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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro


47º OFÍCIO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 9ª VARA FEDERAL


CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO

Processo nº 5024308-79.2019.4.02.5101

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da


República que ao fim assina, vem, nos autos do processo em epígrafe, manifestar-
se acerca da documentação juntada e do estado do processo:

1 – Trata-se de condenação transitada em julgado relativa a delito de


sonegação fiscal (art. 1º, I da Lei nº 8.137/90).

2 - A defesa de GUILHERME MACHADO CARDOSO FONTES


pleiteou a suspensão da execução penal tendo em vista estar em curso
parcelamento do débito, o que foi confirmado pela Procuradoria da Fazenda
Nacional (Evento 37).

3 – Segundo consta da certidão de execução (evento 4), o fato teria


ocorrido em 01/08/1999, tendo sido a pena consolidada em 02 anos e 06 meses
de reclusão.
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4 – A suspensão da execução foi deferida no sentido de se requisitar


as informações à PGFN, mas não sem antes ter início seu cumprimento.

5 – O cerne da discussão jurídica é o efeito do pagamento do tributo


quando realizado posteriormente ao trânsito em julgado da condenação, o que é
algo mal compreendido e, por consequência, mal resolvido na jurisprudência.

6 – Invoca-se, com frequência, o seguinte precedente do STF:

Recurso ordinário em habeas corpus. Apropriação indébita previdenciária


(art. 168-A, § 1º, I, CP). Condenação. Trânsito em julgado. Pagamento do
débito tributário. Extinção da punibilidade do agente. Admissibilidade.
Inteligência do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/03. Precedentes. Ausência de
comprovação cabal do pagamento. Recurso parcialmente provido para, afastado o
óbice referente ao momento do pagamento, determinar ao juízo das execuções
criminais que declare extinta a punibilidade do agente, caso venha a ser
demonstrada, por certidão ou ofício do INSS, a quitação do débito. 1. Tratando-se
de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A, § 1º, I, CP), o pagamento
integral do débito tributário, ainda que após o trânsito em julgado da condenação,
é causa de extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei
nº 10.684/03. Precedentes. 2. Na espécie, os documentos apresentados pelo
recorrente ao juízo da execução criminal não permitem aferir, com a necessária
segurança, se houve ou não quitação integral do débito. 3. Nesse diapasão, não
há como, desde logo, se conceder o writ para extinguir sua punibilidade. 4. De
toda sorte, afastado o óbice referente ao momento do pagamento, cumprirá
ao juízo das execuções criminais declarar extinta a punibilidade do agente,
caso demonstrada a quitação do débito, por certidão ou ofício do INSS. 5.
Recurso parcialmente provido. (RHC 128.245, MIN. DIAS TOFFOLI, DJe-225
DIVULG 20-10-2016 PUBLIC 21-10-2016) (sem grifos no original)

Em síntese, teria o STF afastado o obstáculo ao pagamento posterior


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ao trânsito em julgado da condenação por crime tributário.

7 – Contudo, é necessário escrutinar o voto do Min. Dias Tóffoli para


se perceber que a interpretação não corresponde ao melhor sentido da lei. Ao
justificar seu posicionamento o ministro assim se posicionou:

“(...) penso que a Lei nº 12.382/11, que regrou a extinção da punibilidade dos
crimes tributários nas situações de parcelamento do débito tributário, não afetou o
disposto no § 2º do art. 9º da Lei 10.684/03, o qual prevê a extinção da
punibilidade em razão do pagamento do débito, a qualquer tempo .

Como referido por Luiz Flávio Gomes et al. (Os crimes tributários e a extinção da
punibilidade. Conjur, 17/3/11), ‘é da tradição jurídica brasileira a previsão de
causas extintivas da punibilidade pelo pagamento, jungidas aos crimes materiais
contra a ordem tributária, tendo em conta a particularidade do bem ofendido (o
patrimônio público). Por razões de política criminal (e arrecadatória) do Estado[,]
quase sempre se preferiu receber o quantum devido [a se aguardar] processo ou
condenação criminal. Os tributos custeiam serviços públicos essenciais. Melhor
arrecadá-los que condenar criminalmente o contribuinte. Muitos veem nisso um
privilégio odioso, que favorece precisamente os mais aquinhoados.’

Comungo dessa linha de pensamento.

