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C9C
P R U L 0 C E S n R L I M fl
Todos os direitos reservados. Copyright © 1998 para a língua portuguesa da
Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, Edição de 1995,
da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.
pessimismo
Um outroparanóico.
lado da questão é a srcem do dinheiro, ou seja,
se ele é santo ou profano. Em resposta a isto, alguns cristãos
menos avisados compreendem — erradamente, é d arol — que
dinhe iro é tema se cula r e não deve ser men cionad o em reuniões
públicas. Há uma quantidade considerável de cristãos que
pensam assim e, em razão disso, estão sempre fechados para o
assunto, pois, com certeza, nunca experimentaram a
prosperidade de Deus.
Do ponto de vista bíblico, dinheiro é um assunto
absolutamente espiritual, sendo o seu uso, distribuição e
consecução exaustivamente ensinados no Antigo e no Novo
Testamento. Logo, não estamos lidando com assunto secular,
mas com algo sagrado por eminência.
Por essas e outras raz ões de absoluta pertin ência , este estudo
tem vários propósitos, entre os quais destacamos:
Apresentação 9
• ensinar
•falar dossobre o destino
insucessos quedas contribuições
podem nas igrejas
atingir aqueles quelocais;
se
deixam influen ciar pelo espí rito de ste século e ou sam co loca r
Deus em segundo lugar em suas vidas;
• ensina r sobre os prin cíp ios que devem ser observados para
uma restauração espiritual, a fim de que o "devorador" não
nos destrua.
O Aut or
PREFÁCIO
Até ondedas
conhecedor conheço o pastor
Escrituras Paulonotável
e estudioso Cesar da
Lima, exímio
hermenêutica
bíb lica , não seria ne m mesmo nec essário ler seus src inais par a
saber que este trabalho é uma obra séria, imprescindível para
o povo de Deus, além de ser um tema do qual precisamos nos
inteirar e nos aprofundar com urgência. Mas, conquanto
conheça o lado prolífero do escritor, li a sua obra e fui
descortinando lugares bíblicos até então por mim
desconhecidos em relação ao dízimo e às ofertas. Confesso,
desde já, que este livro é uma verdadeira viagem com cenas
novas e desafiadoras pelo caminho misterioso do saber e da
espiritualidade.
O assunto do dízimo, tratado pelo autor, não tem a função
de ser um amontoado de concepções subjetivas, nem pretende
ser um com pên dio teológico com vistas a teoriza r o assunto. A
teologia que o autor emprega nesta obra é de cunho
12 D izim ista , Eu?!
ORIGEM
E DEFINIÇÃO
Mu ita ge nt e co ntr ibu i com tr is te za p o r e st a r d an do o
que pensa que nã o deveria da r ou com medo de não
estar dando o que deveria ou ainda com mesquinhez,
vendo o dízimo como o limite máximo de sua
responsabilidade cri stã.
Paulo Cesar Lima
ORIGEM
Como ponto de partida par a co mp reen derm os o assunto em
questão, é preciso asseverar, a fim de que não paire nenhuma
dúvida sobre o leitor, que a prática de entregar o dízimo e as
ofertas não se deve ao fato de a igreja ter induzido pessoas a
esse tipo de atitude, v isan do sustentar os seus dirigentes, embo ra
a Bíb lia seja bas tante enfática e cla ra sobre esse assunto: "D ign o
é oNa
obreiro do seua salário".1
realidade, adoração a Deus, em todas as épocas da
história hum ana, sempre envo lveu o oferecimento de alguma
dádiva em reconhecimento à soberania divina (Gn 4.1-10).
Portanto, entrega r o dízim o é resultado d a depen dên cia hum ana
e da misericórdia de Deus em todas as suas necessidades
básicas, bem com o do exe rcíc io co ntínuo de autodespoj amento
e auto-empobrecimento, tendo como referencial maior o
14 Diz im ista , Eu?!
próprio Cristo que, "sendo rico, por amor de vós se fez pobre,
para que, pela sua pobreza, en riqu ec êss eis".2 Dizim ar deve s er
uma atitude coerente na vida de uma sociedade que se diz
cristã
a Deus;e que
nadasedeassum
fato eé com o tal.
nosso. Prim eiro,
Segundo, peloporque tudo pertence
alto privilégio de
sermos plantados por Deus como administradores dos bens
divinos no mundo. Essa deve ser a compreensão daqueles que
declaram crer em Deus.
A verdade, no entanto, é que a prática do dízimo só é
entendida quando o homem, criatura de Deus, compreende
que não é produto do acaso ou de subseqüentes evoluções.
No momento em que chega à conclusão de que todo este
imenso Universo não surgiu do nada, como declaram alguns,
e deixa de interpretar os fenômenos como produtos da
casualidade, ele percebe que é impossível viver uma vida
divorciada de Deus e conclui que o Criador atua nos mínimos
detalhes do cotidiano. Então, a partir desta consciência,
compreende-se por que determinadas pessoas são tão fiéis e
constantes em entregar os s eus dízim os e as suas ofer tas a De us.
Em outras palavras, cada um de nós deveria ver a contribuição
cristã como um privilégio propiciado pelo Criador e Doador
de todas as coisas.
DEFINIÇÃO
O d ízim o é a "dé cim a part e" de alguma co isa. Por exem plo,
se falam os no dízim o do tempo, estamos no s referindo à déc ima
parte do tempo disp on íve l. Logo, se divid irm os o dia (24 horas )
por dezque
tempo, achsão
arem os horas
duas a dé cim a parte,
e 24 istoSerá
minutos. é, oque
dízim o do nosso
dedicamos
este tempo para Deus todos os dias?
Aproveitando o ensejo e desejando expandir o assunto,
gostaria de explicar a prática do dízimo e das ofertas, bem
como salientar, em primeiro lugar, o que ela jamais deve vir a
se tornar e, em seg undo lugar, o sentido correto da con trib uiç ão
cristã. Observemos, então, que a contribuição:
Origem e De finição 15
segundo
os usos e alguns
costumedos mais
s do renomados
povo teólogos,
hebreu que, após determinou
passar muito
tempo sob influências diversas de povos pagãos, começa
a viver comodamente debaixo d a co nv icç ão de que era
um povo escolhido e protegido pelo Eterno, o qual provia
tudo para ele. De modo que as ofertas e os dízimos
começaram a integrar a adoração deste povo que, em
home nagem ao seu Cria dor, passou a prestar- lhe tributo
sistematicamente.
