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Este guia contém informações resumidas e organizadas de acordo com seqüência das aulas
da disciplina Imunologia Veterinária do curso de medicina veterinária do Centro Universitário Vila
Velha. Tem apenas o objetivo de servir como guia de estudo para os alunos do curso, sem de maneira
alguma ser a única fonte de referência bibliográfica para o estudo de imunologia. Através do uso deste
guia, os alunos podem acompanhar as aulas sem a necessidade de copiar as apresentações,
dispensando anotações extensas e favorecendo a atenção ao que está sendo exposto pelo professor.
Este guia também serve como base para o estudo regular de imunologia veterinária, sem
dispensar o uso da bibliografia da disciplina, apenas mostrando os pontos de maior relevância dos
assuntos abordados, permitindo ao aluno otimizar o tempo de estudo. A atualização deste guia será
permanente e a disponibilização das versões atualizadas será na Internet, através do serviço de blog
da Universidade Vila Velha.
As fontes bibliográficas para a confecção deste guia estão contidas no plano de disciplina e
são os seguintes livros e suas edições recentes:
TIZARD, I. Imunologia Veterinária: Uma Introdução. 5a ed. São Paulo, Roca, 1996.
ABBAS, A. K., LICHTMAN, A. H., POBER, J.S. Imunologia Celular e Molecular. 2ª ed. Rio de
Janeiro, Revinter, 1998.
ROITT,I.M., BROSTOFF, J., MALE,D.K., Imunologia. 5ª ed. São Paulo, Manole, 1999.
Esperamos com este material, contribuir para a formação profissional dos acadêmicos,
tornando o estudo da imunologia algo agradável e desmistificado, permitindo ao aluno adquirir os
conhecimentos necessários para a aplicação deste tema tão importante na prática médico-veterinária.
Marcelo R. D. Santos
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Marcelo R. D. Santos
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É importante salientar que existe uma grande interação entre os fagócitos e linfócitos. Alguns
fagócitos após fagocitarem os microorganismos podem mostrá-los aos linfócitos no processo chamado
de apresentação de antígeno, para que os linfócitos desenvolvam suas respostas. Já os linfócitos
produzem substâncias que ativam os fagócitos, além dos anticorpos que podem ser usados pelos
fagócitos para reconhecimento dos antígenos. Desta maneira, na prática observamos que os tipos de
resposta imune não acontecem isoladamente, mas fazem parte de um complexo de mecanismos
inatos e adaptativos que culminam com a destruição do microorganismo invasor e sua eliminação do
organismo. No início predominam os mecanismos inatos e posteriormente os adaptativos. Os linfócitos
podem memorizar a estrutura do agente agressor e podem elaborar uma resposta melhor e mais
rápida no caso de uma reinfecção.
Marcelo R. D. Santos
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Marcelo R. D. Santos
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As Respostas Imunes
As respostas imunes são desencadeadas na presença de um antígeno, assim que este é
reconhecido. O reconhecimento deste por um linfócito específico promove a ativação deste e a sua
proliferação, chamada expansão clonal. A expansão clonal formará uma população de células de
mesma especificidade e função além de células de memória, que reconhecerão o antígeno em um
segundo contato. Estas células serão suficientes em número para montar uma resposta imune
eficiente, seja ela humoral ou citotóxica. A especificidade das células B e T se dá por um fenômeno
chamado seleção clonal que ocorre durante sua maturação no timo, medula óssea e Bursa de
Fabricius. Como dito anteriormente, os anticorpos sozinhos não são efetivos na destruição dos
microorganismos, mas compõem mecanismos que junto com outros componentes do SI eliminam o
antígeno. Um dos mecanismos mais simples é a neutralização em que os anticorpos se ligam a
regiões do patógeno impedindo determinadas funções, por exemplo, a adsorção dos vírus á células
para sua infecção. Os anticorpos também facilitam a fagocitose através da ligação destes a receptores
nos fagócitos, servindo como ponte entre o microorganismo e a células fagocítica. Uma vez fagocitada
a partícula vai sofrer uma digestão no fagossomo. Dentro dos fagócitos também existem substâncias
antimicrobianas. Os anticorpos também atuam ativando o sistema complemento, que possui
componentes opsonizantes e quimiotáticos.
Os linfócitos T possuem função citotóxica. Ao reconhecerem células infectadas, ou seja,
células que expressem fragmentos do patógeno em sua superfície, os LT liberam citocinas que
causam a destruição da célula infectada ou então entram em contato com a célula liberando
substâncias no seu interior que provocarão a morte da célula por apoptose, ou seja morte celular
programada.
As RIs estão diretamente relacionadas as reações inflamatórias, compartilhando elementos
em comum como células e moléculas. Basicamente o efeito do acúmulo de células de defesa no local
de infecção e suas ações e substâncias produzidas promovem a reação inflamatória. Nesta reação a
produção de substâncias quimiotáticas promove o afluxo de mais células provenientes da corrente
sanguínea como os neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Estas células saem dos vasos atravessando a
parede endotelial (diapedese) e migram no tecido em direção ao local de lesão.
Existem diferenças nas respostas contra parasitas intra e extracelulares. A resposta contra
parasitas extracelulares visa a sua neutralização e destruição de seus produtos através de anticorpos
e seus efeitos como fagocitose. Neste tipo de resposta entram em ação as células B e os seus
produtos. Quando o organismo é intracelular, o objetivo do sistema imune é bloquear a entrada deste
microorganismo e destruir as células infectadas através das células T citotóxicas ou induzindo as
células a destruírem os microorganismos em seu interior, como no caso da indução dos macrófagos
pelos LT. Se o parasita tiver estágios intra e extracelulares, os mecanismos agirão em tempos
diferentes, impedindo a infecção e destruindo as células infectadas. Estas considerações são
importantes no desenvolvimento de vacinas eficientes.
O princípio das vacinas está ligado aos mecanismos básicos das respostas imunes
adaptativas, especificidade e memória imunológica. O objetivo no desenvolvimento de vacinas é
alterar os patógenos tornando-os menos patogênicos mas continuando imunogênicos para que
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possam ser usados como indutores da imunidade. A memória imunológica permitirá que à medida que
o animal entre em contato como o patógeno por vezes seguidas a resposta seja maior, mais rápida e
mais eficiente.
Imunopatologia
O sistema imune não é impecável e suas falhas em geral expõe o organismo a sensibilidade
exagerada a patógenos ou às reações exageradas do SI, que são também nocivas. Existem portanto,
três situações em que o sistema imune se torna um problema: Reação inadequada a antígeno
autólogos, ou seja, antígenos próprios (reumatismo, anemias auto-imunes, etc.). Resposta Imune
ineficaz nas imunodeficiências (AIDS) e resposta imune exagerada nas hipersensibilidades (alergia).
Existem situações em que o organismo responde normalmente, mas em ocasiões inconvenientes para
a medicina moderna, como é o caso da rejeição a transplantes e transfusões de sangue. Estes
problemas são um pequeno preço a se pagar em vista dos benefícios essenciais que o sistema imune
traz ao organismo.
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CÉLULAS LINFÓIDES
Possuem receptores para antígenos específicos.
Um em cada 100.000 linfócitos reage
a um determinante antigênico.
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Linfócitos T
Durante seu amadurecimento no timo os linfócitos T expressam diversos antígenos de
diferenciação e tornam-se imunologicamente competentes e se dividem em subpopulações fenotípica
e funcionalmente diferentes :
linfócitos T auxiliares ( Th );
linfócitos T citotóxicos (Tc );
linfócitos T supressores ( Ts );
linfócitos T de hipersensibilidade tardia ( Tht );
Possuem diversos receptores de membrana específicos que permitem distingui-los dos
linfócitos B, e as subpopulações.
Exemplo : Linfócitos T do camundongo: Marcadores (aloantígenos) Thy, TL,Lyt, L3T4 e Qa.
Receptores de membrana : receptores de hemácias de carneiro, Fc e para histamina.
Subpopulações de Linfócitos
Linfócitos T auxiliares (LTh): facilitam a proliferação e diferenciação dos linfócitos B em
plasmócitos e induzem os precursores dos linfócitos T a se diferenciarem em suas respectivas células
efetoras.
Linfócitos T supressores (LTs) : têm atividade oposta à dos LTh, suprimindo a resposta imune.
A intensidade da resposta depende de um equilíbrio entre a atividade dos LTh e LTs.
São encontrados em todo o sistema imune, inclusive no timo. São de vida relativamente curta.
Sistema Mielóide
Neutrófilos
Principal tipo celular, é formado na medula óssea e passam pela corrente sanguínea ao
migrarem para os tecidos.
Funções : primeira linha de defesa. Destroem material estranho por fagocitose (quimiotaxia,
aderência, ingestão e digestão no fagolisossomo).
Não são APC.
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Eosinófilos
Menos eficientes para a fagocitose que os neutrófilos.
Especialmente adaptados para atacar e destruir larvas de helmintos e suas enzimas
neutralizam os fatores inflamatórios liberados por mastócitos e basófilos, regulando a inflamação
provocada por estas células.
Basófilos
Menos numerosas. Função semelhante à dos mastócitos, provocando inflamação aguda nos
sítios de deposição de antígenos.
Células Dendríticas
Caracterizam-se por numerosos prolongamentos citoplasmáticos. Retêm o antígeno em sua
membrana por longo período de tempo, tornando-o cerca de 10.000 vezes mais antigênico que o
antígeno livre (depende de Ac).
Exemplos:
células dendríticas do baço
células dendríticas dos linfonodos;
células interdigitais da medula do timo e das regiões timo-dependentes do baço e linfonodos;
células veladas da linfa aferente ;
células de Langerhans da pele;
Células dendríticas do baço e linfonodos: derivadas da medula óssea, independentes do timo, e
não possuem receptores para Fc.
Células interdigitais semelhantes aos macrófagos e aumentam em número após o estímulo
antigênico.
Células de Langerhans são células da pele com morfologia de células dendríticas. Possuem
receptores para Fc e C3b ( complemento ) e parecem representar um equivalente epidérmico dos
macrófagos.
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Células Nulas
Não possuem características típicas dos linfócitos T ou B, mas a morfologia é compatível
com a de uma célula linfóide.
Célula citotóxica natural ou “Natural Killer” (NK): é capaz de lisar in vitro células tumorais, origina-
se da medula óssea e sua atividade é consideravelmente aumentada pelo interferon. Evidências
sugerem que estas células são responsáveis pelo mecanismo da vigilância imune, hipótese pela qual
as células linfóides eliminam continuamente células anormais.
Célula citotóxica dependente de anticorpos (CCAD): a característica comum destas células é a
presença de receptores para Fc da IgG, assim, o anticorpo funciona como uma ponte entre a célula
citotóxica e a célula alvo ( pré-requisito para a Lise celular ).
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Resposta Imune Primária: 5 a 10 dias antes da produção de anticorpos e eliminação pelo sistema
imune.
Resposta Imune Secundária: 2 a 3 dias e o período de catabolismo progressivo é relativamente
curto.
Na presença de anticorpos circulantes a eliminação do antígeno pelo sistema imune tem início
imediato, sem fase de catabolismo.
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INTRODUÇÃO
As células envolvidas na resposta imune se organizam em tecidos e órgãos a fim de realizarem
suas funções eficazmente.
Os órgãos linfóides fornecem um ambiente para a interação eficiente entre linfócitos, macrófagos
(APC), e antígenos, além de um sistema de controle da resposta imune. (vide Fig. 5.1 Tizart)
Timo
Grécia antiga: sede da alma. Função desconhecida até a década de 60.
Localização e estrutura:
Localiza-se na cavidade torácica podendo se estender até a região cervical em cavalos, vacas,
porcos, carneiros e galinhas.
Varia muito em tamanho, crescendo até a puberdade e atrofiando até a idade adulta quando
permanecem apenas resquícios. Também atrofia em resposta a stress.
Tem estrutura lobular, sendo cada lóbulo constituído por tecido conjuntivo trabecular e por células
linfóides (timócitos). É revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo.
As células se distribuem formando uma região cortical e medular.
Córtex: Predomínio de linfócitos T formando o tecido linfóide denso.
Medula: Predomínio de células epiteliais (tecido linfóide frouxo).
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Bolsa de Fabrícius
Presente nas aves e localizada próximo à cloaca. Constituída por numerosas dobras de epitélio da
região com grupamentos nodulares de tecido linfóide denso semelhante ao do timo (córtex e medula).
(Fig. Bier 1.3)
A bolsa também atrofia com o tempo.
A bursectomia neonatal promove a diminuição dos centros germinativos, dos plasmócitos e da
resposta imune humoral, sem alterar o timo e a resposta celular.
Nos mamíferos a diferenciação dos linfócitos B se dá na medula óssea.
A bolsa e a medula óssea também serve como órgão linfóide secundário pois nela há captura de
antígenos e produção de Anticorpos.
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Linfonodos
Localização e estrutura
Juntamente com os vasos linfáticos formam a rede linfática. Os linfonodos se situam nas junções
dos linfáticos, funcionando como filtros da linfa no seu trajeto para a circulação. Os linfonodos ficam
estrategicamente distribuídos de maneira a drenar diferentes regiões superficiais e profundas do
organismo.
São ovóides ou reniformes, encapsulados e pelo hilo entram e saem os vasos sanguíneos e saem
linfáticos eferentes.
Os linfáticos aferentes, entram por diversos pontos do bordo oposto ao hilo, exceto no porco. (Fig.
3.12 Roitt)
O parênquima é formado pelo córtex que contém células B. Paracórtex (linfócitos T) e medula
central contendo cordões celulares formado por células T e B, plasmócitos e macrófagos. Estes
cordões são separados pelo sinusóides linfáticos que drenam para o sinusóide terminal originando
o vaso linfático eferente.
No córtex as células B formam folículos primários que após o contato com antígenos formam os
folículos secundários com o centro germinativo.
Circulação linfocitária
As células T estão em constante movimento dos órgãos linfóides para a circulação e vice-versa.
Eles saem dos linfonodos e caem na circulação, retornando aos linfonodos pelas vênulas pós
capilares na região paracortical. Alguns Linfócitos T não retornam, indo para os órgãos linfóides
difusos e para outros órgãos. A circulação dos linfócitos T é importante pois estes têm o papel de
inspecionar as células anormais do corpo.
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Infecção por via sangüínea: Nos linfonodos: proliferação dos Linfócitos T da região paracortical e
aparecimento de plasmoblastos nos folículos linfóides e nos cordões medulares. Geralmente a reação
é celular e humoral atingindo as regiões timo dependentes e timo independentes dos órgãos linfóides.
Reação Primária: Captura por macrófagos, persistindo depois nas células dendríticas.
4 a 5 dias: Imunoblastos (difícil diferenciação). Irão originar na sua maioria plasmoblastos e
plasmócitos.
6 dias: pequena hipertrofia dos folículos primários.
As alterações podem variar com a imunogenicidade do Antígeno, produção de linfócitos de
memória no centro germinativo.
