.

Conformação Plástica
.

Sumário
Conformação dos Materiais 1

Classificação 2

Laminação 5
Classificação dos laminadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Forjamento 7
Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Forjamento de precisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Extrusão 10
Condições de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Outros tipos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Trefilação 13
Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Resumo das características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Estampagem 15
Corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Dobramento e encurvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Estampagem profunda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Resumo das caraterísticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Hidroconformação 18

Encruamento 19

Coeficiente de estricção 20

2
. Conformação Plástica
Conformação dos
Materiais
O processo de conformar um material
metálico consiste em empregar um de-
terminado método para, assim, modi-
ficar a sua forma para outra geometria
definida.
Basicamente, divide-se os processos de
conformação em dois conjuntos:
• Processos mecânicos: nesse pro-
cesso, a alteração da forma do ma-
terial ocorre devido a aplicação de
tensões externas à temperatura
ambiente ou em altas temperatu-
ras, dependendo do objetivo, mas
sem que haja a liquefação do me-
tal.
Por sua vez, este conjunto é sub-
dividido em processos de confor-
mação por usinagem e processos
de conformação plástica, sendo
este último o alvo de estudo deste
capítulo.
A tensão aplicada durante a usi-
nagem ultrapassa a tensão de rup-
tura, promovendo a remoção de
material. Em contrapartida, a ten-
são a qual o material fica sujeito
nos processos de conformação
plástica não ultrapassam esse li-
mite.
Cerca de 80% dos produtos ma-
nufaturados sofrem uma ou mais
operações de conformação plás-
tica, daí a sua importância.
A partir deles, é possível obter
produtos finais com dimensão,
forma, propriedades mecânicas
e condições superficiais deseja-
das, conciliando qualidade com
elevadas velocidades de produção
e baixos custos de fabricação.
Parâmetros de processamento:
Velocidade, temperatura, equipa-
1
. Conformação Plástica
mentos e ferramentas devem ser
adequados a fim de garantir a qua-
lidade e o custo competitivo dos
produtos.
Qualidade dos produtos: Dimen-
são, forma, propriedades mecâni-
cas e condições superficiais.
Processos: Os processos de con-
formação plástica são: forjamento, nante:
laminação, extrusão, trefilação e
estampagem.
• Processos metalúrgicos: assim
como em processos mecânicos,
são tensões externas que pro-
vocam a modificação do mate-
rial. Entretanto, é necessário que
ocorra a liquefação do metal (pro-
cessos de fundição, por exemplo)
ou a difusão de partículas metáli-
cas (processo de sinterização, por
exemplo).
2
Ao longo do capítulo, iremos adotar o
termo Conformação para os processos
de Conformação Plástica.
Classificação
Existem vários critérios de classificação
para os processos de conformação.
1- Quanto ao tipo de esforço predomi-
• Compressão direta: os processos
de forjamento (em matriz ou livre)
e laminação fazem parte desse
grupo. É caracterizado pela pre-
dominância de uma solicitação ex-
terna de compressão sobre a peça
de trabalho.
• Compressão indireta: trefilação,
extrusão e estampagem são pro-
cessos que são classificados dessa
forma. Apesar de existirem possí-
veis esforços de tração, são os de
compressão que efetivamente mo-
dificam a forma do produto. Essas
. Conformação Plástica
forças são resultantes da reação
da matriz sobre a peça
• Tração: o principal processo clas-
sificado nesta categoria é o estira-
mento de chapas, onde as forças
de tração aplicadas em cada extre-
midade da chapa fazem com que
a peça adote a forma da matriz.
Como predominam tensões trati-
vas, grandes deformações de esti-
ramento podem ser aplicadas ape-
nas para materiais muito dúcteis.
Para estes materiais, almejam-se
altos valores de coeficiente de en-
cruamento.
• Flexão: a geometria do material
é determinada de acordo com o
momento fletor aplicado. Os pro-
cessos de dobramento (livre, de
borda e de matriz) e calandragem
são classificados dessa forma.
• Cisalhamento: a torção de barras
e o corte de chapas constituem o
grupo, onde o processo de confor-
mação ocorre devido a aplicação
de forças cisalhantes no seu plano
de cisalhamento, suficientes, ou
não, para provocar o rompimento
do material.
2 - Quanto à temperatura de trabalho:
• Trabalho a frio:
Ttrabalho < Trecristalizacao
O material é submetido ao efeito
de encruamento, levando ao au-
mento da resistência mecânica
conforme o material se deforma
plasticamente. É um dos meios de
se garantir o aumento da resistên-
cia mecânica de materiais não fer-
rosos que não são endurecíveis
por meio de tratamentos térmicos.
O acabamento superficial de pe-
ças que passam por esse processo
3
. Conformação Plástica

apresentam maior qualidade com • Isotérmico:

relação as provenientes de traba-
Ttrabalho > Trecristalizacao
lho a quente, sendo, portanto, indi-
cados para processos finais. T = constante

• Trabalho a quente: Os dois tipos de classificação mais co-

Ttrabalho > Trecristalizacao
Devido a alta temperatura na qual
a deformação plástica ocorre, os
efeitos do encruamento são elimi-
nados pela recristalização que o
material sofre.
• Trabalho a morno:
Ttrabalho ∼ Trecuperacao
Tem como objetivo aliar as quali-
mumente empregados são quanto ao
esforço predominante e à temperatura
de trabalho, que foram exemplificadas e
discutidas. Entretanto, há também ou-
tros métodos:
3 - Quanto à região de deformação:
• Localizada
• Generalizada
4 - Quanto ao escoamento do material:

dades dos trabalhos a quente e a • Contínuos

frio. Nessa faixa de temperatura,
• Intermitentes
o material passa pelo processo de
recuperação, o que aumenta a sua 5 - Quanto à forma do produto final:
ductilidade, mas sem comprome-
• Chapas/Perfis
ter tanto a sua resistência mecâ-
nica. • Tubos/Barras/Fios

