Leitura Orientada - Livro "Urbanização e Regionalização" de Spiridião
Faissol - Secretaria de Planejamento da Presidência da República -
IBGE Mateus Rocha Duarte - 40944
RESUMO
O trabalho busca sintetizar o conteúdo expresso pelo autor no trecho do livro
indicado. Ciente que a urbanização brasileira pede por pesquisas mais profissionais em escalas regionais, entender e aplicar na prática teorias de desenvolvimento urbano e econômico harmônico é um desafio, e também uma grande responsabilidade em meio ao caos da intensa urbanização Brasileira.
Segundo o autor a cidade é um polo gerador de desenvolvimento, e
oportunidades. Evento que se explica na concentração de pessoas, e a proximidade delas aos meios de produção. Trabalhando o fator economia de escala ( relação econômica que acontece quando o custo desse investimento em um produto cresce menos do que a produção resultante dele) a cidade se beneficia da concentração ou monopolização, de tecnologia e capital de produção, resultando em um custo médio menor por produto comercializado, e produzindo uma maior geração de riquezas.
“A cidade é um foco de concentração de atividades e de irradiação de
inovações, duas funções essenciais no contexto do processo de desenvolvimento. Em relação à primeira estão associados todos os conceitos de localização, economias de escala, mercado de consumo para numerosas atividades produtos, concentração de mão-de-obra e etc, e em relação a segunda estão associados os conceitos de difusão de inovações, com suas implicações na hierarquia e espaçamento de centros urbanos e capacidade multiplicadora dos mesmos.” Em primeiro lugar a cidade é um elemento vivo, uma estrutura que tende a se relacionar com as partes do seu interior , e por conseguinte seu todo que ela se relaciona com as cidades que as cerca, visto isso é de suma importância para o processo de desenvolvimento, o conhecimento dos processos de urbanização e regionalização que acontece entre elas, no modelo que fora denominado de sistema de cidades. Este sistema de cidades propõe que a relação estrutura/cidade tem um protagonismo na articulação econômica da região, sendo ela o indicador de sustentabilidade urbana e social. “A relação entre o tamanho de uma cidade e sua hierarquia no sistema de cidades tem um significado importante no que diz respeito ao processo de desenvolvimento. Se a relação entre a cidade mais importante e a segunda colocada for de enorme desproporção entre as duas, a interpretação atribuída ao fenômeno é e uma macrocefalia urbana, concentração desmesurada de gente, consumo/produção, poder político-econômica que não conduzem a um desenvolvimento equilibrado do sistema.“
Dentro da discussão de modelos sustentáveis de regionalização, segundo o
autor cabe discutir postulados dedutivos produzidos na geografia, como a teoria das centrais. Desenvolvidas por Walter Christaller a teoria das localidades centrais, baseia se na conceituação de uma organização estrutural das localidade de modo que todas as atividades são localizadas em um superfície indiferenciada e plana, a qual uma superfície de transporte é simetricamente iguais no fator distância, sendo assim os custos de transporte de bens e produtos são constantes para qualquer direção. Na discussão sobre o conceito articulado de centro e periferia, a primeira posição a ser estudada refere se a desenvolvida por Perroux-hirschman. A posição descreve que com o crescimento rápido na produção total, privilegiada pela crescente concentração e propiciada por economistas de escala, tem gerado um padrão estrutural que pode chamado de núcleo-periferia. A medida que este núcleo básico se desenvolve, seus níveis de renda crescem gradativamente, de modo que empresas não consideradas competitivas vão sendo selecionadas a se retirarem, filtrando se para núcleos de habitação menores, onde elas vão encontrar tetos salariais menores, e vão conseguir gerar impulsos benéficos de crescimento dos mesmos. Na disputa de metodologia de desenvolvimento hierárquico entre “Rank size” e “ primacy”. O autor está associa a um sistema econômico “Rank size” o mais desenvolvido, visto que as forças atuam em direções diferentes em um processo estocástico, ou seja indeterminável. Já a distribuição do tipo “primacy’, estaria associada a uma economia dual, com todo o poder econômico concentrado em uma grande cidade, modelo que fatalmente atrai uma massa desproporcional de migrantes, que ao se depararem com uma demanda artificial de emprego, são alocados em empresas que tender a atualizar o valor dos salários, em vez de mudarem-se a cidades de mais baixa hierarquia.