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Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia


Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Conforto Ambiental

CONFORTO ACÚSTICO
Parte 1

Profa. Dra. Luciane Durante

Cuiabá/ MT
2012
SUMÁRIO
Capítulo 1 Conceitos Básicos Página
1.1. Introdução............................................................................................................. 1
1.2. Fontes sonoras....................................................................................................... 2
1.3. Ondas sonoras....................................................................................................... 2
1.4. Energia acústica.................................................................................................... 5
1.5. Potência acústica................................................................................................... 5
1.6. Nível de pressão sonora........................................................................................ 5
1.7. Intensidade sonora................................................................................................. 5
1.8. Altura do som....................................................................................................... 6
Capítulo 2 A Escala Decibel
2.1. A unidade decibel................................................................................................... 6
2.2. Nível de intensidade sonora................................................................................... 7
2.3. Nível de Pressão sonora......................................................................................... 7
2.4. Relação entre NIS e NPS....................................................................................... 7
2.5. Nível de audibilidade............................................................................................. 8
Capítulo 3 Fisiologia da audição e efeitos do ruído
3.1. Fisiologia da audição.............................................................................................. 9
3.2. Qual o nível sonoro em que o som torna-se prejudicial à
saúde?............................................................................................................................ 10
3.3. Efeitos fisiológicos e psicológicos sobre o homem................................................ 12
Capítulo 4 Instrumentos de medição
4.1. Medidores de NPS.................................................................................................. 13
4.2. Audiodosímetros.................................................................................................... 15
4.3. Analisadores de freqüência................................................................................... 16
4.4. Calibrador acústico................................................................................................ 17
Capítulo 5 Adição e Subtração de ruído
5.1. Método numérico.................................................................................................. 17
5.2. Método gráfico...................................................................................................... 18
Capítulo 6 Medidas de controle do ruído
7.1. Controle do ruído.................................................................................................. 20
7.1.1. Controle na fonte....................................................................................... 21
7.1.2. Controle na trajetória................................................................................. 21
7.1.3. Controle no receptor.................................................................................. 22
7.2. Mapeamento do ruído........................................................................................... 23
Capítulo 7 Ruído Urbano
7.1. Soluções................................................................................................................ 26
7.2. O que fazer para ajudar......................................................................................... 24
Capítulo 8: Bibliografia 26
1

CAPÍTULO 1: CONCEITOS BÁSICOS


1. INTRODUÇÃO
O som pode ser definido como qualquer variação de pressão (no ar, água ou outro meio) que o ouvido
humano possa detectar. O som pode ser classificado como "vibração ou perturbação física" (onda que
percorre um meio qualquer de propagação) e som "sensação sonora" (som captado pelo ouvido humano
através de sua capacidade auditiva).
Um bom exemplo disso é o seguinte: se colocado um relógio despertador dentro de uma câmara da
qual pode-se extrair todo o ar até chegar-se ao vácuo, de início, quando o relógio soar, pode-se ver a
campainha vibrar e ao mesmo tempo ouvir o seu som. Se tirado o ar da câmara, à medida que o ar
interior se rarefaz, o som vai se esmaecendo até desaparecer completamente quando se atingir vácuo
absoluto, embora a vibração da campainha permaneça acontecendo. Isso ocorre devido a ausência de
um meio de propagação.
O som perturbação física pode ser percebido através da vibração de uma caixa de som ou de um vidro quando próximos de
uma fonte sonora potente. Para se perceber o som sensação sonora, deve-se ter obrigatoriamente o meio de propagação e o
ouvido em certas condições, sem os quais não será possível perceber.
Os sons existem independentemente de o percebermos e podem ser de origem animal, mecânica ou humana, entre outras.
Por exemplo, os sons resultantes do deslocamento de uma onda de pressão de um terremoto possuem uma freqüência tão
baixa que somos incapazes de percebe-los através de nossos ouvidos – chamados de infra-sons - e, no entanto, os
instrumentos os registram. Um canto agudo de um determinado pássaro possui em seu espectro sonoro várias contribuições
de altas freqüências que não somos capazes de ouvir como os pássaros ouvem – chamamos estes sons de ultra-sons.
Ruído, de uma forma geral, é qualquer som que nos é desagradável. É uma questão subjetiva. Muitas vezes a condição
psico-social torna-se determinante quanto à percepção de um som vir a incomodar ou não. A diferença entre ruído e som é,
portanto, pessoal. Na maioria dos casos, exceto quando se trata de um som com elevada intensidade – acima de 100dB(A) –
e/ou quando se manifestar num período de curta duração - ruído de impacto -, o ruído será sempre uma questão individual e,
em alguns casos, até cultural. O ruído, de uma forma geral, é identificado por todos como “som indesejável”. Contudo, som
indesejável ainda não é suficiente para tal generalização; o que pode parecer indesejável para um, pode não o ser para
outro.
Simplificando, som e ruído podem se diferenciar através de dois aspectos diferentes: o aspecto físico (denotado pelo som) e
o aspecto subjetivo (denotado pela reação do ouvinte ao som). Um exemplo genérico é o caso de dois ouvintes de música
em situações distintas: um ouvindo um grupo de rock e o outro, uma orquestra sinfônica ou, um outro se deleitando com
uma música sertaneja em alto volume enquanto o outro tenta ouvir seu jazz – cada um, subjetivamente, achando que o outro
é que está ouvindo ruído e, portanto, causando incômodo.
Os sons oriundos das atividades urbanas e/ou industriais, subjetivamente, terão sua percepção de acordo com a sensibilidade
psico-acústica de cada um, quanto à intensidade e quanto à predominância do espectro de freqüências. Ouvir um ônibus
pode ser mais desagradável que ouvir um avião sobrevoando. Ouvir uma ambulância ao invés de sirene de bombeiros, pode
ser devastador para uns e indiferente para outros, mesmo que seja em baixa intensidade. O som de uma sirene de polícia
2
poderá remeter à uma experiência desagradável do passado e causar incômodo maior do que a de um carro de bombeiros e
vice-versa. A legislação não prevê incômodo quanto à freqüência e sim quanto à intensidade.
Os sons que nos agradam são muito especiais ou tornam-se muito especiais. São reconhecidos devido a uma sensação
vivenciada, apenas pela mente do ouvinte. É uma experiência sensorial que podemos relacionar ou associar com momentos
emotivos ou até mesmo, com nossas vidas materiais.

2. FONTES SONORAS
São os instrumentos que geram ondas sonoras. Muitos corpos podem servir como fontes sonoras,
todavia, há um pré-requisito indispensável para que ele funcione como tal: precisa ser capaz de vibrar.
Para que um corpo seja posto em movimento vibratório, é imprescindível que exista uma relação bem
definida entre duas características importantes da matéria que o compõe: densidade e rigidez. Quanto
mais denso o meio, maior o número de partículas e de vibrações, portanto, maior velocidade terá a
propagação do som. Quanto mais rígido o meio, menos ele vibra e, portanto, menor é a propagação do
som através dele.

