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de física

Laboratórios de Física
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Condutividade
térmica

Instituto Superior de Engenharia do Porto- Departamento de Física


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4200-072 Porto. T 228 340 500. F 228 321 159
Laboratórios de Física DEFI-NRM-1019
Versão: 02
Condutividade térmica Data: 14/03/2008

Condutividade Térmica
DEFI-NRM-1019

• Caracterização de diferentes parâmetros associados à transmissão de calor de um


material
• Determinação do coeficiente global de transferência de calor e do coeficiente de
condutividade térmica do material

Introdução Teórica

A transmissão de calor não é mais do que a transmissão de energia de uma região


para outra, como resultado de uma diferença de temperaturas entre elas.

A transmissão de calor pode efectuar-se de três formas distintas:

- Transmissão por CONDUÇÃO: passagem de calor de uma região para


outra de um mesmo corpo, ou de um corpo para outro quando estes se
encontram em contacto.

- Transmissão por RADIAÇÃO: emissão de energia da superfície de um


corpo sob a forma de ondas electromagnéticas.

- Transmissão por CONVECÇÃO: passagem de calor de uma zona para


outra de um fluído em consequência do movimento relativo das partículas
do mesmo.

(a) (b) (c)


Figura 1: Transmissão por: (a) condução, (b) convecção e (c) por radiação

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Quando se coloca uma superfície plana, por exemplo uma parede, em contacto com
um fluído a diferentes temperaturas (por exemplo ar) o fluxo de energia térmica ou calor
transmitido por unidade de tempo, é dado pela lei de Newton para o arrefecimento:

Ts q

L TA

q = hA(TS − TA ) ( Eq. 1)

W
onde h é o coeficiente de transferência de calor por convecção ( em unidades SI), A
m 2 .K
é a área da superfície da parede, TS a temperatura da superfície da parede em contacto

com o fluído e TA a temperatura do fluído num ponto afastado da parede.

Por outro lado, o gradiente de temperatura ao longo de uma substância homogénea


ocasiona um fluxo de energia por condução no interior da mesma. No caso concreto de
uma parede plana cuja superfície externa e interna é constituida pelo mesmo material
(condutividade térmica constante), o fluxo de transferência de calor por condução é dado
por:
k

q
TSI

L TSE

k
q= A (TSI − TSE )
L ( Eq. 2)

W
onde k é o coeficiente de condutividade térmica do material ( em unidades SI ), L a
m.K
espessura da parede e (TSI − TSE ) a diferença de temperatura entre a superfície mais
quente e a mais fria (TSI > TSE ) .

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O coeficiente de condutividade térmica k depende da natureza do material sendo


elevado para bons condutores, como os metais, e baixo para isolantes térmicos.

Pode-se definir, para cada mecanismo de transmissão de calor, uma resistência


térmica, sendo a resistência à transferência de calor por condução dada por:
L
Rk = ( Eq. 3)
kA
e a resistência à transferência de calor por convecção dada por:
1
Rh = ( Eq. 4)
hA
Assim tem-se que o fluxo de energia térmica q através de uma parede se realiza
mediante a combinação de mecanismos de condução e convecção.

TAI K TAE

TSI TSE

TSE -Tempª na superficíe externa do material TAI - Tempª no interior da casa térmica
TSI -Tempª na superficíe interna do material TAE -Tempª ambiente

Desta forma, sendo hi e he os coeficientes de transmissão de calor por convecção


(interna e externa, respectivamente), k o coeficiente de condutividade térmica do material,
TSI e TSE as temperaturas nas superfícies interna e externa da parede e TAI e TAE a
temperatura interna e externa de um ponto afastado dessas superfícies, então são válidas
as seguintes expressões:

- Convecção na superfície interna da parede: qci = hi A(TAI − TSI ) ( Eq. 5)

k ( Eq. 6)
- Condução através da parede: q= A(TSI − TSE )
L

- Convecção na superfície externa da parede: qce = he A(TSE − TAE ) ( Eq. 7)

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Através da combinação destas equações pode-se obter o fluxo de calor transferido


por unidade de tempo através de uma parede que é dado por:

q = UA (T AI − T AE ) ( Eq. 8)

onde U é o coeficiente global de transferência de calor.


