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Alisson Silva
Fernanda Souza
Helder Rodrigues
Isabelle Caldeira
Kelen Duarte
Milton Oliveira
BELO HORIZONTE
2
2010
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR
Alisson Silva
Fernanda Souza
Helder Rodrigues
Isabelle Caldeira
Kelen Duarte
Milton Oliveira
BELO HORIZONTE
3
2010
RESUMO
O tema central deste trabalho é a Governança Corporativa, sistema de gestão que tem
com principal objetivo garantir segurança aos investidores de empresas que negociem suas
ações em bolsas de valores. Para tanto a empresa TAM S.A. foi eleita como objeto de estudo.
A referida companhia tem elevado padrão de gestão, além do mais possui ações
negociadas nas bolsas de São Paulo e de Nova Iorque, assim a transparência exigida de seus
gestores para com os acionistas e investidores é monumental.
Tal fato se faz nítido pela publicação periódica dos relatórios financeiros, ou seja, pela
transparência das informações prestadas, além do que a empresa, para consolidar essa visão,
possui auditória externa e políticas que incentivam os investidores.
A situação econômica do país não foi desconsiderada, assim a avaliação buscou
alcançar o mais amplo cenário de forma imparcial e lógica.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................
....07
2 OBJETIVO DO
TRABALHO..............................................................................................08
3 METODOLOGIA.............................................................................................................
....08
4 CENÁRIO ECONÔMICO DO SETOR AÉREO
BRASILEIRO........................................08
5 FUNDAMENTO
TÉORICO................................................................................................12
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
No mercado de capital aberto, onde as empresas têm suas ações negociadas em bolsas
de valores, a transparência das informações e a confiabilidade são fatores fundamentais para
os investidores. Além do mais, é basal também a necessidade de garantir a mais perfeita
administração empresarial a fim de atingir os melhores resultados.
Nessa ótica surgiu a Governança Corporativa para mostrar aos investidores o grau de
comprometimento das empresas e se é viável o investimento nelas. Em uma visão mais ampla
a Governança Corporativa busca agregar valor a empresa pelo mercado criando valor para os
acionistas.
Neste contexto a TAM S.A., maior companhia aérea do Brasil, inseri-se atendendo as
exigências do mercado, comprometendo-se com as melhores práticas da Governança
Corporativa pertencendo ao Nível 2 da BOVESPA1. (WWW.TAM.COM.BR)
A companhia surgiu nos idos de 1970 com a aquisição, pelo comandante Rolim
Amaro, de parte das ações da “Táxi Aéreo Marília”, criada anos antes. O nome TAM surgiu
alguns anos depois. (WWW.TAM.COM.BR)
Os anos que se seguiram marcaram a solidificação da empresa que, na década de 1980,
alcançou a marca de um milhão de passageiros transportados. Os anos de 1990 trouxeram
inovações. A TAM criou o primeiro Programa de Fidelidade do país e lançou moderno
sistema de bilhetes eletrônicos. Ainda nessa década ela expande sua área de atuação a todo o
território nacional. (WWW.TAM.COM.BR)
A década de 2000 se inicia com a trágica morte do comandante Rolim em um acidente
de helicóptero em meados de 2001 mesmo ano no qual aconteceram os atentados terroristas
nos Estados Unidos em, 11 Setembro, o que deu início a uma grave retração no setor aéreo
mundial, contudo, mesmo em cenário tão desfavorável, a TAM cresceu no período
registrando lucro e aumento no número de passageiros. (WWW.TAM.COM.BR)
8
2 OBJETIVO DO TRABALHO
O presente estudo tem com principal objetivo analisar a empresa TAM S.A. que atua
no setor de transporte aéreo, sendo líder neste mercado. O diagnóstico se dará sob a ótica da
Governança Corporativa, considerando também variáveis contábeis, econômicas e de gestão.