A oferta era uma homenagem do homem a Deus por dádivas
recebidas como: a fertilidade da terra, a colheita abundante, a
preservação da vida etc. Destarte, os dízimos e as ofertas eram
uma forma de adoração, de agradecimento, enfim, de
submissão a Deus. "Confia no Senhor de todo o teu coração e
não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em
todos os teus caminhos".1
2. Fase politeísta. Conforme relato bíblico, a prática do
dízimo e das ofertas remontam ao homem Adão, sendo
depois repassada a todos os povos, embora com formas e
cara cterísticas po liteístas: s ac rifício para ap laca r a ira dos
deuses. A degeneração do culto a um só Deus fez com
que todas as atitudes religiosas se convertessem em uma
terrível idolatria. Por exemplo, com o advento do
politeísmo, ou seja, a adoração a vários deuses,
encontramos as práticas mais irracionais e abjetas por
parte de povos pagãos que, com o objetivo de aplacar a
ira dos seus deuses cruéis, ofereciam-lhes até sacrifícios
humanos co mo dádivas. Ao passo que, enqua nto nas mã os
de Deus, o homem homenageava o Cria do r com o me lhor
de sua colheita ou de seu rebanho, motivado não pelo
medo, pelo pavor, mas por um forte impulso de querer
A Árvo re Proibida 21
homem
justiça; se desumanizou às
entregando-se e foi perdendo
formas maisa noção da moral
irracionais e da A
de culto.
sen saç ão que se tem é de que o hom em, ao afastar-se de D eus ,
com eço u a vê-lo d e forma distorc ida. Desd e então, não obstante
a revolta do homem, Deus vem lhe mostrando, por evidências
incontestáveis, ser impossível viver divorciado de sua presença.
O homem que tenta interpret ar os grande s episódios da vid a
com o sendo meras casua l idades d eve ria, até por questão de
coerência, chegar à conclusão de Shakespeare e Victor Hugo:
Deus é o invisível evidente.
A ÁRVORE PROIBIDA
Qu ando Deus cr iou o homem, colocou-o n o jardim. Quanto
tempo vo cê supõe que Adã o ficou nesse lugar para disíac o onde
não existiam espinhos nem ervas daninhas?
Acreditamos que bem pouco. Enquanto Adão permaneceu
em harmonia com as leis de Deus, até a terra cooperou com
ele para suprir-lhe as necessidades. Deus colocou uma árvore
22 Dizim ista, Eu?!
Entregar
terra a Deus foi,
e das primícias umadeparte
acordodocom
fruto obtido4, do
Gênesis cultivo da
reconhecido
como dever do homem desde os primórdios. No entanto, o
aco ntec ido com Ca im , que teve a sua oferta preterida por Deus,
sempre me preocupou. Mas, qual foi fundamentalmente o
problema deste homem para que Deus rejeitasse a sua oferta?
Sobre essa questão, já ouvi e li as mais diferentes explicações,
porém nenhuma delas deixou-me pl enamente co nven cido . Vale
ressaltar que
coerência peloquatro dessas
fato de exegeses
exibirem, detentoras
segundo de maior
sua plataforma
herm enêu tica, o m aior número de detalhes e de possibilidades,
reclamam nossa atenção e estudo.
A primeira delas admite que a razão por que Deus rejeitou a
oferta de Ca im foi resultante do fato de ela não ter sido cruenta,
isto é, uma oferta de sangue. Ora, Deus jamais rejeitaria Caim
só porque ele era lavrado r, e não pas tor. Alé m disso, a oferta de
A Árvore Proibida 23
teve nenhum
e conduta sentidoque
daquele espiritual, se afastada
a oferece. da boa
E, segundo, motivação
porque esta
interpretação traz em si uma tendência muito perigosa: a idéia
de que Deus está mais preocupado com a oferta do que com o
oferente. Isto cheira a indulgência medieval. Ora, reflitamos:
Deus não se interessa tanto com o que lhe damos quanto com
como lhe damos.
Não me entenda mal, eu não disse que Deus não se
interessa
divino por aquilo
divorciar que lhe
a pessoa dadamos,
dádiva.mas
Deusque não éfará
jamais do feitio
esta
separação.
A terceira interpretação acentua a rejeição à oferta de
Caim pela sua procrastinação em trazê-la a Deus.
A quarta opin ião sobre esse assunto é dada pela linha liberal.
Segundo os intérpretes da teologia liberal, o episódio entre Caim
e Abel retrata o conflito entre o reino do Sul e o do Norte.
Caim, representando o Norte — os camponeses e agricultores
— e Abel, o Sul — os citadinos. O conflito estabelecido,
conforme opinião liberal, consistia no seguinte: os "sulistas"
achavam que o povo só podia adorar no Templo em Jerusalém
e que Deus só aceitava ofertas cruentas trazidas àquele
santuário. Isto significa dizer que as ofertas dos "nortistas" —
reino do Norte — jamais seriam aceitas por Deus. Fato
semelhante ao episódio de Caim e Abel, que mostra Deus —
24 Diz im ista, Eu?!
E, se nãoe fizeres
desejo, sobre bem,
ele doo minará
pecados".2
jaz àIsto
porta,
quere para
dize rtique,
será quando
o seu
se tem um coração endurecido pela amargura e inveja ou pelo
orgulho, quando muito, engana-se os homens, mas a Deus
jamais.
Desta exposição, concluímos que Deus rejeitou a oferta de
Caim em razão de ele ter cedido às tentações do pecado e por
estar planejando a morte de seu irmão Abel.
Não podemos olvidar que Deus primeiramente aceita a
pessoa para depois aceitar o que ela tem para lhe oferecer.
Logo, do ponto de vista divino, não se pode dissociar uma boa
oferta de uma motivação pura.
(Gn 28.18-22).
O PERIGO DE NÃO CUMPRIR UM VOTO
Fazer votos a divind ade s era costum e dos pov os antigos. Por
isso, encontramos Jacó fazendo um voto ao Senhor nos
seguintes termos:
traiçoeiro (2 Sm 15,7ss)
Novo Testamento, o votooudos
imoral (Pv 7.14).
religiosos Assim —
hipócritas sendo, no
o corbã
— é condenado por Jesus (Mc 7.11).
