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Júlia Meinhardt Cardozo

FIGURAS, TRAÇOS E LINHAS:


Entre um café e outro, uma aposta na dimensão coletiva da arte

Trabalho apresentado para a disciplina de


Estágio Básico em Psicologia pelo Curso
de Psicologia da Universidade do Vale do
Rio dos Sinos - UNISINOS, ministrada
pelo professor Daniel Viana Abs da Cruz

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Porto Alegre
2018

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2 CONTEXTUALIZAÇÃO CRÍTICA DO LOCAL

A Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro teve seu primeiro


broto germinativo quando se iniciou o Projeto Vida e Oficina de Artes, em 1989. Este
projeto contava com colaboração da direção geral e também pelas funcionárias
terapeutas ocupacionais. No entanto, não existia um local próprio para acontecer: os
momentos de criação se davam dentro das unidades de moradia. Logo em seguida,
foi obtida uma sala no terceiro piso da unidade de moradia Madre Matilde. Abre-se a
Oficina de Artes.
Em agosto de 1990, a Oficina de Artes saiu do prédio da área asilar e
instalou-se na sala rosa. Ganha um novo nome: Oficina de Criatividade. Desde
então, muita tinta, barro, linhas e recortes (e também cafezinho com assucn) rolaram
e continuam rolando. Estou em agosto de 2018, começando meu estágio neste
local.
As frequentadoras e frequentadores deste local são muitas. Junto a elas,
encontro a persona de ignorada, largada, abandonada, anônima, louca. Vidas que
se colocam no papel e deixam marcas da história da loucura, dos anos de clausura,
de impossibilidade de realização (no real) daquilo que é desenhado. Chegam, umas
caminhando e outras carregando desejo em suas cadeiras de rodas dirigidas por
nós, sentam. Tinta, giz de cera, linha, barro. Produzem sua linguagem, expressam o
possível. De acordo com Franceschini e Fonseca (2017, p. 15) ''

"[... ]suas expressões imagéticas e o pensamento que se pode daí extrair,


implica em uma transgressão aos comuns desígnios à loucura e aos seus
portadores. Profanações que buscamos no arquivo de imagens sobre o tema,
tendo em vista que as consideramos como testemunhbs de outra história da
loucura, narrada, dessa vez, pelos próprios loucos e, quem sabe, com sorte,
introduzida por nós no tecido social como seus precários tradutores"

Pude sujar minhas mãos ao carregar, em passos lentos e medidos, o


caos e o desastre que se põem a subjetivar aquelas vidas. Sujeitos que insistem em
inscrever no papel aquilo que lhes restou, optando por esta "saída poética" que

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habita o campo da potência. O que é feito na Oficina de Criatividade do HPSP não
cabe em uma nomenclatura. Não merece os desígnios desta linguagem diretiva e
por vezes objetiva em demasia. Habitar um espaço onde a loucura anda solta, sem
freios e sem capacete é construir "E's", nunca "É's". Isto pode ser a potência do
estranhamento, do devir e do exercício ininterrupto da alteridade frente às vidas que

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latejam. Latejam-se feridas ainda abertas, violências que escorrem de sangue por
meio do discurso enquanto pinta-se casa, arvoredo, círculos que rasgam o papel,
bonequinhos-de-saia-godê, infinitas bolinhas e frutas carnudas.
Este é o meu local de estágio. Fruto da instituição-total-psiquiátrica,
espaço de convivência, espaço possível. Fundado por pessoas que acreditam nas
loucuras como potenciais inventoras de vida; que às vezes tentam desfazer os
muros de concreto dos manuais diagnósticos, desenrijecer para que surja quem
deseja cores, tamanhos de papéis e pincéis; que resgatam subjetividades na
insistência pelo uso do nome acompanhado de sobrenome; recusam o entendimento
de periculosidade associada à loucura ao abraçar, beijar, dançar, pintar junto com
cada um que assim deseje nossa presença. A função da psicologia se situa no cerce
do solo, da experiência. Sempre em contato.
Com
Tato
Tocando
Minha função é encher potes de tinta, lavar pincéis, ligar o rádio, cortar
papel, sentar e ouvir, colocar o café em xícaras de plástico, é estar na constante
busca pela cor-de-maravilha, é mergulhar em lapsos frasais, é abraçar e dizer que
tudo vai ficar bem, é preocupar-se quando vem chegando o feriado de finados, é
revelar fotos e pendurar numa cordinha, é insistir na interação com sujeitos
embebidos por loucuras apáticas e silenciosas, é cantar músicas antigas, oferecer
garrafas d'água, dançar Zezé di Camargo & Luciano, é ter um bem-querer no rosto e
no olhar.
É andarilhar pelo espaço, nadando em um rio meândrico veloz, muito veloz.
\ .
Curvas abruptas, água doce, porém turva. Meu trajeto tem sido permeado por i .

