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Sistema Nervoso Aut6nomo: Aspectos Gerais 1.0 CONCEITO ‘Conforme ja foi exposto anteriormente (veja Ca- pitulo 2, item 2.3), pode-se dividir o sistema nervoso em somitico e visceral. O sistema nervoso somético € também denominado sistema nervoso da vida de rela- eGo, ou seja, aquele que relaciona o organismo com 0 ‘meio ambiente. Para isso, a parte aferente do sistema nervoso somiético conduz.aos centros nervosos impul- 805 originados em receptores periféricos, informando estes centros sobre 0 que se passa no meio ambiente. Por outro lado, a parte eferente do sistema nervoso so- mitico leva aos misculos esqueléticos 0 comando dos centros nervosos, resultando movimentos que levam a9 maior relacionamento ou integragdo com 0 meio extemo. © sistema nervoso visceral & responsivel pela inervagao das estruturas viscerais & muito i portante para a integragdo da atividade das visceras, no sentido da manutengao da constineia do meio in- ‘terno (homeostase). Assim como no sistema nervoso somético, distingue-se no sistema nervoso visceral Aferente Sistema nervoso visceral uma parte aferente e outra eferente, O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das visceras (visceroceptores) a areas es- | pecificas do sistema nervoso central. © componente eferente traz impulsos de alguns centros netvosos até as estruturas viscerais, terminando, pois, em glindu- | las, miseulos lisos ou musculo cardiaco, e é chamado de sistema nervoso auténomo, Alguns autores adotam ‘um conceito mais amplo, incluindo no sistema nervo- so auténomo também a parte aferente visceral, Segun- do o conceito de Langley, utilizaremos a denominago Sistema Nervoso Auténomo (SNA) apenas para o ‘componente eferente do sistema nervoso visceral. Ha muitas diferengas entre as vias eferentes somiticas € viscerais, que Serdo estudadas no item 5.3. J4 as vias aferentes do sistema nervoso visceral, ao menos no componente medular, sao semelhantes és do somiético € compartilham do mesmo ganglio sensitivo. ‘Com base em critérios que sero estudados a se- guir, 0 SNA divide-se em simpdtico e parassimpadtico, como mostra a chave abaixo. Simpético Eferonte = Sistema nervoso aulénomo Porassimpética Convém acentuar que as fibras eferentes viscerais especiais, estudadas a propésito dos nervos eranianos (Capitulo 1, item 2.2), nao fazem parte do sistema nervoso autonome, pois inervam misculos estriados esqueléticos. Assim, apenas as fibras eferentes visce- rais gerais integram este sistema. Embora o sistema nervoso auténomo tenha parte tanto no sistema nervo- so central como no periférico, neste capitulo daremos énfase apenas & porgdo periférica desse sistema, Antes de estudarmos o sistema nervoso auténomo, faremos algumas consideragdes sobre o sistema nervoso visce- ral aferente, 2.0 SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos nervosos originados em receptores situados nas visce~ ras (visceroceptores). Em geral, essas fibras integram nervos predominantemente viscerais, juntamente com as fibras do sistema nervoso auténomo, Assim, sabe~ -se hoje que a grande maioria das fibras aferentes que veiculam a dor visceral acompanha as fibras do sistema nervoso simpatico, fuzendo excegdo as fibras que iner- yam alguns érgios pélvicos que acompanham nervos parassimpiticos. Os impulsos nervosos aferentes visce- rais, antes de penetrar no sistema nervoso central, pas- sam por ginglios sensitivos. No caso dos impulsos que penetram pelos nervos espinhais, estes ganglios sio os ‘ginglios espinhais, nfo havendo, pois, ganglios dife- rentes para as fibras viscerais e somaticas. ‘Ao conttario das fibras que se originam em recepto- res somiticos, grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que nao se tornam conscientes. Por exemplo, continuamente estio chegando ao nosso sistema ner ‘voso central impulsos que informam sobre a pressio arterial e 0 teor de O, do sangue, sem que possamos percebé-los. So, pois, impulsos aferentes inconscien- tes, importantes para a realizacio de varios reflexos