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2012
FICHA CATALOGRÁFICA
© 2012
Todos os direitos autorais reservados a Diego Giordani Testa. A reprodução de partes ou do todo deste
trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor.
Endereço: Rua Appel, n. 420, Bairro Centro, Santa Maria, RS, 97015-030
Fone (0xx) 55 3307 4618; E-mail: diegogtesta@gmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Artes e Letras
Curso de Desenho Industrial – Projeto de Produto
elaborada por
Diego Giordani Testa
COMISSÃO EXAMINADORA:
Desconhecido.
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo estudar o sistema de produção do produto joia, por
meio do desenvolvimento de uma coleção, considerando um processo viável de
produção. Para isto, primeiramente foram identificadas e descritas às tipologias
características da joalheria e foram estudados os processos produtivos, as tecnologias e
os materiais empregados na produção joalheira. A coleção foi desenvolvida observando
um segmento de mercado especifico, identificado por meio de pesquisa analisada,
utilizando técnicas e tecnologias de ponta. Todo o processo foi orientado por um modelo
de desenvolvimento projetual embasado nas metodologias de Baxter (2000), Löbach
(2001), Munari (1998) e Olver (2003). As peças foram confeccionadas na cidade de
Soledade/RS com o auxilio e apoio técnico do Centro Tecnológico de Pedras, Gemas e
Joias do Rio Grande do Sul (CTPJRS) e parceiros.
Monograph
Course of Industrial Design – Product Design
Federal University of Santa Maria
The present work has the objective to study the production system of jewelry through
the development of a collection, considering a viable process of production. For this,
were identified and described the characteristic jewelry’s types as manufacturing
processes, materials and technologies used to produce jewelry. The collection was
developed by observing a specific market segment, identified through research and
using edge techniques and technologies. The whole process was guided by a
development model grounded in the methodologies of Baxter (2000), Löbach (2001),
Munari (1998) and Olver (2003). The pieces were made in the city of Soledade / RS with
the help and technical support of the Technology Center to Rocks, Gems and Jewels of
Rio Grande do Sul (CTPJRS) and partners.
INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS
1.2. JUSTIFICATIVA
1.3. MÉTODO
Aqui é descrito tudo o que deve ser considerado durante o projeto, desde o conceito, os
custos, os materiais, o público-alvo, os processos produtivos, entre outros.
A quinta etapa de projeto é o conceito (concepto), que representa a ideia por
trás do projeto. O conceito é aquilo que se pretende passar para o consumidor. Como
sexta etapa tem-se a chuva de ideias (lluvia de ideas). Nesta fase todas as opções são
consideradas ao máximo. Na sétima etapa temos a investigação (investigación), que
consiste em estudar novas formas de solução, ampliando os conhecimentos do projetista
e melhorando o projeto.
Olver define como passo oito as amostras e provas (muestras y piezas de
pruebas). Constroem-se modelos e realizam-se testes com os materiais com o qual se
pretende trabalhar a fim de comprovar sua qualidade e funcionalidade.
O penúltimo passo do processo é a confecção de modelos (hacer modelo).
Aqui são construídos modelos com materiais distintos a fim de verificar a forma, a
proporção, encontrar soluções técnicas e com isso desenhar mais detalhadamente a
peça criada. A última etapa do processo descrito por Olver é a fabricação (fabricación),
resultando na peça final acabada. Todas estas etapas são registradas através de um
diário gráfico e de um caderno de esboços, onde o desenhista realiza suas anotações de
ideias, pensamentos e analises.
Para Baxter (2000), “a organizaç~o das atividades de projeto é sempre algo
complexo”. Ele divide o processo em quatro etapas. A primeira delas é uma exploraç~o
de ideias para um teste de mercado. Uma ideia é apresentada a um grupo de
consumidores em potencial a fim de verificar a potencialidade do projeto. Caso seja
aprovado, parte-se para a próxima etapa, que consiste em especificar a oportunidade e o
projeto. Nesta fase entra o chamado projeto conceitual, onde são gerados conceitos para
verificar qual atende de melhor forma a proposta de projeto.
