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CURSO DIREITO TRIBUTÁRIO – TEORIA E EXERCÍCIOS AFRF (ESAF)

Prof. Alberto Macedo


Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária

Conteúdo Direito Tributário


1. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ...................................... 2
1.1. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO TEMPO ........................ 2
1.2. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO ESPAÇO .....................11
2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .................................. 14
2.1. FATOS GERADORES FUTUROS E PENDENTES ................................14
2.2. RETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA .........................................15
3. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.......................... 20
3.1. INSTITUTOS, CONCEITOS E FORMAS DE DIREITO PRIVADO ...........21
3.2. INTERPRETAÇÃO LITERAL ...........................................................23
3.3. INTERPRETAÇÃO BENIGNA..........................................................24
4. INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................... 25
4.1. ANALOGIA ................................................................................25
4.2. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO ..............................27
4.3. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO ...................................27
4.4. EQUIDADE ................................................................................28
5. QUESTÃO DISCURSIVA ............................................................... 57

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1. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

No CTN:
Vigência da Legislação Tributária
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária
rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em
geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.

Essas “disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral” estão


dispostas basicamente em dois diplomas normativos:
(i) Decreto-Lei nº 4.657/1942, que até bem pouco tempo era denominado
“Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro” (LICC), chamando-se agora
“Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro”, pela redação dada pela
Lei nº 12.376/2010.

De agora em diante, então, vou abreviar a Lei de Introdução às normas do


Direito Brasileiro assim: “LIDB”.

(ii) Lei complementar nº 95/1998, que prevê no art.8º:


Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo
a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua
publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia
subseqüente à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a
cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de
sua publicação oficial’.

1.1. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO TEMPO


Prevê a LIDB:
Art.1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

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§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente
publicada.

Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a


conhece.

3 MOMENTOS que temos que distinguir:

1º) PUBLICAÇÃO Só com ela é que nasce a presunção de que todos


conhecem a lei (art.3º, LIDB)

2º) VIGÊNCIA A lei tem que entrar em vigor para ter a aptidão de
obrigar seus destinatários

3º) EFICÁCIA Ter eficácia é poder ser aplicada

Para ter eficácia, antes tem que ter sido publicada e estar vigente.

Para ter vigência, antes tem que ter sido publicada.

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“VACATIO LEGIS” = Período entre a publicação da lei e o início de sua


vigência.

Se a lei: Vacatio Legis


Diz: “Esta lei entra em vigor na
data de sua publicação.” Não há
Data PUBLICAÇÃO = Data VIGÊNCIA
Diz: “Esta lei entra em vigor no
prazo de “X” dias, a partir da data = “X” dias
de sua publicação.”
Omite a data de vigência para
= 45 dias
pessoa no Brasil
Omite a data de vigência para
= 3 meses
pessoa em Estado estrangeiro

1.1.1. Vigência e Princípio da Anterioridade


Lei que institua ou aumente tributo, em que pese estar vigente, pode ser
que não esteja eficaz, por conta do princípio da anterioridade.

Ser eficaz = ser aplicável; poder incidir

Algumas situações:
(i) Lei “A” cria tributo – “em vigor na data da publicação”:

Publ. 01.01.12
01.06.11

Vigência Eficácia

LEI “A”

Porém, só há incidência desse tributo quando houver eficácia, em 01.01.12,


por causa do princípio da anterioridade do exercício financeiro.

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(ii) Lei “A” cria tributo – OMISSA EM RELAÇÃO À VIGÊNCIA:

Publ. 16.07.12 01.01.12


01.06.11

45d Vigência Eficácia

LEI “A”

A vigência ocorre no 1º dia (16.07.12) após os 45 dias, porém, só há


incidência desse tributo quando houver eficácia, em 01.01.12.

(iii) Lei “A” cria tributo que só se submete à anterioridade do exercício


financeiro (não à nonagesimal) – OMISSA EM RELAÇÃO À VIGÊNCIA:

Publ. 01.01.12 03.02.12


20.12.11

45d

Vigência Eficácia

LEI “A”

Apesar de obedecido o princípio da anterioridade do exercício financeiro, só


há incidência desse tributo quando a lei for vigente, em 03.02.12 (1º dia
após os 45 dias). E como não há que se falar em eficácia antes da vigência,
ela coincide com a vigência.

Essa situação é evitada na prática, prescrevendo-se na lei expressamente


que ela entra em vigor na data da publicação. Assim, já se consegue cobrar
o tributo em 01.01.12.

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(iv) Lei “A” cria tributo que se submete à anterioridade do exercício


financeiro e à nonagesimal – OMISSA EM RELAÇÃO À VIGÊNCIA:

Publ. 01.01.12 03.02.12 19.03.12


20.12.11
Vigência

90d Eficácia
45d

LEI “A”

Apesar de vigente em 03.02.12, só há incidência desse tributo quando


houver eficácia, que, neste caso, dá-se em 19.03.12, por conta da
obediência à anterioridade nonagesimal.

Mesmo que a lei expressamente previsse que entra em vigor na data da


publicação, teria que aguardar os 90 dias da anterioridade nonagesimal.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – PUBLICAÇÃO

Art. 150. [...], é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na
alínea b;

1.1.2. Vigência e Princípio da Irretroatividade

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – VIGÊNCIA

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Art. 150. [...], é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado;

Voltemos à situação (iii), apresentada acima:

(iii) Lei “A” cria tributo que só se submete à anterioridade do exercício


financeiro (não à nonagesimal) – OMISSA EM RELAÇÃO À VIGÊNCIA:

Publ. 01.01.12 03.02.12


20.12.11

45d

Vigência Eficácia

LEI “A”

Apesar de obedecido o princípio da anterioridade do exercício financeiro, só


há incidência desse tributo quando a lei for vigente, em 03.02.12 (1º dia
após os 45 dias). E como não há que se falar em eficácia antes da vigência,
ela coincide com a vigência.

Fatos ocorridos entre 01.01.12 e 02.02.12, inclusive, não podem ser


tributados por conta exclusivamente do princípio da irretroatividade.

Fatos ocorridos entre 20.12.11 e 31.12.11, inclusive, não podem ser


tributados por conta do princípio da irretroatividade e do princípio da
anterioridade do exercício financeiro.

1.1.3. Vigência das Normas Complementares – Art.103, CTN

Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:


I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100,
na data da sua publicação;

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II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a
seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua
publicação;
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data
neles prevista.

Pergunto: a lei do processo administrativo fiscal de um ente político prevê


que as decisões relativas ao art.100, II, CTN, entram em vigor 60 dias após
a data de sua publicação. Está errada? NÃO, PORQUE O ART.103, CTN, DIZ
“SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO”. OU SEJA, PODE A LEI ORDINÁRIA
DO ENTE PÚBLICO ESTABELECER PRAZO DIVERSO DO PREVISTO NO
ART.103, CTN.

1.1.4. Vigência no Art.104, CTN

Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte


àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no
artigo 178.

A doutrina se divide sobre se o art.104, CTN, teria sido recepcionado ou não


pela Constituição, já que o princípio da anterioridade poderia ter tornado o
art.104, CTN, inócuo.

Quanto aos incisos I e II, apesar de sua inutilidade prática, temos que
lembrar que o dispositivo trata de regra especial de vigência, e não
somente de eficácia, como é o caso da anterioridade.

Em relação ao inciso II, as regras que definem novas hipóteses de incidência


de impostos são também regras que instituem ou majoram esses impostos.

Como esses incisos I e II não afrontam o princípio da anterioridade,


convivendo com o mesmo, e não há entendimento doutrinário ou
jurisprudencial que indique pela não recepção dos mesmos, para efeito de
concurso público, permanecem válidos.

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Quanto ao inciso III do art.104, conforme vimos no item 1.5.5. da Aula 02,
pelo entendimento tradicional do STF, se a lei revogada não concedeu a
isenção por prazo certo nem em função de determinadas condições
(isenção onerosa) (art.178, CTN), não se equipara essa revogação a uma
majoração de tributo, podendo ele ser exigido imediatamente, não se
aplicando o princípio da anterioridade (RE 204.062 e Súmula 615).

No entanto, pelo julgamento da ADIMC 2.325 DF, ficou decidido que “a


modificação no sistema de creditamento pela norma em questão [LC nº
102/2000, que modificou a sistemática de creditamento do ICMS], quer
consubstancie a redução de um benefício de natureza fiscal, quer configure a
majoração de tributo, cria uma carga tributária para o contribuinte e,
portanto, sujeita-se ao princípio da anterioridade”.

Devemos acompanhar, então, como esse assunto vai evoluir no STF.

Divergências dessa ordem fazem com que a banca, normalmente, exija, em


questão da prova, no máximo, a literalidade do dispositivo.

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Diagrama da Vigência no Tempo:

No Brasil s.d.c., 45 dias


após a publicação
REGRA GERAL Art.1º e §1º
LIDB
No Estado 3 meses após a
Estrangeiro publicação

Atos s.d.c., na data


VIGÊNCIA Normativos da sua publicação
NO TEMPO

Decisões s.d.c., 30 dias


Administrativas após a publicação
Art.103
CTN
Práticas Não há prazo
Reiteradas definido

Convênios entre Na data neles


REGRAS U, E, DF, M prevista
ESPECIAIS

...institui ou
Art.104 majora
CTN:
Impostos ...define nova
sobre hipótese de No primeiro dia
Patrimônio incidência do exercício
ou Renda: seguinte à
Lei que... publicação
...extingue ou
reduz isenção,
salvo se mais
favorável ao
contribuinte

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1.2. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO ESPAÇO

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos
limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras
leis de normas gerais expedidas pela União.

Em regra, prevalece o princípio da territorialidade, ou seja, a lei estadual só


vale dentro do Estado, a lei distrital só vale dentro do Distrito Federal e a lei
municipal só vale dentro do Município.

Mas há as regras especiais, de extraterritorialidade, dentro da Federação, de


que trata o art.102, sistematizadas no diagrama abaixo.

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Diagrama da Vigência no Espaço:

TERRITORIALIDADE
REGRA GERAL:

Ex.: Acordos entre Estados


para adoção de Substituição
VIGÊNCIA CONVÊNIOS Tributária em operações
NO ESPAÇO interestaduais entre esses
Estados
(art.9º, LC 87/96)
EXTRATERRITORIALIDADE
REGRA ESPECIAL:

Art.120, CTN.
Ex.: Tocantins, quando
CTN criado, aplica a legislação
tributária de Goiás até que
entre em vigor a sua própria

Ex.: Definição do local da


OUTRAS LEIS prestação do serviço, para o
DE NORMAS caso de prestações de
GERAIS serviço intermunicipais
(art.3º, LC 116/03)

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01- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que
corresponde à resposta correta.
I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que
implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida
em lei até o último dia daquele em que foi editada.
II. De conformidade com a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, a
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora,
no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o
Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela
União.
III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação,
conforme estabelece o Código Tributário Nacional.
IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em
contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios entram em vigor na data da sua publicação.
(A) Apenas as formulações I, II e III são corretas.
(B) Apenas as formulações I, II e IV são corretas.
(C) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
(D) Apenas as formulações II, III e IV são corretas.
(E) Todas as formulações são corretas.

Resolução

I. CORRETA. Art.62, §2º, CF88.


II. CORRETA. Art.102, CTN.
III. CORRETA. Art.104, II, CTN.
IV. ERRADA. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição
em contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios entram em vigor na data NELES PREVISTA
(Art.103, III, CTN).

GABARITO: A

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02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)
Lei instituidora de tributo, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à
data de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória:
(A) na data de sua publicação.
(B) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
(C) trinta dias após a data de sua publicação.
(D) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação.
(E) sessenta dias após a data de sua publicação.