acolhimentos de delírios e premissas. Também de breves anúncios de potências


que parecem surgir do vazio. "Quando ela começou a pintar? Olha lá! Ela tá
pintando". É ser um fio que conduz ao fora, ofereço um olhar que pode ser fugidio,
efêmero; ou se eu for capaz de sustentar, um olhar duradouro. Ofereço o papel "[... ]
que empurra cada corpo para a beira do abismo do imprevisível, é o seu próprio
desastre: ganhar o papel em branco faz explodir o corpo que perde sua forma[... ]"
(FRANCESCHINI; FONSECA, 2017, p. 19). Penso na intensidade de tudo que
acontece naquele espaço-tempo e nas éticas necessárias que insisto em vomitar
nos funcionários que chamam usuárias por apelidos horríveis. É estar presente

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tendo estudado pouco manual diagnóstico e mais história da loucura; permitindo-me


enxergar algumas capilaridades sem poder dissecá-las, atear fogo, cortar toda a
circulação sanguínea (o que muito me fez sofrer). Aprendi a desbravar minha a
mata-virgem das capilaridades graves e tristes não-resolvíveis pois, afinal, aquelas
mulheres e alguns homens que convivo estão institucionalizados há décadas, muitas
cresceram lá dentro, cultivaram a subjetividade num espaço total e totalizante, que
deu conta até de criar um lugar onde é permitido ser aquilo que não se pode ser , ·
dentro do "São Pedro de verdade". Onde é permitido ter vontade
Onde é permitido pintar nas paredes
Onde é permitido rasgar papéis
Onde é permitido não-dizer
Onde é permitido ser louco.
É isso que eu sou, é isso que me torno, é onde estou, é o que faço.

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3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO

"PASSAPORTE" - Deslocamentos do povo Dan, Costa do Marfim


Certos povos africanos criaram o hábito de produzir um tipo de máscara
chamado de "passaporte": uma miniatura carregada pelo usuário, como forma de
identificação da sua etnia de origem enquanto ele estiver fora da sua terra natal.
Alguns objetos também se revestem desta função: permitem que seus donos
atravessem territórios regidos por uma jurisdição diferente da sua. [ ...]
Imaginando que cada um de nós carrega uma máscara assim como o povo
Dan carregava para atravessar territórios onde eram desconhecidos, penso que as
usuárias e usuários da Oficina de Criatividade do HPSP também assim a fazem. Em
miniatura, resta a história pregressa daquele sujeito e a maneira com que permite-se
expressar a loucura no aqui-agora. Ao longo dos anos, alguns tiveram seus
passaportes tomados, e agora imaginemos que aos poucos eles foram retomados.
Alguns estão empoeirados, quebrados, enferrujados. Faltam partes. O trabalho de

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a/guéns oficineiros tem sido fazer lembrar que estas máscaras existem, oferecer
ajuda para os reparos, construir junto um novo "passaporte". Esta nova máscara
'
moldada a partir das fantasias e do desejo, exerce uma nova função, apesar das
marcas que insistem em aparecer. O nosso erro se dá em não prestar muita atenção
nestas marcas. É possível um sujeito sem história? Ou nós que preferimos esquecê-
la?