4
. Conformação Plástica

6 - Quanto ao produto obtido: ponde a pressão exercida pelos cilindros

que, por sua vez, resulta da resistência à
• Acabados
deformação plástica do material da peça
• Semi-acabados nas condições de processamento (tem-
peratura e velocidade de trabalho).
Laminação
O processo de conformação conhecido

como laminação consiste em dois cilin-

dros (ferramentas) girando à mesma
velocidade periférica, mas em sentidos

opostos, ocorrendo a passagem das pe-

ças entre eles. Assim, sendo a dimensão

Este processo pode ser realizado à frio
do corpo maior do que a distância en-
ou à quente, dependendo da estrutura
tre as superfícies laterais dos cilindros, a
do material e das dimensões especifi-
peça sofre deformação plástica, promo-
cadas da peça para o início e o final do
vendo a redução de sua seção transver-
processamento.
sal. Esta passagem se dá devido a ação

da força de atrito presente na interface • Laminação a quente: O processo

entre as superfícies de contato das pe- ocorre em temperaturas acima da

ças e dos cilindros, sendo ela proporci- temperatura de recristalização do

onal ao coeficiente de atrito entre peça material, o que reduz à resistên-

e cilindro e à força normal na superfície cia a deformação plástica em cada

de contato. A força normal dividida pela passagem, pois isso evita encrua-

área da superfície de contato corres- mento. Comumente se aplica em

5
. Conformação Plástica

etapas iniciais do processo de pro- para atingir uma dada tensão de lami-
dução de uma peça. nação capaz de superar a resistência à
deformação do material é necessário
• Laminação a frio: A peça inicial
uma força menor.
para esse processo está semi-
Entretanto, como cilindros menores
acabada, devendo ter passado
apresentam maior deformação elástica
por laminação a quente anterior-
para uma mesma força de separação,
mente. Com temperaturas abaixo
faz-se necessário justapor-se cilindros
da recristalização, a peça apre-
de diâmetro maior, aos pares, de modo a
senta maior resistência a defor-
aumentar a rigidez dos pares de menor
mação, o que aumenta conforme
dimensão. Os menores são denomina-
o número de passes. É indicada
dos cilindros de trabalho, enquanto o
para operações finais que necessi-
outro é conhecido como cilindro de en-
tam de maior qualidade de acaba-
costo.
mento superficial.

Para uma mesma taxa de redução da se-

ção de uma peça, quanto menor for o

diâmetro do cilindro laminador, menor

serão as cargas de deformação e de se-

paração (forças exercidas sobre o cilin-

dro como reação as forças presentes na

Classificação dos laminadores
superfície da peça) necessárias. Como
a redução do diâmetro tem como con- Os laminadores podem ser classificados

sequência uma menor área de contato, conforme o número e o tipo de arranjo

6
. Conformação Plástica
dos cilindros. Os três principais tipos
são os laminadores duo, trio e quádruo.
Forjamento
O forjamento pode ser definido como
o processo pelo qual se obtém a forma
desejada de uma peça por meio de mar-
telamento ou aplicando-se uma pressão
que aumenta gradativamente (prensas
hidráulicas, excêntricas ou de parafuso).
A geometria e forma do corpo da peça
são alteradas pela ação de tensões com-
pressivas diretas.
Comumente, este processo de confor-
mação é feito a quente, mas há situa-
ções onde se é necessário trabalhar a
peça a frio. Algumas características de
cada processo estão ilustradas a seguir.
Forjamento a quente:
• Processo de forjamento mais co-
mum;
• Utilizado para peças com formas
mais complexas;
• Ocorre a recristalização do mate-
rial;
• Oxidação e contração térmica: so-
bremetais.
Forjamento a frio:
• Destinado para a conformação de
peças de geometria mais simples;
• Efeitos de encruamento estão pre-
sentes;
• Tolerâncias mais fechadas.
Ferramentas
Os martelos e as prensas consistem
nas principais classes de ferramentas
deste processo. A primeira provoca a
deformação do material por impacto,
enquanto que as prensas utilizam uma
força de compressão em baixa veloci-
dade. Existem três tipos de martelo: o
de queda-livre, o de dupla ação e o de
contra-golpe. Por sua vez, as prensas
7
. Conformação Plástica

podem ser dos tipos hidráulica, mecâ- A deformação do material ocorre

nica (excêntrica e de fricção) ou recalca-
dora.
Materiais
Há uma grande variedade de materiais
metálicos e ligas que podem ser forja-
dos, como aços-carbono, aços-liga, aços
para ferramentas, aços inoxidáveis, li-
quando este é comprimido entre fer-
ramentas planas ou de formato simples.
Enquanto está sob compressão, há um
escoamento do material em um sentido
perpendicular à direção de aplicação da
força.

gas de alumínio, ligas de cobre e ligas

de titânio. As formas iniciais para o for-

jamento são o metal fundido e o metal

laminado, sendo este último o mais indi-

cado por possuir estrutura mais homo-

gênea.
É principalmente utilizado em peças
Classificação
com grandes dimensões, ou quando o
O processo de forjamento pode ser clas- tamanho do lote é pequeno, não justi-

sificado em duas categorias: forjamento ficando o custo de fabricação de matri-

livre (também chamado de forjamento
em matriz aberta), e forjamento em ma-
triz fechada, conhecido apenas como
forjamento em matriz.
Forjamento livre:
zes. Frequentemente, ele é usado para
pré-conformar a peça para um posterior
forjamento em matriz.
Um resumo de suas características é
dado a seguir:

8
. Conformação Plástica

• Formas regulares (anéis, eixos);
• Peças de grandes dimensões;
• Baixa produtividade;
por elas. Devido a alta pressão na cavi-
dade fechada, este processo de forja-
mento atende tolerâncias dimensionais
mais estreitas.

• Normalmente realizado em marte-

los.

