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FAPAM – FACULDADE DE PARÁ DE MINAS

Curso de Administração de Empresas

Clayton Alves Araújo

IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

Pará de Minas – MG
2012
Clayton Alves Araújo

IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

Monografia apresentada à Coordenação


de Administração de Empresas da
Faculdade de Pará de Minas como
requisito parcial para a conclusão do
Curso de Administração de Empresas.

Orientador: Marcus Vinícius Barbosa de


Araújo

Pará de Minas – MG
2012
Clayton Alves Araújo

IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS MICRO E


PEQUENAS EMPRESAS

Monografia apresentada ao Curso de


Administração de Empresas da Fapam –
Faculdade de Pará de Minas – como
requisito parcial para a conclusão do
Curso de Administração de Empresas.

Aprovada em ___/___/___

________________________________________________
Orientador: Marcus Vinícius Barbosa de Araújo

________________________________________________
Professor Examinador: Flávio Sergio Linhares
.

Dedico este trabalho à minha família, aos


meus amigos, a minha namorada e aos
professores. Seu incentivo e apoio foram
fundamentais para realização deste.
Agradeço a Deus pela saúde e paciência
que Ele me concebeu durante a
elaboração deste projeto. E a todos
aqueles que estiveram presentes na
conclusão do mesmo.
“Educai nossas crianças para que não
tenhamos que puni-las no futuro.”

Aristóteles.
RESUMO

O objetivo deste trabalho é organizar e controlar a situação financeira da empresa


Expresso Entrega Ltda, através da implementação de ferramentas de gestão, mais
notadamente o fluxo de caixa. Com isso, é esperado que o proprietário consiga
exercer uma administração mais eficiente, separando questões pessoais das
profissionais. Dessa maneira, a empresa cumprirá suas obrigações com mais
responsabilidade e obterá o resultado real do seu negócio, podendo investir com
maior segurança e até mesmo ampliar suas operações, uma vez que a mesma
possuirá rápido acesso às informações necessárias para tomadas de decisões.

Palavras-chave: Fluxo de Caixa, Caixa, Controle e Organização.


ABSTRACT

The objective of this paper is to organize and control the financial situation of the
Expresso Entrega Ltd, through the implementation of management tools, most
notably the cash flow. With that, is expected from the business owner to be able to
run a more efficient management, keeping personal issues away from the
professional ones. Thus, the enterprise will fulfill its obligations in a more responsible
way and will obtain the real result of its businesses, being capable of making safer
investments and even expanding its operations, since it’ll have fast access to all the
information needed for decision taking.

Keywords: cash flow, cash, control and organization


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma da Expresso Entrega Ltda....................................................13


Figura 2: Diagrama Geral do Fluxo de Caixa..............................................................17
Figura 3: Fluxo de Caixa da Empresa.........................................................................18
Figura 4: Fluxo de Caixa entre Abril e Junho de 2012................................................49
Figura 5: Fluxo de Caixa entre Julho e Setembro de 2012........................................50
Figura 6: Fluxo de Caixa entre Outubro e Dezembro de 2012...................................50
Figura 7: Total Geral do Fluxo de Caixa......................................................................51
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Formato Geral do Orçamento de Caixa......................................................29


Tabela 2: Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................33
Tabela 3: Demonstração do resultado da Baker Corporation ($ mil) para o ano
encerrado em 31 de dezembro de 2009.....................................................................35
Tabela 4: Balanço Patrimonial da Baker Corporation ($ mil)......................................36
Tabela 5: Demonstração dos fluxos de caixa da Baker Corporation ($ mil) para o
encerramento em 31 de dezembro de 2009...............................................................37
Tabela 6: Fluxo de Caixa em Moeda Corrente - Método Direto.................................38
Tabela 7: Fluxo de Caixa em Moeda Corrente - Método Indireto...............................40
Tabela 8: Relatório de Movimentação Financeira.......................................................48
LISTA DE SIGLAS

DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa


DOAR – Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................11
1.1 Considerações iniciais........................................................................................11
1.2 Caracterização da empresa................................................................................12
1.3 Situação problemática........................................................................................13
1.4 Objetivo geral.......................................................................................................13
1.5 Objetivos específicos.........................................................................................14
1.6 Justificativa..........................................................................................................14

2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................15
2.1 Fluxo de caixa como ferramenta de gestão.....................................................15
2.2 Administração do fluxo de caixa.......................................................................19
2.3 Os fatores que afetam os fluxos internos e externos.....................................22
2.4 O regime de competência e caixa.....................................................................22
2.5 O planejamento e elaboração de um fluxo de caixa........................................24
2.5.1 Recebimentos...................................................................................................29
2.5.2 Desembolsos....................................................................................................29
2.5.3 Fluxos de caixa líquido, saldo de caixa final, financiamento e saldo
excedente de caixa...................................................................................................30
2.5.4 O fluxo de caixa da empresa..........................................................................30
2.6 Os modelos de fluxo de caixa............................................................................32
2.7 Os objetivos do fluxo de caixa..........................................................................41

3 METODOLOGIA......................................................................................................44
3.1 Tipo de Pesquisa.................................................................................................44
3.1.1 Classificação da pesquisa quanto ao propósito..........................................44
3.1.2 Tipo de pesquisa..............................................................................................44
3.1.3 Classificação da pesquisa quanto aos objetivos.........................................44
3.1.4 Classificação da pesquisa quanto ao procedimento técnico.....................45
3.1.5 Técnicas de análise de dados........................................................................45
3.2 Definição da área.................................................................................................45

4 ANÁLISE DOS DADOS...........................................................................................46


4.1 Identificação dos Dados.....................................................................................46
4.2 Entradas...............................................................................................................46
4.3 Saídas...................................................................................................................47
4.4 Posicionamento Financeiro...............................................................................47

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................53
5.1 Conclusões..........................................................................................................53
5.2 Limitações da Pesquisa......................................................................................54

6 REFERÊNCIAS........................................................................................................55
11

1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

Inúmeras são as empresas que surgem com grandes potencialidades, com um


promissor mercado a ser conquistado. Contudo, embora tenham todas essas premissas a seu
favor, acabam não traduzindo seus resultados de forma a satisfazer as expectativas de seus
empreendedores; principalmente as micro e pequenas empresas que precisam adaptar-se e
pensarem em alternativas para permanecerem no mercado.
As estatísticas revelam que boa parte das empresas que surgem no mercado encerra
suas atividades já no primeiro ano de existência. Atingem este tempo de duração porque seus
proprietários, por despreparo e desconhecimento de uma gestão financeira, prolongam esta
melancólica aventura empresarial, através de empréstimos descabidos que apenas aumentam o
endividamento da empresa e consolidam a sua situação terminal.
A solução está em realizar alguns procedimentos de maneira lógica e responsável,
visando aperfeiçoar ou projetar situações financeiras futuras, de maneira a salvaguardar e dar
condições para que o projeto possa se desenvolver financeiramente de maneira equilibrada e
harmoniosa. Para tal, a empresa deve dispor de um suporte de informações que lhe serão úteis
para a realização dos planejamentos necessários.
Essas informações são fornecidas através dos demonstrativos do fluxo de caixa. Neles
estão contidos todos os acontecimentos que modificam e regem o patrimônio da empresa,
bem como informações sobre sua atual condição no mercado onde está inserida.
Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a obtenção de resultados
positivos para a empresa. A capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros
benefícios, a menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo seus
custos financeiros.
12

1.2 Caracterização da empresa

De acordo com o Sebrae (2008), considera-se como microempresa aquela com até 19
empregados na indústria e até 09 no comércio e no setor de serviços; as pequenas empresas
são as que possuem, na indústria, de 20 a 99 empregados e, no comércio e serviços, de 10 a 49
empregados; as médias empresas de 100 a 499 empregados na indústria e de 50 a 99 no
comércio e serviços. Por sua vez, a grande empresa é aquela com 500 ou mais empregados na
indústria e com 100 ou mais no comércio e no setor de serviços.
Assim sendo, a Expresso Entrega Ltda, uma empresa familiar fundada em 2009, com
sede na cidade de Contagem, e que atua na prestação de serviços no ramo de transporte, pode
ser considerada uma microempresa. A mesma possui em torno de oito colaboradores
(motoboys) que fazem as entregas de diversos tipos de produtos, serviços bancários e
documentação, principalmente na região metropolitana de Belo Horizonte e Pará de Minas,
realizando sempre os trabalhos com agilidade, precisão e segurança.
Na área administrativa, trabalha a irmã do proprietário que faz a programação das
entregas, atendimento aos clientes, faturamento e compras, dentre outras atividades. O
estabelecimento possui uma grande carteira de clientes e disponibiliza para alguns dos seus
clientes um funcionário exclusivamente para atender suas necessidades.
Outros serviços que são solicitados pelos clientes vão desde a compra de ingressos
para determinado evento até a aquisição de carregadores para telefones celulares.
13

Figura 1: Organograma da Expresso Entrega Ltda


Fonte: Expresso Entrega Ltda

1.3 Situação problemática

Hoje, o planejamento financeiro dentro das empresas passou a ser obrigatório, pois,
sem o mesmo não há como se analisar a saúde financeira de um empreendimento. Sendo
assim, qual a importância da utilização do fluxo de caixa para que a empresa possa antever
suas necessidades ou sobras de caixa, a fim de gerir com eficiência seus recursos financeiros e
atingir uma situação de liquidez adequada?

