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A Vida em Comunhão com Outros irmãos.

“Se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” (Genesis 4:9)
Depois da expulsão do Jardim, temos o primeiro pecado registrado nas
Escrituras. É um pecado notável, tudo começa com um irmão que se
levanta contra outro irmão. O mundo do pecado começa com essa
tendência maligna de um homem se levantar contra outro homem. Em
um artigo muito perspicaz, Watchman Nee abordou o tema da obra de
desintegração de Satanás, a divisão que o diabo promove para tentar
destruir a igreja e o testemunho cristão. Queria abordar esse tema sob
outro ângulo, a nível mais pessoal, e revelar como o problema das
dissoluções e pelejas são problemas sérios hoje em dia. Eu começo com
o caso de Caim, porque o fundo histórico que motivou o primeiro
homicida a cometer seu delito foi a inveja. Abel foi feliz quando
apresentou um sacrifício aceitável e agradável a Deus e Caim foi infeliz
quando não corrigiu o seu sacrifício. Assim, a inveja nasceu no coração
daquele homem de alma sombria, porque no contexto do evento, Abel
pareceu ser mais espiritual do que Caim. Abel estava sob a influencia do
sagrado enquanto Caim do profano, assim enquanto que Abel tinha em
vista apenas o desejo de servir e agradar a Deus Caim tinha o desejo de
satisfação egoísta e receber mérito e gloria para si mesmo, foi isso que o
motivou a matar Abel. Na mente de Caim era inconcebível que a vida
espiritual de Abel fosse superior, para Caim era inaceitável o fato de que
ele teria que reajustar os conceitos sobre adoração e ofertas. Ao invés de
matar seu orgulho, Caim matou seu irmão. De fato isso é primordial,
compreender que coisas nefastas como invejas, pelejas, orgulho,
egoísmo são coisas mortíferas, ou ao agrado divino, matamos elas ou
elas semeiam a morte nas congregações. “Mortificai, pois, os vossos
membros que estão sobre a terra, a fornicação, a impureza a afeição
desordenada, a vil concupiscência e a avareza que é
idolatria”(Colossenses 3:5) assim o cristão deve mortificar as obras do
corpo para viver a Vida no Espírito (Romanos 8:13). Hoje em dia, o diabo
tem sido astuto ao ponto de trabalhar no coração de indivíduos para

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semearem toda sorte de contendas e invejas. Quando uma igreja
começa a viver uma duplicidade, uma comunhão fingida, então as
estruturas espirituais se enfraquecem, a alma da divisão nada mais são
do que sentimentos de disputas, pois cada um quer ser melhor, e não
está disposto a ser o ultimo para ser o prieiro, prefere ser o primeiro
para ser nada aos olhos do Senhor. O problema não é que esses estão se
importando em servir a Deus, mas querem que os outros o sirvam, e de
que maneira? Um ego faminto e abissal, precisa ser nutrido por
admiração alheia, assim, não pode ficar no anonimato, precisa de uma
plataforma para escoar seu orgulho, ele quer ser visto, admirado, quer
ser melhor, não porque deve agradar a Deus, mas porque vê a vida
espiritual como uma disputa em que precisa estar ocupando o primeiro
lugar ou ser o centro ou pelo menos deve fazer parte de um sistema
elitista, envolvido entre aqueles que são considerados os superiores.
Nesse caso, aqui temos o curso de Caim. “Ai deles! Porque entraram
pelo caminho de Caim e foram levados pelo engano do premio de
Balaão, e pereceram na contradição de Coré”(Judas 1:11) Note que Judas
fala sobre um caminho: o caminho de Caim, ele faz uma conexão desse
caminho com o engano do premio de Balaão. Veja que Balaão cedeu a
esse tipo de tentação, o enigma chamado Balaão, optou pelo premio,
pelo status, pelo elogio e pela conveniência. O resultado foi um desastre
e perturbou toda a congregação de Israel fazendo o povo pecar. As
sementes desse tipo de orgulho são geradoras dos frutos mais
abomináveis, e a devastação que produz é totalmente terrível. Que o
Senhor abra nossos olhos para esse assunto que estou abordando.

