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Schilling afirma que isto acontece por causa da enzima degradante da insulina
(IDE - insulin-degrading enzyme), uma enzima que degrada a insulina e as
proteínas amiloides no cérebro – as mesmas proteínas que se aglomeram e
levam à doença de Alzheimer. Pessoas que não têm insulina suficiente, como
aquelas cuja capacidade do corpo de produzir insulina foi esgotada pelo
diabetes, não vão produzir enzimas suficiente para quebrar esses aglomerados
no cérebro. Enquanto isso, em pessoas que usam insulina para tratar seu
diabetes e acabam com excesso de insulina, a maioria dessa enzima é utilizada
para quebrar essa insulina, não deixando enzima suficiente para realizar a
quebra dos aglomerados de amiloides no cérebro.
De acordo com Schilling, isso pode acontecer mesmo em pessoas que ainda não
têm diabetes – que estão em um estado conhecido como “pré-diabetes”.
Simplesmente significa que sua glicose sanguínea é superior ao normal, e é algo
que afeta aproximadamente 86 milhões americanos.
Mas ela diz que existem várias teorias aí fora para explicar a conexão entre
níveis elevados de glicose no sangue e demência. O diabetes também
pode enfraquecer os vasos sanguíneos, o que aumenta a probabilidade de que
você venha a ter mini AVCs no cérebro, causando várias formas de
demência.Uma alta ingestão de açúcares simples pode fazer as células, incluindo
as do cérebro, ficarem resistentes à insulina, o que poderia causar a morte das
células cerebrais. Enquanto isso, comer demais em geral pode causar obesidade.
A gordura extra em pessoas obesas libera citocinas, ou proteínas inflamatórias
que também podem contribuir para a deterioração cognitiva, disse Roberts.
Em um estudo de Gottesman, a obesidade dobrou o risco da pessoa de ter
proteínas amiloides elevadas em seus cérebros ao longo da vida.
Roberts disse que pessoas com diabetes tipo 1, em sua maioria, apenas estão em
risco se a sua insulina é tão mal controlada que elas têm episódios de
hipoglicemia. Mas até pessoas que não têm qualquer tipo de diabetes
devem estar atentas a sua ingestão de açúcar, ela disse.
“Só porque você não tem diabetes tipo 2 não significa que você pode comer
tanto carboidrato quanto quiser”, ela disse. “Especialmente se você não é
fisicamente ativo.” O que comemos, ela acrescentou, “é um grande fator na
manutenção do controle do nosso destino”. Roberts disse que este novo estudo
de Xie é interessante porque ele também mostra uma associação entre pré-
diabetes e o declínio cognitivo.
“A doença de Alzheimer é como um fogo que queima lentamente e que você não
vê quando começa,” Schilling disse. Leva tempo para os aglomerados se
formarem e para a cognição começar a se deteriorar. “No momento em que você
vê os sinais, é demasiado tarde para apagar o fogo.”