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A MUTAÇÃO DO INDIVÍDIO:

Após o ingresso no Centro de Recuperação Anastácio das Neves - CRECAN - não é


permitido contato entre o novo encarcerado e o mundo exterior, salvo, as visitas regulares
impostas aos detentos, após os três dias, até porque o objetivo é excluí-lo completamente
do mundo originário, a fim de que o internado absorva totalmente as regras internas,
evitando-se comparações, prejudiciais ao seu processo de "aprendizagem".

Dentro do CRECAN, o indivíduo é "reprogramado" por um comitê de "boas vindas", que


começa com sua recepção na triagem, por meios de rituais, conhecidos, como batismo,
onde a equipe de agentes orienta o novato do que ira ocorrer durante os três primeiros dias,
enquanto o grupo de internados, ou ambos, procuram deixar bem clara a sua situação
inferior no grupo em que está adentrando.

Ao ser "incorporado" no presídio, após passar pelo processo de triagem do sistema penal, o
indivíduo é reconduzido a uma cela na qual dividirá sua estadia com outros apenados por
critério de conveniência mutua, quando oportunizado pela direção, ele é fichado e
identificado, no grupo, "recebe um apelido", em geral pejorativo, um verdadeiro processo de
'despersonalização'.

Vocês já pararam para pensar sobre a lei da Atração, aquela que diz que atraímos para nós
exatamente aquilo que estamos vibrando?

Semelhante atrai semelhante


Osho

O indivíduo não é mas um servidor, ele passa a ser uma peça no sistema do Centro de
Recuperação Anastácio das Neves e deverá obedecer todas as regras do mesmo, e caso
não o faça, será "reeducado" pelos próprios companheiros ou pela equipe de agentes. O
jogo não pode nunca é parar...

Além da deformação pessoal que decorre do fato de a pessoa perder seu conjunto de
identidade, existe a desfiguração pessoal da moral e de suas culturas agora adaptadas a
sua nova realidade.

O importante é deixar claro ao indivíduo que o mesmo está num ambiente que não garante
sua própria integridade física. Entretanto, seguindo o sistema, ou melhor, a sociedade
existente ali poderá nada lhe ocorrer.

Esse processo de "desprogramação do indivíduo" é tão instável e hostil, que muitas vezes,
chegada à época de saída do presídio, com o cumprimento final de sua pena, são relatados
casos se ansiedade, angústia e medo de se adaptarem novamente a sociedade,haja vista
que estão perfeitamente adaptados às regras de sua sociedade carcerária.
INTRODUÇÃO 
 
"O  próprio  significado  do  limite.  Uma sociedade que aprende a se virar socialmente dentro de 
uma  área  fechada  e  enclausurada me pareceu um desafio fascinante para contar uma história 
e desenvolver outras histórias dentro dela"  

(Hector Babenco)

Sem dúvida a população carcerária é uma sociedade dentro da sociedade. Formada por
castas sociais que se reorganizam em clãs, nas penitenciárias brasileira. A princípio,
distante de nós, mas se analisarmos bem, muito próxima.

A violência e a ética é abordada justamente nesse intervalo A violência da


despersonalização do ser humano, do atentado à dignidade, de total degradação.

A ética, então, entra no instinto de sobrevivência, e adequação as novas regras impostas


pelo cárcere, os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.

Assim sendo, proponho uma análise introspectiva do indivíduo apenado para conhecer seus
conflitos, as raízes que levam a criminalidade sem, contudo, simplesmente estigmatizar.

Como estamos diante de um conceito relativo, cada sociedade faz a sua ética, a sua moral.
A penitenciária é uma sociedade dentro da sociedade com suas regras e valores próprios.
Quem vai chegando se adequa a realidade ali estabelecida. E no Centro de Recuperação
Anastácio das Neves, não é diferente, mesmo com suas particularidades.

A REINVENÇÃO DO INFERNO:

O CÁRCERE​:

As idéias de "Estado" e de "Direito Penal" surgem a partir da necessidade de que os


conflitos entre os seres humanos pudessem ser regrados e tratados impessoalmente em
uma esfera pública. Assim, a modernidade se forma também ao se estabelecer uma sanção
para aqueles que violam o pacto social e transgridem as normas legais, como funcionários
públicos, o peculato e a concursão viraram palavras usuais, do vocabulário do apenado no
centro, que a cada saída para o solário, algo lhe é acrescido singularmente.

O Servidor Público, agora apenado, prestará contas à sociedade através de sua reclusão. A
partir desse momento, é como se desse adeus ao mundo real para adentrar num novo
mundo, numa nova comunidade cheia de regras, de costumes, com um código de ética que
indicará como se deve portar.

