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Renan Carreira – Mestrado em Sistemas Elétricos de Potência 08/08/2019

Orientador: Prof. Dr. Geraldo R. M. da Costa

Resumo do problema de fluxo de potência ótimo (FPO)

1. Introdução
Antes da introdução dos fluxos de potência ótimos, o chamado despacho econômico de potência
era utilizado para determinar a melhor maneira de distribuir a carga entre diversas unidades
geradoras, sendo este conjunto de capacidade superior à potência de geração solicitada.
As perdas eram então levadas em conta através de coeficientes, ordens de controle eram
enviadas diretamente às unidades geradoras e a economia acontecia.

O problema do despacho econômico de potência consistia do seguinte:


Tem-se o sistema operando em um determinado carregamento onde, caso o mesmo aumente,
unidades geradoras térmicas adicionais terão de ser acionadas para suprir a demanda. O
despacho econômico consiste em encontrar a melhor forma de como fazer as unidades
adicionais assumirem a carga. Até o momento, a única preocupação neste processo era com as
perdas de potência e o custo associado as mesmas. Então, o despacho era realizado de forma a
determinar as ações de controle das unidades adicionais de forma a minimizar as perdas e
consequentemente os custos associados. Não havia a preocupação com restrições de segurança
inerentes do sistema.

Por volta de 1961, os sistemas de energia passaram a operar próximos dos limites de segurança,
o que levou ao risco de sobrecargas. Quando as restrições de segurança foram introduzidas no
problema, criaram-se os fluxos de potência ótimos.
O fluxo de potência ótimo pode ser definido como a determinação do estado completo de um
sistema de potência correspondente à melhor operação possível satisfazendo às restrições de
segurança.
A melhor operação está geralmente associada ao menor custo de combustível (função objetivo).
Restrições de segurança vão desde a capacidade geradora das unidades até restrições muito
sofisticadas, tornando o problema de otimização gigantesco.

2. Variáveis de estado e controle


(1) potência ativa de saída das unidades geradoras;
(2) tensões (ou potências reativas de saída) das unidades geradoras e compensadores síncronos;
(3) taps variáveis dos transformadores, sejam para magnitude de tensão ou desvio de fase;
(4) outras fontes de potência reativa como reatores e capacitores;
(5) em condições especiais, potencial hídrico, start-up de emergência, corte de cargas e até
mesmo mudanças na estrutura da rede

As variáveis consideradas no problema são geralmente (1), (2) e (3).

São consideradas as seguintes formas do problema:


- completa -> "potência ativa e reativa variáveis" incluindo as variáveis (1), (2) e (3) e
possivelmente (4) e (5);
- fluxo de potência ótimo ativo (FPOA) "apenas potência ativa variável", subproblema
incluindo apenas variável (1) e possivelmente (5), sendo (3) e (4) fixas;
- fluxo de potência ótimo reativo (FPOR) "apenas potência reativa variável",
subproblema incluindo variáveis (2) e (3) e possivelmente (4), sendo (1) e (5) fixas

3. Função objetivo
A melhor operação consiste, na maioria dos casos, em minimizar o custo F de produção
diretamente correspondente ao custo de combustível devido à geração de potência ativa,
excluindo os custos das condições sem carga, start-up e desligamento. Via de regra, F é um
polinômio dependente da potência P de saída, de grau geralmente inferior a 3 e frequentemente
representado por uma função linear segmentada.

Em casos especiais, uma função custo ambiental substitui o custo de combustível ou é


incorporada a este; pode-se buscar minimizar o corte de cargas em alguns casos de emergência.

As considerações acima são para o problema dos tipos completo e ativo (FPOA).

No problema do tipo reativo (FPOR), geralmente, as perdas de potência ativa são minimizadas,
porém funções objetivo mais sofisticadas podem algumas vezes serem consideradas.

4. Restrições de segurança
As restrições de segurança devem possibilitar a operação dos pontos de vista de unidades
geradoras, linhas de transmissão, transformadores e consumidores - primeiramente com o
sistema íntegro e em seguida sob condições de contingência.
terminologia: "segurança n": operação viável com o sistema íntegro;
"segurança n-k": operação viável para o sistema com k dispositivos de
proteção atuados (k>=1) (geralmente k=1)

A segurança envolve o atendimento das inequações que relacionam as variáveis de controle e


estado dos problemas.
Uma lista das inequações de segurança mais comuns encontradas em fluxos de potência ótimos
é apresentada a seguir (n ou n-k entre parênteses indicam o grau de segurança correspondente):

- limites de potência ativa P de saída de um gerador (n);


- limites de potência reativa Q de saída de um gerador (n);
- limites de uma função das duas quantidades acima (ex.: P²+Q²) (n);
- limites dos taps dos transformadores (n);
- limites das tensões das barras (n);
- limites das correntes, potência aparente, potência ativa ou desvio de fase através de uma
linha ou transformador (n, n-1 ou n-2);
- limites das tensões de saída dos geradores imediatamente após contingência, geralmente
a perda de um gerador (n-1)

O principal objetivo das restrições de segurança é evitar a falha geral do sistema, cujo custo é
considerável.