Resolução

Atentemos que lei se tornar obrigatória não quer dizer lei ter eficácia, mas
tão somente vigência. Assim, independentemente de se esse tributo
obedece a um dos princípios da anterioridade (exercício financeiro e
nonagesimal), como há omissão da lei quanto à data da vigência, ela se
torna obrigatória 45 dias após sua publicação, conforme art.1º, caput, da
LIDB (Decreto-Lei nº 4.657/1942).

GABARITO: D

2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

2.1. FATOS GERADORES FUTUROS E PENDENTES

Aplicação da Legislação Tributária


Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos
geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do
artigo 116.

Quando o dispositivo fala que a legislação tributária se aplica a fatos futuros,


quer dizer que ela não pode retroagir para alcançar fatos já ocorridos.

O problema maior são os fatos geradores pendentes.

Para alguns doutrinadores, não poderiam existir fatos geradores pendentes,


pois ou o fato ocorreu, ou não ocorreu.

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Na verdade, o fato gerador pendente ocorre quando é formado não por um
evento isolado (como a saída da mercadoria do estabelecimento, no ICMS),
mas por um conjunto de eventos que vão ocorrendo num determinado
período e que devem ser globalmente considerados (é o caso do Imposto de
Renda, em que as diversas receitas auferidas e despesas incorridas formam
esse conjunto, o qual será consolidado ao fim do período para se saber se
houve lucro, renda, acréscimo patrimonial = receitas (-) despesas).

Está pacificado no STF o entendimento de que o princípio da irretroatividade


não impede a lei nova que institua ou aumente tributo alcance o período
inteiro do fato gerador pendente, desde que o termo final desse período se
dê após a entrada em vigor dessa lei (RE 194.612 SC; RE 197.790 MG; RE
199.352 PR; AI-AgRg 333.209 PR).

Há inclusive Súmula que vai nesse sentido:


Súmula 584
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base,
aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser
apresentada a declaração.

2.2. RETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:


I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática.

Lembremos que o Princípio Constitucional da Irretroatividade em matéria


tributária (art.150, III, ‘a’, CF88) se refere à COBRANÇA DE TRIBUTOS, não
comportando exceções.

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Situação diferente é o que se regula no art.106, CTN: a possibilidade de
retroatividade da lei tributária quando for INTERPRETATIVA ou quando se
relacionar a INFRAÇÕES ou PENALIDADES (retroatividade benigna).

2.2.1. Lei Expressamente Interpretativa (Interpretação Autêntica)


Se uma lei expressamente interpretativa retroagir para afirmar que em
determinada situação duvidosa do passado o imposto era devido, o ente
público pode exigir o imposto devido, mas não pode exigir qualquer multa
ou penalidade ao sujeito passivo pelo não recolhimento do imposto naquela
época.

O STF reconhece a possibilidade da existência da lei interpretativa (ADI 605-


MC DF):
“[...] É plausível, em face do ordenamento constitucional brasileiro, o
reconhecimento da admissibilidade das leis interpretativas, que
configuram instrumento juridicamente idôneo de veiculação da
denominada interpretação autêntica. [...] Mesmo as leis interpretativas
expõem-se ao exame e à interpretação dos juizes e tribunais. Não se
revelam, assim, espécies normativas imunes ao controle
jurisdicional.”

E, de fato, as leis ditas interpretativas podem passar pelo crivo do Poder


Judiciário. Isso aconteceu com a LC 118/05, que se disse interpretativa
sobre o conteúdo do art.168, I, CTN, querendo interpretar retroativamente
que o termo inicial do prazo de prescrição para repetição de indébito
tributário não seria mais a data da homologação do pagamento (o que daria,
em regra, um prazo de 10 anos após o pagamento do tributo para pedir
restituição do tributo pago a maior), mas sim a data do pagamento
antecipado (o que faria cair esse prazo para 5 anos). Esse suposto caráter
interpretativo foi afastado pelo STJ no AI no EREsp 644.736 PE, que
entendeu ser modificativa, e não meramente interpretativa:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI INTERPRETATIVA. PRAZO DE


PRESCRIÇÃO PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO, NOS TRIBUTOS
SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. LC 118/2005:
NATUREZA MODIFICATIVA (E NÃO SIMPLESMENTE INTERPRETATIVA)
DO SEU ARTIGO 3º. INCONSTITUCIONALIDADE DO SEU ART.4º, NA
PARTE QUE DETERMINA A APLICAÇÃO RETROATIVA.”

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2.2.2. Lei Mais Benéfica

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: [...]


II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na
lei vigente ao tempo da sua prática.

A primeira pergunta é se o ato tem de ser não definitivamente julgado na


esfera ADMINISTRATIVA ou na esfera JUDICIAL.

Segue o entendimento do STF (RE 95.900 BA) a respeito:


“[...]. REDUÇÃO DA MULTA PARA 5%. ATO DEFINITIVAMENTE
JULGADO: ARTIGO 106 II, 'C', DO CTN. SE A DECISÃO
ADMINISTRATIVA AINDA PODE SER SUBMETIDA AO CRIVO DO
JUDICIARIO, E PARA ESTE HOUVE RECURSO DO CONTRIBUINTE,
NÃO HÁ DE SE TER O ATO ADMINISTRATIVO AINDA COMO
DEFINITIVAMENTE JULGADO, SENDO ESTA A INTERPRETAÇÃO
QUE HÁ DE DAR-SE AO ART. 106, II, 'C' DO CTN.”

Nesse mesmo sentido também: REsp 649.699 SP; REsp 464.372 PR; REsp
824.655 SE; REsp 471.136 SP; REsp 371.207 RS.

Assim, se o tributo ainda está sendo discutido em sede de execução fiscal,


e vier lei nova que reduza multa tributária a ele correspondente, o Fisco tem
que reduzir o valor total da cobrança conforme o valor reduzido da multa.

ATENÇÃO

PENALIDADE MENOS SEVERA ≠ JUROS DE MORA MENOS GRAVOSOS

Juros de mora não é penalidade. Assim, se uma lei posterior reduzir os


juros de mora relativos a tributo não pago e ainda em discussão judicial, não
há que se fazer qualquer redução do montante a ser cobrado.

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03- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001
ESAF) A aplicação retroativa de lei tributária não é admitida quando:
(A) estabelecer hipóteses de isenção.
(B) for interpretativa.
(C) deixar de definir ato não definitivamente julgado como infração.
(D) estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei vigente ao
tempo da prática do ato.
(E) deixar de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, respeitados os demais requisitos
legais.

Resolução

(A) ERRADA. (art.106, CTN).


(B) CORRETA. For interpretativa (art.106, I, CTN).
(C) CORRETA. Deixar de definir ato não definitivamente julgado como
infração (art.106, II, ‘a’, CTN).
(D) CORRETA. Estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei
vigente ao tempo da prática do ato (art.106, II, ‘c’, CTN).
(E) CORRETA. Deixar de tratar ato não definitivamente julgado como
contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, respeitados os demais
requisitos legais (art.106, II, ‘b’, CTN).

GABARITO: A

04- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007


FCC) A aplicação da lei a ato ou fato pretérito
(A) não ocorrerá em hipótese alguma.
(B) ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade, em lei
ordinária, e forem observados os princípios da anterioridade e da
“noventena”.
(C) ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade, em lei
complementar, e forem observados os princípios da anterioridade e da
“noventena”.
(D) ocorrerá, em qualquer caso, quando deixar de definir o ato como
infração.
(E) ocorrerá, tratando-se de ato não-definitivamente julgado, quando deixar
de defini-lo como infração.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
Resolução

(A) ERRADO. não ocorrerá em hipótese alguma. (ART.106, CTN).


(B) ERRADO. ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade,
em lei ordinária, e forem observados os princípios da anterioridade e da
“noventena”. É INCOMPATÍVEL A APLICAÇÃO DA LEI A ATO OU FATO
PRETÉRITO COM A APLICAÇÃO TAMBÉM DOS PRINCÍPIOS DA
ANTERIORIDADE E DA NOVENTENA, OS QUAIS PRESSUPÕEM QUE OS
EFEITOS DA LEI CRIADA ACONTECERÃO ALGUM TEMPO DEPOIS DE SUA
PUBLICAÇÃO. ALÉM DISSO, DEVERIA SER POR LEI COMPLEMENTAR.
(C) ERRADO. ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade,
em lei complementar, e forem observados os princípios da anterioridade e
da “noventena”. É INCOMPATÍVEL A APLICAÇÃO DA LEI A ATO OU FATO
PRETÉRITO COM A APLICAÇÃO TAMBÉM DOS PRINCÍPIOS DA
ANTERIORIDADE E DA NOVENTENA, OS QUAIS PRESSUPÕEM QUE OS
EFEITOS DA LEI CRIADA ACONTECERÃO ALGUM TEMPO DEPOIS DE SUA
PUBLICAÇÃO.
(D) ERRADO. ocorrerá, em qualquer caso TRATANDO-SE DE ATO NÃO-
DEFINITIVAMENTE JULGADO, quando deixar de definir o ato como infração.
(ART.106, II, ‘a’, CF88).
(E) CERTO. ocorrerá, tratando-se de ato não-definitivamente julgado,
quando deixar de defini-lo como infração. (ART.106, II, ‘a’, CF88).

GABARITO: E

05- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) A lei tributária poderá ser aplicada
retroativamente quando
(A) instituir tributo.
(B) extinguir tributo.
(C) deixar de definir determinado ato como infração, ainda que já
definitivamente julgado.
(D) for expressamente interpretativa.
(E) aumentar tributo.

Resolução

(A) ERRADA. instituir tributo. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (ART.150,


III, ‘a’, CF88).
(B) ERRADA. extinguir tributo. NA VERDADE, SERIA POSSÍVEL SIM
EXTINGUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECORRENTE DE OBRIGAÇÃO

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
TRIBUTÁRIA PRINCIPAL, O QUE É O CASO DA REMISSÃO, COMO VEREMOS
MAIS À FRENTE (ART.156, IV, CTN).
(C) ERRADA. deixar de definir determinado ato como infração, ainda DESDE
que já NÃO definitivamente julgado. (ART.106, II, ‘a’, CTN).
(D) CORRETA. for expressamente interpretativa. (ART.106, I, CTN).
(E) ERRADA. aumentar tributo. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
(ART.150, III, ‘a’, CF88).

GABARITO: D

3. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Interpretação e Integração da Legislação Tributária


Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto
neste Capítulo.

Os métodos de interpretação aplicados em outros ramos do direito valem


também para o direito tributário.

São eles:
(i) Interpretação Gramatical ou Literal - é a interpretação que deve se
ater àquilo que está no texto, sem muitas considerações de ordem
valorativa. Acaba sendo um método restritivo, pois evita considerar o
contexto da norma interpretada ou a intenção do legislador, por exemplo.

(ii) Interpretação Histórica – é a interpretação que considera a época em


que a norma foi construída, no seu contexto social, cultural, político e
econômico.

(iii) Interpretação Teleológica – é a interpretação que considera a


finalidade da norma, o porquê de ele ter sido criada.

(iv) Interpretação Lógico-Sistemática – é a interpretação que não


considera apenas o texto imediatamente observado, mas também outros
textos normativos e até o ordenamento jurídico como um todo, para que se
alcance uma harmonia no sistema jurídico.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
Mas como manda o CTN, há situações em que a legislação tributária é
interpretada de forma específica. É sobre o que dispõem os artigos 108 a
112:

No Art.108: integração da legislação tributária pela autoridade


competente quando da ausência de disposição legal
expressa;

No Art.109: o papel dos princípios gerais de direito privado;

No Art.110: a utilização, pelo legislador, de institutos, conceitos e


formas de direito privado utilizados pela Constituição
para definição de competências tributárias;

No Art.111: situações de interpretação literal;

No Art.112: interpretação da lei tributária que define infrações e


penalidades em caso de dúvidas.