O fato de alguém transgredir as normas ​ praticando um ilícito penal, por exemplo, ​ não
autoriza a vingança.
No CRECAN, 90% da População Carcerária e composta de Servidores da Área da
Segurança Pública (Policiais e Bombeiros Militares, Policiais Civis, Guarda Municipalis,
Agentes de Trânsito), os quais, estavam na ponta da lança no combate da criminalidade e
de ilícitos penais, não obstante, se envolvem em ocorrências que os acompanharam em
suas vidas particulares, levando-os a condição de acusados. Culpado ou inocente, não nos
cabe julgar.

O Estado então, é chamado para dirimir o conflito. Após o julgamento através dos meios
legítimos e legais, e, chegando-se a conclusão de que certa conduta é ilícita, portanto,
contra as regras estabelecidas pela sociedade, é chegada a hora de pagar pelo mal que se
fez.

Essa postura do Estado analisa os fatos de forma fria, sobre a pressão dos holofotes, da
imprensa sensacionalista, que manipula a opinião pública,

Somesse a isso os baixos salários, as péssimas condições de trabalho, uma criminalidade


crescente, uma justiça morosa para o cidadão infrator e uma corregedoria severa a serviço
do Estado. O resultado não poderia ser outro, se não o de bons policiais fora de combate
(presos ou omissos) porque, não vale apena arriscar suas vidas e/ou liberdades por uma
população que não reconhece seu valor.

Quando o servidor, seja ele provisório ou apenado, passa por uma casa penal, ele jamais
será o mesmo de antes. Principalmente se ele foi preso injustamente, certamente ele
retornará as suas atividades como um servidor omisso, cumpridor de horário e nada mais.
Se ele foi condenado, e excluído dos quadros efetivo, esse certamente se revoltara,
passando compor uma massa que busca a sobrevivência.

Essas Cadeias nada mais são do que um verdadeiro curso de pós-graduação da


criminalidade gerada muitas vezes pela condição de sobrevivência. Diferente da grande
maioria, das cadeias comuns, que vive uma rotina de violência e corrupção a começar pelo
espaço físico, pela ocupação com trabalho e com estudo, até considerações mínimas de
higiene como a indisponibilidade de papel higiênico e sabonete, as cadeias para servidores
públicos ofertam um mínimo de condições, pelo fato de tratasse de individuos esclarecidos
que exigem o princípio da dignidade da pessoa humana – ou seja – verdadeiras
reinvenções do inferno.

As atuais condições, particularmente a superlotação e as práticas violentas, fazem dos


presídios brasileiros instituições que expressam o mal radical. Por conta disso, os presídios
é um dos fatores mais operantes da criminogênese; vale dizer: da formação do crime.

Os presídios de forma geral em todo o Brasil funcionam com lotação 25% acima do limite
permitido, e em condições desumanas, o que explica facilmente as sucessivas rebeliões em
quase todos os Estados brasileiros.

Trata-se de um problema crônico, de difícil equacionamento, pois exige investimentos


financeiros elevados, da ordem de R$ 4 bilhões ao ano, além de efetiva vontade política e
mesmo de respeito ao ser humano, pois, afinal, o primeiro reconhecimento que a sociedade
precisa ter é de que seus presos continuam sendo seres humanos.

No Brasil, contudo, preso é considerado apenas e tão-somente bandido. E, como tal, é


tratado quase como um animal.

Todo o sistema prisional brasileiro está falido e funciona à revelia da sociedade e sob a
ostensiva e continuada omissão dos governantes. Um jogo de empurra entre o governo
federal e os estaduais.

"Ao invés de seguirmos o modelo norte-americano de encarceramento em massa e de leis


cada vez mais demagogicamente 'duras', faríamos melhor se olhássemos para a
experiência européia e sua política criminal. Ao invés de erguer prisões, nosso desafio
consiste, precisamente, em esvaziá-las". Marcos Rolim (PT/RS)

O INGRESSO:

"Mas a obviedade da prisão se fundamenta também em seu papel, suposto ou exigido, de


aparelho de transformar os indivíduos. Como não seria a prisão imediatamente aceita, pois se
só o que ela faz, ao encarcerar, ao retreinar, ao tornar dócil, é reproduzir, podendo sempre
acentuá-los um pouco, todos os mecanismos que encontramos no corpo social.”
M
​ ichel Foucault.

A VIOLÊNCIA

“Tudo é sujo e infestado. Tem um besourinho lá--muquirana--que mora nas nossas roupas e
faz com que sua pele coce a noite toda. É impossível dormir. Toda sexta-feira tem a "geral"
(vistoria completa). Tem um pátio grande lá. Todo mundo é forçado a tirar a roupa e esperar
no pátio, muitas vezes no frio. Eles ligam uma mangueira e lavam tudo. Mas não afasta a
muquirana.” Depoimento de um preso da casa de Detenção.