Reação Secundária: Aumenta o número de imunoblastos nos cordões medulares e folículos
germinativos com aumento do tamanho. Os plasmócitos aparecem mais rápido e em maior número
que na resposta primária.
Antígenos em grande quantidade nas células dendríticas dos centros germinativos. Estas não
fagocitam, mas retém os antígenos permitindo um grande contato destes com os linfócitos. Os
plasmócitos migram para a medula e ganham a circulação.
Baço
Localização e estrutura
Localizado na cavidade abdominal, se interpõe á corrente sanguínea de onde retém antígenos
particulados e células sanguíneas velhas.
Possui uma cápsula conjuntiva que penetra no parênquima formando trabéculas. Estes, junto com
a rede reticular sustentam as células encontradas no órgão.
Há dois tecidos principais:
Polpa Branca: Tecido linfóide disposto ao redor de uma arteríola central (Bainha linfocítica
Periarteriolar). Esta tem áreas predominantes de células T ao redor da arteríola e B em folículos
primários e secundários. Nos centros germinativos há células dendríticas, macrófagos e linfócitos T de
memória. Os linfócitos B entram e saem da bainha periarteriolar através de capilares. Cada folículo é
rodeado por uma camada de linfócitos T chamada Zona do Manto. A polpa branca é separada da
vermelha por um seio marginal, uma bainha reticular e a zona marginal de células.
Polpa Vermelha: Onde ocorre a filtração do sangue para retenção dos antígenos, eritrócitos,
plaquetas e granulócitos velhos. As funções são dependentes da organização vascular. Este tecido
consiste de sinusóides e cordões celulares contendo macrófagos residentes que realizam a “limpeza
do sangue”. (Fig.3.8 Roitt)
Função do Baço
Resposta a antígenos: Antígenos intravenosos são retidos no baço, capturados por macrófagos da
zona marginal e residentes. Estes são levados aos folículos primários da polpa branca onde vai
haver produção de plasmócitos. Estes vão para a zona marginal e polpa vermelha onde
produzirão anticorpos.
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Na resposta secundária a captura de antígenos é feita pelas células dendríticas nos folículos
secundários e há produção de Anticorpos. Quando há um estímulo antigênico ocorre uma
retenção de linfócitos no baço e linfonodos mediada por isoleucinas, para concentrar células
sensibilizadas próximo ao antígeno, aumentando a eficiência da resposta imune.
O baço também faz a remoção de células sangüíneas velhas (ou senescentes), que são
capturadas pelos macrófagos na polpa vermelha e destruídas.
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Existem diferentes classes (isótipos) de Ig, com funções determinadas pelo local de ação
ou pelo tipo de antígeno.
Globulinas
Alb
Gráfico da Densitometria
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N
Sítio
Regiões Determinadoras de Conjugador
Complementaridade Antigênico
Fab
Vp
Regiões Estruturais
VL
Cadeia Leve Cp 1
25 KDa
CP2 CL
Fc Ligação dissulfídrica
Região de
CP3 Dobradiça
C
Cadeia Pesada
50 a 60 Kda
()
VL
Vp
P
VP + VL : Domínio pareado conjugador de antígeno
CP1
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As duas regiões de ligação com o antígeno permitem que a molécula se ligue a dois antígenos
separados aglutinando-os se forem particulados ou precipitando-os se forem solúveis, portanto a
molécula de anticorpo é bivalente.
IgG:
PM 180.000 Da
Mobilidade Eletroforética
Síntese da CP Baço e Linfonodos
IgM:
PM 900.000 Da
Mobilidade Eletroforética
Síntese da CP Baço e Linfonodos
Pentâmero de monômeros de 180 KDa
Cadeia J fecha o círculo
CP4 (ativação de complemento)
Sem Região de Dobradiça
2a maior concentração no soro
Principal na Resposta Primária
RCB, limitada ao soro.
Fixa complemento (1 molécula)
Promove aglutinação de antígenos Cadeia J
Neutralização viral e opsonização
IgA:
PM 360.000 Da
Mobilidade Eletroforética
Síntese da CP Intestino e Sist. Respiratório
Dímero de combinado pela cadeia J
Presente na pele e mucosas
Atravessa células epiteliais com o componente
secretor (IgA secretora)
Proteção da pele, mucosas, olhos
Não fixa complemento J
Promove aglutinação de antígenos
Neutralização viral e não opsoniza
Impede a aderência de Ag às superfícies corpóreas
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IgE:
PM 200.000 Da
Mobilidade Eletroforética
Síntese da CP Intestino e Sist. Respiratório
Possui CP4
Presente na pele e mucosas
Menor concentração no soro
Reações alérgicas e anti-helmintos
Age como transdutora de sinais nos mastócitos e
basófilos (Rfc1), provocando a degranulação.
Meia vida de dois a três dias
Variantes Imunoglobulínicas:
Além de classes dadas pelas cadeias pesadas, as Ig podem se dividir em subclasses.
Ex.: IgG1 e IgG2 nos bovinos. As subclasses podem possuir atividades biológicas diferentes. Podem
haver várias subclasses de uma mesma Ig dentro de uma espécie.
Alótipos são Igs com diferenças entre indivíduos da mesma espécie, o que as torna antigênicas. As
diferenças são genéticas.
Idiótipos: Variação dos domínios variáveis das cadeias L e P são idiótopos. O conjunto de idiótopos é
o idiótipo, que pode ser nas áreas conjugadoras de antígenos ou não.
5’ V C C C C C 3’
Excisão
Cadeia pesada
C C C C
5’ V C 3’
Cadeia pesada
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Mudança de Classe:
A sequência de utilização dos genes p/ regiões constantes é sempre a mesma. Sendo assim, a célula
utiliza os genes C para sintetizar os RCB IgM. Os outros genes entre 3’e C são ignorados. Sob a
ativação de LTh e de citocinas o Linfócito B pode trocar de classe, excisando os genes que estiverem
entre 3’ e a sequência correspondente, emendando com o gene V. Para diferenciar o Ac que será
secretado do RCB, uma sequência específica na extremidade 3’ CS (secretora) ou CM (membrana),
formará um domínio de terminação próprio, pela excisão do gene que não servirá.
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Existem 2 tipos de genes codificadores de imunoglobulinas, sendo um para cadeia leve e uma
para cadeia pesada. Dentro destes genes encontramos regiões que codificarão para as regiões
variável e constante de cada cadeia. O número de loci para as regiões variáveis é grande e para as
regiões constantes é menor, dependendo da espécie. É a combinação dos vários genes para cadeias
variáveis com os genes para as regiões constantes, que determina a variedade de especificidades que
observamos nos RCB. Além deste rearranjo gênico, mutações somáticas e inserções de bases
nitrogenadas em sítios de clivagem da molécula de DNA, contribuem para o aumento da variedade de
especificidades.
Existem três famílias de genes localizadas em três cromossomos diferentes. Uma família
codifica as cadeias leves (kappa), outra as cadeias leves (lambda) e outra as cadeias pesadas.
Cada uma das três famílias possui um grande número de genes para cadeias variáveis e um ou mais
segmentos para cadeias constantes. Possuem ainda segmentos pequenos J conhecidos como
segmentos de junção. A recombinação entre estes segmentos é que gera a diversidade dos
anticorpos. Portanto encontramos no genoma os genes V (Variável kappa), C (constante kappa) e
J (junção kappa). Os mesmos relativos as cadeias (V, J, C).
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A família gênica para as cadeias pesadas é formada por genes Vp, Cp, Jp, e ainda
sequências de diversidade Dp. A ordem em que se encontram no cromossomo é V P – DP – JP – CP. As
cadeias Cp ainda se dividem em sequência codificadoras das cadeias constantes dos diferentes
isótipos de Imunoglobulinas - C - C - C - C - C -, sempre nesta ordem ao longo do cromossomo.
Para se gerar uma grande variedade de sítios conjugadores antigênicos das cadeias leves,
faz-se necessária a união de uma das múltiplas regiões V com um segmento J aleatoriamente
selecionado. Desta maneira, se um animal de determinada espécie possui 100 regiões V e 10 regiões
J diferentes teremos 1000 possibilidades. Esta união acontece quando a célula B se desenvolve e na
expressão dos genes os íntrons são excluídos e os exons, que codificam as proteínas são transcritos.
O primeiro passo é a formação de uma alça de DNA, como se ele se torcesse sobre ele mesmo,
aproximando as duas regiões V e J. Os segmentos V e J possuem sequências que orientam as
enzimas recombinases que cortam a alça de DNA e as duas extremidades são unidas por uma
enzima de reparo do DNA . Se estas enzimas forem defeituosas, o animal pode sofrer de Síndrome de
Imunodeficiência pois não produzirá anticorpos.
Da mesma maneira que se forma a cadeia leve, a cadeia pesada é formada pelo rearranjo dos
genes VJC mais os genes D. a ordem como se encontram no cromossomo é – VP – DP – JP - C - C -
C - C - C -. A presença de não mais 2 mas 3 grupos de genes de região variável (V, D, J) aumenta
muito as possibilidades de variabilidade. Por exemplo, se uma espécie possui 100 genes V, 10 genes
D e 10 genes J, as possibilidades serão de 10.000 sequências variáveis possíveis. Na transcrição
ocorre o splicing dos introns e forma-se então o mRNA da cadeia pesada VDJC completa. Apesar de
tantas possibilidades, muitos resultados de rearranjos não são funcionais e acabam sendo eliminados,
reduzindo 2/3 das possibilidades.
Nas cadeias pesadas pode-se inserir ou retirar bases nas emendas entre V-D-J. Este
fenômeno é mediado pela enzima Desoxiribonucleotidiltransferase terminal (dTT) e é chamado Adição
da Região N. Pode-se inserir entre 1 a 10 bases. Todos estes rearranjos e troca de bases formam
apenas 1 (RDC3) das 3 Regiões Determinadoras de Complementariedade. A RDC 1 e RDC2 são
formadas por mutações somáticas.
As mutações nos genes das imunoglobulinas são pontuais e se restringem a RDC 1 e RDC2.
As mutações que ocorrem em outras regiões geram Igs não funcionais que levam a célula à apoptose.
Portanto apenas as células com alta afinidade pelo antígeno são selecionadas e estimuladas à
multiplicação. As mutações somáticas determinam o aumento da afinidade das células B à medida
que trocam de classe de imunoglobulina, no desenrolar da resposta imune.
Potencial de variabilidade
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até 107 (10.000.000) epítopos diferentes, portanto o potencial de geração de especificidade é muito
superior à demanda.
Diversidade do TCR
O TCR reconhece peptídeos com especificidade semelhante ao RCB. Porém o TCR não se
expressa no Linfócito B e o RCB não se expressa no Linfócito T. O TCR é formado por 4 cadeias
polipeptídicas e portanto por 4 cadeias de genes: , , , .
As cadeias e são muito ligadas e possuem segmentos V, J e C. As cadeias e possuem
V, D, J, C. Na família / existe 1 gene C e 1 gene C. Os genes C variam em número entre as
espécies. Os genes C também variam. Os genes formam, portanto, células com cadeias C/ em
sua maioria e C/.
DNA linha
5
’
germinativa
VP DP JP C C C C C
Rearranjo 1 do DNA
Célula pré-B
5
’
DNA da célula B
VP DP JP C C C C C
5 Rearranjo 2 do DNA
’ Célula B
V
VPP DP JP C C C C C
Transcrição
Transcrito de RNA
VP DP JP C
Emenda do mRNA
V
VPPDP C
JP
Tradução
Cadeia
NH2 COOH
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cadeias da ordem de 1014 e para cadeias 7 x 106 , formando 7 x 1020 especificidades diferentes de
TCR.
As células T / possuem pouca função nos humanos e, portanto, possuem poucos loci de
sequência diferentes (apesar do enorme potencial), restringindo o repertório de TCR/. As células /
por sua vez reconhecem muito mais antígenos que as células /, tendo maior função de defesa. Nos
ruminantes ocorre o oposto, as células / são as mais frequentes e possuem maior função.
Para saber mais: Tizard, I.R, Imunologia Veterinária: Uma Introdução. 5a Ed. Roca, 1998. Cap. 14 (172
a 184).
VL JL CL
5’ Genes Cadeia
Pesada de
Imunoglobulina
VP DP JP C C C C C
5’ 3’ Genes de TCR
V D J C D J C
5’ 3’
Genes de TCR
V V D J C J C
5’ 3’
Genes de TCR
V J C J C
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6- Antígenos
Sumário do capítulo:
Introdução
Ativadores Específicos (Imunógenos)
Tolerância Imunológica
Imunogenicidade X Antigenicidade:
Haptenos + Moléculas Carreadoras = Moléculas Conjugadas
Determinante antigênico ou Epítopo
Grupos Aptênicos
Fatores do antígeno que Influem na Imunogenicidade
Relação Filogenética
Aloantígenos
Peso Molecular
Complexidade Molecular
Natureza Química
Proteínas, Polissacarídeos, lipídeos, Ácidos Nucléicos
Acessibilidade dos Grupos Determinantes
Configuração Espacial da Molécula
Formas de Administração do Ag
Constituição Genética do Animal Respondedor
Ativadores Inespecíficos
Lectinas
Lipopolissacarídeos Bacterianos
Outras Substâncias Ativadoras
INTRODUÇÃO
O evento central das reações imunes é a ativação dos linfócitos B ou T em células imunologicamente
ativas.
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ANTÍGENOS: Substâncias estranhas, com estruturas novas ou diferentes, reconhecidas como não
próprias pelo organismo, que induzem respostas imunes e reagem com o anticorpo ou linfócito
sensibilizado.
Propriedades:
Haptenos: moléculas capazes de reagir com Ac. ou linfócitos sensibilizados, mas incapazes de por si
só induzirem resposta imune.
Moléculas Carreadoras: Moléculas grandes nas quais se ligam os haptenos para indução de
resposta imune.
IMUNOGENICIDADE
A imunogenicidade varia com a espécie e substâncias pouco imunogênicas podem se tornar haptenos
quando conjugados a proteínas carreadoras.
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Grupo Imunodominante: Resíduo que reage com maior força de ligação com o sítio de combinação do
Ac.
Antígeno heterólogo: Capaz de formar Reações Cruzadas com Acs não específicos. Deve-se
à similaridade entre antígenos ou a antígenos que tenham o mesmo determinante antigênico.
Efeito dos Grupos Iônicos: exercem domínio sobre grupos aromáticos, tendo papel
preponderante na especificidade.
Efeito dos Grupos não Iônicos: não determinam especificidade, mas diferem na reatividade.
Efeito da Posição Espacial de Grupos Químicos: Posições orto, meta, para de anéis
benzênicos dão especificidade para o epítopo.
Ac anti ácidos de cadeia curta são mais específicos e de cadeia longa tem maior reatividade
cruzada.
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Lipopolissacarídeos Bacterianos:
Ativador policlonal específico para linfócitos B.
Supõe-se que atuem modificando a parede de alguns linfócitos, tornando-os como não próprios do
organismo.
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APC ativam Ltc na presença da molécula da Classe I do CHP e estes dependem da molécula p/
reconhecerem as células infectadas.