Biblica mente , aque le que faz um voto a Deu s deve se esmerar
nos preceitos já estabelecidos pelo Senhor, a fim de cumpri-lo
nos seus mínimos detalhes.
ANÁTEMA DE GUERRA
Anátema, palavra que até o dia de hoje tem sido
interpretada como sendo unicamente sinônimo de
"maldição", "maldito", também conotava, no Antigo
Testamento, um tipo de voto, pois, ao se ganhar uma guerra,
geralmente todos os despojos da nação conquistada
tornavam-se em anátema de guerra ao Senhor, ou seja, um
voto de consagração. Assim, quando alguma coisa era
consagrada em anátema
quem, porventura, a Deus,
tocasse não haviadivino,
no anátema como resgatar
seria e
considerado maldito, abominável diante de Deus. Logo,
compreendemos porque Deus condenou sumariamente Acã
e sua família (Js 7).
Jericó, uma das cidades mais imponentes e presunçosas do
Antigo Testamento, havia sido consagrada como anátema de
guerra a Deu s (Js 6.1 7-19 ). Ac ã, irresponsavelmente, ousou tocar
A Árvore Proibida 27
TESTEMUNHO DA NATUREZA
Quando Deus criou o Universo estabeleceu leis fixas que o
governassem, a fim de que as forças da natureza não se
tornassem destrutivas. Instituiu também leis que provessem as
necessidades de todas as criaturas por Ele criadas, de modo
que de nada carecessem. A obediência a essas leis constituem
recompensa; porém, quando desobedecidas, o resultado é o
sofrimento e o caos.
Toda a natureza reconhece Deus como Senhor de todas as
coisas. Ele manda a chuva e o solo em retribuição, produz fruto e
semente. Também provê o sustento dos pássaros, e eles cantam
louvoresoem
apenas agradecimento.
homem, No vastoo Universo
criatura ingrata, hostüiza que
e seDeus criou,
recusa a
reconhec ê-lo co mo Deus C riad or e sustentador de todas as coisas .
ATITUDES CORRETAS DE UM
DIZIMISTA E OFERENTE
As atitudes que serão apresentadas a seguir objetivam
demonstrar quão sublime e maravilhoso deve ser o ato de um
cristão contribuir na obra de Deus, através dos dízimos e das
ofertas. Analisemos, então, cada ponto:
1. Agradecim ento (D t 16.1 7). A prá tica de diz im ar e ofertar,
como já dissemos algures, é bem antiga e sempre partiu
de um sentimento espontâneo de gratidão a Deus pelas
suas misericórdias. Os judeus tinham a consciência de
sempre serem gratos a Deus por tudo, pois para eles uma
coisa dependia da outra.
2. Reconhecimento (Dt 8.10-19). Desde os primórdios
da História, Deus exigiu do homem o reconhecimento
A Árvore Proibida 29
'Provérbios 3.5,6.
2Gêne sis 4.7 .
3Gênesis 2 8.20 ,21 .
4Marcos 12.1 7.
5ldem.
3
DINHEIRO:
SAGRADO OU
PROFANO?
D iz -s e qu e o din hei ro não é a m ed id a de um
indivíduo, mas, muitas vezes, o dinheiro serve para
demonstrar a pequenez de noss a esta tura.
An ôn im o
dinheiro e aaosua
restringida espiritualidade,
lado pois mas
íntimo-pessoal, esta deve
últimaabranger
não podeo soc
ser ial,
o coletivo, enfim, todas as esferas.
Se o dinheiro continuar sendo profano para nós, estaremos
fadados a nunca experimentar de verdade os milagres de Deus
na área financeira.
Repeti das vezes dizem os que é "dando que se receb e", mas
infelizmente ficamos apenas no âmbito do discurso; não
fazemos disso uma
isso se tornasse algoprática cristãnos
concreto, constante, pois bem
tornaríamos se porventura
melhores
e muito mais abundantes finance iram ente , uma vez que o texto
supracitado não se refere apenas a dinheiro, mas a todos os
demais valores da vida cristã.
O povo eva ngélico , mormente os históricos e os pentecostais-
históricos, está desestimulado a contribuir, pois entende a
contribuição erradamente. Contudo, a teologia financeira nos
D inhe iro: Sagrado ou Profano? 33
EXTREMOS
De tudo o que já foi com entad o, não poderia d eixa r de citar
as tend ência s atuais do compo rtamento cristão no que con cerne
ao dinheiro. Isto porque estranhas atitudes relacionadas a con
tribuições vêm sendo tomadas por grande parte dos cristãos.
Dinh eiro : Sagrado ou Profano? 35
Prim eiram ente, há o grupo que tem até medo de falar sobre
dinheiro em público, pelo fato de se sentirem expostos e de
estarem ferindo princípios aos quais, segundo sua convicção,
devem se submeter.
Alguém já disse que o bolso é a úl tima co isa que uma pessoa
entrega ao Senhor. Esse pensamento tem sido extremamente
danoso em todos os aspectos para o povo de Deus, porque
priva-o de todo e qualquer envolvimento com Deus numa
importante área de sua vida: a financeira.
Indiscriminadamente, há líderes que incentivam os seus li
derados a oferecer a Deus tão-somente a sua alma, o espírito e
até
con oseqü
corpo, mantendo
ências o Senhor
dess e ensino são afastado de suas
verdadeiram entefinanças.
trágicas. As
Certo
escritor diz que o cristão desestimulado a exercitar a fé no to
cante a dinh eiro fica limitado aos seus próprios recursos. Co mo
qualquer um, ele luta para ganhar o pão de cada dia e cumprir
suas responsabil idades par a com a fam ília, c onsu mindo a maior
parte de seu tempo com a preo cupa ção de acu mula r o suf icie n
te para garantir a sobrevivência, e mais um pouco para torná-la
suportável e feliz.
diz que Deus Não há
"abençoa nada de
as obras de mais nisso.
nossas Porém,
mãos". a Bíblia
E aqui resi
de toda a diferença, pois o cristão que coloca Deus do lado de
fora de suas finanças não tem como competir com o mercado
injusto e desonesto em que vivemos. Por outro lado, o cristão,
mesmo não podendo agi r com o os que cometem inju stiç a, tem
como progredir, desde que busque o auxílio de Deus, fazen
do-o Senhor de suas finanças. Que se diga, entretanto, que
faze
var or seu
D eusnome
Senhor
emde n ossas
placas finan çanem
luminosas, s nãotampouco
significa agrafitá-lo
penas gr a
em painéis, pois tais atos pressupõem ação permanente de jus
tiça, misericórdia e caridade.
