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Resumo:
Pensar no futuro da vida no planeta Terra de certa forma gera a necessidade de uma reflexão de
pensar como a vida começou, como e por que chegou a uma realidade, na qual a crise da
biodiversidade ameaça seu futuro. Esse tema foi escolhido como atividade avaliativa da
disciplina de gestão ambiental I, no qual o objetivo era construir um texto com base na pesquisa
científica considerando discutir o avançado grau de degradação ambiental provocado pelo
modelo de produção e consumo atual, com a finalidade de refletir sobre o futuro da vida no
planeta. Nos primórdios, a vida estava em constante equilíbrio com a natureza. Porém os seres
humanos em sua constante evolução elevaram exacerbadamente a exploração de recursos
naturais e degradação do meio ambiente, o que tem gerado grandes consequências ambientais e
desta forma, coloca a vida na Terra em perigo. Tais premissas fundamentam a necessidade de
elaboração de valores e processos adequados a fim de reverter e mitigar os impactos ambientais
causados ao longo desses anos. Entretanto, para que isso seja uma solução é imprescindível à
conscientização e incentivo das populações para promover uma compreensão sistêmicas das
causas e consequências de interferências antrópicas nos ecossistemas, a fim de preserva-los.
Introdução
Sabe-se que a primeira espécie humana evoluiu há cerca de sete milhões de anos.
Posteriormente, em torno de 2,5 milhões de anos surgiram à espécie Homo erectus a qual deu
origem aos Homo sapiens (LEAKEY, 1997), espécie cuja existência se perpetua até os dias
atuais, sendo a única espécie humana vivente. O surgimento da consciência inteligência e o
desenvolvimento da linguagem social propiciaram uma organização social e domínio tecnológico
– habilidades de produzir ferramentas que favoreciam a sobrevivência. (LEAKEY, 1997;
MITHEN, 2002). Segundo Lovelock (2007), a utilização do fogo, das ferramentas e da
agricultura os indivíduos se tornaram mais dependentes uns dos outros e passaram a utilizar os
recursos naturais de acordo com as suas necessidades de subsistência. O que resultou na
expansão territorial e os seres humanos se tornaram mais numerosos, o que deu origem às
sociedades (PAULO, 2010; PINSKY, 2005) as quais na busca por melhores condições de vida,
aumentou-se o consumo e resultou na criação de tecnologias para uma maior produção o que deu
início a industrialização (PAULO, 2010).
As Revoluções Industriais levaram a um explosivo crescimento populacional o que
elevou as necessidades de consumo e proporcionou à globalização das indústrias o que aumentou
a demanda sobre os recursos naturais do planeta como o fornecimento de alimentos, água,
energia (ARTAXO, 2014; FONTELE, 2012; LEAL; FARIAS; ARAUJO, 2008). Além disso, a
industrialização elevou a concentração de dióxido de carbono (CO2), metano (CH 4), óxido
nitroso (N2O), ozônio (O3) e outros gases de efeito estufa na atmosfera (ARTAXO, 2014).
Contudo, a industrialização também representou a consolidação e a mundialização do
capitalismo que resultou na urbanização a qual gerou alterações ambientais físicas e biológicas
as quais modificaram a paisagem e comprometeram ecossistemas substituindo o cenário
expressivo da cobertura vegetal pelo das construções de ruas e casas (LEAL; FARIAS;
ARAUJO, 2008; MUCELIN; BELLINI, 2008; FOLADORI, 2012). As aglomerações humanas
nas cidades se tornaram uma enorme fonte de poluição, devido ao consumo cada vez maior de
veículos automotores o que resulta na emissão ainda mais elevada de gases do efeito estufa na
atmosfera (MATTOS, 2001).
Atualmente, o equilíbrio que o efeito estufa gera na Terra tem sido rompido
gradativamente ao longo do desenvolvimento das civilizações, devido às atividades humanas que
aumentaram a concentração dos gases estufa (FONTELE, 2012), tais como emissões advindas da
indústria, dos veículos automotores e da expansão urbana. A elevada poluição do ar gera o
aumento da quantidade dos gases estufa que por consequência induz aquecimento global –
fenômeno que indica a elevação da temperatura dos oceanos e do ar perto da superfície do
Planeta, ocorrência frequente nas últimas décadas (FONTELE, 2012). Segundo Lovelock (2007)
devido ao aumento intensificado da quantidade de gases do efeito estufa a temperatura da Terra
subiu cerca de 1°C e o nível do mar subiu cerca de cinco centímetros desde o início da era
industrial. O aumento da temperatura pode ocasionar derretimento das geleiras dos polos e, por
consequência, a elevação do nível da água dos oceanos pode provocar alagamento de ilhas e
cidades litorâneas como Muitas espécies de animais poderão ser extintas e tufões e maremotos
poderão ocorrer com mais frequência (FONTELE, 2012; ARTAXO, 2014). Uma série de estudos
aponta que a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos vêm sendo alterada pelos atuais
dinamismos climáticos (SANTOS; DOMICIANO; MOURA, 2010). Tais eventos resultam em
uma grande crise ambiental (FOLADORI, 2012), e crise da biodiversidade como aponta Myers,
(1987) apud PRIMACK, (2001).
Uma crise em que os ciclos naturais hidrológicos e químicos vêm sendo
perturbados pela devastação da Terra. Bilhões de toneladas de solos vão
parar em um rio, lagos e oceanos a cada ano. A diversidade genética
diminuiu, inclusive entre espécies com grandes populações. O próprio
clima do planeta pode ter sido alterado por uma combinação de poluição
atmosférica e desmatamento. [...] Além disso, muitas ameaças a
diversidade biológica são sinérgicas, ou seja, vários fatores
independentes, tais como: cortes e transporte de madeira é caça
predatória que, combinados e multiplicados, torna a situação ainda pior
[...].
O desafio para a humanidade é construir uma nova relação com a natureza de forma a
garantir o uso equitativo de seus recursos, assegurando qualidade ambiental para as atuais e
futuras gerações. (FILHO, 2011). Desse modo, é imprescindível ações dos gestores públicos e a
sociedade em geral para prevenir ou reduzir os efeitos da degradação ambiental o que envolve a
definição de limites de concentração dos poluentes na atmosfera, a limitação de emissão dos
mesmos, bem como a intervenção no processo de licenciamento, na criação de estruturas de
controle da poluição e apoios na implementação e tecnologias menos poluentes. E minimizar os
impactos das mudanças climáticas globais (LEAL; FARIAS; ARAUJO, 2008; SANTOS;
DOMICIANO; MOURA, 2010). É necessário também que haja uma mudança do padrão de
produção e consumo. Como por exemplo, se fossem utilizados os combustíveis de modo mais
eficiente e fosse adotadas medidas para conservar energia, ainda seria possível desfrutar de um
alto padrão de vida consumindo a metade da energia. Quanto menor for a quantidade de energia
consumida, menor a quantidade de poluição produzida (LEAL; FARIAS; ARAUJO, 2008). É
necessário mudar hábitos que se reverteriam em ganhos para o meio ambiente
E para que tudo isso ocorra é preciso implantar nas populações a educação e
conscientização ambiental, pois somente assim se tornará possível reverter essa crise ambiental,
caso contrário a Terra se encarregará de se tornar desfavorável à vida que a danifica impedindo a
continuação da sua existência (LOVELOCK, 2007).
Referências
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