Os genes da Classe I são muito polimórficos, gerando uma grande variedade de moléculas rejeição
de implantes.
Classe I: 45 kD
Domínios externos: 1, 2, 3.
ligado não covalentemente à 2 microglobulina.
Classe II: Duas cadeias 35 kD () e 28kD () associadas não covalentemente, com 2 domínios
externos cada 1,2 e 1 e 2.
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I II III I
Classe I
CIT
L 1 2 3 TM
5` 3`
Os loci da Classe I são altamente polimórficos e podem variar em número entre espécies.
Cão: 5 loci
Suíno: 2 loci
Classe II ():
L 1 2
TM
5´ 3´
Classe II ():
CIT
L 1 2 TM
5´ 3´
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As células:
Seleção clonal:
O evento iniciador da resposta imunitária é a ligação do antígeno aos receptores das células B e T.
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Estes anticorpos são quimicamente ligados a um corante fluorescente e ao se ligarem aos linfócitos
permitem que estes sejam identificados pela fluorescência em microscópio.
Esta técnica permite diferenciar até subgrupos de linfócitos T ou B.
Ex.: Células T possuem um grande número de antígenos de superfície como Ia, Thy-1, Lyt-1,2 e 3,
encontrados como padrões específicos de células T. As células B podem ser subdivididas com base
nas classes de imunoglobulinas encontradas na superfície (IgG, IgM, IgA, etc.)
Plaqueamento: Anticorpos específicos para receptores de células T ou para Igs de células B são
adsorvidos a uma placa. As células são colocadas na placa e as que possuírem o antígeno ficarão
aderidas. Esta técnica é utilizada quando se deseja retirar células indesejáveis da mistura, pois as
células ao se ligarem podem ser ativadas, alterando suas propriedades. Ao invés de placa pode-se
usar pérolas magnetizadas recobertas com anticorpos para separar as células ligadas através de um
ímã.
Citometria de Fluxo: As células passam em fila por um feixe de Laser e a forma de luz emitida fornece
as informações sobre tamanho, granularidade, e fluorescência das células. Fotocélulas captam essa
luz emitida e transformam em dados que serão analisados pelo computador. Assim, pode-se contar e
separar tipos diferentes de células com base em suas características próprias ou induzidas, como a
ligação de anticorpos fluorescentes específicos (FACS – Separação de células ativadas por
fluorescência).
Comparação da resposta a lectinas e outros mitógenos : Lectinas são proteínas que se ligam a
açucares específicos presentes na superfície celular e que são diferentes entre as células T e B.
Ex.: Fitohemaglutinina e ConA induzem a divisão das Células T.
Mitógeno Pokeweed: estimula ambas
Outros mitógenos: endotoxinas bacterianas; células B; BCG: células T.
Estas técnicas permitem a separação de misturas de células e estimar a proporção entre elas.
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Linfócito T h Linfócito Tc
4
2
Interleucina 1 Subst. auxiliadoras Plasmócito
Anticorpos
Macrófago 5 Anticorpos
APC
1
Linfócito B
Linfócito B de memória
Fig. 8.2- Esquema demonstrativo das interações celulares na resposta imune. 1- Processamento
antigênico. 2- Apresentação ao LTh. 3- Apresentação ao LB. 4- Interação LT – LTc. 5- Diferenciação
em plasmócito e produção de anticorpos. 6- diferenciação em LB de memória.
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Tipos de APC:
Requisito para uma célula ser APC para CD4+:
1) Expressar as moléculas do CHP II;
2) Capacidade de processar Ag e expressá-los ligados as moléculas do CHP II.
Melhores APC para CD4+: Macrófagos, Linfócitos B, Células dendríticas, Células de Langerhans,
Células endoteliais (homem).
Macrófagos: A apresentação ao LTh CD4+ o induz a produzir o INF-, que ativa os macrófagos a
serem matadores mais efetivos, aumentando a capacidade do sistema imune específico.
Linfócitos B: Fazem endocitose, são APC importantes nas RI humorais dependentes de LTh.
Células dendríticas e de Langerhans: APC nos linfonodos e pele respectivamente, onde são
importantes na RI local.
Os diferentes tipos de APC estão envolvidos em diferentes etapas da resposta imune, bem como
podem determinar a magnitude das RI, e a expressão de subconjuntos de CD4+.
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2) Após isso, sofrem proteólise no endossomo, que se tornará um lisossomo. A expressão demora
aproximadamente 3 horas após a endocitose. Os endossomos tem pH ácido as proteases
celulares vão agir gerando peptídeos de 10 a 30 aas. Estes vão se ligar a moléculas da classe II
do CHP nas vesículas exocíticas. Diferentes APC expressam diferentes peptídeos, ativando
subgrupos diferentes de LTh.
3) A expressão dos complexos peptídeo-CHP na superfície da célula.
4) Reconhecimento pelos LTh.
A expressão demora aproximadamente 3 horas após a endocitose.
Resposta dos LT
1) Como os LT só reconhecem Ag protéicos ligados a células, torna-se essencial que as suas
funções sejam exercidas nas interações célula-célula, ou por citocinas de curta distância. Ex.: Os
LTh auxiliam os LB e ativam os macrófagos. Estas são as melhores APC para LTh e assim
focalizam os efeitos dos LTh em sua vizinhança imediata. Os LTc por sua vez, lisam qualquer
célula nucleada que expresse Ag estranhos em sua superfície, ligados as moléculas do CHP I.
2) Os padrões de associação do CHP aos diferentes tipos de Ag (intra ou extracelulares),
determinam que tipo de resposta vai predominar (citotóxica ou auxiliar) selecionando a melhor
resposta para aquele tipo de Ag.
Resumo
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Receptor do TCR
O TCR reconhece especificamente o Ag ligado as moléculas do CHP através do receptor .
São duas proteínas diferentes (heterodímero) ligadas covalentemente por pontes dissulfeto. Podem
ser também em alguns subgrupos de LT. Ambas são semelhantes as imunoglobulinas com região
variável (V) e constante (C). As moléculas que possuem a capacidade de se ligarem a estruturas
diferentes (região V), sem no entanto alterarem sua forma, (região C) constituem a superfamília das
Imunoglobulinas. Os Ac e os TCR tem em comum a capacidade de se ligarem a antígenos com
especificidade. Outras proteínas do complexo TCR funcional são as que formam o CD3, que é a parte
do TCR transdutora de sinal para o interior da célula, levando a sua ativação funcional.
Moléculas Acessórias
Ativação dos LT
O reconhecimento do Ag gera respostas biológicas nos LT.
1) Proliferação dos LT, mediada por uma via de crescimento autócrino em que o LT produz citocinas
de crescimento dele mesmo e os receptores para elas. Esta é a expansão clonal, que vai gerar as
células de memória.
Ex.: IL-2 Fator de crescimento
2) Funções efetoras: Atividades biológicas que vão capacitar os LT a montarem uma resposta imune
celular específica e eficaz contra o Ag.
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LTh CD4+ : Irão produzir linfocinas que irão atuar sobre os próprios LT, LB, macrófagos, NK,
células endoteliais e outras, regulando a resposta imune humoral e a inflamação.
Os LT podem realizar diretamente funções efetoras de lise ou secretam citocinas que recrutam
e ativam células de defesa inespecíficas como os macrófagos e as células NK.
A resposta imune celular é mais efetiva contra os Ag ligados a células e contra microorganismos
intracelulares. Os LT focalizam a ação das células inespecíficas dando-lhes uma especificidade
relativa.
DTH - Reação de Hipersensibilidade Tardia: A célula efetora final é o macrófago ativado por
linfocinas. Os LTh ou LTc secretam linfocinas que recrutam os monócitos, e os ativam em macrófagos
para eliminarem o Ag. O TNF ( Fator de Necrose Tumoral) faz com que as células endoteliais
recrutem os monócitos circulantes e o INF- (Interferon Gama) ativa-os, para que iniciem uma
resposta inflamatória aguda que produzirá um remodelamento tecidual (granuloma). Tardia pois
demora de 18 a 48 horas para formar o granuloma. Ex.: PPD – Teste cutâneo para diagnóstico de
Tuberculose. Injeta-se o antígeno e verifica-se a formação do granuloma no paciente positivo. A DTH
tem 4 fases: Cognitiva, de ativação e efetora que consiste de duas fases: inflamatória e de resolução
(fagocitose do agente).
A morte mediada pelos LTc envolve a exocitose de grânulos de uma proteína (perforina ou
citolisina) que forma poros na célula alvo, causando alise osmótica da célula (golpe letal). Outro modo
é a ativação das DNAses da célula alvo, destruindo sua capacidade de síntese protéica, genomas
virais e causando apoptose da célula. A morte por LTc é Ag específica, requer contato entre as
células, não danifica os LTc, pois são resistentes as citocinas, e os LTc podem matar várias células na
sequência.
As Células NK são grandes linfócitos granulares inespecíficas, que são ativadas por linfocinas e
atuam da mesma forma que os LTc.
ADCC ( Células Citotóxicas Dependentes de Anticorpos) - Em certas circunstâncias, as NK podem ser
específicas para células que possuem IgG na superfície (opsonizadas), atuando na resposta celular
mediada por Ac. As células NK em alguns casos são ativadas pela IL-2 produzida pelos LTh matando
células indiscriminadamente, podendo lesar células normais.
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A Resposta Imune Humoral é mediada por Ac, que são produzidos pelos Linfócitos B. Os Ac
neutralizam e eliminam o Ag contra o qual foram produzidos. Os diferentes Ag são neutralizados por
diferentes isótipos (classes) de Ac e a Resposta Imune Humoral é diferente conforme o local onde
ocorre.
Ex.: Tecidos Linfóides de mucosas são especializados em produzirem IgA e o mesmo Ag poderá
induzir a produção de IgG no baço.
Foram descobertas antes mesmo de se saber quais eram as células responsáveis, devido à prévia
utilização dos Ac.
a) A Resposta Imune Humoral a Ag protéicos é dependente dos Linfócitos T auxiliares (LTh). São os
Antígenos timo dependentes. Os Linfócitos B em repouso precisam de dois sinais para sua
ativação: Antígeno e LTh (contato e citocinas).
b) Antígenos não protéicos como os LPS, ác. nucléicos, glicolipídeos, polissacarídeos, não
necessitam do contato com os LTh e portanto são timo –independentes.
c) A produção de Anticorpos difere quantitativa e qualitativamente entre a Resposta Imune Humoral
1ária e 2ária. Na resposta primária, ocorre a ativação de poucos linfócitos B em repouso e produção
principalmente de IgM. Na secundária, ocorre a ativação de clones expandidos, troca de classes
de anticorpo e maturação da afinidade. A maturação da afinidade é o aumento da afinidade média
dos anticorpos devido a mutações que ocorrem nos genes das Ig e devido a uma ativação seletiva
dos Linfócitos B que possuem Ig de maior afinidade. Isto torna menor a necessidade de
concentrações altas de Antígeno para desencadear a RI 2ária, aumentando a eficácia a infecções
recorrentes.
d) A geração de células de memória, maturação da afinidade e mudança de isótipo, só ocorrem na
Resposta Imune Humoral a antígenos protéicos, sugerindo que estes fenômenos estejam
relacionados aos LTh.
O estudo dos LB é muito difícil devido ao pequeno número de Linfócitos B específicos para
determinado antígeno. Atualmente existem camundongos transgênicos, em que todos os Linfócitos B
são específicos para apenas um antígeno, ou utiliza-se anticorpo anti Ig de superfície, que irá
estimular os Linfócitos B inespecificamente, funcionando como um análogo ao antígeno.
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A ligação de um antígeno à IgM ou IgD de membrana produz uma ligação cruzada entre as Ig
de superfície, produzindo sinais que são transduzidos para o interior da célula. Ig e Ig são as Ig
transdutoras de sinal, analogamente ao CD3 dos LTh. OS Linfócitos B ativados iniciam o ciclo de
divisão celular e ao mesmo tempo expressam mais moléculas do CHP II e receptores para citocinas
dos LTh, tornando-os mais capazes de interagir com as citocinas e os LTh. O efeito fisiológico da
interação com a Ig de membrana depende do tipo de Antígeno.
Antígenos T-dependentes: A ligação ocorre para interiorização e apresentação aos LTh.
Antígenos T-independentes: A ligação com a Ig de membrana é essencial para a sinalização de
ativação da célula.
As citocinas dos LTh são essenciais para a ligação cruzada das Ig de membrana na ativação
por antígeno T-dependente.
Os Linfócitos B específicos são as APC de escolha pois possuem Ig de superfície que as tornam
mais eficazes no reconhecimento do Antígeno que as outras APC. A apresentação pelos Linfócitos B
gera a restrição as moléculas do CHP II.
Apesar de tudo isto, são necessárias outras APC para ativação dos LTh, devido a necessidade de
co-estimuladores na resposta primária.
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CD40 gp39
As citocinas tem funções sobrepostas e redundantes para que na falta de uma, outra a substitua.
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Fatores que determinam a natureza das Respostas Imunes Humorais a antígenos protéicos:
a) Tipos de citocinas produzidas, quantidade, efeitos seletivos, mudanças de classes e a combinação
de citocinas que pode ter efeito sinérgico ou antagônico.
b) Local de exposição ao Antígeno: Baço e linfonodos múltiplos isótipos
c) Mucosas IgA
d) Natureza do estímulo antigênico: Dose, adjuvantes, grandes doses de Antígeno sem adjuvante
pode induzir a tolerância ao Antígeno.
e) Resposta primária ou secundária.
Antígenos Timo-Independentes
São poliméricos e possuem portanto muito epítopos repetidos. Induzem a reação cruzada das
moléculas de superfície, levando à ativação da célula sem o auxílio direto dos Linfócitos T auxiliares.
Provavelmente dependam de linfocinas e citocinas. Os anticorpos geralmente são IgM de baixa
afinidade, pois não ocorre a troca de classe e nem maturação da afinidade. Em alguns casos ocorre
produção de IgG. Não geram memória imunológica. Os eventos se assemelham sempre à resposta
primária pois não há atuação direta das citocinas dos LTh.
Geralmente agem contra antígenos bacterianos encapsulados (açúcares de parede celular,
LPS ou endotoxinas). O LPS é um ativador inespecífico de Linfócitos B quando em grandes
quantidades, além de se um dos mais potentes ativadores de macrófagos.
Células Acessórias na Resposta Imune Humoral.
1 – Macrófagos e células dendríticas são necessários para apresentar antígeno aos LTh. A
apresentação a Linfócitos B não é essencial, mas ocorre, principalmente na resposta secundária.
2 – Macrófagos secretam, citocinas que aumentam a proliferação. Células dendríticas
foliculares acumulam Antígeno ligados a anticorpo por vários anos e são importantes para
manutenção da resposta.
