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CONFORTO ACÚSTICO
Parte 1
Cuiabá/ MT
2012
SUMÁRIO
Capítulo 1 Conceitos Básicos Página
1.1. Introdução............................................................................................................. 1
1.2. Fontes sonoras....................................................................................................... 2
1.3. Ondas sonoras....................................................................................................... 2
1.4. Energia acústica.................................................................................................... 5
1.5. Potência acústica................................................................................................... 5
1.6. Nível de pressão sonora........................................................................................ 5
1.7. Intensidade sonora................................................................................................. 5
1.8. Altura do som....................................................................................................... 6
Capítulo 2 A Escala Decibel
2.1. A unidade decibel................................................................................................... 6
2.2. Nível de intensidade sonora................................................................................... 7
2.3. Nível de Pressão sonora......................................................................................... 7
2.4. Relação entre NIS e NPS....................................................................................... 7
2.5. Nível de audibilidade............................................................................................. 8
Capítulo 3 Fisiologia da audição e efeitos do ruído
3.1. Fisiologia da audição.............................................................................................. 9
3.2. Qual o nível sonoro em que o som torna-se prejudicial à
saúde?............................................................................................................................ 10
3.3. Efeitos fisiológicos e psicológicos sobre o homem................................................ 12
Capítulo 4 Instrumentos de medição
4.1. Medidores de NPS.................................................................................................. 13
4.2. Audiodosímetros.................................................................................................... 15
4.3. Analisadores de freqüência................................................................................... 16
4.4. Calibrador acústico................................................................................................ 17
Capítulo 5 Adição e Subtração de ruído
5.1. Método numérico.................................................................................................. 17
5.2. Método gráfico...................................................................................................... 18
Capítulo 6 Medidas de controle do ruído
7.1. Controle do ruído.................................................................................................. 20
7.1.1. Controle na fonte....................................................................................... 21
7.1.2. Controle na trajetória................................................................................. 21
7.1.3. Controle no receptor.................................................................................. 22
7.2. Mapeamento do ruído........................................................................................... 23
Capítulo 7 Ruído Urbano
7.1. Soluções................................................................................................................ 26
7.2. O que fazer para ajudar......................................................................................... 24
Capítulo 8: Bibliografia 26
1
2. FONTES SONORAS
São os instrumentos que geram ondas sonoras. Muitos corpos podem servir como fontes sonoras,
todavia, há um pré-requisito indispensável para que ele funcione como tal: precisa ser capaz de vibrar.
Para que um corpo seja posto em movimento vibratório, é imprescindível que exista uma relação bem
definida entre duas características importantes da matéria que o compõe: densidade e rigidez. Quanto
mais denso o meio, maior o número de partículas e de vibrações, portanto, maior velocidade terá a
propagação do som. Quanto mais rígido o meio, menos ele vibra e, portanto, menor é a propagação do
som através dele.
3.ONDAS SONORAS
São ondas mecânicas, longitudinais e tridimensionais. Por serem longitudinais, são ondas de pressão, e caminham no meio
de propagação através de sucessivas compressões e rarefações das partículas do meio. A compressão acontece quando a
partícula empurra a que lhe segue imediatamente e a rarefação é causada pelo vazio deixado pelas partículas que se
afastaram daquela região. As compressões e rarefações referem-se às pressões máximas e mínimas da propagação sonora,
respectivamente. Um exemplo clássico para ilustrar o movimento ondulatório é o de uma série de pesos interligados por
molas.
Provoca-se um deslocamento de P1 para a posição P1’ e depois solta-se. A ação deste deslocamento
será sentida em todos os pesos de P2 até Pn, fazendo-os ocupar posições P’n e P”n. Poderá haver
momentos que alguns pesos estão se deslocando em um sentido e outros em sentidos opostos. Quando
um peso se desloca para frente, se forma à sua frente uma zona de compressão e, logo atrás dele, uma
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zona de depressão. Essa sucessão de ocorrências de zonas rarefeitas e comprimidas forma o que se
chama de movimento ondulatório. As partículas (pesos) não caminham para fora de sua posição de
equilíbrio, apenas oscilam de um lado para outro em relação ao ponto central. Não há deslocamento de
matéria, apenas de energia (exceções: ponto muito próximo de explosões, por exemplo).