Parte II

“Não como Caim que era do maligno, e matou a seu irmão, e por que
causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão eram
justas” (I João 3:12) Havia uma causa no coração de Caim, e elas eram
voltadas para a gloria e satisfação do homem. Suas obras eram más, essa
era a causa. Tudo o que fizemos ou deve ser para a causa do evangelho
ou de nada serve. A vida que vivemos agora deve ser vivida para honrar
e glorificar a Deus. Caim desejava ser superior a Abel, mas na verdade
era seu irmão que estava apresentando uma oferta superior e aceitável.

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No coração de Abel o foco era o Senhor, no coração de Caim, o foco era
ele mesmo. Não era do interesse de Abel disputar acerca de coisas
espirituais com seu irmão, mas notamos que a causa de Caim era a
disputa. O semblante descai a inveja, a tristeza pela desconsideração, o
ciúme, ele é lembrado eu esquecido, o sacrifício de Abel aceito e o de
Caim rejeitado. O rancor se acende, as flâmulas de um ódio aquecem o
sangue de Caim, tudo é interior, escondido nas profundezas do coração,
os intentos, os objetivos, a raiva, o pensamento que nutre a vingança.
Enquanto que para Abel a vida espiritual era a adoração a Deus para
Caim o que contava era a gloria para si mesmo. Assim dentro da alma
um mundo de imaginação e um trono para si mesmo. O eu estava no
comando e deveria receber as devidas honras, mas um coração orgulho
não consegue manter-se calmo quando o “oponente” parece ter uma
performance melhor. Aqui reside a raiz do problema, a menos que o
nosso coração esteja voltado para os padrões bíblicos de que a igreja é
um corpo e cada cristão o membro desse corpo, tudo estará perdido.
Num corpo, todos os membros ganham quando um membro ganha.
Assim como a gangrena no braço afeta todo o corpo, a saúde do braço
também. Não há maiores e menores no reino de Deus, há apenas
consagrados. E com relação a demanda dos méritos para a causa da
justiça do reino de Deus, os galardões não são proporcionais a obra e sim
a fidelidade. Assim João batista mão faz milagres, tem uma vida curta,
um ministério rejeitado nos púlpitos daquela época, daí sua tendência
de seguir para o deserto, todavia João Batista é o maior de todos os
homens (João 11;11) mas ele não fez fogo descer do céu como fez Elias,
não abriu o mar vermelho como fez Moisés, não construiu um grande
templo como fez Salomão, não foi poeta como Davi, ele está ali no
tempo que o Senhor lhe proporcionou para cumprir aquilo que o Senhor
designou para sua vida. Nada de disputas, nada de inveja, aliás, ninguém
inveja a vida de João Batista, até porque o seu fim não é um imperativo
para a igreja moderna assim como a sua mensagem parece não ser
relevante. Sua posição é muito ortodoxa para nossos dias de
flexibilidade teológica, o fio doutrinário de João Batista não é elástico
suficiente para a teologia pós-moderna. Deixemos João Batista em paz,
ninguém se interessa hoje em se projetar no deserto, a questão é por

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poder, destaque e status e púlpito, fama, aplausos e prosperidade,
títulos eclesiásticos, essas são os penduricalhos religiosos que o ego
humano muita aprecia e por isso a igreja moderna está cheio de homens
em busca de títulos pomposos e posições de destaque. Não deveria fugir
do problema central que estou abordando aqui, apenas deixo esses
pensamentos por considerar de importância para nossa reflexão.
Voltemos o âmago da questão em pauta. A igreja é lugar de servos, de
homens que sejam espirituais, e com o termo espiritual, não estou
falando sobre experiências místicas, porque na raiz do problema jaz essa
questão de forma bem complicada para uma abordagem breve. Cristo
acaba com a festa dos pseudo espirituais em Mateus 7:15 a 21, a norma
de um homem verdadeiramente espiritual é Gálatas 5:22, e um homem
espiritual não disputa, ele ao contrario ele é degrau onde todos a sua
volta sobem através dele, esse é o servo espiritual, o “doulos” do
Senhor. Estampa na sua conduta a imagem de Jesus Cristo e vive para
glorificar a Deus, por isso é necessário que se apresente a questão que
foi levantada por Caim: “Sou eu guardador do meu irmão?”. A resposta
dessa pergunta é simples, Caim não era, e também não todos aqueles
que seguem o mesmo Caminho desse homicida filho do maligno. É filho
de Caim todo o homem que se diz cristão e por inveja quer atropelar os
outros, é andarilho no caminho de Caim quem tenta humilhar o irmão
para se sentir com ar de superioridade e satisfaze o ego tenebroso, é
caminhante desse sórdido caminho de trapos imundos, todo aquele que
precisa pisar sobre o seu semelhante para alcançar seus intentos
nefastos de querer subir na vida eclesiástica, quando a direção da vida
espiritual é contraria a todos esses desejos infernais de um ego não
mortificado. “Humilhai-vos debaixo das potentes mãos de Deus” (I Pedro
5:6) e isso é lógico, é bem melhor humilhar-se debaixo das mãos do
Onipotente do que ser exaltado pelas mãos falíveis de homens. É bem
melhor posição ficar aos pés da cruz do que nas alturas da ilusão do
orgulho. “Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará” (Tiago 4:10).