Resumo:
A produção de anticorpos inicia com a interação entre Antígeno e Ig de superfície dos
Linfócitos B. A interação estimula os linfócitos B em repouso a entrarem no ciclo celular. Os Antígeno
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T-dependentes são processados e apresentados aos LTh ligados as moléculas do CHP II. Os LTh
ativados expressam a gp39 que se liga ao CD 40 dos Linfócitos B e sinaliza a ativação dos Linfócitos
B. Os LTh secretam citocinas que estimulam a proliferação dos Lb, secreção de Anticorpo e mudança
de isótipos. Os Linfócitos B ativados sofrem maturação de afinidade nos folículos linfóides e se
desenvolvem em plasmócitos ou células B de memória. As células acessórias são importantes pois
apresentam Antígenos aos LTh e produzem linfocinas. Os Antígeno T-independentes induzem a
produção de anticorpo sem a participação dos LTh. São polissacarídeos, glicolipídeos e ácidos
Nucléicos. Requerem um pequeno número de LTh para fornecerem linfocinas.
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Histórico:
Buchner, 1893: Anti-soros recém colhidos tinham capacidade lítica sobre bactérias e o aquecimento
anulava esta atividade.
Bordet, 1895: A atividade lítica do soro imune era restabelecida após inativação, pela adição de soro
recente de animal não imune.
Conclusão: O soro imune continha uma substância termoestável (anticorpo), e outra inespecífica
termolábil (complemento).
A reação Ag-Ac na maioria das vezes é inócua. Entretanto, acompanhada de sistemas acessórios
pode induzir lesões celulares. Assim, o sistema complemento é essencial nas reações Ag-Ac.
O Sistema Complemento
Nomeclatura:
Prefixo C indicado numericamente ou por letras do alfabeto.
Forma ativada: ex.: C1(sobrelinhado)
Inativado:C1i = C1 inativado
Inativo sem quebra da cadeia: iC3b = C3b inativado sem quebra da cadeia.
Componente clivado que forma fragmentos: C3b + C3a = clivado em C3b e C3a, sendo o b maior que
o a.
Proteínas do Complemento:
C1q, C1r, C1s, C4, C2, C3 Via Clássica
B, D, P(properdina) Via Alternativa
C5, C6, C7, C8, C9 Via Comum
Proteínas Reguladoras INA-C1: inativador de C1
Fator I (INA-C3b): inativador de C3, C4-bp: C4b ligante
H globulina).
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Via Alternativa
Via Clássica
C3
C3b
Via Efetora Comum
LISE
1a Fase: Ag + Ac Ag-Ac
A ligação Ag-Ac permite a ligação do primeiro elemento do complemento C1q a região Fc das IgG e
IgM.
Ca-
2a Fase: Ag-Ac + C1 AgAc,C1 (C1q,C1r,C1s)
C1 se combina com 1 molécula de IgM ou duas de IgG pelo componente C1q, ativando o C1r, que
ativa o C1s que irá atuar sobre C4 e C2 com atividade proteolítica gerando a enzima C4b,2a. O C1-
INA inibe os componentes C1.
C1s atua sobre C4, clivando-o em C4a e C4b. O C4a se liga a membranas celulares e a C2. Se C4b
não se ligar à membrana, é inativado rapidamente (C4bi), caso contrário, fixa-se na membrana.
Mg-
4a Fase: AgAc,C1,C4b + C2 AgAc,C1,C4b,C2a + C2b
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C1s também cliva C2 em C2a e C2b, quando este se liga à C4b na presença de íons Mg ++. C1s +
C4b-C2 = C2a + C2b
C4a
Ca++
C4+C2
C2b
C3a
Mg++
C1 q,r,s
C3
C3a
C4b2a
Via efetora
C4b2a3b comum
Via Alternativa:
Pode ser iniciada na ausência de complexos Ag-Ac, sendo parte da imunidade inespecífica do
organismo.
Fungos, Bactérias, Vírus, cutículas de helmintos, IgA agregada, etc. podem desencadear a Via
alternativa.
Tem início com uma molécula de C3b (do soro) ligada a partícula ativadora. Esta combina-se com o
Fator B.
Mg++
1) Ag-C3b + Fator B C3b,B (instável, cliva C3 pouco efetivamente)
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Retroalimentação positiva
A ligação de várias moléculas de C3b ao Bb o torna capaz de clivar C5 em C5a e C5b (C5
convertase).
Para regular a alça de alimentação, o fator H desfaz o C3b, Bb e o fator I inativa C3b ligado ao H em
C3bi impedindo o consumo excessivo de C3 e Fator B.
Porém na superfície de células alvo ocorre uma proteção das moléculas de C3b ligadas, o que impede
a ação do fator H e I e a inativação destas, concentrando a atividade de C3b na superfície do
antígeno, levando a lise celular.
A formação de C4b,C2a,C3b ou C3b,Bb,P,C3b (C5 convertases) ocorre assim que a superfície celular
esteja saturada com C3 convertases e por C3b.
C5b + C6 C5,C6
C5,C6 + C7 + C8 C5,C6,C7,C8
C5,C6,C7,C8 + C9 C5,C6,C7,C8,C9,C9,C9,C9...( até 18)
C5,C6,C7,C8,(C9)n forma um orifício na membrana, fazendo com que saia material citoplasmático
da célula, e rompimento da membrana. (Figura 7)
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C4b2a3b
Ou C5 convertases
C3bBpC3b
C5a (anafilatoxina)
C5 + C5b, 6, 7 + C8
C5b + C6 + C7
Comum
C5b,6,7,8,(9)n
(C5b,6,7,8,(9)n)2 LISE
Fortemente citolítico
Inativação espontânea: C5b, C4b, C3b, B são instáveis e se transformam em C5bi, C4bi, C3bi, Bi.
C4b,2a,3b,Bb e C5b,6,7 apresentam curta vida média.
DAF: Decay accelerating factors aumentam o decay das C3 convertases diminuindo a amplificação da
cascata, protegendo as células que possuem DAF de serem destruídas pelo complemento.
Degradação enzimática de componentes ativos: Fator I age sobre C3b gerando iC3b, cliva o iC3b
formando C3c, C3d,g. Estes pela ação de outras enzimas originam C3d e C3g.
Inibição estequiométrica: Fator H se liga ao C3b e aumenta a sua susceptibilidade ao Fator I, além
disto o Fator H dissocia C3b,Bb, abolindo a atividade de amplificação da C3 convertase.
O inibidor de C1esterase (CI-INA) regula a via clássica, formando complexos irreversíveis entre C1r e
C1s, evitando a clivagem excessiva de C4 e C2.
A proteína C4-bp é um cofator da clivagem de C4b pelo fator I, originando iC4b, além de auxiliar na
inativação de C4b,C2a.
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Anafilaxia: C3a,C5a e C4a tem atividade anafilática, induzindo a liberação de histamina dos
mastócitos e aumentando a permeabilidade vascular, auxiliando a resposta inflamatória pelo maior
afluxo de complemento para o tecido extra-vascular.
Quimiotaxia: C5a é capaz de promover a migração de leucócitos para a área onde esta substância
está mais concentrada.
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Proliferação e Diferenciação
IFN- Ativação de
Células TH1 macrófagos e morte
microbiana
Reestimulação por ag
Expansão de LT
IL-2
Micróbios
intracelulares Ativação de LTc e NK
IL-5
Eosinofilia, morte dos
helmintos
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Características do antígeno
Natureza Formas imunogênicas Formas tolerogênicas
Quantidade Doses ótimas variam para diferentes Altas doses favorecem tolerância
antígenos
Porta de entrada Subcutânea ou intradérmica Endovenosa, oral
Adjuvantes Recrutamentoi e ativação de células Antígenos em adjuvantes são
acessórias, indução de co- não imunogênicos ou
estimuladores tolerogênicos
Células Acessórias Presença de co-estimuladores para Ausência de co-estimuladores
LT
Linfócitos T antígeno-específicos Linfócitos T auxiliares Linfóctos T supressores
Respostas imunes anti Podem ser estimulantes ou Podem ser estimulantes ou
idiotípicas inibitórias inibitórias
Anticorpos Potencializam a captação de Feedback por anticorpos
antígeno e a apresentação pelos
macrófagos
Citocinas Alça de amplificação positiva Efeitos antagônicos de diferentes
citocinas; efeitos
imunossupressivos
Mecanismos Inibitórios
Autolimitação das RI: A própria RI elimina o Antígeno, que é p principal estimulador. Produtos são
secretados por curtos períodos, células têm vida curta e não se renovam. As células de memória
necessitam do Antígeno para serem ativadas. Feedback: a autorregulação é importante pois permite que a
resposta dure apenas o necessário.
Importância da Tolerância:
1. Antígenos próprios: protege de reações auto-imunes
2. Certas condições de apresentação do antígeno estranho podem levar a tolerância e falha nas
resposta subsequentes.
3. Equilíbrio entre ativação x tolerância influi na magnitude da RI.
4. Estuda-se hoje técnicas para induzir tolerância em indivíduos alérgicos, doenças autoimunes e
transplantes
Marcelo R. D. Santos
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Mecanismos da tolerância
LTh: Anergia clonal: inibe a resposta celular e humoral a antígenos protéicos. Prováveis mecanismos:
1- Ausência de co-estimuladores (receptores que atuam na ativação junto com o antígeno). Não há
produção de IL-2.
2- APC oferecem sinais inibitórios aos LT (outros LT que possuem CHP II) células de veto.
3- Afinidade de reconhecimento pelos LT pode influenciar na tolerância a Antígenos pouco diferentes.
4- Microambiente: Excesso de IL-2 leva à apoptose dos LT.
Linfócitos B: Causa: ausência de ajuda dos LTh. Os Linfócitos B anérgicos se recuperam mais rápido
que os LT e necessitam de maiores concentrações de antígeno para indução.
Propriedades:
1. São induzidos nas mesmas condições da anergia clonal (IV, altas doses sem adjuvantes).
2. Podem ser dependentes de CD4+
3. São específicos (provavelmente)
4. Parece não serem restritos as moléculas do CHP
5. Os efeitos são mediados por substâncias secretadas de maneira específica. São receptores
antigênicos solúveis que se ligam a Antígeno-CHP das APC impedindo a apresentação do antígeno.
6. Pode ser que sejam LTh ou LTc com capacidade de supressão.
Mecanismos de supressão:
1. Excesso de citocinas inibitórias
2. Podem absorver os fatores estimuladores
3. Podem Ter atividade citolítica
4. Supressores Naturais: inibem várias respostas diferentes (podem estar relacionados as células NK
Regulação Idiotípica: Idiótipo: Partes do receptor antigênico que distingue um clone de Linfócitos dos
outros. Produção de RI contra idiótipos no mesmo indivíduo durante a expansão clonal. A especificidade
não é para o Antígeno, mas sim para o seu receptor. Durante a expansão clonal pode haver linfócitos
que reconhecem o TCR ou a Ig de superfície como estranha, devido à grande variabilidade. Os
Anticorpo formados alteram a função dos receptores ao se ligarem a eles. (Anticorpo anti-idiotipos)
Rede idiotípica: O antígeno induz uma resposta específica que induz uma resposta anti- idiotípica
complementar, que inibe a resposta imune. A rede se mantém em equilíbrio. O antígeno perturba o
equilíbrio e leva a respostas imunes detectáveis. Sabe-se pouco sobre o papel da rede e o seu real valor
na imunidade e nas doenças.
Marcelo R. D. Santos
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Resumo:
Fatores que influenciam a Resposta Imune
Tipo de Antígeno
Quantidade Determinam as classes de linfócitos que são estimuladas e
Porta de entrada influenciam o equilíbrio entre ativação e tolerância
Células acessórias
A RI é autolimitante.
Mecanismos que inibem a estimulação linfocitária:
Reconhecimento de Antígeno sem co-estimuladores (LT).
Reconhecimento sem LTh (Linfócitos B); geram a anergia dos clones.
Regulação por células e moléculas geradas durante a resposta. Lt supressores, anticorpos, Lt anti-
idiotipos, feedback por Anticorpo e citocinas.
Marcelo R. D. Santos
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ANTÍGENO
CIRCULAÇÃO
SISTÊMICA
SANGUE
TECIDOS PERIFÉRICOS
LINFA
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- As características especiais de diferentes tecidos e suas células podem resultar em respostas imunes
com características distintas.
- Múltiplos mecanismos de amplificação capacitam os poucos linfócitos que respondem a um antígeno a
realizar as funções necessárias para eliminar esse antígeno.
Interações bidirecionais entre linfócitos e células
Complemento, cininas
Múltiplas funções das citocinas
Sistema de coleta de antígeno e localização de linfócitos.
Marcelo R. D. Santos
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Apresentação do Antígeno
Células dendríticas: APC p/ Linfócitos Tvirgens
Linfócitos B: APC p/ LTh, RI 2ária
Macrófagos: Captação de antígeno particulado e APC p/ LTh e Linfócitos B.
Ativação de LT e Linfócitos B
Baço: LT Bainha Linf. Periarteriolar e daí p/ a zona marginal onde se encontram com os Linfócitos
B.
Linfonodos: Aumento do fluxo sanguíneo aumenta o afluxo de células virgens. Pouco tempo depois
há um efluxo de células ativadas para o local de entrada do antígeno, TLAM (IgA), pool circulante.
Sistema imune cutâneo
PELE: Barreira física, gera e sustenta reações inflamatórias e imunes locais.
Queratinócitos
Linfócito intra-
epidérmico
Linfócitos perivasculares e
Derme macrófagos
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Linfócitos Intra-
Epiteliais Epitélio da
mucosa
Placa de
Peyer
Lâmina
Própria Linfócitos perivasculares
e macrófagos
Os Antígenos que entram via oral são levados para os linfonodos mesentéricos onde são iniciadas as
respostas imunes. Alguns vão para as placas de Peyer. Os linfócitos de ambas voltam para a mucosa ou
fazem circulação linfocitária conectando com o restante do SI.
IgA: É a principal classe de anticorpo que pode ser ativa e secretada através dos epitélios.
Defesa contra patógenos intestinais, respiratórios e na transferência passiva de anticorpos pelo colostro. A
grande quantidade de IgA produzida é em função do tamanho do intestino, presença de LT secretores de
IL-5 e afinidade dos Linfócitos B que produzem IgA pelas placas de Peyer. A troca de classe para IgA é
dada pela IL-5 e TGF-. Depois de ativados os LB secretores podem ficar na mucosa ou ir para outros
órgãos linfóides.
A IgA secretada forma um dímero unido pela cadeia J. Para ser secretada se liga ao componente
secretor covalentemente para ser transportada pelas células para a luz do órgão. O componente secretor se
liga às células epiteliais e este complexo é transportado através da célula para a luz. Lá o componente
secretor é quebrado proteoliticamente, liberando a IgA. A IgA também está presente na saliva, leite, bile e
no escarro.
Antígenos protéicos administrados por via oral tendem a induzir tolerância dos LT.
Marcelo R. D. Santos
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Vida Fetal:
O feto já é capaz de formar respostas imunes, porém não é tanto quanto o animal adulto, assim é
sempre mais susceptível a infecções que na mãe são suaves e no feto podem ser fatais. A patogenia da
infecção vai depender da idade do feto pois fetos mais desenvolvidos possuem naturalmente um SI mais
desenvolvido. Outro fenômeno importante é que dependendo da fase, o feto pode se tornar tolerante a
determinado patógeno e nascer contaminado, podendo morrer ou crescer debilitadamente.
