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D I S C I P L I N A Instrumentação para o Ensino de Química II

Concepções alternativas: conceitos


espontâneos e científicos

O
Autores

SÃ Márcia Gorette Lima da Silva

Isauro Beltrán Núñez


VI
RE

CONTROLE DA EDIÇÃO DE MATERIAIS - SEDIS/UFRN

Nome do arquivo: In_En_QII_A07

Diagramador: Bruno
aula

07
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Apresentação

A
formação de conceitos científicos, os quais são ferramentas do pensamento e
das teorias científicas, é um objetivo chave no ensino de Química. Dessa forma,
nosso pensamento se constrói por meio de conceitos e as teorias e leis científicas
se expressam numa linguagem específica na qual os conceitos são constituintes. Essas
leis e teorias podem ser consideradas como conceitos que explicam as relações entre os
fenômenos e a sua “essência”.
A aprendizagem da Química não supõe apenas o conhecimento formal dos conceitos.
Pensar e agir considerando esses conceitos como ferramentas não pode ser desvinculado da
aprendizagem de procedimentos, valores, atitudes, uma vez que o cognitivo e o afetivo constituem
uma unidade. Ou seja, os conceitos são aprendidos a partir de procedimentos que contribuem

O
para a formação de valores e atitudes em um processo de aprender pensando sobre o que e por
que se faz. Então, a formação de conceitos científicos da Química pode ser compreendida via
procedimentos lógicos, como, por exemplo, identificar e comparar. Em nossa aula, discutiremos

tais questões relacionadas à formação de conceitos em Química e às concepções alternativas.

Objetivos
VI
RE

Caracterizar a noção de conceitos de acordo com as


1 diferentes perspectivas lógicas e psicológicas.

Diferenciar conceitos espontâneos de conceito científico


2 no contexto das concepções alternativas.

Organizar atividades de formação de conceitos científicos


3 da Química por meio de identificação e classificação.

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Os conceitos segundo diferentes
perspectivas

D
urante o tempo em que estivemos na escola e nos cursos superiores, escutamos as
pessoas falarem de conceitos. Mas, o que é um conceito? Quando podemos falar que
os estudantes construíram conceitos em Química? Que procedimentos favorecem ao
estudante a formação de conceitos?
Os estudantes, no contexto do cotidiano, constroem conceitos espontâneos
diferentes daqueles que lhes são formalmente ensinados no contexto escolar, os quais,
por sua vez, são ferramentas do pensamento que possibilitam dar sentido às experiências

O
do cotidiano. Já os conceitos científicos (conceitos escolares) situam-se no marco de
outras exigências cognitivas, por exemplo, na solução de tarefas. Distinguir um conceito


do outro sob critérios metodológicos possibilita ao professor pensar em estratégias para
formação de conceitos científicos na escola.
Nos PCN os conteúdos são organizados em conteúdos conceituais, procedimentais
e atitudinais (tema já discutido nesta disciplina). Os conteúdos conceituais são aqueles
VI
que remetem ao conhecimento construído pela disciplina ao longo da história, referindo-
se a fatos, princípios e conceitos. Os fatos são informações pontuais e restritas como,
por exemplo, a data de uma descoberta na Química, os princípios são generalizações das
ciências que explicam o comportamento dos fenômenos e suas relações, como o princípio
RE

de conservação da massa numa reação química; já os conceitos podem ser considerados


como os “tijolos” das teorias, leis e princípios e são ferramentas do pensamento científico.
Os conteúdos procedimentais relacionam o saber fazer com os conteúdos conceituais,
isto é, o saber não se separa do saber fazer, saber explicar. Assim, podemos usar o
seguinte exemplo:

Quadro 1 – Exemplo de classificação de conteúdos conceituais e procedimentais

Conteúdo conceitual Conteúdo procedimental


Decantação
Reconhecer método de separação de misturas
Filtração
Selecionar o método de separação de uma mistura
Evaporação

Para Pozo e Gómez-Crespo (1998, p. 31-32), a aprendizagem de conceitos e a


construção de modelos – entendendo esta como uma das finalidades da educação científica
– requerem a superação das dificuldades de compreensão por parte dos estudantes. Isso
significa que o professor deve trabalhar conteúdos verbais a partir dos mais específicos e
simples (fatos e dados), passando pelos conceitos disciplinares específicos até atingir os
princípios estruturantes das ciências.

