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ESTUDO: OS CINCO SOLAS DA REFORMA

 Solus Christus (fm. Ablativa Solo Christo).


 Soli Deo Glori
Texto base: Gl. 1. 6-12
A Origem:
Não se sabe ao certo a origem das expressões latinas “solas”, que significam
“somente”. Sabe-se, porém, que elas surgiram no contexto da reforma protestante, mas
acredita-se que os cinco solas, como nós conhecemos, não estavam prontas antes do
período pós-puritano (1603-1662).
Certamente, que os solas são facilmente deduzidos dos ensinos, pregações e
comentários dos grandes reformadores (senão todos, alguns):
Pré-reformadores
 John Wycliffe (entre 1320 e 1328 —1384)
 John Huss (1369-1419)
Reformadores
 Martinho Lutero (1483-1546)
 João Calvino (1509-1564).
É possível, por exemplo, deduzir (embora de forma superficial) os quatro
primeiros solas nas 95 teses fixadas à catedral de Wittemberg, por Martinho Lutero:
Sola fide (Rm. 1.17; Rm. 4.13-16; 5.1): teses 21, 24, 26, 28, 32, 33, 35, 54, 95:
(debate contra a possibilidade de justificação pelas indulgências).
Sola Gratia (Sl. 63.3; Rm. 3.23, 24, Rm. 4.13-16, Ef. 2.8) : teses 36, 37, 68, 75,
84: (a salvação é conferida ao homem por Graça somente, e não há obras, nem mesmo
indulgências, nem graça papal, que podem gerar salvação no homem).
Sola Escriptura (Lc. 13.27-29; Tota Escriptura II Tm. 3.16): teses 52, 53, 55,
62: (o valor dado às Escrituras demonstra o grau de temor e da aceitação dela como
Palavra de Deus).
Solus Christus (At. 4.12, Rm. 5.18): teses 58 (com algumas reservas, pois
Lutero fala também de “méritos dos santos” como possibilidade de aplicar a salvação ao
homem), 60, 76, 78, 94: (a salvação é atribuída ao homem segundo os méritos de
Cristo, e não dos homens e suas obras).
OBS: o Soli Deo Glori é inferido das demais teses, conforme veremos neste
estudo.
Em 1996, a aliança dos evangélicos confessionais (Alliance of Confessing
Evangelicals), reunida em Cambridge, Massachusetts, no dia 20 de abril, movida pelo
desejo de resgatar os valores afirmados na reforma, reafirmaram então sua subscrição
aos cinco solas: 1Sola Gratia, 2Sola Fide, 3Sola Escriptura, 4Solus Christus, 5Soli Deo
Glori.

Contexto Histórico:
Como dito, não é possível afirmar a data precisa das cinco sentenças, mas uma
coisa é certa, elas surgiram num contexto histórico onde a verdadeira religião estava
em declínio.
Por quase um milênio a igreja havia entrado num abismo sem fim. Após a
aceitação do império romano da fé cristã, no ano 380 pelo imperador Teodósio I,
politica e religião influenciaram-se e a igreja passou a defender seus interesses, ao
invés dos interesses do evangelho. A verdade da Escritura foi violentada, a fé genuína
e a Graça divina deu lugar às obras e ao legalismo, a mediação de Cristo foi substituída
por todo tipo de “amuletos” e a glória de Deus, invocada a homens. A piedade deu lugar
aos rituais, o poder da Palavra de Deus ao academicismo vazio, o estilo de vida
humilde às grandes ostentações de Roma.
Os solas, portanto, eram expressões que os reformadores e reformados usavam
para contradizer os ensinos de Roma. Lutero, por exemplo, combateu a justificação por
fé somente, contrariando as indulgências, Calvino, a submissão das Escrituras ao
papado, Wycliffe e Huss, combatiam a ostentação do sacerdócio.
Assim, podemos dizer que os solas não surgiram por acaso, mas por conta do
declínio da igreja num período da idade média.