Forjamento em matrizes fechadas:

Normalmente, forjamento em matrizes

envolve grandes lotes de produção, que

justificam o alto investimento na fabri-

cação das matrizes. O material da ma-

Como é necessário que haja material su-
triz varia de acordo com o material da
ficiente para preencher toda a cavidade
peça a ser forjada, sendo aços-liga e me-
da matriz e é difícil determinar uma
tal duro os mais utilizados. Como são
quantidade exata, trabalha-se com ma-
submetidas a altas tensões de compres-
terial em excesso. Assim, esse excesso
são, alta solicitação térmica e a choques
resulta na formação da chamada bacia
mecânicos, os materiais para matrizes
de rebarba. A última operação desse pro-
devem possuir alta dureza, elevada te-
cesso é a remoção da bacia de rebarba.
nacidade, resistência à fadiga, alta resis-
A lista abaixo apresenta um resumo das
tência mecânica em altas temperaturas
características desde processo.
e alta resistência ao desgaste.
A peça é deformada entre duas metades • Para peças de geometria comple-

de matrizes e adquire a forma imposta xas;

9
. Conformação Plástica

• Alta produtividade; • Possui controle da temperatura

do aquecimento, do corte e das di-
• Maior homogeneidade estrutural;
mensões do tarugo;

• Melhor qualidade dimensional;

• Normalmente realizado em pren- • Possui precisão dimensional e geo-

sas. métrica de matrizes e insertos.

Forjamento de precisão

O forjamento de precisão é o processo

Extrusão
de deformação plástica que visa obter

forjados com todas dimensões, ou algu-

A extrusão é um processo no qual
mas delas, iguais às do produto acabado.
modifica-se a geometria e as dimen-
Para tanto, ele requer alta tecnologia e
sões de um corpo metálico (tarugo ou
pesquisa.
lingote de seção circular) forçando sua
Algumas características desse processo:
passagem por uma matriz utilizando-

se a carga de compressão de um pistão

• Pode ser realizado a quente, a frio,
a morno ou isotérmico;
• Apresenta menores sobremetais,
sem rebarbas, sem ângulos de ex-
tração e raios de arredondamento
menores;
pneumático ou hidráulico, conferindo-
lhe forma e dimensões finais. A denomi-
nação tarugo é dada para peças oriun-
das do processo de laminação, enquanto
o lingote é fruto de um processo de fun-
dição.

10
. Conformação Plástica

que, na grande maioria dos casos, o pro-

cesso é realizado acima da temperatura
de recristalização.

Extrusão a quente:

• Grandes reduções de seção numa

só etapa;

Perfis e tubos, especialmente barras de

• Maioria dos processos para ob-
seção circular, são produtos da extru-
ter produtos contínuos semi-
são. Estes têm seu comprimento e vo-
acabados (barras) e acabados (per-
lume limitado ao volume do tarugo de
fis e tubos).
partida.

Este processo é classificado como sendo Extrusão a frio:

de compressão indireta, já que são as

paredes internas da ferramenta (matriz) • Pequenas reduções de seção em

que provocam a carga de compressão vários estágios;

sobre o tarugo, devido à reação à pres-

• obtenção de peças de precisão.
são do pistão.

Condições de trabalho Classificação

A passagem do tarugo por um furo de Quanto ao tipo de movimento do ma-

diâmetro inferior ao seu provoca a de- terial, o processo de extrusão pode ser

formação plástica. Normalmente, não classificado em:

sofre com os efeitos de encruamento, já Extrusão direta:

11
. Conformação Plástica
• Movimento do material extrudado apresentar maior simplicidade de equi-
no mesmo sentido de avanço do
êmbolo;
• Com casca, para reduzir o atrito e
eliminar superfície contaminada.
Extrusão inversa:
• Movimento do material extrudado entre o tarugo e o recipiente de extru-
no sentido contrário ao de avanço
do êmbolo;
• Vantajoso, pois não há atrito do
tarugo com o recipiente;
• Limitado, pois o êmbolo oco (para
barras) ou esbelto (para tubos) não reta, podem ser utilizados lubrifican-
permite a obtenção de produtos
com seções reduzidas.
Mesmo exigindo menor esforço de de-
formação e permitindo a obtenção de
um produto mais homogêneo, a extru-
são inversa ainda tem menor utilização
do que a extrusão direta devido a esta
12
pamento, já que não exige um pistão
oco.
Enquanto na extrusão direta é o pistão
que age sobre o tarugo, forçando a sua
passagem pela matriz (que está posici-
onada no lado oposto do recipiente) e
provocando uma intensa ação de atrito
são, na extrusão inversa é o recipiente
com o tarugo que se desloca em direção
ao pistão, que permanece fixo. Conse-
quentemente, o atrito entre o tarugo e o
recipiente é quase inexistente.
Entretanto, para o caso de extrusão di-
tes resistentes à temperaturas elevadas
para promover um redução do atrito no
recipiente.
Outros tipos
Extrusão hidrostática:
• Transmissão de pressão ao tarugo
por meio de um fluido hidráulico;
. Conformação Plástica
• Possibilidade de grandes reduções
de seção a frio devido à redução
do atrito.
Extrusão lateral:
• O escoamento ocorre perpendicu-
larmente à força de extrusão;
• Permite a confecção de geome-
trias complexas a frio (near net
shape manufacturing).
Trefilação
O processo de trefilação consiste na
condução de um fio (barra com diâmetro rial do fio.
inferior a 5 mm), barra ou tubo, através
de uma fieira contendo um furo central
(cujo diâmetro é decrescente, formando
um perfil cônico), por onde ocorrerá a
passagem do material. O fato do diâme-
tro ir reduzindo ao longo do furo pro-
voca a deformação do material e a con-
sequente redução de sua seção.
A trefilação geralmente é realizada a
frio (temperatura de trabalho abaixo
da temperatura de recristalização), de
modo que o efeito de encruamento
ocorre, alterando as propriedades me-
cânicas (aumento da resistência mecâ-
nica e redução da ductilidade) do mate-
Como, normalmente, o processo se dá
através da passagem do fio por sucessi-
vas fieiras com diâmetros finais decres-
centes, pode ser necessário o recozi-
mento do material para que este fique
dúctil o suficiente para poder passar
pela próxima fieira sem que haja a sua
ruptura.
13
. Conformação Plástica

