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Segundo Zygmunt Bauman a sociedade tem vivido um imediatismo “líquido” e

“veloz”. A sociedade líquida é comparada com a água, devido ela ter a


potencialidade de alterar sua forma conforme seu recipiente, sendo assim a
sociedade é incapaz de manter sua forma. Nesse contexto emergem o
individualismo, a efemeridade das relações, acarretando profundas mudanças
em todos os aspectos da vida humana, provocando uma fragilidade em todas as
áreas da sociedade e das relações pessoais que torna um mundo repleto de
sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível. Perdeu-
se, em velocidade assustadora, o aspecto duradouro e sólido das relações
pessoais e interpessoais, tudo é passível de mudança, tudo é inseguro e nada é
garantido. A modernidade desfez o que o longo dominio do cristianismo tinha
feito repeliu a obsessão com a vida após a morte, concentrou a atenção na vida
“aqui e agora”, redispôs as atividades da vida em torno de histórias diferentes,
com metas e valores terrenos e, de um modo geral, tentou desarmar o horror da
morte. Seguiu-se então o abrandamento do impacto da consciência da
mortalidade, mas mais essencial ainda desligando-se esta da significação
religiosa.

A sociedade líquida, ao contrário do que ocorreu durante o século XX, não


pensa a longo prazo, não consegue traduzir seus desejos em um projeto de
longa duração e de trabalho duro e intenso para a humanidade. Os grandes
projetos de novas sociedades se perderam e a força da sociedade não é mais
voltada para o alcance de um objetivo. O fim do olhar para eternidade e a perda
do caráter reflexivo em relação a sociedade e, por consequência, a perda da
noção de progresso como um bem que deve ser partilhado. A busca do prazer
individual é o fim último da sociedade líquida. Bauman explica que a sociedade
atual é desregulamentada, pois o mercado é aquilo que dita as regras e as regras
do mercado são marcadas pelo objetivo econômico capitalista: a aniquilação dos
concorrentes e o sucesso com os consumidores. A pergunta é a igreja tem vivido
esse imediatismo líquido e veloz da sociedade líquida?

Estamos vivendo a era do “descartável”. Tudo está ficando descartável: o


celular, a máquina fotográfica, o PC, automóvel, etc. Aquilo que era considerado

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um aparelho supersônico, não passa de sucata. Sem contar os relacionamentos,
cada vez mais superficiais. A questão mais crítica é que se transferiu o lema do
usar e deitar fora, dos artigos para as pessoas e para as emoções, e isso é que
é realmente grave.

Neste tempo onde o imediatismo é a palavra chave, vemos pessoas desprovidas


de raízes profundas em tudo o que fazem, inclusive em suas crenças. Hoje
estamos presenciando, o que podemos chamar de “A Síndrome do
Ineditismo”; ou seja, o que vale é o inédito, a novidade, o que é fora do comum.
Infelizmente, a Igreja foi afetada pela síndrome do ineditismo.

O “boom” de promessas do paraíso na terra tem deixado pessoas à beira da


loucura; o consumismo e as cobranças diárias exigem muito preparo, e a grande
maioria não está preparada. A coisa é mais ou menos assim no “evangelho
descartável: Quando se tem necessidade grande corre-se para uma igreja
evangélica, diz-se que é crente, pede oração, chora, e depois que consegue a
bênção dá as costas para o Abençoador, continuando a viver uma vida fora da
vontade do Senhor.

Os cristãos nominais de hoje não se vêem como membros da igreja de Cristo, e


sim como clientes e consumidores do mercado da fé. Naturalmente, a igreja de
hoje prega o que o povo quer ouvir (uma igreja ao gosto do freguês). Só para se
ter uma idéia existe mega igrejas adicionando salas de boliche, quadras de
basquete, salões de ginástica e sauna, auditórios para concertos e produções
teatrais, franquias do Mcdonalds.

Hoje as pessoas já não se sentem contristadas por causa do pecado. Não se


prega arrependimento mais. Precisamos reciclar nossa espiritualidade se
quisermos continuar sendo verdadeiros discípulos de Jesus.

Vejamos algumas características do evangelho descartável:

O EVANGELHO DESCARTÁVEL ATUA SOB UMA FÉ DESCARTÁVEL.

(Gálatas 1.6-9).

Observe a expressão; “… tão depressa” (FAST-FOOD).Apostatar da fé


também significa trocar de crenças.Existem duas palavras para “outro”: Allos –
outro do mesmo tipo. Usada em relação ao Espírito Santo e Heteros – diferente,
de outro tipo. Paulo usa exatamente essa palavra para se referir ao outro
evangelho.Duas coisas acontecem numa fé descartável:Perturbação e
perversão do genuíno Evangelho.

O EVANGELHO DESCARTÁVEL EXERCE FASCÍNIO NAS PESSOAS.

(Gálatas 3.1-5).

