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ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Generalidades
Conceitos
A figura abaixo mostra as quatro formas pelas quais os cursos d’água recebem
água:
1. Precipitação direta sobre o curso d’água (P);
2. Escoamento superficial (ES);
3. Escoamento subsuperficial ou hipodérmico (ESS);
4. Escoamento subterrâneo ou básico.
a) Fatores climáticos
Os fatores de natureza climática que influenciam o escoamento superficial
resultam das características de intensidade e duração da precipitação.
Complementarmente, o escoamento superficial é influenciado pelas condições de
umidade conferida ao solo decorrente de uma precipitação anterior. Em relação a
essas características, pode-se afirmar:
- quanto maior a intensidade da precipitação, mais rápido o solo atingirá a sua
capacidade de infiltração, situação em que o excesso da precipitação poderá, então,
escoar superficialmente;
- a duração da precipitação tem influência direta no escoamento superficial: haverá
tanto mais oportunidade de ocorrer escoamento superficial quanto maior for a
duração da chuva;
Escoamento Superficial 3
- a precipitação que ocorre quando o solo já está úmido, devido a uma chuva
anterior, terá maior chance de produzir escoamento superficial.
b) Fatores fisiográficos
Os fatores fisiográficos mais importantes a influenciar o escoamento
superficial são a área e a forma da bacia hidrográfica, a capacidade de infiltração, a
permeabilidade do solo e a topografia da bacia.
A influência da área da bacia hidrográfica é óbvia, pois esta corresponde à
superfície coletora da água de chuva: quanto maior a sua extensão, maior a
quantidade de água que a bacia pode captar. Além disso, a área constitui-se em
elemento básico para o estudo das demais características físicas.
A respeito da influência da forma da bacia hidrográfica sobre o escoamento
superficial gerado por uma dada chuva pode-se dizer que as bacias compactas
tendem a concentrar o escoamento no canal principal que drena a água da bacia,
aumentando os riscos de inundação.
Para uma dada chuva, quanto maior a capacidade de infiltração do solo,
menor o escoamento superficial resultante. A permeabilidade do solo influi
diretamente na capacidade de infiltração, isto é, quanto mais permeável for o solo,
maior será a velocidade do escoamento da água subterrânea e, em consequência,
maior a quantidade de água que ele poderá absorver pela superfície por unidade de
tempo. Assim, o aumento da permeabilidade do solo corresponde uma redução do
volume do escoamento superficial.
O efeito da topografia sobre o escoamento superficial se faz sentir através da
declividade da bacia, do traçado e da declividade dos cursos d’água que drenam a
água da bacia, bem como da presença de depressões acumuladoras na superfície do
solo. Bacias íngremes produzem escoamento superficial mais rápido e mais
volumoso, por ser menor a chance de infiltração. Já a presença das depressões
acumuladoras de água retarda o escoamento superficial, que passa a ocorrer
somente após terem sido excedidas estas capacidades retentoras. O traçado e a
Escoamento Superficial 4
declividade dos cursos d’água definem a maior ou menor velocidade com que a
água de chuva, escoando superficialmente, atinge as calhas naturais e deixa a
bacia.
Observação:
É interessante destacar ainda que:
a) Vazão
A vazão ou descarga superficial, Q, representa o volume de água que
atravessa a seção transversal ao escoamento, na unidade de tempo. Esse volume de
água escoado na unidade de tempo é a principal grandeza a caracterizar o
escoamento e suas unidades são normalmente expressas em m3/s (para grandes
rios) e l/s (para pequenos cursos d’água).
É comum ter-se como dados que caracterizam uma bacia hidrográfica as
vazões máximas, médias e mínimas do curso d’água principal. Ainda, como
elemento comparativo entre bacias é costume referir-se à vazão por unidade de
área da bacia, chamada de vazão específica (q=Q/A): Para esta grandeza, as
unidades usuais são m3/(s.km2), m3/(s.ha), l/(s.km2) ou l/(s.ha).
Na aplicação de um balanço hídrico em uma bacia hidrográfica, para o
intervalo de tempo de análise △t é comum, também, expressar o escoamento ou
deflúvio superficial em termos da altura da lâmina d’água escoada (hs). Essa altura
é dada pela razão do volume escoado no intervalo de tempo △t, pela área da
projeção horizontal da superfície considerada, isto é: hs=Vol/A, ou hs = Qs.△t/A.