5. Considerações sobre restrições de segurança


Uma restrição de segurança de grau n-1 ou n-k deve ser atendida se e somente se a sua quebra
cause uma falha geral ou pelo menos um montante suficiente de energia não suprida. O caso
sobrerrestrito ocorre quando, devido a restrições, um FPO não tem solução possível utilizando
variáveis convencionais dos tipos (1) a (4). Então, é necessário um processo especial com
variáveis do tipo (5), como corte de cargas ou mudanças estruturais na rede.
6. Formulação do FPO
Sousa, Vanusa (2001) apresenta uma formulação matemática do problema do FPO a partir da
notação de um problema geral de otimização com restrições definidas por equações e
inequações. O FPO é representado matematicamente pelo problema de otimização da forma:

𝑀𝑖𝑛 𝑓(𝑥)

s.a.: 𝑔(𝑥) = 0
ℎ(𝑥) ≤ 0
𝑥𝑚𝑖𝑛 ≤ 𝑥 ≤ 𝑥𝑚á𝑥

onde:
𝑥 = (𝑉, 𝜃, 𝑡) ∈ ℝ𝑛 : vetor das variáveis dependentes e controle do sistema;
𝑉: módulos das tensões nas barras;
𝜃: ângulos das tensões nas barras;
𝑡: taps dos transformadores;
𝑓(𝑥): função objetivo (escalar) que representa o desempenho do sistema;
𝑔(𝑥) = 0 ∈ ℝ𝑚 : vetor das equações do fluxo de potência, sendo 𝑚 < 𝑛 ;
ℎ(𝑥) ≤ 0 ∈ ℝ𝑝 : vetor das inequações do fluxo de potência;
𝑥𝑚𝑖𝑛 e 𝑥𝑚á𝑥 : limites das variáveis de estado e controle do sistema.

A função 𝑓(𝑥) pode ser, entre outras, os custos devidos à geração, as perdas nos elementos
internos do sistema ou o desvio de um ponto de operação desejado.

As restrições de igualdade 𝑔(𝑥) = 0 são as equações do fluxo de potência obtidas pela


aplicação do princípio da conservação da energia em cada barra da rede.

As restrições de desigualdade ℎ(𝑥) ≤ 0 representam os limites funcionais de segurança


descritos anteriormente.
Distinção entre variáveis de estado e controle:
Variáveis de estado: obtidas via solução do vetor de equações 𝑔(𝑥) = 0 do fluxo de potência;
Variáveis de controle: são as variáveis restantes, que compõem o espaço de busca do processo
de otimização
Variáveis de estado:
- módulos das tensões das barras de carga;
- ângulos das tensões em todas as barras, exceto a “slack”;
- potências reativas nas barras de geração e compensação síncrona;
- potência ativa na barra “slack”

Variáveis de controle:
- tensão nas barras de geração e compensação síncrona;
- taps dos transformadores;
- potência ativa das barras de geração

7. Equacionamento das perdas de potência


Monticelli (1983) apresenta um equacionamento geral do fluxo de potência em uma linha de
transmissão que pode ser utilizado para dedução da função objetivo do FPOR. A expressão a
seguir apresenta as perdas em uma linha entre as barras 𝑘 e 𝑚.
𝑉𝑘 2 1
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 = [ − 𝑉𝑚 2 + ( − 1) 𝑉𝑘 𝑉𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 ] 𝑦𝑘𝑚
𝑡 𝑡
onde:
𝑉𝑘 : módulo da tensão na barra 𝑘;
𝑉𝑚 : módulo da tensão na barra 𝑚;
𝑡: tap do transformador, para linha de transmissão pura 𝑡 = 1;
𝜃𝑘𝑚 : ângulo entre as tensões das barras 𝑘 e 𝑚;
𝑦𝑘𝑚 : admitância da linha de transmissão ou transformador;

As perdas totais do sistema são dadas por:


𝑛

∑ 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑖
𝑖=1

onde:
𝑛: número elementos de conexão entre barras do sistema (linhas ou transformadores).

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