viscerais ou viscerossomiticos, relacionados, no exem- plo citado, com o controle da pressao arterial ou da taxa de O, do sangue. Existem alguns visceroceptores es- pecializados em detectar este tipo de estimulo, sendo ‘05 mais conhecidos os do seio carotideo € do corpo carotideo, situados préximos bifureagao da artéria cardtida comum. Os visceroceptores situados no seio carotideo so sensiveis ds variagbes da pressdo arterial, € 0s do corpo carotideo, as variagdes na taxa de O, do sangue. Impulsos neles originados sto levados ao sis- tema nervoso central pelo nervo glossofaringeo. Con- tudo, muitos impulsos viscerais tomam-se conscientes, manifestando-se sob a forma de sensagdes como sede, fome, plenitude gastrica e dor. 124 NEUROANATOMIA FUNCIONAL A sensibilidade visceral difere da somitica princi- palmente por ser mais difusa, nao permitindo localiza- a0 precisa, Assim, pode-se dizer que déi a ponta do dedo minimo, mas no se pode dizer que d6i a primeira ou a segunda alga intestinal. Por outro lado, os estimu- Jos que determinam dor somitica sdo diferentes dos que determinam a dor visceral. A secgao da pele é dolorosa, ‘mas a seegdo de uma viscera ndo o é. A distensio de uma viscera, como uma alga intestinal, é muito dolorosa, © {que niio acontece com a pele. Considerando-se que a dor um sinal de alarme, o estimulo adequado para provo- car dor em uma regidio & aquele que mais usualmente & capaz de lesar esta regido, Fato interessante, frequente- mente observado na prética médica, é que certos pro- ‘cessos inflamatérios ou irritativos de visceras e Srgios internos dio manifestagbes dolorosas em determinados territérios cutdneos, Assim, processos irritativos do dia- fragma manifestam-se por dores e hipersensibilidade na pele da regio do ombro; a apendicite pode causar hi persensibilidade cuténea na parede abdominal da fossa ilfaca direita; o infarto do miocérdio, no brago esquerdo. Este fenémeno denomina-se dor referida, 3.0 DIFERENCAS ENTRE O SISTEMA NERVOSO SOMATICO EFERENTE E VISCERAL EFERENTE OU AUTONOMO Os impulsos nervosos que seguem pelo sistema ner- vyoso somitico eferente terminam em musculo estriado esquelético, enguanto os que seguem pelo sistema ner vyoso auténomo terminam em miisculo estriado cardiaco, ‘miisculo liso ou glndula. Assim, o sistema nervoso efe- rente somitico ¢ voluntirio, enquanto o sistema nervoso ‘auténomo € involuntirio, Do ponto de vista anatémico, uma diferenga muito importante diz respeito ao nimero de neurénios que ligam o sistema nervoso central (medu- la ou tronco encefalico) ao érgdo efetuador (miisculo ou glindula). Esse nimero, no sistema nervoso somatico, & de apenas um neurdnio, o neurénio motor somético (Fi ‘g™ura 12.1), cujo corpo, na medula, localiza-se na coluna anterior, saindo o axénio pela raiz anterior e terminando em placas motoras nos miisculos estriados esqueléticos. Hino sistema nervoso auiGnomo, hé dois neurSnios unin- do o sistema nervoso central a0 érgio efetuador. Um deles temo corpo dentro do sistema nervoso central (medula ou tronco eneefilico), 0 outro tem seu corpo localizado no sistema nervoso periférico (Figura 12.1). Corpos de neu- ronios situados fora do sistema nervoso central tendem a se agrupar, formando dilatagdes denominadas ganglia. Assim, 0s neurGnios do sistema nervoso auténomo, cujos corpos esti situados fora do sistema nervoso central, se localizam em giinglios e so denominados neurénios pos- Fibro pésganglionar Neurénio pé-gonglionar \, \. \, FIGURA 12. eferente ov avténomo (lado direit) -ganglionares (melhor seri, talvez, a denominagio neu- ronios ganglionares); aqueles que tém seus corpos dentro do sistema nervoso eentral so denominados newrdnios pré-ganglionares (Figura 12.1). Convém lembrar ain- da que, no sistema nervoso somatico eferente, as fibras terminam em placas motoras situadas nos misculos es- triados esqueléticos. No sistema nervoso aut6nomo, elas terminam em miisculos lisos, estriado cardiaco e glindu- la, e so terminages nervosas livres. 