Sei sulla pagina 1di 6

Hipotonia na infância

Maria Angélica da Rocha Diz


Mestranda em Ciências da Motricidade Humana- UNESP
Professora da Faculdade Comunitária de Limeira
e-mail: geldiz@hotmail.com

Maria Caroline da Rocha Diz


Mestranda em Ciências da Motricidade Humana- UNESP
Colaboradora do Núcleo de Estudo em Neonatologia - Uniararas
e-mail: linediz@yahoo.com.br

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar e analisar as publicações científicas existentes sobre a hipotonia na infância
por meio de uma pesquisa bibliográfica. Há uma enorme variedade de doenças infantis nas quais a hipotonia é sinal primário ou
secundário. Procurou-se realizar uma reflexão sobre as doenças neuromusculares na infância abordando duas formas de hipotonia
muscular: a hipotonia muscular presente ao nascimento ou de aparecimento precoce nos primeiros dias e semanas e a hipotonia
manifestada por atraso do desenvolvimento motor a partir dos seis meses de idade ou no decorrer da infância. Mediante, a revisão
bibliográfica podemos sugerir que as doenças neuromusculares são as principais doenças precursoras de hipotonia muscular na
infância. Apesar da escassez de literaturas científicas quanto à hipotonia e a melhor forma de classificá-la, o conhecimento dessa
condição clínica por fisioterapeutas entre outros profissionais é necessário para contribuir no tratamento das crianças na infância.

Palavras-chave: hipotonia, doenças neuromusculares na infância e atraso no desenvolvimento motor.

