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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE POEDEIRAS COMERCIAIS

MANTIDAS EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE TÉRMICO E


SUBMETIDAS A DIFERENTES EQUILÍBRIOS ELETROLÍTICOS
NA DIETA.

Aldrigui, L. G.1,*; Filardi, R. S. 1; Tedeschi, L. 1; Sobrane Filho, S. T. 1 ; dos Ouros,


C. C. 1; da Silva Junior, C. D. 1;

1
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. leticiaguerra.zoo@gmail.com

Introdução
Altas temperaturas associadas à umidade relativa excessiva influenciam adversamente
o desempenho de poedeiras comerciais, principalmente quando a movimentação do ar é
limitada (Donkoh & Atuahense, 1988), ocasionando assim uma situação de estresse calórico, a
qual determina redução na sobrevivência, no consumo alimentar, na produção de ovos, na
qualidade da casca e no peso do ovo.
As aves em situação de estresse calórico aumentam a frequência respiratória para
reestabelecer a temperatura corporal interna, o que ocasiona a diminuição de HCO 3 e CO2 e
consequentemente altera o equilíbrio ácido-básico sanguíneo, determinando alcalose
respiratória. Esse evento pode resultar em ovos pequenos e de casca fina. Isso ocorre,
principalmente, porque a alcalose afeta a concentração de cálcio no sangue (Mongin, 1981).
A fim de amenizar os efeitos do estresse térmico, o presente trabalho estudou os efeitos
do balanço e da relação entre os íons Na, K e Cl da dieta de galinhas poedeiras comerciais,
sobre os parâmetros produtivos e qualidade dos ovos. A escolha dos minerais, K, Na e Cl, está
relacionada à importância que desempenham no metabolismo, pela participação no balanço
osmótico, no balanço ácido-básico e na integridade dos mecanismos que regulam o transporte
através das membranas celulares (Judice et al., 2002). Assim, o balanço desses minerais age
diretamente no equilíbrio ácido-básico das aves, podendo influenciar o seu desempenho por
comprometer muitas funções metabólicas.

Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Setor de Avicultura da Unesp de Ilha Solteira, iniciando-
se no dia 24/12/2012 e terminando no dia 05/03/2013. As poedeiras foram alojadas em galpão
convencional de postura, cobertos com telhas de cerâmica, compostos internamente por
gaiolas de arame galvanizado com quatro compartimentos de 25 x 40 x 40 cm, distribuídas
lateralmente em dois andares.
Foram utilizadas 192 poedeiras da linhagem Lohmann, com 24 semanas de idade,
distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial 4 x
2 (Balanço eletrolítico x Relação eletrolítica) com 4 repetições compostas de 6 aves. O
experimento teve duração de 5 ciclos de 14 dias cada. As aves foram criadas em condições de
alta temperatura e submetidas a quatro balanços eletrolíticos (140, 210, 280 e 350 mEq/kg) e 2
relações eletrolíticas (2:1e 3:1) na dieta, utilizando-se para isso diferentes níveis de sódio (Na),
potássio (K) e cloro (Cl), em rações isoproteicas, isoenergéticas, isocálcicas e isofosfóricas,
formuladas por programação não linear em software livre.
Nos dois últimos dias de cada ciclo todos os ovos foram analisados. Uma amostra de
três ovos por parcela foi analisada quanto ao peso do ovo, unidade haugh, porcentagem de
casca e gravidade específica. Todos os dados foram submetidos à analise de variância,
utilizando-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados
As temperaturas máximas e mínimas registradas durante o período experimental foram
37,2 e 19,6ºC, respectivamente, e no mesmo período a umidade relativa variou de 87,6 a
34,6%.
De acordo com o apresentado na Tabela 1, para os parâmetros avaliados ocorreu
interação significativa entre balanço eletrolítico (BE) e relação eletrolítica (RE) apenas para o
consumo de ração (P<0,01), sendo o efeito isolado destes fatores observados apenas para o
peso do ovo, onde a relação eletrolítica influenciou os resultados (P<0,05).
Por meio do desdobramento da interação entre BE e RE para o consumo de ração,
observou-se que para a RE 2:1 não ocorreram diferenças em função dos BE empregados,
porém na relação 3:1 foi observado menor consumo para as aves cuja ração apresentou
balanço de 350 mEq/kg, embora o consumo tenha sido semelhante ao observado para as
rações com 140 mEq/kg. Considerando-se os balanços eletrolíticos empregados, ocorreram
diferenças entre as relações eletrolíticas apenas no balanço de 350 mEq/kg, sendo que na
relação 3:1 o consumo de ração foi inferior. Com relação ao efeito isolado da relação
eletrolítica sobre o peso médio dos ovos, pode-se observar que a relação 3:1 também afetou
negativamente este parâmetro (P<0,05).