3.ONDAS SONORAS
São ondas mecânicas, longitudinais e tridimensionais. Por serem longitudinais, são ondas de pressão, e caminham no meio
de propagação através de sucessivas compressões e rarefações das partículas do meio. A compressão acontece quando a
partícula empurra a que lhe segue imediatamente e a rarefação é causada pelo vazio deixado pelas partículas que se
afastaram daquela região. As compressões e rarefações referem-se às pressões máximas e mínimas da propagação sonora,
respectivamente. Um exemplo clássico para ilustrar o movimento ondulatório é o de uma série de pesos interligados por
molas.

Figura 1: Pesos interligados por molas.

Provoca-se um deslocamento de P1 para a posição P1’ e depois solta-se. A ação deste deslocamento
será sentida em todos os pesos de P2 até Pn, fazendo-os ocupar posições P’n e P”n. Poderá haver
momentos que alguns pesos estão se deslocando em um sentido e outros em sentidos opostos. Quando
um peso se desloca para frente, se forma à sua frente uma zona de compressão e, logo atrás dele, uma
3
zona de depressão. Essa sucessão de ocorrências de zonas rarefeitas e comprimidas forma o que se
chama de movimento ondulatório. As partículas (pesos) não caminham para fora de sua posição de
equilíbrio, apenas oscilam de um lado para outro em relação ao ponto central. Não há deslocamento de
matéria, apenas de energia (exceções: ponto muito próximo de explosões, por exemplo).
A distância máxima que as partículas se afastam do centro se chama amplitude. A variação de zonas
rarefeitas e comprimidas – variação de pressão – a que se submete uma partícula pode ser representada
em função do tempo (Figura 2).
Ao se deslocar de um ponto de pressão máxima para pressão mínima, a partícula o faz com uma
velocidade (v). A velocidade de propagação do som em um meio é função de sua densidade.
Geralmente, quanto mais pesado o material, maior é a velocidade de propagação do som em seu meio
(Quadro 1).

Figura 2: Variação da pressão de uma partícula em função do tempo.

Material Velocidade de propagação do som (m/s)


Ar 330
Cortiça 500
Água 1435
Madeira 1000 a 4000
Alvenaria 3000 a 3600
Ferro 3170
Aço 4950
Vidro 5000
Granito 6400
Quadro 1: Velocidade de propagação do som.
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Chama-se freqüência (f) o número de oscilações (número de idas e voltas completas da partícula
vibrante) que ocorrem em um segundo. A freqüência é expressa em hertz (Hz) ou cps (ciclos por
segundo). Os sons perceptíveis pelo ouvido humano situam-se na escala entre 16Hz e 20.000Hz
(ESPECTRO DE AUDIOFREQUÊNCIAS). Sons com freqüências muito baixas ou muito altas não são
percebidos pelo ouvido humano. A variação entre a nota mais alta e a mais baixa de um piano, por
exemplo, é de 27,5Hz a 4.186Hz. Certos animais, no entanto, são sensíveis a freqüências superiores a
20 kHz, como mostra o Quadro2.
Animais Faixa de Audição
Morcegos 10 kHz a 120 kHz
Golfinhos 10 Hz a 240 kHz
Cães 15 Hz a 50 kHz
Gatos 10 Hz a 65 kHz
Quadro 2: Espectro de audiofreqüência de alguns animais.

Os sons situados abaixo de 16Hz são chamados de infra sons e os acima de 20KHz de ultra sons.
Ambos não são captados pelo ouvido humano. A faixa de freqüência de 1000 a 5000Hz é a de melhor
percepção. Abaixo de 1000Hz e acima de 5000Hz a percepção sonora piora.
Período (T) é o tempo necessário para que ocorra uma oscilação completa. É inverso da freqüência.
Unidade: segundos.
Chama-se comprimento de onda () a distância entre dois picos de pressão ou entre dois pontos com
igualdade de fase. Unidade: metros. A seguinte relação matemática pode ser escrita:
v= s / t V : velocidade do som (m/s)
v=/T F : freqüência do som (Hz)
v=.(1/T) T : período (s)

EQUAÇÃO 1: v=.f

Um outro exemplo de propagação do som são as ondas na água. As ondas espalham-se uniformemente
em todas as direções, diminuem a amplitude conforme se distanciam da fonte. Isso só ocorre quando
não há objetos que reflitam ou que bloqueiem o caminho do som. Tais condições são chamadas de
campo livre (free field). Com um obstáculo no caminho, parte do som será absorvida, parte será
refletida e o restante transmitido através do obstáculo.
A Figura 3, representa a propagação de uma onda sonora que atinge um obstáculo. Estão representadas
as intensidades incidentes (I), a intensidade refletida (Ir), a intensidade absorvida (Ia) e a intensidade
transmitida (It). Vê-se aqui envolvido o conceito de fonte-imagem, ou seja, para a onda refletida é
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como se existisse uma fonte simétrica a F em relação ao obstáculo. A intensidade absorvida
transforma-se em energia térmica.

Figura 3: Onda sonora em obstáculo.

Do conceito de conservação de energia: I = Ia + Ir + It


Se na expressão dividem-se todos os termos por I, tem-se: 1 = Ia / I + Ir / I + It / I
1=++
Define-se assim, os coeficientes de absorção (  ), reflexão ( ) e transmissão ( ).

Os meios de propagação são denominados meios elásticos por serem capazes de se deformarem à
passagem das ondas. Qualquer meio material que propague uma onda sonora é considerado elástico. As
ondas que se propagarem através de um meio elástico alcançam o ouvido causando a sensação sonora.

4. ENERGIA ACÚSTICA
É a energia mecânica transportada pela onda sonora.

5. POTÊNCIA ACÚSTICA
É o fluxo de energia acústica por unidade de tempo. É expressa em W (N.m / s).
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Fonte Potência sonora máxima (W)
Voz de mulher 0,002
Vos de homem 0,004
Clarineta 0,05
Piano 0,27
Trombone 6
Tambor 25
Orquestra 70
Automóvel a 70Km/h 100
Avião a jato 10.000
Quadro 3: Potência sonora

6. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (NPS)


Força exercida pelas partículas do meio elástico sobre uma unidade de área. Medida em pascal (Pa = N/m2). A pressão deve
possuir um valor mínimo para atingir o limiar de audibilidade. Através de pesquisas realizadas com pessoas jovens, sem
problemas auditivos, foi revelado que o limiar de audibilidade é de 2x10-5 N/m2 ou 0,00002 N/m2. Quando a pressão sonora
atinge 200N/m2, a pessoa exposta começa a sentir dor no ouvido (limiar da dor).

7. INTENSIDADE SONORA
Intensidade é uma noção ligada ao conceito de densidade de energia, sendo definida como a quantidade de energia que
atravessa uma unidade de superfície perpendicular à direção de propagação. Dessa forma, quanto maior for a amplitude da
onda, maior será sua intensidade e conseqüentemente, maior volume terá o som.

Exemplo: Uma clarineta emite um som de potência 0,05W. Qual a intensidade sonora a ser medida a
um raio de 2,00m. de distância?
I=W/S I = W / (4r2) I = 0,05 / (422) I = 10-7 W/cm2

A relação entre a intensidade e a pressão é dada pela equação 2.