Introdução resultar de uma anormalidade neuromuscular congênita


de severidade variável. É considerada de grau moderado,
As doenças neuromusculares na infância referem- quando a hipotonia é superada pelo processo de
se a distúrbios cuja patologia primária afeta qualquer desenvolvimento e maturação pós-natal, e mais severo,
parte da unidade motora, desde células do corno anterior quando persisti uma debilidade ao longo da vida (REED,
até o próprio músculo (FLORENCE, 2002). Assim as 1980).
doenças neuromusculares podem ser classificadas como Em uma visão mais clinica, Dubowitz (1973)
hereditárias ou como adquiridas. expõe que os casos de hipotonia congênita benigna com
Nestes casos são classificadas como miopatias debilidade muscular possam pertencer ao grupo das
quando a causa da fraqueza muscular é atribuída à miopatias congênitas não progressivas, não sendo,
patologia confinada ao próprio músculo, ou como portanto, tão benignos. Assim, o autor prefere adotar o
neuropatias, quando a fraqueza muscular é secundária a termo hipotonia benigna para referir-se a processos
uma anormalidade das células do corno anterior ou nervo idiopáticos, essencialmente benignos, nos quais a
periférico (FLORENCE, 2002). De forma geral, a eletromiografia (EMG) e a biopsia muscular não detectam
hipotonia é sinal primário na maioria das desordens comprometimento muscular ou indício de patologia
neuromusculares ou secundário, conseqüente às doenças cerebral ou extra-neurológica associada.
sistêmicas (septicemias) e síndromes complexas (REED, Neste sentido, KIM et al. (2005) observaram em
1996). seus estudos que pacientes com Miopatia Congênita
O termo hipotonia congênita benigna foi proposto apresentavam hipotonia e fraqueza muscular
por Walton, em 1957, caracterizada por atraso no generalizada, exceto os com Miopatia Miotubular, porém
desenvolvimento motor e hipotonia precoce. Portanto a apresentaram EMG normal.
define como uma síndrome clínica distinta que pode Para Oliveira et al. (2002), as miopatias congênitas
184
como a Central Core, a Centronuclear e a Desproporção do músculo em repouso, portanto hipotonia seria uma
do tipo de fibras são caracterizadas pela hipotonia resistência anormalmente baixa ao estiramento passivo.
neonatal e atraso no desenvolvimento motor não Fisiologicamente, o reflexo miotático é à base do tônus
progressivo, podendo haver melhora na função motora muscular normal o qual é mantido a nível periférico pela
com a evolução clínica. Contudo, Dubowitz (1980) participação do sistema fusomotor. Para que ocorra o
ressalta que além da hipotonia neonatal e atraso no movimento, o fusomotor facilita a contração de fibras
desenvolvimento motor, estas crianças podem apresentar intrafusais e extrafusais em resposta ao estiramento
uma fase inicial com debilidade proximal não progressiva envolvendo os órgãos tendinosos de golgi (OTG) que
que simula uma distrofia muscular. são responsáveis pelo mecanismo de proteção, inibindo
Em um estudo realizado por Johnston (2003), a atividade dos motoneurônios alfa e diminuindo a tensão
neonatos hipotônicos foram investigados devido a no músculo.
suspeita de Doença Neuromuscular (DNM). O autor A lesão em qualquer ponto do sistema motor
sugeriu um sumário de possíveis doenças interfere muitas vezes na capacidade de regular o tônus
neuromusculares na infância como Distrofia Miotônica muscular. O estiramento do músculo é interrompido em
Congênita, Neuropatia Periférica, Atrofia Espinhal alguns níveis do motoneurônio inferior (MNI) resultando
Muscular, Doenças Glicogenoses, Miastenia Gravis, em tono muscular reduzido, diminuição do reflexo de
Doença Córtico Espinhal, Miopatias Mitocondriais e estiramento e conseqüentemente flacidez (GORDON et
Distrofia Muscular Congênita. No entanto essas DNM al., 2000). Este conceito de hipotonia é usualmente
na infância ocorrem com certa prevalência e variam associado também a reflexos hiperativos ou preservados
quanto aos graus de comprometimento. e mais tarde podendo ter envolvimento com
Sendo assim, o termo Síndrome do bebê espasticidade.
hipotônico ou Síndrome da criança hipotônica é A distinção clínica entre lesão de motoneurônio
designado para denotar na infância pobre tono muscular superior e de motoneurônio inferior pode ser evidenciada
e fraqueza generalizada, afetando membros, tronco, em investigações baseadas na localização da lesão em
musculatura crânio-facial sendo evidenciada ao áreas que envolvem controle motor (PRASAD;
nascimento ou durante os primeiros meses de vida PRASAD, 2001). Assim, critérios como a idade da
(PRASAD; PRASAD, 2003). criança e o tipo da DNM, devem ser considerados para
avaliação de recém-nascido ou da criança hipotônica
Neurofisiopatologia da Hipotonia Congênita devido aos possíveis diagnósticos diferenciais.