Vamos a eles, deixando a Integração da legislação tributária (art.108) por


último.

3.1. INSTITUTOS, CONCEITOS E FORMAS DE DIREITO PRIVADO

Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para


pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos,
conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos
efeitos tributários.

A definição, o conteúdo e o alcance dos institutos, conceitos e formas do


direito privado são dados pelos princípios gerais de direito privado, mas
estes não servem necessariamente para definir os efeitos tributários
daqueles institutos, conceitos e formas, podendo o legislador tributário
conferir a esses institutos, conceitos e formas efeitos tributários próprios.

Por exemplo, a solidariedade, a consignação, a remissão, o pagamento, a


confissão, a decadência etc. têm definição, conteúdo e alcance conforme
lhes foi conferido pelo direito privado, mas a lei tributária pode lhes conferir
efeitos tributários próprios.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária

É o caso da prescrição tributária, que diferentemente da prescrição do


direito privado, extingue definitivamente o direito de crédito e não só a
pretensão.

Outro exemplo é a decadência tributária, que diferentemente da decadência


no direito privado (que não se interrompe nem se suspende), interrompe-se,
conforme prevê o art.173, II, CTN. Por este dispositivo, a decisão que
anular, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, faz reiniciar
o prazo decadencial tributário.

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o


alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,
utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal,
pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias.

Se os institutos, conceitos e formas de direito privado foram utilizados pela


Constituição Federal para definir competências tributárias, não pode sua
definição, conteúdo e alcance ser alterados pelo legislador
tributário.

Por exemplo, não pode o legislador tributário dizer que para fins de IPTU,
consideram-se imóveis os veículos automotores, a fim de tributar-lhes com o
referido imposto, como se imóveis fossem.

Vejamos, como exemplo na jurisprudência do STF, o acórdão a respeito do


conceito de faturamento para base de cálculo da PIS COFINS (RE 346.084
PR):
“TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS - SENTIDO.
A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional
ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de
direito privado utilizados expressa ou implicitamente. [...].
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PIS - RECEITA BRUTA - NOÇÃO -
INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº
9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195
da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº 20/98,
consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita bruta e

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Tributária
faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de
serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do
artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita
bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas
jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da
classificação contábil adotada.”

3.2. INTERPRETAÇÃO LITERAL

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que


disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.

Esse dispositivo traz exceções às regras normais de tributação:


(i) Com a suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art.151, CTN),
não se pode prosseguir na cobrança do respectivo tributo. É o caso, por
exemplo, do parcelamento, que suspende o prosseguimento da cobrança do
crédito tributário.
(ii) Com a exclusão do crédito tributário (art.175, CTN), como a isenção,
por exemplo, o crédito tributário não será cobrado, dispensando-se seu
pagamento.
(iii) Com a dispensa do cumprimento de obrigações acessórias, como
quando a lei dispensa determinado grupo de contribuintes da emissão de
notas fiscais.

Essas exceções devem ser interpretadas literalmente, de forma a se evitar,


com a atitude do intérprete, a extensão dessas benesses fiscais a pessoas
ou situações outras que não estariam abrangidas por elas.

Exemplo na jurisprudência do STJ (REsp 825.012 MG):


“TRIBUTÁRIO. SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE (SIMPLES). ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE IDIOMAS.
OPÇÃO EXPRESSAMENTE VEDADA. [...].

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Tributária
1. A legislação pertinente ao Simples ao prever exclusão do crédito
tributário deve ser interpretada literalmente, consoante dispõe o
artigo 111, I do CTN.
2. Ante vedação expressa do artigo 9º, XIII, da Lei n.º 9.317/96 os
estabelecimentos de ensino de idiomas não podem se beneficiar
da opção pelo sistema Simples. Precedentes.
3. O artigo 1º da Lei nº 10.034/00 excluiu da restrição imposta ao
benefício fiscal de opção pelo Simples, somente os
estabelecimentos de ensino que se dediquem exclusivamente
às atividades de creche, pré-escola e ensino fundamental. [...]”

ATENÇÃO: O art.111 não previu a exigência de interpretação literal


para as hipóteses de extinção do crédito tributário;

3.3. INTERPRETAÇÃO BENIGNA

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina


penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado,
em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à
natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

O dispositivo traz alguns requisitos para a aplicação dessa interpretação


benigna:
(i) Cabe somente a lei que define infrações ou penalidades;
(ii) Tem que haver dúvida quanto às situações previstas nos incisos.

Nesse sentido, o STJ, no REsp 294.740 SC:

“TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - JUROS DE MORA -


TAXA DE JUROS - HONORÁRIOS. [...]. 3. Em matéria de juros, não se aplica
a legislação mais benéfica ao contribuinte porque não estão em discussão as
hipóteses do art. 112 do CTN. [...]”

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Tributária
4. INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
A integração ocorre quando há lacunas na legislação, afinal, por mais que
tente, nunca o legislador vai conseguir prever todas as situações da vida
necessárias de ser reguladas.

No direito brasileiro, em geral, a solução para a presença de lacunas na


legislação é resolvida, pelo juiz, pela aplicação de analogia, costumes e
princípios gerais de Direito (art.4º, LIDB; e art.126, Código de Processo
Civil).

Já no direito tributário, o CTN previu um regramento específico para a


integração da legislação, no art.108.

Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade


competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada [“ATPE”]:
I - a Analogia;
II - os princípios gerais de direito Tributário;
III - os princípios gerais de direito Público;
IV - a Equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido.

4.1. ANALOGIA

Utiliza-se a analogia para determinado caso concreto (caso “a1”) não


regulado, quando este caso se assemelha a outro caso (caso “a”) bem
semelhante, e para este segundo caso (caso “a”) há regra específica prevista
em lei.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária

LEI “A”
NÃO HÁ LEI “ A1 ”

caso “a1” caso “a”


Não confundir a analogia com a interpretação extensiva. Ou seja, na


analogia, não é que interpretando a Lei “A”, consigo concluir que a ela se
aplica o caso “a1”. Eu, interpretando a Lei “A”, consigo concluir que a ela só
se aplica o caso “a”; mas, INTEGRANDO POR ANALOGIA, admito que a Lei
“A” seja aplicada ao caso “a1”.

A analogia se fundamenta no princípio da isonomia.

Segue um exemplo de analogia reconhecida no STF (RE 81.412 SP):

“HAVENDO REGRA CONCESSIVA DA CORREÇÃO MONETÁRIA PARA O CASO


EM QUE O FISCO DEVOLVE AO CONTRIBUINTE A QUANTIA QUE ESTE
DEPOSITOU PARA GARANTIR AS INSTANCIAS ADMINISTRATIVA E JUDICIAL
(LEI N.4357,DE 16.07.64, ART. 7, PARAG. 3.), JUSTO E QUE TAL NORMA
SEJA INVOCADA, POR ANALOGIA (COD. TRIB. NAC., ART. 108, I), PARA
O FIM DE SE CONCEDER A CORREÇÃO MONETÁRIA QUANDO O FISCO
DEVOLVE O INDEBITO DE NATUREZA TRIBUTARIA.”

Outros precedentes nesse sentido: RE 92.400 MG; RE 84.578 SP.

4.1.1. Analogia e o Princípio da Legalidade

Art.108, §1º. O emprego da analogia não poderá resultar na exigência


de tributo não previsto em lei.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
Apesar de haver certa discricionariedade do intérprete para verificar se
aplicável a analogia a determinada situação, não pode esse método de
integração descambar para a exigência de tributo não previsto em lei.

O tributo é criado por meio de lei, e não por meio de analogia.

4.2. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO

Se não for possível a autoridade aplicar a analogia, partirá para os princípios


gerais de direito tributário.

Dentre outros, temos: princípio da capacidade contributiva, princípio da


isonomia tributária, princípio do não-confisco, princípio da não-limitação ao
tráfego de pessoas e bens, princípio da uniformidade geográfica da
tributação, princípio da uniformidade na tributação da renda, princípio da
vedação à isenção heterônoma.

4.3. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO

Na impossibilidade de se utilizar a analogia e os princípios gerais de direito


tributário, parte o aplicador para os princípios gerais de direito público.

Apesar de o direito ser uno, ele pode ser separado em dois grandes ramos:
direito público e direito privado. No direito privado, prevalece a autonomia
da vontade, em que tudo o que não for vedado em lei é permitido. Já no
direito público, o que prevalece é o interesse público, da sociedade como um
todo, em que o Estado atua mais diretamente. Direito constitucional, direito
administrativo, direito penal e direito tributário são ramos do direito público.

E entre os princípios gerais de direito público podemos citar o princípio da


legalidade, o princípio da supremacia do interesse público, o princípio da
motivação, o princípio da publicidade, o princípio da impessoalidade, o
princípio do contraditório e da ampla defesa, o princípio da segurança
jurídica, o princípio da eficiência, entre outros.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
4.4. EQUIDADE

Se nenhum dos métodos integrativos anteriores funcionar, pode o intérprete


partir para a equidade, onde se busca aplicar um senso geral de justiça ao
caso concreto.

Como a equidade também é um método integrativo, sua aplicação restringe-


se à ausência de lei, não cabendo utilizá-la quando há lei, particularmente
quando for para dispensar pagamento de tributo devido, conforme o art.108,
§2º, CTN:

§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do


pagamento de tributo devido.

06- (ANALISTA DO COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2012 ESAF) Sobre a


interpretação e integração da norma tributária, assinale a opção incorreta.
(A) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
(B) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados,
ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou
limitar competências tributárias.
(C) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente e nesta ordem, a
equidade, os princípios gerais do direito e a analogia.
(D) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre
suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de isenção e dispensa
do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
(E) Assim como o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo não previsto em lei, de igual forma o emprego da equidade não
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

Resolução

(A) CORRETA. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para


pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos

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Tributária
e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários
(ART.109, CTN).
(B) CORRETA. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados,
expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições
dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios,
para definir ou limitar competências tributárias. (ART.110, CTN).
(C) INCORRETA. Na ausência de disposição expressa, a autoridade
competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente e
nesta ordem, a equidade, os princípios gerais do direito e a analogia A
ANALOGIA, OS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO, OS
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO E A EQUIDADE. (É A ORDEM
“ATPE”, DO ART.108, CTN).
(D) CORRETA. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha
sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de isenção e
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. [ART.111,
CTN].
(E) CORRETA. Assim como o emprego da analogia não poderá resultar na
exigência de tributo não previsto em lei [ART.108, §1º, CTN], de igual forma
o emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido [ART.108, §2º, CTN].

GABARITO: C

07- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


ESAF) De acordo com o disposto no art. 111, incisos I a III, do Código
Tributário Nacional, interpreta-se literalmente a legislação tributária que
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de
isenção e dispensa do cumprimento de obrigações acessórias. Tal disposição
leva a concluir, exceto, que:
(A) A isenção de que goza a parte, relativa aos ganhos com a
operacionalização da atividade empresarial, não abrange o resultado das
aplicações financeiras por ela realizadas, uma vez que se interpreta
literalmente a legislação tributária que disponha sobre a outorga de isenção.
(B) O disposto no art. 111, porém, não pode levar o aplicador do direito à
absurda conclusão de que esteja ele impedido, no seu mister de apreciar e
aplicar as normas de direito, de valer-se de uma equilibrada ponderação dos
elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico ou teleológico, os quais
integram a moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
(C) Apenas a concessão do parcelamento suspende a exigibilidade do crédito
tributário, e não o seu simples requerimento.
(D) A isenção tributária revela conveniência política, insuscetível, neste
aspecto, de controle do Poder Judiciário, na concretização de interesses
econômicos e sociais, estimulando e beneficiando determinadas situações
merecedoras de tratamento privilegiado.
(E) Do referido dispositivo resulta não somente uma proibição à analogia,
como também uma impossibilidade de interpretação mais ampla.