Equação 2: Pef = pressão


I = Pef 2 / Po. V Po = pressão de referência (2 x 10-5 N/m2)
V = velocidade do som.

A intensidade sonora é a sensação que o som provoca no ouvido e varia de acordo com a distância da fonte sonora: a
intensidade do som diminui proporcionalmente ao quadrado da distância da fonte sonora.
O conceito de intensidade é importante, pois está ligado à percepção do ouvido, que necessita de uma quantidade mínima de
energia para ser excitado. O mínimo de energia sonora que o aparelho auditivo pode discriminar equivale à
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10 -12 2 -6
W/m , correspondendo à pressão sonora mínima de 20.10 Pa, ou 20mPa. Estes valores correspondem ao nível zero
ou limiar inferior de audição humana. O limiar superior da audição humana é o máximo de energia sonora que o aparelho

auditivo consegue suportar. Corresponde, em intensidade, à 100W/m2, ou, 1W/m2, e em pressão sonora, à 200Pa. A
sensação é mais de desconforto (ou mesmo dor) do que tonal.

8. ALTURA DO SOM
É a qualidade relacionada com a freqüência sonora. Dessa forma, podemos classificar a altura de um
som, dentro de uma escala que varia de grave a agudo. Os termos alto e baixo, referem-se a ondas
sonoras de alta e baixa freqüência respectivamente, sendo portanto, equivalentes aos termos agudo
(som alto) e grave (som baixo), nada tendo a ver com a intensidade sonora (o volume do som) que pode
ser forte ou fraco.

CAPÍTULO 2: A ESCALA DECIBEL


1. A UNIDADE DECIBEL
Estudos realizados por Fechener e Weber no século XIX sobre a relação da sensação do ruído e o estímulo mostraram que
“o aumento da sensação ao som é proporcional ao logaritmo do estímulo”. Atualmente, sabe-se que isso é apenas uma
aproximação devido ao complexo mecanismo da audição humana. A Lei de Fechner-Weber diz que a sensação auditiva não
é diretamente proporcional à intensidade sonora, ou seja, o ouvido humano não percebe com dupla intensidade um som cuja
intensidade tenha sido dobrada, mas a relação estímulo / sensação é logarítmica.

Equação 1: I : intensidade fisiológica do som (bel)


I  log I1 / I ref I1 : intensidade física do som (W/cm2)
I = 10 log I1 / I ref I ref : intensidade de referência -limiar da percepção- 10-16W/cm2 ou
10-12 W/m2

Dá-se o nome de Bel à escala relativa de intensidades dada pela razão logarítmica entre a intensidade
medida e a intensidade de referência. Utiliza-se a décima parte do Bel, ou seja, o decibel (dB), para
especificar o nível de intensidade e/ou nível de pressão de um som (1 decibel (dB) = 0,1bel) e a relação
fica como na equação 2. O quadro 1 traz os valores em decibel de alguns sons.

1.3. Nível de Intensidade Sonora ( â ou NIS)


Chama-se Nível de Intensidade Sonora de um som, ao resultado numérico, expresso em decibéis da expressão:
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onde Iref é o padrão de referência da intensidade. Corresponde ao nível zero de audição (menor volume audível), ou seja, ao

valor numérico de 10-12 W/m2.

Sons Intensidade em dB
Limiar da dor 120
Martelamento de chapa de aço a 1m. do ouvido 110
Cabine de avião 100
Máquina de rebitar a 10,00m. de distância 100
Ruído em uma rua movimentada 95
Interior de uma fábrica barulhenta 90
Martelo pneumático 90
Orquestra sinfônica a 10,0n. de distância 85
Rádio tocando alto 80
Escritório barulhento 75
Conversação normal 60
Escritório 55
Interior de residência urbana 45
Interior de residência rural 25
Conversação em voz baixa 20
Murmúrio 15
Limiar da audibilidade 0
Quadro 1: Intensidade dos sons em decibéis.

1.4. Nível de Pressão Sonora (NPS)


É definido como sendo o resultado numérico, expresso em decibéis, da expressão:

onde Pref é o padrão de referência da pressão. Equivale à menor pressão sonora audível, ou seja, ao valor numérico de 20

mPa. O NPS também pode ser expresso da seguinte forma:

NPS = 20 log ( P / P0 )
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NPS = 20 log P – 20 log P0

NPS = 20 log P – 20 log (2 x 10 -5 )

NPS = 20 log P + 94dB

Exemplos:

1. Um medidor mostra os seguintes NPS: NPS1 = 100dB e NPS2 = 94dB. Quais as pressões sonoras?

Para NPS=100dB Para NPS=94dB


NPS = 20 log P + 94dB NPS = 20 log P + 94dB
100 - 94 = 20 log P 94 - 94 = 20 log P
log P = 6 / 20 log P = 0 / 20
0,3
P = 10 P = 100
P = 0,09 N/m2 P = 1 N/m2

1.5.RELAÇÃO ENTRE NIS E NPS

As expressões que nos fornecem os níveis de intensidade sonora e de pressão sonora nos informam que o processo de
obtenção desses valores, não é linear. Isto significa que operações matemáticas simples como adição e subtração, não
podem ser realizadas. Ao invés disso, é necessário operar com logarítmos.

Isto significa que ao dobrarmos a intensidade sonora, o NIS aumenta apenas de 3 dB e, no caso da pressão, ao duplicarmos a
pressão sonora, o NPS aumenta em 6 dB.

NIS1 = 10 log I / I0 NPS1= 20 log P1 / P0


NIS2= 10 log 2I1 / I0 NPS2= 20 log 2P1 / P0
NIS2= 10 log 2 . logI1 / I0 NPS2= 20 log 2 . log P1 / P0
NIS2= 3 log I1 / I0 NPS2= 6 log P1 / P0

1.6. NÍVEL DE AUDIBILIDADE

A medição do som feita através do nível de pressão sonora obtido no medidor corresponde a uma fenômeno físico e não
subjetivo. Vários estudos realizados com pessoas sadias em laboratórios indicam que a resposta subjetiva do ruído é
diferente nas diversas freqüências. Nas faixas entre 2000 e 5000Hz, o ouvido humano é mais sensível ao ruído e menos
sensível nas freqüências extremamente altas ou baixas.

Partindo-se de um padrão (freqüência 1000Hz), foi medida a resposta subjetiva produzida por determinado NPS em cada
freqüência, e com base nesses dados foram traçadas as curvas isoaudíveis. As curvas isoaudíveis representam a mesma
intensidade de resposta do ouvido humano a determinados sons. Assim, por exemplo, um som de NA (nível de audibilidade)
de 90 fons é sentido com a mesma intensidade pela maioria das pessoas, quaisquer que sejam sua freqüência e o NPS.