Essa quantidade corresponde também ao que se denomina precipitação efetiva ou
excedente (representada, normalmente, como hs ou Pef). A altura de lâmina d’água
escoada, ou precipitação efetiva, é normalmente medida em mm.
Escoamento Superficial 6
(2)
Pode-se, ainda, referir à intensidade da chuva efetiva (i ef) obtida da divisão de Pef
pela duração da chuva. Da definição do coeficiente de runoff (C) tem-se também
que:
Escoamento Superficial 7
(3)
d) Tempo de concentração
O tempo de concentração (tc), relativo a uma seção transversal do curso
d’água, é o intervalo de tempo, contado a partir do início da precipitação,
necessário para que toda a bacia hidrográfica correspondente passe a contribuir
com a vazão na seção considerada. Refere-se, pois, à soma do tempo de
encharcamento da camada superficial do solo com o tempo que a partícula da água
de chuva que cai no ponto mais distante da seção considerada leva para, escoando
superficialmente, atingir esta seção.
Tr = 1/ F(Q0) (4)
(5)
Escoamento Superficial 8
Por inundação entende-se uma elevação não usual do nível d’água (elevação do
NA de inundação), de modo a provocar transbordamento e, em geral, prejuízos
materiais e, mesmo, riscos de vida. A título de ilustração, na Figura 1 estão
representados três diferentes níveis d’água de um curso d’água, correspondentes à
elevação normal de estiagem (leito menor), à cheia (leito maior ou várzea) e à
inundação provocada por uma chuva intensa. Esclarece-se que uma condição atual
de cheia pode-se se transformar em inundação, quando o leito maior ou várzea é
ocupado por construções, como costuma acontecer especialmente em áreas
urbanas.
Escoamento Superficial 9
HIDRÓGRAFA
Como o escoamento superficial é mais rápido, o nível d’água no rio muda também
mais rápido de NA1 para NA2. Essa elevação rápida provoca ou a inversão da
vazão ou o represamento do fluxo no lençol nas vizinhanças do rio. O processo
começa a inverter-se quando a percolação aumenta e o fluxo superficial diminui
(período de seca).
a) Relevo
A influência do relevo se faz sentir, por exemplo, através da drenagem e da
declividade da bacia. Em uma bacia com boa drenagem e grande declividade o
hidrograma é íngreme e apresenta pouco escoamento de base. Essa característica é
típica das cabeceiras das bacias.
Outra característica do relevo que influencia o comportamento do
hidrograma diz respeito à forma da bacia hidrográfica, forma esta que pode ser
definida por meio do coeficiente de compacidade (kc) e do fator de forma (kf). Uma
bacia radial concentra o escoamento, antecipa e aumenta o pico de vazão,
Escoamento Superficial 13
Método 2
O segundo procedimento de separação das componentes do hidrograma consiste
em extrapolar a linha de tendência anterior à chuva até a vertical que passa pelo
pico, encontrando, deste modo, o ponto B de forma idêntica à do procedimento
anterior. Ligando-se os pontos B e I através de um segmento de reta, completa-se a
separação do escoamento. A Figura 9 ilustra este segundo método de separação dos
escoamentos superficial e de base.
Método 3
Escoamento Superficial 18
Assim N pode ser avaliado por uma expressão empírica dada por:
(6)
Em que N é obtido em dias para a área A da bacia dada em milhas quadradas.
Como 1 milha é igual a aproximadamente 1,609 quilômetros, a Eq. (6) pode ser
rearranjada na forma:
(7)
Para se obter o intervalo de tempo N em dias para a área A em km2.
(8)
na qual tc é obtido em minutos, L = comprimento do rio, em km, e △z = diferença
de elevação entre o ponto mais remoto da bacia e o nível d’água na seção
considerada, em metros.
Um terceiro critério, mais simples, aqui tratado como método de inspeção visual,
baseia-se no modelo matemático descritivo da depleção da água do solo. A partir
desse modelo, com o lançamento em gráfico dos dados da vazão, em escala
logarítmica, em função do tempo, permite-se a obtenção do ponto I. O método
fundamenta-se na consideração de que a depleção da água do solo segue uma lei
exponencial do tipo:
(9)
em que Q é a vazão no tempo t (para t ≥ t I), Q0 é a vazão no tempo de referência t0
= tI, e α é o coeficiente de recessão, com unidade de tempo t-1. Num gráfico de Q
versus t, com os valores de Q em escala logarítmica, a equação tende para uma reta
num intervalo em que t ≥ tI. Para valores de t < tI, observa-se uma modificação
substancial da declividade da reta, permitindo que o ponto I seja graficamente
identificado.