Resolução

(A) CORRETA. Se a isenção foi conferida para “ganhos com a


operacionalização da atividade empresarial”, como tem que ser interpretada
literalmente, não pode abranger o “resultado das aplicações financeiras”
(art.111, II, CTN).
(B) CORRETA. A interpretação literal, por mais amarrada que seja ao texto,
sempre admite uma equilibrada ponderação dos elementos lógico-
sistemático, histórico e finalístico (= teleológico), os quais integram a
moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.
(C) CORRETA. requerimento de parcelamento não é concessão do
parcelamento. Só esta última suspende a exigibilidade do crédito tributário
(art.111, I, CTN).
(D) CORRETA. A isenção tributária é instrumento de política pública,
tentando satisfazer interesses econômicos e sociais, estimulando e
beneficiando determinadas situações merecedoras de tratamento
privilegiado. O controle do Poder Judiciário só é insuscetível no aspecto
político, porque há requisitos formais, em alguns casos, que o legislador tem
que cumprir, como por exemplo as isenções concedidas no âmbito do
CONFAZ, demandando unanimidade de seus membros, para o ICMS.
(E) ERRADA. Da interpretação literal não resulta uma proibição à analogia,
prevista como método de integração no art.108, I, CTN.

GABARITO: E

08- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


ESAF) No tocante à interpretação da legislação tributária, julgue os itens a
seguir:

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Tributária
I. na ausência de disposição expressa, o aplicador da legislação tributária se
valerá, sucessivamente, dos princípios gerais de direito tributário, dos
princípios gerais de direito constitucional, da analogia e da equidade;
II. a interpretação da legislação tributária se fará literalmente quando esta
disponha sobre a dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias;
III. a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito quando seja
expressamente interpretativa;
IV. exclusivamente para efeitos tributários, a lei pode alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,
ainda que utilizados pela Constituição Federal para definir ou limitar
competências tributárias.
Estão corretos apenas os itens:
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) I e IV.

Resolução

I. ERRADO. na ausência de disposição expressa, o aplicador da legislação


tributária se valerá, sucessivamente, dos princípios gerais de direito
tributário (2º), dos princípios gerais de direito constitucional, da analogia
(1º) e da equidade (4º) E os PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO (3º)
(Art.108, CTN);
II. CORRETO. (Art.111, III, CTN);
III. CORRETO. (art.106, I, CTN);
IV. ERRADO. exclusivamente para efeitos tributários, a lei pode alterar a
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito
privado, DESDE QUE NÃO utilizados pela Constituição Federal para definir ou
limitar competências tributárias (art.110, CTN).

GABARITO: A

09- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN 2006 ESAF)


Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e
“interpretação e integração da legislação tributária” e as disposições do CTN,

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao
final a opção correspondente.
( ) O emprego da analogia pode resultar na exigência de tributo.
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for
interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de
penalidade.
( ) Quando extinguir tributo, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior
à sua vigência.
( ) A lei que disponha sobre moratória e remissão do crédito tributário deve
ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do
contribuinte.
(A) F, F, V, F
(B) V, V, F, F
(C) F, V, V, F
(D) V, F, F, V
(E) F, V, V, V

Resolução

(F) O emprego da analogia NÃO pode resultar na exigência de tributo não


previsto em lei (art.108, §1º, CTN).
(V) (art.106, I, CTN).
(V) A lei tributária pode ser aplicada a fato anterior à sua vigência para
extinguir tributo na hipótese de remissão (art.156, IV, CTN).
(F) Moratória é hipótese de suspensão do crédito tributário (art.151, CTN),
deve ser interpretada literalmente (art.111, CTN). Remissão é hipótese de
extinção do crédito tributário, não havendo regra especial de interpretação
no CTN.

GABARITO: C

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF)


Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e
“interpretação e integração da legislação tributária”, marque com (V) a
assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção
correspondente.
( ) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito tributário deve
ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do
contribuinte.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for
interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de
penalidade.
( ) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego da analogia não poderá
resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
( ) A lei tributária é aplicada a fato anterior à sua vigência quando extinguir
tributo, já que vem em benefício do contribuinte.
(A) V, V, V, F
(B) F, V, F, V
(C) F, V, V, V
(D) F, V, V, F
(E) F, F, V, F

Resolução

(F) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito tributário deve
ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, LITERALMENTE
(art.111, I, CTN).
(V) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for
interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de
penalidade (art.106, I, CTN).
(V) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego da analogia não
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei (art.108, §1º,
CTN).
(F) Essa afirmação não pode ser generalizada.Só é possível isso em caso de
remissão, prevista em lei (art.156, IV, CTN).

GABARITO: D

11- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.
(A) V, F, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, V, F, F
(D) F, F, V, V
(E) F, F, V, F

Resolução

(F) NÃO É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos


geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa. SÃO
OS FATOS GERADORES PENDENTES (art.105, CTN).
(F) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito NÃO definitivamente
julgado, quando deixe de defini-lo como infração (art.106, II, ‘a’, CTN).
(V) Parcelamento é uma hipótese de suspensão do crédito tributário
(art.151, VI, CTN), portanto, enquadra-se no art.111, I, CTN.
(F) TEM QUE HAVER DÚVIDA para a aplicação da interpretação benigna do
art.112, CTN.

GABARITO: E

12- (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2002 ESAF) Sobre o


tema legislação tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código
Tributário Nacional:
(A) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos geradores
futuros, isto é, àqueles ocorridos a partir de sua vigência, em consonância
com o princípio constitucional da irretroatividade das leis.
(B) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja
expressamente interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados.
(C) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido
definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração.
(D) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não definitivamente
julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, inclusive no caso de envolver inadimplemento de
obrigação principal, desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio
de fraude.

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Tributária
(E) é permitido à autoridade administrativa empregar a eqüidade para
dispensar o cumprimento de obrigação tributária principal, quando se depara
com ausência de disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo
julgamento é de sua competência.

Resolução

(A) ERRADA. A aplicação da legislação tributária ALCANÇA TAMBÉM OS


FATOS GERADORES PENDENTES, isto é, aqueles cuja ocorrência tenha tido
início mas não esteja completa nos termos do artigo 116, CTN (art.105,
CTN).
(B) ERRADA. A lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja
expressamente interpretativa, EXCLUÍDA a aplicação de penalidade à
infração dos dispositivos interpretados (art.106, I, CTN).
(C) CORRETA. A lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido
definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração (art.106,
II, ‘a’, CTN).
(D) ERRADA. A lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não
definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, inclusive no caso de envolver inadimplemento
de obrigação principal E NÃO TENHA IMPLICADO EM FALTA DE PAGAMENTO
DE TRIBUTO, desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio de
fraude (art.106, II, ‘b’, CTN).
(E) ERRADA. Errada a expressão “PARA DISPENSAR O CUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL” (art.108, §2º, CTN).

GABARITO: C

13- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) A lei não se aplica a


ato ou fato pretérito
(A) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática
(B) quando seja expressamente interpretativa
(C) tratando-se de ato não definitivamente julgado quando deixe de defini-lo
como infração
(D) quando deixe de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, não sendo fraudulento e não tendo
implicado falta de pagamento de tributo

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Tributária
(E) quando expressamente interpretativa, determine a aplicação de
penalidade por infração dos dispositivos interpretados

Resolução

ATENÇÃO, a questão pede “NÃO SE APLICA”.

(A) ERRADA. Se a lei comina, a ato ou fato pretérito, penalidade menos


severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática, então ela se
aplica a ato ou fato pretérito (art.106, II, ‘c’ CTN).
(B) ERRADA. Se a lei é expressamente interpretativa, então ela se aplica a
ato ou fato pretérito (art.106, I, CTN).
(C) ERRADA. Se se trata de ato não definitivamente julgado e a lei deixa de
defini-lo como infração, então ela se aplica a ato ou fato pretérito (art.106,
II, ‘a’, CTN).
(D) ERRADA. Se a lei deixa de tratar ato não definitivamente julgado como
contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, não sendo fraudulento e
não tendo implicado falta de pagamento de tributo, então ela se aplica a ato
ou fato pretérito (art.106, II, ‘b’, CTN).
(E) CORRETA. Se expressamente interpretativa, ela determina a aplicação
de penalidade por infração dos dispositivos interpretados, então não se
aplica a ato ou fato pretérito (art.106, I, CTN).

GABARITO: E

14- (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO TCE-GO 2007


ESAF) Quanto à interpretação e integração das normas tributárias, assinale
a opção correta.
(A) As lacunas do Direito Tributário são colmatadas pela mesma sistemática
da Lei de Introdução ao Código Civil.
(B) O contrato de arrendamento mercantil relativo a um automóvel pode
excluir a responsabilidade tributária do arrendante, em relação ao Imposto
sobre Veículos Automotores, uma vez que as partes podem pactuar suas
obrigações.
(C) Em existindo dúvida quanto à capitulação legal do fato, deve-se
interpretar a lei tributária definidora de infrações da maneira mais favorável
ao acusado.
(D) A outorga de isenções é interpretada finalisticamente, cabendo ao
aplicador da lei buscar o objetivo perseguido pelo legislador.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
(E) A lei tributária, em alguns casos, pode alterar a definição, o conteúdo e o
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado para definir ou
limitar competências tributárias.

Resolução

(A) ERRADA. NÃO. SISTEMÁTICA DIFERENTE: No Direito Tributário – CTN,


art.108: 1º) a analogia; 2º) os princípios gerais de direito tributário; 3º) os
princípios gerais de direito público; 4º) a eqüidade.
No Direito em geral – LICC, hoje LIDB (Decreto-Lei nº 4.657/1942), art.4º:
analogia, costumes e princípios gerais de direito.
(B) ERRADA. Veremos isso mais adiante (na Aula 08), mas para responder a
alternativa, segue o Art. 123, CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de
tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes.
(C) CORRETA. (Art.112, I, CTN).
(D) ERRADA. A outorga de isenções é interpretada finalisticamente
LITERALMENTE, cabendo ao aplicador da lei buscar o objetivo perseguido
pelo legislador. (Art.111, II, CTN).
(E) ERRADA. A lei tributária, em alguns casos, NÃO PODE ALTERAR a
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito
privado para definir ou limitar competências tributárias (art.110, CTN).

GABARITO: C

15- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
(A) V, F, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, V, F, F
(D) F, F, V, V
(E) F, F, V, F

Resolução

(F) NÃO É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos


geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa. SÃO
OS FATOS GERADORES PENDENTES (art.105, CTN).
(F) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito NÃO definitivamente
julgado, quando deixe de defini-lo como infração (art.106, II, ‘a’, CTN).
(V) Parcelamento É HIPÓTESE DE SUSPENSÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO,
portanto deve ser interpretada literalmente (art.111, I, CTN).
(F) SE NÃO HÁ DÚVIDA quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, NÃO deve ser interpretada
da maneira mais favorável ao acusado (art.112, I, CTN).
(A) V, F, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, V, F, F
(D) F, F, V, V
(E) F, F, V, F

GABARITO: E

16- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Segundo o


Código Tributário Nacional, está sujeita à interpretação literal a norma
tributária que verse sobre
(A) remissão.
(B) compensação.
(C) prescrição.
(D) decadência.
(E) parcelamento.

Resolução

(A) ERRADA. Remissão é hipótese de extinção do crédito tributário (art.156,


IV, CTN).