Para Vasta et al. (2005), a hipotonia neonatal é A hipotonia muscular presente ao nascimento ou
uma condição clínica e está freqüentemente associada de aparecimento precoce nos primeiros dias e
com anormalidades do Sistema Nervoso Periférico semanas
(SNP) ou do Sistema Nervoso Central (SNC). Contudo,
na década de 80, Dubowitz (1980) sugeriu que a A hipotonia muscular é um quadro clínico comum
avaliação clínica pode auxiliar no diagnóstico e na no lactente, podendo estar associada com ampla
distinção das doenças neuromusculares primárias de variedade de processos aparentemente não relacionados
outras doenças que levam a hipotonia neonatal (DUBOWITZ, 1973). No entanto, quando estamos
secundária. frente a um recém-nascido (RN) hipotônico é preciso
As desordens centrais, em especifico no sistema independentemente do peso do RN, determinar com
córtico-espinhal, é causada por encefalopatias hipóxico- exatidão a idade gestacional. É sabido que a criança
isquêmicas, mielodisplasias, desordens cromossômicas, prematura apresenta fisiologicamente hipotonia muscular
desordens metabólicas e síndromes congênitas, como de grau e distribuição variáveis desde a vigésima semana,
Síndrome Prader-Willi. Entretanto as desordens até a trigésima semana de idade gestacional. No entanto,
periféricas são aquelas com efeitos predominantemente tanto no prematuro de 28 semanas quanto no RN a
na unidade motora que incluem acometimento de células termo, nascido de 40 semanas, o tônus muscular se
do corno anterior da medula, nervo periférico, junção aperfeiçoa no sentido caudo-condro-cranial, sendo que
neuromuscular e doenças musculares (RICHER et al., no pescoço estabelece primeiramente o tônus dos
2001). No entanto, ambas podem acarretar em quadro músculos extensores. Portanto, o prematuro de 28
de hipotonia na infância. semanas permanece com os quatros membros em
Tônus muscular é a quantidade (ou grau) de tensão extensão e rotação externa. Esta postura caracteriza a
185
hipotonia global intensa, podendo resultar em um
diagnóstico diferencial nas DNM na infância (REED,
1996).
O diagnóstico de hipotonia de forma subjetiva
pode ser baseado na resistência de um membro ao
movimento passivo, incluindo as posturas que o neonato
ou bebê hipotônico adota, como por exemplo, a postura
de batráquio com flexão dos membros superiores
observada nos primeiros meses (DUBOWTIZ, 1973;
FLEMING, 1987).
Contudo, além do tônus ativo, avalia-se o tônus
passivo por meio das medidas dos ângulos pé-perna,
poplíteo e adutor. No caso de manobras como calcanhar-
orelha e queixo-acrômio são realizadas passivamente no
prematuro de 28 semanas, e com certa resistência nos
recém-nascido de 34 semanas e totalmente impossíveis
no recém-nascido termo (REED, 1996; FLORENCE,
2002). Todavia são ângulos e manobras que
provavelmente estarão anormais em RN hipotônicos de
caracter neuromuscular.
De forma geral, as causas mais freqüentes de
hipotonia muscular ao nascimento são as doenças
sistêmicas devido à septicemia, comprometimento
respiratório, patologias intracranianas, infecções do
sistema nervoso central, afecções dos nervos periféricos,
doença da junção neuromuscular, Síndrome de Prader-
Wili e intoxicação por drogas administradas cronicamente
à mãe durante a gestação ou no momento do parto
(REED, 1996). No entanto, as patologias como Distrofia Hipotonia muscular manifestada por atraso no
Miotônica Congênita e a Atrofia Muscular Espinhal desenvolvimento motor apartir dos seis meses de
Progressiva tipo I são as principais doenças idade ou no decorrer da infância
neuromusculares precursoras da hipotonia neonatal.
No período neonatal a hipotonia severa, a fraqueza Embora a hipotonia e o atraso motor, sejam na
generalizada e o retardo no desenvolvimento motor são maioria das vezes de causa neurológica, não podemos
observados nos recém-nascidos com desordens deixar de enfatizar as doenças extraneurológicas e a