Num terceiro momento o conceito escolhido passa por uma nova verificação
de mercado e segue para a “configuraç~o do projeto”. Nesta etapa, novas alternativas s~o
consideradas e são executados alguns ajustes técnicos envolvendo materiais e processos
de fabricação. De acordo com as mudanças realizadas torna-se necessário retroceder
etapas e realizar ajustes. Após todos os ajustes conferidos, realiza-se outra verificação de
mercado. Com a terceira etapa aprovada inicia-se a quarta e ultima fase, na qual são
feitos os desenhos detalhados do produto e de seus componentes, desenhos para a
fabricação e a produção do protótipo. Com a aprovação final do protótipo, inicia-se a fase
de produção do produto.
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O ultimo autor consultado foi Löbach (2001). Ele fala sobre o processo de
design como um processo criativo e, ao mesmo tempo, de resolução de problemas. O
designer industrial, segundo o autor, é o respons|vel por “encontrar uma soluç~o do
problema, concretizada em um projeto de um produto industrial, incorporando as
características que possam satisfazer as necessidades humanas, de forma duradoura”. O
processo projetual é dividido em quatro etapas, as quais ele chama de fases do processo
de design. São elas: analise do problema, geração de alternativas, avaliação das
alternativas e realização da solução do problema (Figura 3).
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AS JOIAS
Gola (2008) também ressalta que as joias, como portadoras de valores, tanto
pode representar algo admirável, poderoso, místico, como ser sinal de riqueza material.
De mesmo modo, pode ainda carregar definições negativas, representando a futilidade.
Em várias culturas encontramos referências da utilização dos ornamentos
pessoais como amuletos, artefatos estes que eram, e ainda hoje são, carregados com uma
aura de misticismo e poder. De acordo com Pompei (2011) ”o amuleto é considerado um
escudo contra influências maléficas”. Na cultura popular, ele deve ser usado junto ao
corpo, protegendo e atraindo a sorte. Os amuletos são comuns a várias sociedades e
épocas, o que muda são os símbolos utilizados.
A jóia pode revisitar sua própria história, repensar a época dos ornamentos,
da tradição, do uso para diferenciação de posições sociais ou sexuais, da época
das funções mágico-religiosas. Pode ser o palco para tratar da relação do
homem e sua propriocepção, da sensibilidade, do tato, sua relação com o
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[...] jóias de arte são peças inventivas, compostas a partir de idéias específicas,
enaltecendo características únicas. Hoje, para criar a jóia-arte, são necessários
símbolos engenhosos com os quais se possa ter um envolvimento mais
efetivo. Joalheria artística, assim como escultura e pintura, revelam com
clareza o estilo de quem a concebe e a usa (Clarke, 2011).
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Campos (2007) identifica a joia de autor como sendo aquela produzida por
seu próprio criador. Ela afirma que muitas vezes não há nem mesmo um projeto prévio e
que é durante o trabalho e a experimentação com o material que o artista acaba por
desenvolver a sua obra.
O site Zona D (2011) diz que “a jóia hoje pode e deve revisitar conceitos,
inovar sendo: diferente, inteligente, engraçada, inesperada, provocante e mais do que
nunca, bela. A jóia contemporânea valoriza o ato criativo expressivo e insufla um novo
sentido ao ornamento. É um meio eficaz e sutil de express~o.” A pesquisa formal e a
experimentação de materiais, sejam eles nobres ou não, é justamente a proposta da
joalheria contemporânea. A comercialização não é o intuito desta nova joia. Llaberia
1 “Dá valor artístico a metais considerados preciosos, segundo as culturas e as épocas, não importando se os objetos com eles confeccionados sejam
jóias, armas, baixelas ou objetos utilit|rios”. (GOLA, 2008) É a arte de trabalhar os metais nobres por meio de várias técnicas (filigrana, batido,
cinzelado, burilado, torcido, repuxado, canelado, etc.). Pode-se utilizar outros materiais como o marfim, a madrepérola, o coral, as gemas e a laca, entre
outros. Inclui-se também na ourivesaria a prataria, a joalharia e outras artes que produzem objetos feitos em materiais preciosos (INFOPEDIA, 2011).