O Que combatiam:
Solus Christus:
A expressão somente Cristo é a afirmação da suficiência da mediação realizada
por Cristo. Nada mais pode ser acrescido ao que Cristo fez.
Nos tempos da reforma era comum a expressão extra ecclesiam nulla salus, uma
expressão cunhada por São Cipriano (Sec.III), e usada pelo quinto concílio de Latrão.
Ela diz “fora da igreja (romana) não há salvação”. Os reformadores certamente tiveram
com esse dogma, que a luz das Escrituras fora corrompido, e refutaram-na com o Solus
Christus. Somente Cristo Salva. A igreja é o meio utilizado por Deus para alcançar os
seus eleitos.
Portanto, tal afirmação combatia os ensinos da igreja romana dos vários
mediadores que poderiam religar (de onde vem a palavra religião) o homem a Deus,
incluindo os vários santos e até o próprio papa.
Tal ensino contribuiu para a grande idolatria que adentrou a igreja, e desviou o
povo da busca pelo verdadeiro mediador, Cristo. Os vários ídolos (santos) e até a
pessoa do Papa eram invocados como mediadores, ou seja, aqueles que intercediam a
Deus pelo homem. O resultado foi a possibilidade de comércio com tais mecanismos.
O Papa, por exemplo, cobrava para fazer intercessões pelos mais nobres (pois
eram os que tinham condições de pagar), enquanto os mais pobres pagavam aos
sacerdotes “inferiores” pelas mesmas intercessões.
A idolatria alcançou o povo de uma forma tão forte (pois como disse Calvino: o
homem é uma fábrica de Ídolos), que Roma viu aí a possibilidade de comércio, e assim
aumentar seus ganhos, que, segundo eles, iriam para a “causa do evangelho” com
edificações de grandes templos. Roma então começou a comercializar “artefatos”,
primeiro dos apóstolos, depois de muitos outros santos.
Há relatos que se faziam comércio com restos da cruz, que se juntados,
formariam uma “cruz com quilômetros de extensão”.
O papa, que poderia fazer intercessões por todos, não as realizava se não
fossem pagos tributos, e Lutero condenou isto em suas teses 84 a 90.
Assim a obra mediadora de Cristo deixou de ser suficiente. Os rituais, a
obediência a Roma, os caríssimos amuletos, a intercessão dos sacerdotes, as
indulgências, entre outras coisas, precisavam ser acrescidas à obra “incompleta” de
Cristo.
Todo este movimento de abandono da suficiência de Cristo resultou na perda do
temor por parte dos fiéis. A explicação era bem simples: não havia mais motivo de se
preocupar com o pecado, desde que se tivesse dinheiro para comprar o perdão
oferecido pela igreja romana.
Portanto as consequências são muito mais graves do que podemos pensar.
Lutero em sua tese 75 chama a atenção dos teólogos da época, endereçando seu
discurso ao papa, para tamanha ignorância daqueles que afirmavam a expiação dos
pecados por meio das indulgências, a ponto de afirmar que se uma pessoa
blasfemasse contra Maria (mãe de Jesus), que para Roma tinha uma importância tal,
ainda assim, com a indulgência certa, o blasfemador poderia alcançar o perdão.
O Papa Leão X, com vistas de arrecadar fundos para a construção da Basílica de
São Pedro, comissionou Johann Tetzel (1465-1519) como o responsável pelas vendas
das indulgências na Alemanha, e Tetzel não poupou seus esforços. Também há relatos
de que Tetzel oferecia indulgências até para pecados premeditados, ou seja, se uma
pessoa pretendesse cometer algum pecado, era possível comprar antecipadamente o
perdão, através da indulgência.
Portanto, o Solus Christus, era um apelo ao retorno a sulficiência de Cristo e de
sua obra.
Nos nossos dias, percebemos o retorno dos cristãos às heresias romanas. A
suficiência de Cristo é negada com exigências feitas para “completarem” sua obra. O
legalismo é enfaticamente ensinado, como forma de se alcançar o favor de Deus. Os
amuletos romanos se transformaram em “rosas, sal grosso, fitas”. As orações
mediadoras dos papas se transformaram em orações mediadoras de pastores, bispos,
pseudoapóstolos, “paipóstolos” e tanto outros.
Hoje em dia temos vários Tetzel’s, que comercializam a Graça de Deus, a venda
de perdão, a justificação por meio das obras. Nos nossos dias, assim como nos dos
reformadores, as pessoas vão a igreja, mas desconhecem a bíblia, não por não tê-la
traduzida, ou por não saberem ler, mas porquê não a veem como importante para suas
vidas. A figura da liderança a si mesmo exalta, ou é exaltada por seus seguidores.
Roma manipulava o povo ignorante, líderes manipulam a ignorância do povo.
Cristo deixou de ser o centro, deixou de ser “o caminho, a verdade e a vida” e se
tornou apenas o “facilitador”, o Cristo moderno é “apenas o facilitador do nosso
relacionamento com Deus” e nosso relacionamento com Deus não se baseia nas
Escrituras, mas no fato de nos sentirmos bem com Deus.
A decadência que a igreja medieval se afundou, voltou em menos de meio
milênio. Nossos pecados não nos preocupam, mas nossas contas sim. Por falar em
contas, como Cristo só não é suficiente, a igreja tem corrido atrás do sucesso desse
mundo. Deus tem ficado em segundo lugar, isso quando não utilizamos a “fé” para
obter nosso sucesso financeiro. O homem, sendo colocado no centro, resultou numa
teologia da libertação, da prosperidade, numa teologia liberal, onde não há mais
preocupações com o evangelho. Assim, a igreja moderna tem outra sentença para
Solus Christus, que é “Cristo também, mas não somente”.