neuromusculares (REED, 1996). Para Dubowitz (1973), carência afetiva, que podem ocasionar tal sintoma na
déficits de deglutição e de sucção devido à paresia facial, infância, levando erroneamente a criança à consulta
além de outros problemas como, por exemplo, a neuropediátrica. Por outro lado, as cardiopatias
inabilidade para fechar os olhos pode estar associada. congênitas, a desnutrição, o raquitismo, as doenças
metabólicas, as nefropatias e as pneumopatias podem
ser responsáveis por quadro de hipotonia muscular na
infância após os seis meses (REED, 1996; FLORENCE,
2002).
As Doenças Neuromusculares como amiotrofia
espinhal infantil progressiva tipo II e III, polineuropatias,
Miastenia gravis juvenil, distrofias musculares e miopatias
metabólicas, podem ser caracterizadas neste período da
infância (REED, 1996; PRASAD;PRASAD, 2003).
Durante o primeiro ano de vida, o desenvolvimento
motor da criança é marcado pela evolução do tônus
muscular podendo ser avaliado pela manobra de Tobler.
186
O reforço do tônus flexor prossegue gradativamente no e nove com doença neuromuscular. Fatores como
segundo semestre demonstrado pelo controle de tronco diminuição de movimentos fetais durante o período
na postura sentado aos seis meses (DIAMENT, 1996). gestacional e consangüinidade dos pais, indicaram
Segundo Dubowitz (1973) e Pavone et al. (2004), probabilidade de DNM na infância.
nas DNM, os MMII são mais afetados que os MMSS A hipotonia neonatal tem sido classificada de duas
e os músculos proximais são mais acometidos que os maneiras. A hipotonia central inclui desordens do SNC
distais. Os músculos faciais e bulbares apresentam-se que causam diminuição do tônus muscular por interrupção
comprometidos com extensão e freqüência variada, nos mecanismos envolvidos em sua modulação. Por outro
sendo que em 30% dos casos encontram-se lado, a hipotonia periférica representa desordens das
fasciculações (REED, 1996). Porém, para Dubowitz células do corno anterior, nervo periférico, junção
(1973), os músculos faciais muitas vezes não são neuromuscular ou do próprio músculo. Sendo assim,
comprometidos no início da doença, apresentando face Dubowitz (1973) sugere que a hipotonia pode ser
luminosa e expressiva, além da notável paralisia de outras classificada em hipotonia com fraqueza e hipotonia sem
partes do corpo. Todavia a paralisia diafragmática pode fraqueza.
ser diagnosticada nos primeiros meses de vida e a Em complemento, Bodamer et al. (2002) sugere
necessidade de ventilação mecânica permanente pode que quando o período neonatal é evidenciado com
ser necessária por volta dos 2 meses e 8 meses depois hipotonia associado a fraqueza muscular e muitas vezes
do início da doença (RUDNIK-SCHONEBORN et al., atraso no desenvolvimento motor, pode-se caracterizar
2004). O diagnóstico pode ser confirmado através de uma doença neuromuscular na infância.
biopsia muscular, exames laboratoriais (CK) e Um bebê ou uma criança hipotônica é conhecido
neuroimagem. por apresentarem resistência reduzida dos músculos-
esqueléticos à movimentação passiva, ausência ou
Material e método diminuição dos reflexos tônicos miotáticos, postura fixa
de abdução com rotação externa de coxofemoral e
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tende flácida extensão dos braços. Ao exame clínico, quando
a desvendar, recolher e analisar as principais tracionados para sentar, os recém-nascidos permanecem
contribuições teóricas sobre a hipotonia neonatal e com os braços estendidos ou estirados. Além disso, o
doenças neuromusculares na infância. rechaço dos braços é diminuído ou até mesmo ausente
Os dados foram obtidos por consulta, em artigos e apresentam reflexo de moro incompleto (DUBOWITZ,
levantados no período de 2004 a 2006 em periódicos 1973; REED, 1996).
indexados e catalogados em base de dados bibliográficos Em um estudo realizado por KIM et al (2005)