A distância máxima que as partículas se afastam do centro se chama amplitude. A variação de zonas
rarefeitas e comprimidas – variação de pressão – a que se submete uma partícula pode ser representada
em função do tempo (Figura 2).
Ao se deslocar de um ponto de pressão máxima para pressão mínima, a partícula o faz com uma
velocidade (v). A velocidade de propagação do som em um meio é função de sua densidade.
Geralmente, quanto mais pesado o material, maior é a velocidade de propagação do som em seu meio
(Quadro 1).
Os sons situados abaixo de 16Hz são chamados de infra sons e os acima de 20KHz de ultra sons.
Ambos não são captados pelo ouvido humano. A faixa de freqüência de 1000 a 5000Hz é a de melhor
percepção. Abaixo de 1000Hz e acima de 5000Hz a percepção sonora piora.
Período (T) é o tempo necessário para que ocorra uma oscilação completa. É inverso da freqüência.
Unidade: segundos.
Chama-se comprimento de onda () a distância entre dois picos de pressão ou entre dois pontos com
igualdade de fase. Unidade: metros. A seguinte relação matemática pode ser escrita:
v= s / t V : velocidade do som (m/s)
v=/T F : freqüência do som (Hz)
v=.(1/T) T : período (s)
EQUAÇÃO 1: v=.f
Um outro exemplo de propagação do som são as ondas na água. As ondas espalham-se uniformemente
em todas as direções, diminuem a amplitude conforme se distanciam da fonte. Isso só ocorre quando
não há objetos que reflitam ou que bloqueiem o caminho do som. Tais condições são chamadas de
campo livre (free field). Com um obstáculo no caminho, parte do som será absorvida, parte será
refletida e o restante transmitido através do obstáculo.
A Figura 3, representa a propagação de uma onda sonora que atinge um obstáculo. Estão representadas
as intensidades incidentes (I), a intensidade refletida (Ir), a intensidade absorvida (Ia) e a intensidade
transmitida (It). Vê-se aqui envolvido o conceito de fonte-imagem, ou seja, para a onda refletida é
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como se existisse uma fonte simétrica a F em relação ao obstáculo. A intensidade absorvida
transforma-se em energia térmica.
Os meios de propagação são denominados meios elásticos por serem capazes de se deformarem à
passagem das ondas. Qualquer meio material que propague uma onda sonora é considerado elástico. As
ondas que se propagarem através de um meio elástico alcançam o ouvido causando a sensação sonora.
4. ENERGIA ACÚSTICA
É a energia mecânica transportada pela onda sonora.
5. POTÊNCIA ACÚSTICA
É o fluxo de energia acústica por unidade de tempo. É expressa em W (N.m / s).
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Fonte Potência sonora máxima (W)
Voz de mulher 0,002
Vos de homem 0,004
Clarineta 0,05
Piano 0,27
Trombone 6
Tambor 25
Orquestra 70
Automóvel a 70Km/h 100
Avião a jato 10.000
Quadro 3: Potência sonora
7. INTENSIDADE SONORA
Intensidade é uma noção ligada ao conceito de densidade de energia, sendo definida como a quantidade de energia que
atravessa uma unidade de superfície perpendicular à direção de propagação. Dessa forma, quanto maior for a amplitude da
onda, maior será sua intensidade e conseqüentemente, maior volume terá o som.
Exemplo: Uma clarineta emite um som de potência 0,05W. Qual a intensidade sonora a ser medida a
um raio de 2,00m. de distância?
I=W/S I = W / (4r2) I = 0,05 / (422) I = 10-7 W/cm2
A intensidade sonora é a sensação que o som provoca no ouvido e varia de acordo com a distância da fonte sonora: a
intensidade do som diminui proporcionalmente ao quadrado da distância da fonte sonora.