Mas, se porventura, o cristão decidir sobreviver financeira
mente em meio a esta selva comercial onde impera a lei do
mais es perto, elim ina nd o o Eterno dessa pa rte vital de sua ex is
tência, terá perdas irreparáveis. Então, qual a melhor opção
36 D izim ista , Eu?!
tãos
menteterminam "dançando
que centenas conforme
de cristãos, de asegunda
música".a Ésábado,
aqui exata
assu
mem outra identidade e tentam separar as suas responsabilida
des cristãs das seculares. Alguns chegam ao absurdo de dizer
que "trabalho é trabalho, e igreja é igreja"!
Os que advogam a infeliz idéia de que não podemos envol
ver Deus em nossas finanças demonstram a falta de entendi
mento bíb lico sobre a teologi a finan ce ira e, sobretudo, d eixam
de receber
teriais, pois anão
bênção da multiplicação
dão espaço a Deus. sobre os seus bens ma
Se de um lado temos esse grupo que quase chega a proibir
que se fale em dinheiro por se tratar, segundo eles, de assunto
comum, temos uma segunda tendência comportamental que
vê na prosperidade material a evidência insofismável de
espiritualidade. Esse grupo, que cresce de forma espantosa
atualmente, vê em cada versículo bíblico uma promessa de
prosperidade.
do Eles apregoam
"toma-lá-dá-cá", o triunfalism
isto é, quanto o edá
mais você ensinam
a Deus,a teologia
mais
você tem. Embo ra seja isto uma verd ade , em tes e, não se pode
restringi-la apenas ao âmbito material, pois isso limitaria a
bênção de Deus.
Ora, convenhamos, nem sempre a maior dádiva advinda
das nossas contribu içõe s é uma de voluçã o material, pois a nossa
contribuição não visa comprar os "carismas" de Deus, visto
que já oslherecebemos
estamos pela
oferecendo sua misericórdia,
alguma e não
vantagem. Essa porque
segunda
tendê ncia tem-s e fundamentado na interpr etação errada de que
todas as nossas orações e pedidos são respondidos por Deus.
Evidentemente, essa declaração está baseada numa idéia
absolutamente falsa, embora muito fácil de ser aceita como
verdade. Primeiro, porque Deus não tem obrigação nenhuma
de nos responder e, se o faz, é inteiramente pela sua bondade.
Din heiro : Sagrad o ou Profano? 37
ENTENDIMENTO CORRETO
'Crônicas 29.13,14.
2McACLISTER, Roberto. Dinheiro, Assu nto Altamente Espiritual. Rio de janeiro:
Carisma, 1984.
’Idem.
A PROVIDENCIA
DIVINA
É c a ra c te rí st ic o de to da s a s cr ia tu ra s nã o po de re m
continuar sua exist ência p o r meio de seu próprio
p o d e r inerente. A cr ia tu ra tem a ba se de seu s e r e de
sua continuação na vontade de seu Criador.
Louis Berkhof
TEOLOGIA DA PROVIDÊNCIA
O ensino bíblico sobre a providência divina está
intrinsecamente associado à doutrina da criação. Portanto, não
se pode estudar uma sem entender a outra; isso porque o
conceito bíblico da relação de Deus com o mundo se define
com toda clareza quando estudamos a providência divina.
Embora o termo "providência" não se encontre nas
Esc rit ura s, o ensino da p ro vidê n cia é, sem d úv ida ,
eminentemente bíblico. Este termo deriva-se do latim
provid entia que corresponde ao grego pronoia , palavras que
significam principalmente p re sciê n cia ou p re visã o , mas
gradualmente foram adquirindo outros significados.
Presciência se associa, por uma parte, aos planos para o
futuro e, por outra, à realização atual desses planos. Desse
modo, a palavra "providência" veio a significar a provisão
de D eus par a os f ins do seu gove rno e pre serv aç ão de todas
as suas criaturas. Este é o sentido mais aceito hoje pela
teologia, posto que saibamos que esse não é o seu único
42 D izim ista, Eu?!
O comportamento
deve do oreicantor
ser copiado. Disse Davi diante da soberania
de Israel, após umde Deus
período
profundo de reflexão: "Que darei ao Senhor por todos os
benefícios que me tem feito? lomarei o cálice da salvação e
invocarei o nome do Senhor".5
Em suma, esta é a verdade: não temos nada para oferecer a
Deus, nem mesmo algum mérito diante dEle. Tudo que
pensamos ter, ainda é muito pouco para chamar a atenção do
Eterno.
no seu Por
livroisso,
Uma concordamos com o Desejam
Graça que Poucos que assevera: Caio Fábio,
'Levítico 27.30,32.
2Atos 17.28.
3BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 3.ed. Michigan: B. Eerdmanf,1983
4ldem.
sSalmos 116.12,13.
6FÁBIO, Caio. Uma Graça que Poucos Desejam. Rio de Janeiro: Vinde, 1989.
A INSTITUIÇÃO
DO DÍZIMO
A p r á ti c a do d íz im o e d as of er ta s é o constante
exercí cio de f é de alguém que dec ide a brir mão do
direito de propriedade de todos os seus bens
terrenos, passando a considerá-los um empréstimo
temporário de Deus.
Paulo Cesar Lima
da Antes do advento
espontaneidade da Lei, onadízimo
e baseado era um
gratidão; ato aproveniente
com Lei, o dízim o
passou a ser uma obriga ção moral ina diá vel, um tipo de tributo
permanente ou um imposto pago para a conservação e
manutenção do governo sacerdotal instituído por Deus.
Contudo, faz-se mister salientar que o "espírito" que envolvia
o ato de dizim ar antes da Lei não "mo rreu" co m a prom ulgaçã o
da Lei, pois qualquer judeu nessa época estava consciente da
participação
sucessos. determinante
Além de Deus
disso, ele devia em seus progressos
ser agradecido pelo restoede
sua vida, em razão da libertação que Deus operou no Egito a
seu favor. Isso tudo servia de e leme nto motivador no pagamento
do dízimo. Porém, o que não se pode esquecer é que o amor,
o com pro miss o com D eus e a moral vêm sempre antes da Lei.