PANELA DE PRESSÃO:

Os presos brasileiros são normalmente forçados a permanecer em terríveis condições de


vida nos presídios. Devido à superlotação, muitos deles dormem no chão de suas celas, às
vezes no banheiro, próximo ao buraco do esgoto. Nos estabelecimentos mais lotados, onde
não existe espaço livre nem no chão, presos dormem amarrados às grades das celas ou
pendurados em redes. A maior parte dos estabelecimentos penais conta com uma estrutura
física deteriorada, alguns de forma bastante grave.

A LEP prevê que os detentos sejam mantidos em celas individuais de pelo menos seis
metros quadrados. De acordo com essa norma, muitos dos presídios brasileiros possuem
celas individuais em toda ou boa parte de suas áreas de reclusão. Mesmo assim, a
superlotação superou os planos originais: ao invés de manter um preso por cela, as celas
individuais são normalmente usadas para dois ou mais detentos. Além de celas individuais,
grande parte dos presídios possui celas grandes ou dormitórios que foram especificamente
planejados para convivência em grupo.

Muitos estabelecimentos penais, bem como muitas celas, e dormitórios têm de duas a cinco
vezes mais ocupação do que a capacidade prevista pelos projetos. Em alguns
estabelecimentos, a superlotação atingiu níveis desumanos, com presos amontoados em
grupos. Pesquisadores puderam observar cenas de presos amarrados às janelas para
aliviar a demanda por espaço no chão e presos forçados a dormir sobre buracos que
funcionam como sanitário.

Essa superlotação gera sujeira, odores fétidos, ratos e insetos, agravando as tensões entre
os presos. Os detentos são responsáveis por manter as dependências limpas e,
obviamente, alguns fazem o trabalho melhor do que outros: quanto mais lotada a cela, mais
difícil à tarefa.

Nos presídios, a distribuição do espaço não segue regras, o que significa que o pior da
superlotação recai de forma desigual sobre certos presos. Isto é, algumas celas ficam
completamente lotadas enquanto outras têm uma ocupação mais equilibrada. No geral,
presos que são mais pobres, mais fracos ou menos influentes tendem a viver em
dependências com condições proporcionalmente menos habitáveis.

A superlotação, que aqui chamo – panela de pressão – gera a degradação desses


indivíduos. A violência que os levou para a prisão multiplica-se lá dentro gerando o caos, o
colapso do sistema penal. E assim, concretizando ainda mais a violência, explodem as
rebeliões.

Uma das acepções de violência significa tudo o que age usando a força para ir contra a
natureza de algum ser. (é desnaturar) É justamente isso que o cárcere faz com o indivíduo.
Trata-o como seres irracionais, insensíveis, mudos, inertes e passivos, trata-o não como
humano e sim como coisa fazendo-lhe violência nas mais diversas esferas.

É preciso que os criminosos sejam persuadidos a não reincidirem e os cidadãos


estimulados a não violarem os preceitos legais postos administrativa e judicialmente, pois a
pressão é necessária, a violência não, devendo o Estado, assumir a sua parcela de
responsabilidade, com a adoção de Políticas Sociais adequadas para combater a miséria,
desemprego, e também o fornecimento de uma Segurança que haja persuadindo os
cidadãos a cumprirem leis cujo conteúdo fático reconheçam, dando-lhe legitimidade e
efetividade social plenas e não o mero obedecer pelo medo, pois o que se teme nem
sempre é o que se respeita.
A ÉTICA:

“Cada detento uma mãe, uma crença. Cada crime uma sentença. Cada sentença um
motivo, uma história de lágrima, sangue, vidas e glórias. Abandono, miséria, ódio,
sofrimento, desprezo, desilusão, ação do tempo. Misture bem essa química, pronto, fiz um
novo detento". (Diário de um Detento-Racionais MC’s)

“Na cadeia só sobrevive quem é amigo dos ‘manos’. Quem não entra no esquema paga por
isso”. (Frase de um detento)

O INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA:

O termo “ética” significa a ciência da moral. E “moral”? Significa costumes, isto é,


comportamentos tidos por normais e, portanto, aceito pela comunidade ou sociedade.
Conforme se vê, as regras da moral, de fato, só podem ser relativas, pois um ato que se
taxa de “mau” em nossa comunidade, deste lado da fronteira, na comunidade vizinha, do
lado de lá, pode não ser e pode até ser aceito como sendo “bom”. Num grupo de terroristas,
por exemplo, a maior virtude é a perversidade mais hedionda.

Normalmente, as casas de detenções são divididas em castas de acordo com o nível da


criminalidade. Essa divisão é feita pelos próprios detentos – a marginalização dos
marginalizados.

