idéia de
que através de uma evolução natural consistida pela “eleição natural” da própria natureza que
procurava preservar os seres mais fortes.
Seu argumento maior era sobre a “Teoria da Evolução Natural ” através da
“zoomorfização”, onde o homem é resultado de mutações genéticas. Porém a embriologia, vêm
esclarecer que toda vida se constrói de unidades vivas, chamadas células. Elas possuem três
propriedades: movimento espontâneo, poder de assimilação e poder de reprodução. Para que
exista mudança da descendência, é necessário que mude primeiro a ascendência; sendo assim, a
própria ciência comprova a impossibilidade da transmutação das espécies

1.3. A RAZÃO DIVINA

As investigações cientificas tem procurado ligar a origem do homem aos animais. No


entanto, isso jamais será possível. Segundo o doutor C.I. Scofield são estas as razões:
a) O homem foi criado e não evoluído. Existe um abismo entre o homem mais
imbecil e a besta mais desenvolvida.
b) O homem é um ser religioso, os animais não
c) O homem planeja, têm alvo, os animais não
O homem foi criado, não evoluído de um ser inferior, como nos tenta passar a Teoria da
Evolução.
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Além disso, um animal de dois anos já experimentou de tudo o que a vida pode lhe
proporcionar, ao contrário do homem que ainda atravessará várias etapas na vida. Por ser criado
a imagem de Deus o homem difere dos animais, pela sua razão (racionalidade) e esta foi dada
por Deus exatamente para que ele pudesse dominar e cuidar, ser mordomo da criação.

AS ESPÉCIES PRESERVADAS

De acordo com as fontes de informações tradicionais e cientificas, todas as espécies


criadas por Deus, desde a origem de tudo, se mantêm até hoje.
Porém, o grande problema apresentado pelos naturalistas é como estas espécies poderiam
ter sido preservadas após o dilúvio, uma vez que a arca não comportaria dois e quatorze de cada
espécie cf. Gn 7.1.2.
A questão que não podemos esquecer em relação a arca de Noé, é do cuidado de Deus.

1.4. PROVA CIENTÍFICA

O Doutor Russel Wallace afirma que a arca teria tal capacidade, vejamos:
Dentro da arca existiam cerca de 1.700 espécies de mamíferos, 10.087 de aves e 987 de
répteis e aproximadamente 100.000 insetos.
As verdadeiras dimensões da arca propõem que isso seja possível, uma vez que a mesma
teria 3 andares e em termos modernos, as seguintes medidas: 150 metros de comprimento, 25
metros de largura, 15 metros de altura, de acordo com o côvado hebraico. Entretanto, existem
outras prováveis medidas: 135 metros de comprimento, 22,5 metros de largura, 13,5 metros de
altura.
Tomando como base a última medida temos:
a) 3.307 metros quadrados por andar (4,5-0,30 do assoalho) x 135 x 22,5 ) ou 9.111 metros
quadrados totais
b) Um navio moderno suporta 500kg por metros quadrados. A arca teria a capacidade de
32.000 a 42.000 toneladas.
Observando estas medidas, vejamos a acomodação dos animais dentro da arca:
1º andar: Os animais variam bastante de tamanho e portanto, se tomarmos um gato como
exemplo, 3400 animais conseguiriam se acomodar em 1 metro quadrado. Se tomarmos como
exemplo a girafa, os mesmos animais teriam em forma especial, 3,22 metros por 4,20 metros de
espaço cada um. Considerando um cálculo médio entre o gato e a girafa, a arca teria espaço
suficiente, inclusive para os mantimentos que poderiam ficar suspensos.

2º andar: Insetos e répteis e seus alimentos. Um espaço de 3.307 metros quadrados


conseguiria comportar suficientemente 200.000 insetos e 1.974 répteis. Levando em
consideração que os insetos são pequenos e os répteis pequenos na sua maioria, o cálculo aponta
para 150 centímetros quadrados para cada um.

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3º andar: Nóe, sua família e 20.174 aves. As aves, a exemplo dos répteis, são
pequenas em sua maioria. Podemos conceder a elas, 1.350 centímetros quadrados a cada uma, e
assim mesmo, os maiores ainda teriam lugar.
Portanto, fica evidenciado que o homem e os animais não são processo de evolução, mas,
sim de preservação natural do Criador.

CONSERVAÇÃO DA RAÇA HUMANA


Deus preservou a raça humana através dos filhos de Noé que após o dilúvio povoaram
novamente a terra.
O ELO UNIVERSAL
Por Deus ter criado Adão, explica-se por que a alma de todos os seres humanos possuem
as mesmas características, tendências e qualidades.