Entregar dádiva s, ofertas e oferendas a D eus sem pre refletiu
o impulso espontâneo de um coração agradecido. Mas, com o
passar do tempo e, sobretudo, com a própria degeneração morai
46 D izim ista, Eu?!
precipitou
criatura a rupturaDestarte,
(homem). da comunhão entre o Criador
Deus precisou escolher(Deus)
dentree sua
os
povos apenas um, através do qual pudesse resgatar valores
esquecidos, tais como: gratidão, generosidade, abundância,
obediência, lealdade etc., que são elementos imprescindíveis
para que o homem não se desumanize ou se descaracterize
como imagem e semelhança de Deus.
ALEI
Com o advento da Lei, na época de Moisés, o dízimo passou a
ser um comprom isso mor al inadiável para todo o povo de Israel.
A lei acerca dos dízimos e das ofertas foi promulgada para
atender, pelo menos, quatro áreas específicas na vida do povo
judeu e, por conseguinte, na vida do povo de Deus de modo
geral. Então, observemos:
Primeiro, Deus desejava expressar seus direitos e senhorio
A Instituição do Dízimo 47
os celeirosseudopropósito
Terceiro, servo fiel era
se tornarão pequenos
a manutenção para sacerdotal
da tribo contê-las.
de Levi, que não possuía herança material. Hoje são os pastor es,
os ministros e os que vivem em tempo integral da herança de
Deus. Q uar to, o seu plan o era manter o homem sem pre afastado
do materialismo, da avareza, do egoísmo e da ganância, os
piores ídolos da sociedade moderna.
Portanto, faz-se mister salientar que a lei quanto ao dízimo,
antes de ser uma interrupção
à voluntariedade, é uma forçaà espontaneidade,
motivadora paraà os liberdade
que nãoe
estão despercebidos, nem desinteressados, nem insensíveis à
obra de Deus. Mas para os que escolhem viver uma vida
distante do Senhor é uma condicional de vida ou morte:
prosperidade ou escassez. Vale ressaltar que, não obstante a
promulgação legal sobre os dízimos e as ofertas, a
"obrigatoriedade" da lei não "matou" o espír ito ag radecido e
A OBJETIVIDADE DA CONTRIBUIÇÃO
1. O dízimo instituído como obrigação legal ( Lv 2 7.30-34).
O dízimo passou a ser um elemento santo ao Senhor.
48 Diz im ista , Eu?!
quando o povo
dízimos eram ainda seaos
entregues encontrava eme sua
sacerdotes faseque,
levitas nômade, os
por não
terem recebid o herança m aterial, provavelme nte tinh am gran de
necessidade deles (Lv 27.30-34).
O SEGUNDO DÍZIMO
Segunda legislação. No capítulo 14 de Deuteronômio,
quando
preparavao povo de Israel
para entrar na — agora uma
Palestina e darnova
iníciogeração
a uma — se
vida
estabelecida, é-lhe ordenado um uso mais lato dos dízimos
(Dt 1 4.22 -29 ). Esse dízim o é cham ado tamb ém de "segundo"
ou "sagrado" dízimo.
Era na época da Páscoa que os israelitas estavam obrigados
a satisfazer o que chamavam "segundo dízimo". Em outras
palavras, uma vez separado o importante da oferta que se
fazia no templo e o "primeiro dízimo", cada hebreu tinha
obrigação de consumir e gastar dentro de Jerusalém — isso
era indeclinável — o citado "segundo dízimo", de acordo
com suas possibilidades econômicas.
Durante a festa da Páscoa, se o judeu vivia longe da Cidade
Santa, podia converter o "segundo dízimo" em dinheiro e gastá-lo
em alimentos e bebidas.
A Inst ituição do Dízim o 49
'Deuteronômio 12.6.
2Números 18.28.
6
AS OFERTAS NA
AN TI GA AL I ANÇA
E n tr eg a r a d éc im a p a r te d e tu do qu e p a s s a p e la s
nossas mãos é m uit o mais que uma obrigaçã o lega l;
é a própria manutenção da imagem soberana
de Deus em nossas mentes e um exercício contínuo
de gratidão. E a gratidã o a Deu s deve nos levar pa ra
além das obrigações padronizadas.
Paulo Cesar Lima
sacrifício
encontrada — no
quando oferecido
capítulo pordeum
primeiro só fiel —
Levítico. Empode ser
Levítico
6, fala-se dele como culto diário a todos. Essa oferta em
sacrifício também significava a dedicação completa a
Deus e tipificava Jesus Cristo ao se oferecer para fazer
seu inteiro agrado (Fp 2.6-8; Hb 9.14).
2. Oferta de manjares — chamada também de sacrifício-
minhah, aquele que era denominado oblação. Consistia
As Ofertas na Antiga Ali an ça 55
ANALISANDO AS OFERTAS
Passaremos agora à análise das ofertas que foram classificadas
acima:
1. Holocausto (holos - "todo", "inteiro"; kaio = "queimar").
Deveria ser oferecido o holocausto em casos bem
específicos, entre os quais destacamos:
As Ofertas na Antiga A lian ça 57
"F porá
para quea sua
sejamão sobre
aceito pora ele,
cabeça doaholocausto
para de gado,
sua expiação" (Lv
1.4). O ato da imposição das mãos expressava completa
identificação. Por esse ato significativo, o oferente e a
oferta tornavam-se um. Essa unidade, no caso do
holocausto, assegurava ao oferente que a sua oferta era
aceita (1 Co 6.1 7; Ef 6.5,20; Cl 2.20; 1 Jo 4.1 7; 5.20).
•Versículo 5.No estudo da doutrina do holocausto
é absolutamente indispensável não esquecer que
o ponto principal não é ir ao encontro da
necessidade do pecador, mas apresentar a Deus
aquilo que lhe é infinitamente agradável.
• Versículo6. "Esfolar", nesse caso, era simplesmente
remover a cobertura exterior, a fim de se patentear
completamente o que havia no interior.
•Versículos 7 e 8.Aqui temos uma figura da Igreja
trazendo o memorial de um sacrifício consumado.
• Versículos 8 a 13. Isso apenas indica o que Cristo
foi essencialmente: puro tanto no íntimo quanto
no exterior.