3 METODOLOGIA
O presente estudo deu-se através de pesquisa básica, qualitativa e exploratória por
meio de estudo de caso. O objeto de estudo é a companhia TAM S.A. da qual foram
analisados dados econômicos e financeiros.
Buscando a perfeita contextualização foram avaliados também dados e informações
referentes à economia brasileira. Os dados foram pesquisados e minuciosamente estudos a fim
de gerar uma explicação lógica e coerente, de acordo com a revisão bibliográfica apresentada.
O referencial teórico foi elaborado visando elucidar os pontos mais relevantes para a
correta interpretação dos dados auferidos, principalmente, em web sites. As análises deram-se
através da comparação com padrões e interpretação do ambiente empresarial.
Por fim, para chegar à conclusão foi feita a síntese teórica a qual foi comparada com a
realidade da empresa objeto.
Diversos são esses indicadores que possuem influência na economia, dentre eles pode-
se mencionar o Produto Interno Bruto (PIB), a Taxa de Inflação e a Taxa de Câmbio.
Segundo Sousa (2008), o Produto Interno Bruto corresponde à soma de todos os bens
e serviços produzidos em um período (mês, semestre, ano) em uma região (país, estado,
cidade, continente) expresso em valores monetários.
Nos anos de 2001 a 2009 o PIB brasileiro apresentou uma taxa de crescimento médio
de 3,2% ao ano. Nos anos mais recentes, 2005 a 2009, o crescimento se mostrou igual ou
superior à média da década, com exceção ao último ano do período que revelou percentual
negativo, como reflexo da crise econômica.
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
Per capita
Variação
Período Em milhões de R$
percentual real Variação
Em R$
percentual real
2005 2 715 600,18 3,2 14 808,34 1,9
2006 2 823 436,84 4,0 15 215,42 2,7
2007 2 995 028,34 6,1 15 961,42 4,9
2008 3 148 854,04 5,1 16 606,76 4,0
2009 3 143 014,70 -0,2 16 414,27 -1,2
Tabela 01 – Produto Interno Bruto-PIB Fonte: IBGE
O setor de transporte tem impacto significativo na formação do PIB. Nos últimos anos,
o crescimento da aviação doméstica superou este indicador no âmbito nacional, segundo
dados da Agência Nacional Aviação Civil (ANAC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE). Uma importante subdivisão deste setor é a aviação doméstica.
O setor aéreo é um grande estimulador da economia como um todo, pois, gera
emprego e renda a população. Foi responsável por, aproximadamente, 0,34% do PIB do
Brasil e por 11,84% do PIB do turismo no ano de 2006 de acordo com estimativas do Núcleo
de Economia do Turismo do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília
(CET-UNB).
Ainda analisando alguns dos mais importantes indicadores econômicos, pode-se dizer
de modo geral que a inflação é utilizada para designar aumento de preço, possuindo efeitos
internos e externos.
Do ponto de vista externo, a inflação traduz-se por uma desvalorização
da moeda;
Do ponto de vista interno, a inflação traduz-se pelo aumento do
volume de dinheiro e dos preços.
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Existem várias teorias para explicar a valorização do real em relação ao dólar nesses
últimos cinco anos. Segundo Souza e Silva (2008), em sua dissertação de mestrado, o fator
que elucida e sintetiza melhor uma conjuntura favorável a esse cenário é o Prêmio Risco,
conhecido também como Risco Brasil, variável esta que corresponde à capacidade que o país
possui para honrar os seus compromissos.
11
O Risco Brasil surge da análise de vários fatores, como o PIB, Balança Comercial,
relação divida pública/PIB, cenário econômico internacional, entre outros. Todos estes
indicadores têm se apresentado favoráveis ao Brasil, aumentando a confiança de se investir no
país o que implica na entrada de divisas, ocasionando aumento da demanda pela moeda
nacional e consequentemente sua valorização.