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Tributária
(B) ERRADA. Compensação é hipótese de extinção do crédito tributário
(art.156, II, CTN).
(C) ERRADA. Prescrição é hipótese de extinção do crédito tributário (art.156,
V, CTN).
(D) ERRADA. Decadência é hipótese de extinção do crédito tributário
(art.156, V, CTN).
(E) CORRETA. Parcelamento é hipótese de suspensão (art.151, CTN)
(art.111, I, CTN).

GABARITO: E

17- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Em


relação ao tema interpretação e integração da legislação tributária, regulado
pelo Código Tributário Nacional, avalie o acerto das afirmações adiante e
marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
opção correta.
( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou
extinção do crédito tributário e outorga de isenção.
( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do
fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe
comina penalidades.
( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei; o da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido.
(A) V, V, V
(B) F, V, F
(C) V, V, F
(D) V, F, V
(E) F, V, V

Resolução

(F) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre


dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou
extinção EXCLUSÃO do crédito tributário e outorga de isenção (art.111,
CTN).
(V) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do
fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe
comina penalidades (art.112, II, CTN).
(V) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei; o da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido (art.108, §§1º e 2º, CTN).

GABARITO: E

18- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003


ESAF) O Código Tributário Nacional estabelece expressamente a seguinte
regra no seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação
Tributária”:
(A) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de
lei tributária que tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes
cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais favorável
ao sujeito passivo.
(B) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
(C) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário
deve ser interpretada literalmente.
(D) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo
previsto em lei.
(E) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem
que se segue, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios
gerais de direito tributário e a equidade.

Resolução

(A) ERRADA. Em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os


dispositivos de lei tributária que tratam de fato gerador, definem infrações,
ou lhes cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais
favorável ao sujeito passivo (art.112, I, CTN).
(B) CORRETA. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos
e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários
(art.109, CTN).

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Tributária
(C) ERRADA. “lançamento de crédito tributário deve ser interpretada
literalmente”. NÃO HÁ ESSA PREVISÃO NOS INCISOS DO ART.111, CTN.
(D) ERRADA. o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo NÃO previsto em lei (art.108, §1º, CTN).
(E) ERRADA. na ausência de disposição expressa, a autoridade competente
para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa
ordem que se segue, 1º) a analogia, 3º) os princípios gerais de direito
público, 2º) os princípios gerais de direito tributário e 4º) a eqüidade
(Art.108, CTN).

GABARITO: B

19- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Conforme estabelece o Código Tributário Nacional, a legislação tributária que
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada:
(A) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de dúvida quanto
à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão
dos seus efeitos.
(B) mediante aplicação do método teleológico.
(C) mediante aplicação do método sistemático.
(D) de tal modo que o emprego da eqüidade implique dispensa de tributo
devido, quando a autoridade tributária competente, à vista de disposição
normativa expressa, não puder utilizar a analogia.
(E) literalmente.

Resolução

Basta a leitura do art.111, I, CTN.

GABARITO: E

20- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) A


analogia constitui elemento de
(A) integração da legislação tributária.
(B) interpretação da legislação tributária.
(C) exclusão do crédito tributário.
(D) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
(E) extinção do crédito tributário.

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Tributária
Resolução

A analogia é utilizada pela autoridade competente na ausência de disposição


expressa. É portanto método de integração da legislação tributária (art.108,
I, CTN).

GABARITO: A

21- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE FORTALEZA – CE 2002 ESAF) Em


capítulo dedicado à interpretação e integração da legislação tributária, o
Código Tributário Nacional preceitua que, na ausência de disposição
normativa expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem a seguir indicada:
(A) os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de direito
público, a analogia e a eqüidade.
(B) a analogia, os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais
de direito público e a eqüidade.
(C) a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de
direito tributário e a eqüidade.
(D) os princípios gerais de direito tributário, a analogia, os princípios gerais
de direito público e a eqüidade.
(E) a analogia, a eqüidade, os princípios gerais de direito tributário e os
princípios gerais de direito público.

Resolução

1º) analogia, 2º) princípios gerais de direito tributário, 3º) princípios gerais
de direito público e 4º) eqüidade (art.108, CTN).

GABARITO: B

22- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE FORTALEZA – CE 2002 ESAF) O


Código Tributário Nacional prevê casos em que o intérprete fica com sua
função delimitada pela letra da lei, sem poder ampliar ou restringir a norma
jurídica, além de sua exata significação. Nesse contexto, deve ser
interpretada literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
(A) suspensão, exclusão ou extinção de crédito tributário, outorga de
isenção e dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

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Tributária
(B) lançamento, suspensão, exclusão ou remissão de crédito tributário,
outorga de isenção e dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.
(C) lançamento, suspensão, exclusão ou compensação de crédito tributário,
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias e outorga de
isenção.
(D) suspensão ou exclusão de crédito tributário, dispensa do cumprimento
de obrigações tributárias acessórias e lançamento de crédito tributário por
homologação.
(E) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias,
suspensão ou exclusão de crédito tributário e outorga de isenção.

Resolução

(A) ERRADA. Suspensão, exclusão ou extinção de crédito tributário, outorga


de isenção e dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias
(art.111, CTN).
(B) ERRADA. Lançamento, suspensão, exclusão ou remissão de crédito
tributário, outorga de isenção e dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias (art.111, CTN).
(C) ERRADA. Lançamento, suspensão, exclusão ou compensação de crédito
tributário, dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias e
outorga de isenção (art.111, CTN).
(D) ERRADA. Suspensão ou exclusão de crédito tributário, dispensa do
cumprimento de obrigações tributárias acessórias e lançamento de crédito
tributário por homologação (art.111, CTN).
(E) CORRETA. Dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias, suspensão ou exclusão de crédito tributário e outorga de isenção
(art.111, CTN).

GABARITO: E

23- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.1 ESAF) Na ausência de


disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei
5.172/65 - Código Tributário Nacional):
(A) a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais
de direito público; a equidade.
(B) os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito
público, a equidade; a analogia.

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Tributária
(C) a equidade; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais
de direito público; a analogia.
(D) a analogia; os princípios gerais de direito público; os princípios gerais de
direito tributário; a equidade.
(E) a analogia; a equidade; os princípios gerais de direito público; os
princípios gerais de direito tributário.

Resolução

1º) analogia, 2º) princípios gerais de direito tributário, 3º) princípios gerais
de direito público e 4º) equidade (art.108, CTN).

GABARITO: A

24- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2002 ESAF) O Código


Tributário Nacional estabelece que, na ausência de disposição normativa
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária
utilizará sucessivamente, a analogia, os princípios gerais de direito
tributário, os princípios gerais de direito público e a equidade. Com relação a
esse tema, o mesmo Código dispõe que:
(A) os princípios gerais de direito privado são utilizados para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
bem assim para a definição dos respectivos efeitos tributários.
(B) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei.
(C) não sendo possível solucionar litígio na esfera administrativa, mediante a
aplicação das disposições e permissões legais existentes, a autoridade
competente para proferir decisão no correspondente processo deve aguardar
a edição de lei que regule especificamente a matéria objeto de julgamento.
(D) o emprego da equidade poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido.
(E) o emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do cumprimento
de obrigação tributária acessória.

Resolução

(A) ERRADA. Os princípios gerais de direito privado são utilizados para


pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos

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Tributária
e formas, bem assim MAS NÃO para a definição dos respectivos efeitos
tributários (art.109, CTN).
(B) CORRETA. O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo não previsto em lei (art.108, CTN).
(C) ERRADA. não sendo possível solucionar litígio na esfera administrativa,
mediante a aplicação das disposições e permissões legais existentes, a
autoridade competente para proferir decisão no correspondente processo
deve aguardar a edição de lei que regule especificamente a matéria objeto
de julgamento DEVE UTILIZAR, sucessivamente, na ordem indicada, a
analogia, os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de
direito público e a eqüidade (art.108, CTN).
(D) ERRADA. o emprego da eqüidade NÃO poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido (art.108, §2º, CTN).
(E) ERRADA. o emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
cumprimento de obrigação tributária acessória PRINCIPAL (art.108, §2º,
CTN).

GABARITO: B

25- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) A legislação


tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve ser
interpretada:
(A) logicamente
(B) analogicamente
(C) sistematicamente
(D) literalmente
(E) teleologicamente

Resolução

Art.111, I, CTN.

GABARITO: D

26- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Uma das formas


de integração da norma jurídica, como etapa final do procedimento de
interpretação legal, que visa a preencher lacuna da lei a ser aplicada a caso
concreto de natureza tributária, consistente na aplicação de disposição legal
relativa a um caso semelhante, é:
(A) Analogia

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Tributária
(B) Anatocismo
(C) Eqüidade
(D) Remição
(E) Liberalidade

Resolução

(A) CORRETA. Analogia (art.108, I, CTN)


(B) ERRADA. Anatocismo = cobrança de juros sobre juros.
(C) ERRADA. É baseada na igualdade (art.108, IV, CTN).
(D) ERRADA. Remição = Resgate.
(E) ERRADA. Liberalidade = característica da doação.

GABARITO: A

27- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE NATAL RN 2001 ESAF)


Tratando-se de regras de interpretação da legislação tributária, temos que:
(A) a ausência de disposição normativa expressa não autoriza o emprego da
analogia.
(B) pelo emprego da eqüidade é possível a dispensa do pagamento de
tributo devido.
(C) os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para
definição dos efeitos tributários dos institutos e conceitos dessa área
jurídica.
(D) deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO a lei
tributária que defina infrações e comine penalidades.
e) deve ser interpretada literalmente a legislação tributária referente à
outorga de isenção.

Resolução

(A) ERRADA. A ausência de disposição normativa expressa não autoriza o


emprego da analogia (art.108, I, CTN).
(B) ERRADA. Pelo emprego da eqüidade NÃO é possível a dispensa do
pagamento de tributo devido (art.108, §2º, CTN).
(C) ERRADA. Os princípios gerais de Direito Privado NÃO podem ser
utilizados para definição dos efeitos tributários dos institutos e conceitos
dessa área jurídica (art.109, CTN).

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Tributária
(D) ERRADA. Deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO
ACUSADO a lei tributária que defina infrações e comine penalidades, nos
termos do art.112, CTN.
(E) CORRETA. Deve ser interpretada literalmente a legislação tributária
referente à outorga de isenção (art.111, II, CTN).

GABARITO: E

28- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998


ESAF) Assinale a opção incorreta.
(A) É obrigatória a interpretação gramatical de norma que verse sobre
moratória.
(B) A lei tributária aplica-se a ato pretérito, em qualquer caso, quando deixe
de defini-lo como infração.
(C) No preenchimento de lacunas da legislação tributária, utiliza-se
preferencialmente a analogia.
(D) A lei definidora de infrações tributárias interpreta-se da maneira mais
favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à imputabilidade.
(E) O emprego da eqüidade pode resultar na dispensa do pagamento de
penalidade pecuniária.

Resolução

(A) CORRETA. É obrigatória a interpretação gramatical de norma que verse


sobre moratória. LEMBRANDO QUE INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL É
SINÔNIMO DE INTERPRETAÇÃO LITERAL. MORATÓRIA É HIPÓTESE DE
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. (art.111, I, CTN)
(B) INCORRETA. A lei tributária aplica-se a ato pretérito, em qualquer caso,
quando deixe de defini-lo como infração, QUANDO SEJA EXPRESSAMENTE
INTERPRETATIVA (art.106, I, CTN).
(C) CORRETA. No preenchimento de lacunas da legislação tributária, utiliza-
se preferencialmente a analogia. ESSE “PREFERENCIALMENTE” NÃO ESTÁ
MUITO PRECISO, MAS COMO A ALTERNATIVA “B” ESTÁ “MUITO ERRADA”,
ENTENDAMOS ESSE “PREFERENCIALMENTE” COMO “PRIMEIRAMENTE”.
(D) CORRETA. A lei definidora de infrações tributárias interpreta-se da
maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à
imputabilidade (art.112, caput, CTN).
(E) CORRETA. Aquilo em que o emprego da eqüidade não pode resultar é na
dispensa do pagamento do tributo devido. Na dispensa do pagamento de
penalidade pecuniária, pode a equidade sim resultar (art.108, §2º, CTN).