2. Oferta de manjares (oferta de aroma — Lv 2; 6.14-23).
Dizimista, Eu?!
O SIGNIFICADO DO SANGUE
NA ANTIGA ALIANÇA
A palavra "sangue" é usada de muitas maneiras no Antigo
Testamento. Um rápido exame dos principais textos talvez nos
ajude a compreendê-la.
Os textos são os seguintes:
1. Gênesis 9.1-16.0 contexto é o que segue imediatamente
o dilúvio. Deus abençoa Noé, os seus filhos e através
deles toda a humanidade. Ele concede como alimento
todo animal da terra, mas faz uma proibição: "A carne,
porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não
comereis".2 Uma estreita relação entre a nefesh ("vida")
e o dam ("sangue") se estabelece. Nos dois versículos
seguintes, Deus se apresenta como o dono do sangue,
isto é, da vida humana.
2. Deuteronômio 12.23-25. O contexto é aquele do povo
de Israel espalhado no país de Canaã, bem como da
centralização do culto em um único santuário. Distingue,
pois, entreque
"matança" o sacrifício que se em
pode acontecer realiza no Templo
qualquer e a
lugar; mas
continua a afirmar: "O sangue é a vida, pelo que não
comerás a vida com a carne".3Encontramos outra vez
unidos os dois termos:nefesh e dam.
3. Levítico 17.10-14.Temos o nosso texto precisamente no
início do código da santidade (Lv 1-26). O versículo 11
do capítulo 17 nos interessa mais diretamente: "Porque a
alma da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado
sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma,
porquanto é o sangue que fará expiação pela alma". No
estudo desse versículo, seguimos de modo particular os
resultados dos estudos deLyonnet.
Em Levítico 17.10, repete-se a prescrição de não comer o
sangue (Lv 3.1 7; 7.26). Em Levítico 17.11, é indicado o motivo
60 Dizim ista, Eu?!
também
sangue. se identifica mais a alma — ou seja, a vida — com o
Portanto, o sangue se identifica verdadeiramente com a
própria vida do animal. Na segunda parte do versículo 11,
especifica-se a razão dessa proibição:
... pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer
expiação pela vossa alma.
Existem,
a. o na
queúltima
expiaparte, duas afirmações:
é o sangue;
b. mas o sangue expia porque é a vida.
escravidão,
pecado. representando a libertação da terra do
Discute-se o caráter sacrificial, mas parece emergir do
vocábulo hebraico zebah que depois a Septuaginta traduziu
com sacrifício-thusia.
2. O sacrifício da aliança. O significado do rito de sangue
aqui é mais claro. Ele une as duas partes que ratificam o
pacto como se costumava fazer com as alianças de
amizade. O sangue misturado com o de outra pessoa
produzia como que uma única vida.
a. O sangue une as duas partes contraentes: o povo
que promete fidelidade e o próprio Deus, indicado
pelo altar ou pelo livro da Lei.
b. Cristo, na instituição da Ceia, remete ao sacrifício
da aliança.
c. Também aquelestextos do Novo Testamento em que
se diz que Deus "adquiriu o seu povo com o
sangue". É aquele povo de aquisição de que fala o
Antigo Testamento.
d. As palavras de Hebreus 13.20, onde se diz que Cristo
é "o pastor das ovelhas", constituído no "sangue de
um concerto eterno", segundo a profecia deZacarias
9.11: "Por causa do sangue do teu concerto, tirei os
teus presos da cova".
3. O sacrifício de expiação. No sacrifício de expiação, o rito
essencial realizado pelo sumo sacerdote era a aspersão ou
diretamente sobre o propiciatório "no dia doKippur" ou
só indiretamente para o propiciatório. Não é tão evidente
o nexo entre o significado desse rito e a remissão dos
pecados, segundo a expressão de Hebreus 9.22: "Sem
derramamento de sangue não há remissão". Talvez possa
As Ofertas na Antiga A lian ça 63
no início dode
teológicas capítulo 17 de
notáveis Levítico, umapráticas
conseqüências série de considerações
para Israel, as
quais apresentaremos sinteticamente.
O sangue é reservado somente a Deus, que é o Senhor da
vida contida no sangue. Por isso:
a. o sangue não pode ser tomado como alimento (Lv
17.10-12,14); tal procedimento resultaria numa
apropriação da vida de outro ser que pertence
somente a Deus;
b. toda matança de animal é um ato religioso; um
sacrifício oferecido ao Senhor (Lv 17.3-7); portanto,
o sangue não deve ser derramado de qualquer
modo;
c. o sacrifício só pode ser realizado nas proximidades
do santuário (Lv 17.3,4,8,9);
d. o sangue de um animal morto em caça não pode
ser oferecido em sacrifício, mas deve ser derramado
no solo e coberto com terra (Lv 17.13).
A TRANSFUSÃO DE SA NGUE E
AS TESTEMUNHAS-DE-JEOVÁ
As testemunhas-de-jeová julgam que a Bíblia proíbe as
transfusões de sangue. Vejamos se esta afirmação procede.
64 Dizim ista, Eu?!
'João 1.29.
2Gênesis 9.4.
3Deuteronômio 12.23.
7
O DESTINO DA
CONTRIBUIÇÃO
To
serdaditada
dádivapeque las éaçõe
consagrad
s cau telaosas
ao am
do or não
bom seaceita
ns o,
p o is re co n h ec e qu e s o m en te o m e lh o r qu e tem p a r a
entregar a D eus é bom e agradável .
William Barclay
condição moral
A quarta e espiritual
tendência para lidar com
comportamental essa que
é aquela parte?
socializa
o dinheiro no que diz respeito ao seu destino, na intenção de
dar liberdade para que se faça do dinheiro o que bem quiser,
contanto que seja usado para um fim social.
Por trás de todas essas tendências, há um sentimento de
rejeição permanente a qualquer tipo de liderança,
principalmente a que lidera realmente.
OS TRÊS DESTINATÁRIOS
DAS NOSSAS CONTRIBUIÇÕES
Quanto ao destino das contribuições, Deus nos deixa um
modelo
sem na sua bendita
orientação quanto ae este
santa assunto
Palavra,tão
a fim de não ficarmos
polêmico. Então,
reflitamos detidamente.
O devoto israelita entregava a Deus o seu dízimo e as suas
ofertas de três modos, a saber: para a manutenção permanente
do culto no santuário; para o sustento dos sacerdotes e dos
levitas; para o sustento dos pobres.