1.4 Objetivo geral

Apresentar a importância da utilização do fluxo de caixa como ferramenta de gestão


14

financeira, com o intuito de obter um melhor desempenho financeiro.

1.5 Objetivos específicos

 Estudar e interpretar o referencial teórico, base da situação problemática;


 Analisar o processo financeiro existente;
 Levantamento de registros, históricos e documentos relacionados às finanças da
empresa;
 Estudo da carteira de clientes;
 Identificar quais as ferramentas serão mais adequadas para atender a realidade do
negócio (fluxo de caixa, orçamento, controles);
 Proporcionar uma gestão que possibilite melhores resultados.

1.6 Justificativa

Toda empresa necessita controlar e organizar seus recursos financeiros,


independentemente do seu tamanho, já que a inexistência destes fatores pode levar qualquer
instituição à falência e ao desequilíbrio financeiro, acabando com suas chances de
crescimento no mercado. Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado
exigem das empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo
indecisões sobre o que fazer com eles.
Em verdade, a atividade financeira de uma empresa requer acompanhamento
permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos
ajustes e correções necessários.
O objetivo básico da função financeira é prover a empresa de recursos de caixa
suficientes, de modo a respeitar os vários compromissos assumidos e promover a
maximização de seus lucros. Neste contexto, se destaca o fluxo de caixa como instrumento
que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa.
Gerencialmente, é indispensável ainda em todo o processo de tomada de decisões financeiras.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Fluxo de caixa como ferramenta de gestão

De acordo com NETO e SILVA (2002), contextos econômicos modernos de


concorrências de mercado exigem das empresas maior eficiência na gestão financeira de seus
recursos, não cabendo indecisões sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão de
recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro, promovendo
maiores lucros pela redução principalmente das despesas financeiras.
Em verdade, a atividade financeira de uma empresa, requer acompanhamento
permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos
ajustes e correções necessários. O objetivo básico da função financeira é prover a empresa de
recursos de caixa suficientes de modo a respeitar os vários compromissos assumidos e
promover a maximização da riqueza.
É neste contexto que se destaca o fluxo de caixa como instrumento que possibilita o
planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa. Gerencialmente, é
indispensável ainda em todo o processo de tomada de decisões financeira.
Conceitualmente, o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e
saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado
intervalo de tempo. A partir da elaboração do fluxo de caixa é possível prognosticar eventuais
excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas.
O fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se
numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se manterem em
operação, as empresas devem liquidar corretamente seus vários compromissos, devendo como
condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos. A
insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de materiais
e mercadorias, bem como ser causa de uma séria descontinuidade em suas operações.
O fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da área
financeira. Mas efetivamente, deve haver comprometimento de todos os setores empresariais
com os resultados líquidos de caixa, destacando-se:
16

 a área de produção, ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos,


determina novas alterações na necessidade de caixa. De forma idêntica, os custos de
produção têm importantes reflexos sobre o caixa;
 as decisões de compras devem ser tomadas de maneira ajustada com a existência de
saldos disponíveis de caixa. Em outras palavras, deve haver preocupação com relação
à sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se os prazos concedidos para
pagamento das compras com aqueles estabelecidos para recebimento das vendas;
 políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos
financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituem-se em importante
reforço de caixa;
 a área de vendas, junto com a meta de crescimento da atividade comercial, deve
manter um controle mais próximo sobre os prazos concedidos e hábitos de pagamentos
dos clientes, de maneira a não pressionar negativamente o fluxo de caixa. Em outras
palavras, é recomendado que toda decisão envolvendo vendas deva ser tomada
somente após uma prévia avaliação de suas implicações sobre os resultados de caixa
(exemplos: prazo de cobrança, despesas com publicidade e propaganda, etc.);
 a área financeira deve avaliar criteriosamente o perfil de seu endividamento, de
forma que os desembolsos necessários ocorram concomitantemente à geração de caixa
da empresa.

De maneira ampla, o fluxo de caixa é um processo pelo qual a empresa gera e aplica
seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas. Neste enfoque,
ainda, o fluxo de caixa focaliza a empresa como um todo, tratando das mais diversas entradas
e saídas (movimentações financeiras) de caixa refletida pelos seus negócios.
O comportamento genérico do fluxo de caixa é ilustrado na Figura 2:
17

Figura 2: Diagrama Geral do Fluxo de Caixa


Fonte: NETO E SILVA (2002), p.42

Segundo GITMAN (1997), a demonstração dos fluxos de caixa – umas das quatro
demonstrações financeiras obrigatórias – fornece uma visão instantânea do fluxo de caixa da
empresa em um dado período de tempo.
A Figura Error: Reference source not found ilustra os fluxos de caixa da empresa.
Observe que tanto o caixa como os títulos negociáveis, os quais, devido a sua natureza
altamente líquida são considerados equivalentes ao caixa, representa um reservatório de
liquidez que é aumentado pelas entradas de caixa e diminuído pelas saídas de caixa. Note
também que os fluxos de caixa da empresa foram divididos em (1) fluxos operacionais, (2)
fluxo de investimento e (3) fluxo de financiamento. Os fluxos operacionais são os fluxos de
caixa – entradas e saídas – diretamente relacionados à produção e venda dos produtos e
serviços da empresa. Esses fluxos captam a demonstração do resultado e as transações das
contas circulantes (excluindo os títulos a pagar) ocorridas durante o período. Os fluxos de
investimento são fluxos de caixa associados com a compra e venda de ativos imobilizados, e
participações societárias. Obviamente, as operações de compra resultam em saídas de caixa,
enquanto que as operações de venda geram entradas de caixa. Os fluxos de investimento
18

resultam de operações de empréstimo e capital próprio. Tomando ou quitando empréstimos


tanto de curto prazo (títulos a pagar) quanto de longo prazo resultará numa correspondente
entrada ou saída de caixa. Do mesmo modo, a venda de ações pode resultar numa entrada de
caixa, enquanto que a recompra de ações ou pagamento de dividendos pode resultar em uma
saída financeira. De forma combinada, os fluxos de caixa operacionais, de investimento e de
financiamento durante um dado período irão fazer com que saldo de caixa e títulos
negociáveis da empresa aumente, diminua, ou permaneça inalterado.

Figura 3: Fluxo de Caixa da Empresa


Fonte: GITMAN (1997), p. 82
19

2.2 Administração do fluxo de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa permite o administrador financeiro e outras


pessoas interessadas analisar o passado e possivelmente o futuro fluxo de caixa da empresa. O
administrador deve dedicar atenção especial tanto às principais categorias do fluxo de caixa
quanto aos itens individuais de entradas e saídas de caixa, para detectar a ocorrência de
quaisquer desvios em relação às políticas financeiras da empresa. Adicionalmente, a
demonstração pode ser usada para avaliar se as metas projetadas foram alcançadas. Não é
possível fazer uma ligação direta entre entradas e saídas de fluxo de caixa, com base nessa
demonstração, mas ela pode ser usada para identificação de ineficiências. Por exemplo,
aumentos nas duplicatas a receber e em estoques, resultando em grandes saídas de caixa,
podem indicar problemas de credito ou estocagens, respectivamente.
Ademais, o administrador financeiro pode elaborar e analisar demonstrações dos
fluxos de caixa desenvolvidas a partir de demonstrações financeiras projetadas ou pró-forma.
Essa abordagem pode ser usada para determinar se as ações planejadas são desejáveis do
ponto de vista dos fluxos de caixa resultantes.
Análise e planejamento financeiro dizem respeito à (1) transformações dos dados
financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da
empresa, (2) avaliação da necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva e
(3) determinação de aumentos (ou reduções) dos financiamentos requeridos. Essas funções
abarcam todo o balanço patrimonial, assim como a demonstração do resultado de exercício e
outros demonstrativos contábeis. Embora essas atividades repousem fortemente em
demonstrativos financeiros elaborados com base no regime de competência, seu objetivo
fundamental é avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver planos que assegurem que os
recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos.
Conforme NETO e SILVA (2002), o conflito básico da administração financeira
resume-se no conhecido dilema risco x retorno. A manutenção de saldos de caixa propicia
folga financeira imediata à empresa, resultando numa melhor capacidade de pagamento das
suas obrigações. Neste posicionamento, a administração não deve manter suas reservas de
caixa em níveis elevados, como forma de maximizar a liquidez. Ao contrário, deve buscar um
volume mais adequado de caixa, sob pena de incorrer em custos de oportunidades crescentes.
20