Parte III

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A vida comunitária da igreja deve ser exemplo de harmonia, é um
desastre ao testemunho se transparecer contendas invejas e disputas
dentro da comunhão da igreja local. O nível da espiritualidade é a
unidade, se a unidade orgânica está em harmonia, isso é operar do
Espírito Santo em corações consagrados ao evangelho, se há contendas e
divisões, isso significa que a maioria é carnal, a carnalidade é o sinal de
uma vida não regenerada. A mortificação do ego deve ser uma pregação
constante nos púlpitos da igreja. Hoje as pessoas não querem diminuir,
elas querem crescer, não espiritualmente, mas em status. O ego
prevalece nesse caso. A tendência do egoísmo é ofender-se ou
entristecer-se quando outro irmão se destaca. A visão do individuo não é
corporativa, mas individualista, portanto se sente ameaçado quando os
outros crescem. Ele vê essas coisas porque se sente humilhado quando
se sente “abaixo” de outro irmão. Então enxerga a igreja como um
campo de batalha, onde cada um precisa se destacar. Não há nada de
cristocentrico nisso. A igreja bíblica e local é um só corpo e cada cristão
membros desse corpo (Romanos 12:5 I Coríntios 10:17 e 12:12) assim
“sóis um em Cristo Jesus”(Gálatas 3:28). Ora, devemos ter comunhão e
não dissimular disputas. “Mas se andarmos na luz como Ele na luz está,
temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus nos purifica de
todo pecado” (I João 1;7) A comunhão é um comungar em amor num
relacionamento de sinceridade e afeto. Não devemos esquecer que o
sinal da presença de Deus na vida comunitária da igreja é o amor que
temos uns aos outros ”Se nos amamos uns aos outros, Deus está em
nós” (I João 4:12) O bem do outro é o nosso foco, o perdão deve ser um
exercício continuo na comunidade, perdoar sempre e endurecer o
coração jamais. Mas não há pessoas na igreja que nos decepcionam?
Não há pessoas que nos humilham? Esses são casos comuns dentro da
comunhão cristã, mas o Senhor muitas vezes permita que isso aconteça.
Não te decepciones quando fores humilhado pelos homens, se és
verdadeiro cristão, Cristo aparecerá mais em ti quando os outros te
diminuírem. A meta do cristão é viver a nova vida para Cristo e em
Cristo. Nosso alvo é o crescimento na graça e no conhecimento (II Pedro
3:18) o egoísmo tende sempre a enfraquecer o cristão, a humildade
sempre contribui para o crescimento espiritual. Não podemos ver a