O conceito de intensidade é importante, pois está ligado à percepção do ouvido, que necessita de uma quantidade mínima de
energia para ser excitado. O mínimo de energia sonora que o aparelho auditivo pode discriminar equivale à
7
10 -12 2 -6
W/m , correspondendo à pressão sonora mínima de 20.10 Pa, ou 20mPa. Estes valores correspondem ao nível zero
ou limiar inferior de audição humana. O limiar superior da audição humana é o máximo de energia sonora que o aparelho
auditivo consegue suportar. Corresponde, em intensidade, à 100W/m2, ou, 1W/m2, e em pressão sonora, à 200Pa. A
sensação é mais de desconforto (ou mesmo dor) do que tonal.
8. ALTURA DO SOM
É a qualidade relacionada com a freqüência sonora. Dessa forma, podemos classificar a altura de um
som, dentro de uma escala que varia de grave a agudo. Os termos alto e baixo, referem-se a ondas
sonoras de alta e baixa freqüência respectivamente, sendo portanto, equivalentes aos termos agudo
(som alto) e grave (som baixo), nada tendo a ver com a intensidade sonora (o volume do som) que pode
ser forte ou fraco.
Dá-se o nome de Bel à escala relativa de intensidades dada pela razão logarítmica entre a intensidade
medida e a intensidade de referência. Utiliza-se a décima parte do Bel, ou seja, o decibel (dB), para
especificar o nível de intensidade e/ou nível de pressão de um som (1 decibel (dB) = 0,1bel) e a relação
fica como na equação 2. O quadro 1 traz os valores em decibel de alguns sons.
onde Iref é o padrão de referência da intensidade. Corresponde ao nível zero de audição (menor volume audível), ou seja, ao
Sons Intensidade em dB
Limiar da dor 120
Martelamento de chapa de aço a 1m. do ouvido 110
Cabine de avião 100
Máquina de rebitar a 10,00m. de distância 100
Ruído em uma rua movimentada 95
Interior de uma fábrica barulhenta 90
Martelo pneumático 90
Orquestra sinfônica a 10,0n. de distância 85
Rádio tocando alto 80
Escritório barulhento 75
Conversação normal 60
Escritório 55
Interior de residência urbana 45
Interior de residência rural 25
Conversação em voz baixa 20
Murmúrio 15
Limiar da audibilidade 0
Quadro 1: Intensidade dos sons em decibéis.
onde Pref é o padrão de referência da pressão. Equivale à menor pressão sonora audível, ou seja, ao valor numérico de 20
NPS = 20 log ( P / P0 )
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NPS = 20 log P – 20 log P0
Exemplos:
1. Um medidor mostra os seguintes NPS: NPS1 = 100dB e NPS2 = 94dB. Quais as pressões sonoras?
As expressões que nos fornecem os níveis de intensidade sonora e de pressão sonora nos informam que o processo de
obtenção desses valores, não é linear. Isto significa que operações matemáticas simples como adição e subtração, não
podem ser realizadas. Ao invés disso, é necessário operar com logarítmos.
Isto significa que ao dobrarmos a intensidade sonora, o NIS aumenta apenas de 3 dB e, no caso da pressão, ao duplicarmos a
pressão sonora, o NPS aumenta em 6 dB.
A medição do som feita através do nível de pressão sonora obtido no medidor corresponde a uma fenômeno físico e não
subjetivo. Vários estudos realizados com pessoas sadias em laboratórios indicam que a resposta subjetiva do ruído é
diferente nas diversas freqüências. Nas faixas entre 2000 e 5000Hz, o ouvido humano é mais sensível ao ruído e menos
sensível nas freqüências extremamente altas ou baixas.