Na curva vê-se que um tom de 90 fons na freqüência de 4000Hz, produzido por um NPS de 80dB, é ouvido com a mesma
intensidade que um som com os mesmos 90 fons produzidos por um NPS de 90dB na freqüência de 125Hz. Ocorre que
muitas vezes, para produzir a mesma audibilidade, são necessários diferentes níveis de pressão sonora, quando estes estão
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em diferentes freqüências, pois o ouvido humano sente o ruído de forma diferente nas diversas freqüências. Assim , por
exemplo um NA de 90fons, na freqüência de 4000Hz, produzido por um NPS de 80dB, é ouvido com a mesma intensidade
na freqüência de 235Hz, porém produzido por NPS de 90dB. Portanto, observe-se que na freqüência de 4000Hz é
necessário um NPS menor para produzir o mesmo efeito no organismo (o ouvido humano é mais sensível as altas
freqüências).

Figura 1 : Curvas isoaudíveis.


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CAPÍTULO 3: FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO E EFEITOS DO RUÍDO


SOBRE O HOMEM
3.1. FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO
O ouvido humano inicia-se com a orelha, cheia de protuberâncias e dobras, algumas de cartilagem
macia, outras bem rígidas, umas perfeitamente simétricas outras de "abano", alvo de piadas e algumas
chacotas de estudantes de arte e medicina. Elas se prestam como principal tarefa a de amplificar o som.
Nos proporciona prazer quando são cariciadas nas mais variadas formas e nos animais podem ser
utilizadas para demonstrações de poder, ameaça, para irradiar calor corporal e em alguns casos matar
moscas.
As orelhas também vibram, ressoam amplificando tenuamente uma banda de freqüência, equivalente a
uma oitava superior. São muito importantes para a captura da fala. A partir das orelhas temos o canal
do ouvido, o tímpano, os ossículos e a cóclea formando o ouvido médio. Até os tímpanos consideramos
o ouvido externo, depois vem o ouvido médio que é formado pelos ossículos: martelo, bigorna e
estribo. Este é considerado o "lar" das dores de ouvido, das infecções e das sensações de tonturas e
confusões de orientação. Podemos perceber tais efeitos quando estamos mudando rapidamente de
altitude.
Os ossículos do ouvido médio impulsionam as médias freqüências da música. Freqüências estas contidas na fala. Desta
forma a evolução proporcionou à fala prioridade sobre o espectro sonoro. O ouvido médio também foi concebido, segundo
alguns pesquisadores, para manter a música fora da cabeça da pessoa assim como alguns sons indesejáveis. Segundo eles,
dois minúsculos músculos agarram os ossículos, um exercendo uma força em direção ao tímpano, outro em direção ao
ouvido interno. Estes músculos permanecem suavemente contraídos a fim de manter os ossículos no lugar, mas atuam com
mais força num reflexo, quando na presença de som "perigosamente" alto, impedindo que cerca de dois terços da energia
sonora alcance o precioso e delicado ouvido interno. Este reflexo inicia-se um centésimo de segundo após o início do som,
podendo demorar até metade de um segundo para alcançar sua máxima reação. Este fato nos alerta quanto aos sons
impulsivos, como tiros e explosões, aos quais não temos a capacidade de nos proteger. Nas legislações ambientais de ruído,
há uma correção de níveis quanto à suportabilidade humana em relação a esse aspecto.
Além deste ponto fica o ouvido interno, que é cheio de fluido (líquido) e contém uma complexa
estrutura. É chamado de o verdadeiro ouvido. No ouvido interno os sons transformam-se em impulsos
nervosos, transformando as ondas mecânicas em ondas elétricas - impulsos elétricos, motivo de
inspiração para a concepção do microfone que tanto pensamos que conhecemos. Neste ouvido o som
que até agora foi processado será sentido. Fazendo uma analogia com a ótica - até aqui os sons
passaram por uma lente, agora chegarão à retina. No ouvido, as relações físicas são mecânicas, o som
se materializa a partir de colisões mecânicas de moléculas entre si. Para proteger todo o sistema, a
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nossa natureza, danada de boa, estabeleceu certos parâmetros de relacionamento que acabou por
encerrar o ouvido médio e o ouvido interno no osso mais duro do corpo, o osso pétreo temporal.
Possuímos dois majestosos salões de concerto sinfônico para o nosso sistema nervoso que são os nosso
ouvidos internos. Neles a música contagia uma ansiosa platéia de milhares de neurônios. São formados
por três câmaras estreitas com aproximadamente 4 cm de comprimento, estão enroscados três vezes e
meia e são reconhecidos como cóclea que significa caracol. Sobre o piso desta câmara encontram-se
fileiras sucessivas de neurônios fixados numa excepcional estrutura chamada: órgão de Corti,
dispostos a aplaudir ou vaiar o concerto. O órgão de Corti é formado por neurônios especiais chamados
de células capilares. Formam conjuntos com uma célula capilar interna e três células capilares
externas. Cada agrupamento possui mais ou menos sensibilidade para uma determinada freqüência
sonora. Os tons agudos são percebidos com mais sensibilidade na entrada da cóclea, os tons graves no
final da espira. O órgão de Corti não tem mais do que uma fração de 1/250 polegada. Somente 14 mil
células receptoras geram as 32 mil fibras nervosas que deixam a cóclea e seguem em direção ao
cérebro. Comparando com uma retina do globo ocular, esta nos apresenta 100 milhões de células
receptoras e um nervo ótico para transmitir as informações dessas células para um milhão de fibras. Só
para efeito de comparação, apenas algumas centenas de receptores da dor podem fazer uma pessoa
retorcer-se de agonia.

Figura 1: O ouvido humano.


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3.2. QUAL O NÍVEL SONORO EM QUE O SOM TORNA-SE PREJUDICIAL À SAÚDE?