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A Didática das Ciências Naturais, a Psicologia da Aprendizagem, assim como a Lógica
Formal e a Lógica Dialética discutem várias perspectivas em relação ao que é um conceito
como também têm proposto diferentes teorias que procuram explicar os processos de
conceitualização pelos seres humanos. Quando se trabalha a formação de conceitos na sala
de aula, é importante compreender, primeiramente, do que estamos falando quando se trata
do termo conceito.
Assim, vamos conhecer os sentidos atribuídos por alguns autores a esse termo. Para
Astolfi e Develay (1995, p. 31), o conceito científico:

n   não designa um fato bruto, mas uma relação que pode reaparecer em situações diversas;

n   a presenta duas características inseparáveis: permite explicar e prever, tem um


campo explicativo (limites);

n   é expresso por uma frase, um código gráfico ou matemático.

O
Os conceitos são representados por palavras que têm um significado específico. As
palavras que designam conceitos quando ouvidas produzem uma imagem mental. Por
exemplo, ao ouvir a palavra átomo, é ativada em nossa memória uma representação do

que é um átomo. Mas, nem todas as palavras são conceitos. Um conceito científico possui
características próprias, como:

n   p ode ter diferentes definições, de acordo com a área disciplinar de conhecimento. Por
exemplo, o conceito metal nas diferentes disciplinas pode ter seus atributos definidos
VI
em termos de distintas áreas do conhecimento:
RE

condutividade elétrica Física

define os atributos resistência mecânica Mecânica


em termos de

condutividade elétrica, propriedades Química


mecânicas, reatividade com outras substâncias

Figura 1 – Exemplo do conceito de metal em distintas áreas do conhecimento

n   tem um desenvolvimento segundo o progresso da Ciência. Por exemplo, o conceito de


ácido: ácido de Arrehnius, ácido de Brönsted e Lowry e ácido de Lewis.

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Como explicam Astolfi e Develay (1995, p. 33), “a construção de um conceito ao longo
da história é um processo complexo no qual é efetuada por retificações sucessivas”. Cada
etapa contém em si diferentes obstáculos epistemológicos que são, às vezes, levantados
posteriormente.
Os conceitos, quando trabalhados, dependem dos objetivos vinculados ao nível de
aprendizagem dos estudantes e de seu aprofundamento com o ensino contínuo. Assim,
no estudo do conceito é importante considerar a aura conceitual.

Aura conceitual – conjunto de conceitos que integram ou são necessários


para a compreensão de um conceito; configura-se um campo conceitual
(GIORDAN; DE VECCHI, 1996, p. 184).

O
O novo conceito navega na aura conceitual. Nesse sentido, a compreensão do conceito científico


se dá na integração com outros conceitos, não sendo um processo pontual ou específico.

Conceito
Solução Contínuo/descontínuo
verdadeira Sistema
VI
Substância
Solvente
Soluto
Sistema homogêneo
Interação entre partículas
Estado da matéria
RE

Parte da aura conceitual


(difusa) - interdisciplinar Sistema dinâmico
etc.

Figura 2 – Exemplo da aura conceitual para o conceito de solução verdadeira

O conceito científico é explicativo no interior de um campo de validade que deve ser


limitado, conforme mostra a figura a seguir.

inserido numa rede conceitual

Conceito científico Lei científico Teoria científico

Modelo científico
Resposta a
como expressão da teoria,
problemas científicos
como construção figurada, abstrata do real

Figura 3 – Representação das relações explicativas do conceito científico

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Por outro lado, há diferenças entre o conceito científico e o conhecimento cotidiano,
conforme a Figura 4.