Em análise macroeconômica percebe-se que o setor aéreo possui grande relevância
para a formação do PIB brasileiro, como apresentado anteriormente, visto que o país é o
quinto maior mercado doméstico para a aviação mundial. Essa magnitude também mostra
seus reflexos na geração de renda para o país, criando inúmeros postos de trabalho e
alimentando toda uma cadeia produtiva. (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias)
Através do estudo do Núcleo de Economia do Turismo do Centro de Excelência em
Turismo da Universidade de Brasília concluiu-se que o setor aéreo tende a ser um bom
estimulador da produção da economia como um todo, assim como gerador de renda e
emprego. Isso porque ao aumentar sua própria produção, ele amplia os empregos gerados no
setor, assim como a renda. São os efeitos diretos. Mas ao demandar insumos para satisfazer a
esse aumento de produção, o setor aéreo estimula também a produção de outros setores, assim
como a geração de emprego e renda neles. Esses são os efeitos indiretos. Essa nova renda,
gerada pelos efeitos diretos e indiretos, vai ser transformada em demanda e gastos a serem
realizados em outros setores e também nestes a produção, o emprego e a renda aumentam.
Estes são os efeitos induzidos.
Neste panorama a TAM S.A. se apresenta com empresa dominante da aviação
doméstica. Segundo a ANAC, a empresa possui 50,3% de participação de mercado nacional,
além de ser responsável por 75,2% das viagens Brasil/exterior, no ano de 2008.
De 2005 a 2007 a companhia apresentou lucro crescente em suas operações, contudo a
crise econômica que teve início em 2007, que estourou mundialmente em 2008 chegando ao
Brasil no fim desde ano, mancou negativamente o desempenho da TAM.
O ano de 2009 foi de recuperação, o Brasil conseguiu superar a crise mundial, graças
ao forte mercado interno. A TAM apostou na tendência de maior consumo das classes C e D,
com isso elevou o faturamento e implementou política de redução dos custos. Tal gestão
resultou no lucro líquido de R$ 1.342,5 milhões, o mais elevado dos anos em estudo. (ver
gráfico 02)
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Lucro/Prejuízo (milhões)
1500,00
1342,50
1000,00
556,00
500,00 187,00 520,74
0,00
-500,00 2005 2006 2007 2008 2009
-1000,00
-1500,00 -1509,70
-2000,00
5 FUNDAMENTO TÉORICO
Há diversos métodos de análise contábil. Para este estudo serão relembrados: a análise
horizontal; vertical e a análise por índices. A primeira técnica, análise horizontal, utiliza a
comparação de dados com um ano padrão, normalmente expressa em percentual, logo mostra
a evolução da empresa em linha cronológica. Este indicador é fundamental para o estudo de
tendências dentro da série histórica. (Matarazzo, 2003)
A Análise Vertical também é um percentual que indica o peso de cada conta contábil
com relação ao total de uma conta maior (por exemplo, Caixa em relação ao Ativo Circulante
ou em relação ao Ativo Total), sendo assim é um indicador de estrutura que também pode
mostrar tendências quando estudado em anos consecutivos. (Matarazzo, 2003)
A última, análise por índices, é a demonstração por quocientes, sendo os mais
relevantes neste estudo os de liquidez, endividamento, estrutura e de rentabilidade da
empresa. Para Matarazzo (2003)
Índice é uma relação entre contas ou grupos de contas das Demonstrações
Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou
financeira de uma empresa... Fornecendo uma visão ampla da situação econômica
ou financeira da empresa.
vários os tipos de lucros para avaliar o desempenho da empresa, com base tanto no ativo total,
quanto no operacional (Ching, 2007).
No índice de estrutura há uma visão mais ampla para o direcionamento na tomada de
decisão no que se tange a situação financeira empresarial. Sua interpretação deve ser feita
com muita cautela, visto que a partir dela serão alocados os recursos disponíveis.
• Da Administração
Conforme Requião (2005), o funcionamento da sociedade anônima requer
organização. O problema da administração social nas sociedades anônimas é de caráter
complexo, impondo distribuição de poderes. A esses centros de poderes da administração da
sociedade anônima dá-se, doutrinariamente, a designação de órgãos sociais, aos quais
compete produzir a vontade social.