Sempre que possível, a fim de nos protegermos, devemos evitar a exposição num nível de pressão
sonora acima de 100dB(A). Deve-se usar protetor auditivo quando expostos a níveis acima de
85dB(A), especialmente se a exposição for prolongada. O dano na audição devido a exposição
permanente em ambientes ruidosos é cumulativo e é irreversível. Exposição a altos níveis de ruído é
uma das maiores causas da surdez permanente. Alguns aspectos de segurança quando da varredura por
ultra-som estão sendo objeto de investigação.
Com relação ao desconforto produzido pelo barulho, é algo pessoal e que depende de uma série de
variáveis subjetivas. Existem situações em que um ruído incomoda e outras em que será perfeitamente
aceitável. A aceitabilidade de um nível de ruído depende da atividade a que se destinam as pessoas do
ambiente, o nível de concentração exigido, a idade e outros.
A exposição inadequada ao ruído pode causar alterações no sistema auditivo que vão desde a mudança
temporária do limiar da audibilidade - quando o indivíduo fica exposto por um curto período de tempo
a um nível de ruído elevado e é necessário algum tempo para que volte a ouvir como habitualmente
ouve - até o rompimento do tímpano, quando essa exposição for a níveis excessivamente elevados. Os
casos mais graves são a perda permanente da audição causada por exposições excessivas durante
longos períodos de tempo (NEPOMUCENO, 1977).
BOLSAS (s/d) afirma que a capacidade para ouvir varia de pessoa para pessoa. Crianças podem ouvir
as freqüências mais elevadas, porém a acuidade auditiva diminui com a idade, ou seja, o limiar da
audibilidade aumenta com o envelhecimento. O limiar da audibilidade, porém, é função também dos
níveis de ruído a que foi exposto o indivíduo durante toda a vida. Pesquisas utilizando levantamentos
audiométricos mostram que para um indivíduo exposto diariamente, durante vinte anos, a níveis de
ruídos de 60dB, o limiar de audibilidade reduz-se em 5%. Sendo exposto a 75dB, reduz-se em 8% e a
100dB a redução é de quase 20%. Na maioria dos casos, os efeitos de uma exposição excessiva só são
sentidos após longos períodos de exposição, o que leva a conseqüências irreversíveis.
É importante acrescentar que para baixas freqüências, o ouvido humano sofre pouca alteração durante
os anos, se comparados às médias e altas freqüências. Como o espectro da voz humana concentra-se
nas freqüências média e alta, as perdas de audibilidade levam a grandes prejuízos de inteligibilidade -
capacidade de reconhecimento da palavra falada (SILVA, 1971).
Este mesmo autor afirma que as primeiras reações dos indivíduos submetidos a ruídos são a inquietude
e a irritabilidade, podendo chegar até a alterações do metabolismo basal, com distúrbios neuro-
musculares, alterações na pressão arterial e respiração, náuseas, cefaléia, perda de equilíbrio, fadiga e
outros. Nos sistemas extra-fisiológicos pode causar depressão, dificuldades de concentração e atenção.
14
Um estudo realizado por Pokrovskiy (NEPOMUCENO, 1977) em uma tecelagem mostrou correlação
estreita entre número de reclamações de dores de cabeça, cansaço excessivo e insônia e os níveis de
ruídos a que estavam expostos os trabalhadores. Essas perturbações afetam a produtividade, impedindo
a concentração.
Alguns estudos também relacionam a percepção das cores e os níveis de ruído: quando o ruído
ambiente é da ordem de 80/85dB, a sensibilidade é igual para todas as cores. Entre 90 e 115dB, é
sentida perda de sensibilidade no sistema visual. Em níveis mais elevados, os indivíduos apresentam
dificuldades para distinguir as cores verde, vermelho e azul. Para atividades que se utilizam de códigos
em cores esse efeito colateral pode ser muito importante.

3.3. EFEITOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS SOBRE O HOMEM


A poluição sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica através da energia (energia
mecânica ou acústica). Tem reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo. Ruídos
intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a
capacidade de concentração nas ações humanas. Provoca interferências no metabolismo de todo o
organismo com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive tornando a perda auditiva irreversível
quando induzida pelo ruído.
Os efeitos psicológicos são: perda da concentração; perda dos reflexos; irritação permanente;
insegurança quanto a eficiência dos atos; embaraço nas conversações; perda da inteligibilidade das
palavras e impotência sexual.
Os efeitos fisiológicos são: perda auditiva até a surdez permanente; dores de cabeça; fadiga; loucura;
distúrbios cardiovasculares; distúrbios hormonais; gastrite; disfunção digestivas; alergias; aumento da
freqüência cardíaca e contração dos vasos sangüíneos
Deve ser observado que proteger a saúde da população é o principal objetivo de todos os esforços
públicos para controlar a exposição ao ruído do indivíduo ou da comunidade. A interferência do ruído
com o repouso, descanso e sono é a maior causa de incômodo. E devemos notar que a pior intervenção
se dá na forma de ruído intermitente, como por exemplo: passagem de veículos pesados e passagens de
aviões próximo às habitações.
O ruído pode dificultar o adormecer e causar sérios danos ao longo do período de sono profundo
proporcionando o inesperado despertar. Níveis de ruído associados aos simples eventos podem criar
distúrbios momentâneos dos padrões naturais do sono, por causar mudanças dos estágios leve e
profundo do mesmo. A pessoa pode sentir-se tensa e nervosa devido as horas não dormidas. O
problema está relacionado com a descarga de hormônios, provocando o aumento da pressão sangüínea,
vasoconstrição, aumento da produção de adrenalina e perda de orientação espacial momentânea.
15
Despertar de um sono depende do estágio do sono, dos horários noturnos e matinais, idade do
indivíduo entre outros fatores.
Uma outra característica humana é a proteção natural aos eventos sonoros. Esta se dá quando o ser
humano é previamente avisado que tal ruído ou sons elevados vão acontecer. Existe uma defesa
psicológica que prepara o indivíduo para a exposição, o efeito contrário se dá exatamente quando é
inesperado, é o caso do ruído se apresentar quando o indivíduo encontra-se desatento e/ou dormindo,
comumente é considerado como som intrusivo. É extremamente desagradável pois, ele é pego de
surpresa e não há tempo de armar sua defesa natural. Por isso deve-se preservar o direito de descanso
das pessoas quando estas dormem a fim de protegê-las dos efeitos que talvez poderão ser considerados
mais delicados.
Na figura a seguir, podemos acompanhar as ondas sonoras que, ao serem penetradas através do ouvido,
se distribuem através dos lóbulos cerebrais até serem conduzidas ao sistema nervoso central. Neste,
seguem ao longo da medula e se distribuírem para os órgãos humanos. Ao chegarem aos órgãos
manifestam-se os efeitos nocivos sob várias formas, das descargas hormonais à perda da audição entre
outros, principalmente quando a intensidade é elevada.

Figura 2: Efeitos do som no homem.


16

CAPÍTULO 4: INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO


4.1. MEDIDORES DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
São instrumentos utilizados para medir o Nível de Pressão Sonora (NPS) instantâneo. Os medidores de
nível de pressão sonora são chamados de sonômetros ou, popularmente, de decibelímetros. Os
medidores de NPS podem ser do tipo 1, 2 ou 3, dependendo da precisão. Além disso, podem possuir
circuitos de compensação A, B, C e D ou somente A e C, ou somente A. A NR-15 e outras normas
brasileiras pertinentes não estabelecem a precisão do medidor, ao contrário da ACCIH, que recomenda
que os medidores atendam, no mínimo, aos requisitos da norma S1-4-1983 da ANSI (American
National Standards) para equipamentos do tipo 2.
Conforme explicado anteriormente, verificamos que o ouvido humano responde de forma diferente nas
diversas freqüências. Portanto, ao ouvir um som em 3.000 Hz, tem-se a sensação de ouvi-lo a 500 Hz.
Desse modo, com base nos estudos citados e nas curvas de audibilidade, era necessário construir um
instrumento que simulasse a resposta do ouvido. Sendo assim, foram estabelecidas as curvas de
compensação A, B, C e D, que foram padronizadas internacionalmente e introduzidas nos conceitos
elétricos dos medidores de nível de pressão sonora. A figura 1 mostra as curvas de compensação.

Figura 1: Curvas de Compensação

Pelo gráfico observa-se que um som de 100 dB emitido numa freqüência de 50 Hz, quando
compensado pelas curvas, fornecerá as seguintes leituras no medidor de nível de pressão sonora: Curva
“A” — 70 dB; Curva “B” — 88 dB; Curva “C” — 99 dB;
17
Curva “D” — 88 dB.

