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LENI ALVES MOREIRA

PROJETO INTEGRADOR
TEOLOGIA DA LIBERTAÇAO
E MISSÂO INTEGRAL

PROF: SELMA ROSA

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Londrina
2019
TEOLOGIA DA LIBERTAÇAO E MISSÃO INTEGRAL

O objetivo deste trabalho não é oferecer um estudo profundo da História do


Protestantismo, este ponto do trabalho se limitará a esboçar desde a influência
recebida pelo Protestantismo Norte Americano do Século, XIX até o movimento
evangélico latino-americano, onde a Missão Integral do Universo protestante.

A teologia latina –americana tem uma característica própria. Sua novidade está
no fato de nascer como uma caminhada espiritual que se faz com e em meio ao povo
de Deus. Sobretudo entre o mais pobre desse povo. Gustavo Gutierrez afirmou que a
espiritualidade é a metodologia da teologia da libertação. Na base da reflexão
teológica configura-se um encontro com jesus cristo, que nos interpela de modo
particular no rosto do outro. Tal experiência tem sido descrita como uma caminha de
seguimento ou discipulado. Seguir os passos de Jesus na América Latina, numa
realidade conflitante, de opressão, miséria, morte, com enormes contrastes entre
riqueza e pobreza, implica opções concretas em favor da justiça, da liberdade e de
uma concepção ativa de luta pela vida e pela paz. Essas opções não são fáceis.
Requerem despojamentos, conversão e exercício da misericórdia enquanto
solidariedade permanente, sem os quais os discursos religiosos acerca da justiça do
reino de Deus se torna vazio, comprometendo o testemunho do evangelho e sua
credibilidade.

Diante da crise da evangelização, da missão e da reflexão teológica, temos de


reconhecer que a fé e a espiritualidade são postas em questão. Nesse sentido, a
espiritualidade libertadora vai se constituindo como um desafio tanto para as
comunidades de fé como para cada um de nós. O que vamos descobrindo e
aprendendo a duras penas é que tal espiritualidade nos compromete em primeira
instância com os pobres, os excluídos, os povos postergados, os sem lugar, sem vez
e sem voz. A partir daí, entretanto, ela se abre para toda experiência humana. Por
isso a espiritualidade libertadora se mostra atenta à música, a literatura, a pintura, ao
teatro, ao cinema, a arte em geral, nas quais transparecem e são tematizadas
experiências humanas da maior relevância. Pensamos, por exemplo, no enfoque que
certa obra tem dado a questões como a AIDS, as pessoas com deficiência, a
homossexualidade, o aborto, a criança de rua, a mulher separada, o trabalhador
desempregado, o estrangeiro, o indígena, o negro e tantos outros. A arte é provocativa
e geralmente questiona os sistemas fechados.

Outra característica dessa espiritualidade é a nova hermenêutica bíblica que se


espalhou por todo o continente através de uma nova chave de leitura da palavra de
Deus. A partir da relação fé e vida, alguns a tem chamado de leitura da Bíblia. Nessa
leitura são precisamente os mais pobres, os de menor valor ou os proscritos que nos
abrem a possibilidade de compreender de forma nova os atos salvadores e
libertadores de Deus, no passado e no presente. A palavra de Deus move a realidade
da vida não volta vazia, mas faz aquilo que Deus prometeu, (Is 55.11). Em suma, a
espiritualidade libertadora como fonte e motivação para a ação missionária assume
forma muito concreta e diferenciadas de vivência da fé no evangelho, sob a ação
transformadora do Espirito de Cristo. Mesmo assim, podemos dizer que ela se
expressa num estilo de vida exigente, radical até, que:
 Assume um modo de vida simples, mas não ingênuo;
 Experimenta a graça de Deus como abertura ao outro sofredor, debilitado,
desprezado e busca uma aproximação respeitosa;
 Entende a luta por justiça e transformação de estrutura como desafio à própria
fé e não como algo opcional;
 Compreende a conversão como processo de mudança de mentalidade e
atitude, a partir da interpelação de Deus no outro, no qual Cristo se nos
apresenta sub contrário;
 Enfrenta a tentação e por isso aprende a não julgar os outros, mas a perceber
a radicalidade do que significa amar o próximo como a si mesmo;
 Aprende a ouvir a palavra de Deus e a ouvir o outro com atenção redobradas.

Ao assumir a espiritualidade libertadora como referencial da prática da fé na


missão de Deus, precisamos nos dar conta de suas implicações: a superação de
velhos preconceitos, a mudanças de mentalidade e, por vezes, a cumplicidade com o
destino do outro diferente de nós. São consequências da fé enquanto liberdade para
servir, como expôs Lutero no seu tratado Da Liberdade cristã. Quando o Novo
Testamento fala de carregar cada um à sua cruz, não deveríamos entender a
exortação em sentido moralista como costuma acontecer. Trata-se antes assumir a
consequência do discipulado, do seguimento de Jesus, de modo que aprendemos o
que quer dizer: ‘’quem quiser salvar a sua vida, perde-lá a; mas quem perder a vida
por minha causa, acha-la á “ (Mateus 16.25).

No entanto, o Pacto de Lousanne afirma haver uma urgência de ação


missionária, pois o número de pessoas que nunca se quer ouvira o nome de Cristo
era mais de dois bilhões e 700 milhões de seres humanos, ou seja 2\3 da humanidade
(o número da época do congresso). Este Pacto não só definiu a natureza da
evangelização como tratou também da relação de serviço com ação Social da igreja
ao declarar que, sendo o ser humano feito à imagem de Deus, ele possui dignidade,
independentemente de cor, raça, religião, cultura, camada social, sexo, ou idade,
portanto, deve ser respeitado e não explorado, é por isso que o evangelismo é ação
social não podem ser considerados mutualmente incompatível. Lousanne tocou
também de maneira forte e contundente na responsabilidade da igreja no que diz
respeito a oferecer-se como agente virulento de transformação histórica. Porém,
quando falamos em evangelismo, não podemos esquecer de mencionar a importância
do discipulado. As pessoas precisam de acompanhamento efetivo, precisam aprender
a dar os primeiros passos neste novo caminho. É isto que a Palavra de Deus ensina,
pois Jesus chama a todos quantos o seguem para negarem a si mesmos, tomar sobre
si sua cruz e procurar identificarem-se com sua nova vida, nova comunidade.
Cobranças ao governo de condições de dignidade humana conforme consta na
declaração Universal dos Direitos Humanos. Libertação daqueles que sofrem
perseguições religiosas. Oposição a toda injustiça, permanecendo fiel ao evangelho.
E afirmação da igreja como comunidade do povo de Deus, e não como instituição. Os
resultados do evangelho e discipulado cristão devem incluir obediência a Cristo e a
sua Palavra, integração à sua igreja e serviço cristão responsável no mundo, até a
sua volta.

CONCLUSÂO:

Ao assumirmos a espiritualidade libertadora como referencial da prática da fé


na missão de Deus. Podemos assim entender a necessidade da igreja se engajar na
agenda de lutas por transformações históricas apresentando basicamente a
necessidade de dedicação ao serviço de Cristo. Tendo em vista a igreja não deve ser
identificada com qualquer Sistema Social ou Político, mas sim como uma entidade
compromissada com o Reino de Deus.

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