Além disso, as máquinas de trefilar po-

dem ser dos tipos com ou sem desliza-
mento. As máquinas sem deslizamento
possuem um sistema de tração do fio
que o conduz através do furo da fieira.
Este, por sua vez, é constituído por um

O material que irá passar pela fieira anel tirante que acumula o fio que foi

deve possuir a forma de um arame, que trefilado e somente depois permite que

é, usualmente, obtido pelo processo de ele prossiga para a fieira seguinte. Isso

extrusão, para o caso de metais não- se repete em cada fieira. Por sua vez,

ferrosos, ou por laminação, tanto para para o processo com deslizamento, o fio

materiais ferrosos quanto para não- parte de uma bobina, passa por uma rol-

ferrosos. dana e se dirige alinhado à primeira fi-

eira. Na sequência, após passa-la, o fio é

Classificação
tracionado por um anel tirante (de modo
Como é necessária a tração dos produ-
similar ao processo sem deslizamento),
tos por uma matriz para que esta defina
no qual ele dá certo número de voltas,
o perfil do trefilado, ocorre uma reação
em forma de hélice cilíndrica, permi-
de compressão exercida pelas paredes
tindo que, no início da hélice, o fio es-
da fieira sobre o fio que causa a sua de-
teja alinhado com a fieira anterior e, no
formação. Sendo assim, o processo de
fim da hélice, com a seguinte. Este mo-
conformação plástica por trefilação é
vimento que o fio realiza na forma de
classificado como sendo de compressão
hélice provoca o seu deslizamento late-
indireta.

14
. Conformação Plástica

ral no anel. Como ocorre um aumento sistência provoca a queda de con-

no comprimento do fio, o segundo anel formabilidade.
faz este passar pela próxima fieira gi-
Estampagem
rando a uma velocidade maior de modo
Define-se como estampagem o processo
a compensar esse aumento. Este pro-
de fabricação de peças através do corte
cedimento é repetido nas fieiras e anéis
ou deformação de chapas em operações
seguintes.
de prensagem, normalmente realizados
Resumo das características
a frio.
Abaixo é apresentado uma lista con-

tendo um resumo das principais carac-

terísticas de um processo de trefilação.

• Comumente realizado a frio;

• Pequenas reduções de seção por

passe;
A estampagem de chapas é utilizada

• Excelente qualidade superficial e para a fabricação de peças com paredes

dimensional; finas, confeccionadas a partir de chapas

ou fitas de diversos metais e ligas. Suas
• Propriedades mecânicas controla-
operações podem ser organizadas em
das;
três grupos:
• Recozimento intermediário neces-
• Corte;
sário quando a queda de ductili-
dade associada ao aumento da re- • Dobramento e encurvamento;