As normas internacionais e o Ministério do Trabalho e Emprego adotaram a curva de compensação “A” para medições de
níveis de ruído contínuo e intermitente, devido à sua maior aproximação à resposta do ouvido humano.
O circuito A aproxima-se das curvas de igual audibilidade para baixos Níveis de Pressão Sonora; o
circuito B, para médios Níveis de Pressão Sonora, e o circuito C, para Níveis de Pressão Sonora mais
altos. Hoje, entretanto, somente o circuito A é largamente usado, uma vez que os circuitos B e C não
tiveram boa correlação com testes subjetivos. Uma curva especializada, a compensação D foi
padronizada para medições em Aeroportos.

Figura 2: Decibelímetro

Figura 3: Decibelímetro acoplado ao calibrador acústico


18
4.2. AUDIODOSÍMETROS
Os audiodosímetros são instrumentos importantíssimos para a caracterização da exposição ocupacional
ao ruído. Podemos obter através desse equipamento a dose de ruído ou efeito combinado e o nível
equivalente de ruído (Leq ). Atualmente, existem vários modelos e tipos de audiodosímetros no
mercado que funcionam também como decibelimetros, fornecendo, além da dose, o Leq e o NPS,
dentre outros parâmetros necessários na avaliação do ruído. Além disso, todos os dados medidos
podem ser impressos com histogramas das variações dos níveis de ruído, em intervalos de tempo
previamente fixados durante toda a jornada de trabalho. A ACGIH recomenda que os audiodosímetros
atendam as especificações mínimas das normas da ANSI.

Figura 4: Audiodosímeetro.

4.3. ANALISADORES DE FREQÜÊNCIA


São acessórios que podem ser acoplados aos medidores de NPS (quando o tipo e o modelo permitem), para obter o espectro
sonoro, ou seja, o NPS x freqüência. A análise de freqüência é importante na orientação de medidas de controle, uma vez
que a definição de espectro sonoro do local ou da máquina permitem, desse modo, selecionar e dimensionar os materiais
isolantes e absorventes do som. Oom a análise das freqüências, podemos também calcular a atuação dos protetores
auriculares, como veremos posteriormente. Os analisadores largamente utilizados em higiene do trabalho são os de banda de
oitava e terça de oitava.
Análise de Freqüência

A faixa audível de freqüência situa-se entre 16 e 2.000 Hz, sendo inúmeras as possibilidades de
distribuição da energia sonora na referida faixa. Daí a necessidade de avaliar as freqüências em certos
tipos de avaliação de ruído. A análise dessa distribuição de nível de pressão sonora na faixa de
freqüência é muito importante para determinar a periculosidade do ruído e os meios adequados de con-
trole.
Para realizar a análise de freqüência, a faixa audível foi dividida de várias maneiras, conforme os
19
seguintes exemplos:

A) Bandas de oitava
Essa divisão é a mais utilizada na Higiene do Trabalho e normalizada pela 150 A 266. A faixa é
dividida em uma largura igual a uma oitava, sendo a razão da freqüência igual a 2. Os centros das
faixas são os seguintes: 16 Hz, 32 Hz, 63 Hz, 125 Hz 2.000 Hz.

B) Terça de oitava e meia oitava


Essa distribuição é semelhante à anterior, sendo sua distribuição da freqüência central também
normalizada pela ISO A 266. No caso da meia oitava, as freqüências centrais são separadas por uma
faixa igual a meia oitava, e, no caso da terça de oitava, a separação é um terço-oitavo.

C) Faixa de percentagem
A largura das faixas é igual à percentagem constante do valor central. Exemplo: uma faixa 2% indica
que para um valor de freqüência de 100 Hz a faixa central é 2 Hz.

D) Faixa de largura constante


A faixa audível é dividida por faixas constantes. Exemplo: 10 em 10 Hz.

Deve-se salientar que, quanto menor for a faixa de freqüência, maior será a precisão da distribuição do
nível de pressão sonora dentro do espctro. As bandas de oitava e terça de oitava são as mais aplicadas,
especialmente na Higiene do Trabalho.

4.4. CALIBRADOR ACÚSTICO


Esse instrumento é indispensável às avaliações de ruído, pois tal. permite a aferição dos medidores,
garantindo a precisão das medições. O calibrador é um instrumento portátil de precisão e consiste numa
fonte sonora que emite um tom puro na freqüência de 1.000 Hz.
Essa fonte, quando ajustada ao medidor de som ou audiodosímetro, emite um som constante de 114,0
dB ou 94,0 dB, dependendo do modelo e marca do equipamento. Esse instrumento opera com bateria
de 9,0 volts e sua precisão é, em média, de + O, 5 dB ou seja, varia de acordo com o tipo de
equipamento.
20

Figura 5: Decibelímetro acoplado com filtro de freqüência.


21

CAPÍTULO 5: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE RUÍDO


As operações em decibéis não são lineares. Assim sendo, 100 dB + 90 dB não é igual a 190 dB, pois a
escala do nível de pressão Sonora é uma relação logarítmica. Portanto, para adicionar ou subtrair níveis
de pressão sonora é necessário calcular a razão média quadrática das pressões de cada nível e, em
seguida, efetuar a soma ou a Subtração. Com esses dados, calcula-se o nível de pressão sonora total ou
resultante. Esse é o método numérico.

1. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSa: 3.Cálculo da razão média quadrática total:
NPSa = 10 log ( P / P0 )2 ( Ptotal / P0 )2 = (Pa / Po )2 + (Pb /Po )2
2. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSb: 4. Cálculo do nível de pressão sonora:
NPSb = 10 log ( P / P0 )2 NPStotal = 10 log ( Ptotal / P0 )2

Exemplo do método numérico para adição de níveis de pressão sonora:


Dados duas fontes sonoras A e B. Em um ponto eqüidistante das duas fontes sonoras mediu-se o NPS
com somente a fonte A em funcionamento [NPS = 92dB (A)] e depois com somente a fonte B em
funcionamento [NPS = 86dB (A)]. Qual o valor do NPS resultante das duas fontes em funcionamento?

1. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSa: 2. Cálculo da raiz média quadrática para o NPSb:
2
NPSa = 10 log ( Pa / P0 ) NPSb = 10 log ( Pb / P0 )2
92 = 10 log ( Pa / P0 )2 86 = 10 log ( Pb / P0 )2
92 / 10 = log ( Pa / P0 )2 86 / 10 = log ( Pb / P0 )2
log ( P / P0 )2 = 9,2 log ( Pb / P0 )2 = 8,6
( Pa / P0 )2 = 109,2 ( Pb / P0 )2 = 108,6
( Pa / P0 )2 = 15,85 x 108 ( Pb / P0 )2 = 3,98 x 108

3.Cálculo da razão média quadrática total: 4.Cálculo do nível de pressão sonora:


2 2 2
( Ptotal / P0 ) = (Pa / Po ) + (Pb /Po ) NPStotal = 10 log ( Ptotal / P0 )2
( Ptotal / P0 )2 = 15,85x108 + 3,98 x 108 NPStotal = 10 log 19,83 x 108
( Ptotal / P0 )2 = 19,83 x 108 NPStotal = 93dB (A)

Para evitar esse cálculo foram criadas as curvas de adição e subtração de ruído em dB. Para entrar nas
curvas acha-se a diferença entre os NPS. Marca-se esse valor no eixo X e encontra-se o correspondente
sobre o eixo Y relativo à curva. Esse valor deve ser adicionado ao menor ruído ou subtraído do maior
22
ruído.