É indispensável que a empresa avalie criteriosamente seu ciclo operacional, de maneira a


sincronizar as características de sua atividade com o desempenho do caixa.
É importante que se avalie também que as limitações de caixa não constituem
característica exclusiva de uma empresa que convive com o prejuízo. Empresas lucrativas
podem também apresentar problemas de caixa como consequência do comportamento de seu
ciclo operacional. Por outro lado, problemas de caixa costumam ocorrer, ainda, em
lançamento de novos produtos, fases de expansão da atividade, modernização produtiva, etc.
Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a obtenção de resultados
positivos para a empresa, devendo ser focalizada como um segmento lucrativo para seus
negócios. A melhor capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros
benefícios, menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo os seus
custos financeiros.
Numa situação ideal, em que uma empresa tem um controle total sobre sua liquidez,
seu saldo de caixa seria zero. É óbvio trata-se de uma posição de caixa inexistente, embora
desejável. Fatores como alto custo do dinheiro, inflação, incerteza do fluxo de caixa, entre
outros, fazem com que qualquer entidade precise manter, em magnitudes diferentes, um nível
mínimo de caixa.
Tradicionalmente, considera-se que existem três motivos para que uma empresa
mantenha um valor mínimo de caixa. O primeiro motivo é denominado transação: uma
empresa precisa ter recursos aplicados no caixa para poder honrar seus compromissos
assumidos. Se houvesse uma sincronia perfeita entre os recebimentos e os pagamentos, a
demanda de caixa para transação seria desnecessária. Uma empresa que mantenha
diariamente recursos em caixa para fazer face à necessidade de troco também o daria pelo
motivo de transação.
O segundo motivo de existência de um nível de caixa refere-se à precaução. Como
existem fluxos de pagamentos futuros nem sempre totalmente previsíveis e em face da atitude
do administrador financeiro em relação ao risco, uma empresa deve manter uma quantidade
de recursos para estas eventualidades. Em geral, quanto mais propenso ao risco se mostrar a
empresa, menor a quantidade de dinheiro mantido no caixa pelo motivo de precaução.
O terceiro motivo refere-se à especulação. Neste caso, a existência de recursos em
caixa decorre da perspectiva de uma oportunidade futura para fazer negócio.
O fluxo de caixa é uma metodologia que permite à empresa determinar o fluxo de
21

recursos futuros da empresa e, a partir desta informação, administrar o caixa, minimizando


assim a necessidade de recursos.
Como dizem NETO e LIMA (2009), dentro do ambiente empresarial, a administração
financeira volta-se basicamente para as seguintes funções:

a) Planejamento financeiro, o qual procura evidenciar as necessidades de crescimento


da empresa, bem como identificar eventuais dificuldades e desajustes futuros. Por
meio deste planejamento, ainda, é possível ao administrador financeiro selecionar,
com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveis e condizentes com os
negócios da empresa, de forma a estabelecer uma rentabilidade mais satisfatória sobre
os investimentos;
b) Controle financeiro, o qual se dedica a acompanhar e avaliar todo o desempenho
financeiro da empresa, como custos e despesas, margens de ganhos, volume de
vendas, liquidez de caixa, endividamento, entre outros. Análises de desvios que
venham a ocorrer entre os resultados previstos e realizados, assim como propostas de
medidas corretivas necessárias, são algumas das funções básicas da controladoria
financeira;
c) Administração de ativos, que deve perseguir a melhor estrutura, em termos de risco
e retorno, dos investimentos (ativos) empresariais, e proceder a um gerenciamento
eficiente de seus valores. A administração dos ativos acompanha também as
defasagens que podem ocorrer entre entradas e saídas de dinheiro de caixa, o que é
geralmente associado à gestão de capital de giro;
d) Administração de passivos, que se volta para a aquisição de fundos
(financiamentos) e o gerenciamento de sua composição (proporção entre capital
próprio e capital de terceiros), procurando definir a estrutura de capital mais adequada
em termos de liquidez, redução de seus custos e risco financeiro.

Ao basear-se nas funções financeiras apresentadas, qualquer que seja a natureza de sua
atividade operacional, uma empresa é avaliada como tomadora de duas grandes decisões
financeiras: decisão de investimento – aplicação de recursos – e decisão de financiamento –
captação de recursos.
22

2.3 Os fatores que afetam os fluxos internos e externos

Segundo GITMAN (1997), os fluxos de caixa, tidos como o sangue que corre pelas
veias da empresa, são o foco principal do gestor financeiro, seja na gestão das finanças
rotineiras, seja no planejamento e tomada de decisões a respeito de criação de valor para o
acionista.
Um fator importante que afeta o fluxo de caixa é a depreciação (e qualquer outra
despesa não desembolsável). Do ponto de vista contábil, os fluxos de caixa de uma empresa
podem ser resumidos na demonstração dos fluxos de caixa. Do ponto de vista financeiro, as
empresas muitas vezes se concentram no fluxo de caixa operacional, usado nas tomadas de
decisões gerenciais, e no fluxo de caixa livre, monitorado com atenção pelos agentes do
mercado de capitais.
A demonstração dos fluxos de caixa permite que o administrador financeiro e outras
partes interessadas analisem o fluxo de caixa da empresa. O administrador deve dedicar
especial atenção tanto às principais categorias de fluxo de caixa quanto a cada item específico
das entradas e saídas de caixa, para detectar se têm surgido acontecimentos contrários à
política financeira da empresa. Além disso, a demonstração pode ser usada para avaliar o
progresso em direção a metas projetadas, ou para isolar pontos de ineficiências. O
administrador financeiro também pode elaborar uma demonstração dos fluxos de caixa a
partir de demonstrações financeiras projetadas para determinar se medidas planejadas são de
fato desejáveis à luz dos fluxos de caixa resultantes.

2.4 O regime de competência e caixa

A função principal do contador é desenvolver e fornecer dados para medir o


desempenho da empresa, avaliar sua posição financeira e pagar impostos. Baseando-se em
certos princípios padronizados e geralmente aceitos, o contador prepara as demonstrações
financeiras, que reconhecem as receitas no momento da venda e as despesas, quando
incorridas. Essa abordagem é comumente conhecida como regime de competência.
23

O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza o fluxo de caixa, ou seja, as


entradas e saídas de caixa. Ele mantém a solvência da empresa, analisando e planejando o
fluxo de caixa para satisfazer as obrigações e adquirir os ativos necessários ao cumprimento
dos objetivos da empresa. O administrador financeiro adota o regime de caixa para reconhecer
as despesas e receitas que efetivamente representam entradas e saídas de caixa.
Uma simples analogia poderá ajudar a esclarecer a diferença básica de pontos de vista
entre o contador e o administrador financeiro. Se considerarmos o corpo humano como uma
empresa, em que cada pulsação cardíaca corresponde a uma transação, a principal
preocupação do contador seria registrar cada uma dessas pulsações como receitas de vendas,
despesas e lucros. O administrador financeiro estaria preocupado, antes de qualquer coisa, em
verificar se o fluxo nas artérias alcança as células e mantém todos os órgãos do corpo
funcionando. É possível que um corpo possua um coração forte, mais deixe de funcionar
devido a bloqueios ou coágulos no sistema circulatório. Da mesma forma, uma empresa pode
ser lucrativa e mesmo assim fracassar, devido a um insuficiente fluxo de caixa para satisfazer
suas obrigações nas datas de vencimentos.
De acordo com PADOVEZE (2004), é muito comum pensar que o fluxo de caixa é de
competência exclusiva do setor financeiro de uma empresa, e que o contador não tem
condições para sua elaboração. Raramente vemos o fluxo de caixa sendo elaborado pelo setor
de contabilidade. É considerado, inclusive, peça-chave na administração financeira.
Entende-se que a administração diária do fluxo de caixa possa ser elemento vital para
o setor financeiro e de sua responsabilidade. A sua necessidade de informação é imediata, e
não pode, de forma alguma, esperar tratamento contábil de mais de algumas horas ou de um
dia.
O fluxo de caixa mensal é tão necessário quanto diário. Enquanto a movimentação dos
recursos financeiros dia a dia é de importância operacional para realizar os pagamentos e
recebimentos imediatos, o fluxo de caixa mensal possibilita visão de conjunto e de relevância,
que o fluxo de caixa diário dificilmente oferece. O fluxo de caixa mensal relaciona-se com os
movimentos mensais das demais contas da companhia, e dessa forma é elemento fundamental
para acompanhamento e controle dos recursos da empresa, junto com o balanço patrimonial e
a demonstração de resultados.
Segundo GITMAN (1997), como o orçamento de caixa só mostra os totais mensais do
fluxo de caixa, as informações por ele proporcionadas não são necessariamente suficientes
24

para garantir a solvência. As empresas precisam examinar mais detidamente seus padrões
diários de recebimentos e desembolsos para garantir que haja caixa o bastante para pagar as
contas à medida que se tornam devidas.
Sincronizar os fluxos de caixa no orçamento de caixa no fim de cada mês não garante
que a empresa seja capaz de fazer frente a suas necessidades diárias de caixa. Como os fluxos
de caixa de uma empresa costumam ser bastante variáveis quando verificados em bases
diárias, um planejamento de caixa eficaz exige ir além do orçamento de caixa. O
administrador financeiro deve, portanto, planejar e monitorar o fluxo de caixa com frequência
maior do que a mensal. Quando maior a variabilidade diária dos fluxos de caixa, maior o grau
de atenção necessário.

