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EMC410065 – Sensores e Transdutores

Prof. Dr. Rodolfo Flesch


Bimestre 2019.2

Relatório 3: Medição de Deslocamento

Eduard Ferney Vera Rueda


Helton Ferreira Albuquerque Medeiros
Jonathan Oliveira Luiz

1. INTRODUÇÃO
Sistemas de medição de deslocamento linear e angular existem para atender às mais variadas necessidades de
medições e são compostos por transdutores que utilizam diferentes princípios de medição. Dentre esses,
podemos mencionar os que utilizam os princípios indutivos e de encoder incremental. Para compreender
melhor a teoria estudada em sala de aula sobre esses transdutores, foram realizadas análises em laboratório de
dois LVDTs (transformadores diferenciais variáveis lineares), um sistema com encoder e um eddy. São
registradas neste documento as análises realizadas no dia 13 de junho de 2019 no Laboratório de
Instrumentação do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC, como parte integrante do processo de
avaliação da disciplina EMC-410065 - Sensores e transdutores.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Medição com LVDT com condicionador de sinais
É realizada, nesta seção, a análise do comportamento dinâmico de um transdutor LVDT didático sem
condicionamento integrado (Figura 1).

Figura 1: LVDT didático.

Para tal, o gerador de função FQ-207 é conectado às bobinas do LVDT para geração de uma onda senoidal
a uma frequência de 1 kHz. Através do osciloscópio digital Tektronix TDS 1002 foi possível observar a
resposta dinâmica da tensão em função da variação do deslocamento, conforme indica a Figura 2.
Figura 2: Gerador de função e osciloscópio utilizados.

O núcleo foi movimentado com a ponta dos dedos, não havendo controle do deslocamento - como
indica a Figura 3.

Figura 3: Deslocamento do núcleo do LVDT.

Ao deslocar o núcleo do LVDT para ambos os lados foi possível observar que as ondas que
inicialmente estavam em fase e com aproximadamente a mesma amplitude saíram de fase, o que pode ser
associado ao sentido de deslocamento. Já a amplitude da onda era reduzida, o que podemos relacionar à
amplitude do deslocamento, como apresenta a sequência de imagens na Figura 4.

Figura 4: Resposta do LVDT em função do deslocamento do núcleo.

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2.2. Medição de deslocamento com transmissor LVDT
Nesta etapa é analisada a resposta de um transdutor LVDT comercial, que possui condicionamento do
sinal integrado. Para tal, utilizou-se o LVDT DG/2.5/S MKII, fabricado pela Solartron Metrology. O NI
ELVIS II foi utilizado para alimentar o transdutor e medir sua resposta em tensão, conforme Figura 5.

Figura 5: Montagem do LVDT DG/2.5/S MKII.

Diferente da análise com o LVDT didático, onde não havia controle dos deslocamentos provocados ao
núcleo do transdutor, utilizou-se um relógio comparador com uma mesa de deslocamento micrométrico para
avaliação da resposta do sinal. A Figura 6 mostra o dispositivo utilizado.

Figura 6: LVDT com relógio comparador com uma mesa de deslocamento micrométrico.

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Desta maneira, deslocamentos foram realizados e a respectiva resposta em volts foi registrada. Os resultados
podem ser observados na Tabela 1 e Gráfico 1.

Tabela 1: Deslocamentos provocados e suas respectivas respostas.


LVDT [V]

-100% [V] -50% [V] -0% [V] 50% [V] 100% [V]

0,61382 1,237 1,9859 2,6333 3,2996

0,61304 1,3379 1,9922 2,6403 3,3006

0,61264 1,2393 1,9932 2,6393 3,3029

0,61078 1,2327 1,9938 2,6395 3,3019

0,61201 1,2405 1,9945 2,6389 3,31

0,61183 1,2377 1,9944 2,6386 3,3097

Média 0,612 1,254 1,992 2,638 3,304

Gráfico 1: Tensão x Deslocamento.


3.5

3.0

2.5
Tensão [V]

2.0

1.5 Experimental
Linear (Experimental)
1.0

0.5

0.0
-150 -100 -50 0 50 100 150
Deslocamento [%]

Através do gráfico construído com os dados obtidos experimentalmente foi possível verificar um
comportamento linear da resposta. Mesmo havendo um erro na medição, é quase imperceptível a diferença
entre a curva obtida e a linha de tendência ajustada, principalmente se considerarmos a maneira inadequada
da realização da medição com grandes fontes de incertezas presente durante o processo, como: cabo do
transdutor apresentando conexão instável e a fixação tanto do transdutor como da peça medida.

2.3. Medição com encoder incremental

Encoder é um sensor eletromecânico utilizado para medir distância, posição, velocidade, número de
rotações, entre outras aplicações. Pode ser de dois tipos: absoluto ou incremental. O encoder absoluto é mais
complexo, e portanto mais caro, mas possui a vantagem de possibilitar a medição de posições absolutas. Já o
encoder incremental, mais barato e também mais utilizado, fornece uma posição relativa ao ponto no qual o
encoder foi ativado. Neste experimento, um encoder incremental de um mouse de esfera foi testado de forma

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a possibilitar o entendimento de seu funcionamento. A Figura 13 demonstra onde os encoders se encontram
no dispositivo.

Figura 7 – Encoders em um mouse de esferas.

O encoder incremental analisado basicamente é formado por um emissor de luz, uma placa perfurada
e dois sensores ópticos, como ilustra a Figura 8. Conforme a placa perfurada é movida, esta bloqueia ou
permite a passagem de luz aos sensores ópticos A e B. Analisando qual sensor óptico é atingido pela luz
primeiro, é possível determinar o sentido de rotação do eixo.