(10)
Escoamento Superficial 21
(11)
com o sinal negativo refletindo o fato de que o aumento de Q b corresponde uma
redução de Volb. Da Eq. (10) tem-se Volb = Qb/α, substituindo na Eq.(11) tem-se:
(12)
Quando cessa o evento chuva na bacia, a Qb do segundo membro, associada ao
Volb, torna-se a vazão inicial e máxima, supondo que o subsolo recebeu recarga
máxima. Assim Qb0=Q0 e a Eq.(12) pode ser escrita como:
ou
(13)
para t
(14)
Uma vez determinado o volume escoado superficialmente, conhecendo-se ainda o
volume total precipitado, pode-se calcular o coeficiente de escoamento superficial
(runoff) pela Eq. (1), já vista:
EXEMPLO
Na seção exutória de uma bacia hidrográfica com 36,1km2 de área de drenagem
foram feitos os registros horários da vazão decorrente de uma chuva isolada de 2
horas de duração e 24 mm/h de intensidade. Os valores das vazões horárias
encontram-se representados na Tabela 1. Com base nessas informações, pede-se:
Solução
Para isso, constrói-se o gráfico da vazão Q versus o tempo t (Figura 13) utilizando
os dados da Tabela 1.
A soma das ordenadas (4ª coluna da Tabela 3) produz ΣQs = 138,0 m3/s. Assim,
como Δt = 3600s, o volume escoado superficialmente: Vols = ΣQs . Δt = 496.800
m3. Para obter-se o volume total precipitado (VolT) multiplica-se o total precipitado
pela área da bacia:
i) Método racional;
ii) Método do hidrógrafa unitária (HU);
iii) Método do hidrograma unitário sintético (HUS).
(15)
Tabela 5 - Valores de C' para cálculo de C para áreas rurais (Williams, 1949)
C = 1 - (C'1+C'2+C'3)
Tipo de Área C'
Topografia – C1
Terreno plano, declividade de 0,2 a 0,6 m/km 0,30
Terreno, declividade de 3,0 a 4,0 m/km 0,20
Morros, declividade de 30 a 50 m/km 0,10
Solo – C2
Argiloso (impermeável) 0,10
Permeabilidade média 0,20
Arenoso 0,40
Cobertura – C3
Áreas cultivadas 0,10
Árvores 0,20
ii) o desnível entre a seção do curso d’água, para o qual se calcula a vazão, e o
ponto mais remoto da bacia é de 52 m e a extensão desse curso d’água é de
2,9 km;
iii) a equação de intensidade-duração-frequência válida para a região em estudo
é dada por:
Solução:
Portanto,
São dados:
Comprimento do curso d’água (L) = 3,0 km
Área da bacia (A) = 4,8 km2
Área da mata = 1,0 km2
Área da zona urbana pavimentada = 0,8 km2
Escoamento Superficial 33
c) Cálculo de Qp:
C i A 0,35 24,7 4,8
Qp
3,6
3,6 Qp = 11,5 m3/s
HIDRÓGRAFA UNITÁRIA
O hidrograma unitário de uma bacia hidrográfica é uma ferramenta muito útil para
a transformação de dados de chuva em vazão, especialmente quando se necessita
além da vazão máxima de projeto, do comportamento da vazão de cheia ao longo
do tempo.
i) Em uma BH, com chuvas de uma mesma duração, as durações dos escoamentos
superficiais correspondentes são iguais;
ii) duas chuvas de mesma duração, mas com alturas pluviométricas efetivas
diferentes, resultam em hidrógrafas proporcionais às correspondentes alturas
pluviométricas;
ou
Escoamento Superficial 35
e Qu=Qs(t)/Pef
Em que Qu (t) é a vazão do escoamento superficial correspondente à chuva efetiva
de altura unitária (ordenada da hidrógrafa unitária no tempo genérico t) e Q s (t) é a
vazão do escoamento superficial no mesmo tempo, para a chuva isolada de altura
efetiva Pef (em centímetros).
Com base nesses dados obtenha o hidrograma unitário para a chuva de 2 horas de
duração.