Conceito científico Conceito cotidiano

Distanciados pela abstração Relação com a experiência sensível


da experiência sensível

Aproximados à experiência
sensível na teoria explicativa

Formação via teórica Relação com a experiência sensível

Figura 4 – Algumas diferenças entre conceito científico e conceito cotidiano

O
Para a Psicologia, o conceito é uma representação mental que temos de um objeto,

classe de objeto ou entidade. Um tipo de conceito (teoria do protótipo) é compreendido
como representação de aspectos comuns, compartilhados entre o protótipo e os exemplares
de uma família de objetos ou fenômenos que formam a classe. Em vez de uma definição
lógica, o conceito é formulado pela existência de mecanismos de categorização de estímulos
baseados em protótipos, como os casos mais claros de pertinência a uma determinada classe.
VI
Assim, a representação do conceito apresenta-se como modelo de protótipo construído pelo
sujeito, sendo possível, a partir dele, identificar a pertinência ou não de outros exemplares
ou classes (RIBEIRO; NÚÑEZ, 2004).
RE

Para a lógica dialética, que parte do princípio (ou lei) da contradição, o conceito pode
ser considerado como uma categoria do pensamento que representa uma classe de objetos,
como expressão da generalização do pensamento. Assim, no conceito expressa-se a
experiência social e os conhecimentos sistematizados pela cultura como forma de reflexo do
mundo (RIBEIRO; NÚÑEZ, 2004). Nessa perspectiva, o conceito é definido por um conjunto
de propriedades necessárias e suficientes que permitem generalizar uma classe de objetos.
Muitos conceitos científicos obedecem a essa definição lógica. Dessa forma,

C = f (x, y, ...., z)

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Sendo C o conceito, que é função (f) de x, y,...z (conjunto de propriedades necessárias
e suficientes). Veja o exemplo:

substância(s) dispersa(s)

Sistema disperso Sistema formado por

meio dispersante
conceito
Sistema de propriedades
necessárias e suficientes

Figura 5 – Exemplo de definição lógica para o conceito sistema disperso

O
O conceito pode ser definido por meio do procedimento lógico que determina o conjunto
de suas propriedades necessárias e suficientes.

A estrutura lógica de um conceito expressa o tipo de relações entre as propriedades
necessárias e suficientes desse conceito, classificadas como:

n   conjuntiva: as propriedades necessárias e suficientes unem-se pela conjunção “e”;


VI
n   disjuntiva: as propriedades necessárias e suficientes unem-se pela conjunção “ou”;

n   conjuntiva-disjuntiva: as conjunções “e” e “ou” são elementos de ligação das


propriedades necessárias e suficientes.
RE

A compreensão do conceito está relacionada com seu conteúdo e sua extensão.


No primeiro caso, o conteúdo é determinado pelo número de propriedades (atributos)
necessárias e suficientes que estão na definição. Já a extensão é determinada pelo conjunto
de objetos que ele representa mentalmente. Por exemplo:

Conceito de tipo de união entre átomos (1)


ligação química para formar uma estrutura mais estável (2)
com diminuição de energia do sistema (3)

propriedades três propriedades necessárias e suficientes


(conteúdo)
extensão todo tipo de ligação química

Figura 6 – Exemplo de atributos para o conceito de ligação química

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Conceito de ligação tipo de união entre átomos (1)
química iônica para formar uma estrutura mais estável (2)
com diminuição de energia do sistema (3)
entre um metal e não metal (4)

Nova propriedade entre um metal e não metal

três propriedades necessárias e suficientes


(conteúdo)
extensão todo tipo de ligação química

Figura 7 – Exemplo de atributos para o conceito de ligação química iônica

Numa construção hierárquica, a extensão de legitimidade do conceito é acompanhada

O
de uma diminuição do número de características necessárias e suficientesda definição.
Por exemplo:

Ligação química diminuem as
características
necessárias
VI
e suficientes
pode ser
na definição
RE

Iônica Covalente Metálica

Figura 8 – Construção hierárquica para o conceito de ligação química iônica

Os procedimentos lógicos, tais como observação, identificação e classificação,


contribuem para a formação de conceitos científicos.

a)  Observação: a definição lógica do conceito limita-se ao conceito como produto da


Ciência. Trabalhar o conceito nesta perspectiva, sem revelar os processos
de sua construção, quando necessário e oportuno, pode levar a dificuldades
na compreensão deles. Nesse caso, faz-se necessária a contextualização,
a problematização e a historização dos conceitos.

b)  Identificação: caracteriza-se por determinar a pertinência ou não de um objeto a uma


classe (conceito). Realiza-se por meio do conjunto de propriedades
necessárias e suficientes. As etapas da identificação, segundo a lógica,
podem ser descritas a seguir.