As identificações estampadas nas roupas das moradoras-usuárias pouco


dizem sobre a "máscara" que faz referência a seu lugar de origem. O que faz este
papel de enunciar a história de quem está ali e que permite a passagem por um local
regido por uma "jurisdição diferente da sua" é a arte. Com o pincel na mão e o papel
em cima da mesa (convites para o caos}, pulsa a vida que está atrás da máscara,
compactada em um corpo - majoritariamente velho - que ainda resist~. Resiste ao
discurso médico e ao muro dos diagnósticos que enclausuram seu modo de existir.
Enfrenta os fantasmas que insistem em continuar assombrando as noites solitárias e
o discurso que vem em seguida de que "não tem fantasma nenhum ali".
O vínculo com a oficina se constrói na medida em que os usuários percebem
que naquele local podem ser loucos, podem enxergar coisas voando, podem formar
frases que não conectam as palavras, podem desejar. Isto provoca uma
diferenciação feita pelos próprios frequentadores da oficina em relação ao restante
do hospital. Esta é demonstrada por meio do discurso, "me leva lá... vamos dobrar a
esquina ... pra almoçar no São Pedro", uma desconexão que territorializa as práticas
e as éticas destes locais, colocando-os em campos distintos. A busca constante das
funcionárias e estagiárias da oficina é mudar este discurso hegemônico da
instituição psiquiátrica, possibilitando um lugar onde as práticas violentas e
repressivas não são bem-vindas. É fazer um movimento de forças, conjugá-las, para
entender a loucura como um convite para estar perto, valorizando a arte - máscara
que permite o trânsito entre mundos - em suas mais variadas manifestações.
Thomazoni e Fonseca (2011, p. 531) ao falarem da vida e obra de Luiz, um antigo
morador do HPSP, conseguem abranger também as outras vidas que ainda estão lá:
"Uma vida em fragmentos, enclausurada por 60 anos, que expressou, numa
composiçao cromática, toda potência que lhe habita, que passa e fez
passar; uma vida-obra em imagem-tempo que nos fala de resistência e
criaçao. Uma vida cujas variações expressivas cintilam os acontecimentos
que a atravessaram, uma vida que nao remete a uma história pessoal, mas

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à abertura para a invenção de novos devires. Uma vida que pode nos contar
sobre uma outra história da loucura."

No decorrer destes 4 meses de imersão no local, notei que as usuárias e


usuários dispõem de - pelo menos - dois corpos. Faz-se ver um corpo da unidade de
moradia: rijo, domado e previsível. Há também um corpo da oficina: colorido,
desejante e louco. Não há necessidade de estabelecer um julgamento de cunho
moral aqui, apenas de demarcação dos possíveis territórios existenciais dos sujeitos
com os quais tenho podido conviver.
A escolha destes corpos parece ora natural, ora programada. Algumas
moradoras-usuárias mudam o tom de voz assim que dobramos "a esquina da
oficina", outras puxam o ar de dentro do peito para fazer ecoar o bom dia mais alto
que aquela sala já escutou, outros já chegam com o CD na mão e com o desejo de
escutar sua música preferida naquele aparelho de som cor-de-rosa que também é
seu. As manhãs na oficina passam por dois momentos difíceis, na minha concepção.
O primeiro é o encontro com os corpos-unidade recém despertados, arrotando cafés
com leite e engolindo os pães com manteiga. Aqueles corpos pouco expressivos e
pouco loucos que eu custei a reconhecer. "Ela até parece outra pessoa quando tá na
oficina!" agora parece óbvio. No entanto, algo muda depois do convite: "quer ir pra
oficina hoje?". Depois deste gesto, embebido de afeto, de bem-querer e de vontade,
o outro corpo já está à disposição, esperando para ser vorazmente habitado e
intensamente percorrido.
O trajeto até a oficina se constrói com algumas interferências, o que configura
o segundo momento difícil da manhã: a rua esburacada do São Pedro que não deixa
o "carro de roda" passar e os tratores barulhentos que interrompem nossa cantoria;
até rasante de quero-quero e picada de abelha nós já tomamos. Mesmo assim,
vamos improvisando com os elementos que atravessam nosso caminho.
A passagem pela porta da sala da Oficina traz consigo o registro de outras
experiências perceptivas: o cheiro de incenso, o som do rádio, a parede colorida, a
bancada das tintas. Um convite para que habitem os seus corpos-oficina, que logo é
acatado com toda a desmedida que o processo de enloucurar-se requer. Deste
momento em diante que acontecem os processos criativos. E é daí que nasce este
projeto de intervenção. Os usuários chegam, escolhem seu lugar à mesa.
Solicitam ao estagiário mais próximo o material que desejam: folha, lápis, tinta,
canetinha, pincel. .. enfim. Dados raros momentos de exceção, o fazer artístico se dá