4.0 ORGANIZACAO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO. Neurdnios pré e pos-ganglionares sio os elemen- tos fundamentais da organizagao da parte periférica do sistema nervoso autonomo, Os corpos dos neurdnios pré-ganglionares localizam-se na medula ¢ no tronco encefilico, No tronco encefilico, eles se agrupam for- mando os micleos de origem de alguns nervos crania- nos, como 0 nervo vago. Na medula, eles ocorrem do 12 ao 12° segmentos tordcicos (TI até T12), nos dois primeiros segmentos lombares (L e L2)e nos segmen- tos S2, S3 ¢ S4 da medula sacral. ‘Na porgdo toracolombar (TI até L2) da medula, os neurénios pré-ganglionares se agrupam, forman- do uma coluna muito evidente denominada coluna lateral, situada entre as colunas anterior e posterior = CAPITULO 12 Diferencas anotémicas ene o sisiema nervoso sométicoeferene (lado esquerdo)e osislema nervoso visceral da substincia cinzenta, O axdnio do neurdnio pré- -ganglionar, envolvido pela bainha de mielina e pela bainha de neurilema, constitui a chamada fibra pré- -ganglionar, assim denominada por estar situada antes de um ginglio, onde termina fazendo sinapse com 0 neurénio pos-ganglionar. 0s corpos dos neurénios pés-ganglionares esto si- tuados nos giinglios do sistema nervoso auténomo, onde so envolvidos por um tipo especial de células neuro- gliais denominadas anficitos. Sao neurénios multipo- lares, no que se diferenciam dos neurdnios sensitivos, também localizados em ganglios, e que sio pseudou- nipolares. O axénio do neurénio pés-ganglionar en- volvido apenas pela bainha de neurilema constitui a Jfibra pés-ganglionar. Portanto, a fibra pés-ganglionar se diferencia histologicamente da pré-ganglionar por ser amielinica com neurilema (fibra de Remak). As libras 1p6s-ganglionares terminam nas visceras em contato com glindulas, misculos liso ou cardiaco. Nos ganglios do sistema nervoso autonomo, a proporgdo entre fibras pré pos-ganglionares varia muito, ¢ no sistema simpitico, usualmente uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com, ‘grande niimero de neurénios pés-ganglionares.' No ginglio simpstico cervical superior do homem relagdo entre fibras pré-ganglionares e pés-ganglionares variou en- ‘re | para 63 e para 196, SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: ASPECTOS GERAIS 125. Convém lembrar que existem dreas no telencéfalo no diencéfalo que regulam as fungdes viscerais, sendo a mais importante o hipotélamo. Estas reas esto rela- cionadas também com certos tipos de comportamento, especialmente com 0 comportamento emocional. Im- pulsos nervosos nelas originados sio levados por fibras que terminam fazendo sinapse com os neurd- -ganglionares do tronco encefilico e da medula (Figura 12.1), Por esse mecanismo, o sistema nervoso central influencia o funcionamento das visceras. A exis- téncia destas conexdes entre as dreas cerebrais relacio- nadas com o comportamento emocional e os neurdnios pré-ganglionares do sistema nervoso auténomo ajuda a entender as alteragdes do funcionamento visceral, que frequentemente acompanham os graves distirbios emocionais. Estas areas e suas conexdes serao estuda- das no Capitulo 29. 5.0 DIFERENCAS ENTRE SISTEMA NERVOSO SIMPATICO E PARASSIMPATICO Tradicionalmente, divide-se o sistema nervoso au- tOnomo em simpitico e parassimpitico, de acordo com critérios anat6micos, farmacol6gicos e fisiolégicos. Fibra pré-genglioner —- Fibra pée-ganglionar — 5.1. DIFERENCAS ANATOMICAS a) posigdo dos neurénios pré-ganglionares ~ n0 sistema nervoso simpitico, os neurdnios pré- -ganglionares localizam-se na medula tordci- ca ¢ lombar (entre Tl e L2). Diz-se, pois, que © sistema nervoso simpético ¢ toracolombar (Figura 12.2). No sistema nervoso parassim- patico, eles se localizam no tronco encefiilico (portanto, dentro do crinio) e na medula sa~ cral (S2, $3, $4), Diz-se que o sistema ner- ‘yoso parassimpatico & craniossacral (Figura 122), b) posicdo dos neurénios pés-ganglionares ~ no sistema nervoso simpitico, os neurdnios pos- -ganglionares, ou seja, os ginglios, localizam- -se longe das visceras e proximos da coluna vertebral (Figura 12.2). Formam os