Figura 8 – Representação de um encoder. Adaptado de https://www.electronicshub.org/arduino-rotary-encoder/.

A Figura 9 demonstra como funciona o processo de determinação do sentido de rotação do movimento.


Quando o sinal do canal A, proveniente do sensor óptico A, está na frente do sinal do canal B, o sentido é
horário. Quando o sinal do canal B está na frente, o sentido é anti-horário.

Figura 9 – Representação de sinais obtidos por um encoder.

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Para realização do experimento, o encoder foi alimentado pela fonte de 5 V do NI Elvis II. Os sinais,
já condicionados, dos canais A e B foram medidos por um osciloscópio, conforme Figura 10.

Figura 10 – Experimento realizado com encoder.

A Figura 11 mostra os sinais adquiridos. Nesta aplicação, como o sentido de deslocamento do mouse
foi mantido, é possível observar que o canal amarelo está sempre adiantado em relação ao azul. Também é
possível notar uma mudança na frequência. Inicialmente, o mouse foi deslocado mais rapidamente, o que
resultou em uma frequência alta em ambos os sinais. Ao final do experimento, o movimento foi mais lento, o
que pode ser observado através das frequências mais baixas dos sinais.

Figura 11– Sinais medidos no encoder através de osciloscópio.

Movimentando o mouse para as laterais (o que implica no deslocamento angular do encoder) em baixa
velocidade, observa-se o surgimento de uma defasagem (atraso) entre as ondas, o que indica o sentido de
deslocamento deste (Figura 12).

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Figura 12: Indicação do sentido de deslocamento por meio da defasagem entre as ondas.

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2.4. Medição com sensor do tipo eddy
Na primeira parte desta atividade, pretende-se comparar os valores de tensão (em mV) medidos sobre
diferentes materiais e verificar a influência de cada material na medição realizada. Para isto, foram realizadas
medições sobre uma moeda de 5 centavos, 1 real e diretamente sobre a mesa de madeira, sem objeto metálico.
Os valores obtidos são registrados abaixo:

Tensão média
Objeto metálico
(mV)
1 real -0,040625
5 centavos -0,048633
Sem objeto -0,562500

O sensor eddy induz uma corrente no material condutor próximo. Esta corrente gera um campo magnético
que tende a cancelar o campo gerado pela corrente, fazendo com que a indutância do sensor seja reduzida.
Devido à irregularidade da superfície das moedas, foi difícil ter confiabilidade nas medições obtidas; porém,
foram observados valores com certa coerência para as moedas de 1 real e de 5 centavos, sendo que valores
perto do zero eram esperados, visto que as medições foram feitas diretamente sobre o material.
Embora os materiais não são exatamente iguais para as duas moedas analisadas, sendo Aço inoxidável
para o núcleo da moeda de 1 real e Aço revestido de cobre para a moeda de 5 centavos, a diferença entre as
duas médias está pela ordem de 8 µV. Este valor pode ser considerado baixo quando comparado às medições
obtidas a seguir, onde o mensurando está em função do número de folhas de papel.

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No caso da medição feita sobre a mesa sem objeto metálico, nota-se uma saturação devido ao fato de não
ser possível induzir a corrente, uma vez que o material não é condutor. A Figura 13 ilustra o procedimento.
Figura 13: Medições feitas diretamente sobre as moedas.

A segunda parte consiste em analisar a linearidade do transdutor. 5 medições são feitas sobre uma
superfície metálica (uma moeda de 5 centavos) e uma folha é adicionada de cada vez. Os resultados são
registrados abaixo.
Valores medidos com a moeda de 5
centavos
Número de folhas Tensão média (mV)
0 -0,0486333
1 -0,0293333
2 0,1266800
3 0,2510625
4 0,3899333
5 0,5477167

Tensão medida para a moeda de 5 centavos


0.6

0.5 y = 0.1247x - 0.2302


R² = 0.9746
0.4
Tensão (mV)

0.3

0.2

0.1

0
0 1 2 3 4 5
-0.1

-0.2
Número de Folhas

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Através do gráfico anterior, é possível observar uma relação de proporcionalidade entre a tensão medida e
o número de folhas entre o sensor e o material metálico.
A equação da reta fornecida tem um coeficiente angular de 0,1247, o qual corresponde à sensibilidade do
sistema de medição. Cada vez que se adiciona uma folha de papel, aumenta-se a espessura que se pretende
medir (o mensurando), refletindo em um incremento aproximado de 0,1247 mV na tensão de saída.
Na prática, o sistema de medição utilizado apresenta um erro sistemático para o material, uma vez que o
valor de tensão obtido sem folhas de papel deveria ter sido aproximadamente zero, passando a aumentar
positivamente a cada folha colocada.
Não foi possível garantir a perpendicularidade do sensor com a moeda, e posteriormente com as folhas,
no momento das medições. Apesar do mencionado anteriormente, a curva obtida mostra resultados
relativamente bons, perto do esperado, sendo uma reta com coeficiente R² = 0,9746.

3. CONCLUSÃO
Diferentes métodos de medição de deslocamento e espessura foram abordados neste documento.
Análises qualitativas foram realizadas para um transdutor LVDT e um encoder de mouse de esfera. A
resposta em sinal AC foi observada para ambos. Em ambos os casos, o deslocamento e direção são
analisados conforme dois sinais obtidos através de um osciloscópio.
Também foram observadas as respostas quantitativas de um LVDT e de um transdutor do tipo eddy.
Nos dois casos limitações construtivas foram observadas, no entanto respostas lineares foram obtidas ainda
assim, indicando que estes transdutores poderiam ser viáveis para determinadas aplicações.

4. REFERÊNCIAS

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA, Vocabulário


Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012). Duque de
Caxias, RJ: INMETRO, 2012

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