1.5. O CONCEITO HISTÓRICO

O Décimo capítulo de Gênesis tem


uma importância em demonstrar a origem
das nações e uma tentativa de provar que
todos os seres humanos têm uma origem
em comum, apesar de não se ter nenhuma
prova física ou científica.

Sem atentar para este fato,


percebemos que a origem dos povos se dá
nos 3 filhos de Noé, a saber, Sem, Cão e
Jafé.
O desenvolvimento da civilização é
marcado pelos desacertos do homem e seu
afastamento do Criador. Tamanha foi a
decepção, que Ele decidiu inundar a Terra com um dilúvio.
Para perpetuar a raça humana, um homem justo e íntegro entre os seus
contemporâneos foi escolhido (Gn 6.11-22). Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé e suas
esposas, permaneceram na arca em companhia de casais de animais domésticos e selvagens
que também deveriam ser preservados.

Após 40 dias de chuvas, toda a vida pereceu. As águas subiram pelo menos 7 metros
acima das mais altas montanhas. Depois de 371 dias aproximadamente, desceram da arca e o
Senhor fez com eles uma aliança que ligava os céus e a terra: o arco-íris.

1.1. Descendentes de JAFÉ

Os descendentes de Jafé, filho mais novo de Noé, são apresentados em primeiro


lugar, de acordo com o plano do livro de Gênesis, no qual as famílias que descendiam do
tronco principal são citadas em primeiro lugar.

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Os povos jafetistas ou nórdicos, que são catorze nações, concentravam-
se, originalmente, na região do Cáucaso, entre o Mar Negro e o Cáspio, e daí se
disseminaram para leste e para oeste para formar a grande família indo-germânica.

A. Gomer: representa os sumérios da antigüidade clássica. Com Togarma, Gômer é


relacionado por Ezequiel como residente “nos últimos confins do norte” (Ez 38:6).
Adentrando a Ásia, provindos das regiões além do Cáucaso, os sumérios se estabeleceram na
região da Capadócia, e são conhecidos pelos registros assírios como Gimerrai. Esar-Hadom
(681-668 a.C.) os derrotou. Assurbanipal (668-625 a.C.) menciona a invasão que efetuou do
reino da Lídia nos dias do famoso rei Gugu (Giges), cujo nome é talvez preservado nas
Escrituras como Gogue (Ez 38:2).

B. Magogue: é uma terra e um povo “nos últimos confins do norte” cujo rei Gogue, príncipe
de “Meseque e Tubal”, tem Gômer e Togarma entre os seus aliados (Ez 38:2; 39:6). É
provável que este termo compreenda as hordas bárbaras do norte.

C. Madai: representa os medos, que povoam a região montanhosa a leste da Assíria e ao sul
do Mar Cáspio. Estes são bem conhecidos no Antigo Testamento (II Reis 17.6; 18.11 - Isaías
21.2, etc.) e sua história é ulteriormente elucidada pelas Inscrições Assírias do séc. IX a.C.
até a queda do Império Assírio, no fim do séc. VII a.C. Foi Ciaxares, o Medo aliado a
Nabopolassar da Babilônia, que sitiou e destruiu Nínive em 612 a.C.

D. Javã, era o nome dos gregos, mais exatamente, dos jônios de Homero e mais
particularmente, dos jônios asiáticos que habitavam nos litorais da Líbia e da Cária, cujas
cidades eram importantes centros de comércio internacionais, dois séculos antes dos centros
de comércio de Peloponeso. Javã era o nome pelo qual os hebreus remotamente conheceram
os gregos. Continua sendo o nome pelo qual são conhecidos no Antigo Testamento (Ez
27.13; Isaías 66.19; Joel 3.6; Zac 9.13, Dan 8.21; 10.20). Nos registros assírios, eles são
mencionados pela primeira vez por Sargão II (721-705 a.C.), que teve um encontro com eles
em uma batalha naval. São proeminentes na história judaica dos séculos subseqüentes.

E. Tubal e Meseque (Ez 27.13; 32.26; 38.2; 39.1; Is 66.19) são os Tabali e Musque dos
registros assírios. Ambos os nomes ocorrem acentuadamente mais tarde. As citações a eles
feitas no período assírio localizam o seu lar ao norte da Sicília (Hilacu) e a leste da
Capadócia (Gimirrai). O nome “Tiras” talvez represente os Tursenoi, povo que vivia
antigamente nas praias e ilhas situadas ao norte do Mar Egeu, muito temidos pelos gregos por
serem piratas.