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· · d" "d 1 cada um com seu pincel, seu pedaço de papel e seu pote de
de ma neira m 1v1 ua -
.nt Ih seu próprio mundo possibilitado pelas cores. Acontece, em
tl a -, um mergu o n0 •
· t ção sutil entendida (pelo meu olhar) como importante e
out ro plano, uma m era •
extremamente constitutiva do grupo. Os frutos desta interação, apesar de ser pouco
valorizada ocasionam reflexos visíveis no que é feito no papel.
1

Delfina desenha bonequinhos com alguns tracinhos em volta da cabeça


quando o ambiente da oficina está agitado e barulhento. Elisabeth pinta o rosto de
Wiliam quando este está na oficina, ofertando-lhe em seguida o desenho em troca
de um cigarro. José Unhares desenha casinhas bem elaboradas (em vez das
infinitas bolinhas coloridas) quando algum estagiário senta ao seu lado e começa a
conversar sobre casas e partidas de futebol que passaram na 1V naquela semana.
Joana marca o papel de um jeito diferente quando, ao fundo, toca uma música
instrumental ou o CD de jazz. Quando o espaço está mais movimentado, Miguel
pede a todo momento que alguém fique ao seu lado para guardar seus desenhos,
seguidamente chega ao topo do secador devido a quantidade de folhas que
preencheu naquele dia. E, por fim, quando Natália percebe que o ambiente está
silencioso demais pois, afinal, o CD do Miguel parou de tocar, começa a cantarolar
um "parabéns à você" bem pausado e cheio de melodia.
Nota-se que foi inevitável falar dos sujeitos sem citar aquilo que é produzido
individualmente. No entanto, percebe-se a capilaridade da comunicação que produz
uma série de forças que, por consequência, causam desdobramentos nas
produções; forças estas que impactam na interação que ocorre entre um café e
outro. Urge, deste contexto, minha vontade de começar a valorizar estes
movimentos sutis de comunicação, cartografar estas forças produzidas no encontro
com o outro, aliando estes desejos com momentos de criação artística coletivos.
Portanto, fundar, sob outras bases, uma proposta coletivizante de
transformação daquilo que entendemos como "expressão artística", implicaria em um
crescente contato com a alteridade (o outro também sou eu) e um novo jeito de
pensar os processos de subjetivação que estão postos. O que o outro pode me
ensinar? O que eu posso ensinar para o outro? O que podemos criar juntos?
De acordo com Guattari e Rolnik (1996, p.31)
"A subjetividade nao é passivei de totalização ou de centralização no
individuo. Uma coisa é a individuaçao do corpo. Outra é a multiplicidade dos
agenciamentos da subjetivação: a subjetividade é essencialmente fabricada

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e modelada no registro social. Descartes quis colar a ideia de subjetividade
consciente à ideia de individuo (colar a consciência subjetiva à existência do
individuo)_ e estamos nos envenenando com essa adequação ao longo de

toda a história da filosofia moderna."