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a)  Conhecer a definição do conceito.

b)  Determinar no conceito as propriedades necessárias e suficientes, assim


como sua estrutura lógica.

c) Determinar no objeto a presença ou não das propriedades necessárias e suficientes


segundo a estrutura do conceito.

d) Determinar a pertinência, ou não, ou o caráter indeterminado do objeto ao conceito.

Observe, identificar um objeto significa que:

a) se conhece o conjunto de propriedades →

O
Pertence à classe (ao conceito)
necessárias e suficientes;


b) falta uma ou mais propriedades;

c) se desconhece a presença de uma ou mais →


→ Não pertence

Situação indeterminada
propriedades necessárias e suficientes.
VI
c) Classificação: caracteriza-se por uma habilidade lógica de distribuir objetos em
RE

classes determinadas, tendo como ponto de referência a semelhança


existente entre eles (RIBEIRO; NÚÑEZ, 1997). Implica definir o critério
da classificação (fundamento) e dividir os objetos em classes, de acordo
com o critério ou o fundamento.

Sá (1994, p. 50) propõe as seguintes atividades que podem contribuir para os estudantes
desenvolverem procedimentos de classificação:

n   identificar propriedades observáveis, úteis na classificação dos objetos;

n   construir sistemas de classificação binária ou múltipla para um conjunto de objetos,


indicando as propriedades observáveis em que se baseia a classificação;

n   construir dois ou mais sistemas de classificação para o mesmo conjunto de objetos;

n   identificar propriedades em função das quais um conjunto de objetos possa ser


organizado e construído em séries.

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A seguir são apresentados dois exemplos de classificação.

Exemplo 1

Sistemas químicos (S.Q)

podem ser

O
S.Q. homogêneos S.Q. heterogêneos


Exemplo 2 (Critério de classificação será o número de fases)
VI
RE

fenômenos Físicos ou químicos

Critério de classificação transformação ou não das


substâncias iniciais

de base (natureza) empírica precisa conhecer as evidências da mudança


química em termos de conceito

Os procedimentos lógicos, como conceitos, são uma via para a formação de conceitos
científicos. A percepção, a intuição e a lógica são três ferramentas usadas para aumentar o
conhecimento da natureza. Em alguma medida, as teorias científicas, as leis e os conceitos
científicos são uma combinação das três. Embora a formação de conceitos não possa ser
reduzida a um problema da lógica, ela tem um papel relevante quando aliada à criatividade,
mesmo parecendo opostas para o pensamento.

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Atividade 1

1 Leia atentamente o parágrafo que segue.

Destilação

“É empregada, normalmente, para separar misturas homogêneas,

O
também chamadas de soluções, constituídas por dois líquidos ou por
sólidos e líquidos. Através do aquecimento da solução, consegue-se
com o auxílio da aparelhagem adequada separar o componente

de menor temperatura de ebulição, o mesmo vaporiza-se primeiro
e condensa-se ao entrar em contato com as superfícies frias do
condensador, sendo recolhido em outro recipiente”.
VI
Fonte: Mortimer (1997)

a) Defina o conceito de destilação segundo a lógica dialética, isto é,


RE

defina o conjunto de propriedades necessárias e suficientes.

Selecione um conceito e organize uma situação de ensino para trabalhar


2 com estudantes o procedimento de definição de conceitos. Discuta os
elementos históricos e problematize o conceito em estudo.

3 Em relação ao conceito solução:

mistura homogênea de dois ou mais materiais.

a) Estabeleça uma possível aura conceitual, a partir de uma


perspectiva multidisciplinar, e elabore um texto discutindo a sua
importância na formação de conceitos.

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Leituras Complementares
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Neste livro, a partir da filosofia do materialismo dialético, discute-se a noção de conceito


como estrutura dinâmica do pensamento. Para o autor, o conceito é uma construção social,
cultural e histórica determinada pela práxis como via de transformação humana. Concede
importância aos processos de construção dos conceitos na dialética do concreto e do abstrato.