15
. Conformação Plástica
• Estampagem profunda.
As operações de corte e dobramento
são realizadas a frio. Em contrapartida,
a operação de estampagem profunda
pode eventualmente ser a quente, de-
pendendo da necessidade.
Corte
O processo de estampagem por corte
consiste na confecção de formas geomé-
tricas em chapas utilizando-se uma fer-
ramenta de corte (ou punção de corte)
por meio de uma prensa que exerce
pressão na chapa, que está apoiada em
uma matriz.
Dobramento e encurvamento
Utilizam-se de matrizes montadas em
prensas de estampagem para a confec-
ção de elementos relativamente cur-
tos. Na operação de dobramento, os pa-
râmetros de maior importância são os
raios de curvatura e a elasticidade do
material. Desse modo, deve-se evitar
16
cantos vivos e delimitar os raios de cur-
vatura em cerca de 1 a 2 vezes a espes-
sura para chapas moles e de 3 a 4 vezes
para chapas duras.
Dependendo de algumas características,
o dobramento pode ser classificado em:
• Flageamento: dobramento numa
pequena parte ou numa pequena
dimensão da extremidade de uma
chapa cortada;
• Rebordamento ou Agrafamento:
dobramento completo da borda de
uma chapa.
• Enrolamento: realizado para re-
forçar a borda da peça, ou mesmo
para conferi-la o acabamento final,
eliminando bordas cortantes que
comprometam sua manipulação.
• Nervuramento: confere a peça
maior rigidez.
. Conformação Plástica
• Estanqueamento: operação de
dobramento que visa a formação
de duas ou mais peças.
• Enrugamento: tem a finalidade de
permitir a montagem da peça em
um conjunto.
• Abaulamento: utilizado na fabri-
cação de tubos, confere forma
com fins funcionais para peça.
• Corrugamento: aplicado em cha-
pas para a fabricação de telhas
metálicas onduladas ou serrilha-
das.
• Conformação de tubos: opera-
ção bastante variada, podendo ser
constituída por dobramento sim-
ples, expansão das extremidades,
abaulamento da região central, re-
tração das extremidades, redução
do diâmetro e junção ou amassa-
mento de suas paredes na extre-
midade ou parte central.
Devido a elasticidade do material, é
comum que as chapas retornem a sua
forma original após o dobramento.
Sendo assim, recomenda-se construir
as matrizes com ângulos mais acentua-
dos e repetir a operação algumas vezes
em uma ou mais matrizes.
O encurvamento, por sua vez, segue os
mesmos princípios e conceitos do do-
bramento. Entretanto, o processo é sub-
dividido em três fases.
Estampagem profunda
Estampagem profunda consiste na es-
tampagem de objetos ocos (derivados
de chapas planas), geralmente sem de-
formar a espessura, em uma ou mais fa-
ses.
Durante essa operação, os elementos
estarão sujeitos a forças radiais de tra-
ção e forças tangenciais de compressão.
Dentre os processos classificados
como sendo de estampagem profunda,
encontram-se:
17
. Conformação Plástica
• Conformação por estampagem,
reestampagem e reestampagem
reversa de copos;
• Conformação com estampagem e
reestampagem de copos;
• Conformação rasa com estampa-
gem e reestampagem de painéis;
• Conformação profunda com es-
tampagem de painéis.
As reestampagens são feitas a partir de
peças já estampadas, que têm somente
a sua parte central deformada em di-
mensões menores, causando uma forma
geométrica semelhante à parte maior.
Resumo das caraterísticas
A lista apresentada a seguir apresenta
um resumo sobre o processo de estam-
pagem:
• Deformações localizadas.
• Produtos: peças isoladas.
18
• Esforços: Flexão, Compressão,
Cisalhamento, Estiramento de
acordo com o processo e o pro-
duto.
• Normalmente realizado a frio.
• A quente, para chapas espessas e
aços de alta temperabilidade.
Hidroconformação
O processo de hidroconformação é re-
lativamente novo e vem sendo utilizado
em escala industrial desde o final da dé-
cada de 60 para a produção de peças hi-
dráulicas. Na indústria automotiva, a
hidroconformação de tubos vem sendo
utilizado para a produção de peças da
estrutura principal da carroceria, além
de peças estruturais de componentes
agregados, como suporte do motor e ei-
xos dianteiros e traseiros.
Este processo utiliza a combinação de
deslocamento de pistão e pressão de um
. Conformação Plástica
fluido para a conformação das peças até
a sua forma final.
Algumas características desse processo
estão apresentadas abaixo:
• Para obtenção de peças tubulares
com geometrias complexas, com
aumento de resistência mecânica
e diminuição das operações de sol-
dagem;
• Deformação da peça causada pela
aumento da pressão interna e pela
compressão axial devido a ação de
ferramentas horizontais;
• Matéria-prima: tubos e perfis tu-
bulares;
• Sequência de processamento:
corte, curvamento, lubrificação,
hidroconformação, monitora-
mento dos furos, lavagem, expe-
dição.
Encruamento
Durante os processos de conformação
mecânica, a deformação plástica sofrida
pelo material não altera apenas as suas
dimensões, mas também a sua microes-
trutura. Embora grande parte da ener-
gia gasta nos processos de conformação
a frio seja perdida na forma de calor, 2
a 10% dessa energia é armazenada na
forma de defeitos cristalinos, que cau-
sam um aumento de dureza significativo
no material metálico. Ao fenômeno de
aumento de dureza e resistência mecâ-
nica devido a deformação plástica, dá-se
o nome de encruamento.
A eliminação e o rearranjo desses defei-
tos cristalinos são processos termica-
mente ativados, isto é, são favorecidos
em temperaturas mais elevadas, onde
a difusão dos átomos é maior. Assim, se
é necessário reduzir a dureza do mate-
rial, pode ser realizado um tratamento
térmico, que provoca mudanças micro-
19
. Conformação Plástica

estruturais e a consequente redução de Desse modo:

dureza. Esse tratamento térmico é co-
nhecido como recozimento. O recozi- A0 − Af
ϕ=
mento consiste em submeter o mate- A0

rial à temperaturas acima da tempera-

Onde A0 é a área inicial da seção antes
tura de recristalização por períodos de
da aplicação da carga e Af a área no mo-
tempo que vão de minutos a poucas ho-
mento da fratura. Para o caso de uma
ras.
seção circular, a equação anterior é sim-

Coeficiente de plificada para:

estricção
Também conhecido como coeficiente de d20 − d2f
ϕ=
d20
redução de área, o coeficiente de estric-

ção (ϕ) é utilizado como um parâmetro Sendo d0 o diâmetro inicial e df o final.

de medida de ductilidade, sendo defi- Caso a redução da área resulte em um

nido como o percentual de redução de coeficiente de estricção maior do que o

área da seção que fraturou. permitido, a peça irá se romper.

20
. Conformação Plástica

Exemplo
Petrobras - 2010 - Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 23
Sobre o fenômeno de encruamento, analise as afirmativas a seguir.
I - É fenômeno no qual um material endurece devido à deformação plástica
promovida por trabalho a quente.
II - Esse endurecimento ocorre devido a aumento de discordâncias e imper-
feições promovidas pela deformação.

III - O encruamento pode ser suavizado por meio de recozimento.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) III, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

Solução:

Para responder essa questão, é necessário avaliar cada item e determinar

se sua informação está correta ou não. Primeiramente, o item I apresenta

uma afirmativa falsa, já que no trabalho a quente o material já passa pelo pro-
cesso de recozimento, o que suaviza o encruamento e o impede de endu-
recer. Consequentemente, a alternativa III também está correta. Já a afir-
mativa II também é verdadeira. As discordâncias e imperfeições tendem a

21
. Conformação Plástica

impedir, ou pelo menos dificultar, o deslizamento dos planos cristalinos do

material, evitando, assim, que se deforme, o que caracteriza o aumento da
dureza.
Resposta: D

Exemplo
Petrobras – 2012 – Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 24
O curvamento de chapas e perfis é muito frequente para a montagem e as

instalações de equipamentos na indústria de transporte, processamento e

armazenamento de fluidos como, por exemplo, em caldeiras e em trocado-

res de calor. Esse procedimento pode ser realizado manualmente ou com

o auxílio de equipamentos.

