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Manual de Orientação
Departamento Científico
de Nefrologia
Hipertensão arterial na
infância e adolescência
1
Hipertensão arterial na infância e adolescência
2
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
Como medir?
Medida da Pressão Arterial
A medida da PA na criança segue as mesmas
Em quem medir? recomendações da medida em adultos. O ideal é
que a criança esteja sentada ou deitada, tranqui-
Todas as crianças maiores de 3 anos devem
la, descansada por mais de 5 minutos, com a be-
ter a sua pressão arterial medida pelo menos
xiga vazia e sem ter praticado exercícios físicos
uma vez por ano. Para as crianças menores de 3
há pelo menos 60 minutos. O paciente deve estar
anos, a avaliação da PA está indicada em condi-
deitado ou sentado, com pernas descruzadas, pés
ções especiais listadas no quadro 2.
apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e
relaxado; com o braço ao nível do coração, sendo
Quadro 2. Situações que requerem medida da Pressão preferencial o braço direito, para ser comparável
Arterial antes de 3 anos de idade com as tabelas padrão e evitar falsas medidas
baixas no braço esquerdo no caso de Coarctação
Histórico - Prematuros <32 semanas da Aorta. O braço deve estar na altura do coração,
neonatal - Muito baixo peso ao nascer
apoiado, com a palma da mão voltada para cima e
- Cateterismo umbilical
as roupas não devem garrotear o membro.7,8
- Outras complicações no
período neonatal requerendo Medir a circunferência do braço para a esco-
internação em UTI lha do manguito: 1º passo: Medir a distância do
acrômio ao olécrano; 2º passo: Identificar o ponto
Doenças Cardiopatia congênita (corrigida
médio da distância entre o acrômio e o olécrano;
cardíacas ou não)
3º passo: Medir a circunferência do braço nesse
Doenças - ITU de repetição ponto médio. A partir dessa medida, seleciona-se
renais - Hematúria ou proteinúria o manguito adequado para a medida, que deve
- Doença renal conhecida cobrir 40% da largura e 80 a 100% do compri-
- Malformação urológica mento. No quadro 3 há referência dos tamanhos
- História familiar de doença de manguitos. Não se deve avaliar especifica-
renal congênita mente pela faixa etária do paciente, mas sim pela
medida da circunferência do braço, conforme es-
Transplantes - Órgãos sólidos
pecificado acima. Em serviços pediátricos, deve-
- Medula óssea
-se ter disponibilidade completa de manguitos,
Outros - Neoplasia devido à extensa faixa etária e variação de tama-
- Tratamento com drogas que nho da população que é atendida (desde recém-
sabidamente aumentam a PA -nascidos até adolescentes obesos).7,8
- Outras doenças associadas à
Após a escolha do manguito adequado: 4º
Hipertensão (neurofibromatose,
passo: Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2
esclerose tuberosa, anemia
a 3 cm acima da fossa cubital; 5º passo: Centra-
falciforme, etc)
lizar o meio da parte compressiva do manguito
- Evidência de aumento da
sobre a artéria braquial; 6º passo: Estimar o ní-
pressão intracraniana
vel da PAS (pressão arterial sistólica) pela pal-
pação do pulso radial; 7º passo: Palpar a artéria
As crianças maiores de 3 anos ou adolescen- braquial na fossa cubital e colocar a campânula
tes que sejam obesos, tomam medicamentos ou o diafragma do estetoscópio sem compres-
que podem elevar a PA, têm doença renal, ou são são excessiva; 8º passo: Inflar rapidamente até
diabéticos ou têm história de obstrução do arco ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da
aórtico ou coarctação da aorta, a pressão arterial PAS obtido pela palpação; 9º passo. Proceder à
deve ser medida em cada consulta médica.7 deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg/se-
3
Hipertensão arterial na infância e adolescência
gundo); 10º passo: Determinar a PAS pela auscul- ção rápida e completa; 13º passo: Se os batimen-
ta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, tos persistirem até o nível zero, determinar a PAD
aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e
11º passo: Determinar a PAD (pressão arterial anotar valores da PAS/PAD/zero; 14º passo: Ano-
diastólica) no desaparecimento dos sons (fase V tar os valores exatos sem “arredondamentos”,
de Korotkoff); 12º passo: Auscultar cerca de 20 a lembrando que, pelo método auscultatório, o in-
30 mmHg abaixo do último som para confirmar tervalo entre os valores marcados no manômetro
seu desaparecimento e depois proceder à defla- e de 2 mmHg.8
Circunferência
Largura Comprimento
Faixa etária máxima do braço
(cm) (cm)
(cm)*
Recém-nascido 4 8 10
Lactente 6 12 15
Criança 9 18 22
Adulto pequeno 10 24 26
Adulto 13 30 34
Adulto grande 16 38 44
Coxa 20 42 52
Adaptado de 4
4
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
ta o estágio puberal da criança, só devendo ser da PA, prevalecem os percentis fornecidos pelas
utilizado esse valor a partir de 13 anos se o in- tabelas.7 Nas últimas Diretrizes europeias, esse
divíduo já estiver na puberdade. Para efeitos de ponto de corte foi feito para adolescentes acima
pesquisa e para maior precisão na classificação de 16 anos.6
Normotensão: Normotensão:
PA < P90 para sexo, idade e altura PA < 120/<80 mmHg
5
Hipertensão arterial na infância e adolescência
Tabela 1. Percentis de Pressão Arterial Sistêmica para Meninos por idade e Percentis de Estatura
continua...