2.5 O planejamento e elaboração de um fluxo de caixa

PADOVEZE (2004), diz que, seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa


pode ser incorporado às demonstrações financeiras tradicionalmente publicadas pelas
empresas. Assim, adotaremos o fluxo de caixa que tem sido aceita em nível internacional.
Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

I – Atividades Operacionais
II – Atividades de Investimento
III – Atividades de Financiamento

Verifica-se que essa estrutura nos reconduz aos conceitos básicos dos dois relatórios
principais, o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. O segmento das atividades
operacionais é composto em sua totalidade da acumulação dos dados de recebimento e
pagamento oriundos da demonstração de resultados. São os gastos e receitas das atividades de
industrialização dos produtos e comercialização dos produtos ou serviços da empresa. Essas
atividades têm ligação estreita com os elementos do ativo e passivo circulante, que
representam as necessidades liquidas de capital de giro da empresa.
O segmento das atividades de investimento leva-nos aos dados do ativo permanente ou
25

do realizável em longo prazo, enfocando o conceito de ativo com aplicações de recursos.


Devem ser registrados os valores de saída para pagamento dos novos investimentos, bem
como os valores de entrada por venda de bens ativados anteriormente.
O segmento das atividades de financiamento leva-nos aos dados do exigível em longo
prazo e do patrimônio liquido, enfocando o conceito de passivo como fonte de recursos.
Devemos incluir também os dados dos empréstimos e financiamentos contidos no passivo
circulante. Como valores de entrada devemos considerar os novos empréstimos obtidos, bem
como as eventuais integralizações de capital. Os valores de saída referem-se à amortização
dos empréstimos, tanto das parcelas do principal quanto dos juros; eventuais pagamentos a
título de devolução de capital (ações em tesouraria, por exemplo); valores de pagamento de
remuneração aos acionistas e sócios a títulos de dividendos; lucros distribuídos e
participações nos lucros. Partindo do pressuposto de que os ativos financeiros dentro da
companhia são de eventuais excesso de caixa ou, no caso de valores significativos investidos
no mercado financeiro, de valores para garantir probabilidades de insuficiência de capital,
entende-se que as receitas financeiras devem fazer parte das atividades de financiamento,
como elemento redutor dos juros pagos e as aplicações como garantia para as necessidades de
novos empréstimos.
É possível que o fluxo de caixa gerado no ano seja negativo, suplantando até as
disponibilidades iniciais, e que a empresa detecte a necessidade de suprir-se de outras fontes
de financiamentos para fazer frente às insuficiências de caixa.
Na ocorrência deste fato, geração de caixa negativo, ao invés de ocorrer receita
financeira haverá a ocorrência de despesas financeiras. Em havendo disponibilidades
negativas, a taxa a ser considerada não deve ser mais a taxa de aplicação, e sim, a taxa de
captação, normalmente maior. Então, se o fluxo mensal de caixa for negativo, e este suplantar
também o saldo inicial de caixa, estará havendo insuficiência de caixa, ou geração de caixa
negativo. Nesse caso, não haverá receita financeira no sentido literal da palavra, mas, receita
financeira negativa (despesa financeira), que deverá ser obtida aplicando-se ao caixa negativo
e taxa de captação. Pode-se resumir a duas probabilidades:

1. Saldo Inicial de caixa (de disponibilidades):


(+) Geração de caixa negativo mensal
= Saldo Disponível para aplicação
26

Geração: receita financeira


Taxa a ser aplicada: de aplicação

2. Saldo Inicial de Caixa (de disponibilidades)


(+) Geração de caixa negativo mensal
= Saldo Negativo (Insuficiência de Caixa)
Geração: receita financeira negativa (despesa financeira)
Taxa a ser aplicada: de captação.

A apresentação da receita financeira negativa pode ser feita junto com a receita
financeira positiva, já que esse fato pode ocorrer uma vez ou outra durante o período, e no
conjunto das duas, apresentar-se como receita financeira líquida.
Conforme NETO e LIMA (2009), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é
classificada em três categorias:

 Fluxo de Caixa das Operações: é relacionado à produção e entrega de bens e


serviços. As entradas de caixa incluem o recebimento a vista de bens e serviços das
contas a receber, quando existirem, além de outros recebimentos, como juros de
aplicações e demais itens que não sejam originários de atividades de investimentos
e/ou financiamentos; as saídas de caixa envolvem os pagamentos efetuados a
fornecedores, matéria-prima, salários, serviços, impostos, taxas, juros de empréstimos
e financiamentos. Também é possível classificar os juros como atividades de
financiamento.
 Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento: são as atividades referentes a
empréstimos e financiamentos. Incluem os recebimentos de empréstimos e demais
entradas de recursos financeiros, e como saída consideram-se pagamentos de
dividendos, amortizações e bens adquiridos.
 Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos: são as atividades referentes a
investimentos relacionados ao aumento ou diminuição dos ativos de longo prazo
utilizados na produção de bens e serviços.

As transações como depreciação, amortização e exaustão são meras reduções de ativos


27

e por isso não afetam o caixa, não entrando na DFC. Também não entram na DFC eventuais
estimativas de perdas prováveis com recebimento de clientes.
Pode-se elaborar a DFC pelos seguintes métodos:

 Método direto: elabora a DFC a partir da movimentação direta ocorrida no caixa da


empresa, demonstrando todos os itens que tenham provocado entrada ou saída de
caixa.
 Método indireto: elabora a DFC a partir do resultado, isto é, lucro ou prejuízo, de
forma semelhante a DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos).

A seguir, tem-se uma estrutura resumida da DFC pelos dois métodos:

MÉTODO DIRETO
Atividades Operacionais
(+) Recebimento de clientes
(-) Pagamento de contas
(-) Pagamento de despesas operacionais
(-) Pagamento de impostos
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

Atividades de Financiamento
(±) Novos empréstimos de curto e longo prazo
(+) Aumento de capital
(-) Pagamento de Dividendos
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

Atividades de Investimentos
(±) Aquisição de Imobilizado
(±) Outros investimentos
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos

(±) Caixa inicial


28

Resultado do Caixa Final

MÉTODO INDIRETO
Atividades Operacionais
Lucro líquido do exercício
(+) Depreciação
(±) Variações no circulante (Capital de Giro)
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

Atividades de Financiamento
(±) Novos empréstimos de curto e longo prazo
(+) Aumento de capital
(-) Despesas Financeiras
(-) Pagamento de Dividendos
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

Atividades de Investimentos
(±) Aquisição de Imobilizado
(±) Outros investimentos
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos

(±) Caixa inicial


Resultado do Caixa Final

GITMAN (1997) diz que orçamento de caixa ou projeção de caixa é uma


demonstração das entradas e saídas de caixa previstas da empresa. Serve para estimar as
necessidades de caixa no curto prazo, dando especial atenção ao planejamento de superávits e
déficits de caixa.
Normalmente, o orçamento de caixa visa abranger o período de um ano, dividido em
intervalos menores. O número e o tipo de intervalos dependem da natureza da atividade da
empresa. Quanto mais sazonais e incertos os fluxos de caixa, o orçamento de caixa é muitas
vezes elaborado mensalmente. Empresas com padrão de fluxo de caixa estável podem usar
29

intervalos trimestrais ou anuais.


O formato geral do orçamento de caixa consta na Tabela 1. Discutiremos, agora, cada
um de seus componentes.

TABELA 1: FORMATO GERAL DO ORÇAMENTO DE CAIXA

JAN. FEV. ... NOV. DEZ.

Recebimentos $XXX $XXG $XXM $XXT

Menos Desembolsos XXA XXH ... XXN XXU

Fluxo de Caixa Líquido $XXB $XXI $XXO $XXV

Mais Saldo de Caixa Inicial XXC XXD XXJ XXP XXQ

Saldo de Caixa Final $XXD $XXJ $XXQ $XXW

Menos Saldo de Caixa Mínimo XXE XXK ... XXR XXY

Financiamento Total Necessário $XXL $XXS

Saldo Excedente de Caixa $XXF $XXZ


Fonte: GITMAN (1997) p.108

2.5.1 Recebimentos

Os recebimentos abrangem todas as entradas de caixa da empresa durante um


determinado período financeiro. Os componentes mais comuns dos recebimentos são vendas à
vista, cobrança de contas a receber e outros recebimentos em dinheiro.

2.5.2 Desembolsos

Os desembolsos abrangem todas as saídas de caixa da empresa durante um


30

determinado período financeiro. Os desembolsos mais comuns são: compra a vista,


pagamento de fornecedores, pagamento de aluguéis (e arrendamentos), folha de pagamento,
pagamento de impostos, dispêndio em ativo imobilizado, pagamento de juros, pagamento de
dividendos, pagamento de amortização de empréstimos e recompra de ações.
É importante que se perceba que a depreciação e outras despesas não desembolsáveis
não são incluídas no orçamento de caixa porque representam somente uma dedução
programada de uma saída de caixa anterior. O impacto da depreciação reflete apenas em uma
menor saída de caixa para pagamentos de impostos.