Efeitos das cepas citopática e não citopática do vírus da diarréia viral bovina (DBV) no desenvolvimento do bezerro fetal
Marcelo R. D. Santos
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No cavalo e no porco, o epitélio coriônico está em contato com o tecido uterino intacto. Nestes
casos a transferência de anticorpos é totalmente impedida, e se dá via colostro.
Absorção de colostro: Nas primeiras 24h o nível de enzimas proteolíticas no intestino do neonato
é baixo, e o colostro possui inibidores da tripsina. Assim, as proteínas do colostro chegam ao íleo intactas e
são ativamente captadas pelas células epiteliais e chegam a circulação sanguínea. Desta forma o animal
recebe uma transfusão maciça de Ig materna.
No cavalo e no porco a absorção de SIgA é nula e só a IgG e IgM são absorvidas. Nos ruminantes, todas
são absorvidas e a IgA é re-excretada para o intestino. Em outros animais a absorção de IgA é impedida
pelo componente secretor presente no intestino.
24h é o tempo em que a absorção intestinal de Igs cai a níveis insatisfatórios, devido à substituição
das células que absorvem por células epiteliais maduras.
A transferência de IgG via placenta, imuniza o neonato contra septicemias, e a IgA do colostro,
contra infecções intestinais. A falta de um destes processos predispões o animal a essas doenças.
As causas da falha na transferência de imunidade passiva podem ser devido a baixos níveis de IgG no
colostro, associado com nascimentos prematuros. Também decorre da falha na absorção das Igs pelo
filhote, devido a proles muito numerosas, maus cuidados maternos, principalmente em mães jovens.
Também pode ser devido a fraqueza do filhote, problemas nas tetas e mandíbula. Os animais que sofrem
destes problemas ser predispostos a colisepticemia, pneumonia, e outras infecções. Estes animais tem
respostas inflamatórias diminuídas, assim como são neutropênicos e tem baixa capacidade fagocítica.
Pode-se suprir esses animais com Ig com fontes alternativas como banco de colostro, soro de
animais normais, ou soro de colostro. O ideal é utilizar soro ou colostro de um animal do mesmo ambiente,
para prover o animal de anticorpos contra antígenos mais prováveis.
Problemas relativos a transferência de imunidade passiva podem acontecer se a mãe for imunizada
contra eritrócitos fetais, podendo haver uma resposta maciça contra os eritrócitos fetais.
Marcelo R. D. Santos
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nascidos. No animal em crescimento, a Ig que predomina é a SIgA, atingindo níveis adultos antes das
outras Igs, indicando uma maior capacidade de resposta no trato gastrointestinal.
RI Sistêmica: A resposta humoral é controlada em parte pelo feed-back negativo dos anticorpos,
que se ligam à Ig de superfície e a um receptor de Fc do Linfócitos B, formando uma reação cruzada que
impede a transdução de sinais. Assim, a presença de anticorpos maternos no neonato inibe a formação de
respostas imunes contra antígenos do ambiente, enquanto os níveis de anticorpos maternos estiverem
altos. Além disto o colostro contém fatores inibidores não imunoglobulínicos.
Se os animais não mamarem o colostro, começam a produzir Igs nos primeiros dias após o
nascimento e com o colostro, a produção pode ser retardada em até 6 semanas.
A inibição da produção de anticorpo pelas Igs maternas, também impede o sucesso da vacinação
dos animais jovens. Esse período refratário será tão longo quanto a persistência dos anticorpos maternos
na circulação e isso vai depender da quantidade inicial de Igs transferida e da taxa de catabolismo, ou seja
da meia vida.
Ex.: anticorpo contra cinomose: T1/2 de 8,4 dias, panleucopenia felina T1/2 de 9,5 dias.
A eliminação de anticorpos portanto pode durar de 10 até 20 semanas em casos extremos. Com isso, numa
prole teremos sempre animais com resistência e animais sensíveis, mas proporções crescentes de animais
sensíveis.
Ex.: com 10 a 12 semanas após a mamada do colostro, praticamente todos os animais estarão sensíveis e
desprotegidos.
O ideal seria portanto, vacinar os animais de duas em duas semanas até completarem 12 semanas,
mantendo assim, os níveis de Ig sempre elevados. Como isso não é viável, o melhor é vacinar os animais
com 9 a 10 semanas, quando apenas uma pequena parte deles está sensível e revaciná-los com 12 a 16
semanas, para atingir os que não foram estimulados pela primeira dose e reforçar os que já tinham sido
vacinados efetivamente. Estas situação vai variar entre animais e entre diferentes vacinas, com isso, o ideal
é sempre fazer os protocolos de vacinação que possuam reforços em intervalos de 4 semanas até as 18
semanas (parvovirose). Para bezerros e potros, o ideal é que sejam vacinados antes de 6 meses de idade
com 6 meses ou após o desmame.
No pintinho, a transferência de anticorpos se dá pela gema do ovo enquanto este ainda está no
ovário. A IgM e IgA do oviduto também é adquirida pelo pintinho, pois são engolidas por este e estarão
disponíveis no intestino após a eclosão. Estes anticorpos maternos duram até 20 dias e neste período a
vacinação não é recomendada.
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Marcelo R. D. Santos
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Durante a maturação dos timócitos, ocorre a expressão de diferentes moléculas de superfície que
servem como marcadores do estágio em que a célula se encontra. Primeiro ocorre a expressão do TCR.
Depois ocorre a expressão conmjunta das moléculas CD4 e CD8 na mesma célula (células CD4+, CD8+
duplo positivas). No estágio final de maturação ocorre a expressão de CD3 e de apenas a CD4 ou a CD8,
conforme o tipo de atividade efetora.
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16- CITOCINAS
Proteínas produzidas pelas células do SI e acessórias que servem como mensageiros celulares entre estas
células.
Diferem dos hormônios pois são produzidas em células espalhadas pelo organismo, atuam sobre várias
células alvo, e as células secretam mais de uma citocina por vez.
Funções:
Efeito autócrino, parácrino, endócrino.
Induzem divisão e diferenciação das células, expressão de receptores e produção de outras
proteínas ou podem inibir estes efeitos.
Regulação citocínica:
Regulação da expressão de receptores
Antagonistas de receptores: ARIL: forma de IL que se liga ao receptor e impede a ligação da IL
Proteínas conjugadoras específicas: Receptores solúveis. Podem Ter ação biológica
Citocinas de efeitos opostos: mais importante
Choque tóxico bacteriano: S. aureus produz toxinas que se ligam aos TCR, superestimulando as
células T, que secretam uma grande quantidade de citocinas (IL-2 e INF-) que induzem a produção
de FNT-.
Doença transplante versus hospedeiro: FNT produzido por células transplantadas.
Todas as citocinas são potencialmente tóxicas, o que dificulta o uso terapêutico.
Virocinas: Proteínas semelhantes a citocinas ou que atuam sobre as citocinas impedindo sua ação. Ex:
proteína conjugadora de IL-1 da varíola. Ilv-10 do herpes vírus que assim como a IL-10 atua inibindo os LT.
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17- Vacinação
Imunização ou vacinação
Dois tipos de vacinação: Uso de antissoros ex.: antitetânico e antiofídico.
Uso de antígenos ex.: vacinas comuns.
Critérios para se vacinar:
A resposta imune deve proteger contra a doença em questão.
Riscos da vacina não devem exceder os riscos da doença
Imunidade do rebanho: reduz-se o risco de uma animal entrar em contato com o agente através de
um animal contaminado.
TIPOS DE PROCEDIMENTOS DE IMUNIZAÇÃO:
IMUNIZAÇÃO PASSIVA:
IMUNIZAÇÃO ATIVA:
Imunização ativa: Usa antígenos, pode-se induzir a resposta secundária (reforço) , e é mais longa.
Vacina ideal: imunidade forte e prolongada tanto no animal quanto no feto gerado, sem efeitos
colaterais adversos, barata, estável, permitir utilização em massa, estimular uma resposta imune distinguível
da gerada pela infecção.
As vacinas devem estimular APC a processarem o ag e produzirem as citocinas apropriadas.
Devem estimular tanto células B quanto T, gerando células de memória.
Devem gerar células T helper e citotóxicas para vários epítopos na vacina superando as variações no
polimorfismo do CHP II e do epítopo.
O Ag deve persistir nos locais de formação de RI como os tecidos linfóides, aumentando o tempo de
proteção (adjuvantes).
Antigenicidade x Inocuidade
A alta antigenicidade tende a ser incompatível com a geração de efeitos colaterais pelas vacinas.
Os vírus das vacinas virais podem induzir a doença (virulência residual), antígenos podem induzir respostas
inflamatórias intensas nos locais de inoculação além de reações anafiláticas.
As vacinas vivas possuem vantagens que correspondem as desvantagens das vacinas mortas ou
inativadas.
Vacinas vivas induzem uma melhor imunidade devido a diferenças no processamento antigênico,
diferenças de distribuição dos microorganismos vivos dentro do corpo, alterações bioquímicas devido à
atenuação.
Vacinas mortas não possuem virulência residual, são mais fáceis de armazenar, porém o uso de
adjuvantes pode induzir reações locais, além de geralmente necessitarem de doses múltiplas, o que
aumenta o risco de anafilaxia e aumentam os custos.
Inativação: deve manter a antigenicidade, eliminando a virulência do ag. Geralmente usa-
se produtos químicos como formaldeído, agentes alquilantes, acetona e álcool para se produzir as
bacterinas, toxóides e os vírus mortos.
Marcelo R. D. Santos
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ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS:
Vacinas não são formuladas de acordo com o PV.
Via subcutânea e intramuscular: mais fácil em animais individuais para imunidade sistêmica – raiva,
aftosa, brucelose, parvo, cinomose etc.
Via intranasal: imunidade local – RIB, coronavirose, rinotraqueíte, calicivirose dos gatos, bronquite
e newcastle das aves.
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Rebanhos e lotes: Via oral (água, alimento) – newcastle, erisipela, laringotraqueíte, encefalomielite
aviária, peixes e camarões;
Aerossol – cinomose e enterite do vison, newcastle.
Adjuvantes: Potencializador da RI, seja pelo aumento da permanência do Ag no tecido, seja pela
estimulação das células do SI a expressarem moléculas co-estimuladoras.
Fosfato de alumínio
Sais de alumínio Hidróxido de alumínio Depósito de Ag de liberação lenta
Alume
Adjuvante incompleto de Freund
Depósito de Ag de liberação lenta
Corinebactérias aeróbias
Estimulador de macrófagos
BCG – bacilo de Calmette-Guérin
Emulsões de água – óleo Estimulador de macrófagos
(Micobacterium bovis)
Frações bacterianas Estimulador de macrófagos
Dipeptídeo muramílico
Estimulador de linfócitos
Bordetella pertusis
Estimulador de macrófagos
Lipopolissacarídeos
Saponina
Lisolecitina
Estimula o processamento antigênico
Agentes ativos de superfície Detergentes plurônicos
Estimulador de macrófagos
Carboidratos complexos Acemanana
Estrimulação de macrófagos e de
Adjuvantes mistos Glicanos
células T
Sulfato de dextrano
Adjuvante completo de Freund
Vacinas Mistas:
Convenientes misturas de microorganismos diferentes na mesma vacina que economizam tempo e
esforço.
Ex.: RIB + DBV + Parainfluenza 3 e Pasteurella Haemolytica.
Cinomose + Adenovírus 1 + Adenovírus 2 + parvovírus 2 + parainfluenza canina + bacterina contra
leptospira e Raiva.
Desvantagens: competição entre os antígenos, que é amenizada pelos fabricantes, porém não se
deve misturar vacinas indiscriminadamente. Não se provou até hoje se há sobrecarga do sistema
imunológico ou se a vacina não alcança resultados satisfatórios, assim se o fabricante for idôneo,
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certamente a vacinação terá sucesso. É importante a atenção e o critério clínico na avaliação da eficiência
das vacinas.
Esquemas de vacinação: Princípios comuns que se deve seguir em todos os esquemas de vacinação:
1) Considerar o tempo da imunidade passiva materna, imuniza-se a mãe para que a imunidade passiva
seja efetiva;
2) Vacinar os jovens pelo menos duas vezes para fugir do período de imunidade passiva materna:
Cães e gatos: 2a dose aos 5 meses;
Animais de grande porte: 2a dose aos 6 meses.
3) Vacinas inativadas requerem reforços frequentes (6 meses); vacinas vivas 2 ou 3 anos. Varia com a
vacina.
4) Doenças sazonais: vacinação antes da época de ocorrência da doença. Dictiocaulus, carbúnculo
hemático.
Controle no Brasil é feito pelo Ministério da Agricultura, pelo USDA nos EUA , pelo Health of
Animals Branch do Canadá e pelo Veterinary Medicines Directorate na Inglaterra. Existem normas
produção, comercialização prescrição e aplicação de vacinas.
Testes de segurança: confirmação do microorganismo, isenção de microorganismos estranhos,
toxicidade e esterilidade. Além dos testes de eficiência.
O prazo de validade deve ser obedecido além da forma de armazenamento e manipulação. Não se
deve manter frascos de vacina abertos.
Vacinas inativadas: forma líquida em adjuvantes suspensos, não devem ser congeladas e devem
ser agiotadas antes do uso.
Vacinas Vivas: sensíveis ao calor e luz solar, geralmente são liofilizadas devendo ser reconstituídas
com o líquido fornecido pelo fabricante na quantidade exata.
FALHAS NA VACINAÇÃO:
Falha vacinal
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Imunidade materna
Reações vacinais
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Deve-se estar preparado para agir em casos de efeitos adversos na vacinação. Reações locais são as mais
comuns: ardência, inchaço, abcesso.
Reações sistêmicas: endotoxinas dos microorganismos gram negativos dos adjuvantes causam choque
pirético e com leucopenia, abortos. Efeitos neurológicos por virulência residual do vírus atenuado da
cinomose. Imunossupressão suave em vacinas mistas e contra parvovirus com diminuição da blastogênese.
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Antígenos Bacterianos:
Parede celular: Gram positivas: peptidoglicanos
Gram negativas: Polissacarídeo – lípido – protéica. Os polissacarídeos são os LPS
ou Antígeno O, antigênico (endotoxinas).
Cápsula: Polissacarídea ou protéica – protegem contra fagocitose, Antígeno K.
Flagelos: flagelina – Ag H.
Pilli: Bactérias Gram negativas : Ag F ou K – prendem as bactérias às células ( adesão).
Porinas: proteínas dos poros da parede celular das Gram negativas.
Proteínas do Choque térmico: produzidas em grande quantidade nas bactérias sob stress.
Exotoxinas: proteínas tóxicas muito imunogênicas. Inativadas: toxóide; antitoxina: anticorpo anti
toxina.
Bactérias Invasivas: promovem danos vasculares, trombose, enfartamento devido à liberação de enzimas e
o esgotamento metabólico no local.