Tatua-se o corpo de acordo com o crime, com a quantidade de pena e torna-se


praticamente um troféu. Percebe-se aqui uma realidade totalmente desvirtuada.
Estupradores, homicidas de crianças, autores de crimes mais bárbaros são descriminados
pela sociedade carcerária.

A celebração de “acordos” pela sobrevivência é comum e de certo modo, necessário. Quem


chega tem de saber quem “manda no pedaço” se não pode pagar caro, às vezes com a
própria vida. Em troca de proteção, o “calouro” tem de se submeter às regras impostas. Os
favores são pagos com cigarros, drogas ou qualquer objeto com “valor carcerário”.

Vale lembrar também, que a aparente tranqüilidade do sistema penitenciário é garantida por
um acordo firmado entre agentes de segurança penitenciária e presos: o preso se
compromete a não fugir e a não se rebelar em troca de "favores", como a entrada de armas,
drogas e telefones celulares.

Se esse "acordo" de fato existe, ele pode estar começando a ser rompido. As autoridades
responsáveis pela área não podem, em hipótese alguma, tolerá-lo, na suposição de que,
pelo menos, ele evita o mal maior das rebeliões.

Os problemas aqui levantados mostram que o sistema penitenciário tornou-se uma


verdadeira panela de pressão e que, se não forem tomadas providências urgentes,
estaremos trilhando a passos largos, o perigoso caminho, não da roça, mas caos completo.

O REGRESSO:

“Pode-se tirar do homem a liberdade, mas não a esperança de voltar à liberdade. Sonhar é
o mais sagrado direito do homem. O miserável, o pobre, o marginalizado pode ser privado
de todos os seus direitos, menos o de sonhar, de ter esperança." (Paulo S’antana).

A REINTEGRAÇÃO SOCIAL:

O crime é concebido e tratado pelo Estado e pelo sistema, não propriamente como uma
ofensa à vítima, mas como uma infração a norma penal, passando a ser uma dívida com o
Estado.

Cumprida essa pena, considera-se que o condenado pagou sua dívida perante a justiça e o
Estado. Entretanto, o mero cumprimento dessa dívida, ou, sobretudo, da pena privativa de
liberdade nada tem a ver com a resolução do conflito entre o condenado e a sociedade.

Aliás, a pena privativa de liberdade, não só em nada contribui para a resolução do conflito,
como pelo contrário, dado seu caráter repressivo, de exercício legitimado do domínio e do
poder, dado seu caráter de degradação, deterioração e despersonalização do condenado,
fatalmente contribui para a atualização do conflito fundamental e agravamento de conflitos
atuais.

Propõe-se em seu lugar a reintegração social, que seria todo um processo de abertura do
cárcere para a sociedade e da abertura da sociedade para o cárcere, de tornar o cárcere
cada vez menos cárcere, processo no qual a sociedade tem um compromisso, um papel
ativo e fundamental.

A reeducação do sentenciado do ponto de vista da Criminologia Crítica, consiste em sua


aquisição de uma consciência política sobre as contradições da sociedade, sobre as
relações de domínio e de poder, sobre as condições das classes subalternas e os motivos
dessas condições.

Contudo, há algumas propostas, como:

a) O “fortalecimento psíquico” do apenado – Consiste em identificar os pontos vulneráveis


diante dos obstáculos que suas condições familiares, escolares e sociais lhe ofereceu. O
objetivo é levar o apenado a se conscientizar de seus conflitos, dos conflitos que surgem na
dinâmica da sua inserção no meio social e sobre as reais conseqüências das respostas que
ele dá aos mesmos.

b) A abertura gradativa do cárcere – A pena privativa de liberdade sem dúvida, é um grande


mal. Ela e o cárcere tem como efeito inevitável atualizar os conflitos, já que constituem uma
reedição ao vivo e a cores do exercício do domínio. Consiste, então, em qualquer brecha
que se abra no cárcere será saudável para minimizar os conflitos.
c) A reaproximação cárcere-sociedade – Consiste em medidas e iniciativas concretas, com
estímulo a saídas temporárias, serviços externos, desenvolvimento de programas de debate
entre grupos da comunidade e grupos de preso.

Pois bem, nesta seqüência de conflitos, o crime é a modalidade de resposta, nas tentativas
que o homem faz para solucionar o conflito vital de fazer valer os seus direitos, dentro de
uma história em que quase tudo lhe foi negado. O preso não deve ser considerado como
um objeto, como alguém a receber ajuda, mas como um sujeito pensante.