A expressar fascinar na versão espanhola diz: “¿Quién os hechizó


(enfeitiçou)?”, ou seja, Paulo chama a atenção deles ao fato de estarem
encantados por algo que os estava roubando de Cristo crucificado. A idéia é de

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encantamento pelo olhar, ou por palavras como um feiticeiro.Por que exerce
tanto fascínio? A busca desenfreada das pessoas por experiências místicas tem
feito com elas se tornem reféns de falsas doutrinas. “Os judeus pedem
milagres como prova, e os não-judeus procuram a sabedoria. Mas nós
anunciamos o Cristo crucificado – uma mensagem que para os judeus é
ofensa e para os não-judeus é loucura” (1 Coríntios 1.22, 23 – NTLH).

A busca pela sensação imediata faz com que as pessoas não usem a razão.
Muitos dizem: “Eu quero é sentir…” Ai é que mora o perigo!Muitos deixaram de
contemplar a Cristo porque foram seduzidos pelo erro.

O EVANGELHO DESCARTÁVEL ROUBA DAS PESSOAS A SUA


HUMANIDADE.

(Gálatas 4.12-20).

O apóstolo Paulo fica perplexo com a indiferença por parte dos cristãos da
Galácia. Devido uma enfermidade, Paulo ficou um tempo naquele lugar. Lá ele
pôde apresentar o Evangelho numa posição de extrema fragilidade. Eles
estavam frios e indiferentes a ele. Haviam perdido a exultação e adquirido um
zelo sem entendimento.

Neste cristianismo fast-food não há espaço para relacionamentos saudáveis. A


expressão “Uns aos outros”, perdeu seu lugar nos cultos evangélicos. O princípio
da mutualidade não é tão pregado nos dias de hoje. As pessoas vão a
uma “concentração de fé” como clientes que vão ao shopping em dias de
promoção.

O EVANGELHO DESCARTÁVEL INFLUENCIA AQUELES QUE SÃO


SEDUZIDOS POR ELE.

Um cristianismo desse tipo produz escravos religiosos. “Para a liberdade foi


que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de
novo, a jugo de escravidão” (v. 1). Ou seja, gente sem capacidade de decidir
na vida. São tratadas como marionetes nas mãos dos líderes. E se não bastasse
isso, esse tipo de espiritualidade cria distração. “Vós corríeis bem; quem vos
impediu de continuardes a obedecer à verdade?” (v. 7).As pessoas são
tiradas do caminho sem que percebam.

Para que isso acontece a linguagem usada é o da persuasão. “Esta persuasão


não vem daquele que vos chama” (v.8 ). E de maneira sutil o verdadeiro
evangelho vai sendo deturpado. “Um pouco de fermento leveda toda a
massa” (v. 9). O evangelho descartável tem aparência de inofensivo, mas é
maléfico.

Como conseqüência o que temos visto é um grande número de pessoas


confusas e cansadas daquilo que eles chamam de “igreja”. “Confio de vós, no
Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que
vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação” (v. 10).

“Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao
verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E

III
arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o
que elas querem ouvir” (2 Timóteo 4.3 – NTLH).

A minha grande pergunta hoje é esta: Estamos falando da mesma pessoa?


Leiamos nas escrituras o que o Apóstolo Paulo tem a nos dizer em 1 Coríntios
11.1-4: “Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura.
Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos
tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo,
que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a
sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da
simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém,
prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente
que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado,
a esse, de boa mente, o tolerais”.

Em meio aos alardes do imediatismo evangélico, eu só posso dizer uma coisa:


“Não existem atalhos no Reino de Deus”.Tem que passar pela porta estreita.

Uma das funções proféticas é o da reconciliação. Que Deus levante vozes nesta
geração clamando a plenos pulmões, a fim de despertar a igreja para o retorno
à fé puramente bíblica.

Relação de consumo.

Estou admirado de vocês estarem abandonando tão depressa aquele que os


chamou por meio da graça de Cristo, e estarem aceitando uma versão diferente
das Boas Novas. Gálatas 1.6

Vivemos em uma sociedade que vive de relações de consumo que “duram


apenas o tempo necessário para que um fornecedor supra suas necessidades
por um preço que você considere aceitável". Se outro fornecedor oferecer
serviços melhores ou os mesmos serviços a um custo reduzido, você não tem
obrigação nenhuma de manter a relação com o primeiro fornecedor .Nesse tipo
de relação de consumo, o que é importante é a satisfação das necessidades do
consumidor, não o relacionamento em si. E muitos estão se relacionando com
Deus e com a igreja enquanto estes podem lhes oferecer o que desejam pelo
custo que os pastores tem cobrado. Hoje em dia, mantemos os vínculos com as
pessoas e com Deus enquanto esses suprem suas necessidades por um custo
aceitável. Quando deixamos de lucrar com essa relação – ou seja, quando o
relacionamento parece exigir de nós mais apoio e amor do que estamos
recebendo, saímos dele para “minimizar o prejuízo”.

É assim que nossa sociedade se relaciona com Deus.

O Cristianismo representa um conjunto de valores e princípios deixados pelo


próprio Cristo, registrados nas Escrituras e que não podem ser simplesmente
desconectados. Cristianismo não é só salvação do inferno após a morte física,
mas redenção dos nossos infernos particulares aqui na terra. De todo conflito

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com o próprio corpo, com nossos sentimentos, com os dilemas que não
conseguimos administrar e passam a administrar nossa vida. O homem é
escravo daquilo que o domina (2 Pedro 2.19).

Em Cristo Jesus Wesley Ramalho.

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