Percebe-se que ao invocar uma dinâmica relativa aos crimes


tributários o ministro se socorre do autor que, por sua vez, remete a precedente do
próprio Pretório Excelso (STF, HC 81.929-0-RJ, rel. Min. Cezar Peluso).1
1
- “Após a edição da lei nº 10.684/2003, a matéria em exame foi submetida a profunda alteração, pois esta legislação
passou a prever em seu art. 9º, § 2º, a extinção da punibilidade dos crimes tributários, desde que o agente efetue o
pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios. O pagamento em
qualquer tempo passou a ter efeito extintivo da punibilidade (STF, HC 81.929-0-RJ, rel. Min. Cezar Peluso). Mesmo
após condenação com trânsito em julgado. De acordo com nossa opinião, esse entendimento continua válido
(mesmo depois do advento da Lei 12.382/11). Por certo, a regra do § 2º, do art. 9º, da Lei n.º 10.684/2003 por ser
mais benéfica, no que tange ao pagamento como causa de extinção da punibilidade, que as anteriores, previstas na
lei nº 9249/95 e no artigo 168-A § 2º, passou a regulamentar integralmente a matéria com a persistência apenas da
hipótese prevista no § 1º, do art. 337-A, que por não se vincular ao pagamento, com suficiência da confissão do
débito e fornecimento de informações antes do início da ação fiscal não sofreu revogação”. (Fonte:
«https://www.conjur.com.br/2011-mar-17/coluna-lfg-crimes-tributarios-extincao-punibilidade » acesso em
8.jul.2019)
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Ocorre que, tanto o ministro Dias Tóffoli quanto Luiz Flávio Gomes, ao
se socorrerem do §2º do art. 9º da Lei 10.684/2003 (PAES) ignoraram dois dados
temporais essenciais à sua compreensão.

O primeiro deles diz com o fato de que se tal norma é de caráter


permanente, por qual razão necessitou ser reeditada no art. 69 da Lei
11.941/2009?

Tomemos, pois, a redação do dispositivo:

Art. 69.  Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68 quando a


pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos
débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que
tiverem sido objeto de concessão de parcelamento. 

Como é intuitivo, não há necessidade de se reeditar uma norma que já


está em vigor.

O segundo aspecto ignorado tanto pelo doutrinador quanto pelo


ministro foi o fato de que os programas de parcelamento constituem normas
temporárias.

É o que se colhe do art. 1º da Lei 10.684/2003:

 Art. 1o Os débitos junto à Secretaria da Receita Federal ou à Procuradoria-Geral


da Fazenda Nacional, com vencimento até 28 de fevereiro de 2003, poderão ser
parcelados em até cento e oitenta prestações mensais e sucessivas.
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Ora, se a lei expressamente determina que se aplica a débitos


com vencimento até 28/02/2003, como interpretá-la para alcançar situações
que lhe são posteriores?

Posta a questão nesses termos, a aplicabilidade do §2º do art. 9º da


Lei 10.684/2003 só tem incidência para débitos que lhe são anteriores.

8 – Deste modo, a discussão proposta pelo Ministro em seu voto


quanto a não ser sindicável (submetida a controle de constitucionalidade) a
decisão do legislador acerca da existência de causa de extinção da punibilidade
em razão do pagamento do tributo parece desnecessária:

Ressalto, porém, que se trata de opção que, a meu ver, não se submete ao
aventado controle de constitucionalidade, estando dentro da discricionariedade
conferida ao Parlamento - até porque quem pode o mais pode o menos. Se é dado
ao legislador até mesmo revogar a norma penal, ou conceder anistia a
determinadas violações sancionadas no ordenamento jurídico, qual seria a
vedação de ordem material a impedir, nos crimes contra a ordem tributária, que se
privilegiasse, por opção política do legislador, o reforço ao erário em detrimento da
imposição de uma pena ao contribuinte renitente? Como é cediço, o arcabouço
normativo dos delitos contra a ordem tributária e previdenciária encontra-se na Lei
nº 8.137/90, bem como nos dispositivos dos arts. 168-A; 334, segunda parte, e
337-A, do Código Penal.

[…]

Feita essa digressão histórica, anoto que houve, contudo, significativa alteração do
tema em exame, tendo-se avançado na opção política arrecadatória do Estado
com a edição da Lei nº 10.684/03, que, especificamente no § 2º de seu art. 9º,
estabeleceu, agora de forma muito mais ampla, a possibilidade da ocorrência da
extinção da punibilidade dos crimes tributários simplesmente com o pagamento
integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive
acessórios, por parte do agente : ‘Art. 9º É suspensa a pretensão punitiva do
Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica
relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de
parcelamento. § 1º A prescrição criminal não corre durante o período de
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suspensão da pretensão punitiva. § 2º Extingue-se a punibilidade dos crimes


referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o
pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais,
inclusive acessórios’ (destaque nosso). O pagamento, qualquer que seja o tempo
em que realizado, tem, a partir de então, efeito extintivo da punibilidade.

Contudo, ao se valer do argumento de um precedente do próprio STF,


parece que o relator olvidou a essência de seu fundamento:

Nesse sentido, o HC nº 81.929/RJ (Primeira Turma, Relator para o acórdão o


Ministro Cezar Peluso, DJ de 27/2/04): ‘AÇÃO PENAL. Crime tributário. Tributo.
Pagamento após o recebimento da denúncia. Extinção da punibilidade.
Decretação. HC concedido de ofício para tal efeito. Aplicação retroativa do art. 9º
da Lei federal nº 10.684/03, cc. art. 5º, XL, da CF, e art. 61 do CPP. O pagamento
do tributo, a qualquer tempo, ainda que após o recebimento da denúncia, extingue
a punibilidade do crime tributário.’