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Tributária

GABARITO: B

29- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF)


1. As normas que tratam de isenção estão sujeitas a ______________.
2. As normas que tratam de moratória estão sujeitas a ______________.
3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de
______________.
Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à luz do Código
Tributário Nacional, preenchem corretamente, e com explicação plausível, as
lacunas acima, e, em seguida, marque a opção que contém, na devida
seqüência, as alíneas respectivas.
w) interpretação extensiva, em atenção ao princípio favorabilia amplianda
x) interpretação extensiva, em atenção a que a regra geral não deve ser
restringida pelo intérprete
y) interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do sistema
jurídico
z) interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a tributação e
exceções não se interpretam extensivamente
(A) w, w, y
(B) w, x, z
(C) z, x, w
(D) z, z, y
(E) z, y, x

Resolução

1. As normas que tratam de isenção (= exclusão do crédito tributário –


art.111, I, CTN) estão sujeitas a INTERPRETAÇÃO LITERAL, em atenção a
que a regra geral é a tributação e exceções não se interpretam
extensivamente.
2. As normas que tratam de moratória (= suspensão do crédito tributário –
art.111, I, CTN) estão sujeitas a INTERPRETAÇÃO LITERAL, em atenção a
que a regra geral é a tributação e exceções não se interpretam
extensivamente.
3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de
INTERPRETAÇÃO RETROATIVA, porque não tem caráter de inovação do
sistema jurídico.

GABARITO: D

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Tributária

30- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) O


esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior
configura a chamada interpretação
(A) ontológica
(B) científica
(C) integrada
(D) autêntica
(E) evolutiva

Resolução

É autêntica porque é interpretação proferido pelo próprio órgão que criou a


lei interpretada, e assim a batizou a doutrina.

GABARITO: D

31- AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF Relativamente


à interpretação e integração da legislação tributária, avalie o acerto das
afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em
seguida, marque a opção correta.
( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo a legislação
tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias.
( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
bem assim para definição dos respectivos efeitos tributários.
( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a
analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de
direito tributário e a eqüidade.
(A) F, V, F
(B) F, F, F
(C) F, F, V
(D) V, V, F
(E) V, F, V

Resolução

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Tributária
(F) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo
LITERALMENTE a legislação tributária que disponha sobre dispensa do
cumprimento de obrigações tributárias acessórias (art.111, III, CTN).
(F) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
bem assim MAS NÃO para definição dos respectivos efeitos tributários
(art.109, CTN).
(F) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a
1º) analogia, 3º) os princípios gerais de direito público, 2º) os princípios
gerais de direito tributário e a 4º) eqüidade.

GABARITO: B

32- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007


FCC) O art.107 do CTN determina que a legislação tributária seja
interpretada em conformidade com o disposto no Capítulo IV do Título I do
Livro Segundo. Por sua vez, o art. 108 desse mesmo código estabelece que,
na ausência de legislação tributária expressa, a integração da legislação
tributária se fará com observância de uma determinada ordem, a saber:
(A) I − a analogia; II − os princípios gerais de direito tributário; III − os
princípios gerais de direito público e IV − a eqüidade.
(B) I − a analogia; II − os princípios gerais de direito público; III − os
princípios gerais de direito tributário e IV − a eqüidade.
(C) I − a analogia; II − a eqüidade; III − os princípios gerais de direito
tributário e IV − os princípios gerais de direito público.
(D) I − a eqüidade; II − os princípios gerais de direito público; III − os
princípios gerais de direito tributário e IV − a analogia.
(E) I − a eqüidade; II − os princípios gerais de direito tributário; III − os
princípios gerais de direito público e IV − a analogia.

Resolução

(A) Nessa ordem: 1º) a analogia; 2º) os princípios gerais de direito


tributário; 3º) os princípios gerais de direito público e 4º) a eqüidade.
(ART.108, I a IV, CTN).

GABARITO: A

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Tributária
Mais questões sobre interpretação e integração.

33- (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2009 FCC)


Assinale a alternativa INCORRETA.
(A) As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos e a observância dessas práticas exclui a
imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do
valor monetário da base de cálculo do tributo.
(B) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder
de tributar.
(C) Interpreta-se literalmente a norma legal tributária que disponha sobre
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
(D) Para aplicação da legislação tributária a autoridade competente poderá
se valer da equidade, na ausência de disposição legal expressa, inclusive
para dispensa do pagamento do tributo devido.
(E) A lei tributária que define infrações interpreta-se da maneira mais
favorável ao acusado, havendo dúvida quanto à natureza da penalidade ou
graduação aplicável.

Resolução

(A) CORRETA. As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades


administrativas são normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos e a observância dessas práticas
exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. (ART.100, III e
PARÁGRAFO ÚNICO, CTN).
(B) CORRETA. Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais
ao poder de tributar. (ART.146, II, CF88).
(C) CORRETA. Interpreta-se literalmente a norma legal tributária que
disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias. (ART.111, III, CTN).
(D) INCORRETA. Para aplicação da legislação tributária a autoridade
competente poderá se valer da equidade, na ausência de disposição legal
expressa, inclusive EXCETO para dispensa do pagamento do tributo devido.
(ART.108, IV E §2º, CTN).

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Tributária
(E) CORRETA. A lei tributária que define infrações interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, havendo dúvida quanto à natureza da
penalidade ou graduação aplicável. (ART.112, IV, CTN).

GABARITO: D

34- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) É correto afirmar que a
(A) analogia é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
(B) equidade é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
(C) analogia é forma de integração da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na exigência do tributo não previsto em lei.
(D) equidade é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
(E) analogia é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego não
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

Resolução

(A) ERRADO. analogia é forma de interpretação INTEGRAÇÃO da norma


jurídica e o seu emprego NÃO poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei. (ART.108, I e §1º, CTN).
(B) ERRADO. equidade é forma de interpretação INTEGRAÇÃO da norma
jurídica e o seu emprego NÃO poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido. (ART.108, IV e §2º, CTN).
(C) ERRADO. analogia é forma de integração da norma jurídica e o seu
emprego NÃO poderá resultar na exigência do tributo não previsto em lei.
(ART.108, I e §1º, CTN).
(D) ERRADO. equidade é a forma de integração da norma jurídica e o seu
emprego NÃO poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
(ART.108, I e §1º, CTN).
(E) CORRETO. analogia é a forma de integração da norma jurídica e o seu
emprego não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
(ART.108, I e §1º, CTN).

GABARITO: E

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Tributária
35- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Sobre os
métodos de interpretação em matéria tributária, é correto afirmar que a
(A) analogia é um método de interpretação e não poderá resultar na
exigência de tributo não previsto em lei.
(B) interpretação literal deve ser aplicada na legislação tributária que
disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.
(C) aeqüidade é um método de interpretação e não poderá resultar na
dispensa do pagamento de tributo devido.
(D) lei tributária modificadora de tributos deve ser interpretada de maneira
mais favorável ao contribuinte, em caso de dúvida quanto à natureza ou
circunstâncias materiais do fato.
(E) lei complementar tributária pode alterar a definição, conteúdo e alcance
das imunidades tributárias, desde que seja para limitar as competências
tributárias.

Resolução

(A) ERRADO. analogia é um método de interpretação INTEGRAÇÃO e não


poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. (ART.108, I e
§1º, CTN).
(B) CORRETO. interpretação literal deve ser aplicada na legislação tributária
que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias. (ART.111, III, CTN).
(C) ERRADO. a eqüidade é um método de interpretação INTEGRAÇÃO e não
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. (ART.108, I e
§1º, CTN).
(D) ERRADO. lei tributária modificadora de tributos QUE DEFINE
INFRAÇÕES, OU LHE COMINA PENALIDADES deve ser interpretada de
maneira mais favorável ao contribuinte ACUSADO, em caso de dúvida
quanto à natureza ou circunstâncias materiais do fato. (ART.112, II, CTN).
(E) ERRADO. lei complementar tributária NÃO pode alterar a definição,
conteúdo e alcance das imunidades tributárias, desde que seja para limitar
as competências tributárias. (ART.110, CTN).

GABARITO: B

36- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Na ausência de disposição


expressa, a autoridade competente aplica a lei tributária utilizando-se,
sucessivamente,

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(A) dos princípios gerais do direito; da retroatividade benigna; da boa-fé do
contribuinte.
(B) da interpretação genérica do direito público; da analogia; dos efeitos
econômicos dos atos, e não da sua forma jurídica; de todos os métodos
desde que atinjam as finalidades da lei.
(C) da analogia; dos princípios gerais do direito tributário; dos princípios
gerais do direito público; da eqüidade.
(D) dos princípios gerais do direito público; do pensamento da lei; da
eqüidade; dos atos normativos.
(E) dos princípios gerais do direito tributário; da lei interpretativa; da
retroatividade benigna; da vontade das partes.

Resolução

(A) ERRADA. dos princípios gerais do direito; da retroatividade benigna; da


boa-fé do contribuinte. (ART.108, CTN).
(B) ERRADA. da interpretação genérica do direito público; da analogia (1º);
dos efeitos econômicos dos atos, e não da sua forma jurídica; de todos os
métodos desde que atinjam as finalidades da lei. (ART.108, CTN).
(C) CORRETA. da analogia; dos princípios gerais do direito tributário; dos
princípios gerais do direito público; da eqüidade. (ART.108, CTN).
(D) ERRADA. dos princípios gerais do direito público (3º); do pensamento da
lei; da eqüidade (4º); dos atos normativos. (ART.108, CTN).
(E) ERRADA. dos princípios gerais do direito tributário (2º); da lei
interpretativa; da retroatividade benigna; da vontade das partes. (ART.108,
CTN).

GABARITO: C

37- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Segundo o
Código Tributário Nacional, interpreta-se literalmente a legislação tributária
que disponha sobre
(A) suspensão ou exclusão do crédito tributário.
(B) imunidade e isenção tributária.
(C) dispensa de cumprimento da obrigação principal.
(D) isonomia entre contribuintes.
(E) constituição do crédito tributário.

Resolução

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(A) CORRETA. Suspensão ou exclusão do crédito tributário (art.111, CTN).


(B) ERRADA. Imunidade NÃO.
(C) ERRADA. Dispensa de cumprimento da obrigação ACESSÓRIA, E NÃO
PRINCIPAL. Apesar de isenção poder ser considerada uma dispensa do
cumprimento de obrigação principal, pelo fato de a alternativa “A” estar
absolutamente correta, vamos pela literalidade do artigo 111.
(D) ERRADA. (art.111, CTN).
(E) ERRADA. (art.111, CTN).

GABARITO: A

38- (PROCURADOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MPE-MT 2008 FMP-RS)


Sobre interpretação e integração da legislação tributária, assinale a assertiva
correta.
(A) É possível utilizar-se da analogia, da eqüidade e do princípio da
aplicabilidade imediata.
(B) Emprega-se a eqüidade mesmo quando resulte em dispensa do
pagamento de tributo devido.
(C) Aplica-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre a
outorga de isenção.
(D) A lei tributária pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos quando mais favorável ao acusado.
(E) É possível a utilização dos princípios gerais de direitos privado para
definição de efeitos tributários.

Resolução

(A) ERRADA. Princípio da aplicabilidade imediata NÃO (art.108, CTN).