De acordo com Bulgarelli (1984), o direito positivo brasileiro adota a teoria
organicista para explicar as naturezas desses núcleos de poderes sociais, e disciplinar, de
forma democrática, a organização da sociedade, distribuindo poderes em três categorias:
poder deliberador e legislativo, delegado à Assembléia Geral; poder executivo ou
administrativo, bipartido pela Diretoria e Conselho de Administração e o poder fiscalizador e
de controle, adstrito ao Conselho de Fiscalização.
• Órgãos Administrativos
A Lei 6.404/76 permite que as sociedades anônimas possuam dois órgãos
administrativos: o Conselho de Administração e a Diretoria, conforme MARTINS (1978). Tal
sistema visa à necessidade de um melhor ordenamento na administração das companhias, em
que se constata uma separação entre o controle e o poder de gestão da sociedade. Procurou,
portanto, a lei brasileira, dotar as sociedades anônimas de órgãos capazes de atender às
necessidades de grandes companhias, facultando-se que a administração se subdivida em
Conselho de Administração e Diretoria.
De acordo com o art. 138 da mesma lei, a administração da companhia competirá ao
conselho de administração e à diretoria, ou exclusivamente à diretoria, de acordo com a
disposição estatutária, salvo para as sociedades de capital autorizado e as abertas, nas quais a
existência dos dois órgãos é obrigatória.
Em atenção ao caput do art. 161 da Lei das S/A, o conselho fiscal será um órgão
obrigatório dentro da sociedade anônima, todavia, seu funcionamento dependerá do que for
previsto no seu estatuto social, se permanente ou presente apenas nos exercícios sociais em
que for instalado por pedido dos acionistas.
Este instrumento foi instituído no final de 2000 pela BOVESPA. Também segundo
PAVON (2010), as empresas começam preenchendo os requisitos aos poucos e, com o tempo,
mudam de nível.
Essas práticas deixam mais transparente a relação com os investidores e evitam, o que
era muito comum no passado: as empresas fecharem o capital do dia para a noite, os papéis
sofrerem forte desvalorização e o investidor perder dinheiro.
O Novo Mercado é o nível mais avançado de práticas de governança e exige que todas
as empresas listadas tenham somente Ações Ordinárias, além de realizar reuniões públicas
com analistas e investidores, ao menos uma vez por ano; divulgar as demonstrações
financeiras de acordo com padrões internacionais IFRS ou US GAAP; adesão à Câmara de
Arbitragem do Mercado para resolução de conflitos societários e outras. A principal diferença
do Nível 2 para o Novo Mercado é justamente a possibilidade das Companhias do Nível 2 em
ter ações preferenciais na sua estrutura de capital das companhias (IBGC, 2010).
6 ANÁLISE EMPRESARIAL
2008/2009, pois nos dois últimos anos mencionados a empresa passou a utilizar o sistema
internacional de contabilidade (International Financial Reporting Standards).
Nas análises que se seguem, faz-se necessário ressalvar, que os valores utilizados para
os cálculos são nominais, não sendo, por isso, considerados os valores das taxas de inflação
de um período ao outro.
durante o período 2004/2009, pois chega a pesar 9% em 2004, 28% em 2006 e apenas 4% em
2008. A linha de evolução apresenta-se em constante crescimento, contudo, se for analisado o
período 2007/2008 será visto que houve uma significativa redução de seu montante.
Em resumo, vê-se no Passivo da empresa durante o período 2004/2009 uma redução
do peso das contas de curto prazo e um aumento do peso das contas de longo prazo além de
um aumento do Capital Próprio e de seu peso em relação ao primeiro ano estudado.