Lilacs e Medline, tendo a respectiva localização dos observaram que a maioria dos neonatos hipotônicos,
artigos, na Biblioteca Central do Campus da Universidade apresentavam fraqueza generalizada de tronco e de
Estadual de Campinas, em sites (bibliotecas virtuais) e extremidades, presença de fasciculações na língua e
livros associados ao tema. muitas vezes falência respiratória
Em relação às DNM mais comuns na infância,
Resultados e Discussões Premasiri e Lee (2003) relatam que a Atrofia Muscular
Espinhal é a forma mais severa de hipotonia e fraqueza
As doenças neuromusculares são discutidas nesta generalizada, apresentando comprometimento de fibras
revisão bibliográfica como uma das principais doenças musculares principalmente do tipo I e do tipo II. Contudo
infantis precurssora de hipotonia muscular na infância. Pavone et al. (2004), relataram em seus estudos que
Todavia, englobam um conjunto de patologias de origem crianças com atrofia muscular espinhal neonatal tipo I, II
genética, metabólica ou adquiridas que afetam desde a e II, apresentam hipotonia generalizada, sendo que os
musculatura esquelética até células do corno anterior da membros inferiores são mais afetados do que os
medula e seus núcleos motores (FLORENCE, 2002). membros superiores.
A hipotonia muitas vezes pode ser evidenciada nos Para Dubowtiz (1973, p.19-22), a amiotrofia
primeiros dias ou até mesmo semanas ou meses. Sabe- espinhal infantil é a causa mais encontrada nos lactentes
se que a história familiar e fatores prénatais, perinatais e hipotônicos com grave paralisia. É importante ressaltar
pós-natais auxiliam na precisão do diagnóstico. Em que existe uma variação da gravidade clínica, pois a
específico, Vasta et al. (2005) diagnosticaram em seus atrofia muscular é baseada no grau de extensão da
estudos, oitenta e três neonatos hipotônicos sendo trinta paralisia e no prognóstico de cada caso.
187
Todavia, Vasta et al. (2005), relatam que a levando o enfraquecimento do músculo, déficits motores
hipotonia neonatal encontrada em DNM na infância possa severos e conseqüentemente ausência ou atraso no
não estar associada somente a fraqueza muscular, mas desenvolvimento neuromotor.
também a fraturas e contraturas. Fatos que coincidem Além disso, com o levantamento bibliográfico
com os estudos de GARCIA-CABÉZAS et al. (2004), podemos observar a escassez de estudos que abordam
que relataram a presença de fraturas e contraturas em a hipotonia na infância, assim como escalas de avaliação
neonatos com Amiotrofia Muscular Espinhal Progressiva. capazes de graduar os comprometimentos e a fraqueza
No estudo de Rodriguez et al. (1992), os autores muscular. Sendo assim, se faz necessária uma abordagem
ressaltam que a ausência ou diminuição de movimentos mais direcionada sobre a hipotonia e fraqueza muscular
fetais durante a gestação leva a diminuição progressiva nas doenças neuromusculares infantis, para um
da força muscular acarretando em ossos frágeis e entendimento mais amplo em relação ao impacto motor
articulações rígidas, sendo assim mais susceptíveis a e funcional destas crianças.
fraturas durante o parto.
Por outro lado relacionar a hipotonia neonatal com Referências Bibliográficas
fraqueza muscular como possível diagnóstico de Doenças
Neuromusculares é fato considerável (VASTA et al., BODAMER, AO. L-Alanine Supplementation in Late
Infantile Glycogen Storage Disease Type II. Pediatric
2005). A grande dificuldade em estabelecer um
Neurologic, v.l.22, no 2. 2002.
diagnóstico tanto clínico quanto funcional é mensurar
DIAMENT, A.; CYPEL S. Neurologia Infantil. S.P,
justamente essa fraqueza muscular nos primeiros meses Atheneu. 1996.
de vida da criança hipotônica. DUBOWITZ, V. El Nino Hipotônico. Editorial Pediátrica,
Especificamente, Vasta et al. (2005) avaliaram o Barcelona. 1973.