Soli Deo Glori:


Tal sentença é a conclusão lógica das outras quatro: se nossa justificação se dá
com base unicamente nos méritos de Cristo, e se ela é aplicada a nós através da fé
(que juntamente com todo o processo de salvação- “Isto”- “é dom de Deus”- Ef. 2.8), e
se a Graça é o favor que recebemos de Deus e que não merecemos, se a revelação de
Deus na sua palavra é também um ato da sua graça- a quem pertence a glória?
Em outras palavras, se é somente por fé, somente, por graça, somente por
Cristo, se nossas vidas são guiadas somente pela Escritura, o que nós fazemos para
merecer tanto? A resposta lógica é absolutamente nada, ou melhor: A Deus seja toda a
glória!
Ao dizer isto, precisamos fazer distinção sobre a questão das obras.
Na teologia existem duas linhas a respeito da salvação, o monergismo e o
sinergismo. No monergismo, que é uma derivação do grego para “trabalhar sozinho”
apenas Deus participa na salvação do homem. No Sinergismo, que também é uma
derivação do grego para “trabalhar juntos”, ambos, homem e Deus trabalham para a
salvação do homem, sendo que se um dos dois não fizer a sua parte (e isto só se aplica
ao homem) o homem não pode salvar-se.
Aqui, entendemos salvação como um ato da graça de Deus, da qual nada
podemos fazer, ou seja, é Deus quem salva o homem, e se Ele não o fizer, o homem
não pode ser salvo. Assim, entendemos as obras não como um meio de salvação, mas
como resultado da salvação. É o que diz o apostolo Paulo em Efésios 2.10: “pois somos
feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais deus de antemão
preparou para que andássemos nelas”.
Bem, se até nossas boas obras foram preparadas de antemão, como resultado
de uma salvação que foi planejada pelo Pai, realizada pelo Filho, e aplicada a nós pelo
Espírito Santo, novamente a pergunta? De quem é a glória?
Esta sentença combate a soberba, e a glória dada aos homens, e a igreja de
forma indevida. Na época da reforma, a glória era, em sua maioria, dada aos homens,
seja aos santos da igreja, seja aos sacerdotes, seja ao papa. Roma determinava a
construção de grandiosos templos, a exposição de restos de pessoas tidas como
santas. Os fiéis faziam viagens para Roma para poderem ver, ou tocar em algum
utensílio, ou supostas partes do corpo de algum santo. A pessoa do papa era adorada,
não apenas reverenciada, mas vista como o reflexo de Deus na terra.
A sentença Soli Deo Glori é a admissão de que homem algum merece crédito
por nada, pois ele, em si, nada é, e nada faz para alcançar o favor de Deus. É Deus
quem, em sua infinita misericórdia e graça, nos concede suas dádivas e nem nós, nem
homem algum merece crédito por isso.
Nos dias atuais, temos também percebido a volta de muitas igrejas evangélicas
(ou seja, protestantes) que estão atribuindo a glória ao homem. Hoje, multidões seguem
líderes que não apascentam as ovelhas, mas apenas a si mesmo, por causa de uma
boa oratória, ou até mesmo pela suposta demonstração de poder, ou porque
determinado pregador chama para si esta glória.
Líderes pregam em púlpitos blindados, pregam mais sobre si e si do que falam
das Escrituras, se autodenominam “bispos, apóstolos, ancestral, paipóstolos, profeta,
etc.” enquanto a bíblia nos ensina que o líder é o servo, e aquele que deseja ser servido
que sirva aos demais.
A glória de Deus tem sido imaculada por causa de verdadeiros ídolos gospéis.
Deus tem sido abandonado, sua glória tem sido deixada de lado.

O Que ensinam:
At. 4.12
I Co. 10. 31
Sua Aplicação para os nossos dias:

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