Figura 1: Curva para adição em dB.

Figura 2: Curva para Subtração em dB.


23

Exemplo do método gráfico para adição de níveis de pressão sonora:


Suponha as fontes A, B, C, D, E, F e G produzindo, isoladamente, no ponto O, os seguintes níveis de
pressão sonora:

D E F G
C O
B

Calcule o NPS no ponto O, para os seguintes casos:


a) só G e F estão funcionando
b) só D e G estão funcionando
c) A, B, C, E e F estão funcionando
d) Todas estão funcionando

a) NPSF – NPSG = 94 – 94 = 0
Na figura 1: correção de 3dB
NPStotal = 94 + 3 = 97dB

b) NPSG – NPSD = 94 – 80 = 14
Na figura 1: correção de 0,2dB
NPStotal = 94 + 0,2 = 94,2dB

c) Deve-se ordenar os ruídos de maneira crescente ou decrescente para facilitar o cálculo. Assim:
F – E = 94 – 87 = 7, portanto correção = 0,8 e NPS = 94,8dB
94,8 – 85 = 9,8, portanto correção = 0,4 e NPS = 94,8 + 0,= 95,2dB
95,2 – 82 = 13,2, portanto correção = 0,2 e NPS = 95,2 + 0,2 = 95,4
95,4 - 81 = 14,4, portanto correção = 0,2 e NPS = 95,4 + 0,2 = 95,6
NPS total = 95,6dB

d) NPS = 98,3dB.
24

Exemplo de subtração de NPS:


Uma lixadeira pneumática está colocada no meio de outras máquinas. O NPS quando todas estão
funcionando é de 100dB . Desligando-se somente a lixadeira, o NPS reduz-se a 96dB. Determine o
NPS produzido no ponto de medição pela lixadeira isoladamente.
NPS = 100 – 96 = 4, correção = 2 e NPS = 100 – 2 = 98dB
25
26
CAPÍTULO 6: MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO
O controle do ruído é uma técnica que objetiva obter um ambiente de ruído aceitável para os usuários
do ambiente, atendendo não só a questão de conforto, mas também aos aspectos operacionais e
econômicos. Os métodos de controle do ruído podem ser classificados em tres categorias:
- controle do ruído na fonte
- controle do ruído na trajetória
- controle do ruído no indivíduo receptor

Controle de ruído é a tecnologia de obtenção de um nível de ruído ambiental aceitável para um ponto
de emissão, consistente com a economia e as condições de operacionalidade. O receptor pode ser uma
pessoa, um grupo de pessoas, uma comunidade inteira, ou até um conjunto de equipamentos cuja
operação poderá ser afetada pelo ruído. Quando a palavra aceitável é empregada, várias questões
poderão ser levantadas assim como: "Aceitáveis sob que condições?" ou "Aceitáveis para quem?"
Existe geralmente, mais de uma resposta para semelhantes questões e para um dado problema, porque a
complexidade das considerações de ordem econômicas e operacionais que estão envolvidas, e por
causa de todos elementos que variam com o tempo. Entretanto, fixados os valores padrões e limites,
pode ser útil a aproximação (da situação) para tornar-se "aceitável" aquela intensidade de ruído.
Controle de ruído não é a mesma coisa que redução de ruído. Num problema específico, a quantidade requerida a ser
reduzida de ruído para tornarmos os resultados aceitáveis, algumas vezes, pode ser obtido simplesmente pela aplicação de
várias técnicas de redução compatível com as possibilidades do momento.

Métodos importantes de controle de ruído na fonte inclui:


1 - redução da amplitude das forças excitantes;
2 - redução da resposta de vários componentes do sistema para essas forças excitadoras (componentes que geram ruído
quando excitados ou que transmitem energia vibratória numa superfície que pode vir a radiar som);
3 - mudanças no procedimento operacional;
4 - manutenção preventiva

Como atingir a mínima redução sem ter comprar caros equipamentos?


1 - redução das forças excitadoras:
- redução de impactos ou forças impulsivas
- balanceando as massas em movimento
- balanceamento das forças magnéticas (motoras e geradoras)
- redução de forças friccionais pelo próprio alinhamento e lubrificação
- uso da compensação dinâmica
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- isolamento da vibração (para reduzir as forças excitantes)
2 - redução da resposta de componentes radiação de ruídos nos sistemas para forças excitadoras.

6.1. Controle na fonte


Pode-se controlar o ruído na fonte , quando se tratar de máquinas, eliminando-se o equipamento
gerador do ruído ou substituindo-o por outro menos ruidoso. Quando não é possível as opções acima
pode-se fazer a segregação no tempo, ou seja, executar as operações ruidosas em períodos de menor ou
nenhuma ocupação do ambiente por pessoas.
Pode-se tomar as seguintes providências, dentre outras:
-Substituir o equipamento por outro mais silencioso.
-Reduzir as forças envolvidas: lubrificar corretamente; reduzir ao máximo os impactos, etc.
-Alterar o processo: operar uma máquina de cada vez, segregar as operações no tempo.
-Balancear e equilibrar partes móveis.
-Lubrificar eficazmente rolamentos, mancaIs etc.
-Reduzir impactos na medida do possível.
-Alterar o processo.
-Programar as operações, de forma que permaneça o menor número de máquinas funcionando
simultaneamente.
-Aplicar material de modo a atenuar as vibrações.
-Regular os motores.
-Reapertar as estruturas.
-Substituir engrenagens metálicas por outras de plástico ou ceIeron.

6.2.Controle na trajetória
O controle do ruído em sua trajetória pode ser feito distanciando-se a fonte dos usuários do ambiente
ou através do isolamento acústico da fonte. O isolamento acústico pode ser feito enclausurando a fonte,
enclausurando o indivíduo exposto. Pode-se tomar as seguintes providências, dentre outras:
- confinamento da máquina
- aplicação de materiais absorventes no ambiente
- alteração do lay-out de instalação
- Evitar a propagação por meio de isolamento.
- Conseguir um máximo de perdas energéticas por absorção.

O isolamento acústico pode ser feito das seguintes formas: Evitando que o som se propague a partir
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da fonte e evitando que o som chegue ao receptor. Isolar a fonte significa a construção de barreira
que separe a fonte geradora do ruido do meio que o rodeia, para evitar que este som se propague. Isolar
o receptor significa construir uma barreira que separe a fonte e o meio do indivíduo exposto ao ruído.
O isolamento acústico das fontes ruidosas consiste na colocação de barreiras isolantes e absorventes de
som. Melhores resultados serão obtidos se as barreiras forem revestidas internamente com material
absorvente de som (cortiça, lá de vidro etc.) e a face externa, com material isolante de som (paredes de
alvenaria).

6.3. Controle no indivíduo receptor


Não sendo possível o controle na fonte e em sua trajetória, deve-se adotar medidas diretamente nos
usuários do ambiente, quais são: uso de EPI (equipamento de proteção individual) ou limitação do
tempo de exposição, de forma a não exceder os limites de tolerância. A NR 15 prevê a máxima
exposição diária permissível sem o uso de equipamentos proteção individual (EPI) para ruídos
contínuos ou intermitentes. Para ruídos de impacto o limite de tolerância é 130dB.