O coeficiente global de transferência de calor pode ser relacionado com a resistência
térmica equivalente do sistema ( Req ) e com a área A da superfície da parede, pelas
seguintes expressões:
1 1 L 1
= Req . A = + + ( Eq. 9)
U hi k he

1 L 1
Req = Rc ,i + Rk + Rc ,e = + + ( Eq. 10 )
hi A kA he A

sendo, neste caso Req a soma das resistências térmicas que se encontram em série.
A casa térmica da experiência possui paredes laterais distintas, permitindo estudar as
propriedades térmicas de diferentes materiais.

Material Necessário

• 1 Casa Térmica;
• 1 Cronómetro;
• 2 Termómetros digitais;
• 4 termopares sem revestimento;
• 1 Termostato;
• Fita adesiva.

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Procedimento

ATENÇÃO! A casa térmica encontra-se pronta a ser utilizada. Identificar o material da


parede a ser estudado.

1. Antes de iniciar a experiência fazer a identificação de todo o material.

Casa térmica

Orifícios

Termopar

Material a testar

Termóstato
Termómetros
digitais

2. Introduzir uma das pontas do termopar através de um dos orifícios da casa térmica
(ver figura) de forma a que ele penetre pelo menos 5 cm no seu interior mas de
modo a que a lâmpada interna não incida directamente sobre o mesmo. Este
termopar vai permitir registar os valores da temperatura ambiente no interior da
casa.

3. Regular o termostato (equipamento que permite manter a temperatura interna


constante) para o seu valor máximo.

4. Ligar o termostato à tomada eléctrica para que a lâmpada interna aqueça a casa.

5. Aguardar a estabilização da temperatura no interior da casa (aproximadamente 70


minutos). Verificar se a temperatura se encontra estabilizada através da leitura dada
pelo termopar.

6. Medir a temperatura interna - TSI - e externa - TSE - da parede através dos


termopares fixados nas mesmas.

7. Registar a temperatura do ar interior - TAI - e temperatura do ar exterior - TAE .

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8. Registar de minuto a minuto (durante aproximadamente 5 minutos) novos valores de


temperaturas ( TSI , TSE , TAI e TAE ), tendo em atenção o funcionamento do termostato
(ligar / desligar).

9. Calcular, para cada minuto, o coeficiente global de transferência de calor U e o


coeficiente de condutividade térmica k para o material estudado *.

10. Comparar o valor obtido experimentalmente para o coeficiente de condutividade


térmica do material que constitui a parede, com o valor tabelado (Tabela 1). Calcular
os erros associados ao valor determinado.

Material k( W )
m.K
Esferovite 0,035-0,041
Madeira 0,14
Vidro 0,7-1,1

Tabela 1: Coeficiente de condutividade térmica de diferentes materiais

* Observações para o cálculo:

O coeficiente de transferência de calor por convecção para o caso da convecção natural do

ar nas paredes de habitações fechadas, é constante e independente do material usado

W
tendo o valor de he = 8,1 . Por outro lado, a área A não necessita de ser conhecida
m2 K

q
porque todas as equações se podem resolver segundo .
A

Processo de cálculo:
q
- Através da equação (7) calcular .
A
- Calcular U através da equação (8).

- Calcular k através da equação (6).

Questões

1) Diga o que distingue a transmissão de calor por convecção da transmissão de calor por
condução.

2) Diga justificando se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:


(i) “O coeficiente de transferência de calor por convecção é uma propriedade do
fluido associado ao processo”.

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(ii) “No arrefecimento de uma parede por passagem de ar frio pela sua superfície, a
energia é inicialmente transferida para a camada de ar adjacente à superfície por
radiação, sendo posteriormente transportada por convecção”.

3) Quais os factores de que depende o coeficiente de transferência de calor por


convecção?

Referências Bibliográficas

• PHYWE, Laboratory Experiments, Heat insulation/ Heat Conduction, PHYWE series


of publications, 2002

• Praticas de Tecnologia Y Calor, Universidade de Sevilha

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