6
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... continuação
7
Hipertensão arterial na infância e adolescência
Tabela 2. Percentis de Pressão Arterial Sistêmica para Meninas por idade e Percentis de Estatura
continua...
8
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
... continuação
9
Hipertensão arterial na infância e adolescência
Tabela 3. Valores de Pressão Arterial que requerem Tabela 4. Valores estimados de pressão arterial (PA) após
avaliação adicional 2 semanas em recém-nascidos de 26 a 44 semanas de
idade pós-concepção
Pressão arterial
Idade pós Percentil Percentil Percentil
em mmHg
concepção 50 95 99
Idade 44 Semanas
Meninos Meninas
em
PAS 88 105 110
anos
PA PA PA PA PAD 50 68 73
sis- dias- sis- dias- PAM 63 80 85
tólica tólica tólica tólica
42 Semanas
1 98 52 98 54 PAS 85 98 102
PAD 50 65 70
2 100 55 101 58 PAM 62 76 81
40 Semanas
3 101 58 102 60 PAS 80 95 100
PAD 50 65 70
4 102 60 103 62
PAM 60 75 80
5 103 63 104 64 38 Semanas
PAS 77 92 97
6 105 66 105 67 PAD 50 65 70
PAM 59 74 79
7 106 68 106 68 36 Semanas
PAS 72 87 92
8 107 69 107 69
PAD 50 65 70
9 107 70 108 71 PAM 57 72 71
34 Semanas
10 108 72 109 72 PAS 70 85 90
PAD 40 55 60
11 110 74 111 74 PAM 50 65 70
32 Semanas
12 113 75 114 75
PAS 68 83 88
≥13 120 80 120 80 PAD 40 55 60
PAM 48 62 69
Adaptado de Flynn et al7
30 Semanas
PAS 65 80 85
PAD 40 55 60
PAM 48 65 68
Na faixa etária neonatal e abaixo de 1 ano
28 Semanas
de vida a definição de hipertensão é ainda mais
PAS 60 75 80
difícil. Não houve atualização das tabelas e
PAD 38 50 54
curvas e preconiza-se o uso de tabela compila-
PAM 45 58 63
da por Dionne et al10 para avaliação de recém-
26 Semanas
-nascidos (Tabela 4). Em crianças após o período
PAS 55 72 77
neonatal e menores de 1 ano, utiliza-se as cur-
PAD 30 50 56
vas do 2º Task Force2 que podem ser consulta-
das no Capítulo de Hipertensão na Criança e no PAM 38 57 63
PAS – pressão arterial sistólica; PAD – pressão arterial diastólica;
Adolescente da 7ª Diretriz Brasileira de Hiper-
PAM – pressão arterial média.
tensão8. Adaptado de Dionne et al10
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Quadro 5. Causas mais frequentes de Hipertensão arterial por faixa etária na infância e adolescência
11
Hipertensão arterial na infância e adolescência
Quadro 6. Achados de exame físico e história clínica sugestivos de causa secundária de Hipertensão arterial
SISTEMA
HISTÓRIA/EXAME FÍSICO POSSIVEL ETIOLOGIA
CORPORAL
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Tabela 5. Condições de Alto Risco nas quais a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) pode ser útil
Condição Racional
Na Tabela 6, destaca-se os exames habitual- cientes com HAS, devendo ser complementados
mente realizados para avaliação inicial dos pa- com outros, de acordo com a suspeita clínica.