Partindo-se de um padrão (freqüência 1000Hz), foi medida a resposta subjetiva produzida por determinado NPS em cada
freqüência, e com base nesses dados foram traçadas as curvas isoaudíveis. As curvas isoaudíveis representam a mesma
intensidade de resposta do ouvido humano a determinados sons. Assim, por exemplo, um som de NA (nível de audibilidade)
de 90 fons é sentido com a mesma intensidade pela maioria das pessoas, quaisquer que sejam sua freqüência e o NPS.
Na curva vê-se que um tom de 90 fons na freqüência de 4000Hz, produzido por um NPS de 80dB, é ouvido com a mesma
intensidade que um som com os mesmos 90 fons produzidos por um NPS de 90dB na freqüência de 125Hz. Ocorre que
muitas vezes, para produzir a mesma audibilidade, são necessários diferentes níveis de pressão sonora, quando estes estão
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em diferentes freqüências, pois o ouvido humano sente o ruído de forma diferente nas diversas freqüências. Assim , por
exemplo um NA de 90fons, na freqüência de 4000Hz, produzido por um NPS de 80dB, é ouvido com a mesma intensidade
na freqüência de 235Hz, porém produzido por NPS de 90dB. Portanto, observe-se que na freqüência de 4000Hz é
necessário um NPS menor para produzir o mesmo efeito no organismo (o ouvido humano é mais sensível as altas
freqüências).
Sempre que possível, a fim de nos protegermos, devemos evitar a exposição num nível de pressão
sonora acima de 100dB(A). Deve-se usar protetor auditivo quando expostos a níveis acima de
85dB(A), especialmente se a exposição for prolongada. O dano na audição devido a exposição
permanente em ambientes ruidosos é cumulativo e é irreversível. Exposição a altos níveis de ruído é
uma das maiores causas da surdez permanente. Alguns aspectos de segurança quando da varredura por
ultra-som estão sendo objeto de investigação.
Com relação ao desconforto produzido pelo barulho, é algo pessoal e que depende de uma série de
variáveis subjetivas. Existem situações em que um ruído incomoda e outras em que será perfeitamente
aceitável. A aceitabilidade de um nível de ruído depende da atividade a que se destinam as pessoas do
ambiente, o nível de concentração exigido, a idade e outros.
A exposição inadequada ao ruído pode causar alterações no sistema auditivo que vão desde a mudança
temporária do limiar da audibilidade - quando o indivíduo fica exposto por um curto período de tempo
a um nível de ruído elevado e é necessário algum tempo para que volte a ouvir como habitualmente
ouve - até o rompimento do tímpano, quando essa exposição for a níveis excessivamente elevados. Os
casos mais graves são a perda permanente da audição causada por exposições excessivas durante
longos períodos de tempo (NEPOMUCENO, 1977).
BOLSAS (s/d) afirma que a capacidade para ouvir varia de pessoa para pessoa. Crianças podem ouvir
as freqüências mais elevadas, porém a acuidade auditiva diminui com a idade, ou seja, o limiar da
audibilidade aumenta com o envelhecimento. O limiar da audibilidade, porém, é função também dos
níveis de ruído a que foi exposto o indivíduo durante toda a vida. Pesquisas utilizando levantamentos
audiométricos mostram que para um indivíduo exposto diariamente, durante vinte anos, a níveis de
ruídos de 60dB, o limiar de audibilidade reduz-se em 5%. Sendo exposto a 75dB, reduz-se em 8% e a
100dB a redução é de quase 20%. Na maioria dos casos, os efeitos de uma exposição excessiva só são
sentidos após longos períodos de exposição, o que leva a conseqüências irreversíveis.
É importante acrescentar que para baixas freqüências, o ouvido humano sofre pouca alteração durante
os anos, se comparados às médias e altas freqüências. Como o espectro da voz humana concentra-se
nas freqüências média e alta, as perdas de audibilidade levam a grandes prejuízos de inteligibilidade -
capacidade de reconhecimento da palavra falada (SILVA, 1971).