(B) ERRADA. Emprega-se a eqüidade mesmo quando resulte em dispensa do
pagamento de tributo devido (art.108, §2º, CTN).
(C) CORRETA. Aplica-se literalmente a legislação tributária que disponha
sobre a outorga de isenção (art.111, II, CTN).
(D) ERRADA. (art.110, CTN).
(E) ERRADA. É possível a utilização dos princípios gerais de direitos privado
MAS NÃO para definição de efeitos tributários (art.109, CTN).

GABARITO: C

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39- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008
FMP-RS) A interpretação da legislação tributária:
(A) não se ocupa dos princípios, conceitos e formas de direito privado, nem
mesmo para a verificação do alcance das normas constitucionais de
competência.
(B) é sempre literal, tendo em conta o princípio da legalidade estrita.
(C) envolve o emprego da analogia, desde que não implique exigência de
tributo não previsto em lei.
(D) não admite o emprego da eqüidade.
(E) está sob reserva de jurisdição.

Resolução

(A) ERRADA. não se ocupa dos princípios, conceitos e formas de direito


privado, nem mesmo para a verificação do alcance das normas
constitucionais de competência.
(B) ERRADA. É literal somente nas hipóteses do art.111, CTN.
(C) CORRETA. Art.108, I e §1º, CTN.
(D) ERRADA. admite SIM o emprego da eqüidade (Art.108, IV, CTN).
(E) ERRADA. Reserva de jurisdição é o princípio constitucional pelo qual o
ato de dizer o direito como palavra final (ato jurisdicional) é do Poder
Judiciário.

GABARITO: C

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5. QUESTÃO DISCURSIVA
Discorra sobre a vigência da legislação tributária no espaço

SOLUÇÃO PROPOSTA:
“A vigência da legislação tributária no espaço é regulada pelo art. 102
do Código Tributário Nacional, que prescreve: ‘a legislação tributária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham
esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União’.
Em regra, prevalece o princípio da territorialidade, ou seja, a lei da
União só vale dentro do território nacional, a lei estadual de São Paulo só
vale dentro do Estado de São Paulo, a lei distrital só vale dentro do Distrito
Federal e a lei municipal de Curitiba só vale dentro do Município de Curitiba.
Mas, podem dois ou mais entes federados firmar convênio de
cooperação para que a lei de um desses entes tenha vigência territorial
sobre o território dos demais.
É o que acontece, por exemplo, nos protocolos ICMS que dispõem
sobre a substituição tributária nas operações interestaduais com
determinadas mercadorias, prevendo que, nessas operações, destinadas a
um ou a outro Estado, fica atribuída ao estabelecimento remetente, na
qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, a responsabilidade
pela retenção e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes,
mesmo que estas ocorram no território do outro Estado.
Outra exceção à territorialidade é a aplicação, por um ente político
recém criado, da legislação tributária do ente do qual ele se originou,
conforme prevê o art.120, CTN, pois não haveria sentido o ente novo ficar
ingovernável por conta da temporária inexistência de suas próprias leis
tributárias.
Por fim, a última exceção à regra geral de vigência territorial da
legislação tributária pode vir de outras leis de normas gerais expedidas pela
União, sempre no sentido, parece-nos, de prevenir conflitos de competência,
como no caso da Lei complementar nº 116/2003, do ISS, que define onde se
considera ocorrido o fato gerador para as diversas espécies de serviços, a
fim de evitar que um mesmo serviço, por se desenvolver ao longo de dois ou
mais territórios não enseje a cobrança de ISS de todos os Municípios por
onde ele se desenvolveu.”

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Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula


Direito Tributário

01- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que
corresponde à resposta correta.
I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que
implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida
em lei até o último dia daquele em que foi editada.
II. De conformidade com a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, a
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora,
no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o
Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela
União.
III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação,
conforme estabelece o Código Tributário Nacional.
IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em
contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios entram em vigor na data da sua publicação.
(A) Apenas as formulações I, II e III são corretas.
(B) Apenas as formulações I, II e IV são corretas.
(C) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
(D) Apenas as formulações II, III e IV são corretas.
(E) Todas as formulações são corretas.

02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)


Lei instituidora de tributo, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à
data de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória:
(A) na data de sua publicação.
(B) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
(C) trinta dias após a data de sua publicação.
(D) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação.
(E) sessenta dias após a data de sua publicação.

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Tributária
03- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001
ESAF) A aplicação retroativa de lei tributária não é admitida quando:
(A) estabelecer hipóteses de isenção.
(B) for interpretativa.
(C) deixar de definir ato não definitivamente julgado como infração.
(D) estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei vigente ao
tempo da prática do ato.
(E) deixar de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, respeitados os demais requisitos
legais.

04- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007


FCC) A aplicação da lei a ato ou fato pretérito
(A) não ocorrerá em hipótese alguma.
(B) ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade, em lei
ordinária, e forem observados os princípios da anterioridade e da
“noventena”.
(C) ocorrerá sempre que houver previsão para sua retroatividade, em lei
complementar, e forem observados os princípios da anterioridade e da
“noventena”.
(D) ocorrerá, em qualquer caso, quando deixar de definir o ato como
infração.
(E) ocorrerá, tratando-se de ato não-definitivamente julgado, quando deixar
de defini-lo como infração.

05- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) A lei tributária poderá ser aplicada
retroativamente quando
(A) instituir tributo.
(B) extinguir tributo.
(C) deixar de definir determinado ato como infração, ainda que já
definitivamente julgado.
(D) for expressamente interpretativa.
(E) aumentar tributo.

06- (ANALISTA DO COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2012 ESAF) Sobre a


interpretação e integração da norma tributária, assinale a opção incorreta.
(A) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
(B) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados,
ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou
limitar competências tributárias.
(C) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente e nesta ordem, a
equidade, os princípios gerais do direito e a analogia.
(D) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre
suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de isenção e dispensa
do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
(E) Assim como o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo não previsto em lei, de igual forma o emprego da equidade não
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

07- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


ESAF) De acordo com o disposto no art. 111, incisos I a III, do Código
Tributário Nacional, interpreta-se literalmente a legislação tributária que
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de
isenção e dispensa do cumprimento de obrigações acessórias. Tal disposição
leva a concluir, exceto, que:
(A) A isenção de que goza a parte, relativa aos ganhos com a
operacionalização da atividade empresarial, não abrange o resultado das
aplicações financeiras por ela realizadas, uma vez que se interpreta
literalmente a legislação tributária que disponha sobre a outorga de isenção.
(B) O disposto no art. 111, porém, não pode levar o aplicador do direito à
absurda conclusão de que esteja ele impedido, no seu mister de apreciar e
aplicar as normas de direito, de valer-se de uma equilibrada ponderação dos
elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico ou teleológico, os quais
integram a moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.
(C) Apenas a concessão do parcelamento suspende a exigibilidade do crédito
tributário, e não o seu simples requerimento.
(D) A isenção tributária revela conveniência política, insuscetível, neste
aspecto, de controle do Poder Judiciário, na concretização de interesses
econômicos e sociais, estimulando e beneficiando determinadas situações
merecedoras de tratamento privilegiado.
(E) Do referido dispositivo resulta não somente uma proibição à analogia,
como também uma impossibilidade de interpretação mais ampla.

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
08- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010
ESAF) No tocante à interpretação da legislação tributária, julgue os itens a
seguir:
I. na ausência de disposição expressa, o aplicador da legislação tributária se
valerá, sucessivamente, dos princípios gerais de direito tributário, dos
princípios gerais de direito constitucional, da analogia e da equidade;
II. a interpretação da legislação tributária se fará literalmente quando esta
disponha sobre a dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias;
III. a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito quando seja
expressamente interpretativa;
IV. exclusivamente para efeitos tributários, a lei pode alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,
ainda que utilizados pela Constituição Federal para definir ou limitar
competências tributárias.
Estão corretos apenas os itens:
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) I e IV.

09- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN 2006 ESAF)


Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e
“interpretação e integração da legislação tributária” e as disposições do CTN,
marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao
final a opção correspondente.
( ) O emprego da analogia pode resultar na exigência de tributo.
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for
interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de
penalidade.
( ) Quando extinguir tributo, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior
à sua vigência.
( ) A lei que disponha sobre moratória e remissão do crédito tributário deve
ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do
contribuinte.
(A) F, F, V, F
(B) V, V, F, F
(C) F, V, V, F
(D) V, F, F, V

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Aula 07 – Vigência, Aplicação e Interpretação da Legislação
Tributária
(E) F, V, V, V

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF)


Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e
“interpretação e integração da legislação tributária”, marque com (V) a
assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção
correspondente.
( ) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito tributário deve
ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do
contribuinte.
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for
interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de
penalidade.
( ) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego da analogia não poderá
resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
( ) A lei tributária é aplicada a fato anterior à sua vigência quando extinguir
tributo, já que vem em benefício do contribuinte.
(A) V, V, V, F
(B) F, V, F, V
(C) F, V, V, V
(D) F, V, V, F
(E) F, F, V, F

11- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.
(A) V, F, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, V, F, F
(D) F, F, V, V
(E) F, F, V, F

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Tributária

12- (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2002 ESAF) Sobre o


tema legislação tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código
Tributário Nacional:
(A) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos geradores
futuros, isto é, àqueles ocorridos a partir de sua vigência, em consonância
com o princípio constitucional da irretroatividade das leis.
(B) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja
expressamente interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados.
(C) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido
definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração.
(D) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não definitivamente
julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, inclusive no caso de envolver inadimplemento de
obrigação principal, desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio
de fraude.
(E) é permitido à autoridade administrativa empregar a eqüidade para
dispensar o cumprimento de obrigação tributária principal, quando se depara
com ausência de disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo
julgamento é de sua competência.

13- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) A lei não se aplica a


ato ou fato pretérito
(A) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática
(B) quando seja expressamente interpretativa
(C) tratando-se de ato não definitivamente julgado quando deixe de defini-lo
como infração
(D) quando deixe de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, não sendo fraudulento e não tendo
implicado falta de pagamento de tributo
(E) quando expressamente interpretativa, determine a aplicação de
penalidade por infração dos dispositivos interpretados

14- (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO TCE-GO 2007


ESAF) Quanto à interpretação e integração das normas tributárias, assinale
a opção correta.
(A) As lacunas do Direito Tributário são colmatadas pela mesma sistemática
da Lei de Introdução ao Código Civil.

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Tributária
(B) O contrato de arrendamento mercantil relativo a um automóvel pode
excluir a responsabilidade tributária do arrendante, em relação ao Imposto
sobre Veículos Automotores, uma vez que as partes podem pactuar suas
obrigações.
(C) Em existindo dúvida quanto à capitulação legal do fato, deve-se
interpretar a lei tributária definidora de infrações da maneira mais favorável
ao acusado.
(D) A outorga de isenções é interpretada finalisticamente, cabendo ao
aplicador da lei buscar o objetivo perseguido pelo legislador.
(E) A lei tributária, em alguns casos, pode alterar a definição, o conteúdo e o
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado para definir ou
limitar competências tributárias.

15- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.
(A) V, F, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, V, F, F
(D) F, F, V, V
(E) F, F, V, F

16- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Segundo o


Código Tributário Nacional, está sujeita à interpretação literal a norma
tributária que verse sobre
(A) remissão.
(B) compensação.
(C) prescrição.
(D) decadência.
(E) parcelamento.

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Tributária
17- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Em
relação ao tema interpretação e integração da legislação tributária, regulado
pelo Código Tributário Nacional, avalie o acerto das afirmações adiante e
marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
opção correta.
( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou
extinção do crédito tributário e outorga de isenção.
( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do
fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe
comina penalidades.
( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei; o da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido.
(A) V, V, V
(B) F, V, F
(C) V, V, F
(D) V, F, V
(E) F, V, V

18- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003


ESAF) O Código Tributário Nacional estabelece expressamente a seguinte
regra no seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação
Tributária”:
(A) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de
lei tributária que tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes
cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais favorável
ao sujeito passivo.
(B) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
(C) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário
deve ser interpretada literalmente.
(D) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo
previsto em lei.
(E) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem
que se segue, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios
gerais de direito tributário e a equidade.