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igreja como se fosse um lugar cheio de gente perfeita, mas um lugar
onde os santos são aperfeiçoados. A obra do diabo é que o cristão mude
de foco, desde que ele consiga cegá-lo a respeito de si mesmo e consiga
abrir seus olhos para enxergar os defeitos alheios, você será um bom
instrumento de manuseio diabólico. Assim, ao invés de concentrar a
devoção e a piedade na sua vida, você perde o tempo nutrindo e
murmurando dos outros. Essa é a grande armadilha. No começo da
minha fé, havia aquelas reuniões diárias entre “irmãos” só para tecer
criticas e falar mal dos outros irmãos, esse circulo vicioso nunca contribui
em nada para o crescimento espiritual, até que cedo percebi essas
engrenagens verbais do diabo, usando aboca de crentes insensatos, e
então quebrei o circulo, sai fora desse movimento cíclico depravado,
ainda que ao custo da solidão. Sei o quanto é difícil hoje em dia você
encontrar cristãos que sejam espirituais ao ponto das conversas não
serem fúteis e inúteis, porém nosso Senhor advertiu “Mas eu vos digo
que toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no
dia do juízo”(Mateus 12:36) não sejamos insensatos, as vezes aqueles
que dizem crer no evangelho, cometem mais erros contra a Palavra de
Deus do que os ignorantes. A qui está algo que precisa ser abordado
sempre, deveria ser um tema a ser discutido em escolas bíblicas e
reuniões da igreja. O constante ataque do diabo é lançar sementes de
joio enquanto os obreiros dormem. Dormir significa perder o senso da
realidade. Veja que Jonas estava alheio aos perigos da tempestade e ao
desespero dos marinheiros, porquanto estava dormindo no porão do
navio. Atualmente vivemos naqueles dias profetizados por Paulo “Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis,
sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mas
amigos dos deleites do que amigos de Deus” agora note a continuidade
da passagem “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
Destes afasta-te”( II Timóteo 3:1 a 5) veja que os elementos malignos,
todas as deformações morais que Paulo enumera está associada com
pessoas que tem aparência de piedade. Isso é assustador! Porque se

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refere aqueles que professam a fé no evangelho, mas não vivem os
princípios do Novo Testamento. A ação do Espírito Santo é dar o poder
espiritual necessário (Atos 1;8) para que você frutifique (Galatas 5;22) e
nesse sentido deve andar a igreja dos santos “Não haja entre vós
divisões para que sejais unidos no mesmo sentimento e no mesmo
parecer” (I Coríntios 1:10) “Finalmente, sede todos de um mesmo
sentimento, compassivos, amando os irmãos entranhavelmente
misericordiosos e afáveis, não tornando mal por mal, ou injuria por
injuria, pelo contrario, bendizendo, sabendo que para isto fostes
chamados, para que por herança alcanceis a benção” (I Pedro 3:8 e 9)
entre todas as coisas que devem permanecer no coração de um homem
santo é o amor fraternal (Hebreus 13:1) a piedade produz esse amor em
nossas vidas (OO Pedro 1;7) quando o divino amor é plantado e
derramado dentro de nós, nossa alegria é ver a bem de cada membro do
corpo de Cristo, teremos possibilidade de considerar os outros como
superiores a nós mesmos. Nossa vida é marcada pela alegria de ver a
benção alheia, jamais nutriremos inveja porque os outros foram
abençoadas com capacidades superiores a nossa, porque não há ganho
de um membro que não seja compartilhado com todo o corpo. É algo
necessário que esse sentimento de amor cresça com zelo dentro de nós.
A vida cristã não é uma disputa egoísta, ela é uma batalha, mas não
contra nós mesmos, mas uma batalha em que cada cristão deve estar
unido num propósito de ajuda mutua. Nossa vida deve ser gasta em
intercessão aos que são mais fracos, a misericórdia é a corda do amor
verdadeiro que se estende para socorrer aquele que é mais fraco. Nosso
amor deve ter os elementos espirituais e as virtudes fundamentais
descritas em I Coríntios 13, mesmo que isso é falsificação espiritual, é
falsa piedade, ou seja, piedade com aparência mas sem poder. Quando
amamos suportamos uns aos outros “Revesti-vos como eleitos de Deus,
santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, se
alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim
fazei vos também”(Colossenses 3:12 a 13) “Rogo-vos, pois, eu, o preso
do Senhor que andeis como é digno da vocação que fostes chamados,
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos

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uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo
vinculo da paz”(Efésios 4;1 a 3). Como pessoas transformadas pelo
evangelho, devemos ser exemplos de boa conduta, de amor fraternal, de
perdão e paciência. Conta-se que durante uma grande epidemia nos
primórdios da igreja, os ímpios jogavam seus familiares doentes a mercê
do destino e os cristãos cuidavam com amor dos seus. A historia não
deixou passar esse episodio no esquecimento. Na igreja, as famílias
devem ser mais fortes, a amizade deve ser mais sincera, o perdão deve
ser mais constante, o amor deve ser mais puro, as virtudes devem ser
mais freqüentes e não mais raras, a paciência deve ser mais forte, a
humildade deve ter seu lugar mais elevado no coração. O diabo sempre
lutou para fragmentar a igreja, jogando um irmão contra outro irmão,
causando divisão no corpo da igreja local, tudo por causa de disputas e
invejas, isso porque o velho homem tem profanado o coração do homem
e usurpado dentro dele um lugar que deveria ser do Espírito de Cristo.
“Esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos
uns aos outros (I João 3:11) “Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor é de Deus, e qualquer que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus”(I João 4:7). Que grande graça encontramos no homem
paciente, que suporta as falhas do irmão mais fraco, que tem cuidado
dele mesmo (I Timóteo 4:16) Que promove a causa do irmão, que se
alegra com as bênçãos que os outros recebem, que está sempre disposto
a ser degrau por onde os outros podem firmarem a fé e crescerem na
graça e no conhecimento. Que dispõe-se a ser servo, que tem a coragem
de descer até aos pés da cruz e ali permanecer durante todo o tempo
necessário, para que a presença do Senhor seja uma ação constante em
sua vida. Feliz do homem piedoso que abre a sua boca não para proferir
palavras torpes “Não sai de vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios
4:29). Murmurar contra irmãos, falar mal de obreiros, bater
continuamente nesse assunto é um ciclo vicioso. Há de se ter prudência
sobre isso, não adiante expor problemas que não se pode resolver. De
nada contribui em edificação e promoção ao Reino de Deus, quando
problemas são expostos sem contudo se ter o poder de resolve-los.
Nesse caso, a intercessão, a oração e o clamor são as necessidades que

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precisam ser atendida. “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua
alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam
sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés
que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere
mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”(Provérbios 6:16 a 19)

Parte IV

Em Lucas 15:11 a 32 temos uma das parábolas mais conhecidas de Jesus


Cristo Nosso Salvador. Nela temos um principio espiritual importante
que deve ser aplicado sempre na vida comunitária da igreja. Membros
devem permanecer unidos. Isso é aplicável tanto na questão familiar
quanto na igreja local entre os irmãos. O filho prodigo deseja o
isolamento, ele vai deixar o “rebanho familiar” e vai aventura-se pelos
caminhos solitários do individualismo. Note que ele vai quebrar a
comunhão com a sua família, esse afastamento mais individualizá-lo e
torná-lo aberto frágil e completamente desprovido de amor fraternal.
Sempre devemos levar em conta essa regra, a igreja é um lugar de
comunhão. Se esse princípio quebrar, isso significa que o diabo está
processando um ataque. Quem se isola deve estar atento a essa
verdade. Todas as coisas parecem dar errado na medida em que o
homem prodigo se isola da sua família. Sua aventura acaba em desastre
total. Ele não quer ser mais do rebanho familiar, rebela-se contra a lei do
rebanho, e isolam-se quando cai na armadilha do individualismo. Assim
torna-se uma presa fácil. Distante da sua família, sem o amparo de uma
comunhão com pessoas que ele tinha familiaridade, acaba caindo no
precipício da vontade própria. Parecia que o convívio era chato e
limitado. Aliás, é na convivência intima que descobrimos as falhas e os
defeitos dos outros. Ao perceber que seu pai e seus irmãos eram
meramente humanos com todos os defeitos expostos pelo convívio
intimo, a vida torna-se chata. As normas, as leis que regem a família, a
administração do campo e do lar, o cotidiano que se torna nostálgico,
tudo indica que germinou uma semente venenosa de insatisfação