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(2009), diz que esta nova joalheria remete “a pesquisas, inquietações, reflexões e
posições de quem a idealizou [...]”.
Sobre a joia contemporânea, o site Padova Cultural (2008) diz:
O valor da peça não é aqui ditado pelo material da qual ela é feita e sim pela
criatividade e originalidade de seu criador. Segundo a Revista Brasileira de Design –
AGITPROP (2011), “diante da diversidade de materiais a jóia como expressão artística
não se prende ao que é entendido como luxo. O ouro assim como o ferro, a madeira, a
fibra de buriti são igualmente preciosos para a confecç~o de adornos.”
De acordo com Llaberia (2009) a joia comercial, também conhecida como joia
industrial, reflete um novo conceito de joia. Estas são criadas com base em parâmetros
de mercado, tendências de consumo, avaliação de custos, tecnologias de produção e
materiais. A produção seriada, as inovações tecnológicas, as novas técnicas e a mistura
de materiais são algumas das características observadas neste novo segmento, com
demandas crescentes de mercados antes privados destes objetos. Krupenia (1997 apud
2 Gioielli-scultura [...] una originalissima esperienza scaturita dall’affermarsi di spiccate individualit{ che si riconoscono in uno stile anticommerciale e
antidecorativo, basato sulla purezza delle forme, la misura della materia, l’equilibrio delle proporzioni e una costante sperimentazione di nuove
tecniche e materiali.
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3 Consideram-se metais folheados (ou chapeados de metais preciosos) os artefatos de metal que apresentem uma ou mais faces recobertas por metais
preciosos, seja por meio de soldadura, laminagem a quente ou por processo mecânico semelhante. Os artefatos de metais comuns incrustados de metais
preciosos também considera-se folheados ou chapeados de metais preciosos, salvo disposição contrária.
Consideram-se bijuterias os pequenos objetos de adorno pessoal (ex.: anéis, braceletes ou pulseiras, colares, broches, brincos, correntes de relógio,
berloques, pendentes, alfinetes ou pregadores de gravata, abotoaduras (botões de punho), medalhas e insígnias religiosas ou outras) que não
contenham pérolas (tanto naturais como cultivadas), pedras preciosas, semi-preciosas, sintéticas ou reconstituídas, ou que só contenham metais
preciosos, folheados ou chapeados de metais preciosos (IBGM – MANUAL OPERACIONAL DAS EXPORTAÇÕES DE GEMAS, JÓIAS E AFINS, 2000).
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4 “Pronto para vestir”, do inglês: “ready to wear”. Diz-se de roupa de qualidade que, embora geralmente assinada por estilista, é fabricada em série, ao
contrário da chamada roupa de alta-costura (AULETE ONLINE, 2011).
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Llaberia (2009) diz que “este joalheiro [...] concebe suas criações a partir do
repertório pessoal e se utiliza em geral de técnicas da ourivesaria tradicional,
aprendidas hoje em pequenos ateliers e escolas de cursos livres de joalheria prática,
conhecida como trabalho de bancada”.
Llaberia (2009) comenta que “embora este processo envolva também etapas
de manufatura, a base est| no sistema de produç~o industrial”, onde diversos
profissionais atuam na execução das diferentes fases de desenvolvimento do projeto.
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TECNOLOGIAS E MATERIAIS
Corte a laser
Ao utilizar uma máquina de corte a laser do tipo plotter que trabalho nos
eixos X e Y e possui área de gravação de 1250x600 milímetros, é possível realizar cortes,
gravações e marcações em materiais como madeira, couro, acrílico, MDF, tecidos, pedras
preciosas, entre outros.
As imagens a serem gravadas, cortadas ou marcadas são provenientes de
fontes digitais. Os desenhos são primeiramente vetorizados em software DRAW e
exportados como arquivos de extensão PLT6 para serem lidos pelo software do
equipamento de corte.
6 PLT é a extensão de arquivos DWG convertidos para impressão, não editável e visualizados apenas em programas específicos. Formato de arquivo
reconhecido nas máquinas plotter.