1.2. Descendentes de CAM

Compreendem os povos orientais e meridionais que se estabeleceram originalmente


na Mesopotâmia inferior e subsequentemente, na África do Sul, na Etiópia, no Egito e em
Canaã (Gn 11.6-14). CAM é o segundo filho de Noé e é considerado como o ancestral dos
povos africanos, da mesma maneira que Jafé, seu irmão, o é dos indoeuropeus e Sem dos
semitas.

Dentro da linguagem camita, é traçada a ascensão do poder do primeiro império


mundial, principalmente sob o domínio de Ninrode na Babilônia, tais como Assur e Nínive,
no Tigre superior. O Egito, da mesma forma, fundado por esse povo, bem cedo se tornou um
centro de poderosa autoridade concentrada.

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A. Cuxe é mencionado em primeiro lugar e originalmente, era relacionado com a Babilônia
(Gn 10.8-12). A conexão com a Babilônia, muito provavelmente, deve ser procurada na
remota cidade-reino de Quis, na Mesopotâmia inferior. De Quis, os imperadores babilônicos
do terceiro milênio a.C. apropriaram-se do seu título real de reis do mundo. A terra natal dos
primitivos cusitas era, individualmente, no baixo Tigre-Eufrates, onde Ninrode os elevou à
posição de grande poder. Daí, eles se espalharam em direção à península meridional da
Arábia, e posteriormente, cruzaram o Mar Vermelho, colonizaram a Núbia Africana e a
Abissínia. O Cuxe Asiático original era, portanto, regado pelo rio Giom, na Babilônia (Gn
2.13).

B. Mizraim é o antigo Egito. A sua esplêndida civilização data dos períodos primitivos e
Pré-dinástico (c. 5.000-2900 a.C.). De acordo com as Cartas de Amarna, os cananeus
chamavam o Egito de Mizi. O nome hebraico Mizraim, que tem a mesma raiz, é explicado
normalmente como dual, preservando as antigas divisões do país, Egito Superior (acima de
Mênfis) e Egito Inferior (o Pelta).

C. Pute tem sido identificado, geralmente, com a antiga Punta, localizada ao sul ou a sudeste
do Cuxe africano e corresponde à moderna Somália. Porém, Pute ocorre como Put nas
inscrições do monarca persa Dario I, o Grande (522-486 a.C.) e sua localização na Cirenaica,
região em torno de Cirene, na África do Norte, a oeste do Egito, é agora dada como certa.

D. Canaã designa os descendentes de Cam (Gn 9.18,22) que se estabeleceram na terra mais
tarde conhecida como Palestina e de quem o país tomou o seu nome original (Canaã). Assim
sendo, originalmente Canaã ou canistas e de acordo com o Rol das Nações, os Cananeus,
estabeleceram-se em um minúsculo país que consistia em uma ponte entre o Egito e os
grandes impérios semitas que floresciam no Crescente Fértil. Em data remota, devem ter
sucumbido à pressão da fusão racial e lingüística com os semitas, até a perda da sua
predominância étnica.

Como designação geográfica, Canaã (nome hebraico), é provavelmente derivado de


Hurriã, que significa “pertencentes à terra de púrpura vermelha” e no fim do séc. XIV a.C.
chegou a ser empregado para designar o país em que os comerciantes “cananeus” ou fenícios
trocavam a sua mais importante mercadoria, púrpura vermelha, derivada de conchas de
murex, encontradas nas praias marítimas, por outras mercadorias.

Ninrode - Filho de Cuxe, filho de Cam (Gn 10.8-10), retrata o poder imperial terrestre
quando aparece pela primeira vez na história da humanidade é sugerido que esse caráter é
mau, por várias considerações:
* O reinado terrestre é encontrado pela primeira vez entre os camitas, sobre os quais havia
maldição profética; em toda a família camita havia ausência de benção divina (Gn 9.25-27).

* Ninrode é o fundador do reino de Babilônia (Gn 10.8,9), que é geralmente mau, tanto na
tipologia escriturista, como na profecia (Is 21.9; Jer 50.24; 51.64; Ap 16.19; 17.5; 18.3 ).

* O nome Ninrode sugeria para os israelitas a idéia de “rebeldia contra Deus”, o que
descreve o caráter desse primeiro edificador de um império mundial. Este nome tem o
objetivo de indicar este conceito, embora originalmente na língua camita, não tivesse esse
significado.

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As cidades de Babel, Ereque e Acade são, hoje em dia, bem conhecidas
entre as grandes capitais primitivas do mundo civilizado. Esses antigos centros
populacionais do império, citados como “o princípio” do reino de Ninrode, são localizados
“na terra de Sinear”.