6.4.Mapeamento do ruído
Um dos primeiros passos em um projeto para controle de ruído será a preparação de um mapa do ruído
ou de curvas isoaudíveis, com as quais se tem uma melhor visualização da distribuição do ruído no
ambiente. Um levantamento deste tipo mostrará, de imediato, as zonas de ruído perigosas, que devem
sofrer intervenção com a maior urgência, tendo em vista a proteção dos trabalhadores. Quando as
providências tiverem sido tomadas, novas medições devem ser feitas.
Nesta planta recomenda-se colocar o lay-out e indicar com cores vermelhas, os locais onde o uso do
EPI é obrigatório.
29
30
CAPÍTULO 7: RUÍDO URBANO
Nas cidades consolidadas as medidas devem dirigir-se fundamentalmente a reduzir o tráfego, posto que
medidas drásticas de ordenação urbana resultam utópicas, estas são de natureza estrutural e sócio-
cultural.
A redução do tráfego ou, quando necessário, sua proibição, deverá ser precedida por instalações de serviços públicos (ou
privados, em alguns casos) de transporte capazes de cobrir, com garantia, segurança e comodidade, os deslocamentos pela
totalidade das vias, camada asfáltica ou casco urbano. Além de novas alternativas de transporte coletivos, como o Metrô
(subterrâneo), embarcações fluviais (no caso do Rio e demais cidades afins) e outras alternativas, deverá manter uma
campanha informativa e educativa ou, inclusive, se necessário, mediante o aumento na pressão sobre o veículo particular, o
rodízio, estabelecimento de horários para o deslocamento de transportes de cargas (e suas respectivas descargas) em
horários noturno, priorizar as vias para transportes coletivos, planejamento para deslocamentos de veículos de cargas de
outros municípios, criação de alternativas de estacionamento nas regiões centrais entre outras alternativas poderão compor
um leque de probabilidades de redução da poluição.
A reabilitação dos centros e as novas metodologias para a construção civil hoje já fazem parte
integrante dos novos objetivos junto ao planejamento urbano das novas concepções de cidades
modernas. A reabilitação dos centros urbanos tornou-se necessária, mesmo que resulte em esforço das
administrações públicas em estabelecer alianças com as administrações privadas. Os consultores
acústicos, arquitetos urbanistas e engenheiros civis podem proporcionar isolamento e conforto acústico
suficiente aos interiores das habitações urbanas. Isto evitaria o aumento das moléstias por excesso de
exposição ao ruído. Deve-se considerar parte no planejamento das construções civis apartamentos
acústicos naqueles lugares que requer tal necessidade presente e futura. Outros itens que comporão
medidas para reduzir os efeitos da poluição e atmosférica somar-se-ão a este.
Modernizar uma cidade, hoje em dia, além de estabelecer uma cultura de informática para possibilitar a
construção de novas "rodovias eletrônicas", onde só trafegam BITS, através de redes de computadores
de grande ou pequeno porte, significa melhorá-la fisicamente em função da qualidade de vida que esta
possa consolidar na vida de cada um de seus habitantes.

7.1. Soluções

A busca de uma única solução consensual esgotou-se, contudo existe uma tendência atual e
circunstancial que é a especialização das vias destinadas ao tráfego urbano tais como:

 vias de circulação e tráfego pesado,


 vias de penetração,
 vias de distribuição e
 vias de acesso.
31
Cada uma se distingue através de sua intensidade e de seu espectro sonoro característico. As mais
próximas das zonas de grande exigência acústica, unicamente suportam o tráfego que gera a zona com
o que os níveis sonoros ambientais se verão sensivelmente reduzidos. Deve-se estabelecer rigorosas
limitações na velocidade dos veículos e reduzir ao máximo os cruzamentos e as necessidades de parada
e arrancada para diminuir os focos de incidência sonora.
As vias de acesso devem ser delineadas em função da densidade de população estabelecida para a zona,
o gabarito, os empreendimentos comerciais projetados e a capacidade de estacionamento de veículos.
Deve ter-se sempre em conta essa capacidade de estacionamento de veículos e a capacidade da via,
evitando que a facilidade de uma gere o congestionamento de outra.
As vias de penetração rápida e as de circulação e tráfego pesado devem ser consideradas, sob os efeitos
de ruídos gerados, como as tradicionais zonas industriais, pois os níveis alcançados nelas são, em
muitos casos, superiores aos originais pelas industrias.
Em relação ao transporte coletivo, sempre que seja possível, deve-se privilegiar o transporte
subterrâneo - o Metrô. Acusticamente, este tipo de transporte é, sem dúvida, o mais apropriado, sempre
que se tenham em conta as possíveis transmissões de vibrações à edifícios próximos.
Por outro lado, as zonas de ócio coletivas ao ar livre, são focos acusticamente poluentes, não só pelos
níveis gerados mas pelo funcionamento das atrações (artísticas, manifestações políticas, religiosas e
manifestações espontâneas em geral) já que os gritos e vozes dos usuários são tão importantes ou mais
que o ruído da própria atração.

7.2. O que fazer para ajudar

Existem algumas formas simples que todos nós podemos usar para ajudar a controlar o ruído na cidade.
São elas:

 não acelerar o carro quando parado;


 evitar o uso da buzina;
 falar em tom moderado, principalmente em ambientes fechados;
 controlar o volume do som em automóveis, residências, parques, ruas, etc;
 regular freqüentemente o motor do carro, de máquinas e equipamentos.
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CAPÍTULO 8: BIBLIOGRAFIA

_____. NBR 10152. Níveis de Ruído para Conforto Acústico. Dez/97.

_____. NBR 10151. Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da Comunidade.
Dez/97.

CARVALHO, R. P. Manual técnico de Acústica Arquitetônica. Brasília: Arch-Tec, 2004.

CARVALHO, B. de A. Acústica aplicada à Arquitetura. São Paulo. Freitas Bastos., 1967.

CETESB. Critérios de Ruído para recintos Internos de edificações. Norma L11034. São Paulo,
julho/92.

CETESB. Determinação do nível de ruído em ambientes internos e externos de áreas habitadas.


Norma L11032. São Paulo, julho/92.

COSTA, E. da C. Acústica Técnica. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.

DE MARCO, C. Elementos de Acústica Arquitetônica. São Paulo: Nobel, 1982.

NEPOMUCENO, L. X. Acústica. São Paulo: Edgard Blucher, 1977.

NEPOMUCENO, L.X. Acústica Técnica. São Paulo: EGIL, 1968.

Pini. Revista Techne. São Paulo.

SOBRAC. Revista Acústica e Vibrações. UFSC.

SILVA, P. Acústica Arquitetônica. Belo Horizonte: Imprensa da UFMG, 1971.

SILVA, P. Acústica Arquitetônica e Condicionamento de Ar. Belo Horizonte: Editora Termo


Acústica, 1997.

BISTAFA, S. R. Acústica aplicada ao controle de ruído. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.

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