giinglios paravertebrais e pré-vertebrais, que serdo estudados no préximo capitulo, No sistema nervoso parassimpatico, 0s neurdnios pos- -ganglionares localizam-se préximos ou den- tro das visceras; ©) tamanho das fibras pré e pés-ganglionares — em consequéncia da posi¢lo dos ginglios, 0 Porassimpético craniano Neurénios pré-ganglionores Ferossimpéticosocrel FIGURA 12.2. Dilerencas enire os sislemas simpético © parassimpético. Fibras adrenérgicas em vermelho e colinérgicas em verde, 126 NEUROANATOMIA FUNCIONAL tamanho das fibras pré © pés-ganglionares é tida do sagui (Callthrix). Notom-se abundantes terminacées, nervosas colinérgicas em torno das unidades secretoras (m6 todo de Karnovsky e Roots para aceticolinesterase}. do boi sdo levados ao cérebro, resultando uma forma de emogao, 0 medo. Do cérebro, mais especialmente do hipotélamo, partem impulsos nervosos que descem pelo tronco encefélico € medula, ativando os neur}~ nios pré-ganglionares simpéticos da coluna lateral, de onde os impulsos nervosos ganham os diversos 6r- giios, iniciando a reagao de alarme. Esta visa preparar 0 organismo para o esforgo fisico que seré necessirio para resolver a situag3o, 0 que, no exemplo, significa fugir ou brigar com o boi. Ha maior transformagao de glicogénio em glicose, que é langada no sangue, aumentando as possibilidades de consumo de energia pelo or |, também, aumento no suprimento sanguineo nos miisculos estriados esqueléticos, ne~ cessirio para levar a estes misculos mais glicose © oxigénio, bem como para mais ficil remogao do CO, FIGURA 12.5 Inervacdo simpética da gléndule sublingual cdo macaco (Cebus}. Notamse abundantes terminacdes adre- nérgicas em torno dos unidades secretoras [microscopic de fluorescéncia, método de Falek). Este aumento das condigSes hemodinémicas nos muis- culos se faz por: 2) aumento do ritmo cardi acompanhado de aumento na circulago coronéria; b)_ vasoconstrigo nos vasos mesentéricos ¢ cutd- neos (0 individuo fica palido), de modo a “mo- bilizar” maior quantidade de sangue para os miisculos estriados. Ocorre, ainda, aumento da pressio arterial, © que pode causara morte, por exemplo, por ruptura de vasos cerebrais (diz-se que morreu de susto). Os brnquios dilatam-s melhorando as condigdes respiratérias ne- cessirias a melhor oxigenagio do sangue e remogao do CO, SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: ASPECTOS GERAIS 129 No globo ocular, observa-se dilatagio das pupilas, ‘No tubo digestivo, ha diminuigao do peristaltismo e fe- chamento dos esfincteres.? Na pele, hd ainda aumento da sudorese e etegdo dos pelos. estudo da situagao deserita acima ajuda a memo- rizar as agdes do sistema simpético e, por oposic%o, as do parassimpatico em quase todos os érgiios. Pode-se Jembrar ainda que, nos Grados genitais, 0 simpitico ¢ responsdivel pelo fenémeno da ejaculagdo, e 0 parassim- pitico, pela eregao. Verifica-se, assim, que as agdes dos dois sistemas so complexas, podendo 0 mesmo siste- ma ter agdes diferentes nos varios érgos. Por exemplo, © sistema simpitico, que ativa 0 movimento cardiaca, inibe 0 movimento do tubo digestivo. Na Tabela 12.2 es- to sintetizadas as ages dos sistemas simptico e paras- simpético sobre os principais érgios. Sabendo-se que as fibras pés-ganglionares do parassimpstico so colinérg cas e as do simpético, com raras excegdes, stio adrenér- ‘gicas,o estudo da Tabela 12.2 dé uma ideia das ages da acetilcolina ¢ da noradrenalina nos varios érezos. Gléndulas salivares abundante Gléndulos sudoriporas ‘Miscuos eretores dos pelos eresio dos pelos dllatocto de pupil midriase) vyasoconsrigéo; povco efeilo sobre a socrecdo ‘yasoconshriedo; secrerdo viscosa e pouco secrecdo copiosa fibras colinérgicas) 4 pupils (miose) secreedo abundant é ‘vasodilatagtio; secreedo fluide © ‘abundanto inervagGo ausente inervago ausente Coragdo ‘aceleragde do rio cardiaco (taquicordia}; __diminuigGo do ritmo cardiaco diitaedo das corenérias [pradicerdia}» consirieso das Brénquios diatacéo constigéo Tube digestivo

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