O equipamento utilizado para efetuar curvaturas de um raio específico é a

(A) extrusora

(B) plaina limadora

(C) calandra
(D) laminadora

(E) trefiladora

22
. Conformação Plástica

Solução:
O processo em questão é chamado de calandragem. É um processo de con-
formação pelo qual se dá forma às chapas e/ou laminados de metal, pela pas-
sagem entre rolos, conferindo-lhes, assim, curvatura, espessura constante
e um acabamento de qualidade. O equipamento usada na calandragem é cha-
mado de calandra.
Resposta: C

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2008 - Engenheiro de Equipamentos Júnior

- Terminais e Dutos - 55

Um material a ser selecionado para produzir uma peça por estampagem atra-

vés de uma prensa deve apresentar um valor relativamente elevado para

a(o)

(A) Tenacidade.

(B) Resistência térmica.

(C) Resistência à fratura.

(D) Módulo de elasticidade.
(E) Módulo de resiliência.

Solução:
Materiais para serem utilizados em estampagem devem apresentar uma alta
capacidade de sofrer deformação plástica sem sofrer fratura. Ou seja, de-

23
. Conformação Plástica

vem ter alta tenacidade para evitar falhas por trincas ou desgaste por mi-
crolascamento.
Resposta: A

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2012 - Engenheiro de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 64
O processamento de materiais por laminação permite a obtenção de uma

grande variedade de produtos, desde chapas e placas de várias espessuras

até tubos. Em relação à laminação de materiais, tem-se que

(A) a laminação a frio ocorre em temperaturas próximas à temperatura am-

biente, enquanto que laminação a quente ocorre em temperaturas eleva-

das.

(B) a laminação a frio distingue-se da laminação a quente pela função da tem-

peratura de austenitização do material.

(C) a recuperação dos grãos do material, após a deformação, não ocorre na

laminação a quente.

(D) as laminações na temperatura ambiente são, para o chumbo, conside-

radas a quente.
(E) os aços laminados a frio sempre sofrem recozimento subcrítico após o
processamento.
Solução:

24
. Conformação Plástica

É importante compreender que classificar uma operação como trabalho a

quente ou a frio dependerá da temperatura em que se dá a recristalização
efetiva daquele material sendo processado. Dependendo do material, uma
mesma operação poderá ser considerada a quente ou a frio.
Assim, embora para muitas ligas comerciais a temperatura do trabalho a quente
seja realmente elevada em relação à ambiente, para metais como chumbo
(Pb) e estanho (Sn), que se recristalizam rapidamente à temperatura ambi-
ente após grandes deformações, a conformação à temperatura ambiente

é uma operação realizada a quente. Por outro lado, a conformação a 1100 C

é um trabalho a frio para o tungstênio, cuja temperatura de recristalização

é superior a esta, embora seja a quente para o aço.

Resposta: D

Exemplo
Eletronorte - 2006 - Engenharia Mecânica - 55

Em relação aos processos de extrusão e trefilação, é correto afirmar que:

(A) a pressão de extrusão deve ser superior à tensão de escoamento à tra-

ção do material de modo a permitir a deformação plástica do arame no in-

terior da fieira.

25
. Conformação Plástica

(B) a pressão de extrusão deve ser inferior à tensão de escoamento à tra-

ção do material de modo a evitar a deformação plástica do arame após a fi-
eira.
(C) a tensão de trefilação deve ser superior à tensão de escoamento à tra-
ção do material de modo a permitir a deformação plástica do arame no in-
terior da fieira.
(D) a tensão de trefilação deve ser inferior à tensão de escoamento à tra-

ção do material de modo a evitar a deformação plástica do arame após a fi-

eira.
(E) a tensão de trefilação deve ser superior à tensão de escoamento à tra-

ção do material de modo a evitar a deformação plástica do arame após a fi-

eira.

Solução:

No processo de extrusão, força-se a passagem da peça contra uma matriz

de modo que as suas paredes internas comprimam o material e causem a

sua deformação. Por sua vez, na trefilação, uma barra ou tubo é conduzido

através de uma fieira, cujo diâmetro diminui ao longo de seu comprimento,

deformando a peça. Entretanto, essa deformação deve atingir o regime plás-

tico para que a nova forma do material permaneça após este não estar mais

submetido a carga.
Resposta: C

26
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
Petrobras – 2012 – Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 26
Os trabalhos mecânicos de deformação podem ser classificados em traba-
lhos a quente ou trabalhos a frio. Uma das vantagens do trabalho a quente
é a melhoria da tenacidade, enquanto que uma desvantagem é a oxidação.
Dentro desse contexto, os trabalhos a quente são aqueles realizados acima
da temperatura denominada

(A) Kelvin

(B) de têmpera

(C) de cementação

(D) de recristalização

(E) de revenimento

Resposta: D

Caiu no concurso!
Petrobras - 2011 - Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 43

Um material possui estricção igual a 0,55. Um fabricante deseja laminar esse

material a frio, de uma espessura inicial de 10, 0 mm para uma espessura fi-
nal de 2, 0 mm, por meio da sequência de operações abaixo.
1- Redução da espessura da chapa de 10, 0 mm para 8, 0 mm.

27
. Conformação Plástica

2- Redução da espessura da chapa de 8, 0 mm para 5, 0 mm.

3- Redução da espessura da chapa de 5, 0 mm para 2, 0 mm.
Para que essa sequência seja realizada, um tratamento térmico de recozi-
mento deverá ser promovido
(A) antes da primeira operação.
(B) após a terceira operação.
(C) entre a primeira e a segunda operações.

(D) entre a segunda e a terceira operações.

