Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
2-) (a) Sejam X e Y conjuntos, e denote por F(X, Y ) o conjunto de todas as funções de X em Y . Prove
que, se X for finito e Y enumerável, então F(X, Y ) é enumerável.
.
(b) Dada f : N → N, seja Af = {n ∈ N | f (n) 6= 1}. Seja X o conjunto formado por todas as funções
f : N → N tais que Af é finito. Prove que X é enumerável.
Demonstração:
(a) Os casos em que X é vazio ou Y é finito são triviais (nestes casos F(X, Y ) seria finito, sendo
um subconjunto do conjunto finito 2X×Y ). Suponha, pois, que X seja finito com n elementos e Y seja
infinito enumerável. Tomando bijeções φ : In → X e ψ : N → Y , a aplicação f ∈ F(X, Y ) 7→ ψ −1 ◦ f ◦ φ
é uma bijeção F(X, Y ) → F(In , N); por meio desta bijeção, a demonstração fica reduzida a provar que
F(In , N) é enumerável. Ora, F(In , N) = Nn (i.e. produto cartesiano de n fatores N) é enumerável (isto
foi provado em aula para n = 2; o caso geral segue por indução sobre n. Ou diretamente, peloQ seguinte
argumento: tome p1 , . . . , pn ∈ N primos distintos, e F : N → N dada por F : (x1 , . . . , xn ) 7→ ni=1 pxi i ;
n
11-) Seja p ∈ R, p > 1. Mostre que é enumerável e denso em R o conjunto dos números reais da forma
m/pn , com m ∈ Z e n ∈ N.
Demonstração:
(i) Seja X o conjunto dos números reais da forma m/pn , com m ∈ Z e n ∈ N. Então (m, n) ∈
Z × N 7→ m/pn ∈ X é sobrejetiva, portanto X é enumerável, uma vez que Z × N é enumerável, por
ser o produto cartesiano de dois conjuntos enumeráveis. Resta mostrar que X é denso em R.
(ii) ∀ǫ > 0, ∃ n ∈ N tal que pn > 1
ǫ ⇔ 1
pn < ǫ; isto já foi demonstrado em aula, usando a
desigualdade de Bernoulli.
(iii) Seja (a, b) um intervalo aberto; queremos mostrar que existe um elemento de X neste intervalo.
Tomando-se, no item anterior, ǫ = b − a, conclui-se que existe n ∈ N tal que p1n < b − a.
1
(iv) Suponha b > 0. Como R é arquimediano, existe m ∈ N tal que m · p1n > b, de modo que o
.
conjunto A = {m ∈ N | m · p1n > b} é não-vazio; pelo princı́pio da boa ordenação, A possui um
elemento mı́nimo m0 . Afirmo que mp0n−1 ∈ (a, b). Com efeito, tem-se mp0n−1 < b, pela minimalidade
de m0 ; se fosse mp0n−1 6 a, ter-se-ia m m0 −1
pn − pn
0
= p1n > b − a. Assim, mp0n−1 > a , o que conclui a
prova da afirmação.
(v) Se b 6 0, tem-se −a > 0; assim, pelo item anterior existe um elemento m/pn de X no intervalo
(−b, −a), donde −m/pn ∈ (a, b).