NÚÑEZ, Isauro Beltrán; PACHECO, Otmara Gonzalez. La formación de conceptos científicos:


una perspectiva desde la teoria de la actividad. Natal: EDUFRN, 1997.

O livro discute a formação de conceitos científicos na perspectiva da teoria histórico-

O
cultural de L.S. Vigotsky, da teoria da atividade de A. N. Leontiev e da teoria de assimilação
por etapas de P.Ya. Galperin. Os autores diferenciam, à luz dessas teorias, o conceito

científico (escolar) do conceito espontâneo (do cotidiano) para discutir os processos
de assimilação (apropriação) dos primeiros como tipos específicos de atividade com
determinados indicadores qualitativos (graus de generalização, de consciência, de
independência e da forma da ação). São propostas estratégias didáticas para a formação
de conceitos como estruturas lógicas do pensamento.
VI
POZO, Juan Ignácio. Teorias cognitivas da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1998.
RE

O autor discute diferentes teorias cognitivas da aprendizagem. Na segunda parte, focaliza


a formação de conceitos artificiais e de conceitos naturais. No caso dos conceitos naturais, a
família das teorias probabilísticas dos conceitos possibilita a compreensão da estrutura não
lógica destes. É discutida a teoria do protótipo de Rosch como teoria sobre os conceitos que
se afastam da concepção clássica, destacando suas possibilidades explicativas de tipos de
aprendizagens, assim como as limitações dessa teoria.

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Resumo
Os conceitos científicos são ferramentas essenciais ao pensamento científico,
uma vez que o conhecimento das Ciências Naturais implica o domínio de suas
teorias, leis, conceitos, os quais estão relacionados aos procedimentos das
ciências ou ao saber fazer e pensar “cientificamente”. No ensino de Química, os
conteúdos conceituais e procedimentais são formas de contribuir com atitudes
positivas dos estudantes na aprendizagem de Química. Os conceitos no
contexto da Didática das Ciências Naturais são classificados como espontâneos
e científicos (conceitos escolares) associados às concepções alternativas dos
estudantes. Existem diferentes vias para a formação de conceitos científicos,
as quais dependem da posição assumida em relação ao próprio conceito de

O
conceito. A partir da lógica dialética, os procedimentos de definição, identificação
e classificação podem contribuir para a formação de conceitos científicos
definidos por um conjunto de propriedades necessárias e suficientes.

Auto-avaliação
VI
O que é um conceito científico? Como podemos defini-lo, segundo a lógica
1
RE

dialética?

Discuta com um ou mais dois colegas a importância da formação de conceitos


2 da Química para os estudantes do Ensino Fundamental. Em seguida, elabore um
texto, discorrendo sobre tal tema.

Explique por que os procedimentos lógicos de identificação e classificação são


3 meios para a formação de conceitos científicos.

Referências
ASTOLFI, J. P.; DEVELEY, M. A didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1995.

GIORDAN, A.; DE VECCHI, G. As origens do saber: das concepções dos aprendentes aos
conceitos científicos. Porto Alegre: Artmed, 1996.

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MORTIMER, E. F. (Coord.). Introdução ao estudo da química: propriedades dos materiais,
reações químicas e teoria da matéria. Belo Horizonte: [S. n.], 1997.

POZO, J. I.; GÓMEZ-CRESPO, M. Aprender y enseñar ciencia. Madri: Morata, 1998.

RIBEIRO, R. P.; NÚÑEZ, I. B. A aprendizagem significativa e o ensino de Ciências Naturais.


In: Núñez, I. B.; Ramalho, B. L. Fundamentos do ensino-aprendizagem das ciências
naturais e da matemática: o novo ensino médio. Porto Alegre: Sulina, 2004. p.29-42.

______. O desenvolvimento dos procedimentos do pensamento lógico: comparação,


identificação e classificação. Revista Educação em Questão, v. 7, n. 1-2, p. 40-66, 1997.

SÁ, J. G. Renovar as práticas do 1o ciclo pela via das ciências da natureza. Porto: Porto
editora LDA, 1994.

O

VI
RE

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Anotações

O

VI
RE

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Anotações

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RE

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Anotações

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RE

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