Tabela 1. Médias dos efeitos dos tratamentos contendo diferentes balanços eletrolíticos (BE) e
relações eletrolíticas (RE).
Parâmetros Relação Balanço eletrolítico (mEq/kg)
([K+] + [Cl-])/[Na+] 140 210 280 350
Consumo de ração 02:01 97,797 96,962 95,120 97,620 a 94,613
(g/ave/dia) 03:01 94,940 AB 96,607A 97,500A 89,405Bb 96,875
CV= 3,04 Médias 96,369 96,785 96,310 93,512 95,744
Postura 02:01 98,155 99,405 97,975 98,927 98,616
(%) 03:01 98,155 97,797 99,285 96,370 97,902
CV(%)= 2,01 Médias 98,155 98,601 98,630 97,648 98,258
Peso dos ovos 02:01 57,462 57,535 57,387 59,747 58,033 a
(g) 03:01 57,462 57,487 56,962 55,757 56,773 b
CV = 2,98 Médias 57,175 57,511 57,175 57,752 57,403
Conversão Alimentar 02:01 1,727 1,695 1,687 1,687 1,699
(kg/kg) 03:01 1,700 1,717 1,722 1,660 1,700
CV = 2,72 Médias 1,713 1,706 1,705 1,673 1,699
Unidade Haugh 02:01 106,672 100,727 100,575 101,070 102,261
03:01 102,460 106,877 100,907 100,402 102,661
CV = 6,16 Médias 104,566 103,802 100,741 100,736 102,461
Porcentagem de casca 02:01 7,700 7,752 7,745 7,840 7,759
(%) 03:01 7,622 7,772 7,787 7,877 7,765
CV = 2,90 Médias 7,661 7,762 7,766 7,858 77,621
Gravidade específica 02:01 1,089 1,090 1,089 1,090 1,090
(g.cm-3 ) 03:01 1,089 1,089 1,090 1,091 1,090
CV= 0,10 Médias 1,089 1,089 1,089 1,091 1,089
A,B
Médias em cada coluna seguidas de letras maiúsculas distintas diferem entre si pelo teste tukey (P<0,05) para cada
parâmetro.
a,b
Médias em cada coluna seguidas de letras minúsculas distintas diferem entre si pelo teste tukey (P<0,05) para cada
parâmetro.

Discussão e Conclusões
Esses resultados indicam que as altas concentrações de sais contendo potássio e cloro,
para que o balanço de 350 mEq/kg ou relação eletrolítica 3:1 fossem atingidos podem ter
contribuído para inibir o consumo de ração, além disso, indicam que, independente do balanço
eletrolítico, a relação 2:1 é a mais indicada.
Entretanto o menor peso médio dos ovos observados para a relação 3:1 pode também
ser consequência direta do menor consumo de ração também influenciado por este fator.
Os dados preliminares do presente estudo indicam que o emprego do balanço eletrolítico
de 350 mEq/kg de ração, associado a relação eletrolítica de 3:1, compromete o consumo de
ração. A relação eletrolítica de 3:1, independente do balanço eletrolítico, afeta negativamente o
peso do ovo.
O equilíbrio eletrolítico não apropriado para poedeiras comerciais compromete o
desempenho das aves em condições de alta temperatura, sendo o mais apropriado entre 210 e
280 mEq/kg para o balanço eletrolítico e a relação eletrolítica de 2:1.

Agradecimentos
A todos os alunos, professores e funcionários por terem ajudado na realização deste
trabalho. Á Cargill pelo auxílio e a FAPESP (processo 2012/13348-2, 2012/09329-2).
Referências
DONKOH, A.; ATUAHENE, C.C. Management of environmental temperature and
rations for poultry production in the hot and humid tropics. International Journal of
Biometeorology,v.32, p.247-253, 1988.
JUDICE, J.P.M.; BERTECHINI, A.G.; MUNIZ, J.A. et al. Balanço cátio-aniônico das
rações e manejo alimentar para poedeiras de segundo ciclo. Lavras. Ciência Agrotécnica,
v.26, n.3, p.598- 609, 2002.
MONGIN, P. Recent advances in dietary anion-cation balance: application in
poultry. Proceedings of the Nutrition Society., v. 40, p. 285-294, 1981.

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