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Educação à distância
TAGUATINGA – DF
2019
Universidade Paulista
Educação à distância
TAGUATINGA – DF
2019
Marta Ellen Lucas Borba
Aprovado em
BANCA EXAMINADORA
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“Mas os que esperam no Senhor renovam ás suas forças, sobem como ás águias,
correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. Isaías 40:31
Resumo
The present work of course conclusion was formed through academic research,
being developed, in order to show clearly and objectively the needs of parents,
teachers and society in general, with respect to the teaching process of students with
Disorder Autistic Spectrum. The focus of this study is the need for new knowledge
and information for parents and professionals in the area of process education for
students with Autism Spectrum Disorder (ASD). The topics to be addressed are to
clarify, inform, analyze and decipher, within the family context, school (educators)
and society in general. The research emphasizes points such as: The role of parents
in relation to the academic development of children with ASD. School inclusion and
differentiated methods for students with ASD. Rights in society and inclusion in the
labor market. The influence of diet for ASF patients. Recent research presents
statistics that point to a substantial increase in children with this disorder, and that
many parents do not have sufficient knowledge to deal with this reality, so our society
needs to receive clarifications and have access to current knowledge on this topic
presented. Most school institutions are not prepared to meet the needs of this autism
spectrum disorder, making access and inclusion difficult. The knowledge and
application of the study will provide parents, teachers and society an opportunity for
children, young people and adults to have their freedom guaranteed and, like all, to
enjoy knowledge, direction and duties.
LISTA DE SIGLAS
PECS – Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (do inglês Picture Exchange
Communication System).
Introdução...............................................................................................
1. Conhecendo o transtorno do Espectro Autista...................................
1.1 A história do autismo e sua definição atual.....................................
1.2 Observação necessária...................................................................
1.3 Grupos mais afetados......................................................................
1.4 Terapias para portadores de TEA....................................................
Considerações finais..............................................................................
Referências bibliográficas.....................................................................
INTRODUÇÃO
Paul Eugen Bleuler, psiquiatra suíço, notável pelas suas contribuições para o
entendimento da esquizofrenia, deu um sentido à palavra “autismo” em 1908 entre
pacientes esquizofrênicos severamente retraídos. O termo autismo vem do grego
“autós” que significa de “si mesmo”. Para Bleuler queria dizer polarização
privilegiada do mundo dos pensamentos, das representações e sentimentos
pessoais, com perda, em maior ou menor grau, da relação com dados e às
exigências do mundo circundante.
Somente em 1940 um psiquiatra infantil Austríaco, radicado nos Estados unidos, do
hospital John Hopkins chamado Leo Kanner, publicou a história de onze pacientes
que pareciam habitar em mundos particulares. Ignorando todos a sua volta eles
poderiam brincar durante horas com os movimentos dos dedos e das mãos, mas
entravam em pânico por coisas simples, como trocar um objeto preferido de lugar
sem seu conhecimento. Kanner em seus estudos presumiu que o autismo era muito
raro. Este médico se tornou uma autoridade mundial sobre o tema autismo, seus
critérios eram muito seletivos.
Nesta época este pesquisador apresentou o conceito “Mãe geladeira”. Essas mães
eram muito frias e interagiam pouco com seus filhos, por isso, estes desenvolviam
uma psicose infantil, tornando-se autistas. Em 1952 a história do autismo e seus
sintomas se relacionava com a esquizofrenia. Anos mais tarde o médico psiquiatra
Leo Kanner se retratou, reconhecendo um erro sobre o conceito “Mãe geladeira” e
disse que talvez as mães fosse assim pelos próprios motivos dos filhos não
interagirem com elas, não se aproximarem delas, também às vezes os próprios pais
apresentavam as mesmas características dos filhos, sendo assim se tornou
importante pensar no desenvolvimento genético desta doença. Em 1970
pesquisadores, começaram a testar a teoria de Kanner.