2.5.3 Fluxos de caixa líquido, saldo de caixa final, financiamento e saldo


excedente de caixa

Consulte o orçamento de caixa genérico da Figura 3. Ali temos dados para os dois
primeiros lançamentos e podemos agora continuar a calcular as necessidades de caixa da
empresa.

2.5.4 O fluxo de caixa da empresa

O fluxo de caixa líquido é obtido subtraindo-se das entradas de caixa de cada período
as saídas de caixa correspondentes. Então somamos o saldo de caixa inicial ao demonstrativo
de fluxo de caixa líquido para determinar o saldo de caixa final do período.
Por fim, subtraímos o saldo de caixa mínimo desejado de saldo de caixa final para
encontrar o financiamento total necessário, ou o saldo excedente de caixa total. Se o caixa
final for menor do que o saldo mínimo desejado, haverá necessidade de financiamento. Esse
financiamento costuma ser considerado de curto prazo e é representado, portanto, por bancos
a pagar. Se o saldo final for maior do que a necessidade mínima, haverá um saldo excedente
de caixa. Presume-se que qualquer caixa excedente seja investido em algum título liquido,
remunerado e de curto prazo – ou seja, títulos negociáveis.
Além de estimar cuidadosamente os dados de entrada, há duas maneiras de lidar com a
31

incerteza em relação ao orçamento de caixa. Uma é elaborar diversos orçamentos de caixa –


baseados em premissas otimistas, prováveis e pessimistas. Com base nessa faixa de fluxos de
caixa, o administrador financeiro pode determinar o montante de financiamento necessário
para cobrir a situação mais adversa. O uso de diversos orçamentos de caixa, baseados em
diferentes cenários, também deve dar ao administrador financeiro uma ideia do risco das
diferentes alternativas. Essa análise de cenários, ou abordagem “e se”, é frequentemente usada
para analisar fluxos de caixa sob diferentes circunstâncias. Evidentemente, o uso de planilhas
eletrônicas simplifica o processo de realização da análise de cenário.
De acordo com NETO e SILVA (2002), um dos indicadores mais relevantes de
solvência de uma empresa encontra-se na geração de fluxo de caixa positivo com as
atividades operacionais. Esses recursos são oriundos dos resultados da empresa, e estão,
portanto, vinculados à gestão do capital de giro. Em alguns países, fazem parte do fluxo
operacional as despesas financeiras; em outros, as despesas financeiras são consideradas
como integrantes do fluxo de financiamento. O tratamento da remuneração do capital de
terceiros como fluxo das atividades de financiamento é o mais adequado.
Para SILVA (2006) o constante aumento no nível de rotatividade do capital de giro
aplicado ao negócio é fator decisivo para a manutenção do equilíbrio financeiro da operação.
Então, é fundamental o acompanhamento sistemático do ciclo operacional, com destaque para
os aspectos relevantes. Este ciclo inicia-se com a compra de matéria-prima e se estende até o
recebimento das vendas.
Um ciclo operacional adequado refletirá de maneira positiva o comportamento e o uso
do capital de giro investido. A otimização dos prazos médios de permanência de estoques,
contas a receber e contas a pagar deve ser um propósito permanente por parte de
administrador financeiro. Conhecendo-se o ciclo de caixa, pode-se estabelecer o giro de caixa
da empresa, isto é, a rotação com base em certo período de tempo.
É importante assinalar que o comportamento do fluxo de caixa será influenciado por
diversas variáveis, entre as quais se destacam o setor de atuação da empresa, o ambiente
econômico, a fase do ciclo de vida da empresa e a existência de novos projetos de
investimentos. O fluxo de caixa das atividades operacionais pode assumir posições negativas,
sem que isso represente um sinal de insolvência, quando a empresa encontra-se na fase inicial
do ciclo de vida ou quando fez vultosas inversões em novos projetos que demandam recursos
para capital de giro.
32

2.6 Os modelos de fluxo de caixa

NETO e LIMA (2009) informam que fluxos de caixa são os recursos que transitam
(entram e saem) pelo caixa em determinado intervalo de tempo. Nos fluxos de caixa são
consideradas unicamente as transações que repercutem sobre o caixa. Por exemplo, a
depreciação, despesa dedutível para cálculo do resultado do exercício, não exige qualquer
desembolso financeiro. Em outras palavras, não tem reflexo sobre o caixa.
O fluxo de caixa líquido mede o resultado de caixa da empresa, sendo apurado pela
soma do resultado líquido com as despesas não desembolsáveis, como depreciação,
amortização e exaustão, ou seja:

Fluxo de caixa líquido = Lucro líquido + Despesas Não Desembolsáveis

Para ilustrar, admita uma empresa que tenha apurado, ao final de determinado
exercício social, os seguintes resultados:

Receitas de vendas: $ 180.000,00

Despesas operacionais desembolsáveis: $ (80.000,00)

Despesa de depreciação: $ (40.000,00)

Despesas financeiras: $ (22.000,00)

Lucro antes do IR: $ 38.000,00

Provisão para IR: $ (12.920,00)

Lucro líquido: $ 25.080,00

O fluxo líquido de caixa atinge a: $ 25.080,00 + $ 40.000,00 = $ 65.080,00.

Os fluxos operacionais de caixa devem ser projetados para determinado horizonte de


tempo, apurando-se dessa estrutura de entradas e saídas de caixa, a riqueza líquida expressa
em moeda atual, ou seja, o valor presente.
33

TABELA 2: DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DEZ./07
DFC
($ 000)

FLUXO DE CAIXA INICIAL 2.900

(+) FONTES DE RECURSOS DE CURTO PRAZO 12.870

Aumento de Empréstimos e Financiamentos 50

Aumento de Obrigações Fiscais 3.100

Aumento de Contas a Pagar 550

Aumento de Salários e Contribuições Sociais 170

Redução de Contas a Receber 3.300

Redução de Estoques 5.700

(-) APLICAÇÃO DE RECURSOS DE CURTO PRAZO 13.060

Aumento de Depósitos Judiciais 2.930

Aumento de Outros Valores a Receber 1.590

Redução de Fornecedores 4.100

Redução de Importações em Trânsito 3.400

Redução de Dividendos Propostos 740

Redução de Provisões Diversas 300

(=) GERAÇÃO DE CAIXA DE CURTO PRAZO ( A ) (190)

(+) FONTES DE RECURSOS DE LONGO PRAZO 1.260

Aumento de Obrigações Fiscais 700

Aumento do Realizável a Longo Prazo 560

(-) APLICAÇÃO DE RECURSOS DE LONGO PRAZO 1.760

Redução de Empréstimos e Financiamentos 1.760

(=) GERAÇÃO DE CAIXA DE LONGO PRAZO ( B ) (500)

(+) FONTES DE RECURSOS EM PERMANENTE 1.470

Redução de Investimentos 390


34

Recursos para aumento de Patrimônio Líquido 1.080

(-) APLICAÇÕES DE RECURSOS EM PERMANENTE 480

Aumento de Imobilizado 280

Aumento de Diferido 200

(=) GERAÇÃO DE CAIXA EM PERMANENTE ( C ) 990

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA ( A )+( B )+( C ) 300


Fonte: NETO e LIMA (2009) p.252

GITMAN (1997) diz que a demonstração dos fluxos de caixa de um dado período é
desenvolvida a partir da demonstração do resultado do período em questão, associada aos
balanços patrimoniais do começo e fim do período. A demonstração do resultado do ano
encerrado em 31 de dezembro de 2009 e os balanços patrimoniais de 2008 e 2009 da Baker
Corporation podem ser encontrados nas tabelas 3 e 4, respectivamente. A demonstração dos
fluxos de caixa da Baker Corporation para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2009
consta na tabela 5. Observe que todas as entradas de caixa e lucro líquido depois do imposto
de renda e depreciação são tratadas como valores positivos. Todas as saídas, além de prejuízos
e dividendos, são tratadas como valores negativos. Os itens de cada categoria – operacionais,
de investimento e financiamento – são totalizados e os três totais acrescentados para chegar ao
“Aumento (redução) líquido(a) de caixa e títulos negociáveis” do período. Para fins de
verificação, esse valor deve ser confrontado com a variação efetiva do caixa e dos títulos
negociáveis no ano, que se obtém dos balanços patrimoniais do começo e do fim do período.
35

TABELA 3: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DA BAKER CORPORATION ($


MIL) PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

Receita de vendas $ 1.700


Menos: custo da mercadoria vendida 1.000

Lucro bruto $ 700

Menos: despesas operacionais

Despesas de vendas $ 70

Despesas gerais e administrativas 120

Arrendamentos* 40

Despesas de depreciação 100

Total da despesa operacional $ 330

Lucro antes do juros e imposto de renda (LAJIR) $ 370

Menos: despesa financeira 70

Lucro líquido antes do imposto de renda $ 300

Menos: imposto de renda (à alíquota de 40%) 120

Lucro líquido depois do imposto de renda $ 180

Menos: dividendos preferenciais 10

Lucro disponível as acionistas ordinários $ 170


Lucro por ação (LPA)** $1,70
* A despesa de arrendamento é mostrada aqui separadamente, e não incluída na despesa
financeira, como específica o FASB para fins de relatórios financeiros. A abordagem aqui
empregada condiz com relatórios fiscais e não com os procedimentos de relatório financeiro.
** Calculado por meio da divisão do lucro disponível para os acionistas ordinários pelo
número de ações
Fonte: GITMAN (1997) p.100
36