O termo, da maneira como é empregado na Bíblia Hebraica, designa toda a planície


de aluvião, terra que ficava fértil quando as águas baixavam da Babilônia, na remota
antigüidade. Nas inscrições cuneiformes, a região é dividida em uma porção setentrional
chamada Acade, em que as cidades de Babel (Babilônia) e Acade (Agrade) ficavam situadas,
e em uma porção meridional chamada Suméria, em que Ereque (antiga Uruque) ficava
localizada.

Babel, em acádio, bab-ilu, significa “portão de Deus”, data dos tempos pré-históricos.
Contudo, ela mesma não se tornou capital de um grande império até o período Babilônico
(1830-1550 a.C.). Sob o domínio de Hamurabi (1728-1689 a.C.) da primeira dinastia da
Babilônia, a cidade mais importante de toda a Babilônia foi Mari, no médio Eufrates. Porém,
sua história data de muito antes desse período, da era primitiva pré-semita, no Vale do Tigre-
Eufrates interior.

Ereque, ou Uruque, é representada pela moderna Warka, situada a cerca de 160 km a


sudeste da Babilônia, em região pantanosa a leste do rio Eufrates. Aí foi descoberto o
primeiro zigurate, ou templo-torre sagrado, e é evidência dos primeiros selos cilíndricos.

Acade era o nome dado à Babilônia setentrional. Sargão, elevando-a como capital de
um novo império semita, dominou o mundo mesopotâmico ( 2360 a 2180 a.C).

Calné não tem sido claramente elucidada pela arqueologia. Têm sido feitas tentativas para
identificá-la com Nipur, uma das mais antigas cidades da Babilônia central.

Uma narrativa da fundação da Assíria pelos cusitas camitas da Babilônia é anexada à


declaração do estabelecimento do poder imperial deles na Babilônia, onde está escrito:
“Ninrode saiu para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá, entre Nínive e Calá, a
grande cidade de Resén” (Gn 10.11,12).

1.3. Descendentes de SEM

Os povos semitas ocupavam lugar tão distinto no sudoeste da Ásia, e desempenharam


papel tão proeminente na história da redenção, que gozam de atenção especial no Rol das
Nações. Ocupando o território geral ao sul da Cordilheira do Taurus, o país da Armênia e a
região a oeste do moderno Irã, constituem um grupo lingüístico definido e até certo ponto,
uma unidade racial.

A importância especial dos filhos de Sem na história da redenção é revelada pela


dupla introdução à seção do Rol das Nações, que trata da sua genealogia, e pelo tom
caracteristicamente solene e enfático da linguagem usada nessa passagem (Gn10.21, 22).
Curiosamente, esta parte do rol político-geográfico apresenta mais nomes
arqueologicamente obscuros do que as outras duas.Sem é mencionado como “pai de todos os
filhos de Éber” (v.21). Esta expressão inclui, sem dúvida, todas as tribos arábicas (v.25-30),
bem como os descendentes de Abraão, isto é, israelitas (11.16-26), ismaelitas, midianitas
(25.2) e edomitas.

TEOLOGIA SISTEMÁTICA - HOMEM 10


mesopotâmios e semitas
É evidente, contudo, que o
escritor coloca a sua própria nação de
interesse como sendo a linhagem do
Redentor Prometido. Éber, ancestral
dos hebreus, significa “do outro lado,
atravessando” e geralmente é
explicado como designando os que
vieram “do outro lado do Rio”
(Eufrates), isto é, de Harã (Js 24.2,3).
A conexão, se existir, dos hebreus
com os Habiru (Apiru), que
desempenham curioso papel em
documentos cuneiformes dos séc.
XIX e XVIII a.C., bem como em
documentos nazianos, hititas e de
Amarna dos séc. XV e
XIV a.C., ainda permanece obscura.

A. Elão é Susiana, a terra e o povo a leste e o povo a oeste da Babilônia, cuja capital
era Susa (em hebraico, Susã: Ne 1.1; Et 2.8; 3.15, etc.), que tem sido escavada e cujos
primeiros níveis ocupacionais remontam a cerca de 4.000 a.C. Era ainda uma grande cidade
do séc. XII a.C.

Os elamitas eram racionalmente distintos dos semitas, mas em tempos muito remotos,
Elão fora povoada por raça semita; porém, elamitas posteriores, não-semitas, exerceram
domínio sobre o país.