Este mesmo autor afirma que as primeiras reações dos indivíduos submetidos a ruídos são a inquietude
e a irritabilidade, podendo chegar até a alterações do metabolismo basal, com distúrbios neuro-
musculares, alterações na pressão arterial e respiração, náuseas, cefaléia, perda de equilíbrio, fadiga e
outros. Nos sistemas extra-fisiológicos pode causar depressão, dificuldades de concentração e atenção.
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Um estudo realizado por Pokrovskiy (NEPOMUCENO, 1977) em uma tecelagem mostrou correlação
estreita entre número de reclamações de dores de cabeça, cansaço excessivo e insônia e os níveis de
ruídos a que estavam expostos os trabalhadores. Essas perturbações afetam a produtividade, impedindo
a concentração.
Alguns estudos também relacionam a percepção das cores e os níveis de ruído: quando o ruído
ambiente é da ordem de 80/85dB, a sensibilidade é igual para todas as cores. Entre 90 e 115dB, é
sentida perda de sensibilidade no sistema visual. Em níveis mais elevados, os indivíduos apresentam
dificuldades para distinguir as cores verde, vermelho e azul. Para atividades que se utilizam de códigos
em cores esse efeito colateral pode ser muito importante.
Pelo gráfico observa-se que um som de 100 dB emitido numa freqüência de 50 Hz, quando
compensado pelas curvas, fornecerá as seguintes leituras no medidor de nível de pressão sonora: Curva
“A” — 70 dB; Curva “B” — 88 dB; Curva “C” — 99 dB;
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Curva “D” — 88 dB.
As normas internacionais e o Ministério do Trabalho e Emprego adotaram a curva de compensação “A” para medições de
níveis de ruído contínuo e intermitente, devido à sua maior aproximação à resposta do ouvido humano.
O circuito A aproxima-se das curvas de igual audibilidade para baixos Níveis de Pressão Sonora; o
circuito B, para médios Níveis de Pressão Sonora, e o circuito C, para Níveis de Pressão Sonora mais
altos. Hoje, entretanto, somente o circuito A é largamente usado, uma vez que os circuitos B e C não
tiveram boa correlação com testes subjetivos. Uma curva especializada, a compensação D foi
padronizada para medições em Aeroportos.
Figura 2: Decibelímetro
Figura 4: Audiodosímeetro.
A faixa audível de freqüência situa-se entre 16 e 2.000 Hz, sendo inúmeras as possibilidades de
distribuição da energia sonora na referida faixa. Daí a necessidade de avaliar as freqüências em certos
tipos de avaliação de ruído. A análise dessa distribuição de nível de pressão sonora na faixa de
freqüência é muito importante para determinar a periculosidade do ruído e os meios adequados de con-
trole.
Para realizar a análise de freqüência, a faixa audível foi dividida de várias maneiras, conforme os
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seguintes exemplos:
A) Bandas de oitava
Essa divisão é a mais utilizada na Higiene do Trabalho e normalizada pela 150 A 266. A faixa é
dividida em uma largura igual a uma oitava, sendo a razão da freqüência igual a 2. Os centros das
faixas são os seguintes: 16 Hz, 32 Hz, 63 Hz, 125 Hz 2.000 Hz.
C) Faixa de percentagem
A largura das faixas é igual à percentagem constante do valor central. Exemplo: uma faixa 2% indica
que para um valor de freqüência de 100 Hz a faixa central é 2 Hz.
Deve-se salientar que, quanto menor for a faixa de freqüência, maior será a precisão da distribuição do
nível de pressão sonora dentro do espctro. As bandas de oitava e terça de oitava são as mais aplicadas,
especialmente na Higiene do Trabalho.
1. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSa: 3.Cálculo da razão média quadrática total:
NPSa = 10 log ( P / P0 )2 ( Ptotal / P0 )2 = (Pa / Po )2 + (Pb /Po )2
2. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSb: 4. Cálculo do nível de pressão sonora:
NPSb = 10 log ( P / P0 )2 NPStotal = 10 log ( Ptotal / P0 )2
1. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSa: 2. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSb:
2
NPSa = 10 log ( Pa / P0 ) NPSb = 10 log ( Pb / P0 )2
92 = 10 log ( Pa / P0 )2 86 = 10 log ( Pb / P0 )2
92 / 10 = log ( Pa / P0 )2 86 / 10 = log ( Pb / P0 )2
log ( P / P0 )2 = 9,2 log ( Pb / P0 )2 = 8,6
( Pa / P0 )2 = 109,2 ( Pb / P0 )2 = 108,6
( Pa / P0 )2 = 15,85 x 108 ( Pb / P0 )2 = 3,98 x 108
Para evitar esse cálculo foram criadas as curvas de adição e subtração de ruído em dB. Para entrar nas
curvas acha-se a diferença entre os NPS. Marca-se esse valor no eixo X e encontra-se o correspondente
sobre o eixo Y relativo à curva. Esse valor deve ser adicionado ao menor ruído ou subtraído do maior
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ruído.
D E F G
C O
B
a) NPSF – NPSG = 94 – 94 = 0
Na figura 1: correção de 3dB
NPStotal = 94 + 3 = 97dB
b) NPSG – NPSD = 94 – 80 = 14
Na figura 1: correção de 0,2dB
NPStotal = 94 + 0,2 = 94,2dB
c) Deve-se ordenar os ruídos de maneira crescente ou decrescente para facilitar o cálculo. Assim:
F – E = 94 – 87 = 7, portanto correção = 0,8 e NPS = 94,8dB
94,8 – 85 = 9,8, portanto correção = 0,4 e NPS = 94,8 + 0,= 95,2dB
95,2 – 82 = 13,2, portanto correção = 0,2 e NPS = 95,2 + 0,2 = 95,4
95,4 - 81 = 14,4, portanto correção = 0,2 e NPS = 95,4 + 0,2 = 95,6
NPS total = 95,6dB
d) NPS = 98,3dB.
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Controle de ruído é a tecnologia de obtenção de um nível de ruído ambiental aceitável para um ponto
de emissão, consistente com a economia e as condições de operacionalidade. O receptor pode ser uma
pessoa, um grupo de pessoas, uma comunidade inteira, ou até um conjunto de equipamentos cuja
operação poderá ser afetada pelo ruído. Quando a palavra aceitável é empregada, várias questões
poderão ser levantadas assim como: "Aceitáveis sob que condições?" ou "Aceitáveis para quem?"
Existe geralmente, mais de uma resposta para semelhantes questões e para um dado problema, porque a
complexidade das considerações de ordem econômicas e operacionais que estão envolvidas, e por
causa de todos elementos que variam com o tempo. Entretanto, fixados os valores padrões e limites,
pode ser útil a aproximação (da situação) para tornar-se "aceitável" aquela intensidade de ruído.
Controle de ruído não é a mesma coisa que redução de ruído. Num problema específico, a quantidade requerida a ser
reduzida de ruído para tornarmos os resultados aceitáveis, algumas vezes, pode ser obtido simplesmente pela aplicação de
várias técnicas de redução compatível com as possibilidades do momento.
6.2.Controle na trajetória
O controle do ruído em sua trajetória pode ser feito distanciando-se a fonte dos usuários do ambiente
ou através do isolamento acústico da fonte. O isolamento acústico pode ser feito enclausurando a fonte,
enclausurando o indivíduo exposto. Pode-se tomar as seguintes providências, dentre outras:
- confinamento da máquina
- aplicação de materiais absorventes no ambiente
- alteração do lay-out de instalação
- Evitar a propagação por meio de isolamento.
- Conseguir um máximo de perdas energéticas por absorção.
O isolamento acústico pode ser feito das seguintes formas: Evitando que o som se propague a partir
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da fonte e evitando que o som chegue ao receptor. Isolar a fonte significa a construção de barreira
que separe a fonte geradora do ruido do meio que o rodeia, para evitar que este som se propague. Isolar
o receptor significa construir uma barreira que separe a fonte e o meio do indivíduo exposto ao ruído.