ATIVO
1.143
Circulante * 52% 2.182 66% 90% 3.863 75% 77% 5.029 77% 30% 3.729 28% 3.771 29% 1%
Realizável
à Longo
Prazo 335 15% 353 11% 5% 513 10% 45% 710 11% 38% 1.379 10% 991 7% -28%
Permanente 724 33% 775 23% 7% 792 15% 2% 803 12% 21% 8.197 62% 8.376 64% 2%
Total 2.203 100% 3.311 100% 50% 5.168 100% 56% 6.542 100% 27% 13.305 100% 13.137 100% -1%
PASSIVO
2008* 2009*
2004 AV 2005 AV AH 2006 AV AH 2007 AV AH * AV * AV AH
Liquidez Corrente 1,06 1,57 +48 1,9 +22 1,83 -4 0,92 0,98 +6
Liquidez Geral 0,74 0,99 +35 1,18 +18 1,14 -3 0,40 0,41 +4
Liquidez Seca 0,97 1,49 +54 1,84 +24 1,77 -4 0,87 0,93 +7
Liquidez Imediata 0,27 0,71 +161 1,20 +69 0,94 -21 0,17 0,28 +68
Endividamento do Ativo
91% 77% -15 72% -6 77% +7 96% 88% -9
(Quantidade)
Endividamento de Curto
54% 55% +2 55% -0,2 55% -0,4 32% 34% +6
Prazo (Qualidade)
22
Endividamento (Garantia do
10% 30% +216 39% +30 30% -24 4% 14% +239
Capital de Terceiros)
Imobilização do Ativo 33% 23% -29 15% -35 12% -20 62% 64% +4
Imobilização do Capital
380% 102% -73 55% -46 54% -2 514% 511% -66
Próprio
Retorno do Ativo (Taxa de
16% 6% -63 12% +107 2% -84 - 10% -
Retorno de Investimento)
Retorno do Patrimônio
179% 25% -86 42% +72 9% -80 - 82% -
Líquido
Margem Líquida 8% 3% -57 8% +152 2% -81 - 14% -
Giro do Ativo 205% 171% -17 142% -17 125% -12 80% 75% -5
Tempo Médio de Retorno
6,5 17,5 +172 8,5 -52 52,6 +521 - 9,8 -
(Payback) em anos
*Contabilidade apurada de acordo com as normas do International Financial Reporting Standards (IFRS)
Tabela 05 – Análise de Indicadores TAM S/A FONTE: TAM S.A. Elaborado pelos autores do trabalho
A TAM S.A. é uma sociedade holding, de capital aberto, constituída em 1997 (com a
denominação de CIT – Companhia de Investimentos em Transportes) com o objetivo
específico de participar, administrar e concentrar as suas participações em empresas de
transporte aéreo.
Conforme o Estatuto Social da companhia e a Lei das Sociedades por Ações, a
sociedade é administrada por um Conselho de Administração formado por oito membros, e
por uma Diretoria composta por quatro membros, podendo ser formada por no mínimo quatro
e, no máximo oito membros, acionistas ou não, que devem ser residentes no Brasil. A
companhia possuí Conselho Fiscal previsto em seu estatuto, contudo, atualmente ele não é
operante, esse função foi delega a uma auditória externa.
O Conselho de Administração é responsável pelo fornecimento das diretrizes
estratégicas gerais à administração, pelo estabelecimento das políticas comerciais gerais e
pela eleição da Diretoria e supervisão de sua administração. O Conselho de Administração
reúne-se mensalmente ou sempre que solicitado pelo Presidente, Vice-Presidente ou quaisquer
dois membros do Conselho de Administração. Os membros do Conselho de Administração
são eleitos para um período de um ano, admitindo-se a reeleição. O Estatuto Social da TAM
não prevê idade limite para aposentadoria obrigatória dos conselheiros.
Os diretores são responsáveis pela administração diária e representação da Companhia
e exercem as responsabilidades individuais prescritas pelo Estatuto Social e pelo Conselho de
Administração da TAM S.A. Os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração para
23
mandatos de três anos, permitindo-se a reeleição. Qualquer diretor poderá ser destituído pelo
Conselho de Administração antes do término do seu mandato.