Ex.: Hialuronidase, enzimas fibrinolíticas, colagenases, elastases, proteases e coagulases. Causam
dano ao tecido e tem vida extracelular.
Bactérias Intracelulares: São resistentes à destruição após a fagocitose. Crescem nos macrófagos e se
distribuem pelo organismo. Ex.: Micobacterium sp. e Brucella abortus.
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Nutricionais: má nutrição e déficit protéico como nas parasitoses, levam a baixa imunidade.
Ácidos graxos livres: inibidores do crescimento bacteriano e são bactericidas para Gram
positivas.
Complemento:
Via Clássica: animais que possuem anticorpos.
Via alternativa: animais insensibilizados.
Após a formação do CAM (poli C9) a bactéria é lisada. Porém para algumas Gram negativas
é necessário a ação da Lisozima através do CAM para lise.
A IgM é 100 vezes mais potente na ligação do complemento, e 500 a 1000 vezes mais
potente na opsonização que a IgG, por isso ela é eficiente no início da resposta, mesmo em menor
quantidade.
Mecanismos:
1)Neutralização de Toxinas;
2) Morte por Ac, complemento e lisozima;
3) Opsonização e fagocitose;
4) Destruição Intracelular por macrófagos ativados;
5) Morte direta por LTc ou NK.
A importância de cada mecanismo depende da bactéria e do tipo de doença que causa.
Bactérias Exotoxigênicas: Anticorpos neutralizam toxinas, impedindo que se conjugue com o receptor. Uma
vez conjugada a toxina, o ac não tem mais efeito.
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Vacinas
Toxóides: tétano + hidróxido de alumínio
Anaculturas: culturas completas, componentes bacterianos e toxinas ex.: clostridioses
Bacterinas: vacinas mortas com imunidade de curta duração (1 ano). Ex.: garrotilho (s.
equi),erisipela suína.
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Vacinas vivas: B19 contra Brucella abortus, carbúnculo hemático (saponina) induzem a imunidade
celular.
Pleuropneumonia bovina: vacina avianizada (cultivada em ovos) na ponta da cauda. A reação faz
com que o animal perda a cauda, mas a imunidade é proporcional à lesão. Hoje é subcutânea, com a
doença controlada com tilosina.
Sorodiagnóstico:
Provas de aglutinação são amplamente usadas para bactérias Gram negativas ex.: Brucella sp. e
Salmonella sp., Streptococcus sp. Titula-se o soro com um antígeno padrão.
Ag flagelares dão uma floculação plumosa, Ag somáticos (O, K) aglutinação granular, uns são
termossensíveis e outros não, assim pode-se identificar muitas variantes com base na antigenicidade.
(Salmonella sp. tem 2400 sorotipos, leptospira sp., etc.) Os testes são feitos em tubo ou em lâmina ou
placas de plástico.
Tubo: brucelose, salmonelose, campilobacteriose.
Lâmina: provas de triagem. Na brucelose, o tampão ácido bloqueia as ligações inespecíficas do Ag
com a IgM. 99% de especificidade e 95% de sensibilidade.
Leptospirose: microorganismos e soro detectando-se IgM, portanto, doença clínica. Pode-se utilizar
outros líquidos biológicos como leite, muco vaginal ,lavados para detectar infecções locais.
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Replicação viral: Bloqueio da síntese protéica normal para síntese de proteínas virais. Depende da
constituição do genoma viral.
As alterações na célula hospedeira podem ser mínimas podendo apenas ser detectadas pelo
aparecimento de antígenos virais na superfície celular. Estas células são reconhecidas e destruídas pelos
LTc.
Em outros casos, as alterações podem ser de lise da célula (infecção lítica), transformação maligna e
indução de tumores (efeito citopático).
Adsorção Viral
Proteína Mx
RNAm Fle-2
DNA
Interferon Óxido nítrico - sintetase
2’5’- oligoadenilatosintetase
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IMUNIDADE ESPECÍFICA
A neutralização viral se limita às áreas onde o anticorpo alcança. Os vírus intracelulares são inacessíveis
aos anticorpos.
Alguns vírus recobertos por anticorpos podem se utilizar disto para infectarem células que possuam
receptor para Fc, assim como o complemento (ex.: PIF, AIDS).
Também são formados Ac contra as proteínas virais expressas na superfície das células infectadas,
havendo a destruição mediada por anticorpos (Newcastle, raiva, DBV, Felv) via complemento e CCAD.
As células que destroem as células infectadas incluem: macrófagos, neutrófilos, linfócitos que possuem
receptores para Fc.
As principais imunoglobulinas são: IgM, IgE e IgG no soro e IgA nas secreções. A IgM é mais
eficiente que a IgG porém esta é quantitativamente maior.
Os Ac são importantes, mas não são suficientes para combater os vírus.
Macrófago
Receptor Fc
Anticorpo Rabdovírus
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A duração da memória imunológica é muito variável, podendo os anticorpos persistirem por muitos
anos, mas as células citotóxicas são eliminadas por apoptose após a eliminação do Ag. Os Ag virais podem
persistir durante toda a vida do animal como os herpes vírus, ou ligados a células dendríticas.
VACINAS VIRAIS
É o método mais eficaz contra as doenças virais frente à escassez de agentes quimioterápicos
contra os vírus. Em geral as vacinas virais são mais desenvolvidas que as bacterianas, principalmente as
vacinas vivas atenuadas, devido à facilidade de atenuação dos vírus em culturas de tecidos.
Riscos das vacinas virais modificadas: Virulência residual
Ex.: Raiva nos cães e gatos, abortamento em éguas e vacas prenhes com a vacina contra rinotraqueíte
bovina e herpes vírus equino.
Marcelo R. D. Santos
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Geralmente a virulência residual gera uma doença branda. Estes efeitos brandos assumem
importância na indústria avícola, onde atrasos no crescimento devido a depressões vacinais geram grandes
prejuízos. Portanto utiliza-se vacinas mais virulentas na primeira imunização e menos virulentas na segunda
para minimizar os efeitos sobre as aves em desenvolvimento.
O uso de mutantes termossensíveis permite que se desenvolva imunidade contra o antígeno, que logo
morre ou sobrevive apenas nas mucosas mais externas, por somente se desenvolver em temperaturas mais
baixas que a corpórea. O uso de VVM preocupa devido à possibilidade do desenvolvimento de vírus que
permaneçam indefinidamente no hospedeiro, e que venham a trazer problemas futuros.
O uso de vacinas inativadas ou de subunidades, que possuem a mesma imunogenicidade, mas sem
efeito residual é a tendência atual na produção de vacinas virais.
Marcelo R. D. Santos
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Imunidade a Protozoários:
Resistência entre espécies relacionada ao protozoário ou a fases do ciclo de vida, devido a diferenças
genéticas. Ex.: Tripanossomas na áfrica afetam bovinos mas não afetam herbívoros silvestres. Indivíduos
com anemia falciforme são mais resistentes à malária. Taquizoítos de Toxoplasma gondi afetam qualquer
espécie, mas os seus coccídios afetam apenas felinos.
Imunidade Específica:
Interferência nos mecanismos imunes: Ex.:T.Gondii impede a ligação dos neutrófilos e a fagocitose
Imunossupressão: Ex.: Theyleria parva é imunossupressiva invadindo e destruindo as células T.
Tripanossomos: São Imunoestimulantes dos Linfócitos B à exaustão e estimulam o desenvolvimento de
células reguladoras supressivas.
Os protozoários podem imunossuprimir o hospedeiro permitindo a sobrevivência do vetor. Ex.: Babesia
bovis, assim, bovinos infectados tendem a ter mais carrapatos, potencializando a eficiência da transmissão
da B. bovis.
A imunossupressão pode levar à morte do hospedeiro por infecções secundárias. Ex.: Tripanossoma de
bovinos.
Tornar-se não antigênico: Ex.: estágio cístico do T. gondii. Disfarce com antígenos do hospedeiro
Ex.: Alguns Tripanossomas se recobrem com uma camada de proteínas séricas do hospedeiro.
Variação antigênica: Tripanossoma vivax, T. congolensis, T. brucei tem períodos de alta parasitemia
intercalados que correspondem à variações antigênicas das glicoproteínas superficiais variantes (GSV). O
microorganismo possui em torno de 1000 genes para GSV silenciosos de reserva. Também ocorre na
babesiose e malária.
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Hipersensibilidade Tipo I
Hipersensibilidade Tipo II
Citotóxicas, anemia
Hipersensibilidade Tipo IV
Coccídeos de aves: algumas vacinas recombinantes tem obtido sucesso, porém as vacinas vivas
atenuadas tem efeitos colaterais importantes.
Toxoplasma: Na Nova Zelândia utiliza-se uma vacina viva atenuada com sucesso, porém a estabilidade é
de 10 dias e infecta o homem.
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O SI não obteve sucesso no combate efetivo aos helmintos. As respostas envolvem IgE e
geralmente correlacionam-se com processos alérgicos, mais importantes no 1o mundo que a infecção em si.
Os organismos se adaptaram a uma existência parasitária obrigatória. Assim a doença é sempre leve ou
subclínica. Provoca morbidade e não mortalidade. Alguns animais podem estar predid\spostos à infecção
por fatores ambientais, genéticos, comportamentais ou nutricionais refletindo diferençasd na exposição,
susceptibilidade ou resistência.
Infecção
Subclínica
Morbidade
Predisposição:
Fatores Genéticos
Ambientais
Comportamentais Exposição
Nutricionais Susceptibilidade
Resistência
Competição entre helmintos no hospedeiro, por exemplo, a presença de vermes adultos no intestino
retardando o desenvolvimento de larvas nos tecidos: levando a uma infecção sempre moderada em alguns
animais.
Fatores do hospedeiro como idade, sexo (hormonal), hipobiose, base genética (CHP).
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Estas reações levam à autocura dos animais. Os helmintos liberam alérgenos na mucosa que
provocam uma reação Tipo 1 aguda no local de infecção. A conjugação da IgE com os Ag e com os
IL-3, IL-4
LTh2
IL-4, IL-5
Mastócito
IgE
LB
Degranulação
Ag Helminto
MUCO
Danos ao
verme
Combate os helmintos de migração tecidual, que são muito adaptados ao hospedeiro. Apesar de
induzirem geralmante uma resposta LTh2, podem induzir também a resposta das Células Th1 e uma
resposta citotóxica. Esta resposta combate os vermes muito incrustados na mucosa ou os estágios de longa
permanência tecidual. As células T agem de duas maneiras: O desenvolvimento de uma hipersensibilidade
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retardada atrai macrófagos para o local de invasão tornando este local impróprio para o crescimento e
migração larval. Em segundo lugar, as células LTc podem causar uma destruição das larvas.
As respostas imune contra helmintos não são muito efetivas. Entre as estratégias para se
protegerem do sistema imune, os helmintos podem se mimetizar usando antígenos do hospedeiro, variação
antigênica, eliminação do glicocálix, bloqueio dos anticorpos e indução de tolerância.
A seleção natural favorece os helmintos resistentes e os helmintos vão se tornando menos antigênicos à
medida que se desenvolvem. Os helmintos podem sintetizar e expressar antígenos do hospedeiro em sua
superfície como epítopos não polimórficos de CHP ou de grupos sanguíneos.
Podem adsorver antígenos do hospedeiro na superfície, mascarando antígenos do parasita.
Alguns helmintos interferem na apresentação antigênica.
Secretam proteases que destroem os ac e geram fragmentos fab livres que se combinam com os antígenos
do parasita e os mascaram e fragmentos Fc que se ligam as células. Além de produzirem enzimas
oxidantes que neutralizam o efeito da explosão respiratória.
Outro mecanismo de evasão é a variação antigênica sequencial. Em que os helmintos podem
alterar os antígenos da cutícula durante a muda ou durante as fases de crescimento, podendo eliminar os
antígenos ligados a anticorpos.
Alguns helmintos induzem uma imunossupressão pela liberação de fatores solúveis que se inibem
as respostas dos linfócitos aos fatores de crescimento.
Sorodiagnóstico:
Limita-se à filariose, Toxocara, e triquinose. Devido ao aspecto sistêmico das infecções. Utiliza-se
ELISA.
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No início do século Paul Ehrlich sugeriu que o organismo desenvolvia respostas imunes contra
tumores. Após a descoberta de linhagens singênicas de camundongos pôde-se confirmar estas evidência
com estudos de transplantes de tumores. Criou-se então o conceito de vigilância imunológica.
Vigilância Imunológica
Um conceito antigo que sugeria que sistema imune faziam uma ronda pelo organismo para detectar
células tumorais e destruí-las antes da formação do tumor. Esta hipótese era confirmada por evidências
como a presença de tumores mais freqüentemente em indivíduos imunossuprimidos, existência de um
infiltrado mononuclear na maioria dos tumores, ocorrência de regressão de tumores, etc. Atualmente
descobriu-se que isto é efetivo contra células infectadas por vírus, inclusive vírus oncogênicos, mas não
especificamente células tumorais, e que a imunidade contra tumores é ineficiente em grande parte dos
casos, o que não exclui a presença da resposta imune. O que é confirmado por estudos com camundongos
atímicos (nu/nu) ou imunodeprimidos com soro anti linfocitário, em que não se observou aumento na
incidência de tumores, mas sim na de tumores induzidos por oncovírus. Porém os camundongos deficientes
de células EN se mostraram mais sensíveis a tumores indicando então um papel específicos destas células
na prevenção dos tumores.
As células tumorais podem expressar proteínas novas, proteínas normais que não são expressas
normalmente em grande quantidade, ou são apenas em determinadas fases da vida. Ou ainda podem
deixar de expressar certas moléculas como o CHPI. Isto as torna antigenicamente ativas, podendo
provocarem respostas imunes humorais e celulares.
Estudos com transplantes de tumores indicaram que haviam antígenos presentes em todos os
tumores (TATA – antígenos associados a tumores) e antígenos específicos de cada tumor (TSTA –
antígeno de transplante específico de tumor).
Os TATA tem origem viral, ou seja, são proteínas virais expressas nas células tumorais infectadas e
são importantes na manutenção do estado alterado das células. Existem respostas celulares e humorais
fortes contra estes antígenos. Ex.: Ag AMCOF da leucemia viral felina e os antígenos específicos da doença
de Marek das aves, ambos tumores de células T.
Os TSTA só induzem resposta imune se o animal for previamente imunizado contra estes
antígenos, induzindo respostas mediadas pelos LT, ou seja, restritas ao CHP I, o que indica que há o
processamento destas antígenos dentro da célula.
Poucos antígenos são específicos de tumores, a maioria sendo encontrada em outros tipos
celulares ou tecidos normais.
O soro de pacientes ou de animais imunizados com tumores detectam antígenos em células
normais e tumorais. Estes antígenos não são imunogênicos nos indivíduos com tumores, por não serem
estranhos, mas o são nos de outra espécie.
Os tumores podem expressar antígenos normais do tipo celular do qual se origina.