13
Hipertensão arterial na infância e adolescência
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Dieta
Medicamentos
A Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop
Hypertension) tem sido preconizada há muito
tempo e consiste em redução do sal, das gordu- Aindicação de iniciar tratamento medica-
ras saturadas, colesterol e gorduras totais, redu- mentoso ocorre quando há alguma das situações
ção do consumo de carne vermelha, açúcares, destacadas no Quadro 7.4,7,20
bebidas ricas em açúcar, leite e derivados. Deve
ser rica em potássio, magnésio, cálcio, proteínas
Quadro 7. Indicações de tratamento medicamentoso
e fibras. Enfatiza a ingestão de frutas, verduras e
produtos sem gordura. Também inclui grãos, pei- Falta de resposta
Hipertensão
xe, aves e castanhas.17 ao tratamento não
sintomática
medicamentoso
Alguns estudos sugerem que essa dieta seja
útil na redução de Síndrome metabólica em Presença de HAS estágio 2 sem
crianças e adolescentes.18 Hipertrofia de fator modificável
Ventrículo esquerdo identificado
15
Hipertensão arterial na infância e adolescência
1º Passo
2º Passo
3º Passo
4º Passo
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Tabela 7. Tratamento medicamentoso de acordo com Muitas medicações podem ter contraindica-
Doença de Base ções ou efeitos colaterais que devem ser leva-
dos em conta na hora de serem escolhidos. No
Doença de Base Medicamento
Quadro 8 ressaltam-se os problemas clínicos que
HAS Renovascular IECA, BRA, Diurético, podem ocorrer com o uso de drogas anti-hiper-
Vasodilatador tensivas, mas também as doses terapêuticas e a
apresentação disponível no Brasil. No nosso país,
Coartação da Aorta Beta bloqueador não há nenhuma medicação anti-hipertensiva co-
(principalmente antes mercializada com preparação pediátrica (solução
da correção) ou xarope), portanto, muitas necessitarão de ma-
nipulação, devendo ser feita em Farmácia espe-
Doença Renal IECA, BRA
cializada para evitar erros de dosagem.
Crônica
Os beta-bloqueadores, os alfa-bloqueadores,
HAS + Obesidade IECA, BRA
os agentes de ação central, os diuréticos poupa-
Atleta hipertenso IECA, BRA, BCC dores de potássio e os vasodilatadores devem ser
reservados para pacientes que não respondem a
IECA = Inibidor da Enzima Conversora da Angiotensina,
BRA = Bloqueador do Receptor de Angiotensina,
dois ou mais agentes preferenciais. No Quadro 9,
BCC = Bloqueador do canal de cálcio estão relacionados esses medicamentos.
Apresentação
Fármaco Idade Dose Inicial Dose Máxima Intervalo
Disponível no Brasil
1x ao dia até
Neonatos 0.05mg/kg/dia 6mg/kg/dia Comprimido – 12,5
Captopril 6/6hs
ou 25 ou 50 mg
≥ 1 mês 0,05mg/kg/dia 6mg/kg/dia 8/8hs
≥ 6 anos e 0,1mg/kg/dia
40mg/dia 1x ao dia Registro cancelado
Fosinopril < 50kg (aumentar 5mg/dia)
no Brasil
≥ 50kg 5mg/dia 40mg/dia 1x ao dia
Registro cancelado
Quinapril — 5mg/dia 80mg/dia 1x ao dia
no Brasil
continua...
17
Hipertensão arterial na infância e adolescência
... continuação
Apresentação
Fármaco Idade Dose Inicial Dose Máxima Intervalo
Disponível no Brasil
0,02mg/kg/dia 0,6mg/kg/dia
1 - 5 anos
(aumentar 4mg/dia) (máx. 40mg/dia)
Comprimido –
Candersatan ≥ 6 anos e 1 – 2x ao dia
4mg/dia 16mg/dia 8 ou 16 ou 32 mg
< 50kg
Comprimido
0,7mg/kg/dia 1,4mg/kg/dia revestido –
Losartana ≥ 6 anos 1x ao dia
(aumentar 50mg/dia) (máx. 100mg/dia) 12,5 ou 25 ou
50 ou 100 mg
≥ 6 anos e Comprimido
10mg/dia 20mg/dia
Olmesartan < 35kg 1x ao dia revestido –
≥ 35kg 20mg/dia 40mg/dia 20 ou 40 mg
Comprimido
1,3mg/kg/dia 2,7mg/kg/dia revestido –
Valsartana ≥ 6 anos 1x ao dia
(aumentar 40mg/dia) (máx. 160mg/dia) 40 ou 80 ou
160 ou 320 mg
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
Contraindicações: anúria;
Efeitos adversos comuns: tontura e hipocalemia;
Efeitos adversos graves: arritmia cardíaca, icterícia colestática, Diabetes mellitus, pancreatite.