grau de fraqueza muscular de neonatos hipotônicos DUBOWITZ V. The floppy infant. Philagelphia: 1980.
classificando os movimentos anormais em três categorias: J.B. Lippincott Company.
em ausência de movimentos, quando os movimentos FLEHMING, I. Desenvolvimento normal e seus desvios
eram detectados espontaneamente ou em estimulação no lactente: Diagnóstico e tratamento precoce do
passiva; em diminuição severa dos movimentos, quando nascimento até o 18o mês. São Paulo. Atheneu. 1987.
somente tremores de movimentos eram observados e FLORENCE, J.M. Doenças Neuromusculares na
Infância e Intervenção Fisioterapêutica. In TECKLIN J.G.
por fim, em movimentos parcialmente reduzidos, quando
Fisioterapia Pediátrica. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2002.
os neonatos apresentavam movimentos espontâneos,
GARCIA-CABÉZAS MA GARCIA-ALIX A, MARTÍN
mas eram movimentos antigravitacionais incompletos. Y. Neonatal spinal muscular atrophy with multiple
Para esses autores, a diminuição dos movimentos contractures, bone fractures, respiratory insuffiency and
antigravitacionais pode caracterizar fraqueza muscular 5q13 deletion. Acta Neuropathol, v.107, p. 475-478. 2004.
severa na criança o que interfere no desenvolvimento GORDON and C, GHEX. Muscle receptors and spinal
motor, problemas respiratórios e dificuldades para reflexes; the stretch reflexes. In: Kandel and JH.
deglutir. Para RICHER et al.(2001), tanto déficit motor Schwartz. Editors, Principles of neural science, McGraw
leve (como hemiparesia ou diparesia) como déficit motor Hill Health Profissions Division, New York, NY p.1414.
severo que resultam em movimentos antigravitacionais 2000.
incompletos, podem ser encontrados nas diferentes JONHSTON HM. The floppy weak infant revisited.
Editorial. Brain & Development, v. 25 p. 155-158. 2003.
doenças neuromusculares na infância, ressaltando que,
KIM C.T. et al. Neuromuscular Rehabilition and
a hipotonia severa e fraqueza muscular generalizada, são
Eletrognosis. 4 Pediatric Issues. Arch Phsys Med Rehabil.
os verdadeiros precursores dos déficits motores. v. 86, suppl 1, march 2005.
OLIVEIRA A, S. et al. Atualização no diagnóstico e
Conclusão tratamento das miopatias. Clínica Médica. Diagnóstico e
tratamento, v. 7, ed. 1, maio 2002.
As doenças neuromusculares na infância podem PAVONE P. et al. Atrofia musculare spinale ad esordio
ter início precoce ou tardio podendo evoluir para óbito. neonatlele: descrizione di un caso. Peditric. Med Chir, v.
Contudo se faz importante uma reflexão de que não 26(2), p.139-41, Mar-Apr.2004.
somente a hipotonia e fraqueza muscular são PRASAD A N.; PRASAD C. The floppy infant:
características clínicas de Doenças neuromusculares na contribution of genetic and metabolic disorders. Brain
and Developmental, v. 27, p.457-476. 2003.
infância, mas também fraturas e possíveis contraturas
PREMASIRI M.K.; LEE Y.S. The miopathology of floppy
neonatais, que acometem a musculatura esquelética,
188
and hipotonic infants in Singapure. Pathology, 409-413.
october 2003.
REED U.C. Síndrome da Criança Hipotônica. In.
Diamemt A.; CYPEL S. Neurologia Infantil. 2a edição.
Ed. Atheneu. RJ. Cap.75, pg. 1351-1375. 1996.
RICHER L.P.et al. Diagnostic prolfile of neonatal
hypotonia: na 11-year study. Pediatric Neurology. v. 25
no 1.pg. 32-37. 2001.
RODRIGUEZ J.L, et al. Morphologic changes in long
bone developmental in fetal akinesia deformation
sequence: na experimental study in curarized rat fetuses.
Teratology. v.45, p. 213-221, 1992.
RUDNICK-SCHONEBORN S., et al. Long-term
observations of patients with infantile spinal muscular
atrophy with respiratory distress type 1 (SMARD1).
Neuropediatrics; v.35(3), p.174-82, Jun. 2004.
VASTA I. et al. Can clinical signs identify newborns with
neuromuscular disordens? The Journal of Pediatrics, v.146,
p.73-9. 2005.

Recebido em 29 de setembro de 2007 e aprovado em


01 de novembro de 2007.

189

Potrebbero piacerti anche