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Cabocheira
Figura 15 - Cabocheira.
3.2. MATERIAIS
Cobre
Latão
Possui cor amarela (pálida), ponto de fusão 940° C e peso específico de 8,5
gramas por centímetro cúbico. É uma liga metálica composta de cobre (65 a 80%) e
zinco. Possui ótimas qualidades para utilização na joalheria, apresentando
características compatíveis e similares às ligas de metais preciosos. Como vantagens
apresenta baixo custo, elevada resistência à tração, aceita banho, de fácil acabamento
industrial, obtém brilho com facilidade. Muito utilizado pela indústria de bijuterias e
semijoias.
O latão pode ser normalmente trabalhado com as técnicas de joalharia,
podendo ser serrado com serra de ourives e também se soldado com solda de prata.
Depois de trabalhado não apresenta uma camada protetora podendo oxidar quando
exposto ao ar e/ou ao vapor d’|gua.
Liga 88 ou estanho-chumbo
Platina
Metal precioso de cor branca, ponto de fusão de 1773 °C, peso específico 21,4
gramas por centímetro cúbico. Entre os metais preciosos, é considerado o mais duro e
nunca perde o brilho ao longo dos tempos, o que lhe confere um valor especial. Não sofre
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Ouro
Metal nobre muito utilizado na joalheria. Possui uma cor amarelada, ponto de
fusão de aproximadamente 1060 ºC e peso específico de 19,5 gramas por centímetro
cúbico. Se fosse usado puro, por ser muito macio, deformaria e desgastaria fácil. Por isso
prioriza-se a utilização de ligas, que conferem melhores propriedades e, de acordo com o
material ligado, assume novas tonalidades e cores. Uma das características mais
marcantes do ouro puro é o fato dele não sofrer oxidação. Já em contato com outros
metais pode oxidar levemente.
O ouro branco é uma liga composta por ouro amarelo, paládio e prata. O
paládio, metal de cor acinzentada, é muito mais duro que o ouro. Por isso acrescenta-se
a prata que, além de amolecer a liga, também barateia um pouco o custo. A liga resulta
em uma cor acinzentada forte, por isso as peças produzidas com ela levam um banho de
ródio, que dá vida e luz ao ouro branco.
Prata
Ródio
Titânio
Zamac
em processos de baixa fusão, é de baixo custo, mas não aceita trabalho mecânico
posterior à fundição, pois quebra. Aceita banhos.
COSTANTINI
MASTER
DESCONHECIDO
KENZO
MIRANDOURO
Processo de deposição de um
metal sobre o outro através de um
Galvanoplastia banho químico (eletrólito) e
(banho de aplicação de uma corrente
revestimento) elétrica. Utilizado principalmente
para melhorar a aparência
superficial de objetos de metal.
CEDRICK GIBBONS
GOLDBACKER
COSTANTINI
ROSEGARDEN
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DWR
ARATA FUCHI
DESCONHECIDO
KATZ
ADRIANA DELOGU
3.2.2. Gemas
NOMENCLATURA DESCRIÇÃO
Gemas que tiveram sua superfície recoberta por uma fina camada,
Gemas Revestidas colorida ou não, que pode ser de mesma composição química ou
não.
Produtos Gemológicos São aqueles produzidos pela natureza com intervenção parcial do
Cultivados homem.
A escolha das gemas e das lapidações que irão fazer parte da joia dependerá
do tipo de joia que está sendo produzida, e consequentemente ao público a quem esta
peça destina, além da questão dos recursos técnicos disponíveis (ALZAMORA, 2005).
3.2.2.1. Lapidação
Segundo Costa [20--], é a técnica de preparo da gema que tem por objetivo
dar forma e aperfeiçoar qualidades ópticas e estéticas, tais como brilho, refração,
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transparência e cor. Postal (2009) diz que este beneficiamento pode ser feito por três
tipos de processos: manual, mecanizado ou automatizado.