(E) em nenhum momento da sequência.
Resposta: D

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 45

Entende-se recuperação e recristalização, respectivamente, como a dimi-

nuição de parte da energia de deformação interna e a formação de um novo

conjunto de grãos livres de deformação no interior de um grão. Ambos os

processos ocorrem em metais previamente deformados a frio e submeti-

dos a tratamentos térmicos, sobre os quais afirma-se que

(A) Os processos de conformação são comumente classificados em opera-
ções de trabalho a quente e a frio, sendo que trabalho a quente é definido

28
. Conformação Plástica

como a deformação sob condições elevadas de temperatura e trabalho a frio

em temperaturas próximas à ambiente.
(B) A distinção básica entre trabalho a quente e trabalho a frio é função da
temperatura em que se dá a recristalização efetiva do material, como no exem-
plo do chumbo, em que conformações a temperatura ambiente são traba-
lhos a quente, embora sejam trabalhos a frio para o estanho.
(C) No trabalho a quente, somente a etapa de recuperação ocorre imedia-

tamente após a deformação (recuperação dinâmica), sendo a recristaliza-

ção realizada em um tratamento térmico posterior (recristalização estática),
que, no caso dos aços, é conhecido como recozimento pleno ou super-crítico.

(D) Após o trabalho a frio dos aços, tratamentos térmicos de recozimento

subcríticos são usualmente realizados (recuperação e recristalização está-

ticas), com o objetivo de melhorar a ductilidade do material.

(E) Tanto no recozimento supercrítico como no subcrítico, o material sofre

resfriamentos ao ar, fazendo-se necessário adotar curvas TTT ou CCT para

a previsão das microestruturas resultantes destes resfriamentos.

Resposta: D

29
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 70
No ensaio de estampagem profunda de chapas finas, a altura máxima do copo
obtido bem como a posição e o tamanho de suas orelhas dependem da tex-
tura cristalográfica das chapas. Do ponto de vista mecânico, essas duas va-
riáveis estão relacionadas, respectivamente, ao(à)

(A) Coeficiente de anisotropia normal e ao planar.

(B) Coeficiente de anisotropia plástica e ao de encruamento.

(C) Coeficiente de anisotropia plástica e ao limite de resistência.

(D) Limite de escoamento e à ductilidade.

(E) Ductilidade e ao coeficiente de encruamento.

Resposta: A

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2012 - Engenheiro de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 25
Uma lâmina de cobre comercialmente puro será empregada em um equi-
pamento industrial. A única restrição de projeto é a carga máxima a que essa

30
. Conformação Plástica

lâmina precisa resistir. Esse material pode ser fornecido nas seguintes con-
dições:
I - laminado a frio e recozido (recozimento pleno).
II - laminado a frio e com 5% de deformação no último passe.
III - laminado a frio e com 10% de deformação no último passe.
IV - laminado a frio e com 15% de deformação no último passe.
Todas as lâminas apresentavam a mesma espessura antes de iniciarem o pro-

cesso de laminação. Cada passe de laminação é seguido de um tratamento

de recozimento pleno, exceto o último passe. Todos os processos de lami-
nação empregados fornecem valores de resistência mecânica suficiente-

mente elevados para atender ao projeto. A espessura do material não é fa-

tor crítico para sua aplicação, mas a massa total de cobre precisa ser redu-

zida. Assim sendo, qual o material que, por ser mais apropriado, deve ser es-

colhido para ser empregado no equipamento?

(A) Qualquer material, independente da condição de laminação, pois todas

apresentam o mesmo valor de resistência mecânica e a mesma massa por

unidade de área da lâmina.

(B) O material laminado a frio e recozido, por apresentar a menor massa e

o maior valor de resistência mecânica.

(C) O material laminado a frio e com 5% de deformação no último passe, por

apresentar a menor massa e o maior valor de resistência mecânica.
(D) O material laminado a frio e com 10% de deformação no último passe,
por apresentar a menor massa e o maior valor de resistência mecânica.

31
. Conformação Plástica

(E) O material laminado a frio e com 15% de deformação no último passe,

por apresentar a menor massa e o maior valor de resistência mecânica.
Resposta: E

Caiu no concurso!
Transpetro - 2006 - Engenheiro Pleno - Área Mecânica - 35
Em relação aos processos de laminação a frio e a quente, considere as afir-
mações a seguir.

I - O trabalho a quente permite o emprego de menor esforço mecânico e,

para uma mesma quantidade de deformação, as máquinas necessárias são

de menor capacidade que no trabalho a frio.

II - O trabalho mecânico a frio deforma a estrutura do metal, em maior ou

menor profundidade, conforme a extensão do trabalho e, em consequên-

cia, pode alterar sensivelmente as propriedades mecânicas, sendo que re-

sistência e dureza diminuem, enquanto a ductilidade aumenta.

III - O trabalho a frio melhora a tenacidade porque refina a estrutura do me-

tal, elimina a porosidade e segrega as impurezas, além disso, escória e ou-

tras inclusões são comprimidas na forma de fibras, com orientação definida,
o que torna o metal mais resistente em uma determinada direção.

IV - O trabalho a quente não permite a obtenção de dimensões dentro de

tolerâncias estreitas, enquanto o trabalho a frio não apresenta tal desvan-
tagem, além de produzir um melhor acabamento superficial.

32
. Conformação Plástica

Estão corretas apenas as seguintes afirmações:

(A) I e II
(B) I e III
(C) I e IV
(D) II e III
(E) III e IV
Resposta: C

Caiu no concurso!
CASAN - 2011 - Engenharia Mecânica - 36

Analise o texto abaixo:

"...consiste em puxar uma peça metálica através de uma matriz que possui

um orifício cônico mediante a aplicação de uma força de tração no lado de

saída do material. Tem-se como resultado uma redução na área de seção reta

com o correspondente aumento no comprimento."

Assinale a alternativa correta, em relação ao texto

(A) Extrusão.
(B) Laminação.

(C) Estiramento.
(D) Encruamento.

33
. Conformação Plástica

(E) Forjamento.
Resposta: C

Caiu no concurso!
INPI - 2006 - Pesquisador - Engenharia Metalúrgica - 50
O processo de conformação mecânica, a quente ou a frio, consiste na redu-

ção da área da seção transversal e, consequentemente, alongamento de um

corpo metálico através da passagem ou compressão deste entre as ferra-

mentas de trabalho: dois cilindros em rotação, matrizes, punções. Apesar

de existirem vários processos de conformação mecânica, eles podem ser clas-

sificados em poucas categorias, em função dos esforços aplicados. Além dos

processos de compressão direta e de compressão indireta, essas categorias

de conformação mecânica incluem os processos de

(A) tração, dobramento e cisalhamento.