Solução:
Inicialmente, adotam-se os resultados dos cálculos efetuados na solução daquele
problema exemplo. Transportando-se a Tabela 3, já construída (4 primeiras
colunas), pode-se então complementá-la para a redução do hidrograma do
escoamento superficial (coluna 4) ao hidrograma unitário, que é um hidrograma de
“volume unitário” (coluna 5) da Tabela 7.
Para evento simples (chuva de intensidade constante de 2 horas de duração e P ef =
13,76 mm = 1,376 cm).
(hu em metros)
Escoamento Superficial 36
Solução:
A verificação do resultado pode ser feita, uma vez que o volume escoado, e dado
por:
deve ser igual a (Pef. total . A). Como Pef total = 3 cm + 2 cm = 5 cm, então se deve ter:
• Fórmula Racional
drenagem (A), chuva esta que dure um tempo tal que toda a área da bacia contribua
para o escoamento, assim Q será dada por:
A equação da curva de depleção é útil para estudo de estiagens e pode ser deduzida
a partir da seguinte hipótese simplificadora: a variação da vazão do aquífero com o
Matematicamente essa relação pode ser representada por uma equação diferencial
ordinária de primeira ordem, assim:
(16)
(17)
(18)
Escoamento Superficial 43
ou
(19)
ou
ou
(20)
Curva de
depleção
Solução:
O método da expressão logarítmica utiliza a expressão (4), fazendo
tem-se:
Utilizando o MMQ entre t e Q/Q0 tem-se a equação para a primeira reta, para (
3, 4, 5. Use
T(horas) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Q(m3/s) 10 57 133 136 102 76 56 41 28 18 12 10
Hidrograma unitário
características físicas tem permitido estimar o HUS para um local sem dados
observados.
Snyder (1938) foi um dos primeiros a estabelecer um HU sintético com dados dos
Apalaches (USA) com bacias de 10 a 10.000 mi 2 de área de drenagem. Esse
método consiste na confecção de um gráfico, tendo como base os fatores descritos
abaixo, o tempo de pico é dado por:
(horas)
Em que A= área de drenagem em km²; Cp = coeficiente que varia entre 0,56 e 0,69.
Escoamento Superficial 52
Esse valor torna-se irreal para bacias muito pequenas. Com base em Q p, tp e tb, o
HUS é esboçado, procurando manter o volume unitário (Figura 3).
• Tempo de pico
tp = Ct (Le x L)0,3
tp = (1,50).[(29,5/2) x 29,5]0,3 = 9,30 horas
• Tempo de atraso ( )
=tp+ ( tR – tr )/4
Qp=2,75 x Cp (A/ )
Qp=2,75 x 0,625 (115/11,50) =17,18 m³/s
Curva de Permanência
As variáveis hidrológicas como chuva e vazão têm como característica básica uma
grande variabilidade no tempo. Para analisar a vazão de rio e a sua variabilidade
temporal é necessário utilizar alguns valores estatísticos que resumem, em grande
parte, o comportamento hidrológico do rio ou da bacia.
Entre as estatísticas mais importantes estão: a vazão média diária, a vazão
média mensal, a vazão média específica e a vazão média de cheia. A vazão média
diária é a média de toda a série de vazões diárias registradas, e é muito importante
na avaliação da disponibilidade hídrica total de uma bacia. A vazão mediana é a
vazão que é superada em 50% dos dias da série. Normalmente, a vazão média e a
vazão mediana têm valores próximos, porém não iguais. A vazão média específica
é a vazão média dividida pela área de drenagem da bacia. A vazão média mensal
representa o valor médio da vazão para cada mês do ano, e é importante para
analisar a sazonalidade de um rio. A Figura 26 apresenta as vazões médias mensais
do rio Cuiabá, em Cuiabá, com base nos dados de 1967 a 1999. (N=33 anos).
Escoamento Superficial 55
EXEMPLO
Construir a curva de permanência das vazões médias mensais a partir dos dados
fornecidos na Tabela 14. Determinar, com base nesta curva, a porcentagem do
tempo em que a vazão de 20,0 m3/s é igualada ou excedida. Determinar, também, a
mediana e a média das vazões médias mensais.
Escoamento Superficial 57
Solução:
• Qual é a porcentagem do tempo em que um rio tem vazão suficiente para atender
determinada demanda?