Para justificar a escolha do tema, escolho uma frase de Karen Blixen, escritora
dinamarquesa, citada por Silva e Machado (2008, p. 228), "todas as dores podem
ser suportadas, se você puser numa história ou contar uma história sobre ela. "
Penso, concordando com as autoras deste artigo, que a vida marcada por
institucionalizações torn~-se muito solitária, uma vez que esta não possibilita
encontros que desprendam-se da lógica psiquiátrica. Vejo a oficina de criatividade
como uma rota de fuga que, ·devido a diversidade de vidas que circulam naquele
espaço diariamente, possibilita encontros mais leves, descontraídos e afetivos. A
elaboração deste trabalho justifica-se pela necessidade de tecer mais histórias
coletivas (tanto dos sujeitos quanto da oficina enquanto espaço), trazendo as
emoções suscitadas pela arte para serem vividas em coletivo. Promover, assim,
encontros de saúde entre os usuários e as tintas.
Meu olhar possibilitou, dentro das limitações que lhe são inerentes, perceber a
importância de um horário para quem frequenta a oficina: as 1Oh da manhã. Sempre
tem cafezinho bem quente e com bastante assucri. O afeto envolvido no gesto de
servir o café sempre me chamou a atenção. O cafezinho é tão presente quanto as
tintas naquele lugar e, por isso, não poderia deixar de·falar dele e colocá-lo no título
deste projeto. Acredito que será importante, quando estas ideias estiverem sendo
colocadas em prática, evidenciar que sim! mesmo com a atividade da Júlia, vai ter
cafezinho. Pontualmente às 1Oh. Entre um gole e outro, estaremos construindo
nossa obra de arte coletiva.

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5 METODOLOGIA

5.2 PROCEDIMENTOS
Este projeto de intervenção será colocado em prática a partir do mês de abril
de 2019 e durará aproximadamente até o final de julho do mesmo ano. Será
realizada uma atividade por semana (preferencialmente às terças-feiras pela
manhã), sendo que cada uma durará 1h.
5.3 CRONOGRAMA
O cronograma abaixo será meramente ilustrativo, devido a impossibilidade de
existência de algo estruturalmente planejado, levando em conta as e os
frequentadores da oficina de criatividade: múltiplos, intensos, imprevisíveis.
ABRIL: nos dias 3, 10, 17 e 24 deste mês, introduzirei a primeira prática
coletiva: em uma cartolina que preencha uma mesa inteira, faremos um jogo tipo
"dança das cadeiras". No fim da música que tocará, os usuários que se sentirem a
vontade de participar, trocarão de lugar com quem estiver do lado e continuarão o
desenho que está na sua frente.
MA/O: nos dias 1, 8, 15, 22 e 28 deste mês, seguindo a mesma lógica do mês
anterior, confeccionaremos camisetas unindo os desenhos de cada um. Cada
usuário presente poderá deixar sua marca na camiseta.
JUNHO: nos dias 5, 12, 19 e 26 deste mês, também seguindo a lógica das
produções coletivas, pintaremos os guarda-chuvas que estão inutilizados na oficina,
artefatos estes que poderão compor a decoração do local, fazendo alusão ao mês
de junho: historicamente, o mais chuvoso da nossa cidade. Além de guarda-chuvas,
outros objetos aparentemente sem utilidade poderão servir como nossa tela coletiva.
JULHO: nos dias 3, 10, 17, 24 e 31 deste mês, faremos uma retomada das
atividades que já foram feitas e, se possível, organizaremos nosso tempo para
realizar aquelas que foram as "favoritas".
Todas e todos frequentadores, funcionários e estagiários da oficina poderão
participar ativamente das atividades, de acordo com as fotos apresentadas na
página "participantes".

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6 REFERÊNCIAS

BLIXEN, K. apud SILVA, N, L, S; MACHADO, A, C. Entre café e companhia: por


uma clínica da longa convivência. Rio de Janeiro, 2008.

FRANCESCHINI, E; FONSECA,T,M. Arte e loucura como limiar para outra


história. São Paulo, 2017.

GUATTARI, F; ROLNIK, S. Micropolítica. Cartografias do desejo. Petrópolis,


1996.

THOMAZONI, A,R; FONSECA, T, M. Obra de arte como território de existência.


Rio de Janeiro, 2011.

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