(B) tração, fundição e cisalhamento.

(C) lingotamento, dobramento e cisalhamento.

(D) fundição, dobramento e cisalhamento.

(E) tração, dobramento e lingotamento.
Resposta: A

34
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2008 - Profissional Júnior - Formação: Enge-
nharia Mecânica - 28
Os cilindros de trabalho em um laminador do tipo quádruo têm, em geral,
diâmetros menores que os cilindros de encosto. Isto acontece porque per-
mitem uma área de contato
(A) Menor, forças de atrito maiores, além de possibilitarem maior rigidez.

(B) Menor, forças de atrito maiores, além de possibilitarem menor precisão.

(C) Menor, forças de atrito menores, além de possibilitarem maior precisão.

(D) Maior, forças de atrito maiores, além de possibilitarem menor precisão.

(E) Maior, forças de atrito menores, além de possibilitarem menor rigidez.

Resposta: C

Caiu no concurso!
Petrobras – 2012 – Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 22

Os tubos são componentes muito utilizados no transporte de diversas subs-

tâncias, tais como água, vapor d’água, óleo, gás, etc. Atualmente existem mui-
tas técnicas para a fabricação de tubos com ou sem costura.

35
. Conformação Plástica

Um lingote cilíndrico de aço aquecido, animado de movimento helicoidal de

rotação e translação causado por rolos cônicos, pressionado contra uma pon-
teira cônica, que abre um furo em seu centro, compõe a primeira etapa de
um processo de fabricação de tubos denominado de
(A) extrusão
(B) fundição
(C) injeção

(D) trefilação
(E) laminação Mannesmann
Resposta: E

Caiu no concurso!
Petrobras – 2012 – Técnico de Manutenção Júnior - Caldeiraria - 27

Utilizam-se nas indústrias diversos processos de fabricação, para transfor-

mar as matérias-primas em peças.

Um processo que pode ser realizado a quente ou a frio, ao qual um metal é

conformado mecanicamente por meio de aplicações intermitentes de pres-

são, é o(a)
(A) torneamento
(B) forjamento
(C) fundição
(D) extrusão

36
. Conformação Plástica

(E) trefilação
Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 32

A figura abaixo representa um dos processos de fabricação de tubos.

A respeito deste processo, analise as afirmativas a seguir.

37
. Conformação Plástica

I. O tubo, representado pelo elemento hachurado, está sendo laminado por

uma configuração de laminadores chamada, na indústria, de TRIO.
II. O tubo passa por um processo de mandrilamento para produzir tubos de
maior diâmetro.
III. O tubo é fabricado por um processo que não utiliza a costura, ou seja, não
há presença de soldagem na direção longitudinal do tubo.
IV. O tudo está sendo conformado para acabamento, pois, após a soldagem,

é necessário retirar as ondulações e eliminar a casca de óxido formada no

processo a quente.
São corretas APENAS as afirmativas

(A) I e III.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II e IV.

(E) I, III e IV.

Resposta: C

38
. Conformação Plástica

Considere o enunciado a seguir para as questões 61 a 65

As técnicas de fabricação de produtos metálicos incluem vários métodos de con-

formação, visando-se a aplicações específicas. Em algumas dessas operações, as
tensões externas aplicadas para produzir determinada deformação plástica devem
exceder o limite de escoamento dos materiais trabalhados. Os processos de solda-
gem, fundição e metalurgia do pó também são utilizados na confecção de itens in-
dustriais. Considerando as operações usuais de fabricação de produtos metálicos,
julgue os itens a seguir.

Caiu no concurso!
INMETRO - 2007 - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade

- Engenharia de Materiais - 61

A metalurgia do pó é o método mais indicado para conformação de metais

com baixo ponto de fusão.

(A) Verdadeiro.

(B) Falso.

Resposta: F

39
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
INMETRO - 2007 - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade
- Engenharia de Materiais - 62
A fundição com matriz de aço, técnica em que o metal liquefeito é forçado,
sob pressão, para o molde, é indicada para a fabricação de peças de peque-
nas dimensões e ligas de baixo ponto de fusão.
(A) Verdadeiro.

(B) Falso.

Resposta: A

Caiu no concurso!
INMETRO - 2007 - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade

- Engenharia de Materiais - 63

No estiramento de metais, o material a ser conformado é forçado por com-

pressão através do orifício de uma matriz.

(A) Verdadeiro.
(B) Falso.

Resposta: B

40
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
INMETRO - 2007 - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade
- Engenharia de Materiais - 64
No forjamento de matriz fechada, uma força atua sobre duas ou mais par-
tes de uma matriz que possuem a forma acabada, de tal modo que o metal
é deformado na cavidade entre essas partes da matriz.
(A) Verdadeiro.

(B) Falso.

Resposta: A

Caiu no concurso!
INMETRO - 2007 - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade

- Engenharia de Materiais - 65

O trabalho a quente apresenta vantagens em relação ao trabalho a frio, pois

produz melhor acabamento superficial, sendo o controle dimensional mais

preciso.

(A) Verdadeiro.
(B) Falso.
Resposta: B

41
. Conformação Plástica

Caiu no concurso!
CREA/SC - 2009 - Agente Fiscal - Civil ou Mecânica e Metalúrgica ou Ele-
tricista - 37
Após a leitura do enunciado apresentado a seguir, identifique a afirmação
correta:
O processo de fabricação que consiste em se puxar uma peça metálica atra-
vés de uma matriz que possui um orifício cônico mediante a aplicação de uma

força de tração no lado de saída do material é chamado de:

(A) Estiramento.

(B) Encruamento.

(C) Laminação.

(D) Extrusão.

Resposta: A

42