Apresentação
Fármaco Idade Dose Inicial Dose Máxima Intervalo
Disponível no Brasil
Comprimido –
2mg/kg/dia
Clortalidona ≥ 1 mês 0,3mg/kg/dia 1x ao dia 12,5 ou 25
(máx. 50mg/dia)
ou 50 mg
20mg/dia Indisponível
Clorotiazida ≥ 1 mês 10mg/dia 1 - 2x ao dia
(máx. 375mg/dia) no Brasil
2mg/dia Comprimido –
Hidroclorotiazida ≥ 1 mês 1mg/kg/dia 1 - 2x ao dia
(máx. 37,5mg/dia) 25 ou 50 mg
continua...
18
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... continuação
Apresentação
Fármaco Idade Dose Inicial Dose Máxima Intervalo
Disponível no Brasil
0.6mg/kg/dia
1 - 5 anos 0,1mg/kg/dia Comprimido –
Anlodipino (máx. 5mg/dia) 1x ao dia
2,5 ou 5 ou 10 mg
≥ 6 anos 2,5mg/dia 10mg/dia
Comprimido
revestido, de
Felodipine ≥ 6 anos 2,5mg/dia 10mg/dia 1x ao dia
liberação prolongada
– 2,5 ou 5 ou 10 mg
Cápsula:
0,6mg/kg/dia Registro cancelado
Isradipine >1 mês 0,05 – 0,1mg/kg/dia 2 - 3x ao dia
(máx. 10mg/dia) no Brasil
CPL: 1x ao dia
Comprimido
3mg/kg/dia revestido, de
Nifedipino LP >1 mês 0,2 – 0,5mg/kg/dia 1 - 2x ao dia
(máx. 120mg/dia) liberação prolongada
– 20 ou 30 ou 60 mg
Diurético poupador
Espironolactona 1 3,3 (máx:100 mg/dia) 6-12h
de potássio
Clonidina
Alfa agonista central 0,2 mg/dia 2,4 mg/dia 12h
(>12 anos)
Bloqueador seletivo
Prazosina 0,05-1 0,5 8h
alfa1
Hipertensão resistente é definida, em adul- cazes, sendo uma delas um diurético. Normal-
tos, como a elevação persistente da PA apesar do mente, são classificados como resistentes aque-
tratamento com três ou mais anti-hipertensivos les em que a medida da PA de consultório é feita
de diferentes classes, com doses máximas e efi- com a método correto, são aderentes ao trata-
19
Hipertensão arterial na infância e adolescência
mento e a resistência é confirmada por MAPA. Em relação ao seu basal. É rara em crianças e, geral-
crianças, até o presente momento, não há dados mente, é secundária a alguma doença de base,
suficientes para dizer que exista uma resistência podendo ocorrer tanto em crianças sem conhe-
terapêutica verdadeira. cimento prévio de hipertensão quanto em hiper-
tensos crônicos.23
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Via de
Fármaco Classe Dose Comentários
administração
Esmolol β-bloqueador 100-500mcg/kg/minuto Intravenoso Tem ação curta. Infusão contínua
adrenérgico é preferida. Pode causar
bradicardia severa.
Hidralazina Vasodilatador 0,1 – 0,2mg/kg/dose Intravenoso, Causa taquicardia.
intramuscular Quando intravenosa: doses a
cada 4 horas
Labetalol α e β-bloqueador Bolus 0,2 – 1mg/kg/ Intravenoso, Asma e Insuficiência cardíaca
adrenérgico dose até 40mg/dose bolus ou são contraindicações relativas.