TABELA 4: BALANÇO PATRIMONIAL DA BAKER CORPORATION ($ MIL)

31 DE DEZEMBRO
2.009 2.008
Ativo
Ativo Circulante

Caixa $ 900 $ 300

Títulos Negociáveis 600 200

Contas a receber 400 500

Estoques 600 900

Ativo Total Circulante $ 2.000 $ 1.900

Ativo Imobilizado Bruto

Imóveis $ 1.200 $ 1.050

Máquinas e Equipamentos 850 800

Móveis e Utensílios 300 220

Veículos 100 80

Outros (inclusive certos bens arrendados) 50 50

Ativo Total Imobilizado Bruto (ao custo) $ 2.500 $ 2.200

Menos : Depreciação Aumulada 1.300 1.200

Ativo Imobilizado líquido $ 1.200 $ 1.000

Ativo Total $ 3.200 $ 2.900


Passivo e Patrimônio Líquido
Passivo Circulante

Fornecedores $ 700 $ 500

Bancos a Pagar 600 700

Despesas a Pagas 100 200

Passivo Total Circulante $ 1.400 $ 1.400

Dívidas de Longo Prazo $ 600 $ 400


37

31 DE DEZEMBRO
2.009 2.008

Passivo Total $ 2.000 $ 1.800

Patrimônio Líquido

Ações Preferênciais $ 100 $ 100

Ações Ordinárias - Valor Nominal de $ 1,20 ; 100.000 ações 120 120


existente em 2009 e 2008

Ágio na Venda de Ações Ordinárias 380 380

Lucros Retidos 600 500

Total do Patrimônio Líquido $ 1.200 $ 1.100

Passivo Total e Patrimônio Líquido $ 3.200 $ 2.900


Fonte: GITMAN (1997) p.100

TABELA 5: DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DA BAKER


CORPORATION ($ MIL) PARA O ENCERRAMENTO EM 31 DE DEZEMBRO DE
2009

Fluxo de caixa das atividades operacionais


Lucro líquido depois do imposto de renda $ 180

Depreciação 100

Redução das contas a receber 100

Redução do estoque 300

Aumento em fornecedores 200

Redução das despesas a pagar (100)*

Caixa gerado pelas atividades operacionais $ 780


Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aumento do ativo imobilizado bruto ($ 300)

Variação do investimento em participações societárias 0

Caixa gerado pelas atividades de investimento (300)


Fluxo de caixa das atividades de financiamento
38

Redução de bancos a pagar ($ 100)

Aumento de dúvida de longo prazo 200

Variação de patrimônio líquido** 0

Pagamento de dividendos (80)

Caixa gerado pelas atividades de financiamento 20

Aumento líquido de caixa e títulos negociáveis $ 500

*Como de praxe, usamos parentêses para indicar valores negativos, que são, saída de caixa.
**O lucro retido é excluído, neste caso, porque sua variação se reflete na combinação dos
lançamentos lucro 'líquido depois do imposto de renda' e 'Pagamentos de dividendos'.
Fonte: GITMAN (1997) p.101

De acordo com PADOVEZE (2004), o Método Direto de fluxo de caixa em moeda


corrente representa efetiva entrada ou saída de numerário, valores pagos ou recebidos, onde
não se indaga se estão com ou sem impostos. Apenas se registra exatamente o valor financeiro
efetivado na operação. Dessa forma, no grupo de contas de despesas, temos contas para
evidenciar o total das compras brutas e os impostos pagos juntamente com os valores das
mercadorias.

TABELA 6: FLUXO DE CAIXA EM MOEDA CORRENTE - MÉTODO DIRETO

PERÍODO 1 PERÍODO 2 TOTAL

$ $ $

I - DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

ENTRADAS 13.829.429 17.561.023 31.390.452

Recebimentos de Clientes 13.829.429 17.561.023 31.390.452

SAÍDAS 12.409.652 16.841.550 29.251.202

Pagamentos a Fornecedores 4.293.281 6.550.685 10.843.966

Impostos Recolhidos 1.435.200 1.836.348 3.271.548

Pagamentos ao Pessoal 4.791.829 5.826.767 10.618.596

Despesas Gerais 1.659.342 2.000.524 3.659.866


39

PERÍODO 1 PERÍODO 2 TOTAL

$ $ $

Impostos Sobre o Lucro 230.000 627.226 857.226


SALDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.419.777 719.473 2.139.250
II - DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

SAÍDAS 460.000 1.104.000 1.564.000

Investimentos não Permanente 460.000 1.104.000 1.564.000

Investimentos não Realizável a Longo Prazo 0 0 0

ENTRADAS 0 0 0

Valor de Venda de Permanentes 0 0 0


SALDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (460.000) (1.104.000) (1.564.000)
III - ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

ENTRADAS 575.000 1.000.000 1.575.000

Novos Empréstimos 0 1.000.000 1.000.000

Integralizações de Capital 575.000 0 575.000

SAÍDAS 805.700 1.061.159 1866859

Amortizações de Empréstimos 724.500 832.140 1.556.640

Despesas (-) Receitas Financeiras (68.800) (260.462) (329.262)

Resultados Distribuídos 150.000 489.481 639.481


SALDO DAS ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO (230.700) (61.159) (291.859)
SALDO DO PERÍODO 729.077 (445.686) 283.391

(+) Saldo Inicial Caixa/Bancos/Aplic. Financeiras 400.000 1.129.077 400.000

= Saldo Final Caixa/Bancos/Aplic. Financeiras 1.129.077 683.391 683.391

Fonte: PADOVEZE (2004) p.84-5

Fluxo de caixa em moeda corrente: método este bastante similar à Demonstração de


Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).
40

TABELA 7: FLUXO DE CAIXA EM MOEDA CORRENTE - MÉTODO INDIRETO

PERÍODO PERÍODO TOTAL


1 2
$ $ $

DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro Líquido (antes da distribuição de Resultados) 652.641 581.217 1.233.858

Ajustes para reconciliar o lucro líquido para fluxo

de caixa líquido oriundo das operações

Depreciações e amortizações 891.250 1.179.900 2.071.150

(+/-) Correção Monetária de Balanço (102.630) 43.884 (58.746)

(+/-) Equivalência Patrimonial (13.800) (27.600) (41.400)

Despesas financeiras - Exigível a Longo Prazo 850.500 1.080.540 1.931.040

(+/-) Resultado Não Operacional 0 0 0

Variações nos ativos e passivos circulantes

Aumento em Clientes (437.943) (1.097.884) (1.535.827)

Aumento nos Estoques (1.529.731) (1.916.547) (3.446.268)

Aumento de Fornecedores 2.336 451.014 453.350

Aumento de impostos a recolher 401.148 231.811 632.959

Aumento de Salários/Encargos a Pagar 439.751 451.129 890.880

Aumento de Outras Contas a Pagar 12.367 72.200 84.567

Aumento de Impostos s/ Lucro a Pagar 322.688 0 322.688

Diminuição de Impostos s/ Lucro a Pagar 0 (69.729) -69729

Total dos Ajustes 835.936 398.718 1.234.654


Fluxo de Caixa Líquido das Operações 1.488.577 979.935 2.468.512
DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Investimentos no Ativo Permanente (460.000) (1.104.000) (1.564.000)

Resultados Não Operacionais 0 0 0

Aplicações no Realizável a Longo Prazo 0 0 0


Fluxo de Caixa Utilizado para Investimentos (460.000) (1.104.000) -1564000
41

PERÍODO PERÍODO TOTAL


1 2
$ $ $

DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 0

Novos Empréstimos 0 1.000.000 1.000.000

Amortizações de Empréstimos (724.500) (832.140) (1.564.000)

Integralizações de Capital 575.000 0 575.000

Resultados Distribuídos (150.000) (489.481) (639.481)

Fluxo de Caixa Líquido de Financiamentos (299.500) (321.621) (621.121)


Aumento (diminuição) de Caixa e Equivalentes de Caixa
no Período 729.077 (445.686) 283.391
Caixa e Equivalentes de Caixa - Início do Período 400.000 1.129.077 400.000
Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Período 1.129.077 683.391 683.391
Fonte: PADOVEZE (2004) p.92-3

2.7 Os objetivos do fluxo de caixa

Conforme NETO e SILVA (2002), o fluxo de caixa descreve as diversas


movimentações financeiras da empresa em determinado período de tempo, e sua
administração tem por objetivo preservar uma liquidez imediata, essencial à manutenção das
atividades da empresa. Por não incorporar explicitamente um retorno operacional, seu saldo
deve ser o mais baixo possível, o suficiente para cobrir as várias necessidades associadas aos
fluxos de recebimentos e pagamentos. Deve-se ter em conta que saldos mais reduzidos de
caixa podem provocar, entre outras consequências, perda de descontos financeiros vantajosos
pela incapacidade de efetuar compras a vista junto aos fornecedores, por outro lado, posições
de mais elevada liquidez imediata, ao mesmo tempo em que promovem segurança financeira
para a empresa, apuram um maior custo de oportunidade. Em essência, este é o dilema risco e
rentabilidade presente nas finanças das empresas.
Ao apurar o saldo líquido destes fluxos monetários, o instrumento do fluxo de caixa
permite que se estabeleçam prognósticos com relação a eventuais sobras ou faltas de recursos,
42

em função do nível de caixa desejado pela empresa.