Lorna Wing uma psicóloga cognitiva em Londres, achava a teoria de Kanner sobre o
refrigerador parenteral “totalmente estúpida”, como ela disse. Ela e o marido John
eram pessoas amáveis e pacienciosas, tinham uma filha autista chamada Susie.
Lorna e John sabiam a dificuldade em criar uma criança como Susie, sem apoio,
educação especial, diagnóstico e outros recursos necessários. Era necessário
convencer o governo na área de saúde em desenvolver um programa de recursos
para as pessoas portadoras deste distúrbio e também para suas famílias. Lorna e
sua colega Judith Gould realizaram um estudo sobre a prevalência do autismo na
população, então puderam verificar que o modelo de Kanner era limitado, a
realidade do autismo era muito diversa, algumas crianças nem sequer falavam,
enquanto outras falavam sobre seu fascínio sobre a astrofísica, dinossauros ou
sobre a genealogia da realeza. Estas crianças não se enquadram em padrões
óbvios. Ao pesquisarem mais profundamente para encontrarem base nas suas
descobertas, depararam-se com uma referência à um artigo publicado em 1943
apoiando suas ideias e descobertas e até mesmo indo além daquilo que já
acreditavam. Kanner sabia desta publicação mas evitou mencioná-la em seus
trabalhos, esta publicação não foi traduzida para o inglês. Ao traduzir o artigo
oferecia uma história alternativa para o autismo escrita por Hans Asperger, diretor de
uma clínica psiquiátrica na universidade em Viena. Seus trabalhos basearam-se em
estudos com mais de quatrocentas crianças. Hans Asperger se dedicou a ensinar
crianças com diferenças de aprendizagem, ensinava ginástica, música e teatro. O
médico psiquiatra definiu o autismo como uma doença poligênica para toda a vida
que requer formas compassivas de apoio e adaptação, ao invés de tratá-los em uma
clínica como pacientes. Às chamava de seus pequenos professores e contou com a
ajuda delas em desenvolvimento de métodos de educação. Para Hans Asperger o
autismo é uma incrível gama de talento e deficiência.
Durante anos Lorna e Judith trabalharam junto com a Associação Americana de
Psiquiatria para ampliar os critérios de diagnósticos que refletissem a realidade do
que elas chamavam de “o espectro do autismo”. Somente entre 1980 e 1990 seus
esforços causaram efeito, trocando o modelo limitado de Kanner pelo modelo
inclusivo e amplo de Asperger. A partir desta época se constatou que a
esquizofrenia é muito diferente do autismo. A história de crianças que falam
sozinhas não tem a ver com alucinações e sim com repetições, ou seja, ecolalia.
Mais tarde a definição do autismo se baseou em dificuldade de socialização,
dificuldade de comunicação e interesses restritos estereotipados, por isso houve
atenção especial à várias possibilidades de categorias, várias classificações,
podendo ser: Síndrome de rett, transtorno do espectro do autismo, desintegrativo da
infância, transtorno evasivo do desenvolvimento, síndrome de asperger. Houve
então probabilidades de diagnosticar conforme classificação pessoas com o
transtorno do espectro autista.
Em 2013 as mudanças foram registradas no DSM 5, onde não traz mais várias
possibilidades de classificação diagnóstica, a única classificação é transtorno do
espectro do autismo, desde então Síndrome de Asperger não é mais um diagnóstico
possível, todas as pessoas que tem características de: Dificuldade de comunicação
e interação social, interesses restritos estereotipados, são classificadas como TEA
ou PEA, transtorno do espectro do autismo ou perturbação do espectro do autismo,
com isso padronizou-se para acabar com a discussão e casos que muitas vezes,
hospitais, clínicas e escolas davam direitos para alguns e para outros não.
Atualmente por direito em lei todos os casos diagnosticados devem ter acesso aos
cuidados e atenção voltada para o portador de TEA ou PEA.
