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TGP - TEORIA GERAL DO PROCESSO

Ø AÇÃO: Conceito, classificação, natureza, condições da ação.


-Teorias da Ação:
a) Civilista ou clássica: a ação é o direito de pedir em juízo o que se entende
devido; a ação seria o próprio direito material reagindo a uma violação.

b) Autônoma: o direito de ação não é visto como sendo o direito material em


estado dinâmico. Esta teoria se subdivide, todavia, nos interessa as correntes
denominadas:
b.1) do direito abstrato: além de reconhecer a existência do direito de ação,
afirmam sua total independência do direito subjetivo. Existe ação mesmo
quando uma sentença negue a existência do direito material alegado pelo
autor. Ela é abstrata justamente por ser independente do direito subjetivo.
b.2) eclética: só existirá ação quando existentes determinadas condições
prévias indispensáveis para que o juiz possa decidir o mérito da causa, são as
condições da ação.

- Intróito: Conceito
Na ação o autor tem direito à prestação jurisdicional, que pode ser positiva ou
negativa, caso positiva, haverá a tutela jurisdicional. Então na ação não há
necessariamente uma tutela.
Ação passa a ser vista como um direito à tutela diferenciada e adequada para
cada caso de conflito.
Vale destacar que a doutrina majoritária conceitua o direito de invocar a
prestação jurisdicional por meio da ação como sendo:
1) direito público: é exercido contra o Estado, para que o mesmo
movimente a função soberana de julgar (NOTA: é justamente a carga
pública do conceito de ação que permite ao juiz conhecer de ofício a
ausência de uma das condições da ação);
2) direito subjetivo: consiste no poder jurídico atribuído ao titular de
direitos materiais de obter a definição das situações jurídicas
controvertidas;

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3) direito autônomo: não se confunde com o direito material que se


procura tutelar;
4) direito abstrato: atua independentemente da existência ou inexistência
do direito substancial que se pretende fazer reconhecido e executado.

- Teoria da Ação
1. DIREITO SUBJETIVO = TER
2. PRETENSÃO = QUERER
3. EXERCÍCIO DA PRETENSÃO = PREMIR (FAZER PRESSÃO)
4. AÇÃO = AGIR (DIREITO/ PODER/ DEVER DE PROVOCAR A TUTELA
JURISDICIONAL)

- Condições da Ação
Para alguns doutrinadores as condições da ação são os requisitos para o
exercício regular do direito de ação; para outros doutrinadores são
requisitos para a existência da ação.
ATENÇÃO: As condições da ação NÃO se confundem com os pressupostos
processuais, veja:

CONDIÇÕES DA AÇÃO PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

Referem-se às condições
Dizem respeito à regularidade da
indispensáveis ao pronunciamento
quanto ao mérito. relação processual.

Segundo o CPC, as condições da ação são:


a) Possibilidade Jurídica do Pedido: admissão, em abstrato, do pedido
formulado pelo autor;
b) Interesse Processual (de agir): interesse processual = binômio
necessidade-utilidade; necessidade de o autor ir a juízo e a utilidade
que o provimento jurisdicional poderá proporcionar. (Ada Pelegrini
Grinover ainda acrescenta adequação);
c) Legitimidade de parte: deve ocorrer no polo ativo e passivo da
demanda. Há legitimação ordinária quando os sujeitos do processo
são os mesmos do conflito de direito material; há legitimação

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extraordinária quanto os sujeitos do processo são partes distintas da


relação material conflituosa.

- Classificação das ações


Quanto ao direito substancial (objeto das ações):
a) Reais – veiculam direitos reais;
b) Pessoais – visam a tutela de um direito obrigacional;
c) De Estado – tendem à tutela do estado de família.

Quanto ao tipo de provimento jurisdicional invocado:


a) De conhecimento – objetiva, após pleno conhecimento do conflito de
interesses, a prolação de uma sentença que formule a regra concreta
reguladora do caso em análise;
b) De execução – tem por finalidade realizar coativamente o adimplemento
da obrigação materializada na sentença ou em outro título;
c) Cautelar – objetiva assegurar o eficaz desenvolvimento e resultado de
um processo principal.
As ações de conhecimento se desdobram em:
1. Ação declaratória – objetiva obter a declaração da existência ou
inexistência de relação jurídica ou da autenticidade ou não de
documento;
• A Ação Declaratória é ação a respeito de ser ou não-ser a relação
jurídica.
• O enunciado é só enunciado de existência, não executável.
• A prestação jurisdicional consiste em simples clarificação.

Art. 4º. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I – da existência ou da inexistência de relação jurídica;
II – da autenticidade ou falsidade de documento.
[...]

2. Ação constitutiva – almeja, além da declaração sobre uma relação


jurídica, a criação, modificação ou a extinção dela;

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• O titular da ação age para a constituição, a que tem direito, ou por


ato próprio (direito de denúncia, direito de resolução), ou através de
ato judicial (sentença), ou de outra autoridade que o juiz.
• Cria, modifica uma relação jurídica (positiva) ou desconstitui uma
existente (negativa)
• Exs.: divórcio, revogação, resolução, nomeação de curador.