Cita o Ministro Cezar Peluso, em seu judicioso voto, a lição de Heloisa Estellita,
para quem, ‘sempre que houver pagamento independentemente de ser o
momento final do pagamento, extinta estará a punibilidade e, agora, sem limite
temporal, isto é sem que o recebimento da denúncia inviabilize o pagamento
integral do tributo’ (pagamento e parcelamento nos crimes tributários e nova
disciplina da Lei nº 10.684/03 , Boletim IBCCRIM, p. 2 e seguinte, set. 2003). (sem
grifo no original)

Perceba-se que o artigo de Heloisa Estellita que diz da ausência de


um limite temporal e ressalta “sem que o recebimento da denúncia inviabilize o
pagamento integral do tributo”.

Ora, por qual razão ressalvou a autora o recebimento da


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denúncia?

Por uma simples razão, as disposições anteriores relativas ao


pagamento extintivo da punibilidade colocavam um limite temporal ao pagamento,
o recebimento da denúncia. Era assim na Lei 9.249/95 e também no primeiro
REFIS, a Lei 9.964/2000:

Lei 9.249/95
Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente
promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios,
antes do recebimento da denúncia.

Lei 9.964/2000
Art. 15. É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos

nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e no art. 95 da Lei

no 8.212, de 24 de julho de 1991, durante o período em que a pessoa jurídica


relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no Refis, desde que
a inclusão no referido Programa tenha ocorrido antes do recebimento da denúncia
criminal.
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão
punitiva.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se, também:
I – a programas de recuperação fiscal instituídos pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, que adotem, no que couber, normas estabelecidas
nesta Lei;
II – aos parcelamentos referidos nos arts. 12 e 13.
§ 3o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa
jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos
oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem sido
objeto de concessão de parcelamento antes do recebimento da denúncia
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criminal. (sem grifo no original)

Deste modo, a referência no texto citado no precedente, que embasa tanto o


artigo de Luiz Flávio Gomes quanto o próprio relatório do Ministro Dias Tóffoli, não
se dirigia a autorizar um pagamento a qualquer tempo, mas tão somente a
contrapor o marco regulatório da Lei 10.684/2003 com o que lhe era antecedente.

Destarte, é um rematado equívoco assentar normas de caráter temporário


como as das Leis 9.964/2000 e 10.684/2003 como normas permanentes relativas
ao pagamento extintivo da punibilidade.

As normas permanentes estão estampadas no art. 83 da Lei 9.430/96 e que


fazem referência expressa ao ainda hoje vigente art. 34 da Lei 9.249/95, que limita
o pagamento para fatos não alcançados pelos programas de parcelamento ao
momento do recebimento da denúncia.2

9 – Posta a questão nesses termos, é necessário compreender que os


dispositivos que tratam do pagamento se conectam com normas que tratam da
pretensão punitiva e não da pretensão executória.3
2
Registre-se que não se deve confundir os programas de parcelamento que contém disposições penais – Leis
9.964/2000, 10.684/2003, 11.941/2009 – com normas que outorgam parcelamentos especiais e silenciam quanto às
disposições penais aplicáveis.
3
Lei 9.964/2000

Art. 15. É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137,
de 27 de dezembro de 1990, e no art. 95 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, durante o período em que a pessoa
jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no Refis, desde que a inclusão no referido
Programa tenha ocorrido antes do recebimento da denúncia criminal.
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se, também:
I – a programas de recuperação fiscal instituídos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, que adotem,
no que couber, normas estabelecidas nesta Lei;
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Isto posto, ainda que o fato seja anterior à Lei 10.684/2003, o que lhe
permite a incidência de tais regras, entende este membro do MPF que diante do
trânsito em julgado da condenação não há mais espaço para o efeito extintivo da
punibilidade no caso desses autos.

10 – Ainda que superado este óbice, na linha do decidido no acórdão


questionado acima, é o pagamento e não o parcelamento que teria o efeito de
extinguir a punibilidade. Desse modo, como consta do ofício da PGFN, não houve

II – aos parcelamentos referidos nos arts. 12 e 13.


§ 3o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente
efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem
sido objeto de concessão de parcelamento antes do recebimento da denúncia criminal.

Lei 10.684/2003

Art. 9o É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de
27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal,
durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de
parcelamento.
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente
efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.

Lei 11.941/2009

Art. 68.  É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2º da Lei nº 8.137,
de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código
Penal, limitada a suspensão aos débitos que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento, enquanto não forem
rescindidos os parcelamentos de que tratam os arts. 1o a 3o desta Lei, observado o disposto no art. 69 desta Lei. 
Parágrafo único.  A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva. 

Art. 69.  Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68 quando a pessoa jurídica relacionada com o agente
efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem
sido objeto de concessão de parcelamento. 
Parágrafo único.  Na hipótese de pagamento efetuado pela pessoa física prevista no § 15 do art. 1 o desta Lei, a extinção
da punibilidade ocorrerá com o pagamento integral dos valores correspondentes à ação penal. 
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pagamento integral, mas mero parcelamento, o que não teria o efeito de extinguir a
punibilidade.

Por todo o exposto requer o MPF o prosseguimento da execução


penal.

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2019.

JOSÉ MARIA PANOEIRO


PROCURADOR DA REPÚBLICA

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