Esses três modos eram vistos comooferta ao próprio Deus.
1. A manutenção permanente do culto no santuário
requeria, nos tempos primitivos, um tabernáculo e,
posteriormente, um templo. A edificação desses
santuários se tornou possível pelas ofertas voluntárias
do povo (Êx 36.2-7; 1 Cr 29.1-14).
E, nesses lugares de adoração, a manutenção contínua do
culto necessitava deacessórios que tinhamde ser providos pelas
dádivas a.
doopovo, a saber:
óleo para as candeias (Lv 24.2);
b. o incenso para o altar (Êx 30.36);
c. o pão da proposição para a mesa do santuário
(Lv 24.9);
d. os animais para os sacrifícios diários (Êx 29.39-42).
Essas e outras coisas mais necessárias para o culto sob o An
tigo Pacto apenas podiam ser obtidos pelo emprego de dinheiro
ou pelas dádivas em espécie da parte dos fiéis. O profeta
Malaquias refere-se, provavelmente, a esse "mantimento" na Casa
de Deus (Ml 3.10).
2. Os ministros de Deus. Pelo fato de os sacerdotes e levitas
não terem recebido nenhuma herança material e por
terem sido separados por Deus para um trabalho com
envolvimento integral, Deus os fez participantes oficiais
70 Dizim ista, Eu?!
'Mateus 26.9.
-1 Crônicas 29.13,14.
'Números 18.21.
41 Coríntios 9.13,14.
5Salmos 116.12.
8
DEU S N Ã O ACEITA
O S E GUNDO
PLANO
D is se Je su s: M a s b u s ca i p r im e ir o o
R ei no d e De us , e a su a ju s ti ç a ,
e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
(Mt 6.33)
A CONTEMPORANEIDADE DA
MENSAGEM DE AGEU
Na verdade, há muito para se aprender hoje com as
mensagens do profeta Ageu, pois, à semelhança do povo de
Israel, a igreja tem passado pelas mesmas experiências
dolorosas, frustrantes, por deliberadamente alguns cristãos
80 Dizim ista, Eu?!
para depois.
posição Essa atitude
melindrosa cômoda
no que diz nosà coloca
respeito numa
nossa própria
manutenção. Deus nos avisa que não aceita o segundo
lugar e retém, por isso, as bênçãos materiais (1.9).
2. O perigo de deixar para amanhã o que é para fazer
hoje (Ag 1.2). Às vezes queremos dar uma "pequena
ajuda" a Deus, fazendo com que E!e e os seus ministros
dêem atenção ao nosso bom senso. Todavia, isso não
é permitido nem mesmo aos ministros. Quando Deus
determina algo para fazermos, ou fazemos com toda a
fidelidade e sinceridade ou trazemos sérios prejuízos
para a obra de Deus.
Deus não precisa absolutamente dos nossos
"em pu rrõez ínho s". Ele nã o preci sa — como est amo s
cansados de dizer — de um momento mais adequado para
fazer a sua obra. Ele a realiza mesmo em meio às tempestades,
ao fogo, à guerra, às catástrofes, à ruína etc. Por isso elevemos,
de pronto, reagir positivamente à sua Palavra, sem questionar,
a fim de que ela flua através de nós.
3. O perigo de desistir e desanimar diante dos desafios
exigidos pela obra . Há alguns falsos dizimistas que, na
verdade, não querem ajudar a obra de Deus por causa
da avareza que os domina. Eles se defendem dessa
Deus Nã o Aceita o Segundo Plano 81
carestia,
quase que inflação
nenhumgalopante, juros altos, pouco
para o trabalhador. dinheiro,
Contudo, retorno
a Bíblia diz
que, a despeito de estarmos vivendo os piores dramas e
necessidades, devemos seguir os princípios divinos e não o
nosso bom senso, pois, quase sempre este não nos leva a lugar
nenhum.
Segundo Eclesiastes 11.1-6, devemos investir, avançar,
mesmo em meio a ventos contrários. O Pregador nos dá vários
conselhos
tempo práticos
de crise. com os quais podemos levar vantagem em
Vejamos:
1. Deve-se investir em vários flancos porque nunca se sabe
de onde virá a resposta positiva (v. 1).
2. Não se pode esperar que a situação mude para se fazer
algum investimento porque nós é que devemos mudar o
caos a partir do nosso mover histórico (v. 3).
82 Diz imista , Eu?!
4. nos
É preciso
sinais ecoragem e divinos
princípios determinação para
e aceitar seguirdecrendo
a forma Deus,
mesmo que seja extremamente paradoxal, pois Ele é
imprevisível.
5. O melhor a fazer é valorizar o investimento e ter várias
frentes na obra de Deus (v. 6), pois no tempo certo
colheremos.3
'Ageu 1.6.
^Ageu 2.7,8.
JEclesiastes 11.1-6.
9
O DE V ORA DOR
REPREENDIDO
A g r a ti d ã o é o cl ím a x d e to d a a c o n tr ib u iç ã o cr is tã .
Quando Deus opera de tal modo no coração do
home m que sua contribuição finan ceira transf orma-se
em u m ato de ado ração, então po de -se dize r qu e,
verdadei ramente, esse coraçã o tem
experimentado a graça de contribuir.
Paulo Cesar Lima
4. "Trazei
Uma restauração
todos os espiritual
dízimos que exige
à casa dorestituição material.
tesouro".3A Bíblia
Sagrada determina que o princípio da doação material a
Deus é uniforme e absoluto. Quando entregamos o
dízimo, Deus abençoa, e quando retemos, Deus
amaldiçoa (Ml 3.7-10).
a. O lugar desta restituição. "Trazei todos os dízimos
à casa do tesouro". Desde a época de Ezequias, rei
dejudá (2 Cr 31.11), havia no santuário um depósito
para armazenar os dízimos e as ofertas do povo (Ne
10.38,39). E, se porventura, alguém morasse longe,
trocava-se o material em dinheiro que era trazido
ao lugar que o Senhor determinava (Dt 14.22-29).
Segundo a palavra de Paulo aos Gálatas, no capítulo
6, versículo 6, entendemos que devemos entregar o
dízimo para usufruirmos das bênçãos de Deus.