Dessa forma, a esperança de reintegração social é um forte mobilizador da melhora,


enquanto a desesperança é fonte de desistência. O criminoso não é só um criminoso, mas
antes de tudo um ser humano que não apenas tem seus direitos garantidos na Magna Carta
como têm direito natural de viver em sociedade, produzir e retomar sua posição após ser
punido.

Os iguais se atraem!
Na lei da atração o semelhante atrai o seu semelhante e o igual atrai o seu igual! Esta é
uma lei irrevogável! Os semelhantes atraem-se!
As energias que enviamos são as que recebemos de volta e multiplicadas. Se você só vê o
lado bom das pessoas que o rodeiam é isso que irá colher, um bom relacionamento. Estou
me referindo ao caráter e personalidade da pessoa.
Todo o ser humano tem dentro de si algo de bom e algo de mau, depende da energia que
põe no sentimento e no pensamento.
Há princípios básicos para se criar relacionamentos agradáveis com aqueles que nos
rodeiam, seja família, colegas de trabalho, sócios, patrões, empregados. Se você está
realizado no casamento, com os filhos, no trabalho, isso é ótimo porque se sentirá bem a
maior parte do tempo. Quando começamos a culpar aos outros, e a nos ver perfeitos,
vamos com certeza desgastar os relacionamentos! Quer queiramos, quer não! Se não
mudarmos a tempo é isso que vai acontecer: desgaste! Com essa atitude estaremos
atraindo coisas e situações negativas. A maneira como você se sente em relação à
situação, faz fluir a energia correspondente.
Claro que é difícil engolir "sapos", não responder quando somos injustiçados ou
prejudicados! Espezinhados. Medite: Quais os tipos de energias que tem enviado para si
mesmo? Para que as pessoas tivessem tal atitude com você? O que pensa sobre este
assunto e em relação a essas pessoas? A situações são desconfortáveis? Como tem-se
sentido? Que sentimentos e pensamentos tem enviado?
Vai ter que direcionar melhor seus sentimentos, pensamentos e palavras! Isto se quiser
mudar os seus relacionamentos conflituosos. A culpa não é minha!! Me fizeram isto... Me
fizeram aquilo! Claro que você tem razão! Está cheio de razão! Mas a lei da atração não
quer saber disso! Ela é a lei da natureza emotiva! Lembre-se da "Energia
Electromagnética"! Esta é uma energia muito forte! A nossa concentração e sentimentos
comandam a nossa natureza emotiva! Quando essa energia flui de nós para os outros ela
atinge a nós mesmos, voltando ao mesmo ponto de onde partiu.
Já lhe aconteceu alguma vez de sentir-se estúpido, ignorante, diante de certas pessoas?
Certas pessoas possuem uma carga tão negativa em relação a você que te fazem reagir de
forma esquisita na presença delas! Fuja dessas pessoas, mas primeiro verifique se você se
sente assim quando está de frente com pessoas boas. As que gostam de nós enviam-nos
boas energias! E nós nos sentimos bem com essas pessoas porque elas nos fazem sentir
que somos inteligentes! Importantes! E criativos. Veja o que sente! E como se sente em
relação às coisas e às pessoas! Verifique que energia está enviando porque é isso mesmo
que vai receber.
Escolha bons sentimentos e pensamentos para ter situações desejáveis. Não se esqueça
que: "Os semelhantes atraem-se".

Vocês já pararam para pensar sobre a lei da Atração, aquela que diz que atraímos para nós
exatamente aquilo que estamos vibrando?

Hoje, trazemos à vocês um belo texto do filósofo indiano Osho, que propõe uma reflexão
sobre estar só, felicidade, amizade, amor e relacionamentos. Nele, o sábio diz que as
pessoas que temos em nosso círculo são reflexo de nosso estado de espírito: Se estamos
felizes e radiantes, atraímos exatamente isso para nós. Entretanto, o oposto também é
verdadeiro…

Semelhante atrai semelhante


Osho

Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o
parceiro certo.

Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz.
Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que
as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a
felicidade delas. Está perfeitamente bem.

Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o
semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas
estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.

Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um


relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma
festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir
disso.

Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na
direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio.
E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É
imoral usar alguém como um meio.Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um
caminho para ficar sozinho.

Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora
você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para
compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim
surge uma necessidade de amar alguém.

Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma


necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.

Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é
amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu
ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.

Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa
banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela
nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa
nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo
cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que
agora tenho que amar alguém.

A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.

E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de
outra maneira não.

“É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra”?

Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é
bom nem para si mesmo.

Como você pode ser bom para outra pessoa?

Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo,
seja bom para si mesmo.

Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca
ser bom para si mesmo.

Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro
para consigo mesmo. Isso é um absurdo.

Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo.
Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes,
setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si
próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo. Assim você irá florescer.

Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras;
flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que
possui uma bênção nele.

Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma
oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.

O que você está atraindo para você? Você atrai só pedras, ou atrai flores?

Seja qual for sua resposta, ame-se sempre, viva, seja feliz! Lembre-se: você é luz, você é
perfeição! Assim, ao estar bem consigo mesmo, ao estar se amando incondicionalmente,
você verá que o amor e relacionamentos muito legais surgirão em sua vida.

Muita luz, amor e sabedoria para cada um de vocês,

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Aprenda a controlar o corpo as emoções e os pensamentos.
A dificuldade para relaxar e os pensamentos negativos podem estar te afastando dos seus
sonhos.

Ao longo da vida, todos nós passamos por momentos decisivos e situações que nos
pressionam a agir por impulso ou de forma irracional. As atitudes que tomamos de forma
irracional são os principais responsáveis pela falta de sucesso, prosperidade, abundância e
equilíbrio em nossas vidas.

Enquanto uma pessoa calma e equilibrada tem toda a sua energia disponível para criar
saúde e prosperidade, uma pessoa com a mente agitada ou desalinhada desperdiça sua
energia e causa mais problemas do que soluções.

Muitas pessoas perdem as melhores oportunidades de suas vidas simplesmente porque


não estão conscientes para perceber e aproveitar estas oportunidades. E você? Já perdeu
uma grande oportunidade porque não soube controlar suas próprias atitudes e reações?

Uma mente agitada pode provocar uma série de sintomas colaterais na vida de uma
pessoa:

1. Não conseguir relaxar, nem por um curto espaço de tempo.

2. Dificuldade para controlar e manter a respiração da maneira correta.


3. Excesso de estresse no corpo.

4. Dificuldade para se concentrar.

5. Não conseguir “parar de pensar”, esvaziar a mente.

6. Dificuldade para se desconectar do mundo exterior.

7. Problemas para encontrar uma postura ideal e confortável.

Repare que estas mesmas barreiras e reações também aparecem diante de ocasiões
importantes da vida como uma entrevista de emprego ou qualquer outra ocasião em que
precisamos de foco e concentração. Isso acontece porque nós seres humanos temos uma
tendência natural para a meditação quando precisamos de foco e equilíbrio.

Como controlar as emoções?


Qualquer pessoa, que pratica a meditação corretamente, logo perceberá que está com um
controle muito maior sobre suas próprias emoções. A meditação deixa o ser em um estado
de controle e percepção muito maior.

Uma pessoa pode ter o controle sobre o nível de emoções que quer sentir e de fato pode
produzir essas emoções e fazer com que o corpo responda às emoções criadas
conscientemente. Obviamente, é necessário praticar um pouco. A boa notícia é que nós já
nascemos com todo o equipamento necessário para fazer isso e em questão de minutos
podemos começar a perceber os resultados.

1. Uma pessoa em controle de suas emoções tem:

2. Mais tranquilidade e harmonia para lidar com as situações na vida.

3. Percepção aguçada e clareza para tomar decisões.

4. Relaxamento corporal e melhores condições para uma boa saúde.

5. Facilidade para se concentrar e aprender o que quiser.

Mas como é possível fazer tudo isso com a meditação? A resposta para essa pergunta
também não precisa ser complexa. Basta entender um pouco sobre como a mente funciona.

Como a mente funciona?


As Vibrações controlam sua vida. Tudo que você faz tem uma frequência vibratória
associada. Quando você está em um estado de relaxamento mental, as ondas de seu corpo
possuem uma determinada frequência. Quando você está bem e suas emoções estão em
um nível satisfatório, suas energias têm uma frequência alinhada e harmônica. Quando
você está confuso ou frustrado elas têm uma frequência totalmente irregular.
As áreas de concentração na meditação estão associadas a suas características vibratórias.

1. Frequências mais baixas - Corpo (Respiração, Postura e Relaxamento)

2. Frequências médias - Mente (Pensamentos e Realidade)

3. Frequências altas - Espírito (Consciência e Objetivos)

A fim de controlar as frequências mais altas você deve primeiro aprender a lidar com suas
vibrações de frequência inferior.

Muitas pessoas desistem de praticar a meditação porque se concentram nas vibrações


médias e altas antes de trabalharem as vibrações de frequência mais baixa quando, na
verdade, devemos praticar e dominar as frequências mais baixas antes de passar para as
superiores.

O ser humano tem uma tendência natural para meditar, mas infelizmente não possui um
manual de instruções para praticar a meditação. Por isso, com frequência vemos pessoas
que se desanimam ao tentar meditar e acabam desistindo por acreditarem que não
conseguem encontrar uma postura adequada ou relaxar o suficiente. Mas postura e
relaxamento são os dois primeiros pilares da meditação.