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Tributária

19- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Conforme estabelece o Código Tributário Nacional, a legislação tributária que
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada:
(A) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de dúvida quanto
à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão
dos seus efeitos.
(B) mediante aplicação do método teleológico.
(C) mediante aplicação do método sistemático.
(D) de tal modo que o emprego da eqüidade implique dispensa de tributo
devido, quando a autoridade tributária competente, à vista de disposição
normativa expressa, não puder utilizar a analogia.
(E) literalmente.

20- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) A


analogia constitui elemento de
(A) integração da legislação tributária.
(B) interpretação da legislação tributária.
(C) exclusão do crédito tributário.
(D) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
(E) extinção do crédito tributário.

21- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE FORTALEZA – CE 2002 ESAF) Em


capítulo dedicado à interpretação e integração da legislação tributária, o
Código Tributário Nacional preceitua que, na ausência de disposição
normativa expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem a seguir indicada:
(A) os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de direito
público, a analogia e a eqüidade.
(B) a analogia, os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais
de direito público e a eqüidade.
(C) a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de
direito tributário e a eqüidade.
(D) os princípios gerais de direito tributário, a analogia, os princípios gerais
de direito público e a eqüidade.
(E) a analogia, a eqüidade, os princípios gerais de direito tributário e os
princípios gerais de direito público.

22- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE FORTALEZA – CE 2002 ESAF) O


Código Tributário Nacional prevê casos em que o intérprete fica com sua

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Tributária
função delimitada pela letra da lei, sem poder ampliar ou restringir a norma
jurídica, além de sua exata significação. Nesse contexto, deve ser
interpretada literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
(A) suspensão, exclusão ou extinção de crédito tributário, outorga de
isenção e dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
(B) lançamento, suspensão, exclusão ou remissão de crédito tributário,
outorga de isenção e dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.
(C) lançamento, suspensão, exclusão ou compensação de crédito tributário,
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias e outorga de
isenção.
(D) suspensão ou exclusão de crédito tributário, dispensa do cumprimento
de obrigações tributárias acessórias e lançamento de crédito tributário por
homologação.
(E) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias,
suspensão ou exclusão de crédito tributário e outorga de isenção.

23- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.1 ESAF) Na ausência de


disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei
5.172/65 - Código Tributário Nacional):
(A) a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais
de direito público; a equidade.
(B) os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito
público, a equidade; a analogia.
(C) a equidade; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais
de direito público; a analogia.
(D) a analogia; os princípios gerais de direito público; os princípios gerais de
direito tributário; a equidade.
(E) a analogia; a equidade; os princípios gerais de direito público; os
princípios gerais de direito tributário.

24- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MDIC 2002 ESAF) O Código


Tributário Nacional estabelece que, na ausência de disposição normativa
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária
utilizará sucessivamente, a analogia, os princípios gerais de direito
tributário, os princípios gerais de direito público e a equidade. Com relação a
esse tema, o mesmo Código dispõe que:

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(A) os princípios gerais de direito privado são utilizados para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
bem assim para a definição dos respectivos efeitos tributários.
(B) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não
previsto em lei.
(C) não sendo possível solucionar litígio na esfera administrativa, mediante a
aplicação das disposições e permissões legais existentes, a autoridade
competente para proferir decisão no correspondente processo deve aguardar
a edição de lei que regule especificamente a matéria objeto de julgamento.
(D) o emprego da equidade poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido.
(E) o emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do cumprimento
de obrigação tributária acessória.

25- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) A legislação


tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve ser
interpretada:
(A) logicamente
(B) analogicamente
(C) sistematicamente
(D) literalmente
(E) teleologicamente

26- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Uma das formas


de integração da norma jurídica, como etapa final do procedimento de
interpretação legal, que visa a preencher lacuna da lei a ser aplicada a caso
concreto de natureza tributária, consistente na aplicação de disposição legal
relativa a um caso semelhante, é:
(A) Analogia
(B) Anatocismo
(C) Eqüidade
(D) Remição
(E) Liberalidade

27- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE NATAL RN 2001 ESAF)


Tratando-se de regras de interpretação da legislação tributária, temos que:
(A) a ausência de disposição normativa expressa não autoriza o emprego da
analogia.
(B) pelo emprego da eqüidade é possível a dispensa do pagamento de
tributo devido.

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Tributária
(C) os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para
definição dos efeitos tributários dos institutos e conceitos dessa área
jurídica.
(D) deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO a lei
tributária que defina infrações e comine penalidades.
e) deve ser interpretada literalmente a legislação tributária referente à
outorga de isenção.

28- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998


ESAF) Assinale a opção incorreta.
(A) É obrigatória a interpretação gramatical de norma que verse sobre
moratória.
(B) A lei tributária aplica-se a ato pretérito, em qualquer caso, quando deixe
de defini-lo como infração.
(C) No preenchimento de lacunas da legislação tributária, utiliza-se
preferencialmente a analogia.
(D) A lei definidora de infrações tributárias interpreta-se da maneira mais
favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à imputabilidade.
(E) O emprego da eqüidade pode resultar na dispensa do pagamento de
penalidade pecuniária.

29- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF)


1. As normas que tratam de isenção estão sujeitas a ______________.
2. As normas que tratam de moratória estão sujeitas a ______________.
3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de
______________.
Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à luz do Código
Tributário Nacional, preenchem corretamente, e com explicação plausível, as
lacunas acima, e, em seguida, marque a opção que contém, na devida
seqüência, as alíneas respectivas.
w) interpretação extensiva, em atenção ao princípio favorabilia amplianda
x) interpretação extensiva, em atenção a que a regra geral não deve ser
restringida pelo intérprete
y) interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do sistema
jurídico
z) interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a tributação e
exceções não se interpretam extensivamente
(A) w, w, y
(B) w, x, z
(C) z, x, w

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Tributária
(D) z, z, y
(E) z, y, x

30- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) O


esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior
configura a chamada interpretação
(A) ontológica
(B) científica
(C) integrada
(D) autêntica
(E) evolutiva

31- AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF Relativamente


à interpretação e integração da legislação tributária, avalie o acerto das
afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em
seguida, marque a opção correta.
( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo a legislação
tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias.
( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas,
bem assim para definição dos respectivos efeitos tributários.
( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a
analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de
direito tributário e a eqüidade.
(A) F, V, F
(B) F, F, F
(C) F, F, V
(D) V, V, F
(E) V, F, V

32- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007


FCC) O art.107 do CTN determina que a legislação tributária seja
interpretada em conformidade com o disposto no Capítulo IV do Título I do
Livro Segundo. Por sua vez, o art. 108 desse mesmo código estabelece que,
na ausência de legislação tributária expressa, a integração da legislação
tributária se fará com observância de uma determinada ordem, a saber:
(A) I − a analogia; II − os princípios gerais de direito tributário; III − os
princípios gerais de direito público e IV − a eqüidade.

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Tributária
(B) I − a analogia; II − os princípios gerais de direito público; III − os
princípios gerais de direito tributário e IV − a eqüidade.
(C) I − a analogia; II − a eqüidade; III − os princípios gerais de direito
tributário e IV − os princípios gerais de direito público.
(D) I − a eqüidade; II − os princípios gerais de direito público; III − os
princípios gerais de direito tributário e IV − a analogia.
(E) I − a eqüidade; II − os princípios gerais de direito tributário; III − os
princípios gerais de direito público e IV − a analogia.

33- (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2009 FCC)


Assinale a alternativa INCORRETA.
(A) As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos e a observância dessas práticas exclui a
imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do
valor monetário da base de cálculo do tributo.
(B) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder
de tributar.
(C) Interpreta-se literalmente a norma legal tributária que disponha sobre
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
(D) Para aplicação da legislação tributária a autoridade competente poderá
se valer da equidade, na ausência de disposição legal expressa, inclusive
para dispensa do pagamento do tributo devido.
(E) A lei tributária que define infrações interpreta-se da maneira mais
favorável ao acusado, havendo dúvida quanto à natureza da penalidade ou
graduação aplicável.

34- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) É correto afirmar que a
(A) analogia é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
(B) equidade é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
(C) analogia é forma de integração da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na exigência do tributo não previsto em lei.
(D) equidade é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego
poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
(E) analogia é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego não
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

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35- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Sobre os
métodos de interpretação em matéria tributária, é correto afirmar que a
(A) analogia é um método de interpretação e não poderá resultar na
exigência de tributo não previsto em lei.
(B) interpretação literal deve ser aplicada na legislação tributária que
disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.
(C) aeqüidade é um método de interpretação e não poderá resultar na
dispensa do pagamento de tributo devido.
(D) lei tributária modificadora de tributos deve ser interpretada de maneira
mais favorável ao contribuinte, em caso de dúvida quanto à natureza ou
circunstâncias materiais do fato.
(E) lei complementar tributária pode alterar a definição, conteúdo e alcance
das imunidades tributárias, desde que seja para limitar as competências
tributárias.

36- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Na ausência de disposição


expressa, a autoridade competente aplica a lei tributária utilizando-se,
sucessivamente,
(A) dos princípios gerais do direito; da retroatividade benigna; da boa-fé do
contribuinte.
(B) da interpretação genérica do direito público; da analogia; dos efeitos
econômicos dos atos, e não da sua forma jurídica; de todos os métodos
desde que atinjam as finalidades da lei.
(C) da analogia; dos princípios gerais do direito tributário; dos princípios
gerais do direito público; da eqüidade.
(D) dos princípios gerais do direito público; do pensamento da lei; da
eqüidade; dos atos normativos.
(E) dos princípios gerais do direito tributário; da lei interpretativa; da
retroatividade benigna; da vontade das partes.

37- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Segundo o
Código Tributário Nacional, interpreta-se literalmente a legislação tributária
que disponha sobre
(A) suspensão ou exclusão do crédito tributário.
(B) imunidade e isenção tributária.
(C) dispensa de cumprimento da obrigação principal.
(D) isonomia entre contribuintes.
(E) constituição do crédito tributário.

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38- (PROCURADOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MPE-MT 2008 FMP-RS)


Sobre interpretação e integração da legislação tributária, assinale a assertiva
correta.
(A) É possível utilizar-se da analogia, da eqüidade e do princípio da
aplicabilidade imediata.
(B) Emprega-se a eqüidade mesmo quando resulte em dispensa do
pagamento de tributo devido.
(C) Aplica-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre a
outorga de isenção.
(D) A lei tributária pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos quando mais favorável ao acusado.
(E) É possível a utilização dos princípios gerais de direitos privado para
definição de efeitos tributários.

39- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008


FMP-RS) A interpretação da legislação tributária:
(A) não se ocupa dos princípios, conceitos e formas de direito privado, nem
mesmo para a verificação do alcance das normas constitucionais de
competência.
(B) é sempre literal, tendo em conta o princípio da legalidade estrita.
(C) envolve o emprego da analogia, desde que não implique exigência de
tributo não previsto em lei.
(D) não admite o emprego da eqüidade.
(E) está sob reserva de jurisdição.

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Gabarito das Questões

01-A 02-D 03-A 04-E 05-D 06-C 07-E 08-A 09-C 10-D
11-E 12-C 13-E 14-C 15-E 16-E 17-E 18-B 19-E 20-A
21-B 22-E 23-A 24-B 25-D 26-A 27-E 28-B 29-D 30-D
31-B 32-A 33-D 34-E 35-B 36-C 37-A 38-C 39-C

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