Ex.: CALLA – leucemia linfoblástica, Alfafetoproteína - hepatócitos, antígeno carcinoembrionário –
cólon e outros tumores epiteliais, PSA – próstata, CA 125 – mama, CA 15-3 – pulmão, CA 19-9 – intestino.
Pequenas alterações nas proteínas normais expressas podem caracterizar antígenos tumorais
(glicosilação).
A maioria dos tumores contém um infiltrado linfocitário macrofágico (linfócitos infiltrantes do tumor -
LIT), indicando a ativação das células do SI. Em culturas mistas de linfócitos – Tumor (MLTC), detectam-se
respostas tumorais das LTh CD4+, LTc CD8+ e NK, com diferentes especificidades. O significado in vivo
dos achados in vitro permanece obscuro, mas em animais de laboratório, células citolíticas clonadas podem
causar a regressão do tumor.
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15% do linfócitos do sangue são células exterminadoras naturais (EN), que notavelmente tem a
capacidade de destruir células tumorais, normais e infectadas por vírus, sem a necessidade de uma
sensibilização prévia. As células EN não expressam CD4, CD8, TCR ou Ig de superfície, sendo assim
distinguidas dos demais linfócitos. Expressam o CD8, CD56, CD2, CD95 e CD16 (receptor de anticorpos).
As células EN reconhecem as células alvo que falham em expressar o CHP I, o que é utilizado por muitos
vírus para se esconderem do SI, mas os torna vulneráveis às EN. A ligação do ag com o CHP classe I inibe
a lise pelas células EN. Também reconhecem os alvos através do CD 16 que é um receptor para anticorpos.
Assim se dá a CCAD, que ativa o CD 25, liberação de INF- -
o CD 16 e se destaca da célula alvo. A lise se dá através de perforinas, INF e TNF, da mesma maneira que
os LTc. A IL-2, IL-3, IL-4, Il-12 e INF-
macrófagos e as células B.
As respostas das células T são significativas no controle aos vírus oncogênicos.
A atividade dos macrófagos ativados por INF pode ser citotóxica ou auxiliar na produção de
citocinas como Il-2 ou INF que potencializam a ação dos LTh. Alguns tumores podem produzir fatores
supressores dos macrófagos, que passam a Ter uma quimiotaxia e mobilização defeituosas.
Os anticorpos tumorais podem lisar células tumorais livres junto com o complemento, mas não os
tumores sólidos.
A alta frequência dos tumores indicam que hajam mecanismos muito eficientes de escape das
células tumorais. O mecanismo mais óbvio é que o tumor não é imunogênico, provavelmente devido as
células tumorais não serem boas APC, e não pela ausência de antígenos. Além da indução de respostas
exigirem moléculas co-estimuladoras e citocinas produzidas pelas células tumorais. Na ausência destas
moléculas pode haver indução de anergia, além do tumor poder não possuir moléculas do CHP II para
apresentar os antígenos. Até 50% dos tumores perdem pelos menos um gene do MHC classe I ou às vezes
até todo o complexo. Alguns tumores conseguem se desenvolver sem desenvolver resposta imune
enquanto possuem poucas células, e quando já estão crescidos, o organismo não consegue mais combatê-
los. Estes tumores são os menos antigênicos, pois os antigênicos são destruídos antes de crescer
(seleção).
As células tumorais podem não expressar moléculas de adesão com linfócitos, ou expressar
moléculas anti adesivas como as mucinas. Podem secretar moléculas imunossupressoras como TGF,
prostaglandinas além do crescimento das células tumorais drenarem a proteína corporal gerando uma
imunossupressão. A imunossupressão pode se dever ao desenvolvimento de células supressoras. Estas
podem ser Linfócitos T citolíticos CD8+, LTh2, macrófagos e células B. Anticorpos bloqueadores se ligam
às células tumorais, e como estes não fixam complemento, acabam por esconder os epítopos das células
tumorais das células Tc.
Imunodiagnóstico
In vivo – Usa-se anticorpos marcados radioativamente contra moléculas associadas a tumores para
localizá-los por cintilografia. O método exige anticorpos recém marcados e específicos para cada tipo de
tumor. Os métodos mais atuais como ressonância magnética e tomografia computadorizada são mais
sensíveis.
Imunoterapia
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Imunização ativa específica: inoculação de células tumorais inativadas como uma vacina viva
atenuada. Funciona em animais previamente imunizados impedindo a instalação do tumor, mas não
promove a regressão de tumores já instalados. Pode-se utilizar células tumorais modificadas geneticamente
para ficarem mais imunogênicas. Da mesma maneira, não trata o tumor instalado, mas impede a instalação
de novo tumor.
Estimulação inespecífica do Sistema imune: Uso de agentes imunoestimulantes como o BCG, gera
regressão em alguns casos (melanoma e tumores de bexiga). Pode ser injetado sistemicamente ou
diretamente na massa tumoral.
Outros imunoestimulantes são o levamisol e Propionibacterium acnes, entre outros.
Imunização contra vírus oncogênicos: faz sentido na prevenção de tumores comuns associados a
vírus. FELV, Marek.
Imunoterapia passiva com anticorpos monoclonais: Uso de AMC ligados a drogas, pró-drogas,
radioisótopos, toxinas ou citocinas. Os AMC não são específicos pois não há muitos antígenos específicos
contra tumores, mas o efeito nas células normais pode ser tolerável.
Desvantagens: pouca penetração em grandes massas tumorais, inespecifidade celular podendo
ligar-se a células normais que possuam o ag em questão, ac são imunogênicos.
Vantagens: obteve-se algum resultado contra micrometástases após a excisão cirúrgica de câncer
de cólon, purificação de medula óssea pré transplante.
Imunoterapia com linfócitos: Após o cultivo in vitro com IL-2, os linfócitos periféricos tornam-se muito
citotóxicos (LAK – células exterminadoras ativadas com linfocinas) contra vários tumores. A utilização
destas células obteve alguns resultados, porém o uso concomitante de IL-2 é muito tóxico, limitando o seu
uso. Além disto poucas células atingem especificamente o tumor. Também utiliza-se LIT (linfócitos
infiltrantes do tumor) ativados in vitro e obtém-se uma maior quantidade de células no tumor, e já obteve-se
bons resultados em animais.
Imunoterapia passiva com citocinas: Uso de citocinas recombinantes obteve resultados restritos em
alguns tumores, mas o uso em doses máximas toleráveis gera efeitos colaterais muito limitantes (INF-,
INF-, TNF-, IL-2).
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Hipersensibilidades
Tipo I: mediadas por IgE, são as respostas alérgicas, que resultam em uma resposta inflamatória
exagerada devido à liberação dos grânulos dos mastócitos, na presença de antígenos normalmente
inócuos.
Tipo II: Citotóxica depende de anticorpos que se ligam as células e conduzem à fagocitose, lise por
LTc, NK ou complemento (eritrócitos transfundidos ou células alvo).
Tipo III: Também mediada por anticorpos. É o resultado da deposição de imunocomplexos em
superfícies e tecidos, e da ação de polimorfos na remoção destes imunocomplexos.
Tipo IV ou tardia: Formação de granulomas mediada por macrófagos quando um antígeno não pode
ser eliminado.
(Fig. 23.1)
Hipersensibilidade tipo I
A reação de hipersensibilidade tipo um ou imediata é uma reação alérgica que ocorre imediatamente ao
contato com o antígeno (alérgeno).
Atopia: É o termo que abrange todos os tipos de reação alérgica: asma, alergia, eczema, urticária e alergia
a alimentos. A alergia humana tem uma forte tendência hereditária.
Mecanismo: As alergias são mediadas por IgE. O antígeno se liga cruzadamente aos mastócitos locais
através da IgE específica presente na membrana ligada -os e promovendo a
degranulação. Ocorre então a liberação de mediadores químicos da inflamação (histamina, proteases,
leucotrienos, prostaglandinas), que causam as reações características. Várias citocinas são também
liberadas no local (IL-3, IL-4) com efeitos autócrinos sobre os mastócitos, e aumentando a produção de IgE
pelas células B. IL-5, IL-8 e 9, são importantes na quimiotaxia de outras células inflamatórias ao local da
reação.
(Fig. 23.3)
Imunoglobulina E
A produção inicial de IgE se dá após a apresentação do antígeno pelas APC aos LTh2 e Linfócitos
B que passarão a produzi-la. A presença das LTh2 se dá devido à ação de IL-3 e IL-4, e consequente
supressão das células LTh1, que induziriam uma resposta de IgG e celular. As células Th1 são as
responsáveis pela regulação da produção de IgE através da produção de citocinas supressoras. Os LTh 2
produzem a IL-4 e IL-3 que induzem a troca de classes dos linfócitos B para produzirem IgE.
Esta reação geralmente é local e nos linfonodos regionais. A IgE se liga aos mastócitos locais e a
excedente ganha a circulação e sensibilizará os basófilos circulantes e outros mastócitos em outros tecidos.
Estas células possuem receptores de alta afinidade para a porção Fc da IgE. Uma vez ligada a estas células
pode permanecer por vários meses nesta condição, pois estará protegida das proteases séricas.
Ao níveis séricos de IgE geralmente estão elevados em duas condições: Alergia e infestações
parasitárias. Nas alergias o nível pode não estar elevado, o que não exclui a atopia. Por outro lado, níveis
elevados em pacientes suspeitos de alergia podem confirmar o diagnóstico.
.
Mastócitos e Basófilos
Existem dois tipos de mastócitos: o do tecido conjuntivo (CTMC) e das mucosas (MMC).
Os CMTC são encontrados ao redor de vasos sanguíneos por todo o organismo, sendo diferentes em cada
tecido. Na verdade a origem das células pode ser a mesma, porém o microambiente local induz estas
alterações. Estas células possuem grânulos que contém os mediadores químicos da inflamação e algumas
proteases.
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Outras células podem se ligar a IgE, como os eosinófilos, plaquetas e células de Langerhans, através do
receptor de Fc II de baixa afinidade. Estas células também possuem mediadores da inflamação e são
encontradas nos tecidos de indivíduos alérgicos ligadas à IgE.
A degranulação dos mastócitos acontece após a ligação cruzada do antígeno com a IgE da
membrana, aumentando os níveis intracelulares de Ca++ e alterando a permeabilidade e o esqueleto
celular. Da mesma maneira que alérgenos, os mitógenos como PHA e ConA podem estabelecer uma
reação cruzada entre os receptores para IgE e desencadear todo o processo de degranulação. A
degranulação ocorre pela exocitose dos grânulos citoplasmáticos que contém principalmente histamina.
Além de haver a produção de ácido aracdônico que será metabolizado em leucotrienos e prostaglandina.
Os basófilos têm função semelhante na corrente sanguínea.
Eosinófilos: estão presentes nas Reação de hipersensibilidade Tipo I, atraídos quimiotaticamente pelas
células Th2, e pelos mediadores dos mastócitos, estando portanto sempre associados às reações alérgicas.
Afecções alérgicas específicas: Acometem o local de entrada do antígeno: pele, olhos e mucosas.
Alergia ao leite das vacas jérsey.
Alergia alimentar nos cães é reponsável por 1% das doenças cutâneas dos cães e gatos.
Dermatite cutânea Inalatória
Alergia a vacinas e drogas
Alergias a parasitas
Reações Cutâneas:
O teste cutâneo clássico para alergia consiste na punção da pele e aplicação de antígenos no local,
causando a formação de pápula e eritema (vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, edema e
prurido). Simultaneamente pode-se dosar IgE específica para os alérgenos em questão (RAST – teste
radioalergoabsorvente) e concluir-se o diagnóstico de alergia. Apesar da reação cutânea, os sintomas
podem ocorrer nos brônquios ou nariz, indicando a presença de mastócitos sensibilizados na pele.
Reações Brônquicas:
Indivíduos asmáticos possuem grande quantidade de mastócitos alveolares, o que indica a ação destas
células no desencadeamento destas reações. Os mediadores da inflamação provocam uma
broncoconstrição reversível e infiltração celular tardia alveolar, gerando a crise asmática. Estes indivíduos
possuem uma hiper-reatividade brônquica, devido à exposição constante ao alérgeno.
Além de fatores genéticos, a deficiência de células T pode estar associada com atopia devido à
ausência da ação supressora destas células. Poluentes ambientais podem aumentar a permeabilidade da
mucosa e favorecer a penetração do antígeno e a responsividade a IgE, como os gases de automóveis.
Em 1900 até 2% da população tinha asma. Hoje, até 30%.
Limiar alérgico: Os sintomas aparecem quando o nível de atividade imunológica limiar é excedido. Este
limiar é dado por diversas condições do hospedeiro, como exposição ao alérgeno, predisposição genética,
ausência de LT, etc.
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Papel benéfico da IgE: Defesa contra parasitos. As alergias surgiram como um efeito indesejável da
resposta contra os helmintos, visto que os efeitos inflamatórios alérgicos são responsáveis em parte pelo
combate de helmintos no intestino.
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Inalação de material antigênico: São produzidos anticorpos nos pulmões contra antígenos
(fungos geralmente) inalados continuamente, levando a deposição de complexos imunes nos
alvéolos, inflamação e fibrose. Os anticorpos nestes casos são IgG e não IgE como nas
hipersensibilidades tipo I. Ex.: bovinos e equinos que inspiram fungos de feno embolorado por
muito tempo, fazendeiros, criadores de pombos, cultivadores de cogumelos e bibliotecários.
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Existem exames para detecção de complexos imunes nos órgãos afetados. Por imunofluorescência
pode-se detectar a presença de Ig e complemento. Pode-se detectar complexos imunes circulantes ligados
aos eritrócitos ou no plasma.
Hipersensibilidade Tipo IV
As reações de hipersensibilidade tipo IV podem ser de três tipos: contato e tuberculínica, que levam
48 a 72 horas para ocorrer e granulomatosa que leva 21 a 28 dias. Por isso são chamadas de reações de
hipersensibilidade tardia (DTH). Estão relacionadas à imunidade por células T, que são sensibilizadas no
primeiro contato com o antígeno.
Na Reação de Hipersensibilidade Tardia, a célula efetora final é o macrófago ativado por linfocinas.
Os LTh ou LTc secretam linfocinas que recrutam os monócitos, e os ativam em macrófagos para eliminarem
o Ag. O TNF ( Fator de Necrose Tumoral) faz com que as células endoteliais recrutem os monócitos
circulantes e o INF- (Interferon Gama) ativa-os, para que iniciem uma resposta inflamatória aguda que
produzirá um remodelamento tecidual (granuloma).
Ex.: PPD – Teste cutâneo para diagnóstico de Tuberculose. Injeta-se o antígeno e verifica-se a
formação do granuloma no paciente positivo.
A DTH tem 4 fases: Cognitiva, de ativação e efetora que consiste de duas fases: inflamatória e de
resolução (granulomatosa - fagocitose do agente).
Hipersensibilidade de contato
É uma reação eczematosa no ponto de contato com o antígeno. Pode ser confirmada pela inoculação
intradérmica do antígeno e formação de eczema 2 a 4 dias após a aplicação. Certas substâncias irritantes
podem gerar eczemas que não são de hipersensibilidade, cujos mecanismos de formação são semelhantes.