86 Diz imista, Eu?!
OPERAÇÃO DIVIN A
De fato, depois que o povo ou o indivíduo se convence
dos seus maus caminhos e volta-se novamente para Deus,
as bênçãos do Senhor começam novamente a ser derramadas
(2 Cr 7.14). Observe as promessas divinas contidas na
exortação de Malaquias:
1. "... tornarei para vós". Deus está pronto a nos perdoar e
abençoar com o poder da sua presença. Porque a maior de
todas as dádivas é ter a presença gloriosa de Deus conosco.
2. As janelas do Céu serão abertas. Essa era uma maneira
antiga de falar sobre o derramamento das bênçãos de Deus.
Aos fiéis, Ele concederá bênçãos sem medida.
3. O devorador será repreendido (Is 59.19). Eis aqui o fator
milagroso nas finanças de quem honra a Deus pelo uso correto
e bíblico de seu dinheiro. Quantas pessoas há que estão sendo
"devoradas" porque não desfrutam de nenhuma proteção por
parte do Senhor no aspecto financeiro de sua vida.
O Devorador Repreendido 87
'Malaquias 3.7b.
2Malaquias 3.7a.
3Malaquias 3.10a
4Malaquias 3.10b
5Malaquias 3.12.
O DÍ10
Z I MO
NO NOV O
TESTAMENTO
N o ss o s a to s d e a m o r d ev e ri a m c a u sa r- n o s a p e r tu r a s
fi n a n ce ir a s. Se v iv e m o s no m es m o n ív e l d a q u e le s qu e
têm a mesma renda que nós, provavelmente estamos
dando muito po uco a Deu s.
C. S. Lewis
2. Paulo
O privilégio
mostradeque
imitar Jesus (2Santo,
o Espírito Co 8.9).
queNessa sentença,os
impulsionou
macedônios em sua contribuição, é o mesmo Espírito eter
no que sustentou o Salvador quando Ele "se ofereceu a si
mesmo imaculado a Deus".5Isso mostra o que é sacrifí
cio no nível mais sublime.
3. O privilégio de cooperar com a igreja (At 4.34; Cl 6.6).
Sem dúvida, é um privilégio cooperar com a igreja do
92 Diz im ista , Eu?!
A LUZ
À PRÁXIS
DO DA CONTRIBUIÇÃO
NOVO TESTAMENTO
Segundo o que encontramos exaustivamente ao longo de
todo o Novo Testamento, a contribuição cristã tem de satisfazer
três requisitos básicos:
1. Tem que ser voluntária(2 Co 9.7). O dízimo, além de ser
uma obrigação moral e espiritual para com Deus e sua
Igreja, deveosseguir
ultrapassam a as
as norm voluntariedade.
estabelecidas eÉ dedicamos
nesse ponto que
nossa
contribuição às exigências do amor.
2. Tem que ser metódica(1 Co 16.2). Esta expressão mostra
que o Novo Testamento ensina que a contribuição, além
de ser voluntária deve ser metódica, e não desorganizada,
avulsa ou de acordo com as necessidades da igreja local.
O dízimo satisfaz também o requisito da metodização,
pois o dizimista contribui regularmente, por mês ou por
semana.
3. Tem que ser proporcional aos rendimentos (1 Co 16.2b).
Os oferentes mensalistas ou avulsos não satisfazem essa
exigência bíblica, pois sua contribuição não é
proporcional aos rendimentos. Somente o dízimo é capaz
de satisfazê-la. Se o cristão resolver contribuir com mais,
está correto, mas se resolver contribuir com menos está
errado, pois a Bíblia estipula o mínimo de dez por cento.
A PROPORCIONALIDADE
DA CONTRIBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
A contribuição, conforme ensina o Novo Testamento, não
pode ser inferior ao dízimo, por causa das importantes razões
relacionadas abaixo:
O Dízimo no Nov o Testamento 93
MÉTODOS DE CONTRIBUIÇÃ O À
LUZ DO NOVO TESTAMENTO
1. Dízimo (Mt 23.23; 1 Co 9.13). Trata-se da contribuição
regular, metódica em prol da manutenção da obra e, por
extensão, dos seus ministros, embora o sentimento
primeiro seja o de agradecer a Deus.
2. Ofertas (At 2.45; 4.34; 11.29). As ofertas são contribuições
avulsas, esporádicas e atendem às necessidades urgentes
da família ou da obra de Deus. Elas envolvem toda área
de gratidão a Deus pelos seus poderosos feitos.
3. Coração voluntário (2 Co 9.7). É uma contribuição
totalmente consagrada ao amor. Ela pode visar o
suprimento
ato de uma necessidade
de agradecimento a Deus. ou apenas significar um
Deve fazer
pagamentos um cálculoe,aproximado
mensalmente para
no fim do ano, efetuar
quando os seus
o contador
fizer o balanço, deve repor, ou se pagou a mais, descontar no
ano seguinte. Se é ambulante, deve pagar o dízimo de tudo o
que ganha.
2. O dízimo inclui também o 13 2 salário e outras rendas?
Sim. Se o crente paga o INSS ou imposto sobre sua renda,
por que não pagar o dízimo?
96 Dizim ista, Eu?!
'Lucas 7.47.
-’Lucas 12.48.
5Mateus 5.20.
4Atos 2.44-46.
’Hebreus 9.14.
'’Marcos 10.17-22.
[
ste livro não é apenas uma discussão sobre a
validade do dízimo para os dias de hoje, mas
uma valiosa exposição sobre a teologia finan
ceira com respostas e conclusões surpreendentes
sobre a relação entre o dinheiro e a vida espiritual.
um p i t il rqio
411
flA,
■
érSK
Por exemplo, longe do gue normalmente se ima
gina, a contribuição não é uma prática alienada
do culto. Ao contrário, os dízimos e ofertas inte
gram a verdadeira adoração, pois o crente está de
volvendo no altar o gue já pertence a Deus. E esse
é um momento tão sagrado guanto o do louvor
coletivo e o da oração.
tribuição?
Dúvidas à parte, o autor conclui gue contribuir de for
ma voluntária e metódica é um privilégio, podendo vir
a ser uma fonte de bênçãos e de vitórias pessoais.
Autor
Ministro do Evangelho e conferencista, é pós-graduado
em Ciência da Religião.É autor de vários liv
ros, entre el
es
Os temas mais difíceis da Bíblia,publicado pela CPAD.