O objetivo fundamental para o gerenciamento dos fluxos de caixa é atribuir maior
rapidez às entradas de caixa em relação aos desembolsos ou, da mesma forma, otimizar a
compatibilização entre a posição financeira da empresa e suas obrigações correntes.
O conceito de equilíbrio financeiro de uma empresa é verificado quando suas
obrigações financeiras se encontram lastreadas em ativos com prazos de conversão em caixa
similares aos dos passivos. Em outras palavras, o equilíbrio financeiro exige vinculação entre
a liquidez dos ativos e os desembolsos demandados pelos passivos.
NETO e LIMA (2009) dizem que a demonstração dos fluxos de caixa propicia ao
gestor financeiro uma melhor visão para um planejamento financeiro eficiente. Ela irá indicar
o que ocorreu no período em termos de entradas e saídas de dinheiro do caixa. Assim como a
Demonstração de Resultados, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no
Balanço Patrimonial, que é uma demonstração estática.
Conforme PADOVEZE (2004), o ponto de equilíbrio em termos quantitativos
evidencia qual é o volume que a empresa precisa produzir ou vender, para que consiga pagar
todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis que ela tem
necessariamente que incorrer para fabricar/vender o produto. No ponto de equilíbrio, não há
lucro ou prejuízo. A partir de volumes adicionais de produção ou venda, a empresa passa a ter
lucros.
A informação do ponto de equilíbrio da empresa, tanto do total global, como por
produto individual, é importante porque identifica o nível mínimo de atividade em que a
empresa ou cada divisão deve operar.
Segundo GITMAN (1997), o planejamento financeiro é um aspecto importante das
operações das empresas porque fornece um mapa para orientação, a coordenação e o controle
dos passos que a empresa dará para atingir seus objetivos. Dois aspectos fundamentais do
processo de planejamento financeiro são o planejamento de caixa e o planejamento de lucros.
O planejamento de caixa envolve a elaboração do orçamento de caixa da empresa. O
planejamento de lucros envolve a elaboração de demonstrações pró-forma. Tanto o orçamento
de caixa quanto as demonstrações pró-forma são úteis para o planejamento financeiro interno;
também são rotineiramente exigidos por credores atuais e em potencial.
O processo de planejamento financeiro começa pelos planos financeiros de longo
prazo ou estratégicos. Estes, por sua vez, orientam a formulação de planos e orçamentos de
43

curto prazo ou operacionais. De modo geral, os planos e orçamentos de curto prazo


implementam os objetivos estratégicos de longo prazo da empresa.
De acordo com SILVA (2006), os objetivos do fluxo de caixa são muitos, mas o
principal é a visão geral de todas as atividades (entradas e saídas) diárias, do grupo do ativo
circulante, assim se tem uma visão das disponibilidades, representando o grau de liquidez da
empresa.
Os demais objetivos do fluxo de caixa são também relevantes e podemos citar:

 planejar as necessidades de captação de recursos de maneira a preservar a liquidez;


 fornecer recursos para a realização das transações definidas no planejamento
financeiro;
 pagar as obrigações dentro do vencimento;
 aplicar de forma eficaz os recursos disponíveis, entretanto, sem comprometer a
liquidez;
 planejar e controlar os recursos financeiros, utilizando: análise e controle das
atividades de planejamento de vendas e despesas, análise para as necessidades de
capital de giro e prazos médios de contas a receber, a pagar, estoques, etc;
 verificar as fontes de créditos onerosas de maneira a minimizar o custo do seu uso;
 visar ao equilíbrio financeiro dos fluxos de entrada e saída de recursos;
 prognosticar desembolsos de caixa elevados em ocasiões de encaixe baixo;
 coordenar os recursos a serem usados pelas diversas atividades da empresa em
termos de investimentos.
44

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Pesquisa

A metodologia da pesquisa baseou-se no estudo bibliográfico com fundamentos


teóricos de diversos autores que discorreram sobre pequenas empresas e fluxo de caixa. Este
trabalho tem como objetivo recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições
científicas existentes sobre o tema pesquisado.

3.1.1 Classificação da pesquisa quanto ao propósito

A finalidade é demonstrar a importância da implantação e análise do fluxo de caixa


como instrumento financeiro para controlar e organizar as operações da empresa.

3.1.2 Tipo de pesquisa

A abordagem do problema foi através de pesquisa quantitativa, um método no qual se


utiliza de amostras amplas e de informações numéricas, sendo possível garantir uma boa
interpretação dos resultados e controlar o delineamento da pesquisa.

3.1.3 Classificação da pesquisa quanto aos objetivos

Classifica-se este projeto como uma pesquisa exploratória, com o intuito de


proporcionar maior identificação com o problema, tornando-o mais preciso e aprimorando as
45

ideias acerca do assunto.

3.1.4 Classificação da pesquisa quanto ao procedimento técnico

Para realização da pesquisa documental foram analisados documentos fornecidos pela


empresa em estudo, buscando entender os fluxos financeiros existentes e a forma de
funcionamento desta área.
A técnica de coleta de dados foi feita a partir das informações fornecidas, relatórios
escritos e análise de documentos específicos. Estes instrumentos são considerados dados
secundários, tratando-se de dados já existentes, sejam para descrever os antecedentes da
problemática, sejam para ilustrar o problema da pesquisa propriamente dito.

3.1.5 Técnicas de análise de dados

As técnicas de análise de dados se fizeram através de métodos estatísticos simples e


também do conteúdo dos documentos contábeis e financeiros da empresa Expresso Entrega
Ltda. Estes foram examinados a fim de definir a estrutura das operações financeiras e propor a
implantação do controle do fluxo de caixa, dentre outras possibilidades de relatórios como
ferramenta para a gestão do negócio.

3.2 Definição da área

A área em estudo foi as finanças de uma empresa prestadora de serviços no ramo de


transporte, visando possíveis melhorias na sua saúde financeira. Analisando como e de que
forma o gestor pode administrar e organizar seu negócio de maneira eficiente, responsável,
adequada e lucrativa, reconhecendo a importância da elaboração do fluxo de caixa até mesmo
para tomada de decisão.
46

4 ANÁLISE DOS DADOS

Nesta análise serão abordados os dados necessários e coletados para avaliação,


verificando como é realizado e desenvolvido pela empresa. Em seguida, apresenta-se a
elaboração do fluxo de caixa projetado e as considerações sobre os resultados.

4.1 Identificação dos Dados

Todos os dados foram obtidos através das informações e controles da área financeira e
demonstrações contábeis. Sendo assim, serão relatados números que demonstram a situação
da empresa, porém expressos em valores fictícios.

4.2 Entradas

A receita mensal é composta pela prestação de serviços das entregas realizadas pelos
motoboys, sendo que cada um produz o valor estimado de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos
reais). Considerando que o quadro de pessoal é composto por oito motoqueiros, totaliza-se um
faturamento médio mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Destas receitas, o percentual de 67% equivale aos contratos fixos e 33% corresponde
aos serviços solicitados de diversos clientes, que variam mês a mês, de acordo com o volume,
distância, prazo de entrega, dentre outros fatores.
47

33%

Contratos Fixos
Variáveis

67%

Gráfico 1: Composição Mensal da Receita da Expresso Entrega Ltda


Fonte: Expresso Entrega Ltda

4.3 Saídas

As despesas da empresa em sua grande maioria são quitadas à vista ou, no máximo,
em sessenta dias. Também são todas basicamente fixas, como gastos com água, luz, telefone,
salários e encargos, material de escritório, impostos, seguros contratados, veículo, serviços
contábeis, dentre outras despesas administrativas.
No caso dos veículos, todos são particulares, exceto o utilizado pelo proprietário, e
desta maneira os funcionários arcam com todas as despesas relacionadas com a atividade.
Mediante essas colocações, para as despesas fixas da empresa considera-se o valor
estimado de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais).