Antigamente o autismo era mais raro? Depende, esta questão é difícil de ser
respondida, já que com o passar dos anos pesquisas sobre o autismo evoluíram,
bem como os costumes de grande parte da sociedade se alterou. Algumas
mudanças no campo da medicina também são bastante relevantes no quadro de
diagnósticos, como as ocorridas na terminologia de Autismo para Espectro do
Autismo e as mudanças ocorridas na quinta edição do Manual de Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), nele foram feitas alterações importantes
que passaram a englobar mais indivíduos que antes não eram classificados como
autistas. Também se deve considerar que as crianças têm sido encaminhadas para
avaliação mais cedo, a maioria antes dos cinco anos.
O transtorno surge devido a rejeição materna? Mito. A ideia de que a forma como
a mãe trata seu filho antes e após o nascimento poderia influenciar o surgimento de
autismo na criança não passa de rumor. No início dos estudos do transtorno, quando
se sabia muito pouco, pesquisadores acreditavam que a frieza e a rejeição materna
poderiam fazer com que o filho também fosse avesso ao afeto, porém nunca houve
comprovações científicas.
Quem possui TEA é psicopata? Na verdade um distúrbio não tem nada a ver com
o outro, apesar de os mesmos aparentarem antipatia, a psicopatia trata-se de um
transtorno de personalidade antissocial. Os transtornos de personalidades não são
doenças, mas anormalidades da psique quanto á uma dissonância do afeto e da
emoção. Na psicopatia existe uma falta de empatia e de emoção em relação ao
outro. Quando há uma exacerbação desta insensibilidade estes indivíduos são
classificados como sociopatas ou psicopatas. Egocentrismo, incapacidade de seguir
um plano de vida, inexistência de remorso ou vergonha e manipulação extrema são
outras características dos sociopatas que vão até às últimas consequências para
conseguirem o que querem.
A vivência de ter filhos é um grande desafio, o que dizer da experiência que alguns
passam ao percorrer o caminho do nascimento do filho ao diagnóstico do TEA? As
decisões, descobertas, incertezas, e muitas vezes o sentimento de que parece que
estamos sós nesta jornada, repleta de alegrias e algumas tristezas, fará parte do
cotidiano. A família deverá olhar esta situação de forma realista e positiva, buscando
informações e desenvolvendo o conhecimento. Uma das ações importantes para os
pais de filhos autistas que promove e desenvolve a socialização é dar preferência a
parques públicos, onde ele possa brincar em atividades necessárias para qualquer
criança e principalmente para ele como correr, escorregar, pendurar-se, brincar com
uma bola. Também é importante que ele observe ao seu redor e visualize um mundo
cheio de possibilidades. Se ele for maior faça uma caminhada, isso será importante
para ele e também para os pais. Aos pais, se programarem para esta atividade é
fundamental estar certo que conseguirá manter a situação sob controle, caso haja
algum imprevisto. Evite dominar situações por meio de doces, salgadinhos,
refrigerantes e guloseimas, pois isso será entendido pela criança que sair de casa
quer dizer comer e que os conflitos sempre poderão terminar com doces e
guloseimas. É importante frequentar lugares públicos pois isso será necessário com
o passar do tempo. Os pais ao praticarem este recurso desde cedo, perceberão que
o esforço valerá a pena. Dedique-se pela autonomia de seu filho, incentive seu filho
a se vestir sozinho, coloque a camiseta pelas partes mais trabalhosas e deixe que
ele puxe o restante. Da mesma forma as outras peças de roupas, assim ele
perceberá que a atividade era vestir a peça. Vá progressivamente deixando com que
ele faça a maior parte da ação. Utilize estas condutas para se servir, comer, beber e
quando for ao banheiro. Os pais deverão ter tranquilidade no ensino e na prática
destas ações simples, elogiando tranquilamente e não se irritando por pequenos
retrocessos. É importante analisar que você nestes momentos especiais está sendo