Atualmente a TAM possui 150.585.147 ações, divididas em 50.195.049 ações
ordinárias e 100.390.098 ações preferenciais. O principal acionista da TAM é a TEP* (TAM
Empreendimentos e Participações S.A.), que detêm 46,25% do capital social e do outro lado
temos 53,75% de free float. Todos os acionistas dentro de uma mesma espécie têm os
mesmos direitos de voto. As ações preferenciais da TAM são negociadas no segmento do
Nível 2 da BOVESPA sob o código “TAMM4”. As ações preferenciais da Companhia
também estão listadas na NYSE, sob a forma de ADRs, sob o símbolo “TAM”. O
organograma abaixo apresenta de forma resumida a estrutura acionária da TAM.
Cotações mínimas, médias e máximas de cada ano, nos últimos 3 (três) anos.
Cotação da Ação Preferencial (1) (R$)
Exercício Mínimo Média (2) Máximo
2007 39,64 54,42 68,71
2008 13,7 31,42 42
2009 12,7 21,89 39,2
Tabela 06 – Cotação da Ação Preferencial (R$) Fonte: TAM S.A.
(1) Essas cifras não foram ajustadas para refletir o desdobramento acordado em 16 de maio de 2005 em
conformidade com o qual os titulares de nossas ações existentes receberam duas ações da mesma espécie e
classe para cada ação detida.
(2) Calculado como a média dos preços de fechamento do período.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou avaliar a empresa TAM S.A. sob a ótica da Governança
Corporativa, por meio da análise das demonstrações financeira. Além destes foram
considerados também indicadores da economia brasileira e fatores ligados à gestão.
A Companhia TAM é uma sociedade anônima de capital aberto que possui suas ações
negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova Iorque. Para se enquadrar nesse perfil
e agregar valor aos títulos negociados a empresa busca atender as exigências desse mercado,
tais como a transparência e o comprometimento com as informações prestadas.
A implantação do sistema de gestão Governança Coorporativa assegura os sócios-
proprietários a clareza e veracidade das informações apresentadas, além da efetiva
monitoração da diretoria e fornece mais segurança aos investidores.
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Sendo assim, mesmo que a Lei das Sociedades Anônimas determine que a publicação
das Demonstrações Financeiras seja feita uma vez a cada exercício financeiro (normalmente
uma vez ao ano), a TAM o faz a cada trimestre, a contabilidade é auferida de acordo com o
padrão internacional IFRS, as ações preferenciais tem direito a voto em algumas matérias
(incorporação, transformação, fusão e outros) e os conflitos societários são resolvidos através
da Câmara de Arbitragem do Mercado conforme exigido para se manter no Nível 2 de
Governança da BOVESPA.
Com base nos demonstrativos contábeis e dos indicadores analisados, nota-se que a
TAM S.A. possui situação financeira confortável tendo em vista que uma parcela significativa
de seus dividas dizem respeito a financiamentos de longo prazo, referentes ao financiamento
de aviões que renovaram a tropa. Mostra-se evidente também que, apesar das crises vividas,
as perceptivas da empresa são de melhoria.
8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ALMEIDA, Tecgº João Damásio Barbosa. Governança Corporativa. A governança
corporativa no Brasil e no mundo e sua importância. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/governanca-corporativa/44590/>
Acesso em: 24/09/10.
BULGARELLI, Waldírio Manual das Sociedades Anônimas. São Paulo: Atlas, 1984.
28
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1995.
ESTADO DE S. PAULO. PIB do Brasil fecha 2009 com retração de 0,2%, a primeira
queda anual em 17 anos. Disponível em:
<http://economia.estadao.com.br/noticias/not_8580.htm>. Acesso em: 01/09/2010
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 7 ed. São Paulo, Atlas, 1998
29
MARTINS, Fran. Comentários à Lei das S.A. Rio de Janeiro: Forense, 1978.