3. Ação condenatória – busca principalmente a imposição de uma


sanção, de uma determinação cogente ao réu.
• A ação de condenação supõe que aquele ou aqueles, a quem ela se
dirige, tenham se voltado contra direito; que tenham causado dano e
mereçam, por isso, ser condenados.
• Representa uma subespécie da ação declaratória.
• É executável.

Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:


I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de
fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia;
[...]

- Elementos da Ação
Teoria da Tríplice Identidade (art. 301, §2º do CPC):
a) As partes (personae): são os sujeitos do contraditório instituído pelo
juiz.
OBS: Parte é quem pede e aquele em face de quem se pede o provimento
jurisdicional.

b) A causa de pedir (causa petendi): engloba os fundamentos fáticos e


os fundamentos jurídicos do pedido. O CPC, ao estabelecer os dois
requisitos para a Petição Inicial, adotou a chamada Teoria da
Substanciação.

c) O pedido (res): consiste no bem ou interesse jurídicos pretendidos, na


pretensão de direito material (pedido mediato*) e na prestação

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jurisdicional invocada, na pretensão de direito processual (pedido


imediato*).
OBS: *Pedido Mediato = de índole material, ligado ao bem da vida litigioso
(ex: recebimento de aluguéis, de verba alimentícia, de indenização e de
rescisão contratual, etc);
*Pedido Imediato: de índole processual, ligado à correspondente
resposta judicial (ex: condenação do réu a pagar soma em dinheiro, declaração
de rescisão contratual, etc).

- Do concurso e cumulação de ações

CONCURSO DE AÇÕES CUMULAÇÃO DE AÇÕES


Ocorre quando se verifica a Ocorre quando o autor propõe, em
coexistência de ações à disposição relação ao réu, mais de uma ação,
e escolha do autor para fazer valer através de um só processo. As
um mesmo direito em juízo. condições para a cumulação de
pedidos estão elencadas no art. 292 do
CPC, quais sejam: compatibilidade dos
pedidos; identidade de competência do
juízo e; identidade de forma
processual.

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Ø PROCESSO (Conceito, classificação, natureza, pressupostos


processuais)
A doutrina costuma distinguir processo de procedimento:

PROCESSO PROCEDIMENTO
ü instrumento estatal de ü indica o aspecto exterior do
composição dos conflitos de processo;
interesses ocorrentes; ü é a veste exterior do processo;
ü instrumento por meio do qual ü é o modo de revelação formal do
a jurisdição opera; processo;
ü instrumento de que se serve ü é a sucessão coordenada de
o Estado para, no exercício atos processuais.
da função jurisdicional, ü disciplina, organiza e/ou ordena
resolver os conflitos de em sucessão lógica o processo,
interesses, solucionando-os; dando aos atos uma sequência
ü instrumento da jurisdição. adequada ao aperfeiçoamento
do fenômeno, aos resultados
que dele emanam.

Prevalece na doutrina a ideia de que o processo, por ter a natureza de uma


relação jurídica processual, é instaurado com base em três institutos
fundamentais:
1. os pressupostos processuais (ligados à existência e à validade da
relação processual);
2. as condições da ação;
3. o mérito, o que a doutrina denomina de Teoria Tricotômica do
Processo.
Os três institutos se relacionam, uma vez que o exame do mérito, a ser feito na
sentença depende da verificação dos pressupostos processuais e das
condições da ação.
Sempre se considerou como objetivo principal do processo de conhecimento a
obtenção da sentença de mérito, pela qual ocorre a resolução da lide. Todavia,
a resolução do litígio depende de certos requisitos, sem os quais não se
instaura ou não se desenvolve a relação jurídica processual, mesmo porque,

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antes de proferir a sentença o juiz deve verificar a presença dos pressupostos


processuais e das condições da ação.

- Natureza do Processo
Várias teorias já foram desenvolvidas para explicar a natureza jurídica do
processo, dividindo-se em dois grandes grupos: as concepções privatistas
(dão ao processo um caráter de direito privado); e as concepções que situam o
processo no ramo do direito público:
a) O processo como contrato (teoria contratual);
b) O processo como uma quase-contrato;
c) O processo como relação jurídica;
d) O processo como situação jurídica;
e) O processo com instituição.
OBS: Matéria para casa, estudar as teorias acima.

- O processo como relação jurídica


Atribui-se a Muther a afirmação do caráter público do processo. Oskar von
Bullow vai demonstrar, mais tarde, a autonomia da relação processual. A partir
do momento em que a doutrina passa a afirmar a existência de uma relação
jurídica processual autônoma e distinta da relação jurídica de direito material, e
defende que essa relação jurídica é integrada pelo Estado, há superação das
teses privatistas.
Assim, esta Teoria afirma que o processo tem a natureza de uma relação
jurídica processual. Relação de direito público porque integrada pelo Estado.
Assim, participam da relação jurídica processual: o autor, o réu e o Estado-juiz.
Predomina na doutrina o entendimento de que o processo ostenta a natureza
de relação jurídica processual, que se constitui e se desenvolve no tempo.
Foi exatamente esta Teoria que propiciou o estudo dos pressupostos
processuais e, consequentemente, o desenvolvimento da ciência processual,
uma das mais novas ciências dentre as ciências jurídicas. O CPC adotou esta
Teoria, vide art. 267, IV.