O processo manual é um processo de relativa complexidade e o resultado
depende da habilidade do lapidário. O processo consiste em quatro etapas. A primeira,
de corte ou serragem, consiste no corte da pedra bruta com o auxilio de uma cerra
diamantada. Nesta etapa o lapidador remove todo e qualquer defeito da pedra, deixando
apenas as partes aproveitáveis na lapidação. A segunda etapa é a de calibragem, onde a
gema é desgastada tomando forma. Está forma é muito semelhante à forma a qual a
gema assumira no fim do processo. Os principais tipos de lapidação serão vistas mais
adiante. Na terceira etapa intitulada de facetamento, o lapidador cria facetas que irão
definir a forma final da gema. Por fim na etapa de polimento, a gema ganha seu brilho
com a utilização de um disco de polir (POSTAL, 2009).
Do processo manual para o processo mecanizado a diferença é que neste
segundo caso, utiliza-se um braço mecânico ajustável para realizar as etapas de
calibragem, facetamento e polimento, o que confere maior precisão a todo o processo em
menor tempo (POSTAL, 2009).
Já no processo automatizado a lapidação ocorre com o mínimo de
intervenção humana. Todo o processo é executado por equipamento e software
específicos, sendo necessário apenas alguém para colocar a peça no equipamento,
realizar a inversão (após um lado lapidado, a gema é virada para ser lapidada do outro
lado) e retirar a gema pronta (POSTAL, 2009).
Após a lapidação as partes de uma gema recebem nomes específicos. Abaixo,
na Figura 19, é apresentado um esquema indicativo com os nomes dados a cada parte.
E por fim a lapidação mista é uma junção entre as duas anteriores. Ela pode
se apresentar com a parte superior lisa e a parte inferior facetada ou parte superior
facetada e a parte inferior lisa.
Pode ser a base de cera de Carnaúba (muito dura) ou a base de cera de Candelilla
CERA VERDE
(dura). Ponto de fusão: 110º C.
CERA Misturas de várias ceras, utilizando como base a cera de abelha (dureza média).
VERMELHA Ponto de fusão: 107º C.
Quadro 3 - Tipos de cera para modelagem de joias. Fonte: Adaptado de Alzamora (2005).
CAPÍTULO 4
PROCESSO PROJETUAL
4.1.2. Público-alvo
4.2. INSPIRAÇÃO
4.2.1. Conceito
Quadro 4 - Conceitos.
Com base nos conceitos acima descritos foi elaborado um painel semântico
que traduz em imagens as características buscadas.
Figura 26 - Painel semântico referente aos conceitos. Fonte: Google Imagens (2011d)
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4.2.2. Tema
Após mais algumas gerações foi possível selecionar alguns esboços para
modelagem e verificação de forma. Abaixo será demonstrado o desenvolvimento peça
por peça, desde a escolha do esboço até a modelagem final.
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4.3.1. Broche
Para esta peça foi desenvolvida uma superfície plana na parte posterior na
qual será colada uma base para broche.
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4.3.2. Pingentes
4.3.3. Pulseira
Mais esboços foram gerados em busca de novas formas que pudessem ser
usadas na criação de novas peças. Após alguns estudos foi realizado um esboço
representativo da obra inteira. Para este desenho pensou-se na criação de uma pulseira.
Novamente foram feitas reduções a fim de identificar a escala certa a ser usada.
Com o tamanho da peça definido foi preciso estudar a forma para entender
como ela funcionaria melhor como pulseira. Optou-se pela segmentação da mesma em
três partes que seriam intercaladas por gemas. Após novo estudo, a peça foi simplificada
para utilizar apenas um segmento do desenho original, intercalado pelas gemas.
O desenho passou por uma rápida modelagem em papel e logo foi para a
modelagem digital, onde foram definidas as formas de união entre as partes e os
dimensionamentos das peças. Foi utilizada a mesma forma pensada para os pingentes,
com ajuste no dimensionamento e adequação da posição do elemento.
Para unir as partes da peça foram pensados elos - formato oval e mais
espesso - e para o fechamento da mesma selecionou-se um fecho do tipo boia de 09
milímetros (Figura 54).
4.3.4. Brinco
4.3.5. Anel
A estrutura foi cortada, utilizando uma cera para ourivesaria, para facilitar o
trabalho de esculpir e entalhar. Também foi utilizado um mandril com broca para
desgastar a superfície da cera e dar forma as partes.
