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O
Autores
Diagramador: Bruno
aula
07
Data de envio para Revisão:
Professor responsável:
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Secretária de Educação a Distância
Ivana Lima
Vera Lúcia do Amaral
Johann Jean Evangelista de Melo
Secretaria de Educação a Distância- SEDIS
Coordenadora da Produção dos Materiais
Célia Maria de Araújo
Coordenador de Edição
SÃ Adaptação para Módulo Matemático
André Quintiliano Bezerra da Silva
Kalinne Rayana Cavalcanti Pereira
Imagens Utilizadas
Ary Sergio Braga Olinisky Banco de Imagens Sedis
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Projeto Gráfico (Secretaria de Educação a Distância) - UFRN
Ivana Lima Fotografias - Adauto Harley
Stock.XCHG - www.sxc.hu
Revisores de Estrutura e Linguagem
Jânio Gustavo Barbosa
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A
formação de conceitos científicos, os quais são ferramentas do pensamento e
das teorias científicas, é um objetivo chave no ensino de Química. Dessa forma,
nosso pensamento se constrói por meio de conceitos e as teorias e leis científicas
se expressam numa linguagem específica na qual os conceitos são constituintes. Essas
leis e teorias podem ser consideradas como conceitos que explicam as relações entre os
fenômenos e a sua “essência”.
A aprendizagem da Química não supõe apenas o conhecimento formal dos conceitos.
Pensar e agir considerando esses conceitos como ferramentas não pode ser desvinculado da
aprendizagem de procedimentos, valores, atitudes, uma vez que o cognitivo e o afetivo constituem
uma unidade. Ou seja, os conceitos são aprendidos a partir de procedimentos que contribuem
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para a formação de valores e atitudes em um processo de aprender pensando sobre o que e por
que se faz. Então, a formação de conceitos científicos da Química pode ser compreendida via
procedimentos lógicos, como, por exemplo, identificar e comparar. Em nossa aula, discutiremos
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tais questões relacionadas à formação de conceitos em Química e às concepções alternativas.
Objetivos
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urante o tempo em que estivemos na escola e nos cursos superiores, escutamos as
pessoas falarem de conceitos. Mas, o que é um conceito? Quando podemos falar que
os estudantes construíram conceitos em Química? Que procedimentos favorecem ao
estudante a formação de conceitos?
Os estudantes, no contexto do cotidiano, constroem conceitos espontâneos
diferentes daqueles que lhes são formalmente ensinados no contexto escolar, os quais,
por sua vez, são ferramentas do pensamento que possibilitam dar sentido às experiências
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do cotidiano. Já os conceitos científicos (conceitos escolares) situam-se no marco de
outras exigências cognitivas, por exemplo, na solução de tarefas. Distinguir um conceito
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do outro sob critérios metodológicos possibilita ao professor pensar em estratégias para
formação de conceitos científicos na escola.
Nos PCN os conteúdos são organizados em conteúdos conceituais, procedimentais
e atitudinais (tema já discutido nesta disciplina). Os conteúdos conceituais são aqueles
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que remetem ao conhecimento construído pela disciplina ao longo da história, referindo-
se a fatos, princípios e conceitos. Os fatos são informações pontuais e restritas como,
por exemplo, a data de uma descoberta na Química, os princípios são generalizações das
ciências que explicam o comportamento dos fenômenos e suas relações, como o princípio
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n não designa um fato bruto, mas uma relação que pode reaparecer em situações diversas;
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Os conceitos são representados por palavras que têm um significado específico. As
palavras que designam conceitos quando ouvidas produzem uma imagem mental. Por
exemplo, ao ouvir a palavra átomo, é ativada em nossa memória uma representação do
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que é um átomo. Mas, nem todas as palavras são conceitos. Um conceito científico possui
características próprias, como:
n p ode ter diferentes definições, de acordo com a área disciplinar de conhecimento. Por
exemplo, o conceito metal nas diferentes disciplinas pode ter seus atributos definidos
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em termos de distintas áreas do conhecimento:
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O novo conceito navega na aura conceitual. Nesse sentido, a compreensão do conceito científico
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se dá na integração com outros conceitos, não sendo um processo pontual ou específico.
Conceito
Solução Contínuo/descontínuo
verdadeira Sistema
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Substância
Solvente
Soluto
Sistema homogêneo
Interação entre partículas
Estado da matéria
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Modelo científico
Resposta a
como expressão da teoria,
problemas científicos
como construção figurada, abstrata do real
Aproximados à experiência
sensível na teoria explicativa
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Para a Psicologia, o conceito é uma representação mental que temos de um objeto,
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classe de objeto ou entidade. Um tipo de conceito (teoria do protótipo) é compreendido
como representação de aspectos comuns, compartilhados entre o protótipo e os exemplares
de uma família de objetos ou fenômenos que formam a classe. Em vez de uma definição
lógica, o conceito é formulado pela existência de mecanismos de categorização de estímulos
baseados em protótipos, como os casos mais claros de pertinência a uma determinada classe.