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Resumidamente, a natureza jurídica do processo é complexa (dúplice):


intrinsecamente é uma relação jurídica; extrinsecamente e um
procedimento.

- Finalidade e tipos de processo


Conforme a finalidade, a doutrina aponta três tipos básicos de processo:
1. De conhecimento: define o direito das partes (certificação de direitos);
2. De execução: realiza, satisfaz o direito definido em um título;
3. O cautelar: resguarda a utilidade de um processo cognitivo
(conhecimento) ou de execução.

- Pressupostos processuais – são requisitos necessários para existência e


validade da relação processual; são requisitos cujo o concurso é necessário
para constituir validamente a relação processual.
Os pressupostos processuais classificam-se em:
a) Objetivos: dizem respeito à regularidade procedimental (Ex: citação
válida, petição inicial apta, etc);
b) Subjetivos: referentes aos sujeitos processuais (Ex: a competência e a
imparcialidade do juiz, a capacidade de ser parte e de estar em juízo e a
capacidade postulatória);
c) Intrínsecos ou positivos: dizem respeito a situações que devem estar
materializadas, positivadas no processo (Ex: citação, procuração, etc;)
d) Extrínsecos ou negativos: relacionam-se a fatos que não podem estar
dentro do processo, por isso são também chamados de negativos (Ex:
litispendência, coisa julgada, etc.)
e) De existência: imprescindíveis para que o processo exista. Ex: a
necessidade de alguém investido de jurisdição para conduzir o
processo.
f) De constituição: são exigidos para que a relação processual se
constitua validamente. Ex: citação válida;
g) De desenvolvimento: são os que devem ser observados para que o
processo se desenvolva regularmente. Ex: capacidade postulatória.

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- Consequências da Ausência dos Pressupostos Processuais


A ausência de pressupostos processuais não obsta o direito de ação, mas
prejudica a análise do mérito.
Art.267. Extingue-se o processo sem resolução de mérito: [...]
IV – quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo;

- Pressupostos negativos processuais


SE OS PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA E DE DESENVOLVIMENTO
VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO DEVEM, OBRIGATORIAMENTE,
ESTAR PRESENTES PARA QUE SEJA APRECIADO E RESOLVIDO O
MÉRITO, OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS NÃO PODEM
ESTAR PRESENTES, SÃO ELES:
• PEREMPÇÃO
Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo por não promover
os atos e diligências que lhe competir no prazo de 30 (trinta) dias, não poderá
intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto (art. 268, parágrafo
único).

• LITISPENDÊNCIA
Verifica-se litispendência quando se reproduz ação anteriormente ajuizada que
esteja em curso (art. 301, §§ 1º a 3º).

• COISA JULGADA
Verifica-se coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada que
já foi decidida por sentença, de que não caiba mais recurso (art. 301, §§ 1º a
3º).

• CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM OU COMPROMISSO ARBITRAL


(Lei da Arbitragem - Lei nº. 9.307/96)
A cláusula compromissória é a CONVENÇÃO por meio da qual as partes
em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que
possam vir a surgir, relativamente a tal contrato (art. 4º).

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O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem


um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou
extrajudicial (art. 9º).

- Capacidade - é a aptidão que a pessoa tem de ser titular de direitos e


obrigações (Cap. de direitos – Cap. de ser parte), bem como a possibilidade de
exercer os direitos e de ser chamado à responsabilidade pelas obrigações
assumidas. NOTA: Capacidade de exercício / Capacidade de estar em juízo
– é suprida pela assistência e representação).
ATENÇÃO: além da capacidade de ser parte e de estar em juízo, o
ordenamento jurídico de regra exige que os interessados se façam representar
por pessoa dotada do direito de postular em juízo: art. 1º da Lei. 8.906/94 –
Estatuto da Advocacia. A essa capacidade de postular em juízo, denomina-se
capacidade postulatória.
EXCEÇÕES acerca da capacidade postulatória:
1. Falta de advogado no lugar ou havendo recusa ou impedimento dos que
houver (art. 36 do CPC);
2. Impetração de Habeas Corpus;
3. Justiça do Trabalho;
4. Juizados Especiais Federais (Lei n. 10.259/01);
5. Juizados Especiais Estaduais, nas causas de até vinte salários mínimos
(Lei n. 9.099/95).

Perpetuatio legitimationis (estabilização subjetiva da lide) ocorre com a


citação válida. (arts. 41 e 42 CPC).
Substituição processual - ocorre quando a lei atribui legitimidade a alguém
para litigar em juízo, em nome próprio, mas na defesa de direito ou pretensão
de outrem. ATENÇÃO: não confundir com representação processual, pois
nesse caso o representante age em nome do representado. Ex.: o MP para
promover ação de investigação de paternidade; entidades legitimadas às ações
coletivas; etc.; na sucessão processual ou substituição das partes ocorre
quando outra pessoa assume o lugar do litigante, tornando-se parte na relação
jurídica processual.

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