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naquele pobre jovem. E então ele percebe que deve desmembrar-se, e
assim fez. Tomou a sua decisão de afastar-se da família, vai quebrar a
comunhão entre irmãos, vai abandonar o lar, essa individualização vai
expor o jovem aos desígnios de um mundo sem Deus. Ele agora é um ser
isolado do seu rebanho, sua caminhada é um destino que vai distanciá-lo
ainda mais, e ele prossegue nesse isolamento. A vda de rebanho tem
uma lei, todos juntos, todos protegidos. Um rebanho não é uma
oportunidade para predadores, mas um individuo separado do rebanho,
sim! Então a técnica do predador é separar uma presa para atacá-la. Por
trás da historia do Filho prodigo está essa verdade. Ele achava que não
poderia mais existir convício debaixo de um mesmo teto com gente tão
difícil de lidar, e note que realmente o seu irmão mais velho era de
índole ruim. O melhor era se afastar dessa gente problemática, não é
fácil ter que perdoar setenta vezes sete todos os dias, esses familiares
tão cheios de falhas e defeitos. Você consegue perceber isso na parábola
do filho prodigo? A única saída é sair, a individualização do filho prodigo
foi um grande desastre moral e espiritual. É melhor você perdoar quem
você conhece do que confiar em quem não conhece. Se o amor supera as
falhas alheias, a conveniência não. Assim, mesmo nas dificuldades que
se encontra debaixo da jurisdição familiar, ainda assim, o amor
verdadeiro faz com que o perdão sempre prevaleça. Isso não acontece
no mundo, lá os amigos são falsos, não há perdão, o individualismo é
gritante e as disputas são severas. Não podemos encontrar dentro da
igreja aquela fria individualização que põe as rédeas no orgulho e faz de
outras pessoas, apenas uma plataforma usada para sustentar o seu
status. O mundo está cheio disso. A igreja é essa inversão. Ela acolhe o
mendigo e trata como príncipe, coloca o fraco no pedestal dos heróis,
serve a todos, exerce continuo perdão. Por outro lado, as advertências
de que o rebanho deve permanecer unido é intensa,: “Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo vosso adversário, anda em derredor como leão,
bramando, buscando a quem possa tragar” (I Pedro 5:8) A estratégia
para um predador tragar uma presa é o isolamento dela. Uma ovelha
não pode confrontar um leão faminto, Paulo quando fala a respeito do
inimigo dos cristãos afirmou “Porque não ignoramos os seus ardis” (I
Coríntios 2:11) Essa é sua estratégia, o isolamento de um alvo. Veja que

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o filho prodigo ficou completamente desprotegido quando saiu da casa
do seu pai. A vida daquele pobre homem caiu na obscuridade, seu
isolamento apagou a luz do amor fraternal. A individualização nos leva a
miséria espiritual. A lição da parábola do filho prodigo é muito rica em
significados que podem ser aplicados na nossa vida eclesiástica. Ela
reflete muito bem a importância da comunhão entre membros da
família e acima de tudo, nos ensina que devemos aprender a suportar
uns aos outros de forma, que o exercício do perdão e da intercessão seja
constante na nossa vida todos os dias. A comunhão nos dá a proteção
necessária. A comunhão nos permite disciplinar nosso velho homem e
colocá-lo na cruz que é seu lugar adequado. A comunhão nos abençoa de
modo a aprender com os erros alheios. A comunhão nos possibilita viver
de modo digno da nossa vocação. A comunhão nos adéqua a viver o céu
na terra, nos remete para a oportunidade de exercer as virtudes de
Cristo. Olhe para Cristo, veja como ele conseguia manter-se em
equilíbrio diante das discrepâncias morais de seus discípulos. É assim
que devemos ser. As contendas quebram a harmonia da assembléia
cristã, ela mancha o testemunho da regeneração. É um absurdo pensar
que incrédulos vivem mais pacificamente num antro de jogatina ou num
bar do que os cristãos na igreja. Tal coisa seria uma enorme imprudência
da parte dos cristãos. O lugar mais aprazível, mais pacifico, onde o amor
tem que ser o imperativo e as virtudes santas de homens consagrados ao
Senhor produzem os mais delicados e preciosos frutos de uma vida
piedosa e regenerada, deve ser ali, na igreja que é o corpo de Cristo, na
comunhão dos membros desse corpo que convivem dia a adia, não em
contendas e disputas, não em murmurações e atitudes erradas, mas no
exercício da piedade e poder, pois fomos criados em verdadeira justiça e
santidade (Efésios 4:24) “Mas chegastes ao monte Sião, a cidade do Deus
vivo, á Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; á universal
assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a
Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”(Hebreus
12:22 e 23)

Autor: Clavio J. Jacinto

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