Depois a peça foi trabalhada com espátulas especificas para cavar a cera, e
com limas para raspar e homogeneizar a área trabalhada.
4.4. PROTÓTIPOS
O cilindro foi então revestido fita adesiva larga. Dentro - onde está
posicionada a árvore - foi despejado um material refratário, preparada com água, em
forma de pasta líquida. Este material se parece muito com o gesso e solidifica
rapidamente. Antes de o material refratário solidificar, todo o conjunto foi submetido a
uma câmara de vácuo para a remoção de toda e qualquer bolha de ar que pudesse ter se
formado durante o derramamento do material.
Após a remoção das bolhas de ar o revestimento permaneceu em repouso por
um período aproximado de cinco horas e então foi submetido a um tratamento térmico
de várias horas e ajustes de temperatura, durante o qual a cera derreteu deixando o
molde “oco” (um negativo das peças). O revestimento ainda permaneceu no forno por
mais algumas horas até ficar pronto para receber a liga de metal fundido.
4.5. RESULTADOS
Figura 74 - Anel com gema.
80
Figura 75 - Anel com gema.
81
Figura 76 - Rende do anel em metal puro.
82
Figura 77 - Pingente Nº 1.
83
Figura 78 - Pingente Nº 1.
84
Figura 79 - Pingente Nº 2.
85
Figura 80 - Pingente Nº 2.
86
Figura 81 - Render do par de brincos.
87
Figura 82 - Render da pulseira.
88
Figura 83 - Render da pulseira.
89
90
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BAXTER, Mike. Projeto de Produto: Guia prático para design de novos produtos. São
Paulo: Edgar Blucher, 2000. 260p.
BENZ, Ida E.; MAGALHÃES, Claudio F. de. Interaçao entre design de joias e novas
tecnologias. In: CONGRESSO BASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM
DESIGN, 9., 2010, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: Associação de Ensino e
Pesquisa de Nível Superior de Design do Brasil (AEND|Brasil), 2010. Disponível em:
<http://blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/artigos/69290.pdf>. Acesso em: 10
jan. 2012
BENZ, Ida E.; MAGALHÃES, Claudio F. de. O Design como Agente Introdutor de Inovações
na Cadeia Produtiva de Jóias e o Papel das IEPs neste Processo. In: In: CONGRESSO
BASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN, 8., 2008, São Paulo. Anais
eletrônicos... São Paulo: Associação de Ensino e Pesquisa de Nível Superior de Design do
Brasil (AEND|Brasil), 2008. Disponível em:
<http://www.modavestuario.com/13odesigncomoagenteintrodutordeinovacoesnacadei
aprodutivadejoi aseopapeldosiepsnesteprocesso.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2011.
CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: Criando valor para os clientes. São Paulo:
Saraiva, 2000. 626 p.
GOLA, Eliane. A Jóia: História e design. São Paulo: SENAC/SP, 2008. 216p.
LÖBACH, Bernd. Design industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais.
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MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 378p.
NOVA JOIA. Folheto. Exposição Projeto Nova Jóia, Galeria Zona D, São Paulo, 2007.
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POMPEI, Márcia. Jóia Amuleto. In: Portal Joia br. Disponível em:
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SILVA, Juliano T. da; HARTMANN, Léo A. (Orgs.). Tecnologias para o setor de Gemas,
Joias e Mineração. Porto Alegre: IGEO/UFRGS, 2010. 319 pg.
SUPERIOR
TRIMÉTRICA
1
3 17
20
57
SEÇÃO A-A
40
FRONTAL
125°
1
3
14
SUPERIOR TRIMÉTRICA
FRONTAL
SUPERIOR
SUPERIOR
TRIMÉTRICA
SEÇÃO A-A
TRIMÉTRICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE ARTES E LETRAS - CAL
CURSO DE DESENHO INDUSTRIAL - PROJETO DE PRODUTO
SUPERIOR
TRIMÉTRICA
SUPERIOR
15,3 7
24
21
SUPERIOR