4.4 Posicionamento Financeiro

A Expresso Entrega Ltda trabalha com recebimentos diários e mensais, de acordo com
a data de vencimento dos boletos, com prazo estabelecido nos contratos. Portanto, seu capital
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de giro é previsível e pelas demonstrações poderia suprir com bastante tranquilidade seus
compromissos, uma vez que é possível conciliar as datas durante o mês, e realizar uma
programação entre o controle de contas a receber e a pagar.
Mas, percebe-se pela postura do proprietário, que não existe essa preocupação e
devido à falta de um fluxo de caixa organizado, acaba comprometendo os resultados da
empresa, gerando transtornos e problemas frequentes na sua gestão.
Outra preocupação acontece quando se observa a falta de separação da vida
profissional e pessoal dele, já que, mediante suas necessidades, o mesmo faz retiradas que
nem sempre são programadas, comprometendo seus limites e sem conseguir organizar e saber
qual valor é adequado para essa situação, já que faz adiantamentos mediante suas
necessidades e não consegue estipular uma quantia fixa mensal.
Na Tabela 8, seguem os valores levantados para elaboração do fluxo de caixa.

TABELA 8: RELATÓRIO DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

MÉDIA
DESCRIÇÃO ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12
MENSAL

ENTRADAS R$ 19.260,00 R$ 21.680,00 R$ 20.810,00 R$ 23.680,00 R$ 21.575,00 R$ 22.350,00 R$ 21.560,00

Disponível R$ 1.670,00 R$ 1.650,00 R$ 2.120,00 R$ 2.680,00 R$ 2.475,00 R$ 2.350,00 R$ 2.158,00

Bancos R$ 1.470,00 R$ 1.300,00 R$ 2.000,00 R$ 2.300,00 R$ 1.975,00 R$ 2.050,00 R$ 1.850,00

Caixa R$ 200,00 R$ 350,00 R$ 120,00 R$ 380,00 R$ 500,00 R$ 300,00 R$ 308,00

Receita Mensal R$ 17.590,00 R$ 20.030,00 R$ 18.690,00 R$ 21.000,00 R$ 19.100,00 R$ 20.000,00 R$ 19.402,00

Clientes com
R$ 11.785,30 R$ 13.420,10 R$ 12.522,30 R$ 14.070,00 R$ 12.797,00 R$ 13.400,00 R$ 13.000,00
Contratos Fixos

Clientes Serviços
R$ 5.804,70 R$ 6.609,90 R$ 6.167,70 R$ 6.930,00 R$ 6.303,00 R$ 6.600,00 R$ 6.403,00
Variados

SAÍDAS R$ 18.167,00 R$ 18.742,00 R$ 19.317,00 R$ 18.243,00 R$ 18.448,00 R$ 19.025,00 R$ 18.657,00

Despesa Mensal R$ 18.167,00 R$ 18.742,00 R$ 19.317,00 R$ 18.243,00 R$ 18.448,00 R$ 19.025,00 R$ 18.657,00

Água R$ 35,00 R$ 30,00 R$ 27,00 R$ 31,00 R$ 28,00 R$ 33,00 R$ 31,00

Luz R$ 60,00 R$ 55,00 R$ 62,00 R$ 65,00 R$ 58,00 R$ 62,00 R$ 60,00

Telefone/Internet R$ 92,00 R$ 87,00 R$ 95,00 R$ 98,00 R$ 89,00 R$ 100,00 R$ 94,00

Aluguel Imóvel R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00

Salários R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00


49

MÉDIA
DESCRIÇÃO ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12
MENSAL

Retiradas R$ 900,00 R$ 1.200,00 R$ 2.000,00 R$ 600,00 R$ 1.000,00 R$ 1.500,00 R$ 1.200,00

Encargos
R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00
(INSS/FGTS)

Material de
R$ 205,00 R$ 180,00 R$ 168,00 R$ 189,00 R$ 215,00 R$ 190,00 R$ 192,00
Escritório

Impostos R$ 970,00 R$ 1.300,00 R$ 1.005,00 R$ 1.340,00 R$ 1.180,00 R$ 1.200,00 R$ 1.166,00

Honorários
R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00
Contábeis

Diversos R$ 305,00 R$ 290,00 R$ 360,00 R$ 320,00 R$ 278,00 R$ 340,00 R$ 315,00

TOTAIS R$ 1.093,00 R$ 2.938,00 R$ 1.493,00 R$ 5.437,00 R$ 3.127,00 R$ 3.325,00 R$ 2.903,00

Fonte: Expresso Entrega Ltda

Figura 4: Fluxo de Caixa entre Abril e Junho de 2012


Fonte: Expresso Entrega Ltda/Clayton Alves Araújo
50

Figura 5: Fluxo de Caixa entre Julho e Setembro de 2012


Fonte: Expresso Entrega Ltda/Clayton Alves Araújo

Figura 6: Fluxo de Caixa entre Outubro e Dezembro de 2012


Fonte: Expresso Entrega Ltda/Clayton Alves Araújo
51

Figura 7: Total Geral do Fluxo de Caixa


Fonte: Expresso Entrega Ltda/Clayton Alves Araújo

Conforme os dados coletados, projetou-se este fluxo de caixa do período de abril à


dezembro/12, com o propósito de verificar as movimentações realizadas pela empresa durante
estes nove meses, não sendo interessante constar outros meses anteriores já que o histórico
dessas entradas e saídas tiveram poucas variações. Sendo assim, percebe-se que os
recebimentos sempre mantém o mesmo percentual de entradas à vista e contratos fixos, o que
é curioso pelo tipo de prestação de serviços que a empresa realiza. Vale ressaltar que não
houve um crescimento da sua carteira de clientes durante o período analisado, está mantendo
a mesma posição no mercado.
Apesar das despesas serem todas praticamente fixas, não é todo mês que as entradas
foram suficientes para suprir estes compromissos. No fechamento geral, o saldo acumulado
representa R$ 689,00 (seiscentos e oitenta e nove reais), ou seja, este resultado é muito baixo
mediante uma eventual necessidade de investimento, passivo trabalhista, manutenções,
crescimento do negócio, etc. Um dos pontos que mais sobrecarrega seu faturamento está
relacionado à folha de pagamento, com média de 75% em desembolsos, e com o pagamento
52

do 13º salário complicou ainda mais o orçamento da empresa.


Com essa nova possibilidade de controle financeiro, a empresa conseguirá projetar seu
fluxo de caixa de acordo com as ocorrências, definindo o prazo para relacionar os valores
previstos e lançando o realizado. Através deste instrumento, será possível definir as
estratégias, metas e mensurar os resultados, avaliando constantemente o desempenho e
evolução da empresa.
53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este item descreve a conclusão deste estudo, compreendendo as considerações finais


em concordância com os objetivos propostos neste trabalho.

5.1 Conclusões

Diante dos fatos e números apresentados, recomenda-se à empresa Expresso Entrega


Ltda a implantação do fluxo de caixa, pois essa ferramenta é essencial para o controle
financeiro da empresa e do proprietário, buscando melhorias na sua administração.
Durante o período analisado, verificou-se uma grande dificuldade na obtenção das
informações, haja vista, que não existe uma separação clara dos negócios pessoais e
profissionais, ou seja, parte dos recebimentos de pequenos serviços realizados não são
contabilizados e o proprietário utiliza estes valores para diversas situações. E mesmo com
esse comportamento, não existe nenhuma forma de controle, nem mesmo paralelo para
levantar todas as movimentações da empresa.
Sendo assim, os dados levantados não refletem a realidade da empresa, portanto, é
fundamental a utilização e planejamento do fluxo de caixa para que o mesmo possa detectar
suas deficiências e até mesmo oportunidades para desenvolvimento e melhorias, pois dessa
forma terá possibilidade de retratar e organizar todas as práticas através desse controle, bem
como avaliar o desempenho de suas atividades, reconhecendo a importância de registrar,
documentar e programar as finanças dessa organização.
Uma boa gestão precisa de conhecimento e informações para que a instituição possa
desempenhar a melhor maneira de atingir seu objetivo final. Para tanto, essas informações
precisam apresentar a realidade da situação econômica e financeira da empresa no momento
que elas acontecem. Com isso, o gestor terá uma valiosa ferramenta para seu processo de
tomadas de decisões, evitando assim possíveis riscos que podem comprometer os resultados
esperados.
54

5.2 Limitações da Pesquisa

A empresa não possui a contabilidade como um setor da empresa, até mesmo pelo seu
porte seria complicado manter um profissional para essa finalidade, tendo com isso que
terceirizar a prestação deste tipo de serviço. Porém, observou-se que algumas das informações
fornecidas não eram condizentes com as mesmas do proprietário, os relatórios na maioria das
vezes eram manuais e até mesmo duvidosos, tornando-se necessário um maior alinhamento da
empresa com este escritório, adotando formas de conferências e análises constantes dos
fechamentos.
55

6 REFERÊNCIAS

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,


1997.

KAZUHOJI, Masa. Administração Financeira e Orçamentária. 4. ed. São Paulo: Atlas,


2002.

NETO, Alexandre Assaf; LIMA, Fabiano Guasti. Curso de Administração Financeira. São
Paulo: Atlas, 2009.

NETO, Alexandre Assaf; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de Capital de


Giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial – Um enfoque em sistema de


informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SEBRAE. Fluxo de Caixa. Coleção Saiba Mais. São Paulo: Sebrae, 2002.

_______. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br>. Acesso em: 15 out. 2012.

SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2006.

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