Existem seis pilares da meditação (Postura e respiração, Relaxamento, Pensamentos,


Realidade, Consciência, Metas e Objetivos) e eles somente podem ser praticados
completamente se os exercícios forem feitos na sequência correta.

Os seis pilares da meditação mostram o caminho para uma meditação correta, sem
frustrações.

Use a meditação para controlar seus pensamentos,


equilibrar e harmonizar sua vida.

Os Seis Pilares da Meditação


A equipe de pesquisa do Serenamente reuniu milhares de livros e textos sobre meditação
em busca de um método que pudesse funcionar em 100% dos casos e para que pudesse
ser possível criar um único método que qualquer pessoa pudesse seguir de forma objetiva e
concreta para medir seus resultados e ver o progresso da sua própria prática da meditação.

Nossa pesquisa foi concluída com sucesso com a descoberta e classificação dos seis
pilares da meditação que podem ser praticados por qualquer pessoa em qualquer lugar do
mundo, sem exceção. Essa técnica funciona.

Os seis pilares da meditação são as seis técnicas básicas da meditação ordenadas em uma
sequência adequada e lógica que torna a meditação muito mais simples. Dessa forma, é
possível se orientar e se concentrar em um aspecto de cada vez para um progresso
organizado e consciente da sua habilidade.

1. Respiração e Postura
Neste pilar, resolvemos grande parte das adversidades e dificuldades para meditar. É aqui
que nós vamos te guiar até que você encontre sua postura e sua respiração ideal. Este
poderoso pilar tem um imenso poder transformador. Através da prática dos exercícios
relacionados à postura e respiração, uma pessoa pode realizar grandes mudanças em sua
vida tais como melhor respiração e postura corporal. Existem inúmeros benefícios que
podem surgir de uma melhor postura e de uma melhor respiração. Apesar de este pilar ter
um grande poder, é praticamente inútil passar aos pilares superiores antes de praticar este
primeiro pelo simples fato de que a postura e a respiração influenciam todo o seu estado
mental e espiritual.

2. Relaxamento
Se você entendeu a necessidade de praticar a meditação adotando a postura e respiração
corretas, conheça o segundo pilar, o pilar do relaxamento corporal. Você já deve ter ouvido
falar sobre os efeitos positivos de um bom relaxamento, e é nesse pilar que você irá
aprender sobre técnicas rápidas, de fácil entendimento e que são compatíveis com a vida
moderna. O relaxamento é a chave para lidar com qualquer situação com confiança e paz
interior. Um alto nível de energia é gerado em nossa mente e corpo enquanto relaxamos o
que nos proporciona a possibilidade de ter um maior controle sobre nossos pensamentos e
nossos corpos, nós nos tornamos mais simples e poderosos. Com o corpo relaxado,
podemos sentir e nos concentrar em formas de energia de frequências mais elevadas.

3. Pensamentos e Controle da mente


Tudo começa com um pensamento. Um pensamento tem poder suficiente para nos fazer
sentir as mais variadas emoções e até mesmo para nos motivar a agir com ou sem
racionalidade. Com o corpo em um estado de relaxamento pleno, é possível avançar para a
fase de controle dos pensamentos e da mente, aprendendo sobre este pilar abriremos as
portas para o controle emocional e para a criação das emoções positivas centrais que são
essenciais para se concentrar nos planos mais sutis do pensamento tal como nossos
objetivos e desejos. As ações, pensamentos e emoções devem fluir até que se acalmem
nesta etapa. Durante a prática deste pilar, uma pessoa pode aumentar muito sua habilidade
para se concentrar, para fazer planos e para enfrentar situações em que é necessário ter
autocontrole.

4. A Experiência da Realidade
E aprendendo sobre este pilar que damos um grande salto para experiência da verdadeira
meditação, mais real e mais profunda. Nesta etapa recebemos conselhos que nos ajudam a
desenvolver uma consciência da realidade completamente nova, sem preconceitos ou
cortinas que conturbam nossos pensamentos. No quarto pilar nós começamos a encontrar
e perceber o poder que nós temos para colocar nossa vida em equilíbrio através da
meditação. Nós percebemos aqui que os problemas do mundo moderno não importam tanto
quanto imaginávamos e começam a te nos estressar menos, tornando-se mais fáceis de
serem resolvidos. Assim, a pessoa que consegue praticar o quarto pilar de forma plena,
aumenta sua habilidade para estudar, aprender novos temas e até mesmo para se
relacionar melhor.