Infusão contínua: contínuo INDISPONÍVEL NO BRASIL
0,25-3mg/kg/hora
Nicardipine Bloqueador de Bolus 30mcg/kg Intravenoso, Pode causar taquicardia reflexa.
canais de Cálcio até 2mg/dose bolus ou Aumenta níveis de Ciclosporina
Infusão contínua: contínuo e Tacrolimus
0.5-4mcg/kg/minuto INDISPONÍVEL NO BRASIL
Nitroprussiato Vasodilatador Iniciar a 0 - 3mcg/kg/ Intravenoso Monitorar níveis de cianeto:
Sódico minuto contínuo uso > 72hs; IRA ou simultâneo
Máximo 10mcg/kg/ com Tiossulfato de sódio
minuto
21
Hipertensão arterial na infância e adolescência
mo os que atingem controle da PA, possibilitando HAS24,25,26, mas vários estudos já demonstraram
inclusive retirada da medicação, necessitam de melhora de lesões de órgãos-alvo com trata-
acompanhamento. mento de crianças e adolescentes hipertensos.25
Outro estudo também demonstrou que, crianças
Ainda não há dados consistentes de correla-
com níveis elevados de PA sistólica têm risco au-
ção de HAS na infância e adolescência com per-
mentado de desenvolver hipertensão e síndrome
sistência de HAS na vida adulta e consequências
metabólica na fase adulta.27
nessa fase da vida. Um grande questionamento
tem sido se as crianças e adolescentes devem A Tabela 8 exemplifica como o paciente deve
passar por algum screening para investigação de ser avaliado e o seu tratamento conduzido.
Mudança
Medir PA
de estilo Considerar
nos Iniciar
Categoria Esquema de vida Avaliação encaminha-
membros Mapa trata-
da PA de avaliação da PA (peso e diagnóstica mento ao
superiores mento
atividade especialista
e inferiores
física)
Normal Anual X — — — — —
Medida inicial X — — — — —
PA
2ª medida após 6 meses X X — — — —
Elevada
3ª medida após 6 meses X — X X — X
Medida inicial X — — — — —
HAS
2ª medida após 1- 2 semanas X X — — — —
Estágio 1
3ª medida após 3 meses X — X X X X
Medida inicial X X — — — —
HAS 2ª medida: repetir
Estágio 2 e referenciar para o X — X X X X
especialista em uma semana
Adaptado de Flynn et al7
22
Departamento Científico de Nefrologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
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24
Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE: Galton Carvalho Vasconcelos (MG) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Julia Dutra Rossetto (RJ) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Luisa Moreira Hopker (PR) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Rosa Maria Graziano (SP) Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: Celia Regina Nakanami (SP) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Sílvio da Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Sidnei Ferreira (RJ)
Analíria Moraes Pimentel (PE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Barsanti (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Célia Maria Stolze Silvany (BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Kátia Galeão Brandt (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Marun David Cury (SP) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Assessoria de Relações Institucionais: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Isabel Rey Madeira (RJ) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Jocileide Sales Campos (CE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Rubens Feferbaum (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Adolescentes com Deficiência: Cecim El Achkar (SC) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Acompanhamento da Licença DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maternidade e Paternidade: Dirceu Solé (SP) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Gil Simões Batista (RJ)
Assessoria para Campanhas: Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Luciano Amedée Péret Filho (MG)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência: Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Evelyn Eisenstein (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL Edson Ferreira Liberal (RJ)
Atividade Física Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Coordenadores: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Membros: Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Patrícia Guedes de Souza (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Profissionais de Educação Física: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Alex Pinheiro Gordia (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Isabel Guimarães (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Jorge Mota (Portugal) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Isabel Rey Madeira (RJ)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Colaborador: Coordenadores: Valmin Ramos da Silva (ES)
Dirceu Solé (SP) Nilza Perin (SC) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Metodologia Científica: Normeide Pedreira dos Santos (BA) Tânia Denise Resener (RS)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Fábio Pessoa (GO) João Coriolano Rego Barros (SP)
Cláudio Leone (SP) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Pediatria e Humanidade: Flávio Diniz Capanema (MG) Marisa Lopes Miranda (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
João de Melo Régis Filho (PE) Núbia Mendonça (SE)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Nélson Grisard (SC)
Transplante em Pediatria: Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Suplentes:
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Adriana Seber (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) João de Melo Régis Filho (PE)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Dirceu Solé (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Joel Alves Lamounier (MG) Presidente:
Oftalmologia Pediátrica
Coordenador: DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Fábio Ejzenbaum (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Membros: EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)
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