B. Assur é a grande nação dos assírios. Eles eram semitas e a sua linguagem
pertence ao ramo oriental da mesma família à qual pertencem o hebraico, o ugarítico e o
fenício, a oeste e o arábico e o etíope, ao sul. Assur e Nínive foram fundadas por camitas (Gn
10.11), porém, os semitas, que se haviam estabelecido anteriormente no Vale do Tigre-
Eufrates, conquistaram o país todo.

C. Arfaxade continua arqueologicamente um enigma. Por muito tempo foi


identificada como região montanhosa e com o povo do Rio Zab superior, ao norte e noroeste
de Nínive, chamada pelos geógrafos gregos, Arrapachitis.

D. Lude, acredita-se designar os lídios, ocupando território maior do que a Lídia da


Ásia Menor. A conexão semita parece certa por uma dinastia de príncipes acádios de Assur,
que foram levados ao poder depois da queda de Ur (c. 2000 a.C.) e fundaram colônias na
região ocidental da Ásia Menor.

E. Arã é o nome do grande povo arameu que se espalhou grandemente na Síria e na


Mesopotâmia. O papel importante que desempenha no Antigo Testamento é ilustrado muito
bem pelos monumentos. Abraão imigrou para a Palestina vindo da região circunvizinha a
Harã, a “Arã dos dois Rios”, na região do Rio Habur, na parte noroeste da Mesopotâmia Arã-
Damasco que se tornou poderosa sede do poderio arameu, o temido inimigo de Israel desde

TEOLOGIA SISTEMÁTICA - HOMEM 11


cerca de 900 a 750 a.C. Os estados arameus Zobá, Maaca, Gesur e Bete-Reote
foram conquistados por Davi.

O primeiro filho de Noé é responsável pela origem dos povos de Israel, Assíria, Lidos,
Síria.
O segundo, Jafé é responsável pelos povos indo-europeus, mais conhecidos como povos
germânicos e alguns migraram para o Continente Asiático.
Por fim, os filhos de Cão emigraram para a África (Etiópia, Egito) e alguns
permaneceram no vale da Mesopotâmia

PASSANDO A TRADIÇÃO PARA OUTRAS FAMÍLIAS

A preservação da tradição dos acontecimentos da criação foi possível mediante a idade


avançada estipulada por Deus aos homens.
Adão 130 anos total 930 anos (Gn 5. 3, 5)
Sete 105 anos total 912 anos (Gn 5. 6, 8)
Enos 90 anos total 905 anos (Gn 5. 9, 11)
Quenã 70 anos total 910 anos (Gn 5. 12, 14)
Maalalel 65 anos total 895 anos (Gn 5. 15, 17)
Jarede 162 anos total 962 anos (Gn 5. 18, 20)
Enoque 65 anos total 365 anos (Gn 5. 21,23)
Matusalém 187 anos total 969 anos (Gn 5. 25, 27)
Lameque 182 anos total 777 anos (Gn 5. 28, 31)
Noé 600 anos total 950 anos (Gn 7. 6; 9. 29)
Sem 100 anos total 500 anos (Gn 11. 10, 11)

Depois do Dilúvio
Arfaxade 35 anos total 403 anos (Gn. 11. 10 - nasceu dois anos depois do dilúvio)
Salá 30 anos total 403 anos (Gn 11. 14, 15)
Éber 34 anos total 430 anos (Gn 11. 16, 17)
Pelegue 30 anos total 209 anos (Gn 11. 18, 19)
Réu 32 anos total 207 anos (Gn 11. 20, 21)
Serugue 30 anos total 200 anos (Gn 11. 22, 23)
Naor 29 anos total 119 anos (Gn 11. 24, 25)
Tera 70 anos total 205 anos (Gn 11. 26, 32)

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Desde Adão até o Dilúvio, passaram se 1656 anos e 427 anos do Dilúvio até
Abraão. Adão morreu em 1206 antes do nascimento de Moisés. Noé viveu 350 anos depois do
Dilúvio, morrendo 2 anos antes do nascimento de Abraão.
Através destes dados, nota-se que as gerações se “conheceram” e desta forma foi possível
uma preservação da história contada pelo primeiro homem “Adão” e dos acontecimentos na
época do Dilúvio.
No entanto, o homem passou a viver menos após o Dilúvio, segundo a ordenança de Deus
que intentava em não permitir que o seu Espírito contendesse com o homem por muitos anos,
determinando desta forma os anos de vida até 120 anos no primeiro momento e em um segundo
momento, 80 anos.

hititas, indianos, iranianos,

TEOLOGIA SISTEMÁTICA - HOMEM 13

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