mais que normalmente um pai e uma mãe, mas um pai ou uma mãe notável e
singular. Devem os pais estabelecer rotinas que facilitem a vida do filho portador do
TEA, portanto podemos aproveitar a tendência muito grande de se fixar em rotinas
utilizando isto em favor da tranquilidade dela mesma. Para organizar uma noite
calma e estável de sono, em horários pré-fixados, ofereça o jantar, vista-o coloque-o
na cama e abaixe a luz. Ao encerrar as atividades do dia é necessário demonstrar
de maneira suave e natural, sem brigas, desentendimentos e bate-boca que é
momento de descansar. É importante desde muito cedo ensinar a criança autista a
saber quebrar a rotina, por isso vale a pena salientar algumas ações necessárias:
Faça pequenas mudanças no cotidiano, sendo de forma não agressiva, mas de
forma gradual, como por exemplo, mude seu filho de lugar à mesa, tente variar a
comida e colocar a televisão em um canal que não seja o preferido dele, mude o
roteiro ou caminho de ir à escola. As rotinas são importantes, como também às suas
mudanças. Evite enfrentar isso como se estivesse em um grande e terrível desafio,
pois trará desgastes para ambos. É papel importante dos pais prepararem seus
filhos para o mundo exterior, principalmente quando eles precisam de diferentes
ações que vão determinar a suas vidas futuras, que representam o bem inestimável
de uma família.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo apresentar o que é o autismo, a história do
autismo, como este distúrbio é entendido e classificado atualmente. Também mais
informações foram apresentadas para um maior esclarecimento do assunto proposto
com os seguintes temas: Grupos mais afetados, Terapias para os portadores de
TEA. A seguir foi expressa a importância da presença da família, a compreensão, o
conhecimento e a relevância que significa o meio em que vive a criança e o jovem.
Também mencionado sugestões e orientações diversas, baseadas na literatura
científica, objetivando melhor incluir os portadores de autismo na escola regular.
Com este percurso foram fornecidos dados essenciais para que o educador consiga
criar no dia-a-dia melhores estratégias de inclusão para o portador do autismo na
escola regular. Tal fato se mostra de extrema relevância por ser o autismo uma
doença de alta prevalência e sem tratamento medicamentoso disponível. Neste
contexto as estratégias educacionais se tornam fundamentais para o crescimento do
portador do autismo e do bem estar de toda a família envolvida. Portanto, este
trabalho será concluído com a afirmativa de que é preciso estar sempre atentos para
entender as peculiaridades de cada aluno para a melhor inclusão, assim cada um
receberá a intervenção que necessita e a educação estará fazendo o seu melhor
papel: habilitando todos e qualificando para que entendam a diversidade. O autismo
é um transtorno global no desenvolvimento, uma alteração que afeta a capacidade
de comunicação do indivíduo. Abordar este tema é de fundamental importância visto
que o desempenho da criança e do jovem com autismo depende da motivação dos
profissionais professores e parceria com a família. Trata-se da busca por “anunciar”
que essas pessoas podem interagir, conviver e produzir em sociedade. Muitas são
ações que podem ser realizadas pelo autista e a principal é acreditar que ele tem
potencial para aprender. É importante mencionar que qualquer proposta de
educação inclusiva para crianças e jovens com autismo deverá ser feita dentro de
instituições regulares, com objetivo de cessar os preconceitos e o isolamento social
do autista, possibilitando a aquisição de novas habilidades, uma vez que um dos
principais marcadores desse transtorno é o déficit na interação social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELLO, Ana Maria S. Ros de, Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA;
Brasília: CORDE, 2007. 104 p.: il.
Entendendo o Autismo. Disponível em
http://www.iag.usp.br/~eder/autismo/Cartilha-Autismo-final.pdf Acesso em 31 de
março de 2019.