Figura 30 - Curva de permanência do rio Taquari, em Muçum com eixo das vazões
em escala logarítmica.
EXEMPLO
Solução:
Regularizar vazões;
Produzir energia hidroelétrica;
Controlar inundações;
Navegação fluvial;
recreação;
aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos
Pará
ITAIPU – Paraná
Extravasor
Escoamento Superficial 66
São Paulo
Extravasor
Escoamento Superficial 67
Em que:
Dada a série temporal das vazões naturais Q(t) e conhecida a lei de regularização
y(t) é possível determinar a capacidade mínima do reservatório para atender a essa
lei.
Figura 34 – hidrograma
y(t) = 1, Isso significa que se deseja uma vazão regularizada constante e igual à
média (Qmed).
É fácil observar que o período crítico para essa lei de regularização é definido
pelos meses de abril e setembro inclusive.
Nos rios perenes do sul e sudeste do país a hidrógrafa acima é típica; entretanto,
não é necessário que o período crítico esteja todo dentro de um ano civil.
O volume necessário (Vn) para manter a vazão Qmed, durante esses meses é:
0,65 0,65
2,16 2,81
1,32 4,13
Cr = 13,504 x106 m3
Diagrama de Massas
Para derivar a vazão média (Qmed), o período crítico será definido pelo intervalo
de tempo (t1, t2). É claro que para manter a vazão média (Qmed) durante o
intervalo de tempo (t1, t2) é preciso calcular o volume necessário (Vn):
Vn Qmed .(t2 - t1 )
EC
como Qmed tan q
t2 - t1
EC
Vn .(t2 - t1 ) � Vn EC
t2 - t1
Ou
Cr = Vn –Va = EC - DC ED d1 d 2
A leitura do nível d´água é feita duas vezes ao dia, às 7 h e 17 h (ou 18 h), e seus
valores são anotados em uma caderneta. Completada a leitura de 1 mês, essa
Escoamento Superficial 72
Medições de vazão
Existem várias maneiras para se medir a vazão em um curso d´água. As mais utilizadas
são aquelas que determinam a vazão a partir do nível d´água:
- para pequenos córregos: calhas e vertedores;
- para rios de médio e grande porte: a partir do conhecimento de área e velocidade.
Escoamento Superficial 74
Vertedores
São mais utilizados os vertedores de parede delgada, de forma retangular com contração
completa e forma triangular. As fórmulas que relacionam o nível e a vazão são as
seguintes:
- Vertedor retangular: Q 1,84 L H 1, 5 (L e H em m, Q em m3/s)
L
- Vertedor triangular: Q 1,42 H 2,5 (H em m, Q em m3/s) – Equação válida para q = 90
H
q
Método área-velocidade
h h
Si i i 1 li
2
b) dois pontos, quando h é maior que 1,0 m. Neste caso, o molinete é colocado a 20% e
80% de h e a velocidade média da vertical é a média aritmética das velocidades
obtidas nos dois pontos.
V 0 , 2 V0 , 8
Vvert
2
Vi Vi 1
Vsec_ i
2
A vazão na seção i é determinada multiplicando-se área pela velocidade média da seção.
q i Ai Vsec_ i
A vazão total da seção do rio é obtida pelo somatório das vazões parciais:
n
Q qi
i 1
Y = A + b.X (22)
que é a equação de uma reta.
100
10
1
0,1 1 10
h-h0
c
Na figura acima, b tg e a 9,8.
d
Escoamento Superficial 78
Apesar desse método ser um processo matemático, não dispensa o auxílio de gráfico na
determinação do parâmetro h0. Portanto, aqui vale também os quatro primeiros passos
descritos no método gráfico.
Rescrevendo a equação da curva-chave: Q a (h - h0 ) b
Linearização aplicando logaritmo: log Q = log a + b.log (h-h0)
A equação acima é do tipo Y = A + b.X
onde: Y = log Q, A = log a e X = log(h-h0).
b
X Y - n X Y
i i
X -n X
i
2 2
A Y - b X
Exercícios propostos:
Calcule a vazão no posto Santo Antonio de Alegria (prefixo 4C-002) a partir dos dados de
medição mostrados na tabela da página seguinte.
Dados: Equação do molinete – V = 0,2466.n + 0,010 se n 1,01
V = 0,2595.n + 0,005 se n > 1,01
Escoamento Superficial 79