O isolamento acústico das fontes ruidosas consiste na colocação de barreiras isolantes e absorventes de
som. Melhores resultados serão obtidos se as barreiras forem revestidas internamente com material
absorvente de som (cortiça, lá de vidro etc.) e a face externa, com material isolante de som (paredes de
alvenaria).
6.4.Mapeamento do ruído
Um dos primeiros passos em um projeto para controle de ruído será a preparação de um mapa do ruído
ou de curvas isoaudíveis, com as quais se tem uma melhor visualização da distribuição do ruído no
ambiente. Um levantamento deste tipo mostrará, de imediato, as zonas de ruído perigosas, que devem
sofrer intervenção com a maior urgência, tendo em vista a proteção dos trabalhadores. Quando as
providências tiverem sido tomadas, novas medições devem ser feitas.
Nesta planta recomenda-se colocar o lay-out e indicar com cores vermelhas, os locais onde o uso do
EPI é obrigatório.
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CAPÍTULO 7: RUÍDO URBANO
Nas cidades consolidadas as medidas devem dirigir-se fundamentalmente a reduzir o tráfego, posto que
medidas drásticas de ordenação urbana resultam utópicas, estas são de natureza estrutural e sócio-
cultural.
A redução do tráfego ou, quando necessário, sua proibição, deverá ser precedida por instalações de serviços públicos (ou
privados, em alguns casos) de transporte capazes de cobrir, com garantia, segurança e comodidade, os deslocamentos pela
totalidade das vias, camada asfáltica ou casco urbano. Além de novas alternativas de transporte coletivos, como o Metrô
(subterrâneo), embarcações fluviais (no caso do Rio e demais cidades afins) e outras alternativas, deverá manter uma
campanha informativa e educativa ou, inclusive, se necessário, mediante o aumento na pressão sobre o veículo particular, o
rodízio, estabelecimento de horários para o deslocamento de transportes de cargas (e suas respectivas descargas) em
horários noturno, priorizar as vias para transportes coletivos, planejamento para deslocamentos de veículos de cargas de
outros municípios, criação de alternativas de estacionamento nas regiões centrais entre outras alternativas poderão compor
um leque de probabilidades de redução da poluição.
A reabilitação dos centros e as novas metodologias para a construção civil hoje já fazem parte
integrante dos novos objetivos junto ao planejamento urbano das novas concepções de cidades
modernas. A reabilitação dos centros urbanos tornou-se necessária, mesmo que resulte em esforço das
administrações públicas em estabelecer alianças com as administrações privadas. Os consultores
acústicos, arquitetos urbanistas e engenheiros civis podem proporcionar isolamento e conforto acústico
suficiente aos interiores das habitações urbanas. Isto evitaria o aumento das moléstias por excesso de
exposição ao ruído. Deve-se considerar parte no planejamento das construções civis apartamentos
acústicos naqueles lugares que requer tal necessidade presente e futura. Outros itens que comporão
medidas para reduzir os efeitos da poluição e atmosférica somar-se-ão a este.
Modernizar uma cidade, hoje em dia, além de estabelecer uma cultura de informática para possibilitar a
construção de novas "rodovias eletrônicas", onde só trafegam BITS, através de redes de computadores
de grande ou pequeno porte, significa melhorá-la fisicamente em função da qualidade de vida que esta
possa consolidar na vida de cada um de seus habitantes.
7.1. Soluções
A busca de uma única solução consensual esgotou-se, contudo existe uma tendência atual e
circunstancial que é a especialização das vias destinadas ao tráfego urbano tais como:
Existem algumas formas simples que todos nós podemos usar para ajudar a controlar o ruído na cidade.
São elas:
CAPÍTULO 8: BIBLIOGRAFIA
_____. NBR 10151. Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da Comunidade.
Dez/97.
CETESB. Critérios de Ruído para recintos Internos de edificações. Norma L11034. São Paulo,
julho/92.
BISTAFA, S. R. Acústica aplicada ao controle de ruído. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.