As substâncias que levam a hipersensibilidade tardia são níquel, cromo, formaldeído, ácido pícrico,
corantes, resinas e óleos vegetais, organofosforados, neomicina, hera venenosa, diclorvos (coleira anti
pulgas), xampus, plásticos, etc. Os imunógenos são haptenos e se ligam a proteínas carreadoras no
organismo.
Células de Langerhans
São as principais APC nas reações de hipersensibilidade de contato. São mais eficientes que os
macrófagos. Os antígenos são processados e apresentados ligados ao CHP II.
Queratinócitos
As células estruturais da pele tem um papel importante na imunidade local pois produzem citocinas
que ativam as células de Langerhans, e atraem outras células como os mastócitos e induzem a liberação de
moléculas supressoras. Os queratinócitos são ativados por alérgenos e substâncias irritantes, e passam a
secretar TNF- e Fator estimulador do crescimento granulocítico-monocítico (GM-CSF).
Mecanismo
Indução (fase efetora - inflamatória): As células T CD4+ saem dos linfonodos e vão para a pele.
Estas reconhecerão o Ag ligado às células de Langerhans e formarão uma reposta celular contra estas
células, edema e formação de vesículas epiteliais. Ao mesmo tempo inicia-se uma resposta inflamatória
com deposição de fibrina e recrutamento e ativação dos monócitos no local. Esta resposta caracterizada por
eritema, prurido e edema é conhecida como dermatite alérgica de contato. O autotraumatismo, ulceração e
piodermite estafilocócica secundária, mascaram a lesão. Se a estimulação continuar pode-se chegar a
hiperqueratose e fibrose dérmica.
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Reação tuberculínica
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Auto Imunidade
Introdução: Timo
Seleção Negativa elimina por apoptose os linfócitos que reagem contra os antígenos próprios,
durante a maturação dos Lt no Timo. Porém além de algumas células poderem escapar da seleção
negativa, nem todos os antigenos do organismo estão no timo durante a formação do SI e maturação dos
Lt. Portanto, existem sim linfócitos auto imunes não ativados nos órgãos secundários. Estes ficam sob
controle do SI, e apenas irão desencadear uma RI se entrarem em contato com o antígeno, juntamente com
todos os outros fatores componentes da RI.
Indução da Auto-imunidade
A autoimunidade tem desenvolvimento expontâneo e aleatório com causas geralmente não óbvias.
Prováveis mecanismos:
1) Exposição de antígenos previamente ocultos e reconhecimento por células T não tolerantes.
2) Auto antígenos que não induzem tolerância;
3) Autoantígenos que não são gerados;
4) Não processados ou apresentados
5) Quantidades subliminares, ou seja, tão pequenas que não são suficientes para induzirem a auto
imunidade.
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Falha no controle regulador: A resposta autoimune deve ser prolongada para gerar doença.
Isto ocorre se houver falha no controle pelo SI.
Ex.: Inoculação de hemácias de rato em um camundongo e verificação de hemólise transitória. Se
houver falha no controle, ocorre anemia grave. Os tumores linfóides tem alta correlação com as
doenças auto imunes, por causa da desregulação do SI.
Vírus como indutores de auto imunidade: Alguns vírus podem desencadear doenças auto-
imunes. Por enquanto apenas consegui-se correlacionar a presença do vírus com as doenças.
Ex.: LES x Retrovírus tipo C ou paramixovírus.
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Imunodeficiências
São falhas no SI, que se tornam aparentes com o aumento da susceptibilidade do animal a doenças
e infecções oportunísticas.
Imunodeficiências primárias
São causadas por defeitos primários no SI herdados geneticamente. São muito semelhantes as que
acometem o homem. Nos animais porém, há complicações relativas a susceptibilidades raciais, que podem
variar com a variabilidade genética. Podem aparecer ou não dependendo da distribuição geográfica das
raças.
Algumas raças com susceptibilidade aumentada a imunodeficiências congênitas: cães Collies, setters,
cocker spaniel, basenji, foxhounds, dobbermans, rottweilers, pastores alemães, weimmaraners, pelado
mechicano, gatos PCD, Persa cinza, cavalos árabes, bovinos holandeses.
Aplasia Tímica
Imunodeficiência
Combinada
Processamento Células T Imunidade
Tímico celular
Precursores
Linfóides
Processamento Linfócitos B Anticorpos
Célula Precursora “bursal”
Precursores
Mielóides
Deficiências em classes
Agamaglobulinemia
imunoglobulínicas
Neutrófilos
Defeitos
Neutrofílicos
DEFEITOS NA FAGOCITOSE:
Síndrome de Chédiak-Higashi: afeta bovinos, visons, gatos, tigres brancos, camundongos, orca e
homem. Defeitos de pigmentação e nos grânulos dos leucócitos, que perdem a capacidade de destruição
intracelular, diminui a capacidade quimiotática e ficam com grânulos mais frágeis, provocando lesões
teciduais após sua espontânea liberação. Aumenta a susceptibilidade a vírus e tumores e hemorragias pois
afeta a função plaquetária.
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Outras Igs aparecem gradualmente IgM e outras classes aparecem Igs não aparecem
gradualmente
O valor dos animais permitiu o estudo da mortalidade neonatal e das imunodeficiências congênitas.
Imunodeficiência combinada severa IDCS: Caracterizada por uma aplasia linfóide (B e T) com
agamaglobulinemia. A doença se manifesta aos 2 meses com o fim da imunidade materna, com
infecções recorrentes e severas por microorganismos de baixo grau. Geralmente são infecções
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respiratórias e intestinais que inevitavelmente levam o animal a óbito até os 4 a 6 meses. É uma
doença autossômica recessiva e 25% dos cavalos árabes possuem o gene. Se os portadores
fossem identificados e eliminados, poderia-se erradicar a doença. O diagnóstico é feito com
base na linfopenia, dosagem de IgM nos potros e histologia típica da IDCS (hipoplasia
macroscópica dos órgãos linfóides). 10 vezes mais comum que a deficiência seletiva de IgM.
Agamaglobulinemia: Doença rara caracterizada pela ausência de células B e níveis muito
baixos de Igs.
Hipogamaglobulinemia transitória: Decorre do retardo no início da síntese de Igs após o
nascimento e fim da imunidade maternal.
Deficiência seletiva de IgM: Doença rara que afeta principalmente árabes e Quarto de milha. Os
animais morrem de infecções respiratórias por deficiência de IgM. 10 vezes mais comum que a
agamaglobulinemia.
Deficiência seletiva de IgG: Apenas um único caso descrito.
IDCS ligada ao X: Descrita nos basset hounds e cardigam welsh corgis. Os animais
apresentam infecções coincidentes com o fim da imunidade materna. Há uma deficiência de
células T pois não respondem à IL-2. Estas células possuem um defeito no RIL-2 células T não
responsivas à IL-2.
Deficiência seletiva de IgM e IgA: São raras e acometem Pastor Alemão, Shar-pei, Beagle.
Hipogamaglobulinemia transitória: lulu da pomerânia: retardo no início do desenvolvimento das
RI nos filhotes.
Deficiência de Células T com Nanismo: Weimaraner (rara).
Acrodermatite: Bull terrier atímicos, linfonodos e baço pequenos.
Imunodeficiências não caracterizadas: quadros clínicos sem relação com as doenças já
descritas.
Imunodeficiência no Homem
Doença granulomatosa crônica: defeito nos neutrófilos
Digenesia reticular : defeito no desenvolvimento das células precursoras mielóides e linfóides.
Deficiência de células T – (Anomalia de DiGeorge)
Deficiências de células B – agamaglobulinemia de Bruton – recessiva ligada ao X. Não
produzem ac. Síndrome de Wiscott-Aldrich (IgM), ataxia-telangiectasia (IgA e IgE + defeitos no
SNC)
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scid – número baixo de Linfócitos B e LT, que tem o desenvolvimento interrompido, não
-globulinas e não produzem resposta. EN normais.
me (Camundongos roídos por traças) – LT defeituosos e produção exagerada de
anticorpos. Morrem de doenças auto-imunes.
xid – defeito de Linfócitos B recessivo ligado ao X. Não possuem certos subgrupos de Linfócitos
B.
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Imunodeficiências Secundárias
Fatores causais:
Microorganismos
Vírus, Bactérias, Protozoários
Toxinas
Estresse
Desnutrição
Vírus da Panleucopenia Felina, parvovirose 2, FELV, e peste suína africana: esgotamento dos
tecidos linfóides. Os vírus se localizam nos centros germinativos.
Vírus da Diarréia Viral Bovina: Linfopenia e destruição de Linfócitos B e LT, destruindo as placas
de Peyer e permitindo a invasão bacteriana secundária. As células B que sobrevivem são mal
funcionais.
Depressão da função neutrofílica e CCAD.
As reações imunossupressoras dos vírus são complexas, podendo mesclar imunossupressão por uma lado
e imunoestimulação de outro, neoplasias e hiperatividade linfóide.
Vírus que destroem os tecidos linfóides: Vírus que Estimulam a Hiperatividade Linfóide
HIV Maedi-Visna
Sarampo Doença Aleutiana
SIV Febre Catarral Maligna
FAIDS
FELV Vírus que causam neoplasias linfóides
Panleucopenia Felina
Herpesvírus 1 eqüino
Cinomose Marek
Peste Suína Africana FELV
DBV Leucemia Bovina
Herpesvírus Tímico dos Leucemia dos Camundongos
Camundongos HTLV 1
VBPI
Newcastle
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Exemplos:
Cinomose: Deprime a reatividade a PHA, mas rejeição de transplantes normal.
Visna: deprime a resposta celular e potencializa a resposta humoral.
Vírus de Leucemia: Deprime mais a resposta a IgG que IgM.
AIE: Deprime a IgG (T) e as outras permanecem normais.
Retroviroses:
Nos primatas: HIV – afeta além do homem, o chimpanzé e o gibão em laboratório. Além destes, macaco
Rhesus (que não desenvolve a doença), coelhos e camundongos são modelos experimentais para o HIV.
Felinos:
Oncornavírus: Vírus da Leucemia Felina (VLF ou FELV): Provoca doenças degenerativas e
proliferativas. Tem alta prevalência, com animais que permanecem infectados por toda a vida. As células
infectadas passam a produzir o Antígeno Celular do Oncornavírus Felino (ANCOF), que é um marcador
celular com restrições pois aparece em alguns linfosarcomas sem a presença do vírus. O VLF é muito
imunossupressivo.
Lesões do VLF: 1- destruição dos linfócitos, diminuição da função e imunodeficiência.
2 – Produção de imunocomplexos e glomerulonefrite severa.
Os linfócitos T são muito prejudicados e os Linfócitos B menos. O vírus não destrói a função dos
Linfócitos B, que continuam produzindo anticorpos que formam imunocomplexos, que podem se ligar a
hemácias levando a ativação do comlpemento, anemia e depleção do complemento. Os animais ficam
susceptíveis a tumores.
AIDS-VLF: são duas populações virasi que se complementam, uma consegue replicar e a outra produz a
AIDS quando juntas.
Existem vacinas contra a FELV e o diagnóstico é por ELISA e IFD.
Lentivírus: Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV): É muito relacionado ao HIV, sendo que 12 a
33% dos gatos que se infectam com FELV se infectam também com o FIV, potencializando seus efeitos. É
transmitido pela saliva e causa imunoproliferação, imunodeficiência e doenças neurológicas. Ocorre uma
diminuição nos CD4, linfopenia por perda de LT. O vírus é muito espécie específico. O diagnóstico é feito
por ELISA, Western Blotting e IF.
Bovinos e cães: forma relatados vírus de imunodeficiência nestes animais com características semelhantes
ao outros vírus de ID.
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Toxinas:
Bifenil policlorados e polibromados, dieldrina, iodo, chumbo, cádmio, mercúrio etílico, DDT:
importantes na poluição ambiental.
Micotoxinas: toxina T-2 do Fusarium, Aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos: Importantes para os
animais de produção que se alimentam de grãos embolorados.
Desnutrição:
Fome e doença são intimamente relacionadas, mas não se pode afirmar que a desnutrição
seja imunossupressora, visto que ela pode ser devido a excesso de nutrientes, ou desequilíbrio.
A inanição pode deprimir a ação das células T, prejudicando a resposta celular. Ocorre linfopenia e
atrofia tímica com diminuição dos hormônios tímicos. As células B ficam inalteradas e aoquantidade
de Igs pode até subir. Ocorre diminuição dos níveis de complemento, quimiotaxia e atividade
microbicida.
Exercício: O exercício moderado aumenta os níveis de IL-1, IL-2 e FNT- potencializa as células
EN, aumenta o número de neutrófilos e a resistência a tumores. O excesso de exercícios estressantes,
potencializa a susceptibilidade a infecções devido a uma imunodeficiência funcional.
Idade: Tanto a RI humoral quanto celular diminui com a idade. Com a involução do timo ocorre uma
gradual substituição das células virgens por células de memória. Com o passar do tempo as células perdem
a capacidade de responder à IL-2.
As células B sofrem menos com a idade. Apenas perdem um pouco da capacidade de variação da
região V dos genes das Igs, fazendo com que os anticorpos formados tenham menos afinidade pelo
antígeno. Os macrófagos diminuem a produção de citocinas e perdem um pouco da resposta a agentes
ativadores como o INF-
à imaturidade do SI.
Perda de proteínas maciça na síndrome nefrótica, parasitoses com alta infestação, tumores,
queimaduras ou traumatismos severos, diarréia crônica nos equinos, diabetes melito.
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Estresse: Frio, desmame precoce, privação do sono, transporte prolongado e superlotação são
fatores predisponentes à imunodeficiências.
Drogas: Imunofarmacologia é o ramo da imunologia que estuda o efeito das drogas sobre o SI.
Corticosteróides: tem efeito na circulação leucocítica, mecanismos efetores imunes dos linfócitos, modulam
a aatividade dos mediadores inflamatórios, modificam o metabolismo dos carboidratos, gorduras e
proteínas. O efeito pode variar com a espécie.
Drogas Citotóxicas:
Drogas imunossupresivas que Inibem a divisão celular, agindo em vários estágios da
síntese e da atividade dos ácidos nucléicos.
Ciclofosfamida, azotioprina, metotrexato. São utilizadas para o tratamento de neoplasias e doenças
imunomediadas, e na rejeição de transplantes, tendo efeitos colaterais importantes como depressão
da medula óssea, anemia, leucopenias, trombocitopenia e hemorragias.
Sais de ouro (aurotiomalato, aurotioglicose), alcalóides (vincristina, vinblastina), hidroxiuréia, 5-fluo-
uracil, são drogas imunossupressoras menos usadas.
Soro Anti Linfocítico (SAL): Suprime a resposta celular e deixa intacta a resposta humoral, tem
efeito variáveis e efeitos colaterais severos. O organismo desenvolve anticorpos neutralizantes
contra o SAL, limitando o uso.
Radiação: destruição inespecífica das células por interferirem nas reações dos ácidos nucléicos,
podendo afetar diversas populações celulares além das linfóides.
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