5. Expansão da Consciência
É neste quinto pilar que nossas mentes e corpos começam a trabalhar usando nossas
energias potenciais que sempre estiveram dentro de nós. É praticando a quinta etapa que
nós sentimos de fato os efeitos da meditação em nossas vidas diárias. É com o quinto pilar
que aprendemos a criar um estado de bem estar, profusão de energias, alegria e
serenidade, todos esses sentimentos começam a ser mais frequentes e a durarem mais
conforme vamos praticando. É nessa etapa que começamos a viver o dia de hoje
conscientes da existência de um futuro e presente repletos de objetivos e sonhos
realizados, é nessa etapa que nossa mente se aclara para nossos objetivos e nos tornamos
capazes de passarmos para o ultimo pilar. Este é o pilar que abre as portas para as grandes
descobertas da vida, tais como o seu propósito na vida e de sua existência neste universo.

6. Metas e Objetivos
Como nós já podemos perceber a meditação afeta positivamente a nossa vida em vários
aspectos, nos negócios, nas relações humanas e até mesmo na vida sexual. Tudo isso se
potencializa positivamente quando nos concentramos. Tudo entra em equilíbrio. E agora,
neste pilar, nós podemos organizar nossa vida de acordo com o que desejamos e tudo
tende a se harmonizar. É praticando o pilar das metas e objetivos que nossa vida entra final
emente em estado de paz interior e controle emocional, tornando-se agradável e fácil de
viver. Vivencie o renascimento das virtudes que você sempre teve no seu interior, esse é o
verdadeiro caminho para apreciação da viagem da vida em uma estrada de plenitude e
consciência.

Livro Meditação Diária e Materiais de Bônus para uma excelente


Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a
mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa.

Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são
arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade
em tomo dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem.

Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação,


insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta.

A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, que deve ser enfrentada
com serenidade e altivez.
Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.

Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a alternância de
conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado emocional do momento.

Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que,
noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis.

Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não
permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram.

Muitos males são ao próprio indivíduo feitos, produzindo remorso, vergonha, ressentimento,
sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos seus efeitos danosos.

Uma reflexão em tomo da humanidade de que cada qual é possuidor, permitir-lhe-á


entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando
seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem...

A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do


equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.

Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto
em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova
oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior.

O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranquila.

Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo,
desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso.

Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a
fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.

Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão


ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz.

Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que
consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele
é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade.

Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo


a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao
mesmo nível em que ele se encontra.

O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições


inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à agricultura do seu
país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir
a odiá-lo.

Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a
ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade.

Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral, constituem o
antídoto para o ódio de fácil irrupção.

Sem dúvida, existem os invejosos, que se comprazem em denegrir aquele a quem


consideram rival, por não poderem ultrapassá-lo; também enxameiam os odientos, que não
se permitem acompanhar a ascensão do próximo, optando por criar-lhes todos os
embaraços possíveis; são numerosos os poltrões que detestam os lidadores, porque
pensam que os colocam em postura inferior e se movimentam para dificultar-lhes a marcha
ascensional; são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e
auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua
faixa moral inferior...

Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia,


quanto gostarias que assim fizessem contigo, caso ainda te detivesses na situação em que
eles estagiam.Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência
com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te
perturbes.

Sob o acicate desses infelizes, aos quais tens o dever de compreender e de perdoar,
porque não sabem o que fazem, ignorando que a si mesmos se prejudicam, seguirás
confiante e invencível no rumo da montanha do progresso.

Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do
estágio espiritual que se vive no planeta e da população que o habita ainda ser constituída
por Espíritos em fases iniciais de crescimento intelecto-moral.

Não te detenhas, porque não encontres compreensão, nem porque os teus passos tenham
que enfrentar armadilhas e abismos que saberás vencer, caso não te permitas compartilhar
das mesmas atitudes dos maus.

Chegarás ao termo da jornada vitoriosamente, e isso é o que importa.

O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do
tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca
se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá.

Dessa forma, faze sempre todo o bem, ajuda-te com a compaixão e o amor, alçando-te a
paisagens mais nobres do que aquelas por onde deambulas por enquanto.

Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja
cometido contra ti.

O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece.

Pilatos e Jesus defrontaram-se em níveis morais diferentes. A astúcia e a soberba num, a


sua glória mentirosa e a sua fatuidade desmedida. A humildade real, a grandeza moral e a
sabedoria profunda no outro, que era superior ao biltre representante do poder terreno de
César. Covarde e pusilânime, Pilatos não lhe viu culpa, mas não o liberou, porque estava
embriagado de ilusão sensorial, lavando as mãos, em tomo da Sua vida, porém, não se
liberando da responsabilidade na consciência. Estóico e consciente Jesus aceitou a
imposição arbitrária e infame, deixando-se erguer numa cruz de madeira tosca, a fim de
perdoar a todos e amá-los uma vez mais, convidando-os à felicidade.

Perdoar

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