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Assim, a representação do conceito apresenta-se como modelo de protótipo construído pelo
sujeito, sendo possível, a partir dele, identificar a pertinência ou não de outros exemplares
ou classes (RIBEIRO; NÚÑEZ, 2004).
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Para a lógica dialética, que parte do princípio (ou lei) da contradição, o conceito pode
ser considerado como uma categoria do pensamento que representa uma classe de objetos,
como expressão da generalização do pensamento. Assim, no conceito expressa-se a
experiência social e os conhecimentos sistematizados pela cultura como forma de reflexo do
mundo (RIBEIRO; NÚÑEZ, 2004). Nessa perspectiva, o conceito é definido por um conjunto
de propriedades necessárias e suficientes que permitem generalizar uma classe de objetos.
Muitos conceitos científicos obedecem a essa definição lógica. Dessa forma,
C = f (x, y, ...., z)
substância(s) dispersa(s)
meio dispersante
conceito
Sistema de propriedades
necessárias e suficientes
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O conceito pode ser definido por meio do procedimento lógico que determina o conjunto
de suas propriedades necessárias e suficientes.
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A estrutura lógica de um conceito expressa o tipo de relações entre as propriedades
necessárias e suficientes desse conceito, classificadas como:
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de uma diminuição do número de características necessárias e suficientesda definição.
Por exemplo:
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Ligação química diminuem as
características
necessárias
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e suficientes
pode ser
na definição
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Pertence à classe (ao conceito)
necessárias e suficientes;
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b) falta uma ou mais propriedades;
Situação indeterminada
propriedades necessárias e suficientes.
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c) Classificação: caracteriza-se por uma habilidade lógica de distribuir objetos em
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Sá (1994, p. 50) propõe as seguintes atividades que podem contribuir para os estudantes
desenvolverem procedimentos de classificação:
Exemplo 1
podem ser
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S.Q. homogêneos S.Q. heterogêneos
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Exemplo 2 (Critério de classificação será o número de fases)
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Os procedimentos lógicos, como conceitos, são uma via para a formação de conceitos
científicos. A percepção, a intuição e a lógica são três ferramentas usadas para aumentar o
conhecimento da natureza. Em alguma medida, as teorias científicas, as leis e os conceitos
científicos são uma combinação das três. Embora a formação de conceitos não possa ser
reduzida a um problema da lógica, ela tem um papel relevante quando aliada à criatividade,
mesmo parecendo opostas para o pensamento.
Destilação
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também chamadas de soluções, constituídas por dois líquidos ou por
sólidos e líquidos. Através do aquecimento da solução, consegue-se
com o auxílio da aparelhagem adequada separar o componente
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de menor temperatura de ebulição, o mesmo vaporiza-se primeiro
e condensa-se ao entrar em contato com as superfícies frias do
condensador, sendo recolhido em outro recipiente”.
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Fonte: Mortimer (1997)
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cultural de L.S. Vigotsky, da teoria da atividade de A. N. Leontiev e da teoria de assimilação
por etapas de P.Ya. Galperin. Os autores diferenciam, à luz dessas teorias, o conceito
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científico (escolar) do conceito espontâneo (do cotidiano) para discutir os processos
de assimilação (apropriação) dos primeiros como tipos específicos de atividade com
determinados indicadores qualitativos (graus de generalização, de consciência, de
independência e da forma da ação). São propostas estratégias didáticas para a formação
de conceitos como estruturas lógicas do pensamento.
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POZO, Juan Ignácio. Teorias cognitivas da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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conceito. A partir da lógica dialética, os procedimentos de definição, identificação
e classificação podem contribuir para a formação de conceitos científicos
definidos por um conjunto de propriedades necessárias e suficientes.
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Auto-avaliação
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O que é um conceito científico? Como podemos defini-lo, segundo a lógica
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dialética?
Referências
ASTOLFI, J. P.; DEVELEY, M. A didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1995.
GIORDAN, A.; DE VECCHI, G. As origens do saber: das concepções dos aprendentes aos
conceitos científicos. Porto Alegre: Artmed, 1996.
SÁ, J. G. Renovar as práticas do 1o ciclo pela via das ciências da natureza. Porto: Porto
editora LDA, 1994.
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